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Agrupamento de Escolas de Alcains

Exma. Sra. Ministra da Educação,


C/c.: Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República
Exmo. Sr. Procurador Geral da República
Exmo. Sr. Primeiro - Ministro
Exmos. Srs. Dirigentes Sindicais
Órgãos do Agrupamento José Sanches de Alcains:
Exmos. Srs. Membros do Conselho Geral Transitório
Exma. Sra. Presidente do Conselho Executivo
Exmos. Srs. Membros do Conselho Pedagógico
Exmos. Srs. Representantes Associação Pais e Encarregados de Educação

MOÇÃO
Foi enviada, no passado dia 18 de Novembro de 2008, uma moção subscrita por
professores desta escola, dirigida à Sr.ª Ministra da Educação, onde se dava conta
da posição assumida a 13 de Novembro – a suspensão de todas as iniciativas e
actividades relacionadas com o processo de avaliação em curso.
Perante o Decreto Regulamentar 1-A/2009 de 5 de Janeiro, torna-se necessário um
esclarecimento da posição dos signatários deste documento relativamente à
simplificação da avaliação.
Da análise do Decreto Regulamentar, verifica-se que se dispensa da avaliação da
componente científica e pedagógica -a essencial- todos os docentes que apenas
almejem o Bom para progredir na carreira e dispensando totalmente de avaliação
alguns. Desta «dispensa» parcial ou total depreende-se que, ou este sistema não é
exequível, ou todos os professores são, no mínimo, bons.
Todos desejam ser avaliados por um sistema credível e justo. Para isso, é
necessário aferir da credibilidade da figura do avaliador, o que não acontece
neste sistema. A seriedade de um modelo alternativo passa necessariamente pela
alteração do Estatuto da Carreira Docente e revogação da divisão artificial entre
professores titulares e professores.
Assim, os professores signatários manifestam o seu interesse em ser avaliados, mas
não pelo presente modelo de avaliação do desempenho docente, por considerar que
1. O modelo previsto no Decreto Regulamentar 2/2008 de 10 de Janeiro em vigor
para os próximos anos nunca reuniu condições de exequibilidade, tendo sido um
factor determinante na degradação do relacionamento interpessoal entre a classe
docente e profundamente perturbador do clima escolar com reflexos negativos
(directos e indirectos) no processo de ensino e aprendizagem;
2. Este modelo, ainda em vigor, encontra-se já completamente desvirtuado, por
força da introdução de diferentes despachos e emendas, nenhuma delas resultado de
uma discussão aberta e participada com a classe docente.
Reitera-se a necessidade da avaliação, mas nunca por um modelo em fase de
extinção. Mais se manifesta o direito a ser avaliado através de um modelo que seja
justo, testado, simples, formativo e que, efectivamente, promova o mérito pela
competência científico-pedagógica, mas sem diferenciação de natureza
administrativa.
Os professores avaliadores signatários deste documento esclarecem que suspendem a
sua avaliação, mas encontram-se disponíveis para cumprir as suas obrigações legais
no que se refere à avaliação de outros professores.
Assim, os/as professores/as e educadores/as abaixo-assinados decidem:
• Manter a luta contra a viabilização deste modelo de avaliação do desempenho o
qual não é bom para o processo de ensino, para as aprendizagens e para a supressão
das dificuldades inerentes ao próprio processo educativo, sobre os quais a
avaliação do desempenho deve, também incidir;
• Manter a disponibilidade para continuar a luta por um ECD que dignifique e
valorize a profissão docente.
Alcains, 13 de Janeiro de 2009
Subscreveram a moção 74 docentes num total de 127

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