You are on page 1of 2

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE LETRAS Curso de Poesia Brasileira I Esta avaliao deve ser entregue na primeira

a aula aps o trmino da greve. I No ensaio Naturalidade e individualismo de Gonzaga, da Formao da literatura brasileira, Antonio Candido afirma que com Toms Antnio Gonzaga a pesquisa neoclssica da natureza alcana a expresso mais humana e artisticamente mais pura, liberta ao mesmo tempo da contoro barroca e dos escolhos da prosa. Analise tais aspectos na Lira XXVII da Parte II de Marlia de Dirceu: A minha amada mais formosa Que branco lrio, Dobrada rosa, Que o cinamomo, Quando matiza Coa folha a flor. Vnus no chega Ao meu amor. Vasta campina, De trigo cheia, Quando na sesta Co vento ondeia, Ao seu cabelo, Quando flutua, No igual. Tem a cor negra Mas quanto val! Os astros, que andam Na esfera pura, Quando cintilam Na noite escura, No so, humanos, To lindos como Seus olhos so, Que ao sol excedem Na luz que do. s brancas faces Ah! no se atreve Jasmin de Itlia, Nem inda a neve, Quando a desata O sol brilhante Com seu calor. So neve e causam No peito ardor. Na breve boca Vejo enlaadas As finas perlas Com as granadas; A par dos beios, Rubins da ndia Tm preo vil. Neles se agarram Amores mil. Se no lhe desse, Compadecido, Tanto socorro O deus Cupido; Se no vivera Uma esperana No peito seu, J morto estava O bom Dirceu. V quanto pode Teu belo rosto, E de goz-lo O vivo gosto! Que, submergido Em um tormento Quase infernal, Porquinda espero, Resisto ao mal.

II No poema I-Juca-Pirama, de Gonalves Dias, possvel observar a mistura dos gneros lrico, pico e dramtico. Identifique em seus versos caractersticas de cada um desses gneros e analise-as.

You might also like