Nas últimas décadas temos vindo assistir em Portugal a um duplo
envelhecimento da população, ou seja, um aumento da percentagem de idosos e uma diminuição da percentagem de jovens. Com isto, as pirâmides etárias tem cada vês mais uma base estreita e um alargamento do topo da pirâmide revelando uma percentagem crescente de idosos na população total. Em 2001, a população residente no nosso pais apresentava uma estrutura envelhecida e, pela primeira vez na sua história, a percentagem de idosos passou a ser superior a dos jovens. Esta profunda alteração na estrutura etária da população portuguesa, no sentido de um duplo envelhecimento – em resultado da significativa quebra da taxa de natalidade e da rápida evolução da esperança média de vida - tem varias implicações a nível socioeconómico. O índice de dependência total estabelece a relação entre a população dependente (em idade não activa) com a população em idade activa. Então podemos ver que o duplo envelhecimento coloca uma enorme pressão do lado da população em situação contributiva. Se nada for feito, e se este fenómeno, o duplo envelhecimento da população, continuar a aumentar Portugal além de ficar com uma população envelhecida poderá ainda ver a segurança social a ir a falência, ou seja, os descontos da população em idade activa puderam não chegar para satisfazer as necessidades da população (reformas, abonos, obras públicas, etc.)