parte do modo como as pessoas interpretam as situações que encontram
Os processos que induzem tais
interpretações são em muito semelhantes àqueles que se encontram subjacentes aos processos cognitivos em geral. SUMÁRIO
A nossa concepção do que é real é
grandemente afectada pela confirmação dos outros, como foi demonstrado pelo estudo de Asch sobre os efeitos da pressão do grupo, e pela necessidade de comparação social, especialmente nas situações ambíguas. SUMÁRIO
Para dar um sentido ao mundo, as pessoas
procuram consistência cognitiva.
De acordo com a teoria da dissonância
cognitiva, elas farão tudo o que puderem fazer para reduzir qualquer inconsistência (dissonância) que for percebida, reinterpretando a informação para se adequar às suas crenças, atitudes e acções SUMÁRIO
A interpretação da situação que as pessoas
encontram é afectada pelas suas atitudes, que variam de uma pessoa para a outra.
As atitudes são posições mentais
particularmente estáveis, sustentadas relativamente a uma ideia, um objecto ou pessoa, que combinam crenças, sentimentos ou avaliações, e alguma predisposição para a acção. SUMÁRIO
Os psicólogos sociais estudaram algumas
abordagens à mudança das atitudes.
Uma diz respeito à eficácia das
comunicações persuasivas.
Esta eficácia depende, em parte, das
diversas características da fonte (emissor), incluindo a credibilidade e a fidelidade da fonte. SUMÁRIO
A eficácia das comunicações persuasivas
também depende das características da própria mensagem.
Alguns defendem que as mensagens fortes
terão maior probabilidade de mudar atitudes se a mensagem vier por uma via central do que se entrar pela via periférica, onde existe uma maior confiança em heurísticas grosseiras, mas prontas a usar. SUMÁRIO
Uma outra abordagem sugere que a
mudança de atitudes é muitas vezes produzida por tentativas de reduzir a dissonância cognitiva.
Existem, no entanto, alguns dados que
sugerem que os efeitos de redução da dissonância cognitiva são mais um meio de proteger a auto-imagem favorável do indivíduo do que um meio de remover inconsistências lógicas. SUMÁRIO
Embora os diversos modos de mudar as
atitudes tenham algum efeito, as atitudes tendem a permanecer bastante estáveis, em parte devido à consistência cognitiva que, no seu todo, é uma força para manter as coisas no modo como estavam, e, em parte, porque as pessoas tendem a permanecer no mesmo ambiente social e económico. SUMÁRIO
O modo como percebemos os outros é, de
certo modo, semelhante ao modo como percebemos e pensamos os objectos inanimados ou os acontecimentos. SUMÁRIO Alguns teóricos consideram que as impressões que temos dos outros pode ser vista como um padrão, cujos elementos são interpretados em termos de um todo.
Justificam assim o papel de traços centrais
e efeitos de primazia na formação de impressões.
Teóricos mais recentes enfatizam o papel
da cognição social que conduz à formação de esquemas. SUMÁRIO
A nossa percepção das pessoas é
complexificada pelo facto de elas terem conhecimento de que estão a ser percepcionadas, o que pode conduzir a tentativas de gestão das impressões.
O fracasso na gestão das impressões pode
conduzir ao embaraço. SUMÁRIO
O embaraço é, parcialmente, causado pela
perda de auto-estima, mas também pela ruptura com as interacções sociais que ninguém sabe como reparar. SUMÁRIO
As teorias atribucionais tentam explicar
como inferimos as causas do comportamento de outras pessoas, atribuindo-as que a factores situacionais quer a qualidades disposicionais.
Tradicionalmente, considera-se que as
culturas orientais são mais situacionais e que as ocidentais são mais disposicionais. SUMÁRIO
O processo atribucional é bastante racional
e depende das condições em que o comportamento em questão aconteceu.
Mesmo sendo racional, pode conduzir a
diversos erros SUMÁRIO
No julgamento dos outros, tendemos a
cometer o erro atribucional fundamental, sobrestimando o papel das qualidades disposicionais e subestimando o papel dos factores situacionais (sobretudo nas culturas ocidentais).
Este viés atribucional é invertido quando
somos nós os actores. SUMÁRIO
A investigação transcultural sugere que
muitos fenómenos sócio-psicológicos, com a ansiedade sentida nas situações de conformismo, o erro atribucional fundamental e o viés em benefício próprio podem ser particularmente acentuados pelos valores individuais das culturas ocidentais. Estes efeitos tendem a ser reduzidos em culturas colectivistas.