Professional Documents
Culture Documents
OBJETIVO GERAL:
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
1. Entender os contextos de parágrafos sobre a carne, usados para liberar ou impor o seu uso.
2. Estabelecer clima de compreensão e tolerância para com os que não adotaram ainda certos
pontos da Reforma de Saúde como, por exemplo, o vegetarianismo.
3. Estabelecer a harmonia entre textos aparentemente contraditórios sobre o consumo da
carne.
4. Propor uma educação mais completa da Reforma de Saúde na pregação e testemunho
pessoal.
5. Desestimular as críticas entre membros e liderança nesta questão.
6. Incentivar a adesão de membros/pastores à Reforma de Saúde de forma equilibrada.
02 – Depois do Dilúvio. Em Gen. 9. 3-4 vemos que toda vegetação útil estava destruída.
As águas do dilúvio se secaram após um ano, um mês e um dia, e a terra só secou depois de mais
um mês e vinte e seis dias. Compare Gen. 7.11 com 8.13-14. Portanto, não houve tempo para as
arvores frutíferas crescerem e produzirem. A liberação divina para comer carne abrangia animais
limpos já providos para esse fim (Gen. 7.2-3).
Demóstenes Neves da Silva, Mestre em Teologia, é Professor do SALT-IAENE. Esta material é um esboço para
apresentação e discussão em grupo.
1
03 – O Plano de Deus para Israel. Exo. 16. 2-4, mostra que quando o povo murmurou
pedindo carne Deus respondeu a contra gosto, dando-lhes cordonizes (V. 12,13) mas também
introduziu o alimento ideal, o maná (V. 15a – 21). A desaprovação divina ficou evidente quanto ao
alimento cárneo por varias razões, duas delas estão aqui destacadas:
B – Quando o povo pediu mais carne esta lhe foi dada, mas junto com a conseqüência da
morte. Num. 11. 4-19 e 31-34.
Não era plano divino que se usasse a carne como alimento, mas devido ao desejo do povo
o Senhor indicou o tipo de carne que deveria ser consumida em Lev. 11. Como já havia feito nos
dias de Noé (Gen 7. 2-3).
Por outro lado, embora o Senhor desse o maná por 40 anos ao Seu povo no deserto,
permitiu que após haver experimentado os benefícios desse novo regime sem carne, pudessem
decidir por si mesmos como seria sua alimentação liberando e regulamentando o uso da carne de
animais limpos. O único ponto no qual Deus foi irredutível foi na questão dos animais imundos.
1. Regime mais popular envolvia era composto de carne, gordura, amido e doces. (Conf.
SDABC, vol. X, 390), comiam “carne em alta escala” no país.CSRA, 412.
2. A forte resistência e ataques que membros e pastores faziam à Reforma de Saúde. CSRA,
401.
1. A condescendência com o apetite gera doença e temos o exemplo do antigo Israel não
renunciando o desejo de carne, vindo então a peste. CSS, 141.
2. Uma reforma é necessária nesta questão da saúde, pois a carne põe em perigo a saúde
física, mental e espiritual. CSS, 575.
2
3. Muitos dos meio convertidos nesta questão sairão do povo de Deus. CSS, 575; CSRA,
382.
4. Moléstias dos animais são transmissíveis. CSRA, 384.
5. Estimulantes das paixões carnais junto com a manteiga. CSRA, 48 e 395.
6. Câncer transmitido pela carne. CSRA, 384 e 388.
7. Inabilita (o uso da carne) para cargos nas instituições, quando a pessoa rejeita obedecer à
luz que têm. CSRA 415 e 416.
8. Há influência negativa dos carnívoros sobre as pessoas. CSRA, 404.
Muitos outros pontos negativos sobre a carne, alimentos animais e outros danosos à saúde
poderiam ser aqui adicionados, estes, porém, foram apresentados como uma amostra da seriedade
da questão.
1. Não serem separados como mestres do povo enquanto ensino e exemplo contradiz, por
falta de interesse devido à condescendência, a mensagem sobre a reforma pró-saúde
(não só carne) CSRA, 453,454.
3
A REFORMA ENVOLVE MAIS DO QUE CARNE
1. Ar puro: respiração correta, ambiente arejado, ventilação natural para enfermos, passeios
ao ar livre, fuga de lugares poluídos.
2. Luz solar: exposição diária, tempo de exposição, horário de exposição, exposição de
roupas e de partes internas da casa.
3. Abstinência: café, chá preto, carnes imundas, cigarro drogas, bebidas alcoólicas, por
peculiaridades pessoais.
4. Água em abundância: beber suficiente e limpa, banhar-se diariamente, lavar roupas e
utensílios, substituir bebidas artificiais por naturais, não usar às refeições.
5. Repouso: dormir cedo, acordar cedo, ter dia de folga, férias, intervalos no trabalho, evitar
lazer competitivo ou de jogos de azar.
6. Exercício físico: adequado à pessoa e idade, moderado, regular, vitalício, não violento, não
competitivo, preferir caminhar e cuidar da terra.
7. Confiança no poder de Deus: Leitura da Bíblia, compromisso com a igreja, tempo para
oração, meditação, testemunho. Cultivar a fé a esperança e o amor.
8. Alimentação conveniente:
a) Cuidar com a quantidade (suficiente x insuficiente)
b) Cuidar com a qualidade (carne, açucar, amidos, gordura, condimentos, etc.)
c) Cuidar com a freqüência. (duas a três vezes)
d) Cuidar com as combinações (leite e açúcar, frutas e verduras, mais de três variedades na
mesma refeição, líquido às refeções, etc.)
e) Cuidar com a adequação (atividade física, intelectual, clima, idade, estado de saúde,
condições dos órgãos digestivos, etc.)
A questão da carne, portanto, é uma pequena parte de um dos oito remédios da natureza, e não
é a Reforma de saúde em si, mas um detalhe dela.
1. “Contamina o sangue” – Em geral aplicado à carne refere-se a outras coisas como: açúcar,
leite e ovos juntos, falta de exercícios físicos, frutas junto com verduras, não beber água
suficiente. CSRA, 113, 330, 354.
2. “Enfraquece a mente para o trabalho ministerial” - açúcar, leite e ovos juntos, queijo,
manteiga, massas suculentas, condimentos, frutas e verduras juntos, dormir tarde e
insuficiente, comer demais, comer fora de hora. CSRA, 113, 327, 328, 331, 354 395 (usar
manteiga com moderação, 352)
3. “Não liderar instituições” – para os que combatiam a Reforma de Saúde e queriam colocar
carne nas instituições.
4. “Pastor deve ser exemplo” – refere-se a tudo e não apenas a carne os textos dizem “ na
temperança” e na “ reforma de saúde”. CSRA, 402
5. A carne é o pior alimento – Açúcar, massas e bolos são piores do que carne. CSRA, 328,
334.
6. Se a carne não é doente é mais recomendada do que grandes quantidades de leite com
açúcar. Não faz o mal que leite com açúcar fazem.CSRA, 334, 330.
7. A carne desqualifica para o ministério – torta doce desqualifica para o serviço de Deus.
CSRA, 333. Imprudência no comer inabilita para a obra que precisa ser feita. 335
4
8. “Não se pode comer carne alguma pois os animais estão doentes” – Apesar disso, Ellen
White fez exceções para uso de carne e outros itens afetados pelas doenças dos animais.
Para isso recomendou cuidado. Veja CSRA, 355, 356
QUAL DEVE SER NOSSA ATITUDE PARA COM OS QUE COMEM CARNE?
Há, realmente alguns que vivem em circunstâncias que os impedem de adotarem plenamente a
reforma? Se assim for, trata-se de um princípio que deve ser ajustado a cada indivíduo em
particular. É uma questão pessoal.
“O regime cárneo não é o mais são, e, todavia eu não tomaria a atitude de que ele deva ser
rejeitado por toda pessoa”.CSRA, 395.
“Se a reforma pró-saúde com todo o seu rigor for ensinada àqueles cujas circunstâncias não lhes
permitem sua adoção, ter-se-á produzido mais dano do que bem”. CSS, 137. Quais são essas
circunstâncias?
“Os tuberculosos que se acham em decidido caminho da sepultura, não devem fazer
mudanças particulares a esse respeito, mas seja exercido cuidado para obter carne de animais o
mais saudáveis possível.”
2. Pessoas que sofrem de tumores não devem ser forçadas a deixar a carne. CSRA,
292, 3:
“As pessoas que têm tumores a minar-lhes a vida, não devem ser carregadas com a questão
de deverem ou não abandonar o uso da carne. Cuide-se de não coagir a uma resolução quanto a
esse assunto. Não ajuda ao caso forçar a mudanças, mas prejudicará aos princípios de abstinência
da carne. Façam-se palestras na sala de visitas. Eduque-se a mente, mas não se force a pessoa
alguma, pois tal reforma feita sob pressão é inútil....”
“Em certos casos de doenças ou exaustão, poderá ser considerado melhor usar alguma carne,
mas grande cuidado deve ser tomado para adquirir carne de animais sadios.”
5
4. Facultativa onde não haja abundância de vegetais. CBV, 103.
“Quando não me foi possível obter o alimento de que necessitava, comi um pouco de carne
algumas vezes; mas estou ficando cada vez mais atemorizada de fazê-lo.”
“Os que têm fracos órgãos digestivos, podem muitas vezes comer carne, quando não lhe
possível ingerir verduras, frutas e mingaus.”
“Hábitos que foram por toda a vida ensinados como sendo direitos, não devem ser mudados
por medidas rudes ou precipitadas.”
“Sinto sincera comiseração para com famílias que chegaram à fé recentemente, e que se
sentem tão premidas pela pobreza que não sabem de onde lhes virá a próxima refeição. Não é
meu dever fazer-lhes discursos sobre o comer saudável. Há tempo de falar, e tempo de calar.”
Caso fosse um ponto de comunhão com a igreja, espiritualidade ou de salvação como justificar
tais declarações?
Trata-se de hábito específico (a reforma de saúde é mais ampla). Nesses casos o consumo da carne
não ocorre por desprezo e rejeição á Reforma de Saúde e nem por condescendência com o apetite
pervertido, mas por uma razão pessoal que deve ser respeitada. Ou seja, quem come carne não a
come sempre por ter apetite pervertido.
1. Comer ou não comer carne não é teste. CSRA, 462. Nem os que comem são os
maiores pecadores:
“Nunca julguei ser meu dever dizer que ninguém deveria provar carne, sob quaisquer
circunstâncias. Dizer isto, quando o povo tem sido educado a viver de comer carne em tão grande
medida, seria levar ao extremo a questão. Nunca senti ser dever meu fazer asserções arrasadoras.
O que tenho dito, disse-o sob uma intuição do dever, mas tenho sido cautelosa em minhas
afirmações, porque não queria dar ocasião para qualquer pessoa ser consciência para outro.
...”
6
“Não estabelecemos regra alguma para ser seguida no regime alimentar, mas dizemos que
nos países onde abundam as frutas, cereais e nozes, os alimentos cárneos não constituem
alimentação própria para o povo de Deus.”
“Uma pessoa não pode ditar uma estrita regra para outra. Cada um deve exercer
discernimento e domínio, agindo por princípio.” CSRA, 139
“Não nos compete fazer do uso da alimentação cárnea uma prova de comunhão; devemos,
porém, considerar a influência que crentes professos, que fazem uso da carne, têm sobre outras
pessoas.”
5. Não é uma prova para ministros e não devem ser forçados a abandonar o seu
uso. O ministro que comer é responsável pelas conseqüências. CSRA 401,2:
“Se bem que não tornemos o uso do alimento cárneo uma prova, se bem que não queiramos
forçar ninguém a abandonar seu uso, todavia é nosso dever instar para que ministro algum da
associação faça pouco da mensagem de reforma nesse ponto, ou a ela se oponha. ... Ele [o
Senhor] nos deu a obra de proclamar a mensagem da reforma pró-saúde, e se não podeis avançar
nas fileiras dos que a estão proclamando, não o deveis tornar notório. Neutralizando o trabalho
de vosso co-obreiros, que estão ensinando a reforma pró-saúde, estais fora da ordem, operando do
lado contrário.” (1902)
6. Não vibrar ataque contra quem está comendo carne. CSRA, 462,2:
“Quando assentados a uma mesa onde haja carne, não devemos vibrar um ataque contra os
que a usam, mas deixá-la intocada quanto a nós, e se nos perguntarem a razão de assim proceder,
devemos de maneira bondosa explicar o motivo de não a usarmos.”
Em face do que foi abordado até aqui introduziremos, agora, um quadro apresentando a
atitude de E. G. White em relação aos pastores e administradores que não apoiavam a reforma
pró-saúde chegando, alguns, até a zombar dela e combatê-la. A razão evidente era que, entre
outras coisas, não pretendiam restringir a condescendência com o apetite nessa questão.
Ela não estava falando dos que eventual e circunstancialmente comiam carne, como ocorreu
com ela mesma, ou daqueles que podiam enquadrar-se numa das exceções já mencionadas neste
material, mas àqueles que optaram, devido ao apetite pervertido, por comer carne regularmente,
em desrespeito e pouco caso com a luz recebida, e até combater a reforma pró-saúde. Vejamos:
1. Não é uma prova e nem é forçado o ministro deixar a carne, mas ele não deve se opor e
nem fazer pouco caso do assunto. Se não pode avançar junto com os que proclamam a
reforma pró-saúde não deve fazer isso notório. CSRA, 401. (1902)
Portanto, a questão da carne como alimento é pessoal, não é ponto de comunhão e teste de
fé na igreja, nem para membros, nem para ministros, contanto que não combatam a reforma pró-
saúde que deve ser apresentada com tato, sem forçar as pessoas. Ao mesmo tempo deve-se
entender as exceções que provam que o assunto não é ponto de salvação, a não ser que a pessoa
7
esteja comendo-a por condescendência com o apetite (gula), e isto é aplicável a qualquer outro
alimento.
Danos físico que repercutem na vida espiritual e eficiência para a obra de Deus são resultado
da condescendência com o apetite pervertido no regime alimentar. O único caminho seguro é
seguir a luz recebida para os nossos dias quando tantas doenças afetam os animais e a perversão
dos sentido toma conta do mundo.
“Devemos lembrar que há demasiado tipos de mentalidades no mundo, e que não podemos
esperar que cada um veja exatamente como nós em todas as questões de alimentação. As mentes
não seguem exatamente a mesma direção.” CSRA, 351
“Nossos ministros devem tornar-se inteligentes nesta questão. Não a devem ignorar, nem se
desviar pelos que os chamam extremistas. Verifiquem o que constitui a verdadeira reforma pró-
saúde, e ensinem-lhe os princípios, tanto por preceito, como por tranqüilo e coerente exemplo.”
CSRA, 451