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TRILHAS INTERPRETATIVAS NO CERRADO: O CASO DO PROJETO

ROTA DAS ÁRVORES


Autora: Andrea Zimmermann, Métodos Assessoria e Capacitação; e-mail:
andreaparques@gmail.com; tel: 61 – 3321 9943
Colaboração: Patrícia Mazoni e Luiz Mourão, Instituto de Desenvolvimento Ambiental
Eixo temático: O Homem (Trilhas interpretativas)

Introdução
O turismo rural é uma atividade em crescimento que vem contribuindo de forma
significativa para o desenvolvimento do espaço rural do Distrito Federal, além de se
destacar como alternativa de recreação e lazer, especialmente para pessoas urbanas.
Exemplos de benefícios do segmento para o campo são a geração de renda para os
produtores rurais, o surgimento de novos postos de trabalho, a valorização e a
conservação do patrimônio natural, dentre outros.

Os espaços rurais, onde o turismo é desenvolvido, propiciam oportunidades de


maior aproximação do ser humano com a natureza. Segundo ZIMMERMANN (2006), a
visitação em ambientes naturais é um veículo envolvente, emocionante, cheio de vida
e encontros, que conduz a um despertar de um sentimento de pertencimento, da
importância dos diferentes seres vivos e dos elementos abióticos na dinâmica do
planeta.

O turismo rural do Distrito Federal tem grande potencial para ser uma atividade
sustentável, aproveitando seus atrativos naturais para aumentar a abrangência de seu
público-alvo e contribuir para a conservação do Cerrado. Entretanto, o despreparo, a
pouca organização e o incipiente planejamento dos empreendimentos de turismo rural
e ecoturismo do DF limitam muito o aproveitamento adequado dos espaços naturais
das propriedades.

Neste contexto surgiu o projeto Rota das Árvores. A concepção do projeto


partiu de uma demanda de empreendedores do turismo rural reunidos no Sindicato de
Turismo Rural e Ecológico do Distrito Federal (RURALTUR), que perceberam cada
vez mais a importância de uma maior interação de seus visitantes com elementos da
natureza, especialmente com a vegetação e as espécies arbóreas existentes em seus
empreendimentos. O Rota das Árvores foi realizado em 17 propriedades rurais do
Distrito Federal e entorno, nos anos de 2003 a 2005, com o propósito de incrementar a

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oferta de turística de empreendimentos de turismo rural, resgatar e valorizar o uso
sustentável do Cerrado. O projeto teve o apoio do Sebrae/DF e foi executado pelo
Instituto de Desenvolvimento Ambiental, em parceria com o Sindicato de Turismo
Rural do DF, a Casa Rural e a Métodos Assessoria e Capacitação.

Neste artigo, serão trilhados os caminhos percorridos pelo projeto, passando


por seu marco conceitual, seus principais resultados, as suas lições aprendidas.

Objetivo
Este artigo tem como objetivo refletir sobre a implantação de trilhas
interpretativas com foco em dois componentes, o planejamento e a interpretação, a
partir do estudo de caso do Projeto Rota das Árvores.

Metodologia
A metodologia para elaboração deste trabalho pautou-se principalmente em
informações levantadas em documentos do Projeto Rota das Árvores e em
observações direta da autora, que participou do desenvolvimento do projeto. Também
foram de grande valia depoimentos coletados em campo por meio de observação
participativa durante as visitas técnicas e a revisão bibliográfica relacionada à
temática.

Quanto ao projeto Rota das Árvores, o princípio metodológico utilizado para a


implantação de suas ações foi o da gestão participativa, que contemplou a opinião dos
clientes nos mais diferentes momentos de desenvolvimento do projeto, permitindo que
a seleção das espécies florestais e a formatação dos circuitos turísticos pudessem
estar de acordo com as demandas e singularidades de cada propriedade. A seguir são
relacionados os principais componentes da estratégica metodológica do projeto.

• Composição de duas equipes de consultores.


Uma formada por engenheiros florestais e outra por especialistas em manejo de
trilhas e ecoturismo. A equipe de engenheiros florestais trabalhou na elaboração de
um inventário florestal e na identificação das espécies de destaque na propriedade.
A outra fez o diagnóstico das trilhas, elaborou mapas e fez a caracterização dos
atrativos das propriedades.

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• Realização de visitas técnicas.
De um modo geral, foram realizadas quatro visitas técnicas a cada empreendimento.
A primeira visita foi desenvolvida em conjunto pelas duas equipes de consultores,
em companhia dos proprietários, com o objetivo de conhecer a propriedade e definir
a área onde a trilha interpretativa seria implantada. As outras tiveram o propósito de
identificação florestal e de demarcação do traçado da trilha, de identificação de
intervenções para implantação e manejo e de definição de pontos interpretativos.
Para facilitar a identificação das árvores inventariadas, foi fixada uma plaqueta de
alumínio numerada em cada árvore da rota. O trajeto da trilha foi demarcado com
fitas rosas fluorescentes e com cartões plastificados com identificação de letras
fixados para localizar pontos de interpretação ambiental e os trechos onde seriam
feitas intervenções no terreno para melhor conservação da trilha. A figura 1 ilustra a
identificação das árvores selecionadas para o relatório florestal.

Figura 1 – Marcação utilizada para identificação de espécies arbóreas.

• Elaboração de relatórios, mapas, cartilhas e sinalização das trilhas.


Esta etapa foi realizada pelas equipes de campo e foram incorporados outros
profissionais que trabalharam na confecção de placas e painéis para as trilhas, na
confecção de cartilhas de orientação aos proprietários, na elaboração de material de
divulgação das propriedades, além dos mapas e relatórios com análise e orientações
para a implantação ou melhoramentos nas trilhas.

• Implantação da sinalização e capacitação dos empreendedores.


As últimas etapas do projeto foram as de instalação das placas e painéis
interpretativos nas trilhas e de realização de um treinamento básico com os
proprietários para orientá-los quanto à operação da trilha, as práticas de mínimo
impacto e a condução de visitantes.

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Marco Conceitual

Planejamento de trilhas
Em áreas rurais e, consequentemente, em ambientes naturais, as trilhas são
caminhos utilizados para deslocamento de pessoas a pé, de animais, para montaria,
com diferentes finalidades. As trilhas interpretativas têm propósito de incentivar a
visitação em áreas naturais, a fim de sensibilizar o ser humano e propiciar uma
experiência recreativa prazerosa. Em geral, são trajetos de curta distância (500 a
3.000 metros), em que a seqüência paisagística determinada pelo seu traçado busca a
integração de valores, aprendizados e vivências com o meio ambiente (GUIMARÃES,
2003). Segundo APN (2004), essas trilhas devem ser projetadas para suportar um uso
repetitivo com o mínimo impacto ao ambiente e a maximização da segurança e do
bem estar do visitante. É fundamental o desenvolvimento de um trabalho sério de
planejamento, construção e manutenção de trilhas para proteger o ambiente e facilitar
o acesso aos atrativos turísticos e propiciar oportunidades de interpretação ambiental.

O planejamento de trilhas deve considerar as características locais específicas


ambientais e sócio-culturais, os objetivos de recreação e interpretação visados, o perfil
e a quantidade de visitantes. VASCONCELLOS (1997) destaca a pertinência do
conhecimento acerca do público da trilha para facilitar outras etapas de implantação
da trilha, pois cada tipo de visitante tem características próprias e necessidades
especiais.

Outro aspecto fundamental no planejamento é o traçado da trilha. Para sua


definição, devem ser consideradas as características climáticas, geomorfológicas,
pedológicas, da biota local, a topografia, a drenagem do terreno, a facilitação do trajeto
aos visitantes, além dos pontos interpretativos e das paisagens cênicas. A variação
climática de determinado lugar pode influenciar substancialmente as condições de
conservação das trilhas. Na região Centro-Oeste, especificamente no Distrito Federal,
existem duas estações marcantes: a chuvosa, de outubro a março; e a seca, de abril a
setembro. Para HESSELBARTH e ACHOWSHI (2002), trilhas bem projetadas
aproveitam a drenagem natural do terreno, reduzindo a necessidade de manutenções
freqüentes e os efeitos da erosão pluvial e eólica.

O planejamento das trilhas do Rota das Árvores considerou também a


característica do empreendimento, trilhas pré-existentes e priorizou áreas arborizadas
com espécies nativas ou de destaque paisagístico nas propriedades.

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As rotas como caminhos para a interpretação ambiental

Trilhas em ambientes naturais podem ser mais do que caminhos para conexão
de diferentes lugares. Especialmente quando estão equipadas e sinalizadas, elas são
instrumentos valiosos para vivências singulares e para a interpretação ambiental. De
acordo com TILDEN1 (apud HAM, 1992, p. 6), interpretação ambiental é “uma
atividade educacional que aspira a revelar os significados e as inter-relações por meio
do uso de objetos originais, através de experiências de primeira mão e por meios
ilustrativos, em lugar de simplesmente comunicar a informação literal”. Para
VASCONCELLOS (1997), a interpretação ambiental é a tradução da linguagem da
natureza para a linguagem comum das pessoas, fazendo com que elas percebam um
mundo novo que, provavelmente, não conheciam antes. Ela é uma forma de
comunicação que provoca e estimula a reflexão sobre determinado tema.

O objetivo da interpretação ambiental é a transmissão de uma mensagem de


forma interativa e contextualizada. No Projeto Rota das Árvores foram consideradas as
quatro qualidades essenciais da interpretação ambiental propostas por HAM (1992).
São elas:
amena: ela é informal, entretém o público, é interessante e envolve as pessoas de
modo que elas ficam atentas ao tema.
pertinente: aborda os aspectos mais relevantes da temática e associa-os a fatos
conhecidos do público e aos seus interesses. Para isso, faz uso de analogias,
exemplos e outros artifícios que agucem o interesse da audiência.
organizada: deve ter uma seqüência lógica, simplificada, sem muitas idéias
complexas. Requer pouco esforço da audiência para o entendimento da
mensagem.
temática: cada mensagem deve ter um tema motivador que estimule a
observação, a ação e a reflexão. Comumente, é utilizada uma frase chave que
funciona com um fio condutor daquilo que se quer comunicar.

Para o desenvolvimento das abordagens interpretativas do projeto Rota das


Árvores, além das qualidades citadas, foram consideradas as singularidades
ambientais, culturais, históricas e sociais de cada propriedade. Assim, houve a
intenção de que as trilhas interpretativas fossem instrumentos de educação ambiental
que, de acordo com SANTOS (2000), é compreendida como interdisciplinar,
1
TILDEN, Freeman. Interpretando Nuestra Herencia. Turrialba, Costa Rica: CATIE, 1977.

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participativa, criativa, comunitária, voltada à ação, crítica, transformadora,
sensibilizadora e criadora de uma ética ambiental de respeito à vida.

A interpretação ambiental pode ser desenvolvida em duas principais


modalidades: a guiada e a autoguiada. A modalidade guiada envolve um intérprete.
Este pode ser um funcionário da propriedade, um voluntário, um condutor de visitantes
ou outro profissional que assuma a função de conduzir, acompanhar ou motivar a
vivência interpretativa dos visitantes. Já a modalidade autoguiada, como o nome
sugere, é realizada de forma autônoma pelo visitante que tem a oportunidade de
realizar a sua própria vivência a partir de diferentes meios interpretativos (HAM, 1992).

Para o trabalho de interpretação ambiental também são necessários meios


interpretativos que são os vários recursos utilizados para auxiliar a abordagem
interpretativa. O desenvolvimento da interpretação requer o planejamento e a
preparação cuidadosa da atividade a ser desenvolvida e dos meios a serem utilizados.
Em alguns casos, pode-se fazer uso do mesmo meio para abordagens guiadas e
autoguiadas. Em outros casos não. A escolha de determinado meio deve considerar
fatores como: as expectativas dos visitantes, o perfil deles, os seus hábitos, a duração
da atividade, o custo, a disponibilidade de pessoal para conduzir ou monitorar a
vivência interpretativa, dentre outros aspectos (IBAMA,GTZ e IEF, 2002). No projeto
Rota das Árvores, foi optou-se pela modalidade autoguiada com a utilização de painéis
e placas informativas e com mensagens de sensibilização ambiental.

Resultados/ Discussão

O desenvolvimento do projeto ocorreu em duas etapas. A primeira, de


dezembro de 2003 a maio de 2004, envolveu 10 propriedades rurais e teve foco no
inventário das espécies arbóreas, elaboração de roteiros turísticos, implantação de
sinalização interpretativa, orientação aos proprietários e desenvolvimento de produtos
de suporte. Com o êxito do projeto, foi realizada uma nova etapa em 07 propriedades
rurais, de novembro de 2004 a maio de 2005. Neste novo momento, o conceito de
trilhas foi incorporado ao de rota para definição adequada do traçado, enriquecimento
das abordagens interpretativas e minimização dos impactos ambientais. Para isto, o
componente de diagnóstico e mapeamento das trilhas foi envolvido no projeto.

Ao final do projeto 17 trilhas interpretativas foram implantadas. Os resultados


imediatos, que caracterizam os produtos gerados pelo projeto foram:

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• Relatório Florestal e Diagnóstico das Trilhas
Para cada empreendimento foram elaborados dois documentos de informação
de orientação aos proprietários. O Relatório Florestal apresentou um levantamento
das espécies arbóreas e fez uma caracterização da vegetação local. De acordo
com IDA (2004), para cada espécie arbórea levantada, identificou-se o nome
popular, nome científico, floração, frutificação e outras informações relevantes. O
Diagnóstico das Trilhas contemplou uma caracterização geral da propriedade, a
identificação dos principais atrativos locais, uma análise da situação atual das
trilhas e percursos, a caracterização da trilha do Rota das Árvores, orientações
para implantação e manejo das trilhas, os pontos de interpretação ambiental com
seu detalhamento e o mapa da trilha.

• Placas e painéis interpretativos


O projeto Rota das Árvores desenvolveu cinco tipos de emplacamentos para as
trilhas: de identificação do projeto; um painel intitulado “placa mãe”, com
informações gerais sobre a vegetação local, sobre uma árvore destaque e sobre o
projeto; uma placa de início de trilha com dados do percurso; placas de
identificação de espécies arbóreas, com informações como nome popular, nome
científico, floração, frutificação e informações relevantes de cada espécie; e placas
interpretativas.

Toda sinalização foi confeccionada em madeira da espécie Soracapa-Sp. A


placa de identificação do projeto foi a única em que a madeira foi talhada. Em vista
do alto custo deste tipo de técnica, para as outras placas, a arte foi plotada e
utilizou-se verniz naval para impermeabilização e conservação da madeira. Para
cada empreendimento foram implantadas: 1 placa mãe; 1 placa de identificação do
projeto (ver figura 2); 1 placa de início de trilha; 25 placas de identificação de
espécies arbóreas e 5 placas interpretativas.

Figura 2 – Placa de identificação do projeto

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• Folheto para visita autoguiada às trilhas
Para cada propriedade foi confeccionado um modelo de folder com
informações gerais sobre o empreendimento, os principais atrativos, a descrição
da trilha e das espécies arbóreas de destaque. Este guia foi elaborado para que o
visitante tivesse informações que facilitassem a visita e também para que
divulgasse a propriedade. A figura 3 ilustra o guia da visita de uma das
propriedades participantes da primeira etapa do projeto.

Figura 3 – Guia de visita da Chapada Imperial

• Página na internet para “visita virtual” às trilhas


Este produto, bem como o Diagnóstico das Trilhas, foi incorporado à segunda
parte do projeto. Para cada propriedade elaborou-se um website com a identidade
do Rota das Árvores. Nesta página, inseriu-se o mapa da trilha e foram
identificados pontos de destaque, possibilitando um passeio virtual pela trilha. Para
conhecimento deste produto acesse: www.paraisonaterra.com.br.

• Catálogo Rota das Árvores


O catálogo foi um criado para a divulgação do próprio projeto. Para isso, foram
contempladas informações sobre as principais espécies florestais encontradas nas
propriedades do Distrito Federal e entorno que participaram do projeto. Trata-se de
uma iniciativa de divulgação conjunta destes empreendimentos.

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• O despertar de transformações
Um projeto de implantação de trilhas interpretativas certamente gera muitos
frutos difíceis de serem mensurados, mas que têm valor inestimável. Exemplo
disso foi o que ocorreu na propriedade Recanto Pedra Grande. A dona do
empreendimento desistiu de um projeto paisagístico que “esconderia” o mato que
havia em volta de seu hotel fazenda e passou a enxergar a beleza dos galhos
retorcidos, da textura das folhas e a delicadeza das flores do Cerrado. A
implantação do projeto despertou fortemente a iniciativa de conservação e de
valorização do Cerrado pelos proprietários. A figura 4 mostra o início de uma das
trilhas desta propriedade.

Figura 4 – Trilha da Pedra Grande (Propriedade Recanto Pedra Grande)

Conclusão
As reflexões finais deste artigo destacam lições aprendidas com a realização do
projeto Rota das Árvores.

Integrar as diferentes equipes do projeto


A identificação de espécies e pontos de interpretação ambiental deve ser integrada ao
diagnóstico da trilha e de análises críticas de traçado e impacto ambiental. Caso
contrário, podem ser escolhidos pontos interpretativos em áreas de suscetibilidade à
erosão, de risco ao visitante, etc. No Projeto Rota das Árvores, em vista da dificuldade
de conciliar a agenda dos consultores e da distância dos empreendimentos, houve
situações em que as equipes trabalharam separadamente o que dificultou a
formatação de algumas trilhas. Nos momentos de avaliação das ações, este problema
foi sanado e o trabalho otimizado significativamente.

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A participação dos proprietários e parceiros do projeto é fundamental.
Valorizar o conhecimento tácito de mateiros, funcionários das propriedades e dos
próprios empreendedores contribuiu muito na definição das rotas. A relação afetiva
das pessoas com as árvores também foi expressa intensamente em alguns casos.
Algumas espécies foram classificadas como árvores destaques de certas propriedades
porque era antigas, cresceram com a história das pessoas e frutificou com aquele
empreendimento. Assim, considera-se essencial a integração entre o viés técnico e os
aspectos humanos e subjetivos dos clientes, visitantes e demais atores interessados
na trilha.

A época chuvosa prejudica substancialmente os trabalhos de campo para


planejamento das trilhas e inventário florestal.
As visitas a campo da primeira etapa do projeto forma significativamente prejudicadas
pelas fortes chuvas do verão do Planalto Central. É preferível atrasar o início de um
projeto desta natureza para o início da seca do que ter grandes chances de retrabalho,
de imprecisão de dados e de danificar equipamentos em função de condições de
tempo.

Os resultados do projeto e seus desdobramentos


As avaliações realizadas com os clientes do projeto (proprietários dos
empreendimentos de turismo rural) mostraram que, além de ampliar a oferta turística
dos empreendimentos e contribuir para a conservação do Cerrado, o projeto favoreceu
o fortalecimento do turismo rural no Distrito Federal, pois criou uma rede de
propriedades com identidade comum. Uma lacuna neste projeto foi o
acompanhamento de seus resultados junto aos visitantes das propriedades.
Inicialmente isso não foi considerado no escopo inicial do projeto, mas seria muito
pertinente para uma análise de efetividade dos esforços e recursos investidos.

Por fim, considera-se que esta iniciativa piloto pode ser replicada em outros
ambientes e espaços com possibilidades de criação de diferentes tipos de rotas
temáticas que tenham o propósito de integrar o ser humano à natureza e que
promovam a utilização do espaço natural de forma sustentável.

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Bibliografia Citada

APN - ADMINISTRACIÓN DE PARQUES NACIONALES. Diseño, Construcción y


Mantenimiento de Senderos em Áreas Naturales. San Carlos de Bariloche: APN,
2004. 196p.

IDA. Relatório Final do Projeto Rota das Árvores (etapa 1). Brasília: IDA, 2004.
(Documento técnico)

GUIMARÃES, S.T.L. Trilhas Interpretativas e Vivências na Natureza:


reconhecendo e reencontrando nossos elos com a paisagem. Disponível em:
<http://www.ambiente.sp.gov.br/educ_2004/cursos/Palestrantes/230904/Solange_Gui
maraes.pdf>.

HAM, S.H. Interpretación ambiental: una guía práctica para gente con grandes
ideas y presupuestos pequeños. Colorado, Estados Unidos: North América Press,
1992. 437p.

HESSELBARTH, W. & VACHOWSKI, B. Planejamento, Implantação e Manutenção


de Trilhas. Fundação o Boticário de Proteção à Natureza. Curitiba, PR. 2002.

IBAMA, GTZ e IEF. Manual de introdução à interpretação ambiental. Belo


Horizonte: Projeto Doces Matas, 2002. 108p.

SANTOS, G.L.S.A. Principais técnicas para a prática sócio-ambiental. In:


Educação Ambiental em Unidades de Conservação. Guaraqueçaba: Universidade
Livre do Meio Ambiente e Fundação O Boticário, 2000. p. 40-45.

VASCONCELLOS, J.M.O. Trilhas interpretativas: aliando educação e recreação.


In: Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação. Anais... Vol. 1. Curitiba: IAP,
UNILIVRE, Rede Nacional Pró-Unidades de Conservação, 1997. p. 465-477.

ZIMMERMANN, A. Visitação nos Parques Nacionais Brasileiros: um estudo à luz


das experiências do Equador e da Argentina. Brasília, 2006. 259f.Dissertação de
Mestrado em Gestão Ambiental e Políticas Públicas – Centro de Desenvolvimento
Sustentável, Universidade de Brasília

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