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Relações Interpessoais

JB
Introdução

Provavelmente não existirá área do


comportamento humano em que as cognições e
os afectos se entrelacem de maneira mais
complexa do que na atracção interpessoal, isto é,
no afecto, no amor e no desejo sexual.
O Afecto - Atracção
Física

Para a maioria de nós, existe algo de não


democrático na possibilidade de que a
aparência física de uma pessoa determine
quanto os outros possam gostar dela.
O Afecto - Atracção
Física
Quando questionadas em abstracto, a maior
parte das pessoas não considera a atracção física
como muito importante no seu afecto pelos
outros.

No entanto, as investigações sobre o


comportamento mostram que a beleza física
desempenha um papel muito importante na
recolha de afecto dos outros.
O Afecto - Atracção
Física
Um dos motivos para a importância da atracção
física é que a nossa posição social e a nossa auto-
estima aumentam quando somos vistos na
companhia de pessoas fisicamente atraentes.

Quer os homens quer as mulheres são avaliados


mais favoravelmente quando estão com um
parceiro romântico ou amigo atraente do que
quando estão com alguém não atraente.
O Afecto - Atracção
Física

No entanto, quer os homens quer as mulheres


são julgados menos favoravelmente, quando são
vistos com um estranho que é fisicamente mais
atraente do que eles.

Aparentemente, sofrem com a comparação com


uma pessoa desconhecida mais atraente.
O Afecto - Atracção
Física

Felizmente, existe esperança para aqueles de


entre nós que não são bonitos:

A atracção física diminui de importância quando


se escolhe um parceiro permanente

Há ainda outros factores com importância, como


vamos já ver.
O Afecto -
Proximidade
A proximidade é também um factor que favorece
o afecto interpessoal

Estudos realizados em residências universitárias


indicam que:

os companheiros de quarto tinham duas vezes


mais probabilidade de se tornarem amigos,
relativamente aos vizinho de andar;

e os vizinhos de andar mais do que os outros


O Afecto -
Proximidade
Há estudos que mostram que a proximidade
aumenta a intensidade da reacção inicial:

Numa relação agradável, quanto mais perto se


sentam duas pessoas mais aumenta a estima
entre elas;

Numa relação desagradável, quanto mais perto


se sentam duas pessoas menos apreço é dado
ao outro (ou à outra).
O Afecto -
Proximidade

A maioria dos encontros iniciais varia entre o


neutro e o agradável;

Portanto, na maioria dos encontros iniciais, o


resultado da manutenção da proximidade é a
amizade.
O Afecto -
Proximidade
Aqueles que acreditam em milagres no que se
refere a questões do coração, podem acreditar
que existe um parceiro perfeito para cada um de
nós, à espera de ser descoberto algures no
mundo;

Se isso for verdade, maior milagre será a


frequência com que o destino conspira para
colocar essa pessoa a pouca distância.
O Afecto -
Familiaridade
Um dos motivos pelos quais a proximidade cria
afectos é que ela aumenta a familiaridade.

As investigações mostram que a familiaridade


gera afeição.

Por exemplo, ratos que ouvem repetidamente


música de Mozart, acabam por se afeiçoar a essa
música; e humanos que ouvem repetidamente
determinadas sílabas sem sentido passam a
preferir essa sílabas com mais frequência.
O Afecto -
Familiaridade
Numa investigação, mostraram-se fotografias de
rostos e depois perguntou-se quanto achavam os
sujeitos que iriam gostar da pessoa de cada rosto.

Verificou-se que, quanto mais tivessem visto um


determinado rosto, mais os sujeitos diziam que
gostavam dele e mais achavam que iam gostar da
pessoa.
O Afecto -
Familiaridade
Numa engenhosa demonstração do efeito
familiaridade-gera-afectos, os investigadores
utilizaram fotografias de alunas universitárias;

Para cada uma das fotografias, realizaram uma


fotografia em imagem espelhada (invertida)

Mostraram as fotografias originais e invertidas às


próprias alunas fotografadas, às amigas e aos
namorados
O Afecto -
Familiaridade
As alunas fotografadas preferiram as fotografias
em espelho;

As amigas e namorados preferiram as fotografias


originais.

O motivo é claro.

Conclusão: quem não for bonito ou sentir que a


sua admiração por alguém não é recíproca, o
melhor que tem a fazer é manter-se por perto...
O Afecto -
Semelhança
Existe um velho ditado que diz que os opostos se
atraem, e os namorados gostam de afirmar as
suas diferenças: “eu adoro passeios de barco,
mas ele prefere montanhismo”.

O que esses namorados esquecem é que muito


provavelmente ambos gostam de actividades ao
ar livre, são da mesma nacionalidade, da mesma
religião, da mesma classe social e do mesmo
nível de instrução
O Afecto -
Semelhança
Estudos de Feingold (1988) mostram
curiosamente que os casais são também
semelhantes em atracção física.

A semelhança produz afecto, possivelmente


porque as pessoas valorizam as suas próprias
opiniões e preferências e porque gostam de estar
com outras que validam, ou valorizam mesmo,
as suas escolhas.

A semelhança aumenta a auto-estima.


O AMOR
Amor

O amor é mais do que um grande afecto.

è possível gostar muito de uma pessoa que não


amamos (por quem não temos atracção sexual)

é possível amar alguém de quem não gostávamos


particularmente.
Amor - Amor
Romântico
O amor romântico tem sido descrito como
essencialmente apaixonado:

um estado emocional desordenado, no qual


sentimentos de ternura e de sexualidade,
exaltação e dor, ansiedade e alívio, altruísmo e
ciúme coexistem numa confusão de
sentimentos.
Amor - Amor
Romântico

Segundo alguns estudos:

os homens tendem a apaixonar-se mais


frequentemente;

as mulheres tendem a acabar com as relações


de amor mais facilmente do que os homens.
Amor - Teoria
Triangular de
Sternberg
Agressividade
Agressividade -
Reacção emocional

As emoções provocam não só reacções gerais,


mas também tendências específicas de acção

A agressividade pode ser considerada como uma


tendência típica da emoção para a acção, tal
como rir quando estamos alegres ou chorar
quando estamos tristes.
Agressividade - como
Impulso

Segundo a teoria psicanalítica de Freud, muitas


das nossas acções são determinadas por pulsões,
especialmente por pulsões sexuais.

Quando a expressão dessas pulsões é frustrada, é


induzido um impulso agressivo.
Agressividade - como
Impulso
Teóricos psicanalíticos ampliaram essa hipótese
de frustração-agressão.

Propõem que, sempre que o esforço de uma


pessoa para atingir algum objectivo é bloqueado,
é induzido um impulso agressivo.

O impulso agressivo visa destruir o obstáculo


(pessoa ou objecto) causador da frustração
(Dollard, 1939)
Agressividade - como
Impulso

A proposta de Dollard e Miller tem dois aspectos


essenciais:

a causa habitual da agressão é a frustração;

a agressão tem as propriedades de um impulso


básico, sendo uma forma de energia que
persiste até que o seu objectivo esteja satisfeito.
Agressividade - como
Impulso
Autores como Lorenz e Goodall consideram o
impulso para a agressividade como um impulso
biológico básico, como a fome, por exemplo.

Um factor biológico muito estudado é a influência


do nível de testosterona na agressividade.

Estes estudos não explicam a agressividade


feminina de forma satisfatória, nem a masculina
porque muitas vezes a correlação entre nível de
testosterona e agressividade é fraca.
Agressividade - como
Resposta Aprendida
A teoria da aprendizagem social preocupa-se
com a interacção social humana, mas tem origem
em estudos behavioristas sobre aprendizagem
animal.

Dedica-se ao estudo dos padrões de


comportamento que as pessoas desenvolvem, em
resposta a acontecimentos no seu ambiente.
Agressividade - como
Resposta Aprendida

Alguns comportamentos sociais podem ser


recompensados;

Outros podem produzir resultados desfavoráveis.

Através do processo de reforço diferencial, as


pessoas, com o tempo, seleccionam os padrões
de comportamento mais bem sucedidos.
Agressividade - como
Resposta Aprendida
Papel dos processos Cognitivos: como as
pessoas podem representar mentalmente as
situações, também são capazes de prever as
consequências prováveis das suas acções;

Papel da aprendizagem vicariante


(observação): muitos padrões de comportamento
são adquiridos a partir das observações das
acções dos outros e das suas consequências
Agressividade - como
Resposta Aprendida
A teoria da aprendizagem social de Bandura
(1986; 1973) evidencia o papel dos modelos na
transmissão quer dos comportamentos
específicos quer das respostas emocionais.

Segundo esta teoria, a agressividade não é um


impulso desencadeado pela frustração.

A agressividade seria semelhante a qualquer


outra resposta aprendida.
Agressividade - como
Resposta Aprendida
Imitação da Agressão:

A melhor confirmação da teoria de Bandura é o


facto de se provar que a agressividade, como
qualquer outra resposta, pode ser aprendida
através da imitação.

Os estudos de Eron (1987) comprovam que a


observação de modelos de agressão ao vivo ou
em filme aumenta a probabilidade de
agressividade no observador (crianças de J. Inf)
Agressividade - como
Resposta Aprendida
Reforço da Agressão:
Outra evidência para a teoria da aprendizagem social
é que a agressividade depende das contingências de
reforço, tal como outras respostas aprendidas.

Vários estudos comprovam que as crianças têm mais


tendência para respostas agressivas que aprenderam
pela observação de modelos agressivos, quando são
reforçadas por tais acções, ou quando observam
modelos agressivos a serem reforçados.
Agressividade

Provavelmente, nenhuma das teorias sobre


agressividade é completamente satisfatória.

Em todo o caso, todas merecem que lhes


prestemos a devida atenção.

Cada uma das teorias pode ser comprovada com


exemplos e situações distintas.

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