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Óptica

Geométrica
LENTES ESFÉRICAS

Alessandra Garcia Schmitz, Ana Luiza


Pizzolo da Silva, Katiany Zimmermann,
Pedro Marcus Bodnar, Roberta de
Jesus Martins

Florianópolis, 24 de novembro de 2008


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO DE APLICAÇÃO
Ensino Médio – 3ª série B
Disciplina: Física
Professor: Alfredo Müllen da Paz
Sumário
Lentes Esféricas............................................................... ............3
O que são lentes esféricas?.........................................................................3
Classificação das lentes esféricas...............................................................3
I. Quanto à forma.....................................................................................3
II. Quanto ao comportamento óptico.......................................................3
Representação esquemática das Lentes Gaussianas .................................4
Foco Principal..............................................................................................4
Ponto Antiprincipal......................................................................................5
Formação de Imagens nas Lentes.............................................. ....5
Raios Principais - Propriedades....................................................................5
Imagens formadas pelas Lentes Esféricas...................................................6
Equações Associadas às Lentes Esféricas Gaussianas.....................8
Simbologia..................................................................................................8
Convenção de Sinais...................................................................................9
Equação dos Pontos Conjugados.................................................................9
Equação do Aumento Linear Transversal (A) ............................................10
Equação da Vergência ou da Convergência (C) de uma Lente..................10
Aplicações da Óptica Geométrica................................................11
O Globo Ocular..........................................................................................11
Partes Principais.....................................................................................11
Defeitos da Visão...................................................................................11
Aparelhos Ópticos.....................................................................................14
Lupa..................................................................................... ..................14
Microscópio............................................................................................14
Projetor de Filmes..................................................................................14
Máquina Fotográfica...............................................................................14
Referências........................................................................ ........15

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Lentes Esféricas

O que são lentes esféricas?

Lentes esféricas são meios transparentes em que a luz pode se


propagar. Elas possuem uma face esférica e outra esférica ou plana, a essa
combinação de duas faces esféricas, ou uma esférica e outra plana, damos
o nome de dioptros. As lentes têm a propriedade de produzir imagens
ampliadas ou reduzidas dos objetos, sem alterá-los, dependendo da sua
face.
Sua nomenclatura é dada pelo lado com maior raio de curvatura.
Caso o lado seja plano, consideramos que ele vem primeiro, pois seu raio
tende ao infinito. E se as duas faces são iguais, colocamos o prefixo Bi na
frente do nome da face.
Geralmente de vidro ou plástico, as lentes são usadas em inúmeras
coisas, como máquinas fotográficas, telescópios, óculos, binóculos,
projetores de slides e lunetas.

Classificação das lentes esféricas

I. Quanto à forma

Os perfis retratados anteriormente podem ser separados em dois


grupos, sendo classificados de acordo com o formato que apresentam.
a. Lentes de bordas finas: são as lentes em que a espessura
diminui do centro para as bordas.

b. Lentes de bordas grossas: são as lentes em que a espessura


aumenta do centro para as bordas.

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II. Quanto ao comportamento óptico

A luz de um feixe cilíndrico de luz incidido em uma lente é


predominantemente refratada e emerge da lente de maneira
convergente ou divergente. Tal comportamento é utilizado como critério
de classificação das lentes.

Refringência: dificuldade que o meio material oferece à passagem de


luz em seu interior. Quanto mais refringente é o meio, maior a dificuldade
de a luz atravessá-lo.
Comparando as refringências do material da lente e do material do meio
que a envolve, também podemos observar o comportamento da lente
esférica.
O caso mais interessante é quando a lente possui material mais
refringente que o meio (por exemplo, o ar), pois se trata de uma situação
mais comum no nosso dia-a-dia. Imaginemos uma lente com uma de suas
faces plana, por onde passa um feixe cilíndrico de luz. Nessa situação,
ocorrem duas refrações. Na primeira (plana) não há nenhum desvio, já na
segunda, da lente para o ar, ocorre um desvio no sentido de se afastar das
respectivas retas normais, pois a luz está passando do meio mais
refringente para o meio menos refringente.

Há também o caso onde a lente possui material menos refringente que o


meio exterior. Em sua segunda refração, os raios de luz são desviados no
sentido de se aproximarem da reta normal, pois a refração ocorre do meio
menos refringente para o mais refringente.

As lentes do primeiro caso são conhecidas como lentes gaussianas.

Representação esquemática das Lentes Gaussianas

O ponto em que o eixo principal intercepta a lente é denominado


centro óptico, e é representado por O. Tal centro é o único ponto na lente no
qual um raio de luz incidente emerge sem que ocorra desvio.

Foco Principal

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Imagine duas lentes, uma convergente e uma divergente, voltadas
para o Sol e recebendo um feixe cilíndrico de luz paralelo ao eixo principal
das lentes. O ponto no eixo principal onde é formada a imagem do Sol é
denominado foco principal imagem (Fi). Nas lentes convergentes, Fi é um
ponto de natureza real, enquanto nas lentes divergentes tem natureza
virtual.
Assim, qualquer raio de luz que incida em uma lente paralelamente
ao seu eixo principal é refratado e passa pelo foco principal imagem da
lente Fi.

O ponto simétrico a Fi, em relação à lente, é denominado foco


principal objeto (Fo). qualquer raio de luz que incide em uma lente,
passando por Fo, emerge paralelamente ao eixo principal da lente.

A distância do centro óptico a qualquer um dos focos da lente é


denominada distância focal.

Ponto Antiprincipal

Na região do eixo principal onde se localiza FO existe um ponto,


denominado antiprincipal objeto (AO). O raio de luz que incide na lente,
passando pelo ponto AO, emerge passando pelo ponto simétrico de AO em
relação à lente. Esse ponto simétrico é o antiprincipal imagem (Ai). Portanto,
em uma lente convergente, se colocamos um pequeno objeto luminoso em
AO, sua correspondente imagem se forma em Ai.

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Formação de Imagens nas Lentes

Raios Principais - Propriedades

1. Todo raio de luz que incidir paralelamente ao eixo principal de uma


lente se refrata na direção do foco da imagem.
2. Todo raio luminoso que incidir na direção do foco objeto de uma lente
se refrata paralelamente ao eixo principal.
3. Todo raio luminoso que incidir passando pelo centro óptico de uma
lente se refrata sem sofrer desvio.
4. Todo raio luminoso que incidir na direção do ponto antiprincipal objeto
se refrata na direção do ponto antiprincipal imagem.

Imagens formadas pelas Lentes Esféricas

Para obter uma imagem, é necessário haver a intersecção de pelo


menos dois raios refratados, correspondentes a dois raios incidentes
provenientes do objeto que será obtida a imagem.
A partir de um objeto real, serão construídas as imagens formadas
nas 6 possíveis situações seguintes.

1º caso
Um objeto luminoso linear, de comprimento AB, perpendicular ao eixo
principal, posicionado no antiprincipal de uma lente convergente.
Traçando os raios incididos e refratados através do centro óptico e
através do foco principal objeto, as características da imagem serão:

de natureza real,
localizada em Ai,
de tamanho igual ao do
objeto,
orientada de forma
invertida em relação ao
objeto.

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2º caso
Um objeto luminoso linear, de comprimento AB, perpendicular ao eixo
principal, posicionado entre o antiprincipal e o foco principal de uma lente
convergente.
Traçando os raios incididos e refratados através do centro óptico e
através do foco principal objeto, as características da imagem serão:

de natureza real,
localizada depois de Ai,
de tamanho maior que o
do objeto,
orientada de forma
invertida em relação ao
objeto.

3º caso
Um objeto luminoso linear, de comprimento AB, perpendicular ao eixo
principal, posicionado no foco de uma lente convergente.
Traçando os raios incididos e refratados através do centro óptico e
através do foco principal objeto, observa-se que o feixe de luz emergente é
cilíndrico, e a imagem é formada em uma região muito afastada da lente. As
demais características não são definidas.
Os holofotes que emitem feixe cilíndrico constituem exemplos dessa
situação. Neles, uma pequena lâmpada é posicionada no foco da lente
convergente.

4º caso
Um objeto luminoso linear, de comprimento AB, perpendicular ao eixo
principal, posicionado entre o foco e o centro óptico de uma lente
convergente.
Traçando os raios incididos e refratados através do centro óptico e
através do foco principal objeto, as características da imagem serão:

de natureza virtual,
localizada em algum ponto cuja
distância até a lente é maior que a
do objeto até a lente,
de tamanho maior que o do objeto,
orientada de forma direita em
relação ao objeto.

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Esse é o caso de uma lente convergente sendo utilizada como lupa.
5º caso
Um objeto luminoso linear, de comprimento AB, perpendicular ao eixo
principal, posicionado antes do antiprincipal de uma lente divergente.
Traçando os raios incididos e refratados através
do centro óptico e através do foco principal objeto,
as características da imagem serão:

de natureza virtual,
localizada entre Fi e o centro óptico da
lente,
de tamanho menor que o do objeto,
orientada de forma direita em relação ao
objeto.

6º caso
Um objeto luminoso linear, de comprimento AB, perpendicular ao eixo
principal, posicionado entre o antiprincipal e o foco de uma lente
divergente.
Traçando os raios incididos e refratados através do
centro óptico e através do foco principal objeto, as
características da imagem serão:

de natureza virtual,
localizada entre Fi e o centro óptico da
lente,
de tamanho menor que o do objeto,
orientada de forma direita em relação ao
objeto.

A partir dos últimos dois casos, pode-se concluir que a imagem formada
pela lente divergente, independentemente da posição do objeto real,
apresenta sempre as mesmas características:

Natureza: virtual.
Localização: entre Fi e O.
Tamanho: menor que o objeto.
Orientação: direita em relação ao objeto.

Pode-se ainda tomar as seguintes conclusões:

Se o objeto e a imagem apresentam a mesma natureza (objeto e


imagem reais), a imagem é invertida em relação ao objeto.
Se o objeto e a imagem apresentam naturezas diferentes (objeto real
e imagem virtual), a imagem é direita em relação ao objeto.
Entre o objeto e a imagem, o elemento que se encontra mais
afastado da lente apresenta maior tamanho.

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Equações Associadas às Lentes Esféricas Gaussianas

Simbologia

Nas figuras a seguir estão representadas algumas situações de


imagens formadas pelas lentes. Os símbolos apresentados serão utilizados
nas equações das lentes delgadas
esféricas.

No quadro abaixo estão indicadas as interpretações de cada símbolo.

Símbolo Nomenclatura Informação


Indica a posição
do objeto em
Abscissa do
p relação à lente e
objeto
à natureza do
objeto
Indica a posição
da imagem em
Abscissa da
p’ relação à lente e
imagem
à natureza da
imagem
Indica as
posições do foco
em relação à
f Abscissa do foco
lente e à
natureza desses
focos
Indica a altura
Ordenada do
y do objeto e sua
objeto
orientação
Indica a altura
Ordenada da
y’ da imagem e sua
imagem
orientação

O eixo das abscissas coincide com o eixo principal da lente. O eixo


das ordenadas é perpendicular ao eixo principal. Tanto o eixo das abscissas
quanto o das ordenadas têm como origem o centro óptico da lente.

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Convenção de Sinais

Se dissermos que a imagem se encontra a 25 cm do centro óptico da


lente, essa informação é incompleta. Devemos informar a região da lente
onde a imagem se localiza, se é no campo da luz incidente ou da luz
emergente. Para tais identificações, adotamos sinais às abscissas, como
apresentado na tabela a seguir.

Para as abscissas (p, p’, f)


Elemento Abscissa
real positiva
Elemento Abscissa
virtual negativa

Para as ordenadas (y, y’)


Elemento acima do eixo Ordenada
principal positiva
Elemento abaixo do eixo Ordenada
principal negativa

Os focos da lente convergente são pontos reais. Logo, a abscissa focal


da lente convergente é positiva. No caso das lentes divergentes, como seus
focos são pontos virtuais, a abscissa focal é negativa.

Equação dos Pontos Conjugados

A partir da figura a seguir e de suas informações, pode-se estabelecer


uma expressão algébrica que relacione as abscissas (p, p’ e f).

O triângulo ABO é
semelhante ao triângulo A’B’O,
temos assim a equação I:
Mas OX = AB, então
podemos reescrever a equação II
da seguinte forma:
O triângulo A’B’Fi é
semelhante ao triângulo OXFi,
obtemos a equação II:
10 | P á g i n a
 pp’ - pf = p’f ou pp’ =
p’f + PF
Igualando-se I e II e
multiplicando os membros:

Dividindo ambos os membros por “pp’f”, temos a equação dos pontos


conjugados:

Equação do Aumento Linear Transversal (A)

A razão entre as ordenadas da imagem e do objeto, representada por


A, é definida como sendo o aumento linear transversal estabelecido pela
lente em uma dada situação.
A = y’/y

Como y e y’ são acompanhados de sinais, o aumento linear A


também é seguido de um sinal. Para tal, existem dois casos possíveis:

Primeiro caso: Se y e y’ têm o mesmo sinal, então a razão A entre


os dois é um número positivo. E se y e y’ têm o mesmo sinal, objeto e
imagem estão, ambos, orientados para cima ou para baixo do eixo principal.
Tanto em um caso como no outro, a imagem é direita em relação ao objeto.

Segundo caso: Se y e y’ têm sinais opostos, o aumento linear A


resulta em um valor negativo. E se y e y’ têm sinais contrários, um
elemento está orientado para cima do eixo principal e outro para baixo.
Nesse caso, a imagem é invertida em relação ao objeto.

Resumindo:

A > 0 A imagem é direita em relação ao objeto


A < 0 A imagem é invertida em relação ao objeto

Equação da Vergência ou da Convergência (C) de uma


Lente

Em diversos empregos de lentes esféricas, como, por exemplo, em


óculos, é usual trabalharmos com o inverso da abscissa focal. Essa relação,
conhecida como vergência ou convergência de uma lente é representada
por C.
Assim: C = 1/f

A unidade de vergência de uma lente é o inverso da unidade de


comprimento utilizada na abscissa focal. No S.I., a abscissa focal é medida
em metros. Portanto, no S.I., temos:

11 | P á g i n a
[C] = 1/m = m-1 = di (dioptria)

No cotidiano, a unidade dioptria é chamada “grau” da lente.


Associando o módulo da grandeza vergência (C) de uma lente ao seu
poder de desviar mais, ou menos, a luz.
Por exemplo: uma lente de módulo de vergência de 5 di é “mais
forte” que uma lente de módulo de vergência de 2 di. Isso significa que a
lente de 5 di é capaz de desviar a luz mais acentuadamente que a lente de
2 di.

Aplicações da Óptica Geométrica

O Globo Ocular

Partes Principais

corpo ciliar

músculos ciliares

humor víteo

Em um olho normal, a imagem se forma na retina, que é o local onde


se encontram os fotorreceptores, que detectam quando há luz e a
transformam em pulsos elétricos, conduzidos até o cérebro através do
nervo óptico.
A córnea atua como lente convergente; é onde tem o maior desvio
dos raios de luz. A córnea normal é transparente e esférica.
O cristalino é como uma lente convergente, que focaliza a luz que
entra no olho; é gelatinosa e elástica. A forma do cristalino é alterada por
movimentos de músculos (os músculos ciliares que o envolvem).
A íris é uma extensão do corpo ciliar, onde ficam os músculos ciliares;
é a parte circular que dá cor ao olho. Nela, se encontra uma abertura, a
pupila.
A pupila abre e fecha de acordo com a intensidade da luz. Se a luz é
intensa, a pupila se fecha, e se há pouca luz, a pupila se abre. A pupila
também protege a retina do excesso de luz.

Defeitos da Visão

12 | P á g i n a
No olho humano, como o visto acima, há um sistema de lentes
convergentes (como a córnea e o cristalino), a fim de, com a presença da
luz, formar imagens a partir de objetos que então enxergamos.
Algumas pessoas apresentam defeitos na forma do globo ocular, o
que provoca algumas dificuldades para enxergar, ou então estas pessoas
enxergam de forma diferente da que pessoas com globo ocular normal
enxergam.
Às vezes, essas pessoas nem sabem desses defeitos que possuem
nos olhos; em outros casos, esses defeitos surgem com o tempo, ao
decorrer da idade.
Para corrigir esses defeitos, geralmente utilizam-se lentes específicas,
que, com a refração, fazem com que a imagem se forme no seu devido
lugar: a retina.

Miopia

É a dificuldade de enxergar os objetos quando estão distantes, devido


à formação das imagens antes da retina, no humor víteo. O defeito do globo
ocular que causa tal problema é o excesso de curvatura no cristalino ou na
córnea (ou até em ambos juntos), ou então o globo ocular é muito longo.
Para corrigir, utiliza-se uma lente divergente ou côncava, assim a imagem
se deslocará mais para a retina.

13 | P á g i n a
Local onde a imagem de um olho
míope se forma

Local onde a imagem de um olho


míope passa a se formar com a
utilização de uma lente divergente

Lente côncava

Hipermetropia

É a dificuldade de enxergar objetos mais próximos, pois a imagem se


forma além da retina. O defeito é o achatamento do globo ocular, que é
curto. A pessoa observa os objetos próximos a ela borrados. Para corrigir a
imagem utiliza-se uma lente convergente ou convexa.

Local onde a imagem de um olho


hipermetrope se forma

Local onde a imagem de um olho


hipermetrope passa a se formar
com a utilização de uma lente
convergente

Lente convexa

No olhar hipermetrope, a imagem se forma atrás da retina porque o


cristalino não consegue focalizar a imagem com a convergência que deveria
atingir.
Geralmente, quando o homem chega aos 40 anos de idade, os
músculos ciliares já não têm mais tanta elasticidade. A este defeito
chamamos presbiopia.

Presbiopia
Dificuldade ou incapacidade na acomodação visual; dificuldade de ler
e enxergar objetos próximos (a menos de 45 centímetros de distância). É
mais conhecido como “vista cansada”. O defeito está no cristalino, que
endurece.
Assim como a hipermetropia, a presbiopia também é corrigida com
lentes convergentes, a fim de deslocar a imagem para a retina, ou seja,
mais para frente.

Astigmatismo

É a dificuldade da formação das imagens na retina, devido à forma


esférica irregular da córnea, que possui uma curvatura maior em um dos
meridianos, sendo que todos deveriam ter a mesma curvatura. A imagem
fica distorcida e nublada a qualquer distância. Para corrigir, deve-se usar
lentes cilíndricas.

Estrabismo

É o desvio de um ou dos dois olhos do eixo central, também


conhecido como vesguice. Há três formas de estrabismo:
- convergente: é o mais comum; quando um dos olhos tem seu desvio
para o centro.
- divergente: tem um desvio do globo ocular para fora.
- vertical: quando há um olho mais alto ou mais baixo que o outro.
Para corrigir, deve-se usar óculos ou realizar uma cirurgia.

Catarata

É a alteração na composição química do cristalino. A pessoa que


possui catarata sente uma placa fina sobre os olhos. Como correção, pode-
se remover e substituir o cristalino através de uma cirurgia; óculos, lentes
de contato ou implantes de lentes intra-oculares podem servir como lentes
substitutas do cristalino.

Glaucoma

É a pressão elevada do nervo óptico (eu leva a informação visual ao


cérebro), comprimindo as células nervosas, danificando-as e provocando até
sua morte. Quando isso ocorre, resulta em perda visual permanente. Para
tratar, pode-se utilizar colírio, medicamento oral e realizar cirurgias.

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Aparelhos Ópticos

Os aparelhos ópticos podem ser divididos em dois grupos, os que


projetam imagens sobre um anteparo (como a máquina fotográfica, projetor
de slides ou filmes) e os de observação direta (como um microscópio,
binóculos, lunetas, telescópio.
Nos aparelhos de projeção, a imagem é de natureza real, então o
feixe de luz emergente é convergente. E nos aparelhos de observação
direta, para facilitar a visualização, a imagem formada é de natureza virtual,
sendo o feixe de luz emergente divergente, atingindo diretamente o globo
ocular do observador.

Lupa

Se desejamos observar um objeto de maneira ampliada, podemos


utilizar uma única lente convergente. Para isso, posicionamos o objeto entre
o foco e a lente. Nesse caso, a imagem formada tem natureza virtual, é
direta em relação ao objeto, ampliada e localizada mais distante da lente
que o objeto. Esse é o uso correto da lente convergente como lupa.

Microscópio

De maneira simplificada, um microscópio é um sistema óptico


formado por duas lentes convergentes, cuja função é formar uma imagem
virtual ampliada, a partir de um objeto real. A lente que está próxima ao
objeto é denominada objetiva. Aquela próxima do globo ocular é
denominada ocular. Em geral, a ocular é uma lupa.
A ampliação do sistema é dada pela multiplicação dos dois aumentos
feitos pelas lentes convergentes. Por exemplo, se a objetiva dá uma
ampliação de 40 vezes e a ocular de 20 vezes, a ampliação total do
microscópio será de 800 vezes.

Projetor de Filmes

Esquematicamente, no projetor de slides ou de filmes, a película


(diapositivo) é um objeto real para uma lente convergente, que forma uma
imagem real, invertida em relação ao objeto e ampliada. Essa imagem é
projetada sobre um anteparo (tela de projeção). A película fica posicionada
entre o antiprincipal e o foco do objeto da lente.

Máquina Fotográfica

A captação de imagens da máquina fotográfica é bem semelhante ao


olho humano. O sistema de lentes, chamado de objetiva (semelhante ao
cristalino) se comporta como uma lente convergente e forma uma imagem
real e invertida no filme da máquina. Para um melhor foco, temos
dispositivos que nos permitem afastar ou aproximar a lente do filme.
Quando este foco não é nítido, a imagem formada não é boa. A luz do
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objeto, ao ‘bater’ no filme, provoca reações químicas, que fazem com que a
imagem fique gravada nele. Quanto mais luz, mais escuro o filme, este é o
negativo da imagem.

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Referências
Gonçalves Filho, Aurélio, Toscano, Carlos. Física para o Ensino Médio. São
Paulo, Editora Scipione, Série Parâmetros, 2005. 480 p

Silva, Djalma Nunes da, Piqueira, José Roberto Castilho, Arruda, Luís Ricardo,
Carrilho, Ronaldo. Física: coleção Anglo. São Paulo, Anglo, 2002. 279 p

http://www.omnis.if.ufrj.br/~coelho/DI/olho.html

http://www.lasallecaxias.com.br/alunos/fisica/visao/visao.htm

http://www.copacabanarunners.net/estrabismo.html

http://www.lionsclubs.org/PO/content/vision_services_cataracts.html

http://www.drqueirozneto.com.br/patalogias/glaucoma/oquee.html

http://olhohuma.no.sapo.pt/imagens/miopia.jpg

http://br.geocities.com/galileon/1/refracao/refracao.htm

http://www.scribd.com/doc/3231825/LENTES-ESFERICAS-apresentacao

http://br.geocities.com/saladefisica6/optica/lentesesfericas.htm

http://www.portalimpacto.com.br/docs/00000FariasVestAula17LentesEsferica
s1.pdf

http://www.coladaweb.com/fisica/lentes.htm

http://www.infoescola.com/optica/lentes-esfericas/

http://www.mundoeducacao.com.br/fisica/lentes-esfericas.htm

http://www.cocemsuacasa.com.br/ebook/pages/1685.htm

http://www.ficharionline.com/ExibeConteudo.php5?idconteudo=5492

http://educar.sc.usp.br/otica/6lente.htm

http://www.scribd.com/doc/3231825/LENTES-ESFERICAS-apresentacao

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