Professional Documents
Culture Documents
Pedro IV
joão girão
Telma Roque Instituição gere sete casas de
infância, um lar de idosos e
Pais exigem nova gestão para 1400 fogos de habitação
social em Chelas
creches da Fundação D. Pedro IV
Um grupo de pais das sete creches e jardins de infância geridos pela Fundação D. Pedro IV, em
Lisboa, exige a destituição dos actuais corpos gerentes da instituição, por entender que não estão a
ser asseguradas as condições mínimas de bem-estar das cerca de 850 crianças que frequentam os
estabelecimentos de infância.
A decisão de pedir a destituição da direcção da fundação - que tem também a seu cargo a Mansão
de Marvila e 1400 fogos de habitação social em Chelas - foi tomada por unanimidade, na passada
terça-feira, por mais de uma centena de encarregados de educação dos vários estabelecimentos de
infância, em Assembleia de Pais.
A relação entre os pais e a Fundação começou a azedar em Dezembro, altura em que a Instituição
Particular de Solidariedade Social (IPSS) iniciou uma restruturação, "transferindo funcionárias,
avançando com despedimentos e pedindo às cozinheiras que optassem por alimentos congelados e
de confecção rápida".
Mariana Santos afirma que "há berçários que chegam a ter 13 bebés para uma ou duas funcionárias,
ajudantes de acção educativa a tomar conta de crianças e a assegurar as limpezas". Diz que "estão
em causa as condições mínimas de higiene e bem-estar das crianças, além da falta de segurança,
porque nem sempre são controladas as entradas e saídas das casas".
"A sede da Fundação está transformada numa verdadeira 'holding' imobiliária, gerida por alguns
elementos da administração em proveito próprio, com a concordância (ao menos tácita) dos
restantes membros dos corpos gerentes", pode ler-se num dos artigos das considerações finais do
relatório, que fala ainda em desvios dos fins para que foi criada (ajudar os mais carenciados) e
quebras de compromissos com o Estado.
Fonte do gabinete do ministro Vieira da Silva, questionado pelo JN, remete esclarecimentos sobre o
caso para o Instituto de Segurança Social. Edmundo Martinho, presidente, disse ao JN que foram
feitas fiscalizações, este mês, às sete casas de infância da Fundação. Das visitas dos inspectores
resultaram "uma série de recomendações e notificações para corrigir aspectos de funcionamento,
nomeadamente ao nível dos recursos humanos", que eram insuficientes, disse.
As fiscalizações da Segurança Social foram feitas na sequência das denúncias efectuadas pelos
encarregados de educação a várias entidades.
Instituição defende-se