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A DEFINIÇÃO
DE FELICIDADE
Prefácio
Estudar os textos atribuídos a autores antigos como
Platão e Aristóteles é um exercício que exige inclinação
para esta leitura e uma dose de paciência. Isto porque a
forma desses textos traz muitas repetições, muitas idéias
tratadas seguidas vezes, mas de pontos de vista algo
diferentes, ou muitos pensamentos semelhantes antes de
apresentar a conclusão. Evidentemente as personalidades
com inclinação para esta forma de exposição considerarão
a leitura prezerosa, encontrando seu ambiente natural na
exploração dos sentidos de cada variação do mesmo tema.
Na atual sociedade, onde a infomação objetiva e
rápida é almejada, com premissas e conclusões claras e
bem direcionadas, o rebuscar dos conceitos pode tornar-se
uma atividade penosa, na qual a própria função prática
deste rebuscar pode ser questionada. Assim, pode-se
perguntar: em que sentido a discussão em torno da
definição de felicidade segundo a Ética a Nicômaco pode
ajudar no desenvolvimento sustentável das sociedades
atuais? Por exemplo, considerando a necessidade de um
jovem de se estabelecer seguramente em uma sociedade
que vê saturar seus modelos de sustentabilidade, pode-se
perguntar se há condições de sobrevivência adequada nesse
contexto saturado. Nessa situação, conhecer a forma de
pensamento que permeava discussões entre uma pequena
parcela da elite grega de mais de dois milênios atrás pode
auxiliar este jovem a sobreviver?
A resposta relativa à sobrevivência em geral é um
“não” muito claro. Discutir o pensamento antigo não
acrescenta ferramentas ao jovem em geral para sustentar-se
na nossa sociedade, como atualmente organizada. A
discussão desse pensamento é mais útil à manutenção do
Sumário
1 – Introdução 8
2 - Elementos Pré-Textuais 10
3 – Elementos Textuais 30
4 – Conclusão: 44
5 – Bibliografia 46
Objeto de Estudo:
Ética a Nicômaco, Li-
vro Primeiro, Capítu-
lo Primeiro
1 - Introdução
1 1– O tema proposto
O tema considera o conceito de felicidade segundo
o primeiro capítulo do primeiro livro da Ética a Nicômaco.
O tema é desenvolvido a partir da leitura do capítulo, sua
apreensão seguindo as considerações próprias e pessoais
(isto é, o exercício intelectual que acompanha qualquer
leitura interpretativa), com comparação (concomitante ou
posterior) com as idéias desenvolvidas por comentadores
que se ocuparam com o mesmo tema.
2 – Elementos Pré-Textuais
2.1– Uma nota sobre o interesse no tema
A menção da eventual ausência de um interesse
mais abrangente, ou talvez aplicativo (no caso de minha
própria motivação), faz com que talvez seja necessário
exemplificar essa menção. Ainda que qualquer afirmação
possa ser entendida como “conhecimento”, podendo ser
posta à prova e discutida, a sua importância mais básica
possivelmente estará atrelada à aplicabilidade às atividades
humanas e sua capacidade de gerar mais conhecimento. É
com esse sentido que busco um entendimento maior da
formação dos conceitos, de modo a auxiliar na transmissão
dos mesmos em minha atividade.
3 – Elementos Textuais
Neste item, são reproduzidas algumas das
passagens do capítulo I da Ética a Nicômaco nas quais as
alíneas i a vii do item 2.2.1 são justificadas.
Adicionalmente, é feita a menção de autores que se referem
4 – Conclusões
Nesse texto concentrou-se a atenção mais nos passos
seguidos no texto original, para apresentar a definição de
felicidade no capítulo 1 de Ética a Nicômaco. Esses passos
foram resumidos e esquematizados, e, posteriormente,
justificados e vinculados a passagens de outros autores
sobre o mesmo tema.
5 – Bibliografia
Imagem da capa: