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Problemas Sociais Contemporâneos

27 Para que um problema social possa ser considerado um problema sociológico deve
possuir condições de regularidade, uniformidade, impessoalidade e repetição.
27 A problematização sociológica dos problemas sociais implica uma desconstrução e
um desmantelamento do seu significado social imediato para que se crie um
significado de acordo com o discurso científico.
27 O interesse jornalístico não é condição para que um problema social possa ser
considerado um problema sociológico.
28 Ao contrário da sociologia positivista (que defende que é possível conhecer,
objectivamente, a realidade social dado existirem critérios universais do conhecimento
e da verdade, ou seja, defende a procura de leis sociais a partir de um método indutivo-
quantitativo e a separação absoluta entre factos e valores), a posição relativista
advoga que não existe nenhum critério universal para o conhecimento e para a
verdade, ou seja, a definição do que seja um problema social é sempre relativa e não
uma característica inerente à situação em si.
29 As perspectivas do trabalho da sociologia que têm como objectivo desenvolver
teórica e metodologicamente a sociologia enqto ciência (e não a correcção da
realidade social) estudam, preferencialmente, os problemas sociológicos (e não os
problemas sociais).
30 A Sociologia de Intervenção não é uma especialidade ou ramo sociológico, mas sim
um modo de ver o trabalho do cientista social, que o desafia a ser contaminado por
este, o leva a intervir activamente na realidade que estuda e a não separar os papéis de
investigador e cidadão.
33 Em contraste com os teóricos da “Patologia Social”, que tendem usar noções
emprestadas das ciências biológicas, os autores da perspectiva da “Desorganização
Social” utilizam um conceito estritamente sociológico de problema social.
34 P/a perspectiva da desorganização social, o fenómeno da urbanização é central na
criação de problemas sociais por ser um factor de mudança social e provocar o
enfraquecimento das relações face a face e das tradições sociais.
36 De acordo com Fuller e Myers, entre os problemas sociais, os problemas morais (a
eutanásia p.ex.) são os mais complexos, pois não existe consenso qto à própria
indesejabilidade da situação.
40 A perspectiva do comportamento desviado entende que os problemas sociais
reflectem, de forma mais ou menos directa, violações das expectativas normativas da
sociedade, sendo que todo o comportamento que viola essas normas é considerado
como comportamento desviado.
55 Um modelo de intervenção social em que se considera que cabe ao Estado o dever de
ajudar o cidadão em situações de risco, e a este o direito de esperar ajuda do Estado, é
a característica dominante do chamado “Estado Prtotector”.
55 O modelo que alguns autores designam de Estado Protector privilegiou os fins de
segurança e de justiça em detrimento do fim de bem estar social que, por regra, foi
remetido para a esfera da sociedade civil.
57-58 A consciência de que o bem-estar constitui uma das finalidades do Estado... teoria
liberal...
61 A forte crítica à excessiva intervenção do Estado na resolução dos problemas sociais
decorrentes do funcionamento do mercado, é típica das correntes liberais e neo-
liberais.

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64 O pensamento de Karl Marx constitui uma tentativa ambiciosa de sintetizar 3 grandes
correntes de pensamento dominantes ao longo do séc. XIX: a filosofia alemã, o
socialismo francês e a economia política britânica.
69 O primeiro passo para a construção do modelo de “Estado Intervencionista”, foi
dado na Alemanha, nas décadas de 1870 e 1880, por iniciativa dos governos do
chanceller Bismark, em resposta à pressão conjugada do movimento trabalhista
alemão devido à situação de alto risco em que se encontravam os trabalhadores da
indústria e da acção de grupos de académicos e políticos que se juntaram, p/denunciar
os malefícios das opções liberais e para defender uma intervenção do Estado no
combate aos problemas sociais.
69 A doutrina económica de John Keynes contribuiu fortemente para o
desenvolvimento, a partir da crise de 1928, das políticas intervencionistas do
Estado, ao defender a necessidade de uma vigorosa intervenção do Estado na
economia, através de investimentos públicos, geradores de empregos.
69 A concepção económica de Keynes basearam-se numa vigorosa intervenção estatal
através de investimentos públicos que criaram muitos empregos. Ao fazê-lo
aumentaram o poder de compra o que provocou um crecimento da procura,
revitalizou a economia e reduziu os problemas sociais e económicos.
70 O princípio da centralização, que obriga à criação de um sistema nacional único de
protecção social (saúde e segurança social) constitui um dos principais fundamentos
do Relatório Beveridge que lançou a base dos sistemas de protecção social da Europa
depois da Segunda Guerra Mundial.
70 O princípio da universalidade, um dos princípios dos sistemas de segurança social
defendido no Relatório Beveridge, consiste na extensão da protecção social a toda a
população, qq que fosse a sua situação de rendimento ou de emprego.
70 Um dos progressos que o relatório Beveridge (1942) representou em relação ao
modelo de protecção social pela 1ª vez instituído na Alemanha de Bismarck (1870-
1880) foi a proposta de inclusão sob a protecção do Estado de grupos sociais que o
modelo de Bismarck não contemplava (domésticas, crianças, inactivos).
88-89 O balanço térmico ideal para a manutenção da vida na Terra é proporcionado,
principalmente, pela presença de vapor de água e dióxido de carbono existente na
atmosfera. Estes gases absorvem a radiação solar infravermelha, emitida pela
superfície terrestre impedindo, assim, que a radiação seja perdida para o espaço. Este
fenómeno natural é denominado por “efeito de estufa”.
A libertação de CO2 resultante da conversão dos combustíveis fósseis, em conjunto
c/outros gases (metano, óxidos de azoto, clorofluorcarbonetos e o ozono troposférico)
potencia este efeito. A agricultura (devido à degradação da matéria orgânica e à
utilização de fertilizantes), a desflorestação, alguns processos industriais e o depósito
de resíduos em aterros sanitários, também contribuem para o efeito de estufa.
87 A implementação de normas regulamentadoras nos sistemas de tratamento de
águas residuais, reduzindo as descargas de nutrientes e de substâncias tóxicas é uma
das estratégias dirigidas à resolução do problema da qualidade da água disponível.
90-99 O chamado Protocolo de Quioto designa o protocolo assinado em 1997, por vários
países no sentido de reduzir globalmente em 5,2% (níveis de 1990) as emissões dos
gases que contribuem p/o efeito de estufa. Permitiu, ainda, a implementação de
mecanismos (mecanismos de Quioto) que permitem o comércio de emissões entre
países industrializados, a implementação e a cooperação conjunta entre países
industrializados e em desenvolvimento, p/implementação de mecanismos de
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tecnologias amigas do ambiente.
Em 1998 dá-se a IV Conferência em Buenos Aires e foi acordado que 1) Mecanismos
de financiamento p/apoio aos países em desenvolvimento p/apoio aos efeitos adversos
das alterações climáticas (medidas de adaptação); 2) Desenvolvimento e transferência
de tecnologias; 3) Actividades implementadas em conjunto; 4) Mecanismos de Quioto
(prioridade ao desenvolvimento de mecanismos de tecnologias limpas).
Os acordos quase totalmente políticos firmados em Haia no ano de 2000 não se
revelaram eficientes.
91 A utilização de energias alternativas aos combustíveis fósseis é uma das estratégias a
seguir p/impedir o crescimento do efeito de estufa.
92 Os factores que influenciam directamente a rarefacção da camada do ozono são: a)
emissões dos CFS; b) tetracloreto de carbono; c) metil-clorofórmio; d) halons; e) óxido
de azoto e finalmente e) metano.
99 Entre as causas da desflorestação incluem-se a agricultura e o pastoreio. Na
realidade estas 2 actividades exigem campos novos e mais férteis p/cultivo e pastagens
que são roubados às florestas. Assim, os solos perdem fertilidade e o homem avança
em busca de meios de novos meios de subsistência. Por outro lado, existem países que
pactuam c/esta destruição na procura desenfreada de madeiras exóticas, novas ofertas
turísticas, mão de obra barata, extracção de lenha e carvão, para além de muitas outras
coisas, sem que tal beneficie, grandemente, as populações, directamente, afectadas. A
esta redução da área coberta num processo natural ou artificial dá-se o nome de
desflorestação.
100 Ao resultar na libertação de importantes quantidades de CO2, as queimas de florestas,
por razões económicas ou outras, é um dos factores que contribui para o chamado
“efeito de estufa”.
102 A seguinte definição “utilização repetida de bens e de produtos que contribui p/a
diminuição do peso e do volume dos resíduos (urbanos e industriais) produzidos”
refere-se ao processo de gestão de resíduos designado como “reutilização”.
102 Para os adeptos da perspectiva liberal, os problemas sociais e económicos resultam
de assimetrias sociais decorrentes da exploração económica das classes económicas
dominadas pelas classes económicas dominantes.
103 Um dos objectivos da recolha selectiva de resíduos é o de valorizar economicamente o
seu aproveitamento.
127 O crescimento actual da população urbana mundial opera-se a um ritmo anual muito
superior ao do crecimento da população rural.
127 Na viragem do século XX p/o século XXI, a maioria da população mundial reside
nos países menos desenvolvidos (cerca de 80%).
138 De acordo com os cenários demográficos projectados, existe uma tendência p/que o
envelhecimento da população no Mundo, até 2020, seja muito mais acentuada nos
países mais desenvolvidos.
139 Entre os principais factores do chamado envelhecimento natural da populaçãp no topo
da pirâmide etária (65 e mais anos) encontra-se o aumento da esperança média de vida.
141 O envelhecimento demográfico, acarreta maiores custos com a segurança social
(c/pensões e reformas), c/a saúde (hospitais e medicamentos), c/a criação de infra-
estruturas (lares, centros de dia). Todos este encargos financeiros p/com o Estado são
suportados pela, cada vez mais reduzida, população activa, o que implica uma

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diminuição da sua qualidade de vida.
142 De acordo com as previsões das Nações Unidas, até 2050 a maioria da população
com 60 e mais anos de idade, viverá nos países mais desenvolvidos.
151 Migrações internas são os movimentos definitivos ou sazonais, das populações,
dentro de um país, território ou área restrita (definitivas = êxodo rural, do campo p/a
cidade; sazonais = resposta a solicitações de trabalho fora das suas regiões habituais
de residência, durante determinados períodos do ano). As causas das migrações
internas são as económicas (desemprego, subemprego, baixos salários) e não
económicas (ecológicas - infertilidade das terras, escassez de água potável e maior
rigor do clima; sociais - conflitos, inexistência de infra-estruturas, etc.). A principal
consequência é a crescente urbanização c/consequências ao nível demográfico
(desertificação do interior e zonas rurais e aumento da densidade populacional nas
áreas urbanas); nível familiar (abandono de mulheres, crianças e idosos) e nível social
(desemprego, subemprego, baixos salários, precárias condições de vida nos bairros,
tensões sociais, sobrecarga nos serviços de prestação de serviços).
Emigrante é o indivíduo que sai do seu país para ir trabalhar para outro país.
Migrações externas caracterizadas por alguns factores importantes:  Proximidade
cultural entre os migrantes e a população de acolhimento (língua, etnia, cultura); 
Estrutura familiar dos grupos migrantes (ex: a emigração é menos problemática
p/os solteiros e isolados);  Duração do fluxo (relacionado c/a conjuntura económica
e/ou decisões políticas dos países de origem e acolhimento);  Distância percorrida
(pode envolver grandes distâncias ou curtas distâncias);  Duração de
permanência (poderá ser definitiva ou temporária – contratos por temporada); 
Qualificação dos migrantes (qto maiores mais facilidade na entrada e na integração);
 Natureza das motivações (migrações políticas devido a guerras, revoluções,
perseguições, etc. e migrações económicas devido ao desemprego, baixos salários,
más condições de vida).
As causas das migrações externas são de ordem económica (questões de natureza
laboral) e não económica (políticas, demográficas, familiares, pessoais, religiosas e
culturais).
Devido às desigualdades económicas entre países ricos e pobres, bem como tensões
de ordem política, demográfica e ecológica, há um número cada vez maior número de
indivíduos a procurar outros países, sobretudo dos países menos desenvolvidos para
os mais desenvolvidos. As consequências para os países de destino são de ordem
económica, ordem demográfica e ordem sócio-política. Para os países de origem
as consequências são de natureza económica (ex: contribuição financeira dos
emigrantes c/o envio de remessas); demográfica (ex: envelhecimento da população) e
social (ex: adopção de novas práticas aprendidas nos países de acolhimento).
Modelo das 4 fases:  Estada temporária;  Prolongamento da estada;  Maior
consciência de fixação permanente;  Fixação torna-se permanente
151 O processo demográfico pelo qual se operam grandes transferência de população rural
para os centros urbanos, tendo como resultado o crescimento proporcional da
população urbana, pode ser classificado entre os casos de migração definitiva.
152-153 Uma das consequências mais notórias das migrações internas no mundo
contemporâneo é a crescente urbanização.
153 O conceito de migração define-se como o movimento de uma população temporário
ou permanente, de um local físico para outro.

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173 O aumento das oportunidades educacionais para as mulheres é uma das medidas
indirectas incentivadoras para a promoção de famílias pequenas, ou seja, é uma das
medidas anti-natalistas. Outras medidas nesse sentido são: aumento das
oportunidades no mercado de trabalho.
174 Um dos exemplos mais marcantes de uma política anti-natalista, foi o
estabelecimento a partir de 1979 pela R.P.China, de medidas que instituem benefícios
pecuniários e sociais p/as famílias c/apenas um filho.
176 A realização das conferências mundiais sobre a população promovidas pelas Nações
Unidas sobre o crescimento da população mundial parte da premissa de que esse
crescimento é um potencial obstáculo ao desenvolvimento económico-social e ao bem-
estar das populações.
189 Investimento externo directo designa todo o fluxo de capital estrangeiro destinado a
uma empresa residente sobre a qual o estrangeiro não residente exerce controlo sobre a
tomada de decisão.
190 A globalização pode ser definida como a interacção de 3 processos distintos que têm
ocorrido ao longo dos últimos 20 anos e afectam as dimensões financeira, produtiva,
comercial e tecnológica das relações económicas internacionais, tais como:  a
expansão extraordinária dos fluxos internacionais de bens, serviços e capitais [a) Os
dados mostraram que os empréstimos internacionais mais o investimento de acções em
bolsa triplicaram entre 1987 e 1996. A internacionalização da produção ocorre qdo
residentes de um país têm acesso (por meio do comércio internacional, investimento
externo directo e relações contratuais) a bens e serviços c/origem noutros países. O
investimento externo directo significa que um agente económico estrangeiro actua na
economia nacional por meio de subsidiárias ou filiais, enqto as relações contratuais
permitem que agentes económicos nacionais produzam bens ou serviços que têm
origem no resto do mundo (contratos de know-how, marcas, patentes, franquias,
parcerias e alianças estratégicas, p.ex.)];  Crescimento/agitação da concorrência
internacional - crescente importância da competitividade internacional na política
económica dos países sugere que há uma rivalidade, cada vez maior, no sistema
económico mundial. Os investidores institucionais actuam através de instituições
financeiras internacionais ou, directamente, nos mercados nos quais têm interesse. Os
mercados emergentes (fora dos países desenvolvidos) passaram a ter importantes
centros financeiros p/aplicação ou intermediação de recursos (Hong Kong, S. Paulo,
Varsóvia e outras).  Crescente integração dos sistemas económicos nacionais –
qdo uma proporção crescente de activos financeiros emitidos por residentes está nas
mãos de não-residentes e vice-versa. Indicadores importantes são o diferencial entre as
taxas de crescimento das transacções internacionais e nacionais bem como o aumento
da participação de títulos estrangeiros na carteira dos fundos de pensões norte-
americanos.
Os factores determinantes da globalização agrupam-se em 3 conjuntos de factores:
Os desenvolvimentos tecnológicos associados à revolução da informática e das
telecomunicações com redução dos custos operacionais e dos custos das transacções
globais; Ordem política e institucional devida à ascensão de ideias liberais dos
anos 80 (governos de Thatcher e Reagan) cujo resultado deu origem a uma
desregulamentação do sistema económico à escala mundial; Ordem sistémica e
estrutural cujo ponto central é o de ver a globalização económica como parte de um
movimento de acumulação à escala mundial (menor potencial de crescimento dos
mercados domésticos dos países desenvolvidos o que leva à transferência de recursos
da área produtiva para a financeira levando a uma expansão dos mercados de capitais
domésticos e internacional).

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190 As chamadas Empresas de Capital Estrangeiro são também designadas empresas
internacionais, multinacionais ou transnacionais.
191 Há investimento externo estrangeiro (IDE) quando um agente económico
estrangeiro actua nas economias nacionais através de empresas subsidiárias ou de
filiais, enqto as relações contratuais permitem que agentes económicos nacionais
produzam bens ou serviços que têm origem no resto do mundo.
194 A revolução no domínio das tecnologias informáticas e das telecomunicações foi
determinante p/o fenómeno globalização económica pq tornou muito mais fáceis e
baratas a recolha e difusão de informação relativa aos mercados internacionais de
capitais e a cordenação de operações produtivas espalhadas por todo o mundo.
204 Uma das fontes de poder externo das Empresas de Capital Estrangeiro reside na sua
capacidade de mobilização de recursos (produtivos, financeiros ou outros) a uma
escala global. Na verdade as ECE têm uma enorme capacidade para deslocar recursos
de uma subsidiária para outra e de um país para outro, para além da política de
dumping (no essencial, o dumping consiste em aplicar preços baixíssimos durante um
determinado período de tempo, na esperança de arrasar com a concorrência, o que
depois permite aplicar preços mais altos e confortavelmente, já que a concorrência foi
eliminada) em qq mercado específico, por longo tempo, usando os recursos obtidos
noutros países. Deste modo as ECE podem utilizar subsídios cruzados como táctica
para controlar mercados, gerar poder económico e poder político.
229 O modelo curativo da saúde, numa perspectiva funcionalista (séc. XVII) e as
estratégias que lhe correspondem, acentuam o aspecto curativo das ciências da saúde,
segundo a qual a ruptura do equilíbrio na pessoa saudável se dá c/a doença pelo que o
papel de reparação compete aos profissionais da saúde.
229 O modelo funcionalista de saúde que se desenvolveu no Ocidente depois do séc.
XVII, acentua a dimensão curativa das ciências e técnicas da saúde.
235 Em termos mundiais, os principais grupos de transmissão da SIDA foram os
toxicodependentes, heterossexuais e homo/bissexuais.
235 Os principais grupos de transmissão da SIDA são (por ordem decrescente de
representação) os seguintes: a) toxicodependentes; b) heterossexuais e c)
homo/bissexuais.
237 Dada a importância dos factores psicossociais, a tendência actual no domínio das
estratégias para a saúde mental é a de redução de internamentos prolongados dos
doentes mentais e da promoção da sua integração no meio comunitário e familiar.
243-244 Uma das consequências da redução drástica do ciclo de vida dos conhecimentos nas
sociedades contemporâneas, é a progressiva perda de importância do peso relativo da
formação inicial das pessoas em relação à formação contínua.
243 Um sistema de educação em que o peso da formação inicial é preponderante, é
adequado a uma sociedade onde o ciclo de vida do conhecimento é longo.
249 Um dos objectivos da chamada Educação para o desenvolvimento é o de preparar as
gerações contemporâneas para fazer um uso sustentado do meio-ambiente e dos
recursos naturais disponíveis.
249 A necessidade de uma educação para o desenvolvimento e para a solidariedade é
um dos factores que torna necessária a organização de sistemas educativos dirigidos a
toda a população e não apenas às camadas mais jovens.
253 De acordo com os relatórios da ONU sobre o Desenvolvimento Humano, existe uma

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correlação entre a percentagem dos gastos nacionais c/a educação e a posição mais
ou menos favorável de cada país em termos do Índice de Desenvolvimento Humano.
O investimento em educação tem sido globalmente assimétrico, em detrimento dos
países mais pobres, ou seja, a indústria do ensino carece de recursos materiais e essa
carência é mais notória nos países que apresentam baixos IDH.
264 Para que o processo de ensino-aprendizagem ocorra com êxito é necessário: a)
materiais educativos de qualidade; b) espaços específicos; c) estratégias activas
p/melhorar a comunicação educacional.
265 Todas as seguintes estratégias são especialmente adequadas qdo, ao aumento das
necessidades e de procura de educação, não corresponde uma oferta suficiente por
parte dos sistemas educativos: a) ensino à distância; b) utilização de espaços e recursos
fora do sistema educativo convencional; c) alfabetização das pessoas p/utilização das
tecnologias de informação e de comunicação.
276 O chamado eugenismo é uma orientação que defende intervenções p/a melhoria da
espécie humana através de processos de selecção biológica e genética.
278 Fala-se de racismo institucional (surgido nos anos 60 nos EUA) assenta no
pressuposto de que a sociedade está estruturada de modo a manter excluído um grupo
específico e evitar a sua progressão na sociedade. Assim, as políticas ou acções
tendem à marginalização do grupo visado. O Acto Único Europeu em 1993 (o efeito
directo da livre circulação entre fronteiras da UE p/os seus nacionais, pressupunha a
exclusão desse direito p/os não nacionais) foi interpretada como um exemplo de
recismo institucional.
A teoria das raças divide o homem em categorias biológicas distintas. A diferenciação
entre raças superiores e inferiores e a legitimação da supremacia das superiores face às
inferiores designa-se por racialismo.
As raças foram substituídas por grupos étnicos ou culturais. Surge assim o novo
racismo em oposição ao velho racismo biológico. Além da ênfase cultural, utilizam-se
argumentos de teor económico, bem patente em períodos de recessão económica
(veja-se o caso recente dos moçambicanos na África do Sul), o imigrante, estando em
minoria cultural, acaba por ser o bode expiatório, a ameaça.
O racismo encerra 3 componentes:  a naturalização de um grupo (c/base nas
características físicas naturais);  a percepção do outro como ameaça;  o apelo a
medidas de protecção, discriminação ou segregação.
O racismo combina 2 princípios de exclusão: a desigualdade e a diferença. Até ao
século XX a desigualdade dominou as explicações científicas biológicas. Hoje a
diferença ocupa o centro do discurso de exclusão. Taguieff defende que as duas
dimensões estão separadas. Já Wieviorka defende que as duas dimensões se
completam. Segundo este o racismo só se manifesta se houver o sentimento de que o
superior está ameaçado pelo inferior, a qualidade pela quantidade, a riqueza pela
pobreza, etc., associando diferença e inferioridade.
Todorov define o racismo como uma “doença de passagem para a Modernidade”,
considerando o surgimento de novas formas de valores holistas tais como o
nacionalismo, racismo e totalitarismo.
281 Designam-se como fundamentalismos as crenças e a defesa de um conjunto de
princípios religiosos (fundamentos) tidos como verdades fundamentais que deverão
alicerçar a organização de toda a sociedade.
281 A xenofobia e o racismo estão interrelacionados já que ambos os conceitos se referem

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a uma diferenciação entre grupos que resulta na exclusão de uns face a outros. No
entanto, a xenofobia diz respeito a um leque muito mais abrangente de diferenciações.
Ao contrário do racismo, a xenofobia não constitui por si só uma ideologia.
287 O salário da mulher é visto como um complemento. As funções destinadas às mulheres
são ditas compatíveis c/a natureza feminina (cuidar dos outros é de natureza feminina)
pelo que se designa por maternidade social.
290 O conceito de relações de género não coincide com o conceito de diferença entre
sexos, porque o primeiro sublinha a base social e cultural das relações entre homens e
mulheres enqto o segundo toma a diferença física como base imutável dos papéis
sexuais.
291 A Carta da Organização das Nações Unidas tem como princípio fundador (em
1945) a busca e a manutenção da paz mundial, mas também o da promoção do respeito
dos direitos humanos e liberdades fundamentais.
305 O suicídio que Durkheim designou como altruista ocorre qdo a existência do
indivíduo vale pouca coisa face à colectividade (ex: homens idosos ou doentes; viúvas,
etc.)
322 Uma das razões pelas quais o consumo de bebidas alcoólicas nos adolescentes é
desaconselhávelé o facto de o fígado não metabolizar o etanol antes dos 18 anos.
334 As tendências mais actuais da política social face à prostituição orientam-se p/a
despenalização da prostituta e p/a penalização dos operadores que forneçam ou
explorem essa actividade.
338 A pornografia tem sido vista por muitos sectores como socialmente perigosa, em
virtude de se pensar que ela favorece a violência e a criminalidade, sobretudo o
aumento de crimes sexuais; no entanto, a influência da pornografia na violência não
está provada, sendo ainda necessários mais estudos sobre o assunto.
345 Para as teorias do crime como comportamento, um comportamento é considerado
desviante qdo existe o consenso público de que as normas sociais foram violadas
346 P/a teoria do síndroma geral do desvio a relação existente entre drogas e crime não é
directa, mas resulta do facto de o consumo de drogas favorecer a relação do indivíduo
c/outras formas de comportamento desviante.
350 Um dos obstáculos ao estudo e intervenção no domínio da violência doméstica são os
valores positivos que geralmente nutrimos pela família e que se traduzem, p.ex., na
idea de violência e amor não podem coexistir na mesma família.
350 O terrorismo não deve ser confundido com a guerrilha, termo que designa a luta
armada de grupos minoritários contra as forças armadas do Estado, c/o objectivo de
restabelecer ou instaurar uma nova ordem (caso de Timor Lorosae).
No caso do terrorismo o objectivo é combater o poder instituído, sendo atingidos
cidadãos inocentes que não têm qq relação pessoal c/os terroristas. Representa uma
forma de luta radical praticada por cidadãos de um país contra o próprio Estado ou
Estados estrangeiros.

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