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WEBER, Max
In: MILLS, W. e GERTH, H. (orgs.) Ensaios de Sociologia
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1963, seção VIII.
• São fixas (e têm status de dever) as atividades necessárias à consumação dos objetivos da
estrutura burocrática.
• São estruturas feudais aquelas em que o governo executa suas medidas através de critérios
de confiança pessoal (“servos”, “cortesãos”, etc); não há, nesses casos, delimitação precisa e
permanente de encargos e poderes.
• A ocupação dum cargo burocrático é uma profissão. Dá-se por admissão através de exames
rígidos – o que demanda treinamento igualmente rígido.
• Tem natureza de Dever: não é simples fonte de renda; não é troca de serviços; é a aceitação
de uma obrigação específica de administração fiel em troca de uma existência segura.
Difere, portanto, do “contrato livre de trabalho”.
• Tipo puro de funcionário burocrático é aquele nomeado (devido ao mérito) por autoridade
burocrática superior (seguindo o regulamento); não é eleito pelos governados.
• Perito despersonalizado.
• Uma vez estabelecida plenamente, a Burocracia está entre as estruturas sociais mais difíceis
de destruir.
• A posição de poder do aparato não pode ser definida a priori, pois depende das relações no
conjunto da sociedade.
• Em condições “normais” (capitalismo estável), porém, o aparato tende a ser fonte de poder
predominante.
• Toda burocracia tende a aumentar seu poder via aumento da superioridade de seus
funcionários.
• Há relação intrínseca entre Poder e Segredo. Em alguns casos, inclusive, o êxito do objetivo
burocrático depende do Segredo (diplomacia, justiça, etc).
• A “evolução” social do indivíduo é muito estimulada pelo prestígio dos títulos educacionais
adquiridos por meio de exames.