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BELÉM
2009
2
Área de Concentração:
Doenças Parasitárias.
Belém
2009
3
Banca Examinadora
Orientador:
Assinatura: _________________________________________________________________
A Deus;
A minha esposa, grande mulher,
grande amor da minha vida,
aos meus queridos pais e a todos
os familiares que de alguma forma,
ajudaram na realização desse sonho.
5
AGRADECIMENTOS
A Deus, por ter me proporcionado esse momento tão especial, sempre esteve pronto
Ao meus pais, que não tiveram oportunidade para estudar, mas nem por isso deixou
A minha amada esposa, que mesmo distante sempre me deu apoio e incentivo para
Aos meus irmãos e irmãs, e em especial a Francynilda Tomaz por ter me acolhido
Aos meus sobrinhos, tios e cunhados, por todo apoio e incentivo para que esse
momento ocorresse.
Ao Prof° Msc. e orientador Raimundo Benigno, por ter contribuído de forma especial
RESUMO
ABSTRACT
ESPÍRITO SANTO, A.T. Biota of gastrointestinal parasites of young sheep from a herd in the
municipality of São Miguel do Guama-PA. 2009. 44f. Monografia (TCC in Parasitic
Diseases) - Coordinator of the Course of Veterinary Medicine, Institute of Animal Health and
Production, University of Amazonia, Pará
In order to identify gastrointestinal parasite biota of young sheep from a herd in the
municipality of São Miguel do Guama, State of Pará, were examined
coproparasitologicamente 29 lambs, and 13 mamotes (up to three months of age) and 16
weaned (four to seven months of age). Samples of faeces were processed by the quantitative
method for calculating the number of eggs per gram of faeces (OPG) and the number of
oocysts per gram of faeces (OOPG). The positive samples for nematodes were grown
estrongilídeos to obtain infective larvae (coprocultures). Through quantitative techniques, it
was identified 26 positive samples (89,66%), whereas in lambs mamotes the index was 100%.
In positive samples, it was identified Estrongilídeos the helminth, Strongyloides spp and
Moniezia spp.e the protozoan Eimeria spp. With higher occurrence of nematode
estrongilídeos (86,21%) in simple and associated infections. The mean parasite load of these
nematodes was higher in lambs mamotes (1027 against 559), and the overall average of the
herd (793 opg) is compatible with an infection of mild to moderate, resulting in an indication
that half of the herd not require treatment. Through the examination of the infective larvae,
identified are estrongilídeos nematodes Haemonchus spp., Trichostrongylus spp.,
Oesophagostomum spp. and Cooperia spp., and that of Haemonchus spp. were most frequent
(81,92%), representing approximately 4 / 5 of the parasite load.
LISTA DE FIGURAS
Página
Fig. 4 Processamento das Amostras para contagem de ovos por grama de fezes 27
9
LISTA DE TABELAS
Página
Tab.1 Guia para interpretação da contagem de ovos de alguns helmintos 23
de ovinos
Tab .2 Biota geral de parasitas gastrintestinais de cordeiros procedentes 29
de um rebanho do município de São Miguel do Guamá, Pará.,
identificada através da técnica quantitativa.
SUMÁRIO
Página
1 INTRODUÇÃO …………………………………………………………………. 10
5 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 38
1 INTRODUÇÃO
11
nacional, com características muito peculiares a cada região, mas também fortemente atrelado
animais, sendo que 481.528 desses encontram-se na região Norte. No estado do Pará, o
efetivo, que no ano 2000 era de 127.405 cabeças, passou para 203.027 animais, dado este, que
deverá provocar uma maior demanda de ações que visem maximizar a ovinocultura, com
A ovinocultura é uma das criações que vem se destacando a cada dia e já se tornou
mais uma alternativa para o produtor rural. Em outros tempos se criavam ovinos apenas para a
nacional foi de 77.000 toneladas, representando 1,02% do índice mundial e neste mesmo ano,
houve expressivo crescimento à demanda por pele desses animais produzindo, internamente,
et al., 2006).
exploração, por seus efeitos grandemente prejudiciais tais como: crescimento retardado,
baixas produções de lã, carne e leite, má eficiência reprodutiva, mau aproveitamento dos
12
considerados endoparasitos tendem a ser uma das causas mais graves de perdas de produção
um parasito que se localiza no abomaso e devido ao seu hábito hematófago, os animais com
et al., 1997).
que, a dinâmica e potencialidade de seus efeitos depende da interação das variáveis bióticas e
demandar estudos que caracterizem a biota dos biogentes da verminose, que no Brasil,
2 REVISÃO DE LITERATURA
13
gastrintestinais, com destaque às espécies de nematóides. Esse grupo pode parasitar os ovinos
em qualquer fase de suas vidas, causando diversos tipos de prejuízo na produção como atraso
queda na produção de leite, baixa fertilidade e nos casos de infecções maciças, altas taxas de
(ATHAYDE, 1996).
crescimento retardado dos animais infectados, trazendo como conseqüência uma queda na
tropicais, em decorrência do clima favorável, fazendo com que os animais estejam sujeitos a
14
animal (SANTA ROSA, 1996). Diversos parasitos podem estar envolvidos nas infecções
parasitárias dos ovinos, porém dos nematóides gastrintestinais, o H. contortus destaca-se, pois
é favorecido pelas condições climáticas das regiões quentes e úmidas demonstrando alta
das pastagens, sendo que uma fêmea deste parasito pode produzir até 5.000 ovos por dia
a maior concentração desses quatro gêneros observada na faixa etária acima de 12 meses
verificou que os animais estavam parasitados por uma biota gastrintestinal representada pelos
nematóides Haemonchus spp, Trichostrongylus spp e Cooperia spp., sendo que o parasitismo
desenvolvimento, uma fase de vida livre e outra parasitária. A primeira ocorre na pastagem e
vai de ovo até larva infectante, a segunda inicia-se com a ingestão da larva infectante e
completa-se com o parasito adulto eliminando ovos nas fezes (NARI; FIEL, 1994; MELO,
A fase de vida livre (Figura 1), que ocorre no ambiente, depende de condições
apropriadas de aeração, umidade e temperatura para gerar embriões passando pelos estádios
de mórula, gástrula e larva pré-eclosionada. Após a eclosão, as larvas de primeiro estágio (L1)
permanecem nas fezes, alimentam-se de bactérias e fungos, e mudam para larvas de segundo
estágio (L2), possuindo os mesmos hábitos alimentares das L1. Ambas armazenam energia
As L2, após um período de repouso, mudam para estágio 3 (L3) infectante, retendo a
depende da energia acumulada nas suas células intestinais. Este desenvolvimento na presença
17
As L3 migram do material fecal e são capazes de se deslocar pela haste da planta até
uma altura que oscila entre 20-25 cm favorecidas pelo microclima propício que se forma entre
o solo e a extremidade da planta (NARI; FIEL, 1994). Em geral, estas larvas utilizam gotas de
água (Figura 1), como as do orvalho, na sua migração para as pastagens, que são geradas no
período da manhã e no final da tarde quando a intensidade de luz é menor (LIMA, 2004).
pluvial. Na época da seca, a maioria das larvas permanece no bolo fecal, ou próximo dele na
base das plantas, e o inverso ocorre no período das chuvas, onde as larvas podem migrar em
A fase de vida parasitária inicia com a ingestão das larvas infectantes (L3) durante o
pastejo (Figura 1) as quais perdem os seus envoltórios externos no rúmen (no caso dos
hospedeiro e ao mesmo tempo desenvolvem-se para estágios adultos (LIMA, 2004; NARI;
FIEL, 1994).
18
B
F
A
C3D
C1 Figura 1- Ciclo biológico de nematóides (A: Vermes adultos no abomaso ou intestinos; B:
EC
D
Fonte:http://www.boergoats.com/clean/articleads
Ovos liberados pelas fêmeas e incorporados nas fezes; C: Ovos (C1); L1(C2); L2
Ostertagia spp, realizam as mudas do terceiro para o quarto (L4) e do quarto para o quinto
FIEL, 1994).
19
dos hospedeiros que chegam ao meio externo junto com as fezes. Esta produção de ovos
ocorre ao longo de sua vida, que vai de 4 semanas até 12 meses (NARI; FIEL, 1994).
A fase de vida livre é comum para todos os gêneros de nematóides estrongilídeos com
especificidades em relação aos hospedeiros, sua patogenia varia de rebanho a rebanho, com as
variação em áreas de pastagem com vegetação abundante, com boa cobertura e que
proporcione micro clima favorável para o desenvolvimento e sobrevivência das larvas nos
hidroperitôneo, caquexia, gastrite catarral, perda de peso, pêlos eriçados e opacos e queda dos
mesmos, apatia, anorexia, hipotonia ou atonia ruminal, diarréia e desidratação (PUGH, 2005).
O animal com elevado nível de infecção parasitária pode perder até 145 mL de sangue por
mucosa com suas lancetas (dentes bucais). Não só os vermes efetivamente privam o
hospedeiro de grandes volumes de sangue, mas também deixam lacerações na mucosa que o
As membranas mucosas estão pálidas e o edema pode ser disseminado. Podem estar presentes
vermes, a morte poderá ocorrer mesmo sem qualquer sinal clínico. Mais frequentemente a
moléstia se prolonga, ocorrendo então sinais de debilidade, perda de peso, e edema das partes
papeira, que vem acompanhada sempre de uma severa anemia, perda de peso e apetite,
finalizando com desidratação e morte. Na fase aguda tem-se uma anemia moderada,
ou pastosa e pêlos arrepiados e sem brilho. Na fase crônica, período mais avançado dos
diarréias podem aparecer ou não em verminoses crônicas (SANTA ROSA, 1996) larvas de
severas alterações nas células adjacentes, interferindo na produção do acido gástrico. Após
parasitas, dando início a reação inflamatória. Em poucos dias estas lesões são mais evidentes,
podendo-se observar úlceras pouco profundas sobre todas as bordas das pregas abomasais. Se
a infecção é muito severa podem aparecer edemas e placas necroticas com um pH abomasal
Entre os parasitos intestinais, Cooperia sp. é um dos mais comuns, sendo Cooperia
oncophora predominante nas zonas temperadas e sendo considerada tão patogênica quanto C.
primeira metade do intestino delgado, ainda que existam trabalhos que afirmam que há uma
certa “mobilidade” destes entre a parte posterior e anterior do intestino, fenômeno chamado
epitélio intestinal. Ocorrendo uma redução no tamanho das vilosidades com destruição de
células que compõem esse epitélio que são substituídas por outras imaturas e com menos
ceco e cólon, que são produzidas pela reação ocasionada pela passagem da larva L3 que muda
ulcerados, que persistem no tempo como os nódulos fibrosos (NARI; FIEL, 1994). Alguns
vermes podem encistar-se na lâmina própria, na face superficial da muscular da mucosa, mas
quase todos estão localizados na mucosa, no lado mais profundo da muscular da mucosa
completa, dirigida aos vários estádios parasitários, demora, em geral, vários meses para se
(WAKELIN, 1995).
das larvas. Geralmente, a resistência pode ser medida em termos de baixa contagem de ovos
antiparasitários. Existe um consenso geral que essa resposta imune é multifatorial e que a
contribuição dos componentes individuais pode variar muito, sem necessariamente interferir
em função do tempo, sendo que no caso do Haemonchus spp a capacidade é bastante elevada,
com uma ovoposição diária entre 5.000 e 10.000 ovos , em muito, superior às outras espécies
de helmintos, tais como: Ostertagia spp, 200-300 ovos/dia, Cooperia spp, 100-2000ovos/dia,
Trichostrongylus spp, 100 – 200 ovos/dia. Nematodirus < 100 ovos/dia, ficando os animais
com expressivos níveis de infecção, em curto espaço de tempo (ROMERO; BOERO, 2001)
helmínticos em ovinos, no Brasil, foi no Rio Grande do Sul (DOS SANTOS; GONÇALVES,
(MELO, 1998; BEVILAQUIA; MELO, 1999), e em São Paulo, onde a situação tem sido
AMARANTE, 2005).
clínica do rebanho, dos sintomas, das condições climáticas e exames parasitológicos. Este
pode ser feito através da contagem de ovos por grama de fezes (OPG) sendo o modo de
A tabela 1 mostra como devemos interpretar a contagem de ovos por grama de fezes
Strongyloides - - 10.000
Segundo Oliveira et al. (1995), em ovinos do Estado do Rio Grande do Sul, quando o
O controle dos parasitos foi definido por Gordon (1967) como “uma restrição do
larvas, sendo que este último foi desenvolvido no Rio Grande do Sul por Gonçalves (1974) e
3 MATERIAL E MÉTODOS
26
São Miguel do Guamá, Nordeste do Estado do Pará-Brasil que apresenta um plantel de ovinos
mestiços da raça Santa Inês, destinados a cria, recria e engorda, que utilizam duas áreas de
dividida em dez piquetes (3,5 ha/piquete) formados de capim mombaça (Panicum maximum
cinqüenta fêmeas.
não praticava o rodízio destes fármacos ao longo do ano e sem monitoramento da carga
resilientes e sensíveis.
mamotes com idade de um a três meses e 16 cordeiros desmamados com idade de quatro a
sete meses.
de fezes diretamente da ampola retal (Figura 3), utilizando-se sacos plásticos devidamente
modificada (Figura 4) para calcular o número de ovos por grama de fezes (OPG), conforme os
Os dados obtidos nos OPG`s e na identificação da biota foram tabulados para calcular
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
30
Os dados obtidos pela técnica quantitativa, que estima o número de ovos por grama de
fezes (OPG) mostraram que a biota de cordeiros foi caracterizada por helmintos
estrongilídeos, Strongyloides spp. e Moniezia spp. e, pelo protozoário Eimeria spp. Todos os
cordeiros mamotes (de um a três meses de idade) acusaram infecção parasitária, enquanto que
estudados, com destaque para os cordeiros desmamados que foi de 100% (Tabela 2).
apresentaram infecção por parasitos gastrintestinais, com maior ocorrência de infecções por
quantitativa.
CORDEIROS 13 13 12 2 7 6
MAMOTES
(100%)* (92,31%) (15,38%) (53,85%) (46,15%)
CORDEIROS 16 13 13 4 1 11
DESMAMADOS
(81,25%)* (100%) (30,77%) (7,69%) (84,62%)
∑ 29 26 25 6 8 17
daqueles obtidos por Ahid et al. (2008) em ovinos jovens e adultos, respectivamente 75,2 e
20%.
31
constituída na sua maioria (26 de 29) por cordeiros desmamados (quatro a sete meses de
idade). Esta afirmação está respaldada nas informações literárias, de Levine (1985) e de
Soulsby (1965), que ressaltam que as infecções por esse helminto são importantes em animais
imunológica . Esta mesma dinâmica parasitária ocorre nas infecções por Eimeria spp.
58,62%, sendo o bioagente encontrado mais frequentemente nos primeiros dias após o
foram relatadas nos Estados do Rio Grande do Norte (AHID et al., 2008), Paraná
(SOTOMAIOR et al., 2007) e Roraima (BRAGA; GIRARD, 1991), sendo que no primeiro
Paraíba, Martins Filho e Menezes (2001) também registraram baixo índice (11,84%).
Analisando o perfil parasitário da biota (Tabela 3), observa-se que nas 25 amostras
positivas para estrongilídeos, obteve-se maior freqüência (72%; 18 de 25) quando a infecção
estava associada aos outros componentes da biota caracterizada como infecção associada,
Eimeria spp. também apresentaram o mesmo perfil dos estrongilídeos, pois 94,12% (16 de
Tabela 3 – Biota geral de parasitas gastrintestinais de cordeiros procedentes de um rebanho do município de São Miguel do Guamá, Pará,
obtida no exame quantitativo, de acordo com o tipo de infecção.
Simples: S; Associada: A
Cordeiros 6 6 12 - 2 2 1 5 6
Mamotes
(50%) (50%) (100%) (100%) (100%) (16,67%) (83,33%) (100%)
Cordeiros 1 12 13 4 4 11 11
Desmamados - -
(7,69%) (92,31%) (100%) (100%) (100%) (100%) (100%)
TOTAL 7 18 25 - 6 1 16 17
6
(28%) (72%) (100%) (100%) (100%) (5,88%) (94,12%) (100%)
33
parasitária de estrongilídeos em cordeiros mamotes variou de 100 a 3450 e que apenas cinco
(OPG menor que 500), considerando que este parâmetro é normalmente adotado para os
Para os casos de infecções por Eimeria spp., não encontramos parâmetros estimativos
de carga parasitária, referida como número de oocistos por grama de fezes (OOPG), que
indicam a adoção de medidas terapêuticas. Talvez essa ausência de dados bibliográficos esteja
cujos resultados poderiam predizer os graus de infecção de acordo com as cargas parasitárias.
Neste contexto, Hassum et al. (2007) detectaram uma biota de Eimeria representada por dez
espécies em ovinos da raça Santa Inês em Campinas (SP) e Santana et al. (2008) por sete
Continua
ANIMAIS Valores dos OPG’s Valores dos OOPG`s
de Eimeria spp.
N° Estrongilídeos Strongyloides spp.
1 350 - -
2 850 - -
3 350 - -
4 750 - 4550
5 100 - -
6 650 - 200
7 - - 300
34
Conclusão
ANIMAIS Valores dos OPG’s Valores dos OOPG`s
de Eimeria spp.
Nº Estrongilídeos Strongyloides spp.
8 2000 - 4700
9 3450 150 1850
10 1200 - 4950
11 450 - -
12 1950 50 -
13 1250 - -
incompatível para tratamento, sendo três por negatividade. O valor baixo da carga parasitária
média deste grupo (559) pode estar relacionado com a menor susceptibilidade a infecção, em
função da maior faixa etária, corroborada pela maior efetividade da resposta imunológica.
Comparando-se os valores dos OPG`s médios dos dois grupos, fica evidente o menor grau de
susceptibilidade dos cordeiros desmamados, pois ocorreu uma redução da carga parasitária de
54% (1027 para 559), dado este que pode justificar esta menor susceptibilidade.
1 1950 - 900
2 150 - 200
3 2500 50 350
4 950 - 200
Conclusão
35
5 100 100 -
6 100 - 100
7 50 - 150
8 650 - -
9 - - -
10 - - -
11 - - -
12 1700 - 100
13 450 - 450
14 100 50 100
15 200 50 600
16 50 - 150
MÉDIA 559 16 206
parasitados por nematóides estrongilídeos (n=25), cujos dados apontam para um índice de
aproximadamente 50% (12 de 25) de animais que não necessitavam de tratamento. Quando
analisou-se os dados das médias das cargas parasitárias dos cordeiros por categoria (mamotes
= 1027 e desmamados =559), verificou-se que a média geral (793) fica muito próxima do
valor mínimo preconizado para tratamento. Este valor médio indica um baixo nível de
exposição às larvas infectantes dos bioagentes que estão disponíveis no pasto. Este indicativo
pode ser um reflexo das boas práticas de manejo aplicada na propriedade estudada,
relacionadas principalmente com a dieta alimentar e com o manejo adequado das pastagens,
deixando-as em descanso por um intervalo de tempo suficiente para manter um nível baixo de
que suportam altas cargas parasitárias, podendo não necessitar de tratamento, como referido
por Molento et al. (2004) para animais com OPG acima de 1500.
33,33% 33,33%
25,00%
15,38% 15,38%
8,34% 7,70%
spp., Trichostrongylus spp., Oesophagostomum spp. e Cooperia spp, sendo que os três
Tavares (2007) e Menezes (2007), porém Macedo (2006) e Carvalho (2008) não identificaram
ovinos e caprinos detectados no Brasil fora Bunostomum spp. (LIMA; GUIMARÃES, 1992;
MARTINS FILHO; MENEZES, 2001), Ostertagia spp. e Nematodirus spp. (RAMOS et al.,
2004).
37
MÉDIA
5,87% 4,21%
8,00%
Haemonchus spp
Trichostrongylus spp
Oesophagostomum spp
Cooperia spp
81,92%
Corrdeiros
desmamados 77,67 11,65 4,37 6,31
(81,92%), com uma diferença de apenas 8,49% entre os dois grupos estudados. Esta maior
ocorrência do Haemonchus, também foi registrada no Estado do Pará referida por Menezes
(2007) e por Carvalho (2008) em ovinos. Na região nordeste, Costa e Vieira (1992) e Girão et
al.(1992), encontraram uma ocorrência acima de 80% em ovinos e caprinos. Na região sul,
38
Mattos et al. (2004) apontam índices superiores, de 100% no grupo tratado e 99,58% no grupo
controle de caprinos. Já em rebanhos caprinos e ovinos do Rio Grande do Sul, Molento et al.
5 CONCLUSÕES
simples ou associada aos bioagentes Strongyloides spp., Moniezia spp. ou Eimeria spp. e com
uma carga parasitária média compatível com uma infecção de grau leve a moderado, que
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