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Temporalidade
Insatisfação ou sofrimento
O físico Fritjof Capra, em seu livro O Tao da Física, nos fala que o
budismo - ao contrário do hinduísmo que lhe serviu de
preparação e que possui um forte colorido mitológico e
ritualístico - tem um caráter e um "sabor" eminentemente
psicológicos. Segundo Capra, "Buda não estava interessado em
satisfazer a curiosidade humana acerca da origem do mundo, da
natureza do Divino ou questões desse gênero. Ele estava
preocupado exclusivamente com a situação humana, com o
sofrimento e frstrações dos seres humanos. Sua doutrina,
portanto, não era metafísica; era uma psicoterapia. Buda
indicava a origem das frustrações humanas e a forma de superá-
las. Para isso, empregou os conceitos indianos tradicionais de
maya, karma, nirvana,etc., atribuindo-lhes uma interpretação
psicológica renovada, dinâmica e diretamente pertinente."
(Capra, 1986, p. 77). Ele havia dedicado-se a um aspecto da
evolução humana: a autocompreensão para por fim ao
sofrimento humano, e só a este aspecto se dedicara.
Buda e Jesus
Jesus: Por que olhas o cisco no olho de teu irmão e não vês a
trave no teu? Como ousas dizer a teu irmão: 'Deixa-me tirar o
cisco de teu olho, pois sei corrigir teu erro de visão'? Hipócrita,
tira primeiro o engano de tua visão, e só então poderás tirar o
cisco de teu companheiro".
Jesus: "Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má
dar bonsc frutos. Porventura colhem-se figos de espinheiros ou
ervas de urtigas? Toda árvore se conhece pelos frutos".
Bibliografia Sugerida