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Belo Horizonte – MG
APM/CEG
Outubro de 2008
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Belo Horizonte – MG
APM/CEG
Outubro de 2008
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ORIENTANDO: ____________________________________________________
NOTA: ___________________________________
BANCA EXAMINADORA:
___________________________________________________________
AVALIADOR
___________________________________________________________
ORIENTADOR
___________________________________________________________
AVALIADOR MEDIADOR
Observações:________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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AGRADECIMENTOS
(Mahatma Gandhi)
5
RESUMO
ABSTRACT
The gas stations activity, considered potentially polluting the environment, requires constant
monitoring by environmental agencies because of the severity effects on human health and on
environment caused by fuel leaks from underground tanks installed at them. The participation
of the Environment Military Police (PM MAMB) in surveillance of gas stations, technically
called resale of post (PRs), provides more efficient environmental control, due to its presence
in all municipalities of Minas Gerais. But to correct an oversight, require training and courses,
through exposure to theoretical and practical laws and technical standards specific. This
research aims to analyze the technical capacity of environment military police with regard to
environmental monitoring of PRs, having in mind the complexity of technical standards and
legislation related to the subject. The basic assumption was suggested that the military police
of the 1st Platoon from Environment Military Police Company (CIA PM MAMB) located at
Belo Horizonte do not have technical capacity to monitor the PRs. The research is descriptive
and was based on questionnaire and interviews for obtaining empirical data, in addition to
desk research and literature. Were researched technical standards of ABNT, the CONAMA
Resolutions and Regulatory Decisions from COPAM to subsidize the research. It uses the
hypothetical-deductive method and the monographic and statistical procedure methods. The
results of the research show that environment military police from CIA PM MAMB, 1st
Platoon do not have the technical capability to supervise PRs. It was found that they need
from FEAM to give more theoretical and practical training to police, and that this training
must be continued and extended to all the fractions of PM MAMB in the state of Minas
Gerais.
Key words: post of fuel, potentially polluting activities, supervision, post retail, Environment
Military Police, training, environmental law, technical standards, ABNT NBR
13786, technical capacity, environmental protection, FEAM, PMMG,
RCONAMA 273/00, DN COPAM 74/04, contamination, underground storage
tanks, agreement, power of environmental police, Belo Horizonte.
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LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE SIGLAS
AF Auto de Fiscalização
AI Auto de Infração
CA Capacidade de Armazenamento
DN Deliberação Normativa
LI Licença de Instalação
LO Licença de Operação
LP Licença Prévia
PA Posto de Abastecimento
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................14
6 POLUIÇÃO..........................................................................................................................65
6.1 Poluição hídrica ................................................................................................................65
6.2 Crime de poluição.............................................................................................................67
6.3 Infrações administrativas relativas à atividade dos postos de revenda.......................68
6.4 Poluição causada por postos de revenda de combustível e seu impacto na saúde do
homem e no meio ambiente....................................................................................................70
6.4.1 Contaminação humana....................................................................................................71
6.4.2 Impacto ambiental ...........................................................................................................72
6.4.3 Riscos de explosão...........................................................................................................72
8 METODOLOGIA................................................................................................................78
8.1 Método de abordagem do tema .......................................................................................78
8.2 Método de procedimento..................................................................................................78
8.3 Técnica de coleta de dados...............................................................................................79
8.4 Tipo de Pesquisa ..............................................................................................................79
8.4.1 Quantos aos objetivos da pesquisa..................................................................................80
8.4.2 Quanto ao conceito operativo da pesquisa .....................................................................80
8.4.3 Quanto à natureza da pesquisa .......................................................................................80
8.4.4 Delimitação do universo..................................................................................................80
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CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................91
REFERÊNCIAS......................................................................................................................94
1 INTRODUÇÃO
A Seção 4 faz menção à Polícia Militar do Meio Ambiente explanando sua missão
à luz das Constituições Federal e Estadual.
A Seção 5 trata, com bastante propriedade, sobre os postos de revenda de
combustíveis sob três ramificações: atividade potencialmente poluidora, classificação e
principais equipamentos ou sistemas de proteção ambiental em postos de revenda.
A Seção 6 é a que mais causa impressão ao leitor, devido à exposição de fatos e
provas da capacidade que o derivado de petróleo tem em provocar danos à saúde humana e ao
meio ambiente, além de revelar uma estatística oficial sobre as áreas contaminadas de Minas
Gerais, a qual implica diretamente às atividades dos postos de revenda.
A Seção 7 traz explicações sobre a estrutura organizacional, articulação e
características da sub-área de atuação da Companhia de Polícia Militar do Meio Ambiente da
cidade de Belo Horizonte. Também traz resumidas palavras sobre o curso/treinamento em que
a Companhia realizou, sob coordenação da FEAM.
A Seção 8 refere-se a estruturação metodológica adotada por esta pesquisa,
indicando os caminhos percorridos e a técnica utilizada para a elaboração desta monografia.
A Seção 9 representa o resultado mais concreto desta pesquisa, a qual analisa os
dados coletados em campo, por meio de questionário e entrevistas, vindo a subsidiar às
conclusões deste pesquisador.
Completam a estrutura desta pesquisa as considerações finais, as referências
utilizadas durante a pesquisa e, anexos/apêndices.
17
Para se entender como se chegou à Lei Federal 6.938, de 31.08.81, que dispõe
sobre a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), é preciso voltar anos antes de sua
implantação, mais precisamente em 1972, ano em que ocorreu a Declaração da Conferência
das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano1, em Estocolmo, Suécia.
O mundo estava voltando suas atenções para questões ambientais principalmente
a partir dessa Conferência. Segundo Buglione (1999)2, a maioria das leis ambientais que
vigoram até hoje no Brasil foram editadas no período da década de setenta, quando o país
estava voltado para o crescimento econômico. A Conferência de Estocolmo ocorreu no
momento em que o Brasil estava em pleno regime militar, período conhecido como “milagre
econômico”.
Milaré (2007, p. 309), ao se referir à participação do Brasil na Conferência de
Estocolmo, informa que o Brasil expressou a oposição entre o Hemisfério Norte, rico e já
preocupado com a proteção ambiental, e o Hemisfério Sul, pobre e preocupado com seu
enriquecimento, e complementa ao dizer que o Brasil defendeu o desenvolvimento econômico
a qualquer preço, causando grande mal-estar e controvérsia.
Milaré (2007, p. 309) diz ainda que, mesmo que o Brasil não se interessasse por
editar normas ambientais de proteção mais eficazes, devido ao momento econômico em que o
Brasil estava passando, estados mais industrializados como o Rio de Janeiro e São Paulo
tiveram a preocupação de editar leis e instituir órgãos para controlar a poluição. Minas Gerais,
em 09 de setembro de 1980, publicou a Lei Estadual nº 7.772/80, que dispõe sobre a proteção,
conservação e melhoria do meio ambiente em Minas Gerais.
No âmbito federal o Brasil estava pressionado, segundo Buglione (1999)
“principalmente da sociedade civil e internacional”, culminando, em 31 de agosto de 1981, no
surgimento da primeira lei genérica de proteção ambiental, a Lei Federal nº 6.938. Essa lei
veio apenas sistematizar as leis específicas já existentes.
Nasce, então, a Política Nacional de Meio Ambiente através da aprovação da Lei
Federal nº 6.938/81, conhecida como Lei da PNMA, a qual traz em seu artigo 2º o objetivo
maior: preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental. Milaré (2007, p. 310) diz
1
Disponível em <http://www.vitaecivilis.org.br/anexos/Declaracao_Estocolmo_1972.pdf>. Acesso em 29 set.
2007, 16 e 25 out. 2008.
2
BUGLIONE, Samantha. As flores não resistem a canhões. O desafio de tutelar o meio ambiente. 1999.
18
que a Lei da PNMA atribuiu aos estados a responsabilidade maior na execução das normas
protetoras do meio ambiente, o que foi bem aceito pelos estados mais industrializados, que,
além de assumirem essa responsabilidade de proteção ambiental, estabeleceram normas
próprias, “O Estado de São Paulo, de modo especial, instituiu várias áreas protegidas, com
restrições ao uso do solo.”
De acordo com o § 1º, do art. 6o dessa Lei, na esfera de suas competências e nas
áreas de sua jurisdição, os estados e os municípios poderão elaborar normas supletivas e
suplementares e padrões relacionadas ao meio ambiente, observados os que forem
estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que, segundo Milaré
(2007, p. 295) é o órgão maior do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) com
funções consultivas e deliberativas.
Para compreender o sentido do § 1º, do art. 6º da Lei da PNMA, no que se refere
às competências dos estados em legislar sobre matéria de meio ambiente e sobre a
observância aos padrões estabelecidos pelo CONAMA, será realizada uma análise do art. 24
da Constituição Federal de 1988 (CF/88), e seus parágrafos.
O “caput” do art. 24 é o seguinte: “Compete à União, aos Estados e ao Distrito
Federal legislar concorrentemente sobre:”. Antunes (2004, p. 89) esclarece que o art. 24 da
CF/88 trata de uma competência legislativa própria para os estados, e que cada estado pode
estabelecer as suas próprias normas ambientais. No art. 24 é mencionada a competência
concorrente entre a União e Estados em legislar, dentre outros itens, sobre a proteção do meio
ambiente e controle da poluição. Como é explicada por Antunes (2004, p. 88), essa
competência não é puramente administrativa, mas é a capacidade de legislar sobre
determinadas matérias (ambientais).
Há situações em que os estados podem legislar sobre matéria ambiental: a
primeira, como o próprio Antunes (2004, p. 89) alude, é o caso de inexistir norma federal de
tutela ambiental conferindo aos estados competência legislativa plena sobre matéria
ambiental, e, conforme o § 3º do art. 24, da CF/88, essa competência legislativa plena é para
atender as peculiaridades dos estados.
A outra situação é quando existe norma geral elaborada pela União, o qual limita a
competência legislativa dos estados tornando-a suplementar, ou seja, os estados só poderão
legislar de forma suplementar, respeitadas as normas gerais ambientais elaboradas pela União.
Antunes (2004, p. 89) bem esclarece que a legislação estadual suplementar perde eficácia se
contrariar norma geral federal existente, e Machado (2007, p. 108) acrescenta dizendo que
“não se suplementa a legislação que não exista”.
19
Antunes (2004, p. 90) entende ser inequívoco que tanto a União, os Estados e os
Municípios sejam dotados de amplas competências ambientais. Na prática não há ação
coordenada entre esses entes.
Levando em consideração o art. 24, em seu § 1º3 e § 2º4, da CF/88, que trata sobre
a limitação da União em estabelecer somente normas gerais ambientais, e sobre a
competência suplementar dos estados, o § 1º do art. 6º da Lei da PNMA se torna mais
compreensível. Seguinte é o teor do § 1º do art. 6º dessa Lei: “Os Estados (...) elaborarão
normas supletivas e complementares e padrões relacionados com o meio ambiente,
observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA”. O CONAMA, segundo Antunes
(2004, p. 100), pode e deve estabelecer os padrões federais que devem ser tidas como normas
gerais a serem observadas pelos estados e municípios.
Voltando ao art. 2o da Lei da PNMA, menciona, como primeiro inciso, o termo
“ação governamental”. Segundo Milaré (2007, p. 310), não existe um efetivo plano de ação
governamental em andamento, visando à preservação do meio ambiente, integrando as três
esferas da Administração Pública: União, Estados e Municípios. O que se tem, segundo
Milaré (2007, p. 310), é um esboço de um início de Política Ambiental, mas, apenas limitada
à observância das normas técnicas editadas pelo CONAMA.
Antunes (2004, p. 90) sedimenta dizendo que os três níveis da administração
pública, na prática, não agem coordenadamente, e que é urgente a elaboração de Lei
Complementar federal sobre normas gerais, para que a proteção do meio ambiente possa ser
feita de forma harmônica e integrada entre os estados.
3
Art. 24, § 1º, CF/88 – “No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer
normas gerais”.
4
Art. 24, § 2º, CF/88 – “A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados”.
20
5
Antunes (2004, p.271): “resultado da intervenção humana sobre o meio ambiente”.
21
E no caso de se não ter certeza que um dano ambiental possa ocorrer? Segundo
Antunes (2004, p. 36), diante de uma incerteza científica, a prudência é o melhor caminho.
Também é o entendimento de Machado (2007, p. 74) quando diz que, deve-se agir
prevenindo, no caso de incerteza.
Mas, essa característica, o da incerteza científica, integra o princípio da precaução
e não o princípio da prevenção. Segundo Milaré (2007, p. 767), o princípio da precaução se
situa no campo das possibilidades, da “incerteza dos saberes científicos”. Milaré (2007, p.
765) diz que há juristas que usam ambas as expressões como se não houvesse diferença entre
elas.
De acordo com Milaré (2007, p. 766), enquanto que o princípio da prevenção trata
de riscos ou impactos já conhecidos pela ciência, o princípio da precaução trata de riscos
desconhecidos. Este se preocupa com o perigo abstrato e aquele com o perigo concreto.
O princípio da precaução, de acordo com Antunes (2004, p. 36), ganhou
reconhecimento internacional quando foi inserido na Declaração do Rio, em 1992, (Princípio
nº 15), transcrito a seguir:
Machado (2007, p. 77) cita o termo in dubio pro salute ou in dubio pro natura em
sua obra Direito Ambiental Brasileiro, ao dizer que, em caso de dúvida, se adia ou não uma
medida de precaução, a opção é a proteção imediata do ser humano e conservação do meio
ambiente. Para Milaré (2007, p. 769), o princípio da precaução obriga levar em conta a
variável ambiental em qualquer ação ou decisão que possa causar algum impacto negativo
sobre o meio ambiente.
24
Constitucional, art. 170, parágrafo único, que diz: “É assegurado a todos o livre exercício de
qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo
nos casos previstos em lei” (grifo do autor). Machado (2007, p. 273) conclui que, conforme
entendimento do Texto Constitucional, o sistema de licenciamento ambiental deve-se
processar pelo sistema de autorizações.
Antunes (2004, p. 139) esclarece que a licença ambiental não pode ser entendida
no mesmo sentido que a licença administrativa. Tendo-se em vista que uma vez concedida
uma licença administrativa, passa à condição de direito adquirido ao titular.
A licença administrativa, segundo Antunes (2004, p. 137), tem caráter definitivo,
sendo revogado, mediante indenização, por interesse público ou se violar uma lei. Ao passo
que a autorização administrativa é revogável a qualquer momento pelo Poder Público. A
licença e autorização administrativas mantêm relação intensa e contraditória com a
licença/autorização ambiental.
O Tribunal de Justiça de São Paulo, TJSP6 (1993, apud MACHADO, 2007, p.
273) analisou a letra da Lei da PNMA, especificamente o art. 10 e seu § 1º7, em que surge o
termo licenciamento. É de entendimento do Tribunal de que, para o Direito Ambiental,
licença ambiental tem natureza jurídica de autorização, o que é comprovado quando o
legislador escreveu “sua renovação”, ao se referir à licença ambiental.
É também o entendimento de Sirvinskas (2003, p. 81) quando diz que a licença
ambiental tem prazo de validade preestabelecido, devendo ser obedecido e respeitado.
Extinguindo o prazo da licença o empreendedor da atividade deve requerer sua renovação.
Interessante notar que, conforme Sirvinskas (2003, p. 82), essa renovação
periódica da licença ambiental de um empreendimento, tem por objetivo um
acompanhamento dessa atividade, constatando-se se ela está cumprindo as determinações
legais.
Conforme Sirvinskas (2003, p. 84), ao lançar mão do art. 18 da RCONAMA
237/97, o prazo de validade da licença prévia (LP) não pode ser superior a cinco anos, no
máximo; para a licença de instalação (LI), o prazo não pode ser superior a seis anos; e, para a
licença de operação (LO), o prazo de validade será de quatro anos no mínimo, e de dez anos
no máximo.
6
TJSP, 7ª C., AR de Ação Civil Pública 178.554-1-6, rel. Des. Leite Cintra, j. 12.5.1993 (Revista de Direito
Ambiental 1/200-203, janeiro-março de 1996).
7
Lei 6.938/81, art. 10, § 1º: “Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão serão
publicados no jornal oficial do Estado, bem como em um periódico regional ou local de grande circulação”.
26
Sirvinskas (2003, p. 82) não considera a licença ambiental como sendo uma
autorização, senão o Poder Público poderia revogar ou cassar a licença a qualquer momento,
ficando, o empreendedor, à mercê de mudanças políticas ou da vontade da Administração
Pública. O cumprimento ou o respeito ao prazo da licença ambiental é assegurado ao
empreendedor, como explicado anteriormente, dando a ele segurança, devido ao alto
investimento na construção da empresa. Sirvinskas (2003, p. 82) explica que a revogação da
licença ambiental, mesmo que ainda vigente, se dá de duas formas: pelo descumprimento de
norma legal ou regulamentar, ou se a atividade estiver causando prejuízo à saúde humana ou
danos ao meio ambiente.
Para Antunes (2004, p. 140), mesmo que o sentido de licenciamento ambiental
seja o de uma autorização ambiental, a licença ambiental não pode ser relegada a uma simples
autorização, em face dos elevados gastos numa implantação de um empreendimento utilizador
de recurso ambiental. Ele explica que, enquanto que a licença ambiental for vigente o
empreendedor não será obrigado a mudar seus padrões ambientais, pois, já estará legalmente
licenciado e atendendo aos padrões exigidos para tal. Mas, cessada a vigência da licença, os
novos padrões ambientais são imediatamente exigíveis.
Segundo Milaré (2007, p. 421), a licença ambiental assegura ao empreendedor,
durante sua vigência, estabilidade meramente temporal e não o direito de operar ad aeternum.
Mas, se no período em que vige a licença houver nocividade do empreendimento ao ambiente,
há a previsão legal, conforme Milaré (2007, p. 421), em que se permite ao órgão ambiental
modificar, suspender ou cancelar a licença ambiental. Essa previsão está no art. 19 da
RCONAMA 237/978.
Antunes (2004, p. 137) diz o que licenciamento ambiental é o mais importante
dentre todos os mecanismos de controle das atividades econômicas potencialmente
degradadoras do meio ambiente. É o que afirma Milaré (2007, p. 406) ao dizer que, por meio
do licenciamento ambiental a Administração Pública exerce o necessário controle sobre as
atividades humanas que interferem nas condições do meio ambiente.
8
“O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificar os condicionantes e as medidas
de controle e adequação, suspender ou cancelar uma licença expedida, quando ocorrer: I – violação ou
inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais; II – omissão ou falsa descrição de informações
relevantes que subsidiaram a expedição da licença; III – superveniência de graves riscos ambientais e de
saúde”.
27
9
Art. 19, inc. I, Decreto Federal nº 99.274/90: “Licença Prévia – LP, na fase preliminar do planejamento da
atividade, contendo requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação,
observados os planos municipais, estaduais ou federais de uso do solo”.
10
Inc. II: “Licença de Instalação – LI, autorizando o início da implantação, de acordo com as especificações
constantes de Projeto Executivo aprovado”.
11
Inc. III: “Licença de Operação – LO, autorizando, após as verificações necessárias, o início da atividade
licenciada e o funcionamento de seus equipamentos de controle de poluição, de acordo com o previsto nas
Licenças Prévias e de Instalação”.
12
Art. 9º, RCONAMA 237/97: “O CONAMA definirá, quando necessário, licenças específicas, observadas a
natureza, características e peculiaridades da atividade ou empreendimentos e, ainda, a compatibilização do
processo de licenciamento com as etapas de planejamento, implantação e operação”.
28
13
RCONAMA237/97, art. 4º, caput: “Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis – IBAMA, órgão executor do SISNAMA, o licenciamento ambiental, a que se refere o
29
artigo 10 da Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, de empreendimentos e atividades com significativo impacto
ambiental de âmbito nacional ou regional (...)”.
30
Quando Antunes (2004, p. 99) se refere aos órgãos formadores do SISNAMA ele
quer informar que esses órgãos fazem parte de uma estrutura administrativa, ou estrutura
político-administrativa, nas palavras de Milaré (2007, p. 295).
Como função deliberativa o CONAMA estabelece normas e padrões compatíveis com o meio
ambiente.
O CONAMA, de acordo com Milaré (2007, p. 295), é presidido pelo Ministro do
Meio Ambiente e se compõe de representantes dos Governos Estadual, do Distrito Federal e
Municipal, representantes de Ministérios, inclusive um representante de cada Comando
Militar do Ministério da Defesa. E, conforme Antunes (2004, p. 104), representantes da
sociedade civil organizada também integram o CONAMA.
Antunes (2004, p. 106) cita ainda a participação do Conselho Nacional de
Comandantes Gerais das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares no CONAMA.
Também são membros, convidados e sem direito a voto, um representante do Ministério
Público Federal e outro Estadual, e um representante da Comissão de Defesa do Consumidor.
A competência legal do CONAMA, conforme Antunes (2004, p. 102), está
prevista no art. 7º do Decreto Federal nº 99.274/90, que regulamenta a Lei da PNMA, com
nova redação dada pelo Decreto Federal nº 3.942/01. Dentre as atribuições do CONAMA
têm-se: estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para licenciamento
ambiental de atividades potencialmente poluidoras, a ser concedido pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios e supervisionada pelo referido Instituto; determinar a realização
de estudos das alternativas e das possíveis conseqüências ambientais de projetos, requisitando
aos órgãos dos três níveis do Poder Executivo as informações indispensáveis para apreciação
do EIA/RIMA, no caso de obra ou atividade com significativa degradação ambiental;
deliberar sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente
equilibrado.
Machado (2007, p. 158) esclarece que o IBAMA não propõe normas e critérios
para licenciamento, ele apenas opina.
14
Lei 6.938/81 (PNMA), art. 6º, inc. III.
34
De acordo com Machado (2007, p. 172), o IBAMA tem como finalidade exercer o
poder de polícia ambiental e executar, a nível federal, ações relativas ao licenciamento
ambiental, dentre outras funções previstas no art. 2º, da Lei Federal nº 7.735/8915. Antunes
(2004, p. 111) enumera diversas ações federais do IBAMA concluindo que não há uma
definição clara quanto às tarefas a serem desenvolvidas pelo Instituto, havendo superafetação
de atribuições ao IBAMA. Em contrapartida, elogia o IBAMA por conseguir congregar num
só organismo diversas entidades, agregando força política ou econômica.
15
Dispõe sobre a extinção de órgão e de entidade autárquica, cria o IBAMA e dá outras providências.
35
Segundo Milaré (2007, p. 297), órgãos locais são órgãos ou entidades municipais
responsáveis pela gestão ambiental no respectivo território. Sirvinskas (2003, p. 96)
complementa dizendo que os órgãos locais poderão aplicar sanções administrativas, interditar
ou fechar o estabelecimento. De acordo com Antunes (2004, p. 119), a fiscalização ambiental
local é feito por órgãos da esfera estadual ou federal, devido, na maioria das vezes, à escassez
de recursos dos municípios.
16
http://www.semad.mg.gov.br/
36
17
Dispõe sobre a reorganização do COPAM e dá outras providências.
37
18
Dispõe sobre a reorganização do COPAM, de que trata a Lei Delegada Estadual nº 178/07.
19
Art. 3º, do Decreto Estadual nº 44.844, de 25.06.2008.
20
DNCOPAM 74/04 – “estabelece critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, de
empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente passíveis de autorização ambiental ou de
licenciamento ambiental no nível estadual, determina normas para indenização dos custos de análise de
pedidos de autorização ambiental e de licenciamento ambiental, e dá outras providências”.
21
Art. 2º, DNCOPAM 108/07.
22
Art. 16, DNCOPAM 74/04.
23
Art. 20, I, alínea “o”, Decreto Estadual nº 44.667/07.
38
24
http://www.semad.mg.gov.br/
25
Art. 2º do Decreto Estadual nº 44.819, de 28.05.2008.
26
http://www.feam.br/
39
27
O art. 5º da Lei Delegada Estadual nº 125/07 altera o termo GCFAI para CGFAI (Comitê Gestor de
Fiscalização Ambiental Integrada).
28
http://www.ief.mg.gov.br
29
http://www.igam.mg.gov.br/
30
“Águas encontradas no solo e no subsolo”. (Art. 1º, § 1º, Lei Estadual nº 13.771/00).
40
Criado pela Lei Estadual nº 15.972/06 e estruturado pela Lei Delegada Estadual nº
125/07, O CGFAI tem a função de promover o planejamento e o monitoramento da
fiscalização ambiental integrada no Estado de Minas Gerais a ser executada pela FEAM, IEF,
IGAM com o apoio operacional a PM MAMB.
A principal função do CGFAI é planejar de forma integrada a fiscalização
ambiental no Estado, utilizando-se de técnicos dos órgãos vinculados à SEMAD (FEAM, IEF
e IGAM), com apoio operacional da PM MAMB, conforme preceitua o art. 5º dessa lei.
Conforme a Diretriz para Produção de Serviço de Segurança Pública (DPSSP)
10/2005-CG, que trata do emprego dos policiamentos de Meio Ambiente e Trânsito, é o
GCFAI quem elabora o planejamento estratégico do policiamento de meio ambiente.
De acordo com o art. 6º, § 2º da Lei Estadual 15.972/06, alterada pela Lei
Delegada nº 125/07, o CGFAI é composto pelos membros: o Secretário da SEMAD, que é seu
31
Art. 4º, § 4º, do Decreto Estadual nº 44.814/08.
32
Artigo acrescentado pela Lei Estadual nº 15.972, de 12.01.06.
41
33
Cf. referência completa, p. 100.
34
http://www.semad.mg.gov.br/
35
Dispõe sobre a política de proteção do controle e da conservação do meio ambiente e da melhoria da qualidade
de vida no Município de Belo Horizonte.
42
36
Anais do II Seminário Nacional – Movimentos Sociais, Participação e Democracia. (Cf. referência, p. 100).
Silmara Machado Teixeira é mestre em Sociologia pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da
Universidade Federal de Minas Gerais.
43
De acordo com De Plácido e Silva (1975, apud FAGUNDES, 2007, p. 56) ordem
pública é o “estado de legalidade normal em que as autoridades exercem suas precípuas
atribuições e os cidadãos as respeitam e acatam, sem constrangimento ou protesto”. No
próximo tópico será trabalho no assunto ordem pública ambiental.
Conceito de ordem pública, conforme Moreira Neto (1994, apud MELE, 2008, p.
27): “uma situação de convivência pacífica e harmoniosa da população, fundada nos
princípios éticos vigentes na sociedade”. Moreira Neto (1994, apud MELE, 2008, p. 29) ainda
complementa ao dizer que ordem pública é o pré-requisito do sistema de convivência pública,
pois, viver em sociedade implica viver publicamente.
37
O Sr. João Leonardo Mele é coronel da reserva da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
44
salvaguarda da vida de todos os seres vivos, especialmente a do homem, pois, conforme Mele
(2008, p. 53), “cada ser vivo desempenha um papel e uma função, dentro de um sistema, e no
espaço geográfico em que se encontra”. Outro elemento de ordem do meio ambiente utilizado
por Mele (2008, p. 56) é a dignidade humana, “como ressalta LAZZARINI, a dignidade
humana é alcançada quando satisfeitos os direitos, inclusive os ambientais”.
Mele (2008, p. 60) explica que ordem pública ambiental é uma modalidade de
ordem pública, e assim a conceitua da seguinte forma:
38
Dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente no Estado de Minas Gerais.
39
Dispõe sobre as políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado de Minas Gerais.
40
Dispõe sobre a política de proteção à fauna e à flora aquáticas e de desenvolvimento da pesca e da aqüicultura
no Estado de Minas Gerais.
41
Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos.
42
Art. 27, § 1º do Decreto nº 44.844/08.
43
Art. 78, CTN: “considera-se poder de polícia a atividade da Administração Pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse
público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
46
Tendo-se em vista que a CF/88 eleva o meio ambiente à “bem de uso comum do
povo”, conforme Antunes (2004, p. 121), necessária é a proteção desse bem, através do
estabelecimento de normas e instrumentos. E o poder de polícia ambiental é um dos principais
mecanismos de proteção que o Estado utiliza.
Sirvinskas (2003, p. 311) complementa ao dizer que a forma mais expressiva do
poder de polícia é através da aplicação de sanções administrativas, isso se deve ao fato de que
a coercibilidade, atributo do poder de polícia, materializa-se por meio de previsão legal e
consubstanciada pela aplicação concreta de penalidades administrativas por órgãos ambientais
competentes.
Hely Lopes Meirelles, (1991, apud SIRVINSKAS, 2003, p. 312) explica que os
atributos do poder de polícia são a coercibilidade (imposição coativa de sanção
administrativa), a auto-executoriedade (faculdade de executar diretamente uma decisão, ou
seja, aplicação e execução de sanção administrativa) e a discricionariedade (aplicação de
sanção administrativa, visando o interesse público, observadas a conveniência e
oportunidade).
Segundo Sirvinskas (2003, p. 312), o poder de polícia ambiental é exercido pelos
integrantes do SISNAMA. É também o entendimento de Fagundes (2007, p. 44) ao dizer que
os órgãos que compõem o SISNAMA têm atribuições para exercer todos os atos do poder de
polícia, como o licenciamento, autorização, aplicação e execução de penalidades.
Assim como o Órgão Executor (IBAMA) e os Órgãos Seccionais (secretarias
estaduais de meio ambiente) têm poder de polícia ambiental, os órgãos locais, ou seja, os
órgãos do poder público municipal, como as secretarias municipais de meio ambiente,
também têm esse poder de polícia. Como exemplo se cita a Secretaria Municipal de Meio
Ambiente (SMMA) do Município de Belo Horizonte, Minas Gerais:
44
Revogou o Decreto Federal nº 3.179/99, que regulamentava a LCA.
48
5.1.1 Definição
Tanto na CF/88, no art. 225, § 1o, inc. IV, quanto na CE/89, no art. 214, § 2o, há a
expressão “atividade potencialmente causadora de significativa degradação ambiental”.
Antes de procurar formas idênticas ou assemelhadas da expressão em outras
normas, deve-se cuidar de entender o que significa “degradação ambiental”. A resposta está
no art. 3o, II, da Lei nº 6.938/81: “degradação (...) ambiental, a alteração adversa das
características do meio ambiente”. Se a degradação ambiental for significativa, de acordo com
Sirvinskas (2003, p. 73), o meio ambiente passa a sofrer alteração substancial e negativa, de
forma a afetar até mesmo a saúde humana.
Em outras normas são encontradas expressões semelhantes, mas, de mesma
essência: “atividades efetiva ou potencialmente poluidoras”46, “atividades modificadoras do
meio ambiente”47, “empreendimentos e atividades (...) efetiva ou potencialmente
poluidoras”48, “empreendimento e atividades de impacto ambiental”49, “obras ou serviços
45
Art. 1º, RCONAMA 273/00.
46
Art. 9º, IV, da Lei nº 6.938/81.
47
Art. 2º, RCONAMA 001/1986.
48
Art. 1º, I, RCONAMA 237/97.
49
Art. 1º, I, RCONAMA 237/97.
50
50
Art. 60, LCA.
51
Art. 2º, RCONAMA nº 01/1986 e art. 1º, DNCOPAM nº 74/2004.
52
CETESB (2001, sç. 3000, p. 03).
53
Art. 1o da Lei Municipal nº 7.277, de 17 de janeiro de 1997, que dispõe sobre a licença ambiental no
Município de Belo Horizonte.
51
Apesar dessa lista, Milaré (2007, p. 369) ainda sustenta que a dúvida ainda
permanece em relação à demanda da obrigatoriedade do estudo prévio de impacto ambiental,
pelo fato de a lista ser meramente exemplificativa das atividades potencialmente poluidoras.
O douto menciona o termo em latim numerus clausus para explicar que a lista não é fechada,
justamente porque o legislador utilizou a expressão “tais como”, destacada na citação acima.
Conforme Milaré (2007, p. 370), “nada obsta que o órgão ambiental, defrontando-
se com atividade não constante no rol mencionado, mas capaz de sensível degeneração do
ambiente, determine a realização do EIA”. Quanto ao licenciamento ambiental, a Resolução
nº 0237/1997, do CONAMA, traz uma lista objetiva dos empreendimentos ou atividades
potencialmente poluidoras sujeitas ao licenciamento ambiental.
54
Art. 2º, X, Lei nº 9.966/00 - “substância nociva ou perigosa: qualquer substância que, se descarregada nas
águas, é capaz de gerar riscos ou causar danos à saúde humana, ao ecossistema aquático ou prejudicar o uso da
água e de seu entorno”.
52
Oportuna é a frase de Sampat55 (2000, p. 35): “ao parar num posto para encher o
tanque, talvez não lhe ocorra que estará estacionado sobre uma das mais penetrantes ameaças
aos lençóis freáticos: um tanque subterrâneo de petróleo”. O douto pesquisador esclarece que
o petróleo é o contaminante mais comum encontrado em aqüíferos56 nos Estados Unidos.
Basta mencionar apenas um exemplo de acidente ambiental evolvendo posto de
revenda no Estado de Minas Gerais. De acordo com a Associação Mineira de Defesa do
Ambiente (AMDA) on-line57 técnicos da FEAM detectaram, no dia 2 de agosto de 2006, na
cidade de Arcos, Minas Gerais, a contaminação por óleo diesel, de um lençol freático e de
uma pequena nascente na zona rural. Essa contaminação foi proveniente de um vazamento
num posto de revenda de combustível daquela cidade. Segundo a AMDA on-line58, vestígios
de combustível foram encontrados em cisterna da casa de um morador da zona rural. Informa
ainda, que a FEAM retirou cerca de mil e duzentos litros de óleo diesel de um dos pontos de
contaminação.
De acordo com Sampat (2000, p. 23), a água subterrânea é a fonte principal de
água potável para um e meio a dois bilhões de pessoas, em todo o mundo, “quase 99% da
população rural dos Estados Unidos e 80% dos indianos rurais dependem da água subterrânea
para beber”.
55
SAMPAT, Payal. Expondo a Poluição Freática. Disponível em <http://www.worldwatch.org.br/index.html>.
Acesso em 11 out. 2008. Payal Sampat é pesquisador associado e escritor do Worldwatch Institute, sediado
em Washington, nos Estados Unidos. Esse Instituto busca atingir seus objetivos através de pesquisas
interdisciplinares e apolíticas, montando cenários sobre as emergentes questões globais, e difundindo os
resultados através de publicações, editadas em vários idiomas.
56
Segundo o Glossário de Termos Hidrogeológicos, Brasília, 1983; e Glossário de Termos Usuais em
Ecologia, São Paulo, 1980, apud MACHADO (2007, p. 445), aqüífero é “formação porosa (...) de rocha
permeável, areia ou cascalho, capaz de armazenar e fornecer quantidades significativas de água”.
57
Disponível em <http://www.amda.org.br/base/sp-nw?nid=116>. Acesso em 08 out. 2007. 12 out. 2008.
58
Idem.
53
De acordo com o art. 1o, da DN COPAM 050/2001, com nova redação dada pela
DN COPAM 108/2007, “a localização, construção, instalação, modificação, ampliação e
operação de postos revendedores, (...) dependerão de prévio licenciamento ambiental ou
Autorização Ambiental de Funcionamento – AAF (...)”. Dependendo da classificação da
atividade potencialmente poluidora, que pode variar da Classe 1 a Classe 6, essa atividade
poderá ser dispensada de licenciamento ambiental, ficando, dependendo do caso, da
obrigatoriedade de uma AAF. É que diz o art. 2º da DN COPAM 074/2004:
De acordo com a DN COMAM nº 061/08, em seu art. 1o, as atividades dos postos
de revenda dependerão de prévio licenciamento ambiental junto à Secretaria Municipal
Adjunta de Meio Ambiente – SMAMA. E, em seu § 2o, do art. 1o, há a previsão de dispensa
de licenciamento para as instalações de abastecimento aéreo de combustíveis (Sistema de
Abastecimento Aéreo de Combustíveis – SAAC) com capacidade total de armazenagem
(CA)60 de até 15 m³ (quinze metros cúbicos). Mas, essa dispensa se refere àquelas instalações
destinadas para uso exclusivo do detentor delas, como é o caso das instalações presentes no
interior de Quartéis61 de Polícia Militar. Mesmo que haja dispensa de licenciamento,
conforme o § 2o, as instalações com SAAC devem atender à critérios técnicos e normas
técnicas da ABNT.
Ao se tratar de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), o art. 85, do Decreto
Municipal nº 5.893/88, esclarece que o licenciamento de projetos de obras ou atividades
modificadoras do meio ambiente, de iniciativa de privada, como é o caso dos PRs, ou de
iniciativa de atividade pública, dependem de elaboração prévia de EIA/RIMA.
No âmbito do Município a fiscalização de empreendimentos considerados fontes
poluidoras, neste caso os PRs, será exercida pelos agentes credenciados pela SMMA.
Interessante notar que o apoio policial militar, aos agentes credenciados, pode ser requisitado
pelo Secretário Municipal de Meio Ambiente, para que esses agentes possam realizar a
vistoria do empreendimento, entre outras competências.
5.2.1 Definição
59
Dispõe sobre o licenciamento ambiental de postos revendedores, postos de abastecimento, instalações de
sistemas retalhistas e postos flutuantes de combustíveis e dá outras providências.
60
DN COPAM 074/04: “Capacidade de armazenagem – É a capacidade máxima de armazenagem da instalação
considerada. A capacidade de armazenagem deverá ser expressa em metro cúbico”.
55
61
Através da Lei Municipal nº 7.277/97, em seu art. 2o, § 1o, inc. V, “e” e “f”, são considerados
empreendimentos de impacto os presídios e os quartéis.
62
Cf. ANEXO “A” (cópia da RCONAMA 273/00).
63
Dispõe sobre a política energética nacional, as atividades relativas ao monopólio do petróleo, institui o
Conselho Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo.
56
QUADRO 1
Classificação da Fonte de Poluição de um posto revendedor
Potencial poluidor: Ar: P Água: G Solo: M GERAL: M
Porte: CA ≤ 90m³ : Pequeno Classe1 (AAF)
90m³ < CA ≤ 150m³ : Médio Classe 3 (LO)
CA > 150m³ : Grande Classe 5 (LO)
64
Nova redação dada pela DN COPAM 108/2007.
57
QUADRO 2
Determinação da classe do empreendimento a partir do
potencial poluidor da atividade e do porte
Potencial poluidor/degradador
geral da atividade
P M G
P 1 1 3
Porte do M 2 3 5
Empreendimento
G 4 5 6
QUADRO 3
Classificação do posto de serviço conforme o ambiente do entorno
Classe 0 Quando não possuir nenhum dos fatores de agravamento das classes seguintes.
Classe 1 Rede de drenagem de águas pluviais; rede subterrânea de serviços (água, esgoto, telefone, energia
elétrica etc.); fossa em áreas urbanas; edifício multifamiliar, até quatro andares.
Classe 2 Asilo; creche; edifício multifamiliar de mais de quatro andares; favela em cota igual ou superior à
do posto; edifício de escritórios comerciais de quatro ou mais pavimentos; poço de água, artesiano
ou não, para consumo doméstico; casa de espetáculos ou templo; escola; hospital.
Classe 3 Favela em cota inferior à do posto; metrô em cota inferior à do solo; garagem residencial ou
comercial construída em cota inferior à do solo; túnel construído em cota inferior à do solo;
edificação residencial, comercial ou industrial, construída em cota inferior à do solo; atividades
industriais e operações de risco; água do subsolo utilizada para abastecimento público da cidade
(independentemente do perímetro de 100m); corpos naturais superficiais de água, bem como seus
formadores, destinados a abastecimento doméstico, proteção das comunidades aquáticas,
recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho), irrigação; criação natural e/ou
intensiva de espécies destinadas à alimentação humana.
65
Disponível em <http://www.alfaequipamentos.com.br/produto_001.html>. Acesso em 12 out. 2008.
59
Deve-se mencionar que essa água misturada com óleo, para chegar à SAO, que
fica abaixo do nível do solo, é preciso que o PR tenha canaletas para contê-la e escoá-la,
conforme a FIG. 2 abaixo. De acordo com o Portal de Postos on-line66, as canaletas dispostas
ao redor de um PR têm a função de receber os efluentes da lavagem de carros, assim como
eventuais derramamentos de óleos e combustíveis, contê-los e escoá-los para o SAO.
66
Disponível em < http://www.portaldepostos.com.br/paginas/dica.ambiental.materia2.html>. Acesso em 12 out.
2008.
67
Disponível em <http://www.cetesb.sp.gov.br/emergencia/acidentes/postos/atendimento_invest_postos_c.asp>.
Acesso em 12 out. 2008.
68
Tanques instalados abaixo do nível do solo. NBR 13786 (ABNT, 2005).
69
Idem.
70
Disponível em <http://www.noraco.com.br/produtos.php>. Acesso em 12 out. 2008.
61
De acordo com o art. 15, § 2o, da DN COMAM nº 061/08, que trata sobre o
licenciamento de PRs a ser realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente “para os
SASC com tanque(s) de parede dupla (...), a substituição desses tanques deverá ocorrer
quando os mesmos atingirem 35 (trinta e cinco) anos de instalação”.
A ECONTROL on-line71 elaborou um diagrama, representado pela FIG. 5,
explicando quais são os principais equipamentos de proteção ambiental instalados num PR.
71
Disponível em: <http://www.econtrol.com.br/sub5.htm>. Acesso em 12 out. 2008. A Econtrol é uma empresa
que desenvolve soluções para monitoramento para áreas sensíveis e produtos perigosos.
62
QUADRO 4
Processos de proteção e controle conforme o tipo de contaminação
Contaminação devido a Processo de proteção e controle
1. Vazamento Monitoramento intersticial72 nos tanques subterrâneos
2. Derrame Caixa separadora de água e óleo; canaletes de contenção
Dispositivo para descarga selada73; válvula antitransbordamento ou
3. Transbordamento válvula de retenção de esfera flutuante ou alarme de
transbordamento
4. Corrosão do SASC74 Tanque fabricado conforme NBRs 1331275, 1321276 e 1378577
72
Monitoramento efetuado entre o tanque primário e secundário, para detecção de vazamentos. NBR 13786
(ABNT, 2005, p. 2).
73
Conjunto de equipamentos que permite a operação estanque de descarregamento de combustível e fechamento
do bocal de descarga do tanque. NBR 13786 (ABNT, 2005, p. 2).
74
“Sistema de Abastecimento Subterrâneo de Combustível: conjunto de tanques, tubulações e acessórios,
interligados e enterrados”. NBR 13786 (ABNT, 2005, p. 2).
75
Construção de tanque atmosférico subterrâneo em aço-carbono.
76
Tanque atmosférico subterrâneo em resina.
77
Construção de tanque atmosférico subterrâneo de parede dupla, jaquetado.
64
78
Gerenciamento Ambiental de Postos de Serviços Automotivos: Contaminação e saneamento ambiental
em postos de revenda de combustíveis. I Seminário de Gestão de Riscos Ambientais. Belo Horizonte, 2007.
65
6 POLUIÇÃO
A Lei nº 6.938/81, que trata sobre a PNMA, em seu art. 3º, inc. III, define o termo
poluição da seguinte forma:
79
Lei Estadual que dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente.
66
80
Disponível em <http://www.cetesb.sp.gov.br/emergencia/estatisticas/estatisticas.asp>. Acesso em 12 out.
2008.
67
QUADRO 5
Distribuição das áreas contaminadas por SUPRAM
NÚMERO DE ÁREAS
SUPRAM
CONTAMINADAS
Alto São Francisco – Divinópolis 2
Central – Belo Horizonte 12
Leste Mineiro – Governador Valadares 11
Norte de Minas – Montes Claros 8
Sul de Minas – Varginha 4
Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba – Uberlândia 8
Zona da Mata – Ubá 11
Segundo Milaré (2007, p. 225), o art. 54, caput, da LCA (Lei nº 9.605/98), que
dispõe sobre as sanções penais e administrativas em matéria ambientais, tipifica o crime de
poluição:
81
Disponível em <http://www.feam.br/index.php?option=com_content&task=view&id=354&Itemid=128>.
Acesso em 12 out. 2008.
82
FEAM. Relatório de apresentação da primeira lista de áreas contaminadas do Estado de Minas Gerais.
Belo Horizonte: 2007. Disponível em <http://www.feam.br/images/stories/arquivos/areas_contaminadas/
microsoft%2Bword%2B-%2Brelat%25c3%25b3rio%2Bac%2B%2Bpublicar%2B2007%5B1%5D.pdf>.
Acesso em 12 out. 2008.
83
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
68
Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar
em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a
destruição significativa da flora:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa. (...)
Machado (2007, p. 719) esclarece que a punibilidade desse crime será na forma
dolosa desde que o agente queira o resultado ou assuma o risco de produzi-lo.
Segundo Milaré (2007, p. 225), esse tipo penal pode se referir a qualquer
poluição. Bata lembrar que Sirvinskas (2003, p. 122) classifica poluição nas espécies:
poluição atmosférica, poluição hídrica, poluição do solo, poluição sonora e poluição visual.
Interessante é a forma qualificada do crime de poluição do art. 54 da LCA,
tipificada no inciso III: “causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do
abastecimento público”. Para Machado (2007, p. 719), para a consumação do crime de
poluição na forma qualificada, basta que o abastecimento de água de uma cidade, de um
bairro, de um quarteirão ou núcleo rural, seja suspenso, independentemente de que venha
causar danos à saúde humana.
Em relação à infração ambiental relativa ao crime de poluição tipificado no art. 54
da LCA, o Decreto Federal nº 6.514/08, no art. 61, estabelece uma a sanção administrativa de
multa, de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais).
QUADRO 6
Infrações administrativas e respectivas sanções relativos aos postos de revenda
Infração Administrativa Pena
1. Instalar, construir, testar, operar ou ampliar atividade - Multa simples;
efetiva ou potencialmente poluidora ou degradadora do - ou multa simples e
meio ambiente sem as licenças de instalação ou de suspensão de atividades no
operação, (...) se não constatada a existência de poluição caso de empreendimento ou
ou degradação ambiental. atividade em operação ou
em instalação.
2. Instalar, construir, testar, operar ou ampliar atividade - Multa simples;
efetiva ou potencialmente poluidora ou degradadora do (...)
meio ambiente sem Licenças de Instalação ou de - ou multa simples e
Operação, se constatada a existência de poluição ou suspensão da atividade;
degradação ambiental. (...)
3. Descumprir determinação ou deliberação do COPAM. Multa simples.
4. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do COPAM ou Multa simples.
da SEMAD e suas entidades vinculadas.
5. Causar poluição ou degradação ambiental de qualquer - Multa simples;
natureza que resulte ou possa resultar em dano aos - ou multa simples e
recursos hídricos, às espécies vegetais e animais, aos embargo de obra ou
ecossistemas e habitats ou ao patrimônio natural ou atividade;
cultural, ou que prejudique a saúde, a segurança, e o bem - ou multa diária.
estar da população.
6. Deixar de comunicar a ocorrência de acidentes com Multa simples.
danos ambientais às autoridades ambientais competentes.
7. Fabricar, transportar, comercializar ou armazenar - Pena multa simples;
produtos em desacordo com as normas e padrões - ou multa simples,
ambientais vigentes, que impliquem dano à saúde suspensão de venda e
humana, meio ambiente ou recursos hídricos. fabricação do produto e
destruição do produto.
6.4 Poluição causada por postos de revenda de combustível e seu impacto na saúde do
homem e no meio ambiente
84
Análise dos Impactos Ambientais causados pelos Postos de distribuição de combustíveis: uma visão
integrada. XXIV Encontro Nacional de Engenharia de Produção. 2004, Florianópolis.
85
Contaminação de águas subterrâneas por derramamentos de gasolina: problema é grave? Rev.
Engenharia Sanitária e Ambiental, 1997. Henry Xavier Corseuil é PhD em Engenharia Ambiental pela
Universidade de Michigan. Professor Adjunto do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis-SC.
86
Que contém água; da natureza da água; semelhante à água; áqüeo. Bueno (1996, p. 66).
71
2005, p. 61) da UNIDERP87, basta apenas um litro de petróleo para inutilizar cerca de um
milhão de litros de águas subterrâneas.
Para Corseuil, et al (1997, p. 2), “esses contaminantes são considerados
substâncias perigosas por serem depressantes (sic) do sistema nervoso central e por causarem
leucemia em exposições crônicas”.
A BRASKEM, petroquímica brasileira, referência mundial em resinas
termoplásticas (polietileno, polipropileno e PVC), publicou, em 2005, uma Ficha de
Informação de Segurança de Produto Químico (FISPQ)88, cujo produto analisado é a gasolina.
A FISPQ traz bastantes informações, das quais se destacam os efeitos que a gasolina causa na
saúde humana, no meio ambiente, principais sintomas, visão geral de ações de emergência,
medidas de primeiros socorros em casos de ingestão, inalação, contato com os olhos e pelo,
medidas de combate à incêndio, medidas de controle para derramamento e vazamento,
manuseio e armazenamento, controle de exposição e proteção individual, propriedades físico-
químicas, estabilidade e reatividade, informações ecológicas, etc.
Importante é o aviso da BRASKEM (2005, p. 17), ao se referir à medidas de
contenção nos casos de acidentes e derramamentos:
Rocha, et al (2004, p. 5134) analisa o impacto ambiental dos PRs sob quatro
classificações: a) impacto causado pela contaminação humana por hidrocarbonetos; b)
impacto causado ao solo pelos hidrocarbonetos, provocado na maioria das vezes por
vazamentos; c) impacto causado quando em decorrência de incêndios e; d) impacto causado
por produtos perigosos gerados pelos PRs.
87
Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal.
72
Rocha, et al (2004, p. 5134), os funcionários dos PRs estão susceptíveis a adquirem doenças
de pele, câncer e leucemia. Segundo a BRASKEM (2005, p. 15), a gasolina provoca irritação
moderada na pele e mucosas, em contato direto com a pele ou pela exposição aos vapores,
provoca também tontura, cefaléia, visão turva, sonolência e incoordenação, decorrentes da
ação sobre o sistema nervoso central. “A exposição freqüente a elevadas concentrações, por
via inalatória, pode provocar hepatotoxicidade, nefrotoxicidade, neurotoxicidade, disfunção
pulmonar crônica e dermatite de contato”.
Em caso de ingestão a BRASKEM (2005, p. 3) informa que não é para provocar
vômito, "se a vítima estiver consciente deve ingerir 1-2 copos de água para diluir o material
no estômago”. Em geral, não se deve fazer respiração boca a boca nem friccionar os olhos,
quando em contato com a vítima exposta à gasolina. Entretanto, deve-se lavar a pele ou os
olhos com água por, pelo menos, quinze minutos.
88
Disponível em <http://www2.braskem.com.br/upload/FISPQ_Gasolina-A_rev01.pdf>. Acesso em 15 out. 08.
89
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em <http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regu
lamentadoras/nr_23.pdf>. Acesso em 15 out. 2008.
73
7.1.1 Sede
7.1.2 Articulação
QUADRO 07
Articulação da Cia PM Mamb e seu respectivo efetivo
EFETIVO
Previsto Existente
CIA PM MAMB 187 168
1o Pelotão – Belo Horizonte 96 83
Grupamento PM Mamb – Lagoa Santa
2o Pelotão – Betim 24 22
7.2.1.1 Capacidade
90
Liderança Situacional: um modelo para aplicação na enfermagem brasileira. In: REVISTA ESCOLA DE
ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 1997, São Paulo.
91
PEDRA, Anderson Sant'Ana. A habilitação técnico-operacional nas licitações públicas e o princípio da
razoabilidade. Teresina, 2006.
92
Disponível em <http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=24096>. Acesso em 12 out. 2008.
77
De acordo com a P1 da CIA PM MAMB, neste ano de 2008, até a data do dia 10
de outubro, após o Pelotão ter feito o curso com a FEAM, não efetuou, neste ano de 2008,
fiscalização em PR.
Na seção “Análise dos dados e resultados da pesquisa” será discutido o aspecto da
capacitação dos policiais militares do meio ambiente na fiscalização de PRs e a visão da
FEAM e da DMAT a respeito dessa nova atribuição da PM MAMB.
78
8 METODOLOGIA
Toda pesquisa tem sua origem num problema para o qual se procura uma solução,
através de tentativas (conjecturas, hipóteses, teorias) e eliminação de erros.
Como método de abordagem, adotou-se o hipotético-dedutivo. A escolha se deu
pelo fato de que a investigação pretende partir de uma hipótese, para se chegar à conclusão
acerca da capacidade técnica do policial militar do meio ambiente em fiscalizar postos de
revenda.
Conforme Lakatos (2007, p. 137), uma das características básicas de uma hipótese
é que ela é provável, provisória e suposta. Ander-Egg (1978, apud LAKATOS, 2007, p. 137)
é esclarecedor ao dizer que “hipótese é uma tentativa de explicação mediante uma suposição
verossível, destinada a ser provada pela comparação dos fatos”. A hipótese desta pesquisa: o
policial militar do 1o Pelotão da CIA PM MAMB não tem capacidade técnica para fiscalizar
postos de revenda de combustível”.
Como são as assertivas apenas hipóteses do pesquisador, o que se pretende é
justamente comprovar a veracidade ou não das mesmas e, para tanto, o método hipotético-
dedutivo foi o mais indicado.
representações simples e constatar se essas verificações simplificadas têm relação entre si”.
Aquele, conforme Lakatos (2007, p. 92), permite a obtenção de generalizações de indivíduos,
profissões, instituições, grupos ou comunidades, como também respeita a totalidade solidária
dos grupos, mantendo uma unidade concreta, evitando-se, portanto, a dissociação de
elementos.
responsabilidade territorial para fiscalização ambiental de postos de revenda. Cidade esta que
compõe a área mais contaminada por postos de gasolina do Estado.
93
Cf. ANEXO “B”.
85
De acordo com o GRAF. 2 acima, 61% dos policiais militares responderam que
não houve uma reciclagem a respeito de fiscalização de PRs por parte da CIA PM MAMB. O
resultado apresentado pelo GRAF. 1, em que alguns policiais explicam o motivo da
insegurança na fiscalização de PR, ao dizerem que falta mais prática, que não é uma atividade
rotineira, leva a complementar o resultado apresentado pelo GRAF. 2. A falta de uma
reciclagem ou instrução periódica, tanto teórica quanto prática, sobre a fiscalização de PRs,
leva ao esquecimento do conteúdo aprendido.
Na terceira pergunta do questionário buscou-se averiguar o conhecimento do
policial militar solicitando-o que citasse quatro sistemas ou equipamentos que devam existir
num PR. Usou-se do seguinte critério para avaliar quantitativamente a resposta: se o policial
citasse quatro equipamentos ou sistemas de proteção ambiental o nível de conhecimento sobre
esses itens seria considerado satisfatório, se citasse dois ou três itens, seria considerado
parcialmente satisfatório e, se citasse apenas um item de proteção ambiental, seria
considerado insuficiente. Caso a questão fosse deixada sem resposta, o nível de conhecimento
do policial a respeito dos equipamentos de proteção ambiental seria considerado insuficiente.
O resultado é apresentado no GRAF. 3.
86
De acordo com o GRAF. 3 acima, 50% dos policiais citaram dois ou três itens
corretamente. Isso evidencia que o policial militar, em geral, conhece os equipamentos de
proteção ambiental que devam existir num PR. Considerando que os policiais passaram por
um curso/treinamento, a exigência era que soubessem pelo menos quatro itens, dada a
quantidade de equipamentos de proteção ambiental existentes num posto.
De acordo com a seção 6.3 “Principais sistemas ou equipamentos de proteção
ambiental em postos de revenda”, podem ser listados diversos itens: canaletas ao redor do
posto, piso de concreto, caixa separadora de água e óleo, parede dupla para os tanques
subterrâneos, equipamento para descarga selada para evitar transbordamento, caixas de
contenção (sump’s), sistema de monitoramento de vazamento através do sensor de
insterstício, etc.
Na quarta e mais importane pergunta, buscou-se evidenciar objetivamente o grau
de conhecimento do policial militar do meio ambiente acerca da fiscalização ambiental de
postos de revenda de combustível. Seguinte é a pergunta: “Como você avalia seu grau de
conhecimento na área de fiscalização ambiental de postos de revenda de combustível?”.
O resultado figura no GRAF. 4.
87
94
Diretoria de Meio Ambiente e Trânsito da PMMG.
88
95
Termo de Referência para Fiscalização – Posto de Combustível. (ANEXO “B”).
89
324 PRs. Nesta pesquisa, não se encontram disponíveis dados quantitativos de PRs das
cidades de Contagem e Ibirité, apesar destas duas cidades também serem de responsabilidade
do 1o Pelotão.
Como se verificou na revisão bibliográfica, a Prefeitura de Belo Horizonte tem o
poder de polícia ambiental para realizar fiscalização e licenciamento em postos de revenda. A
SMMA usa de seus próprios agentes credencidados para cumprir sua competência.
A partir de entrevista, não estruturada, realizada com a Coordenadora do Núcleo
de Combustível (NUCOM) da FEAM, setor responsável pelo curso ministrado à CIA PM
MAMB, foram obtidas respostas bastantes elucidativas a respeito do Núcleo, do curso voltado
para a PM MAMB e da continuidade do treinamento para os policiais militares do meio
ambiente em todo o Estado.
A primeira pergunta foi: “Qual é o papel que o NUCOM desempenha no contexto
ambiental?”. A coordenadora, engenheira química e analista ambiental da FEAM, revelou
primeiramente que o Núcleo está dissolvido atualmente. A analista explicou que o papel do
NUCOM foi extremamente importante no momento em que foi editada a RCONAMA 273 no
ano de 2000. A Resolução, segundo a analista, veio impor adequação dos postos às normas
técnicas da ABNT, e para isso previa a fiscalização dessas atividades potencialmente
poluidoras.
O NUCOM, quase um ano após a edição da Resolução, promoveu, segundo a
analista, a edição e publicação da DN COPAM 50, que trata dos procedimentos para
licenciamento ambiental dos PRs, e da DN COPAM 117, o qual convocou os PRs para que
fossem licenciados.
Para se compreender o contexto da presença da Polícia Militar do Meio Ambiente
(PM MAMB) nesse papel de fiscalizador de PRs, perguntou-se à analista: “Qual o motivo que
ensejou a inserção da PM MAMB na fiscalização de PR?” Revelou primeiramente que a
equipe de técnicos da FEAM para fiscalizar os PRs era insuficiente, pois, contava com apenas
cinco técnicos ambientais. Em contrapartida a Polícia Militar tem presença maciva em todo
território mineiro. Para atender à RCONAMA 273/00 exigiria uma equipe bastante grande e a
utilização da PM MAMB foi a alternativa encontrada para dar uma “resposta” rápida e
eficiente. A analista explicou que foi necessário estabelecer uma forma prática e rápida de
treinar os policiais do meio ambiente. A forma foi ministrar palestras ou seminários, com
duração de quatro a seis horas, os quais abordavam normas técnicas, resoluções e deliberações
normativas pertinentes à fiscalização de PRs.
90
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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atividades relativas ao monopólio do petróleo, institui o Conselho Nacional de Política
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MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente – A Gestão Ambiental em foco. 5. ed. ref., at. e amp.
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e à flora aquáticas e de desenvolvimento da pesca e da aqüicultura no Estado e dá outras
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______. Lei n. 15.972, de 12 de janeiro de 2006. Altera a estrutura orgânica dos órgãos e
entidades da área de meio ambiente que especifica e a Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980,
que dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente, e dá outras
providências. Minas Gerais, Diário do Executivo. Poder Legislativo, Belo Horizonte, MG, 13
jan. 2006. Disponível em <http://www.almg.gov. br/>. Acesso em 16 out. 2008.
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e dá outras providências. Minas Gerais, Diário do Executivo. Poder Executivo, Belo
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ROCHA, Sandra Patrícia Bezerra, et al. Análise dos Impactos Ambientais causados pelos
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SALOMOM, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. 10 ed. São Paulo: Martins
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SAMPAT, Payal. Expondo a Poluição Freática. In: BROWN, Lester R.; FLAVIN,
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Institute sobre o avanço em direção a uma sociedade sustentável. Salvador: UMA, Ed. 2000,
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SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de Direito Ambiental. 2. ed. rev., at. e amp. São Paulo:
Saraiva, 2003. 431 p.
A Polícia Militar é uma Instituição que trabalha para o povo e que se preocupa
com a qualidade de seus serviços. A área do meio ambiente é uma das mais nobres atividades
que o policial militar desempenha, pois, com a proteção ambiental proporcionada através de
fiscalizações ambientais, tem beneficiado a população como um todo, no presente, e,
garantindo para as futuras gerações um meio ambiente saudável.
Sua colaboração tem um valor imenso para todos nós. NÃO É NECESSÁRIO
SE IDENTIFICAR!
QUESTIONÁRIO
Caso a resposta seja “não”, escreva qual o principal motivo de sua insegurança:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
102
2) Foi realizada alguma reciclagem pela Cia PM de Meio Ambiente depois de realizado o
treinamento?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei.
4) Como você avalia seu grau de conhecimento na área de fiscalização ambiental de postos de
revenda de combustível?
( ) Ótimo
( ) Bom
( ) Regular
( ) Insuficiente
( ) Não sei
Sr. Assessor,
A Polícia Militar é uma Instituição que trabalha para o povo e que se preocupa
com a qualidade de seus serviços. A área do meio ambiente é uma das mais nobres atividades
que o policial militar desempenha, pois, com a proteção ambiental proporcionada através de
fiscalizações ambientais preventivas e atuações repressivas frente a delitos ambientais, têm
beneficiado a população como um todo, no presente, e, garantindo para as futuras gerações
um meio ambiente saudável.
É por isso que é muito importante contar com a v. sa. neste momento. Vossa
colaboração tem um valor imenso para todos nós.
Respeitosamente,
PERGUNTAS
Sra. Coordenadora,
A Polícia Militar é uma Instituição que trabalha para o povo e que se preocupa
com a qualidade de seus serviços. A área do meio ambiente é uma das mais nobres atividades
que o policial militar desempenha, pois, com a proteção ambiental proporcionada através de
fiscalizações ambientais preventivas e atuações repressivas frente a delitos ambientais, têm
beneficiado a população como um todo, no presente, e, garantindo para as futuras gerações
um meio ambiente saudável.
É por isso que é muito importante contar com a v. sa. neste momento. Vossa
colaboração tem um valor imenso para todos nós.
Cad PM Alexsandro
O Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA, no uso das competências que lhe foram
conferidas pela Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto no
99.274, de 6 de julho de 1990, e tendo em vista o disposto na Resolução CONAMA no 237,
de 19 de dezembro de 1997 e em seu Regimento Interno, e
considerando que toda instalação e sistemas de armazenamento de derivados de petróleo e
outros combustíveis, configuram-se como empreendimentos potencialmente ou parcialmente
poluidores e geradores de acidentes ambientais;
considerando que os vazamentos de derivados de petróleo e outros combustíveis podem
causar contaminação de corpos d'água subterrâneos e superficiais, do solo e do ar;
considerando os riscos de incêndio e explosões, decorrentes desses vazamentos,
principalmente, pelo fato de que parte desses estabelecimentos localizam-se em áreas
densamente povoadas;
considerando que a ocorrência de vazamentos vem aumentando significativamente nos
últimos anos em função da manutenção inadequada ou insuficiente, da obsolescência do
sistema e equipamentos e da falta de treinamento de pessoal;
considerando a ausência e/ou uso inadequado de sistemas confiáveis para a detecção de
vazamento;
considerando a insuficiência e ineficácia de capacidade de resposta frente a essas ocorrências
e, em alguns casos, a dificuldade de implementar as ações necessárias, resolve:
Art 1o A localização, construção, instalação, modificação, ampliação e operação de postos
revendedores, postos de abastecimento, instalações de sistemas retalhistas e postos flutuantes
de combustíveis dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem
prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.
§ 1o Todos os projetos de construção, modificação e ampliação dos empreendimentos
previstos neste artigo deverão, obrigatoriamente, ser realizados, segundo normas técnicas
expedidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas-ABNT e, por diretrizes
estabelecidas nesta Resolução ou pelo órgão ambiental competente.
§ 2o No caso de desativação, os estabelecimentos ficam obrigados a apresentar um plano de
encerramento de atividades a ser aprovado pelo órgão ambiental competente.
106
abastecimento público ou privado registrados nos órgãos competentes até a data da emissão
do documento, no raio de 100 m, considerando as possíveis interferências das atividades com
corpos d'água superficiais e subterrâneos;
f) caracterização geológica do terreno da região onde se insere o empreendimento com análise
de solo, contemplando a permeabilidade do solo e o potencial de corrosão;
g) classificação da área do entorno dos estabelecimentos que utilizam o Sistema de
Armazenamento Subterrâneo de Combustível-SASC e enquadramento deste sistema,
conforme NBR 13.786;
h) detalhamento do tipo de tratamento e controle de efluentes provenientes dos tanques, áreas
de bombas e áreas sujeitas a vazamento de derivados de petróleo ou de resíduos oleosos;
i) previsão, no projeto, de dispositivos para o atendimento à Resolução CONAMA no 9, de
1993, que regulamenta a obrigatoriedade de recolhimento e disposição adequada de óleo
lubrificante usado.
II - Para a emissão de Licença de Operação:
a) plano de manutenção de equipamentos e sistemas e procedimentos operacionais;
b) plano de resposta a incidentes contendo:
1. comunicado de ocorrência;
2. ações imediatas previstas; e
3. articulação institucional com os órgãos competentes;
c) atestado de vistoria do Corpo de Bombeiros;
d) programa de treinamento de pessoal em:
1. operação;
2. manutenção;
3. e resposta a incidentes;
e) registro do pedido de autorização para funcionamento na Agência Nacional de Petróleo-
ANP;
f) certificados expedidos pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade
Industrial-INMETRO, ou entidade por ele credenciada, atestando a conformidade quanto a
fabricação, montagem e comissionamento dos equipamentos e sistemas previstos no Art 4o
desta Resolução;
g) para instalações em operação definidas no Art 2o desta Resolução, certificado expedido
pelo INMETRO ou entidade por ele credenciada, atestando a inexistência de vazamentos.
§ 1o Os estabelecimentos definidos no Art 2o que estiverem em operação na data de
publicação desta Resolução para a obtenção de Licença de Operação deverão apresentar os
109
documentos referidos neste artigo, em seu inciso I, alíneas "a", "b" (que poderá ser substituída
por Alvará de Funcionamento), "d", "g", "h, "i" e inciso II, e o resultado da investigação de
passivos ambientais, quando solicitado pelo órgão ambiental licenciador.
§ 2o Os estabelecimentos abrangidos por esta Resolução ficam proibidos de utilizarem
tanques recuperados em instalações subterrâneas-SASCs
Art 6o Caberá ao órgão ambiental competente definir a agenda para o licenciamento
ambiental dos empreendimentos identificados no Art 1o em operação na data de publicação
desta Resolução.
§ 1o Todos os empreendimentos deverão, no prazo de seis meses, a contar da data de
publicação desta Resolução, cadastrar-se junto ao órgão ambiental competente. As
informações mínimas para o cadastramento são aquelas contidas no Anexo I desta Resolução.
§ 2o Vencido o prazo de cadastramento, os órgãos competentes terão prazo de seis meses para
elaborar suas agendas e critérios de licenciamento ambiental, resultante da atribuição de
prioridades com base nas informações cadastrais.
Art 7o Caberá ao órgão ambiental licenciador, exercer as atividades de fiscalização dos
empreendimentos de acordo com sua competência estabelecida na legislação em vigor.
Art 8o Em caso de acidentes ou vazamentos que representem situações de perigo ao meio
ambiente ou a pessoas, bem como na ocorrência de passivos ambientais, os proprietários,
arrendatários ou responsáveis pelo estabelecimento, pelos equipamentos, pelos sistemas e os
fornecedores de combustível que abastecem ou abasteceram a unidade, responderão
solidariamente, pela adoção de medidas para controle da situação emergencial, e para o
saneamento das áreas impactadas, de acordo com as exigências formuladas pelo órgão
ambiental licenciador.
§ 1o A ocorrência de quaisquer acidentes ou vazamentos deverá ser comunicada
imediatamente ao órgão ambiental competente após a constatação e/ou conhecimento, isolada
ou solidariamente, pelos responsáveis pelo estabelecimento e pelos equipamentos e sistemas.
§ 2o Os responsáveis pelo estabelecimento, e pelos equipamentos e sistemas,
independentemente da comunicação da ocorrência de acidentes ou vazamentos, deverão
adotar as medidas emergenciais requeridas pelo evento, no sentido de minimizar os riscos e os
impactos às pessoas e ao meio ambiente.
§ 3o Os proprietários dos estabelecimentos e dos equipamentos e sistemas deverão promover o
treinamento, de seus respectivos funcionários, visando orientar as medidas de prevenção de
acidentes e ações cabíveis imediatas para controle de situações de emergência e risco.
110
§ 4o Os tanques subterrâneos que apresentarem vazamento deverão ser removidos após sua
desgaseificação e limpeza e dispostos de acordo com as exigências do órgão ambiental
competente. Comprovada a impossibilidade técnica de sua remoção, estes deverão ser
desgaseificados, limpos, preenchidos com material inerte e lacrados.
§ 5o Responderão pela reparação dos danos oriundos de acidentes ou vazamentos de
combustíveis, os proprietários, arrendatários ou responsáveis pelo estabelecimento e/ou
equipamentos e sistemas, desde a época da ocorrência.
Art 9o Os certificados de conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação,
referidos no Art 3o desta Resolução, terão sua exigibilidade em vigor a partir de 1o de janeiro
de 2003.
Parágrafo único. Até 31 de dezembro de 2002, o órgão ambiental competente, responsável
pela emissão das licenças, poderá exigir, em substituição aos certificados mencionados no
caput deste artigo, laudos técnicos, atestando que a fabricação, montagem e instalação dos
equipamentos e sistemas e testes aludidos nesta Resolução, estão em conformidade com as
normas técnicas exigidas pela ABNT e, na ausência destas, por diretrizes definidas pelo órgão
ambiental competente.
Art 10. O Ministério do Meio Ambiente deverá formalizar, em até sessenta dias, contados a
partir da publicação desta Resolução, junto ao Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial-INMETRO, a lista de equipamentos, sistemas e serviços
que deverão ser objeto de certificação, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.
Art 11. A cada ano, no segundo trimestre, a partir de 2003, o Ministério do Meio Ambiente
deverá fornecer ao CONAMA informações sobre a evolução de execuções das medidas
previstas nesta Resolução, por Estado, acompanhadas das análises pertinentes.
Art 12. O não cumprimento do disposto nesta Resolução sujeitará os infratores às sanções
previstas nas Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981; 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e no
Decreto no 3.179, de 21 de setembro de 1999.
Art 13. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.