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&
Habitat 2.ª edição Vol. 1
Boni
Habitantes
&
Habitat
Vol. 1
2.ª edição
Boni
Direitos responsabilidades reservados aos autores.
Editoração Eletrônica:
Reginâmio Bonifácio de Lima
Correção Histórica:
Lélcia Maria Monteiro de Almeida
Revisão:
Pedro Bonifácio de Lima
Capa:
Reginâmio / Anderson
Diagramação:
Anderson F. da Silva
Impresão:
GRAF-SET
CDU. 981(813.3)
Apresentação
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Habitantes & Habitat
SUJEITO-IDENTIDADE-LUGAR1
Reginâmio Bonifácio de Lima
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Sujeito - Identidade - Lugar
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Habitantes & Habitat
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Sujeito - Identidade - Lugar
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Habitantes & Habitat
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Sujeito - Identidade - Lugar
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De Campo de pouso a Aeroporto Velho
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De Campo de pouso a Aeroporto Velho
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Habitantes & Habitat
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De Campo de pouso a Aeroporto Velho
20000
15000
10000
5000
0 Populações fora
Aeroporto (2%) Palheiral (2%) Bahia (6%) do Núcleo
Central (90%)
60.000
40.000
20.000
0 Populações fora
Aeroporto (4%) Palheiral (6%) Bahia (5%) do Núcleo Central
(85%)
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De Campo de pouso a Aeroporto Velho
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De Campo de pouso a Aeroporto Velho
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De Campo de pouso a Aeroporto Velho
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Glória: sinônimo de conquista da terra
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Glória: sinônimo de conquista da terra
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Glória: sinônimo de conquista da terra
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Glória: sinônimo de conquista da terra
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Bairro da Pista: um lugar em construção
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Bairro da Pista: um lugar em construção
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Bairro da Pista: um lugar em construção
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Bairro da Pista: um lugar em construção
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Bairro da Pista: um lugar em construção
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Bairro da Pista: um lugar em construção
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Ambiência Física e Social dos bairros João Eduardo I e II
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Ambiência Física e Social dos bairros João Eduardo I e II
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Memórias Sociais na Velha Bahia
encanada, luz, pavimentação das ruas, coisas inexistentes aos
moradores no momento em que vieram para o bairro, trouxe a eles
uma nova esperança de continuar no lugar e enfrentar as inúmeras
dificuldades que se apresentaram. Todos estes fatores podem ser
compreendidos através dos relatos dos moradores mais antigos que
ainda vivem no lugar com seus descendentes e que de lá não saíram
por amor a sua nova morada.
O bairro Bahia Velha mede 251.595m², segundo dados da
Prefeitura de Rio Branco, sua infra-estrutura vem se adequando com
o passar do tempo às necessidades básicas dos moradores. Ele vem
crescendo aos poucos, levando ao cotidiano de seus moradores,
pequenas evoluções.
Hoje em dia, podemos contar com pequenas confecções,
farmácia e mercearias, que suprem as necessidades mais simples do
cotidiano dos indivíduos. A coleta do lixo urbano é feita três vezes
por semana, o que auxilia na higiene da região, evitando doenças e
infestações de animais; no que se refere à limpeza dos quintais e
higiene das casas, os moradores podem contar ainda com a visita
periódica dos agentes de saúde que compõe a Unidade do Módulo de
Saúde da Família presente no bairro.
Embora existam ruas atijoladas e com piçarramento, as
principais ruas são asfaltadas, nelas encontram-se os pontos de
ônibus que fazem o transporte dos cidadãos da localidade e bairros
adjacentes. Podemos encontrar também orelhões em quase todas as
ruas, o que facilita em muito a vida dos moradores mais humildes que
ainda não contam
com o serviço de
telefonia fixa em
suas residências,
pois com os ore-
lhões se torna mais
fácil localizar o
serviço de atendi-
mento emergencial
– SAMU – e até
mesmo o serviço
policial nas oca-
siões necessárias.
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Bahia Nova: da formação ao século XXI
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sociedade.
Em pesquisa realizada junto à comunidade pela equipe
gestora da Escola Francisco de Paula Leite Oiticica Filho, podemos
perceber que se trata de uma comunidade econômico-político e
culturalmente pobre, a julgar pelos índices apresentados:
Ao ser perguntado se a comunidade gostaria de participar
do Conselho Escolar ou Associação de Pais e Mestres, apenas
10,25% respondem afirmativamente; 21,34% disseram não querer
participar e 42,88% não responderam à questão. Na verdade, trata-
se de um grande desafio para a escola o envolvimento efetivo da
comunidade nas atividades educacionais, surgindo a necessidade
não só dos pais se preocuparem com seus filhos, mas com a escola
num todo, com seus objetivos e metas maiores, qualidade de seus
serviços, etc.. Nesse sentido, buscar parceria constante junto à
comunidade é tarefa que a escola não pode deixar de executar.
Apesar da pesquisa não dar com exatidão a extensão dos
problemas da comunidade, é bastante significativo o número de
crianças que vão para a escola sem tomar café ou almoçar e a
maioria tem na merenda escolar o reforço necessário à alimentação
diária, indicando que a escola precisa se preocupar com a qualidade
da merenda que serve e em não deixá-la faltar, visto que é essencial
para o desenvolvimento das crianças de nossa comunidade.
O bairro Bahia Nova é uma extensão do bairro Bahia Velha,
formado em fins da década de 1970 e início da década de 1980 por
pessoas que emigraram para as áreas de terras que formaram o
bairro. Os primeiros moradores da Bahia Nova são pessoas, em sua
maioria, com estilo de vida proveniente da zona rural.
O bairro começou a ter “ares de urbanidade” por volta de
1982, quando do mutirão de limpeza e revitalização da cidade
implementado pela Prefeitura de Rio Branco em parceria com o
Governo do Estado: quando foi “aberta” a primeira rua do bairro –
Rua Estácio de Sá.
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Palheiral: o bairro das palheiras
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comunidades.
Logo no início houve alguns conflitos por área de terra, os
moradores usavam terçado e pedaços de pau. As brigas ocorriam
com maior freqüência nos finais de semana principalmente nos
bares. No bairro João Eduardo também houve conflito, que
ocasionou a morte do morador João Eduardo. Este fazia parte da
comissão que demarcava os lotes de terras para cada morador. Em
homenagem a João Eduardo colocaram o seu nome no bairro.
Os primeiros moradores do Palheiral trabalhavam de
carpinteiro, pedreiro, servente, doméstica, picolezeiros,
vendedores ambulantes, alguns procuravam trabalho no centro da
cidade, etc. Alguns moradores antigos do Palheiral ajudaram na
construção do Conjunto Castelo Branco, para ganharem o sustento
de suas famílias. De manhã quando alguns moradores iam pro
trabalho exercer a função de doméstica tinham que levar o material
escolar para depois que saíssem do trabalho fossem para a escola.
Hoje em dia muitos estão aposentados.
Como não havia escola no local, tendo em vista que a área
não oferecia estrutura por ser uma antiga fazenda e ainda estar em
fase de ocupação, muitas crianças começaram a estudar
tardiamente. Devido às dificuldades enfrentadas como o fato de
precisarem se deslocar para outro bairro para estudarem e
necessitarem ajudar os pais no sustento da casa, trabalhando como
engraxate, vendendo pão, picolé, etc., muitos acabaram por desistir
da escola.
A quase totalidade dos entrevistados não soube dizer de
quem eram as terras das quais se apossaram, e mesmo afirmando
que não é certo tomar o que é dos outros, precisando escolher entre
seu senso ético e a necessidade social básica de um lugar para
morar, escolheram proporcionar melhores condições de vida para o
marido ou mulher e seus “barrigudinhos”.
A maioria dos moradores entrevistados do bairro Palheiral
gosta do nome do seu bairro, e já estão acostumados com o mesmo.
Eles não concordam com a mudança do nome do bairro onde vivem
para Baixada do Sol, porque o setor é composto por bairros com
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Considerações Finais
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REFERÊNCIAS
Livros:
Álbum Fotográfico do Território Federal do Acre (1946-1948).
Disponível em: <http://www.bv.am
.gov.br/portal/conteudo/acervo/digitalizado/index.php?a=descric
ao&v=64>. Acessado em 23 de nov. 2006.
BOSI, E. Memória e sociedade. São Paulo: T.A. Queiroz - Editora
da Universidade de São Paulo, 1987.
CABRAL, Maria da Conceição de Lima; FIGUEIREDO, Maria
Lourdes Barbosa; et al. Um estudo de caso do crescimento
desordenado da cidade de Rio Branco na década de 70 (1970-
1980). Rio Branco: UFAC/DH, 1992.
COSTA, João Craveiro. A Conquista do Deserto Ocidental. 2 ed.
Rio Branco (Acre): Fundação Cultural do Acre, 1998.
COSTA, Leila Gonçalves da. Ocupação e Violência – A Ambiência
Física e Social dos Bairros João Eduardo I e II. Rio Branco:
UFAC, 2003. Monografia de Bacharelado em História.
Diocese da Ordem das Servas de Maria. Livro do Tombo. Rio
Branco, 1986.
DUARTE, Élio Garcia. Conflitos pela terra no Acre. Rio Branco:
Casa da Amazônia, 1987.
Governo do Estado do Acre. Histórico da Escola Flaviano Flávio
Baptista. Rio Branco: Mimmeo, 2004.
________. Projeto Político-Pedagógico da Escola Áurea Pires.
Rio Branco: Mimmeo, 2006.
________. Projeto Político-Pedagógico da Escola Maria
Raimunda Balbino. Rio Branco: Mimmeo, 2006.
________. Projeto Político-Pedagógico da Escola Serafim da
Silva Salgado. Rio Branco: Mimmeo, 2006.
GUERRA, Antônio Teixeira. Estudo Geográfico do Território do
Acre. Publicação nº 11 – 1955.
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Referências
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Entidades:
Biblioteca da UFAC
Biblioteca Pública Estadual
CDIH da UFAC
Fundação Garibaldi Brasil
IBGE
Memorial dos Autonomistas
Patrimônio Histórico Estadual
Setor de Georeferenciamento Municipal
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SOBRE OS AUTORES:
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Habitantes & Habitat
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GRAF-SET
Fone/Fax: (68) 3226-2173 -Celular: 9974-2903
Rua Dourado nº 38 - Tangará - Estação Experimental
Rio Branco - Acre - Brasil
E-mail: graf-set@contilnet.com.br / grafset.ac@hotmail.com.br
Os traços que aqui apresentamos contêm os resultados
de estudos e pesquisas realizados na área próxima ao antigo
Aeroporto, que fica situada nas imediações da atual Secretaria
Estadual de Educação. Nesse local, hoje em dia estão formados os
dezesseis bairros que compõem a terceira fase de expansão da cidade
de Rio Branco, sendo eles: Palheiral, Pista, Bahia Velha, Bahia
Nova, Aeroporto Velho, Glória, João Eduardo I e João Eduardo II,
Boa União, Airton Sena, Sobral, João Paulo II, Plácido de Castro,
Boa Vista, Invasão da Sanacre e Floresta Sul. Os oito primeiros
compõem o setor inicial de formação do local, e os oito seguintes,
representam a fase de expansão. Neste momento falaremos dos oito
bairros iniciais do período de formação. Na obra intitulada
Habitantes e Habitat 2 falaremos da expansão da localidade e sua
representação social.
Na pesquisa constatamos a quantidade de 33.908 pessoas
vivendo nesses locais, residindo e convivendo em 14.109
domicílios. Portanto, é certo dizer que o Terceiro Eixo Ocupacional
Expandido de Rio Branco representa na atualidade 14,98% da
população urbana riobranquense, e comporta em sua área 17,14%
dos domicílios da cidade. Assim sendo, é clara a super-povoação do
local em comparação com o restante de Rio Branco. Uma área que
representa menos de 10% da extensão total urbana da Capital
acreana comporta quase um quinto de seus domicílios, e um sétimo
de sua população.
São esses homens e mulheres os autores de muitos dos feitos
executados em Rio Branco. Seres humanos, como você e eu, dignos
de serem tratados com respeito. Não são heróis, tampouco bandidos,
são gentes que caminharam longos anos até conseguir suas terras.
Foram expulsos de onde moravam e saíram numa jornada em busca
de melhores condições de vida.
Financiamento Patrocínio
GRAF-SET
FUNDAÇÃO GARIBALDI BRASIL