You are on page 1of 191

• http://angrad.org.

br/novidades/estudantes_e_universidades_pedem_r
evisao_de_avaliacao_de_ensino/1496/

Estudantes e universidades pedem revisão de avaliação de ensino 
04/12/2008 12:15

Deputado Lobbe Neto (PSDB-SP), autor do requerimento.

Estudantes e mantenedoras de universidades pediram a reformulação dos novos instrumentos de avaliação e


índices usados pelo Ministério da Educação no ensino superior desde setembro. O assunto foi debatido em
audiência pública da Comissão de Educação, que discutiu o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de
Cursos (IGC), recentemente criados pelo MEC.

Houve críticas, por exemplo, à suposta supervalorização que os novos critérios dão aos programas de pós-
graduação em detrimento da graduação e ao número de doutores no corpo de docentes das instituições. A
presidente da UNE, Lúcia Stumpf, pediu aperfeiçoamentos no IGC e sugeriu que o Exame Nacional de Desempenho
dos Estudantes (Enade) tenha menor peso no CPC.

"O IGC é visto por nós com grande preocupação. Simplesmente somar a nota do Conceito Preliminar de Curso com
a nota da Capes e dividir pelo número de alunos não responde às expectativas que os estudantes têm de uma
avaliação verdadeira das instituições de ensino superior. Já o Conceito Preliminar de Curso tem 70% de seu peso
sobre o Enade. Então, a maior parte da avaliação continua recaindo sobre os estudantes".

Lúcia lamentou que a votação do projeto de reforma universitária (PL 7200/06) não avance na Câmara, pois, em sua
opinião, a avaliação precisa ser discutida no contexto de uma reforma universitária mais ampla. "Ao mesmo tempo
em que responderemos para quê a avaliação deve servir, vamos estar respondendo o que esperamos das
universidades brasileiras".

Mantenedoras de universidades
O diretor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de
São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, disse ser a favor das avaliações, mas também sugeriu
aperfeiçoamentos. Ele lembrou que foi discutida a possibilidade de dar maior controle à divulgação dos resultados,
inclusive com a oportunidade de defesa das instituições, "não tornando esse conceito preliminar (CPC) como
definitivo".

Ele também ressaltou que os problemas de motivação do aluno em relação ao Enade acabam prejudicando as
instituições. "O aluno pode não fazer a prova, tirar zero e o grande prejudicado é a instituição. Há que se criar critério
que envolva o aluno no compromisso de realizar o Enade". Porém, Reynaldo Fernandes, do Inep, salientou que hoje
apenas 2,5% dos estudantes entregam a prova em branco ou nula, principalmente nas instituições públicas.

Autor do requerimento que deu origem à audiência pública, o deputado Lobbe Neto (PSDB-SP) disse concordar com
os novos mecanismos de avaliação do ensino superior usados pelo MEC, mas também defendeu aperfeiçoamentos.
Ele citou o exemplo da polêmica em relação ao número de doutores. "A lei não exige que haja doutores nos cursos,
enquanto a avaliação privilegia o número de doutores. E não é só porque é doutor que o professor vai conduzir bem
a aula. Precisamos aperfeiçoar essa metodologia das avaliações".

• http://aprendiz.uol.com.br/content/cedruwotes.mmp

Faculdades cobram acima do que a lei permite por emissão de diplomas  

Universidades e faculdades particulares paulistas descumprem lei estadual que limita a cobrança
para emissão de diplomas a cerca de R$ 70. O valor exigido do formando chega a R$ 300 em
algumas instituições. Quase 1 milhão de alunos cursam o ensino superior privado em São Paulo.
Sem o diploma, o recém-formado não pode se registrar como profissional no Ministério do
Trabalho ou ingressar em pós-graduação; o documento também é uma exigência em concursos
públicos.

A lei está em vigor desde fevereiro. Algumas instituições alegam que o sistema de ensino
superior no País é regido pelo governo federal e por isso não precisam cumprir determinações
estaduais. O Ministério da Educação (MEC), no entanto, informou que o aluno "tem direito ao
diploma, gratuitamente, porque ele é conseqüência do próprio curso". Diz ainda que apenas as
instituições com status de faculdade - que precisam recorrer a universidades para registro dos
diplomas - podem cobrar pelo documento, mas "o valor não deve ser maior que o custo".

No Estado, muitas delas registram os diplomas na Universidade de São Paulo (USP), que passou
a cobrar neste ano R$ 90 pelo serviço. Segundo a reitoria, há 18 funcionários que trabalham no
registro de diplomas, checando dados e créditos dos estudantes e faculdades. Em 2005, foram
cerca de 40 mil documentos, fora os emitidos para alunos da USP, que são gratuitos. O deputado
estadual Donisete Braga (PT), autor da lei, diz que quando o texto foi finalizado, em 2001, o
valor era próximo de R$ 70. Mesmo assim, as instituições ultrapassam o preço cobrado pela
USP.

O formando de Jornalismo Rômulo Augusto Orlandini, de 22 anos, não sabia da existência da lei
e pagou R$ 145 neste ano para a Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
por um diploma simples, em papel. "Eu precisava do documento para me registrar no Ministério
e arrumar um emprego como jornalista", diz. "Agora, quero meu dinheiro de volta." A PUC-
Campinas alega que a lei estadual não se aplica à instituição, ligada ao sistema federal.

O mesmo informou o Centro Universitário FIEO (UniFieo), que cobra R$ 250 pelo diploma.
"Nunca atrasei um mês de mensalidade e agora não posso ter o diploma porque não tenho como
pagar", diz a motorista Marilda Lessa, cuja filha se formou em Letras na instituição. O valor do
diploma da Universidade Mackenzie é de R$ 120. Segundo a instituição, ele é feito em pele de
carneiro e tem impressão especial. O ex-aluno Marcos, que não quis dar seu sobrenome, se
formou em Administração na instituição e desistiu de pedir seu documento quando soube do
valor. "Não sei como farei para começar um MBA", diz. O Mackenzie informou que passou a
cobrar o valor estipulado em lei para quem não quiser o diploma especial. Mas o aluno terá de
fazer o pedido do documento convencional por escrito e pagar também pelo histórico escolar.

"Eles nos ensinam a cumprir a lei e depois nos pedem para esquecer tudo o que aprendemos", diz
o formando da Faculdade de Direito de São Bernardo Thiago Pellegrini Valverde, de 25 anos.
Ao requisitar seu diploma em março, foi informado de que deveria pagar R$ 360, o que equivale
a 80% da mensalidade do curso. O documento seria confeccionado em pele de carneiro e era a
única opção oferecida. Valverde entrou com uma ação contra a faculdade, mas perdeu, porque a
Justiça entendeu que ele não tinha direito ao limite de valor porque havia se formado antes da
vigência da lei. A instituição informou que só os que se formaram até 2006 continuarão sendo
obrigados a comprar o diploma em pele de carneiro.

O MEC e a advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Maíra Feltrin,


recomendam que os estudantes exijam o cumprimento da lei na Justiça. A interpretação dos
juízes pode ser diferente. "Se as instituições prestam serviços em São Paulo precisam seguir as
leis estaduais", diz. A Fundação de Defesa e Proteção do Consumidor (Procon) informou que as
instituições podem ser chamadas a comparecer a audiências na entidade, caso haja reclamação de
alunos.

Há seis meses, a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen) ingressou


no Supremo Tribunal Federal com uma ação de inconstitucionalidade contra a lei, que ainda não
foi julgada. "Ela fere a autonomia universitária", diz José Roberto Covac, consultor jurídico do
sindicato paulista (Semesp).

(O Estado de S. Paulo)

• http://aprendiz.uol.com.br/content/cefrihowre.mmp

Semesp pedirá ao MEC reabertura do prazo de adesão ao Prouni 

O Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no


Estado de São Paulo) solicitou uma audiência com o ministro da Educação, Tarso Genro, na
quarta-feira. O objetivo é expor as razões para a dilação do prazo para adesão das instituições de
ensino superior ao Prouni (Programa Universidade Para Todos).

Pela regulamentação atual do Programa, o encaminhamento das propostas de adesão das IES
(instituições de ensino superior) deveria ter sido feito, via internet, até sexta-feira (29), ou, pelo
correio, até hoje (1º) as entidades filantrópicas podem aderir até o dia 5 de novembro. Até a
última quinta-feira, de acordo com o MEC (Ministério da Educação), cerca de 700 entidades
haviam preenchido o cadastro de adesão.
Segundo o Semesp, as IES já concluíram o planejamento para o ano letivo de 2005 e não tiveram
tempo para revisá-lo, "considerando os impactos de natureza pedagógica, social, societária e
associativa, financeira e tributária que o Prouni pode acarretar", afirma o consultor jurídico da
entidade, José Roberto Covac. "Por isso a necessidade de mais tempo para a adesão", diz ele.

Na última quarta-feira, Covac esteve em Brasília para apresentar sugestões de emenda ao Prouni
para o secretário executivo do MEC, Fernando Haddad. Foram contestadas pela entidade, além
do prazo para adesão, a confusão existente entre renúncia fiscal, isenção e imunidade tributária
das IES, e a exigência de demonstração de regularidade fiscal para a adesão.

Pela Instrução Normativa número 456, que regulamenta o Programa, as faculdades ou


universidades só podem aderir ao projeto se apresentarem uma certidão negativa de débitos. "Há
instituições que devem tributos e não negam, estão se organizando para pagar, mas mesmo assim
não podem participar [ do Prouni]. Não queremos amortizar dívidas passadas, mas pensar nas
futuras", explica o presidente o do Semesp e da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul),
professor Hermes Ferreira Figueiredo.

Segundo Covac, a entidade quer que o dispositivo seja urgentemente alterado. "O poder público
dispõe de todos os meios necessários para cobrar as entidades em dívida com o fisco", afirma.
"Além disso, como contribuintes, elas têm direito a discutir o crédito tributário. Essa exigência é
inaceitável, pois representa um fator impeditivo e desnecessário que, em última análise, dificulta
o acesso dos alunos ao ensino universitário."

O Prouni tem como objetivo reservar vagas em universidades e faculdades particulares para
alunos de baixa renda. O interessado deve possuir renda de até um salário mínimo e meio por
pessoa da família. Além disso, o estudante deve ter cursado todos os anos do ensino médio em
escolas públicas ou, ainda, em escolas particulares, mas com bolsas integrais.

(Folha Online)

• http://dahonestinoguimaraesfsa.blogspot.com/
Wednesday, October 04, 2006

Matéria no Estado de São Paulo sobre as Fundações que cobram mensalidade!!


O ESTADO DE SÃO PAULO

Sexta-feira, 15 Setembro de 2006.

Faculdades públicas municipais cobram mensalidade

Agência Estado - Ricardo Westin


Pelo menos 15 faculdades criadas por prefeituras depois de 1988 cobram mensalidades de seus alunos, como se
fossem instituições particulares. A cobrança vai contra a Constituição Federal, que determina que a educação
oferecida pela União, pelos Estados e pelas prefeituras deve ser gratuita.

Algumas instituições só continuam cobrando mensalidades porque recorreram aos tribunais e conseguiram liminares
favoráveis, o que indica que, apesar da lei, a questão é controversa.

Existem no País, segundo o Ministério da Educação (MEC), 61 faculdades e universidades municipais. Dessas,
somente 3 não exigem pagamento de mensalidade. As 58 restantes cobram, mas a maioria (43) tem respaldo legal
para isso. A Constituição, elaborada em 1988, diz que as faculdades municipais que cobravam mensalidades até
aquele ano manteriam esse direito. Mas as criadas depois disso, não.

O Estado de S. Paulo localizou, a partir de dados do MEC, as 15 faculdades municipais que se encontram nessa
situação. Ficam no interior dos Estados de São Paulo, Minas, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná e Rio.

A cobrança das mensalidades - que não costumam ser altas (R$ 300 em média), embora exista uma que cobre R$
934 pelo curso de Odontologia - foi confirmada ao Estado, por telefone, por todas as instituições. Questionados por
estudantes, os funcionários das secretarias costumam dar a seguinte confusa resposta: 'A faculdade é pública, mas
é particular'.

'Juridicamente, a instituição é pública ou privada. Não existe meio-termo', diz o advogado João Roberto Moreira
Alves, do Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação (Ipae), do Rio. 'Infelizmente nem todos têm acesso à
legislação, que realmente é complicada para os leigos', acrescenta o também advogado especializado em direito
educacional José Roberto Covac.

• http://desempregozero.org/2008/08/08/educacao-privada-x-publica/
Educação privada x pública 

Escrito por Katia Alves, postado em 8 de agosto de 2008

Por Katia Alves

O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que integra o


Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), tem o objetivo de aferir o
rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas
habilidades e competências.
Seguem abaixo alguns artigos publicados na Folha de São Paulo que retratam alguns resultados
obtidos pelas universidades na avaliação do Enade. E chega numa vergonhosa conclusão que a
cada três cursos oferecidos por instituições particulares, um foi mal no Enade e uma fatia menor
delas aparece no topo do ranking.

E isso é muito preocupante, pois o setor privado é o principal responsável pela expansão das
matrículas no ensino superior nos últimos dez anos. Sem ele, o já vergonhoso percentual de
menos de 10% da população adulta com nível superior no país seria ainda menor.

Ao defender o novo conceito de avaliação do ensino superior, o ministro da Educação,


Fernando Haddad, afirmou que, antes, o processo era uma “festa”. “Todo mundo era aprovado
pelo Inep”, disse em entrevista coletiva.

A cada três cursos privados, um foi mal no Enade

Angela Pinho e Johanna Nublat

Publicado originalmente na Folha Online

Praticamente um em cada três cursos oferecidos por instituições particulares foi mal no Enade do
ano passado, que avaliou as áreas de saúde, ciências agrárias e serviço social.

Dos cursos de universidades privadas, 31,4% tiveram notas 1 e 2, em uma escala de 1 a 5, no


CPC (Conceito Preliminar de Curso). Entre as públicas, o percentual foi de 18,2%. Estão
incluídas aí 23 federais, 19 estaduais e 22 municipais.

Assim como existem mais universidades privadas com notas ruins, uma fatia menor delas
aparece no topo do ranking do Enade.

Um terço das graduações oferecidas por instituições públicas tirou notas 4 e 5, o que se repetiu
somente com 10,4% dos cursos privados.

O curso de radiologia do Centro Universitário São Camilo, na cidade de São Paulo, foi o único,
de 1.074 privados avaliados, que recebeu a nota máxima no Enade.

Conceito Enade

Se for considerado o conceito Enade, que mede o desempenho dos estudantes universitários na
prova, o número de cursos com nota máxima aumenta -são quatro.

O aspecto em que as universidades particulares mais se destacam é o que diz respeito ao


conhecimento agregado pelas instituições ao aluno durante o curso, medido pelo conceito IDD
(Indicador de Diferença de Desempenho).

Nesse quesito, 42 cursos de universidades privadas obtiveram nota máxima. Na maioria deles, os
alunos tiraram médias consideradas baixas ou regulares no Enade, mas demonstraram ter
adquirido muito conhecimento durante a sua graduação. É o caso da Unip, a instituição que teve
mais cursos que receberam nota 5 no IDD -são quatro.

Ainda que o chamado “efeito instituição” seja o que reflita uma comparação mais favorável às
universidades privadas, elas estão em situação pior do que as públicas mesmo nesse quesito. Das
instituições privadas avaliadas, 34,8% tiraram as notas mais baixas de acordo com esse critério.
O percentual entre as públicas é de 27%.

Mais qualidade

Especialistas procurados pela Folha disseram que orçamento maior, professores e alunos mais
qualificados e melhor infra-estrutura são os fatores responsáveis pelo desempenho superior das
instituições públicas em geral comparadas às particulares.

“Mais uma vez se verifica que as [instituições] públicas estão muito bem situadas em todos os
cursos, mostrando que, de fato, o sistema público tem grande qualidade”, disse o reitor Amaro
Lins, presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de
Ensino Superior).

Para Roberto Lobo, ex-reitor da USP e consultor na área, algumas universidades públicas se
destacam pela produção de conhecimento. A maioria, no entanto, restringe sua atividade ao
ensino, “o que o setor privado faz”, afirma.

“O setor privado hoje no Brasil não tem condições de investir fortemente em pesquisa, porque
custa muito. Um docente em tempo integral é muito caro, o custo da pesquisa é muito caro”,
avalia Lobo.

Cursos “inadequados” formam 1 em cada 4 médicos do país

Fábio Takahashi e ângela pinho e Antônio Gois

Publicado originalmente na Folha Online

Levantamento divulgado pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país
não têm condições de funcionar, segundo o próprio governo. Dados do Enade mostram que
2.600 alunos cursaram faculdades mal avaliadas. Os cursos tiveram notas 1 e 2 em indicador do
MEC, que leva em conta uma prova, o perfil do corpo docente e a satisfação dos alunos

Essas escolas, na maioria privadas, formam anualmente cerca de 2.600 alunos - um a cada quatro
médicos que concluem o ensino superior na área. Os cursos mal avaliados obtiveram notas 1 e 2
em um novo indicador criado pelo ministério. Esse indicador, o conceito preliminar, vai de 1 a 5
e engloba a titulação de professores, a satisfação dos estudantes e o desempenho dos alunos no
Enade (antigo provão, do qual USP e Unicamp não funcionam).

De 153 cursos de medicina, só 4 tiveram nota 5, como “referências” no setor. Outras 15 áreas
foram avaliadas. O ministro Fernando Haddad prometeu fiscalização mais rígida.
Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina
do país “não têm condições de funcionar”, nas palavras do próprio governo.

Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4
médicos que terminam o ensino superior na área.

Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC
(Conceito Preliminar de Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos
alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil do corpo docente (como titulação dos professores)
e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do Enade.

Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos


universitários na prova.

Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa
“referência na área”.

Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária,
fisioterapia, nutrição, entre outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em
agroindústria.

Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e
21,4% ficaram entre 4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).

A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade
Estadual Paulista também teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito
2). USP e Unicamp não participam do Enade, por não concordar com a metodologia adotada.

Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de “sem condições”: 26 cursos com
nota 2. A Uniban, também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.

Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último
Censo da Educação Superior, com dados de 2006 -o de 2007 ainda não está disponível.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a
fiscalização dos cursos será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de
especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas
vão verificar se as condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.

Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito
continue baixo, o MEC diz que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.

Crítica
“As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas.

Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina”, diz Antonio Carlos Lopes, professor
da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade Brasileira de Clínica
Médica e ex-presidente da Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são
contrárias a avaliações, mas se posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o
conceito preliminar, que consideram “improvisado”.

“Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da
metodologia [utilizada no novo conceito]“, afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das
Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do
setor. Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior) não for totalmente implementado, instituições de ensino superior “serão obrigadas a
mudar seus projetos para transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade”.

• http://douglashrhds.blogspot.com/2008_08_01_archive.html

Terça-feira, 12 de Agosto de 2008

Cursos inadequados forma 1 em cada 4 médicos do país.

Levantamento divulgado pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país
"não têm condições de funcionar", nas palavras do próprio governo. Nessas escolas, cerca de
2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que terminam o
ensino superior na área. Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador
criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar de Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza
desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil do corpo docente
(como titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do
Enade. Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos
universitários na prova. Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a
nota 5, que significa "referência na área". Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria
ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia, nutrição, entre outros). Analisou-se ainda
agronomia, zootecnia e tecnologia em agroindústria. Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram
notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram entre 4 e 5 (1.211 não
tiveram nota, por impossibilidades estatísticas). A Unesp teve o maior número de notas
máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista também teve curso
mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam
do Enade, por não concordar com a metodologia adotada. Maior universidade do país, a Unip
teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban, também entre as
maiores instituições do país, chegou a ter nota 1. Para calcular o número de estudantes
formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da Educação Superior, com
dados de 2006 -o de 2007 ainda não está disponível. O ministro da Educação, Fernando
Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos cursos será mais
rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições que tiraram
notas 1 e 2. O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em
um mês. Elas vão verificar se as condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.
Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito
continue baixo, o MEC diz que abrirá processo para analisar o fechamento do curso. Crítica "As
escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas. Não reúnem a menor condição para o
ensino da medicina", diz Antonio Carlos Lopes, professor da Unifesp (Universidade Federal de
São Paulo), presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da Comissão
Nacional de Residência Médica do MEC. Entidades que representam instituições de ensino
superior privadas disseram que não são contrárias a avaliações, mas se posicionaram contra a
criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar, que consideram "improvisado".
"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e
da metodologia [utilizada no novo conceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum
das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das
instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Superior) não for totalmente implementado, instituições de ensino superior "serão
obrigadas a mudar seus projetos para transformarem-se em cursos preparatórios sobre
Enade". Aluno não trata nem gripe, diz médico Antonio Carlos Lopes, diretor da Sociedade
Brasileira de Clínica Médica, afirma que cursos mal avaliados deveriam ser fechados "Já vi
aluno que passou saliva na agulha [para fazer sutura]. Vi aluno fazer exame ginecológico sem
pôr luva", conta Lopes. O médico Antonio Carlos Lopes, que dirige a Sociedade Brasileira de
Clínica Médica e até o início deste ano presidia a Comissão Nacional de Residência Médica, do
Ministério da Educação, diz que todas as faculdades de medicina mal avaliadas deveriam ser
fechadas. Folha - O Enade mostra que muitas escolas de medicina não têm qualidade...
Antonio Carlos Lopes - As escolas que tiraram conceito 1 deveriam ser fechadas. Folha - Que
problemas têm? Lopes - Não têm hospital próprio, os professores não são titulados e não se
dedicam à pesquisa. Os professores deveriam estar aprendendo. Já vi alunos tendo aula de
anatomia com slide. Conheço uma escola que, por não ter hospital-escola, divide a turma em
três grupos e manda cada um para um hospital diferente. Cada grupo aprende de maneira
distinta. Folha - Como são os alunos? Lopes - Não sabem nem tratar gripe. Vejo isso nas
provas práticas para residência médica. Já vi aluno que, na hora de passar o fio na agulha
[para fazer sutura], passou saliva na agulha. Vi aluno fazer exame ginecológico sem pôr luva.
Já ouvi estudante dizer que o ducto pancreático sai da vesícula. E o pior é que os alunos
depois não vão ter condições de fazer residência num lugar bom. Poderão colocar a vida do
paciente em risco. Folha - Por que existem tantas faculdades ruins no país? Lopes - Em
primeiro lugar, para atender à vaidade dos reitores. Um curso de medicina dá status. Em
segundo, por interesse mercadológico. O aluno paga R$ 3.500 por mês. Escola de medicina dá
dinheiro. Folha - Qual é a solução? Lopes - A situação só vai mudar se elas fecharem. O
ministro da Educação é um indivíduo bem intencionado e trabalhador, mas não sei se tem força
para fechar as escolas ruins. O governo ainda vê a medicina pela janela do gabinete. O poder
[das faculdades] é muito grande. Elas fazem um lobby político, e até partidário, muito forte. É
mais fácil o ministro cair do que fechar uma faculdade. Fonte: Folha de S.Paulo

• http://joaojosefonseca1.blogspot.com/2008/10/nova-lei-dos-
estgio.html

CONSEQUÊNCIAS DA PUBLICAÇÃO DA NOVA LEI DOS ESTÁGIOS

Lei de estágio causa queda em número de vagas

Ambigüidades da nova legislação, em vigor há 45 dias, foram reconhecidas pelo próprio


Ministério do Trabalho

Alexandre Gonçalves e Simone Iwasso, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Em 45 dias, desde que a nova lei de estágio foi sancionada pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, o número de vagas oferecidas no País caiu 40%, de acordo com
levantamento da Associação Brasileira de Estágios (Abres). A oferta caiu de 55 mil postos
mensais para 33 mil.

O motivo, segundo a entidade, é o desconhecimento das novas regras, que têm assustado e
confundido as empresas e as instituições de ensino superior. Apenas o Centro de Integração
Empresa-Escola (Ciee) já fez cerca de 30 mil atendimentos para solucionar dúvidas de
empresários, instituições de ensino e estudantes.

Além disso, a burocracia exigida para adaptar contratos e modificar as propostas pedagógicas
dos cursos torna o processo ainda mais lento. "Acreditamos que levará cerca de dois anos para
que a situação se normalize e a oferta volte ao normal", afirma Seme Arone Júnior, presidente
da Abres. "Isso porque as faculdades não se prepararam e as empresas estão com medo.

Há muita falta de informação", diz ele. Arone Júnior, no entanto, acredita que a lei, apesar da
confusão inicial, será benéfica para os estagiários, que terão mais garantias de respeito ao seu
desenvolvimento educacional. Um dos pontos da lei que provocaram confusão e empacaram
os estágios foi a determinação de que os estágios não obrigatórios constem do projeto
pedagógico dos cursos de graduação - até então, isso não era requisito.

Desse modo, se a instituição ainda não atualizou seu projeto - e em algumas isso é um
processo demorado, que depende de votação em conselhos universitários, por exemplo -, ela
não poderá assinar ou renovar o contrato de estágio do aluno.

Outros pontos polêmicos são a jornada diária da atividade (de 8 para 6 horas semanais), o
tempo de permanência no mesmo estágio (restrito a dois anos) e os benefícios obrigatórios.

O secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Ezequiel Sousa do


Nascimento, afirma que a pasta pretende publicar uma instrução normativa para dirimir as
dúvidas em até 15 dias. "Vamos nos reunir terça e quarta-feira para redigir o texto", diz
Nascimento.

Para tentar acabar com as polêmicas, o Ministério da Educação também se pronunciará


oficialmente. A coordenadora de políticas públicas da Secretaria de Educação Profissional e
Técnica do Ministério da Educação (MEC), Caetana Juracy Rezende Silva, que participou da
elaboração da lei, diz que o MEC enviará até o fim do mês um comunicado às instituições de
ensino com instruções práticas.

APLICAÇÃO - A falta de clareza de alguns artigos é mencionada mesmo por quem defende a
nova lei. Coordenadora dos estágios do curso de Enfermagem do Centro Universitário São
Camilo, em São Paulo, Taís Fortes considera a lei um avanço por dificultar a utilização do
estagiário como mão-de-obra barata. Mas tem dúvidas.

Ela não sabe, por exemplo, se o artigo 14, que afirma se aplicar "ao estágio a legislação
relacionada à saúde e segurança no trabalho", implica a exigência de exames médicos
admissionais e demissionais. Caetana explica que a intenção desse artigo não era exigir esses
exames, mas garantir aos estagiários os instrumentos e procedimentos de segurança utilizados
pelos funcionários da empresa.

A gerente jurídica e de desenvolvimento de projetos sociais do Ciee, Maria Nilce Mota,


comemora a interpretação de Caetana, mas afirma que, até a publicação da instrução
normativa, a entidade vai recomendar às empresas, de forma preventiva, a realização dos
exames.
Maria Nilce considera que a diminuição na oferta de vagas é apenas temporária e só vai durar
até as empresas e instituições fazerem os ajustes.

O assessor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino


Superior no Estado de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, afirma que a lei mais
atrapalha do que ajuda os estagiários.

Ele argumenta que a nova lei engessa as relações entre estudante, escola e empresa. "Alguns
estágios tornam-se inviáveis com a carga horária de seis horas e o período máximo de dois
anos na mesma empresa." Ele afirma que não seria necessário criar uma nova lei: bastaria
fiscalizar as condições de atividade dos estagiários.

Caetana entende que, no início, a lei pode dar a impressão de que prejudica o estagiário.
"Afinal, alguns se submetem a um estágio precário porque precisam da remuneração", aponta.
"Mas, depois, é fácil compreender que todos são beneficiados quando não se reforça a
precarização das condições de trabalho."

Postado por João José Saraiva da Fonseca em 5 de outubro de 2008 e re-postado em 26 de


novembro de 2008

• http://juliomoraes.blogspot.com/2008_08_01_archive.html

 
O Lado A e B da Saúde no Brasil.  
07Ago2008 Escrito por Julio Moraes às 12:48 PM Pub's: Cotidiano, Saude

Lado A

O Ministério da Saúde esta promovendo, de terça-feira (5) até o dia 8 de agosto, a III Mostra Nacional
de Produção em Saúde da Família, em comemoração aos 15 anos do programa. O evento acontece no
Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, e terá a participação de 6 mil pessoas. No
encontro, serão exibidos trabalhos acadêmicos e das equipes do programa. Foram inscritos 4.490
estudos e 3.665 foram selecionados para a apresentação.

A Saúde da Família é uma estratégia criada em 1993 pelo Ministério da Saúde e mudou o modelo de
atenção à saúde no país. Uma equipe multidisciplinar, responsável por até 4.000 habitantes, realiza
ações de promoção da saúde, prevenção e assistência, atuando na recuperação e reabilitação nos casos
de doenças. Com isso, houve redução no movimento nas emergências e nos problemas de saúde. As
equipes são compostas por um médico de família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e de seis
a dez agentes comunitários de saúde. Quando ampliada, conta ainda com: um dentista, um auxiliar de
consultório dentário e um técnico em higiene dental.

“Teremos um grande painel para propiciar a troca de experiências entre as equipes, entre os gestores
do sistema de saúde e entre a academia brasileira, e assim será possível conseguir nos atualizar e
nortear os rumos da atenção primária no Brasil”, afirma o coordenador do evento, Antônio Dercy
Silveira Filho, do Departamento de Atenção Básica.

Os temas são bastante diversificados: Assistência na Atenção Básica, Avaliação e Monitoramento,


Controle Social e Cidadania, Gestão da Saúde, Integralidade da Atenção, Intersetorialidade na Atenção
à Saúde, Processos de Educação e Formação em Saúde, Promoção da Saúde, Tecnologias de Cuidado
em Saúde e Vigilância em Saúde.

Lado B

Incrivelmente enquanto isto um levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que
27 cursos de medicina do país "não têm condições de funcionar", nas palavras do próprio governo.

Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que
terminam o ensino superior na área.

Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito
Preliminar de Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade
2007 (antigo Provão), perfil do corpo docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos
estudantes, com base no questionário do Enade.

Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na
prova. Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa
"referência na área".

Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária,
fisioterapia, nutrição, entre outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em
agroindústria.

Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4%
ficaram entre 4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas). A Unesp teve o maior
número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista também teve
curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam do
Enade, por não concordar com a metodologia adotada.

Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A
Uniban, também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1. Para calcular o número de
estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da Educação Superior, com
dados de 2006 -o de 2007 ainda não está disponível. O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse
que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos cursos será mais rígida. O próximo passo será
enviar uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão
verificar se as condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores. Uma das maiores
reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito continue baixo, o MEC diz
que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.

Crítica

As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas. Não reúnem a menor condição para o ensino da
medicina", diz Antonio Carlos Lopes, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo),
presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da Comissão Nacional de
Residência Médica do MEC.

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a
avaliações, mas se posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar,
que consideram "improvisado".

"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da
metodologia [utilizada no novo conceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das
Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do setor.
Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for
totalmente implementado, instituições de ensino superior "serão obrigadas a mudar seus projetos para
transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade.
Como confiar nos projetos do governo quando proprio diz: "Cuidado, nem todos médicos estão
preparados para cuidar de você"?

• http://oglobo.globo.com/blogs/educacao/default.asp?a=364&periodo=
200903
Enviado por Demétrio Weber -

2/3/2009 
-

17:01 

Universidades dizem não temer auditoria no ProUni 
A Associação Brasileira de Mantenedores do Ensino Superior (ABMES), entidade que reúne os donos de
instituições privadas, diz não temer a fiscalização que será realizada pelo MEC no Programa
Univesidade para Todos, o ProUni.

O advogado e consultor da ABMES José Roberto Covac, lembra que a pré-seleção de estudantes é feita
pelo Ministério da Educação.

— As instituições de ensino não vão ter nenhum problema. Quem pré-seleciona os estudantes é o
MEC— diz Covac.

Para pleitear uma bolsa, o candidato é obrigado a fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A nota mínima para ser contemplado é 45 pontos, na escala até 100. Quem está nessa situação se
inscreve na página do MEC, na internet.

O sistema é eletrônico e controlado pelo ministério. As instituições entram na fase seguinte, na hora de
verificar a documentação dos alunos, inclusive o comprovante de renda.

Covac admite que há vagas do ProUni que acabam não sendo preenchidas.

Isso ocorre, segundo ele, por falta de estudantes aptos a receber a bolsa ou que se matriculam e depois
desistem por falta de dinheiro para despesas de alimentação, transporte e material didático.

— As instituições cumprem a sua parte na concessão das bolsas, mas não há recursos para que os
alunos se mantenham — diz Covac.

Para ser contemplado com bolsa integral, o estudante deve ter renda familiar máxima de um e meio
salário mínimo mensal (R$ 697,50); para bolsas de 50%, o limite é de três salários mínimos (R$ 1.395).

Na semana passada, o presidente Lula deu a entender que o MEC estaria preparando mudanças no
ProUni para mais do que dobrar o número de bolsistas.
O ministério negou qualquer mudança no programa, dizendo que a expansão a que se referiu o
presidente engloba o aumento de vagas nas universidades federais, nos institutos federais de tecnologia
e no programa de Financiamento Estudantil (Fies).

O texto abaixo fala sobre a fiscalização que terá início nas próximas semanas.

• http://redacaovest.blogspot.com/2008_08_01_archive.html

Quinta­feira, 7 de Agosto de 2008 
SP tem a sexta pior avaliação do Brasil

O Estado de São Paulo teve a sexta pior avaliação no conceito Enade no país. A classificação
considera esse conceito, calculado somente a partir do resultado da prova, sem considerar
outros indicadores educacionais. São Paulo ficou atrás apenas dos Estados de Alagoas, Rio de
Janeiro, Amazonas e Paraíba e do Distrito Federal.
Dos 731 cursos que receberam nota em São Paulo, 208, ou 28,5%, obtiveram notas 1 e 2 em
uma escala de 1 a 5.
São Paulo fica em 18º lugar na lista dos Estados com maior percentual de cursos com notas
máximas: apenas 14,6% obtiveram conceito Enade 4 e 5. Sob esse critério, o ensino superior
paulista está atrás de unidades da federação mais pobres, como Rio Grande do Norte, Acre e
Piauí --elas, por outro lado, têm menos cursos universitários. O Rio Grande do Sul é o Estado
com mais cursos com as notas máximas --32,2%.
O secretário de Ensino Superior do Estado de São Paulo, Carlos Vogt, foi procurado ontem
pela reportagem. Assessores disseram que ele não poderia falar porque estava em
compromissos. As três universidades estaduais de São Paulo (USP, Unesp e Unicamp) estão
ligadas à secretaria.
A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) não aderiu ao Enade sob o argumento de
que o exame não é obrigatório.
"Para essa decisão, a Unicamp levou em conta que a lei 10.861 não é mandatória em relação
às universidades estaduais paulistas, uma vez que a Lei de Diretrizes e Bases define
claramente esferas de competência", diz a Unicamp em nota.
A USP (Universidade de São Paulo) também não participa da avaliação e não quis se
manifestar a respeito de não participar da avaliação do MEC.
A Unesp, a única estadual a participar do exame do ministério e que tem seis cursos entre os
nove mais bem avaliados no Estado, atribui o que chama de "ótimo resultado" ao "trabalho
sistemático das coordenações de cursos e também à qualificação dos profissionais".
Em Rio Claro, no entanto, a universidade teve nota 2 para o curso de educação física. "Os
cursos que não tiveram conceito ótimo ou bom foram aqueles nos quais provavelmente houve
resistência, por parte de um número expressivo de alunos, em participar dessa avaliação".
Postado por carla chinaglia às 13:03 0 comentários

Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país


Publicidade

Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina
do país "não têm condições de funcionar", nas palavras do próprio governo.
Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4
médicos que terminam o ensino superior na área.
Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC
(Conceito Preliminar de Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos
alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil do corpo docente (como titulação dos
professores) e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do Enade.
Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos
universitários na prova.
Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa
"referência na área".
Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária,
fisioterapia, nutrição, entre outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em
agroindústria.
Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e
21,4% ficaram entre 4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).
A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade
Estadual Paulista também teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito
2). USP e Unicamp não participam do Enade, por não concordar com a metodologia adotada.
Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com
nota 2. A Uniban, também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.
Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último
Censo da Educação Superior, com dados de 2006 --o de 2007 ainda não está disponível.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a
fiscalização dos cursos será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de
especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.
O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês.
Elas vão verificar se as condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.
Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito
continue baixo, o MEC diz que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.

Crítica
"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas. Não reúnem a menor condição para o
ensino da medicina", diz Antonio Carlos Lopes, professor da Unifesp (Universidade Federal de
São Paulo), presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da Comissão
Nacional de Residência Médica do MEC.
Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são
contrárias a avaliações, mas se posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o
conceito preliminar, que consideram "improvisado".
"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e
da metodologia [utilizada no novo conceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum
das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das
instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Superior) não for totalmente implementado, instituições de ensino superior "serão
obrigadas a mudar seus projetos para transformarem-se em cursos preparatórios sobre
Enade".

• http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=1184
2

Cotas da discórdia
Instituições de ensino superior batalham para conseguir a mudança na base de cálculo da Lei de Cotas
para a contratação de deficientes

Rachel Bonino

Desde 1991, a Lei de Cotas (nº 8.213) determina que todas as empresas brasileiras com mais de cem funcionários
devem ter de 2% a 5% de deficientes contratados no seu quadro de funcionários. Segundo o IBGE, os portadores de
algum tipo de deficiência representam 14,5% da população. Passados 15 anos da entrada em vigor da lei, gestores
de empresas dos mais variados setores apontam uma série de empecilhos que inviabilizam sua colocação em
prática. O setor do ensino superior não fica de fora.

Diferentemente de outras empresas, nas quais normalmente se contrata alguém por período integral, nas
instituições de ensino o que prevalece entre professores é o regime de hora-aula. Por causa desse sistema, as IES
possuem um número elevado de empregados contratados e, portanto, um índice alto de registros no Cadastro Geral
de Empregados (Caged ), usado como base de cálculo pela lei. Essa conta torna obrigatório empregar uma
quantidade maior de deficientes, o que, segundo as IES, é muito difícil dada a escassez de mão-de- obra qualificada
no mercado. "Se eu tenho mil professores, terei de contratar 50 com necessidades especiais. Eles têm que ter
especialização, o que é difícil de encontrar atualmente", analisa José Roberto Covac, assessor jurídico do Sindicato
das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp).

Outra peculiaridade do regime de contratação nas IES é o fato de o coordenador de curso ser também professor e
ter dois contratos junto à instituição, por força do que estabelece a convenção coletiva de trabalho. Sendo assim, ele
representará dois registros no Caged, elevando ainda mais a cota que a IES deverá reservar à contratação de
deficientes.

"Trata-se de uma lei burra, pois não há a previsão de uma regulamentação das exceções. De fato, existem setores
que têm muita dificuldade de cumprir a lei pelo ramo de atividade que exercem", explica o advogado trabalhista
Gustavo Granadeiro Guimarães. Ele cita, como exemplo, as empresas de siderurgia, que podem colocar em risco os
deficientes recrutados por força da lei. No caso das IES, o que emperra muitas vezes a contratação é, como já foi
dito, a baixa qualificação dos candidatos, principalmente para ocupar as vagas de professores. São postos de
trabalho que exigem, no mínimo, um diploma de mestrado, qualificação rara entre os deficientes.
Mesmo com as distorções apontadas, a lei está em vigor e há poucas opções senão cumpri-la. Para não atuarem na
ilegalidade, as IES têm buscado maior flexibilidade na sua interpretação. A proposta, no entanto, vem encontrando
resistência no Ministério Público do Trabalho (MPT), um dos responsáveis por fiscalizar as relações entre
empregados e empregadores.

"O MPT entende que existem certos cargos em que é mais difícil encontrar profissionais capacitados. Mas entende
que também é difícil encontrar pessoas que não tenham deficiência com qualificação exigida", argumenta a
procuradora Adélia Augusto Domingues, que compõe o Núcleo de Combate à Discriminação da Procuradoria
Regional do Trabalho da 2ª Região, setor da Justiça do Trabalho que abrange a Região Metropolitana de São Paulo
e a Baixada Santista. "Já imaginou se cada categoria que tiver dificuldade em contratar deficientes capacitados pedir
para alterar a base de cálculo?"

Segundo a procuradora, as empresas têm uma responsabilidade social. "Se não encontram mão-de-obra
qualificada, elas têm que qualificar esta mão-de-obra", indica. Ela cita o caso de outras empresas fora do ramo da
educação que destinaram verbas para a capacitação, como bancos e hospitais.

Atualmente, o Ministério Público do Trabalho tem em andamento 327 procedimentos


de investigação contra empresas de todos os setores para averiguar a contratação de
deficientes. Já foram lavrados 269 termos de compromissos de ajustamento de
conduta, pelos quais as empresas estabelecem metas para cumprir a lei. O MPT já
propôs na Justiça 25 ações civis públicas contra quem não se adequou. Dados da
Delegacia Regional do Trabalho em São Paulo, órgão do Ministério do Trabalho,
apontam que cerca de 45% das empresas privadas do Estado de São Paulo - em
todas as áreas - ainda não cumprem as cotas.

Os acordos são um caminho para obter um respiro na disputa com Ministério Público
do Trabalho, aponta o advogado trabalhista Gustavo Granadeiro Guimarães. Ele
entende que há pouco espaço para flexibilização da regra. "Não cabe ao MP julgar a
lei, o papel dele é fazer cumprir a lei. O que pode dar uma amenizada no rigor são os
acordos com os sindicatos das categorias para que haja um período de adaptação ou
para que a empresa monte cursos de capacitação profissional", diz.
Sebastião Lacarra, da UnG:
deficiente promovida a ombudsman
da instituição

Negociação

Para dar uma solução ao caso sem que seja necessário alterar a lei, as instituições de ensino organizaram uma
Comissão Permanente de Negociação, composta pelo Semesp e por entidades que representam os funcionários:
Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar de São Paulo (Saaesp), Federação dos Trabalhadores em
Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Fetee) e Federação dos Professores do Estado de São Paulo
(Fepesp).

A proposta sugere a mudança na interpretação da lei. Pretende usar como referência para a base de cálculo a carga
horária semanal, e não mais o Caged. Diversas reuniões já foram realizadas com a Delegacia Regional do Trabalho,
que se mostrou aberta ao diálogo, segundo o assessor jurídico do Semesp José Roberto Covac. Um encontro com o
Ministério Público do Trabalho foi realizado no dia 25 de julho último. Ficou estabelecido o prazo de 30 dias para
uma resposta ao acordo coletivo proposto pela comissão. Três dias antes do cumprimento do prazo, no entanto, o
Semesp foi surpreendido por um ofício de repúdio ao acordo assinado por Roberto Rangel Marcondes, procurador-
chefe do MPT na 2ª Região.

Em reunião posterior com a Delegacia Regional do Trabalho, ficou acertada a marcação de novo encontro com o
MPT. Procurada pela reportagem, a sub-delegada da DRT, Maria Elena Taques, que está acompanhando o caso, é
cuidadosa ao falar sobre o assunto, já que o processo ainda está em andamento. Ela confirma que uma nova
reunião será marcada para outubro, mas evita detalhar a posição do órgão na negociação. "A função do DRT é de
aproximar as partes", afirma.
"Houve uma evolução da discussão junto à Delegacia Regional do Trabalho. Mas não adianta fazer um acordo com
a Delegacia se não há a concordância do MP", aponta Covac. Na prática, o que acontece é que os órgãos
envolvidos são independentes e entendem de formas diferentes a aplicação da lei. O advogado lembra que, mesmo
que seja firmado um acordo com a DRT, o MP pode pedir sua anulação na Justiça, como aliás já afirmou que faria o
procurador-chefe, no ofício citado anteriormente. "Há dissonâncias entre os órgãos", diz o advogado.

A discussão sobre o cumprimento da lei ganhou corpo há cerca de três anos quando as Delegacias Regionais do
Trabalho começaram a fiscalizar as instituições de forma sistemática, realizando termos de compromissos de
ajustamento de conduta e, até mesmo, autuando as IES. Segundo Covac, uma única multa pode chegar a R$ 1,5
milhão.

Enquanto não se chega a um acordo sobre a mudança na base de cálculo, algumas instituições se mobilizam para
dar soluções internas ao caso. A Universidade de Guarulhos, multada em R$ 90 mil este ano, está alterando layouts
de departamentos e remanejando alguns quadros de funcionários para atender à legislação. "Estamos transferindo
algumas funções para outros funcionários, e deixando livres outras, como aquelas de teleatendimento, nas quais o
funcionário só precisa atuar em frente ao micro", afirma Sebastião Lacarra, pró-reitor administrativo da UnG.
Segundo o dirigente, nenhuma nova vaga foi criada para abrigar os deficientes. Um dos últimos reposicionamentos
colocou uma funcionária cega no cargo de ombudsman na secretaria-geral da
instituição.

A Universidade de Guarulhos contrata hoje 23 empregados com deficiência. Pela lei,


sua cota deveria ser de 55. "Como educadores poderíamos prepará-los para irem para
o mercado de trabalho. Isso poderia nos ser exigido. Sendo assim, não deveríamos ter
também a função de contratar. A lei deveria cobrar de outra forma as empresas que já
fazem capacitação", sugere Lacarra.

A Unicsul enfrenta problema parecido. Lá, atualmente existem sete funcionários com
deficiência, quando a lei indicaria a contratação de 43. A instituição já foi autuada no
final do primeiro semestre - o valor não foi revelado. Para Valéria Cristina Fidélis,
supervisora de planejamento de RH da universidade, os departamentos técnicos e
administrativos são os que concentram a maior parte dos atuais empregados
deficientes. "É raro aparecer esse profissional mais qualificado", afirma.

Além do trabalho interno de comunicar a abertura de processos de seleção - que são


abertos para profissionais com ou sem deficiência -, a instituição faz a divulgação Valéria Fidélis, da Unicsul:
externa, em jornais, e contato com organizações não-governamentais e entidades que departamentos administrativos são os
apóiam o deficiente. Mas nem sempre obtém resultados satisfatórios: "O retorno [das que mais abrigam deficientes
entidades] é muito baixo às nossas ofertas", afirma.

• http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=11887

Promessa de agilidade
Novo sistema eletrônico do Ministério da Educação promete dinamizar e tornar transparentes os processos
de credenciamento, autorização e reconhecimento de cursos. O setor comemora a novidade, mas também
critica alguns itens da ferramenta

Fabiana Lopes

Em maio de 2006, quando entrou em vigor o Decreto 5.773/06, que trata do exercício das funções de regulação,
supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no
sistema federal de ensino, o Ministério da Educação tomou, entre outras medidas, a decisão de dinamizar e tornar
mais transparente o processo de credenciamento, recredenciamento de instituições e reconhecimento de cursos.
Até então, os processos eram acompanhados pelo sistema eletrônico Sapiens, mas a maior parte dos autos
continuava em papel, o que representava um atraso tanto para o Ministério quanto para as instituições.

A busca pela agilidade no processo resultou no sistema e-MEC, que permite, por via totalmente eletrônica, o
credenciamento, renovação, autorização e reconhecimento de cursos das instituições de ensino superior privadas.
Para as instituições públicas, a ferramenta permite apenas o reconhecimento e a renovação das graduações. O
novo sistema, que deve estar disponível até o final de março, tem como base a certificação eletrônica e foi
desenvolvido pela coordenação geral de informática do Ministério da Educação, de modo que seja possível a
comunicação com outros sistemas e que a tecnologia seja reutilizada para procedimentos similares em outras
secretarias do Ministério. Por meio de um cadastro, tanto a instituição quanto o Ministério da Educação movimentam
o processo com assinatura digital. Assim, qualquer internauta pode consultar o andamento dos pedidos, saber em
que fase estão e em qual setor ou departamento do Ministério. "O processo eletrônico é o mais simples, mais
racional e transparente, porque pode ser consultado pela internet", afirma Maria Paula Dallari Bucci, consultora
jurídica do MEC. Segundo ela, a partir de agora será possível fornecer as informações para os interessados e
estudantes diretamente, sem a necessidade de intermediação do Ministério. "O fornecimento de informações se
torna mais efetivo, porque você supera o problema do MEC de ter pouco pessoal para processar esse material
todo", diz Maria Paula.

O sistema está dividido em dois menus principais: credenciamento e autorização de curso. Depois de preencher
todos os dados da mantenedora e da mantida, o representante da instituição pode acessar o menu de
credenciamento, cuja tela principal é a do PDI (Planejamento do Desenvolvimento Institucional). Nessa tela, são
exigidas informações como perfil institucional; projeto pedagógico; implantação e desenvolvimento da instituição
(programa de abertura de curso de graduação e seqüencial e de pós-graduação e extensão); organização didático-
pedagógica da instituição; perfil do corpo docente; organização administrativa da instituição; infra-estrutura e
instalações acadêmicas; e demonstrativo de capacidade e sustentabilidade financeiras, além de documentos como
texto do regimento/estatuto, situação legal, regularidade fiscal e demonstração de patrimônio.

Já no menu de autorização de curso, são solicitadas informações como denominação do curso, projeto pedagógico,
tipo e modalidade, local de oferta, número total de vagas ao ano, carga horária do curso, turno de funcionamento e
dados do coordenador. "Depois de tudo preenchido, o sistema faz tramitar eletronicamente. Primeiro acontece a
análise documental, depois o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) lança
seu parecer de avaliação no sistema eletrônico e, em seguida, a Secretaria de Educação Superior (SESu) emite o
parecer final e dá a decisão", afirma Maria Paula. "A instituição recebe um e-mail ou comunicação e tem um prazo
para responder, para que o andamento do processo seja retomado. O fluxo é todo feito no processo eletrônico",
explica.

Segundo a consultora jurídica do Ministério, foram realizadas algumas modificações em relação ao procedimento
utilizado anteriormente. Antes, o MEC exigia, por exemplo, a demonstração da regularidade fiscal dos cursos e das
instituições. Agora, a exigência é apenas em relação às instituições. Outras simplificações também vão acontecer no
cenário da avaliação. Os processos de avaliação das instituições de ensino superior e dos cursos de graduação
feitos pelo Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) também devem
ser integrados ao sistema e-MEC. "A tarefa do processo eletrônico é colocar tudo isso junto, funcionando de uma
maneira racional e econômica", diz Maria Paula Dallari. "Não instituímos requisitos novos e nada que pudesse
onerar mais o processo", afirma.

Uma das principais críticas ao sistema e-MEC é o fato de não incluir os processos de credenciamento e autorização
antigos e de faltar, apesar do esforço, uma real integração de cadastros entre a nova ferramenta e o sistema
Sapiens, entre outros, o que causaria, segundo os críticos do setor, a obrigatoriedade de informar os mesmos dados
ao Inep e ao e-MEC. O prazo para preenchimento de formulários de avaliação, anteriormente de 30 dias, agora é de
15 dias, o que também gerou críticas. "O prazo de 30 dias é o mais adequado", afirma José Roberto Covac,
consultor jurídico do Semesp, em documento encaminhado ao Ministério da Educação. O documento foi elaborado
com base nas oficinas sobre a ferramenta ministradas pelo Ministério.

Uma das críticas é a não inclusão dos processos de credenciamento e autorização antigos e a falta de integração
com o Sapiens.
Segundo o documento, as instituições também deverão providenciar outra certificação digital, já que a atual não
serve para o acesso ao e-MEC. Também será necessário, agora, limitação de espaço para incluir documentação. No
Sapiens, a limitação não existia. "Será necessário verificar se os técnicos não vão questionar se as informações são
muito resumidas", diz Covac.

Para José Roberto Covac, outras falhas no sistema são referentes aos cursos seqüenciais - que, na sua opinião,
deveriam ter o mesmo tratamento dos tecnológicos, com reconhecimento por área, não por curso. Segundo ele,
ainda não estão definidos prazos de análise, parecer, nomeação de comissão em nenhuma das etapas. Após
concluído o processo de autorização de curso, a SESu terá prazo de 30 dias para publicar a portaria de autorização
ou não-autorização. "Mas o dirigente da IES saberá em que setor está tramitando o processo e quanto tempo está
no setor sem análise. Assim, poderá haver processo de responsabilização dos funcionários que não cumprirem
prazos", acredita José Roberto Covac. Os prazos a que o consultor jurídico se refere são os definidos na Lei
9.784/99, cujo cumprimento é a principal reivindicação do setor.

Na opinião de Marcos Zacarin, diretor administrativo da Uniban, o sistema e-MEC


promoverá a transparência nos processos administrativos e o efetivo cumprimento dos
princípios que norteiam a Administração Pública Federal, previstos na Lei 9.784/99. "Os
prazos contemplados em Portarias e Resoluções ou, na falta de previsão, na Lei 9.784/99,
agora deverão ser também rigorosamente observados pelo MEC, CNE, Inep e Capes",
afirma Zacarin. "O sistema e-MEC facilitará o controle de legalidade dos atos
administrativos expedidos pela Administração Pública Federal", acredita. Segundo ele, o
principal fator prejudicial às instituições no sistema antigo era justamente a falta de rigor no
cumprimento de prazos pelo MEC. Afinal, ele afirma, até então a instituição tinha pouco
acesso ao andamento dos processos administrativos. "Se o MEC não cumprir prazos, agora
eu vou poder cobrar. É um grande passo", comemora.
Zacarin: mais transparência
nos processos administrativos
Segundo Wilson Tadini, pró-reitor de pesquisa e pós-graduação do Centro Universitário de
Rio Preto (Unirp), o sistema representa, de fato, o cumprimento efetivo da Lei 9.784/99. "É um avanço muito
significativo e necessário. Agora podemos contar com a fixação de prazos, que até então só eram cobrados das
instituições." Ele acredita, entretanto, que serão necessários muitos avaliadores para que o sistema funcione com
eficiência. "Mas ao menos saberemos com que comissão está o pedido. O e-MEC criou bancos de dados muito
interessantes. Se for bem administrado, vai ser bom para as instituições e para o próprio ministério", diz.

AS NOVAS EXIGÊNCIAS DO E-MEC

Credenciamento

- perfil institucional;
- projeto pedagógico;
- implantação e desenvolvimento da instituição (programa de abertura de curso de graduação e seqüencial e de pós-
graduação e extensão);
- organização didático-pedagógica da instituição;
- perfil do corpo docente;
- organização administrativa da instituição;
- infra-estrutura e instalações acadêmicas;
- demonstrativo de capacidade e sustentabilidade financeiras;
- texto do regimento/estatuto;
- situação legal;
- regularidade fiscal;
- demonstração de patrimônio.

Autorização de curso

- denominação do curso;
- projeto pedagógico;
- tipo e modalidade;
- local de oferta;
- número total de vagas ao ano;
- carga horária do curso;
- turno de funcionamento;
- dados do coordenador.

• http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=11900
REVISTA - EDIÇÃO 101

Gestão e transparência são fundamentais

Vinícius Gorgulho

É consenso entre os analistas que, apesar de todas as teorias e metodologias, só a concretização de uma transação
define, de fato, o valor de uma instituição. "O valor final de compra vai depender mesmo da força de negociação
entre as partes, da relação entre oferta e demanda e de outros aspectos qualitativos ou subjetivos", analisa Souza
Neto.

Nesse âmbito, a gestão profissional e a transparência são consideradas preponderantes para valorizar uma
instituição numa transação. "Se a intenção é vender ou se fundir com outras instituições, é fundamental não ter
'esqueletos', como são chamados os passivos ocultos das empresas. Para evitar isso, é preciso fazer auditorias
tributárias, trabalhistas, acadêmicas e cíveis, ou seja, sob o aspecto do consumo, do produto oferecido. Os alunos
não são bobos e a lei do consumidor está aí para protegê-los", afirma José Roberto Covac, consultor jurídico do
Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp).

Covac chama a atenção dos mantenedores para a necessidade de capacitar os coordenadores de cursos e
profissionalizá-los como gestores de projetos, que levem em consideração aspectos gerenciais, acadêmicos e de
mercado.

Marcos Gregori concorda e complementa. "Profissionalizar a gestão, para reduzir a inadimplência, modernizar a
atuação com reformulação curricular e capacitar os gestores dos cursos são passos importantíssimos para quem
planeja uma fusão e venda, ou até para quem administra uma IES para gerar valor aos seus acionistas. Além das
auditorias de diversas ordens, não é possível continuar sem elaborar um plano de negócios completo, fazer uma
apresentação da instituição formatada, a contratação de um bom assessor financeiro que possa conduzir e planejar
a negociação e adotar a governança corporativa."

Veja tabela

Apontada por dez entre dez analistas como item de necessidade básica de qualquer instituição, a governança
corporativa é uma série de práticas calcadas na transparência na gestão, na elaboração de relatórios financeiros
fiéis, na estrutura societária e no respeito aos sócios minoritários. De acordo com o Instituto Brasileiro de
Governança Corporativa (IBGC), o termo designa "o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas,
envolvendo os relacionamentos entre Acionistas/Cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria
Independente e Conselho Fiscal. As boas práticas de governança corporativa têm a finalidade de aumentar o valor
da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua perenidade".

Duque Estrada é categórico. "Tudo começa com uma mudança de cultura, que inclua visão de negócio e
governança. Sem isso, a chance de morrer na praia é grande. Quanto mais transparentes, enxutos, eficazes e
eficientes são os processos de uma empresa, obviamente, mais ela vai valer."
Veja também:
Quanto vale uma instituição?
Especialistas ensinam a fazer a conta
A consolidação do mercado
Reforma universitária volta ao ponto zero
A era do capital aberto

• http://www2.camara.gov.br/comissoes/cec/cobertor-curto-para-
financiamento-das-anuidades-
do/?searchterm=José%20Roberto%20Covac
Cobertor curto para financiamento das anuidades do Ensino Superior  
04/07/2008

O cobertor é curto para que os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) sejam
utilizados para pagar anuidade do ensino superior, contrariando o PL 5.706/2005, do Senador
Leomar Quintanilha, que abre esta alternativa para alunos carentes e que está sendo relatado pelo
deputado Lira Maia (DEM/PA), na Comissão de Educação e Cultura da Câmara.

A discussão sobre este tema aconteceu na última terça-feira, na audiência pública promovida
pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara, por iniciativa do deputado Pedro Wilson
(PT/GO). O FAT destina 20% para a Desvinculação das Receitas da União (DRU). Dos 80%
restantes, 60% vão para Programas de Pagamentos de Benefícios, como seguro-desemprego e
abono salarial, e 40% para o Programa de Desenvolvimento Econômico do BNDES. "Ou se
reduz a despesa ou se aumentam os impostos. No segundo caso, ninguém quer", afirmou o
presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e
representante do Ministério do Trabalho e Emprego, Luiz Fernando de Souza Emediato.

O uso dos recursos do FAT está longe de se tornar uma realidade para bancar a anuidade escolar.
A receita do FAT, que era de R$ 23 bilhões em 2004, pulou para R$ 29 bilhões ano passado. A
despesa cresceu ainda mais. Em 2004 era de R$ 16 bilhões e em 2007 chegou a R$ 26 bilhões.
As projeções sinalizam um déficit a partir de 2010. Em 2011, prevê-se uma receita de R$ 41
bilhões, contra R$ 45 bilhões de despesa. O aumento no repasse para o seguro-desemprego e
abono salarial serão os grandes responsáveis por este número negativo daqui a três anos.

Na outra ponta, os números também não são generosos. Dos cerca de 3,7 milhões de jovens que
se inscreveram no ENEM, em 2006, apenas 1,4 milhão ingressaram no ensino superior. "Há uma
população de 2,3 milhões de jovens sem acesso a essa modalidade de ensino, possivelmente
porque lhes faltam recursos financeiros para custear seus estudos", conta o membro do Conselho
da Presidência da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abms) e reitor do
Centro Universitário de Maringá, Wilson de Matos Silva. . "Existe uma necessidade premente de
viabilizar fundos que possam financiar os estudos da população de baixa renda", acrescentou.

Como a meta do Plano Nacional de Educação é de promover a oferta de educação superior para
30% dos jovens, com um incremento de 5 milhões de novos estudantes, seria necessário,
tomando por base a anuidade média de R$ 7 mil, R$ 28 bilhões ao ano, por quatro anos,
totalizando cerca de R$ 112 bilhões, que deveriam permanecer no sistema para financiamentos
futuros. Por mais que o Governo Federal se esforce para abrir novos cursos, inaugurar novas
universidades públicas e abri-la à noite não será o suficiente para atender a demanda daqueles
que querem ingressar no ensino superior.

A necessidade de se buscar novas formas de financiamento para custear as anuidades da


educação superior é uma das metas da Comissão, destaca o presidente deputado João Matos
(PMDB/SC). "Não existe programa de inclusão social que supere um projeto de educação com
qualidade", acrescenta. "O índice de inclusão de alunos no ensino superior brasileiro é reduzido",
reconhece o Consultor Jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos
de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac.

• http://www.direito2.com.br/acam/2007/mai/31/associacao-
educacional-explica-inadimplencia-do-setor

Associação educacional explica inadimplência do setor

Por: Agência Câmara


Data de Publicação: 31 de maio de 2007

Envie para:

Índice Texto Anterior | Próximo Texto

Links Patrocinados

O diretor-executivo da Associação Brasileira de Mantenedores do Ensino Superior (Abmes), José Augusto Padilha, afirmou
que o endividamento do setor deve-se à inadimplência dos alunos, cujo índice, segundo ele, chega a 30%. "A redução no
faturamento fez as instituições ficarem inadimplentes com alguns impostos", disse.

O presidente da Associação Brasileira de Direito Educacional (ABDE), José Roberto Covac, criticou o aumento da
participação das instituições de ensino superior no risco de inadimplência do Fundo de Financiamento ao Estudante do
Ensino Superior (Fies) de 5% para 50%, previsto no Projeto de Lei 920/07 . Durante audiência pública promovida pela
Comissão de Educação e Cultura, Covac disse que as escolas precisariam manter estruturas de Serviço de Proteção ao
Crédito (SPC) e Serasa internamente para avaliar o risco de inadimplência do aluno.

Para o deputado Átila Lira (PSB-PI), a inadimplência deve-se ao desemprego e ao baixo salário dos estudantes. "O salário
hoje é equivalente a uma mensalidade", comparou.

O relator do projeto na comissão, deputado Rogério Marinho (PSB-RN), ressaltou que é a favor do aumento da
responsabilidade das faculdades. O parlamentar, porém, defendeu que o novo índice fique abaixo de 50%.

Sobra de vagas

O senador Wilson Matos (PSDB-PR), que compareceu ao debate, apontou que há 2 milhões de jovens fora da universidade
ao passo que sobram vagas financiadas pelos dois principais programas federais de inclusão universitária. De acordo com
o deputado Rogério Marinho, das 100 mil vagas oferecidas no Fies ano passado, apenas 58.307 foram preenchidas. No
ProUni sobraram 11.057 vagas para o primeiro semestre de 2007.

Matos afirmou que, no caso do ProUni, o problema é o exame seletivo. "Todos os alunos que concluem o ensino médio
deveriam ter direito a cursar o ensino superior. As deficiências do aluno são culpa do próprio Estado. Portanto, não faz
sentido puni-lo", disse.

Marinho destacou ainda que os estudantes estão com dificuldades para conseguir fiador para ter acesso ao Fies. Ele
defendeu sua proposta de instituir a figura do "fiador solidário", um sistema em que um grupo de quatro seja fiador um do
outro entre si como alternativa ao sistema atual, em que o fiador é um terceiro com renda e bens suficientes para pagar o
financiamento estudantil.

Reportagem - Edvaldo Fernandes

Edição - Regina Céli Assumpção

Próximo texto:

ACam Governo anuncia envio de projeto sobre resíduos sólidos

Texto Anterior:

ACam Qualidade de curso será requisito para quitação de dívida

Índice da edição - 31

• http://www.estudante.adm.br/news.php?cod=65

Justiça põe fim à cobrança por diploma


30/11/2007 12:55 GMT
por admin

Por Lilian Burgardt


Uma ação movida na última semana pelo MPF (Ministério Público Federal) contra a cobrança dos
diplomas em 13 instituições particulares do Ensino Superior de São Paulo recebeu, no último dia
11, parecer favorável da Justiça.

A decisão, publicada, hoje, no site oficial da Procuradoria da República garante que estudantes
recebam o diploma sem qualquer custo.
A juíza Fernanda Souza Hutzler, da 20ª Vara Federal Cível de São Paulo, concedeu a liminar com base
na existência da Norma federal do Conselho Nacional de Educação, editada em 1989, e jurisprudência
posterior, proibindo as Instituições de Ensino Superior privadas de cobrar qualquer taxa para a
expedição de diplomas, uma vez que a lei determina que tal serviço não é extraordinário.

MEC diz: diplomas fazem parte da conclusão do curso

Em nota oficial, MEC (Ministério da Educação) se pronuncia a favor da liminar e diz que atuará para o
cumprimento da lei.
"Com o objetivo de atender a um conjunto de demandas em torno da cobrança para expedição de
diplomas por parte de IES (Instituições de Ensino Superior), a SeSu (Secretaria de Educação do
Superior do Ministério da Educação) corrobora o entendimento que a expedição do certificado, de
acordo com embasados pareceres jurídicos, é ato indissociável da conclusão do curso, não podendo
ser considerada, portanto, serviço extraordinário já que, nos termos do art. 48 da Lei 9.394/961
(LDB), trata-se de documento legalmente estabelecido como meio de prova da formação acadêmica."
Clique para ler a nota oficial na íntegra.

Segundo a decisão da juíza, o fornecimento de certificados e diplomas de conclusão de curso está


entre os encargos educacionais sujeitos à cobrança por meio de anuidade escolar a ser paga pelo
aluno. Em seu texto, a magistrada destaca: "o aluno se matricula no curso para, ao final, receber o
diploma registrado e reconhecido pela instituição educacional, pagando por isso ao longo de toda sua
vida acadêmica."
A boa notícia para os estudantes é que, por se tratar de uma lei federal, ela pode ser estendida para
todas as instituições privadas de Ensino Superior, desde que os ministérios públicos estaduais entrem
com ação nesse sentido. É o que já acontece nos estados do Ceará, Goiás, Rio Grande do Sul e
Distrito Federal.
A novidade abalou o setor, uma vez que já é praxe das Instituições de Ensino Superior privadas cobrar
pela emissão do documento. Em 10 de fevereiro de 2006, uma lei estadual de autoria do então
deputado estadual Donisete Braga (PT-SP) publicada no Diário Oficial, causou furor por limitar a
cobrança pela emissão do diploma nas Instituições de Ensino Superior privadas do estado de São
Paulo a 5 Ufesps (Unidades Federativas do Estado). Na época, essa limitação representava o
equivalente a R$ 69,95.
Desde então, universidades e alunos travam uma briga para conseguir seu diploma de acordo com a
lei estadual. Universidades alegavam responder apenas à União, enquanto alunos queriam fazer valer
o seu direito. Na briga, a UNE (União Nacional dos Estudantes) se uniu ao Procon-SP (Fundação de
Proteção e Defesa do Consumidor) para evitar a cobrança indevida. Assim, quem quisesse seu
diploma de acordo com a lei estadual era obrigado a entrar com um pedido munido da cópia da
legislação e aguardar a aprovação da instituição. Caso o pedido fosse indeferido, o estudante poderia
procurar a ouvidoria do estudante da UNE que oferece assistência jurídica gratuita em proteção aos
seus direitos.
Na época, entrevistado pelo Universia, o presidente do Semesp (Sindicato das Entidades
Mantenedoras das Instituições de Ensino do Estado de São Paulo), Hermes Ferreira Figueiredo,
declarou que considerava a medida autoritária, pois feria a autonomia das universidades que, segundo
o MEC, têm total gerência sobre suas contas e sobre a forma como podem cobrar em relação aos seus
serviços. Ainda assim, não aconselhava que nenhuma instituição de Ensino Superior privada fosse
contra a legislação. Hoje, nem o próprio MPF, nem o Semesp reconhecem a lei estadual. Ambos
alegam que a questão da fiscalização da emissão do diploma é de responsabilidade da União. Motivo
que levou o MPF a entrar com uma ação afim de regular, de vez, a questão.
Para o consultor jurídico do Semesp, José Roberto Covac, assim como a lei estadual de 2006 - sobre a
qual o Semesp move uma ação de inconstitucionalidade -, a decisão da juíza pode levantar um outro
problema: a falsificação dos diplomas. "O selo especial ou o papel de pele de carneiro são diferenciais
que ajudam a conferir a autenticidade do documento. Se os diplomas passarem a serem expedidos em
papel sulfite serão muito mais fáceis de serem falsificados", diz.
Com relação à Norma do Conselho editada em 1989, o consultor explica que leis posteriores como a
lei 8.170, a 9.170 e o próprio Código de Defesa do Consumidor não a recepcionaram. Isso quer dizer
que, antigamente, o Conselho Federal de Educação era o responsável por disciplinar os valores
escolares. Hoje, não cabe mais a este órgão. Além disso, o artigo 207 da Constituição - que trata da
autonomia - permite que as universidades estabeleçam os valores pelos serviços oferecidos e possam,
elas mesmas, ser responsáveis pela emissão dos diplomas. "O problema são os centros universitários
e as faculdades isoladas que não têm a mesma autonomia", diz Covac. Hoje, estas instituições têm
seus diplomas expedidos pela USP (Universidade de São Paulo).
Para Covac, depois da concessão dessa liminar, a recomendação do sindicato é que as instituições a
cumpram, mas lembra que a entidade deverá recorrer para, em sua opinião, promover o equilíbrio do
setor. "Mais uma vez é preciso pensar em uma forma de manter a qualidade da autenticação para que
o processo de certificação não seja prejudicado", defende.
O que muda com a ação do MPF?
Segundo o procurador da República Sergio Gardenghi Suiama, no ano passado, o Ministério Público
recebeu um documento sugerindo a investigação do problema. Foi então que chegou a Norma editada
em 1989 que exime os estudantes de todo o País do pagamento de qualquer taxa pelo recebimento do
diploma. "Cobrar o diploma do aluno que já paga a mensalidade é o mesmo que exigir que o
estudante pague a mais para ter acesso à biblioteca", compara Suiama.
Até o momento, a liminar é válida contra as universidades que responderam ofício do MPF afirmando
que cobram pela expedição dos diplomas ou que foram denunciadas por alunos que questionaram a
cobrança. Ela também beneficiará os alunos já graduados que ainda não retiraram seus certificados
pelo não-pagamento da taxa.
Caso a liminar seja descumprida, o MPF pede a multa de R$ 10 mil por dia para cada aluno sobre o
qual for cobrada a taxa. As treze instituições atingidas pela liminar são: Uniban (Universidade
Bandeirante), Unicsul (Universidade Cruzeiro do Sul), PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo), São Judas (Universidade São Judas Tadeu), Unicid (Universidade Cidade de São Paulo), Unib
(Universidade Ibirapuera), UniSant´Anna (Centro Universitário Sant'Anna), Associação Educativa
Campos Salles, FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), UniFIEO (Centro Universitário FIEO), São
Marcos, Unisa (Universidade Santo Amaro) e Unicastelo (Universidade Camilo Castelo Branco).
Os alunos das 13 universidades rés da ação que já pagaram a taxa para a confecção do diploma
deverão aguardar a sentença final do processo para pleitear a devolução dos valores pagos ou então
ingressar com ações individuais com a mesma finalidade.
Em Bauru, cidade onde o MPF moveu ação do mesmo gênero em 2006, o juiz da 1ª Vara Federal,
Roberto Lemos dos Santos Filho, concedeu sentença em junho deste ano para impedir a cobrança da
taxa de expedição e/ou registro de diplomas para os alunos de 17 universidades da região e
determinou, ainda, que a União fiscalize essas instituições quanto ao cumprimento das normas gerais
de educação nacional.
De posse deste resultado, o MPF pretende seguir adiante com as ações contra outras instituições
privadas de Ensino Superior. "Começamos pelos centros universitários, mas há muitas instituições
privadas de Ensino Superior constituídas como faculdades isoladas que também deverão ser
procuradas pelo MPF", diz.
Além das faculdades, o MPF também acionou a União e pede que, ao final do processo, o governo
federal seja obrigado a cumprir sua função fiscalizadora sobre o Ensino Superior privado e exija das
instituições o cumprimento das normas gerais da educação nacional. Dentre elas, a que impede a
cobrança pela expedição ou registro do diploma.
Para a atual presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Lúcia Stumpf, não há dúvida de que
a questão dos diplomas é um dos principais problemas enfrentados pelos estudantes nas
universidades particulares por uma falta de regulamentação do setor. Daí a importância da
interferência do Ministério Público neste impasse. Além disso, se for confirmada a entrada do MEC na
fiscalização da cobrança da taxa pelos diplomas, trata-se de uma novidade que, em sua opinião, vai
garantir o direito dos estudantes. "Até hoje, cabia aos alunos por meio da UNE se organizarem,
pedirem a ajuda do Procon-SP e da ouvidoria dos estudantes. Sem dúvida a entrada do MEC irá
conferir mais peso ao cumprimento do dever", acredita Lúcia.
Disponível em: http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?materia=14387

• http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia_articuladas.aspx?cod=80
007

As entidades beneficentes de assistência social e o seu papel no


ensino superior

José Roberto Covac*

Kildare Araújo Meira*

O mercado educacional universitário tem se


transformado radicalmente. O marco inicial desta mudança
foi a Lei nº 9394/96 (LDB - clique aqui), antes deste diploma
legal as entidades privadas só poderiam oferecer o ensino
universitário constituídas como entidades sem fins lucrativos.

Antes de 1996, não haviam entidades lucrativas


constituídas no ensino superior e a partir do momento em
que a nova LDB permitiu às Instituições de ensino superior
assumirem novas formas societárias, inclusive empresariais,
aquelas instituições de natureza familiar, que tinham uma
estrutura sem fins lucrativos por força da legislação, começaram a migrar para uma
formatação comercial.

Nesses mais de dez anos que se permitiu no ensino superior a existência de


instituições com outras constituições societárias, há uma nítida alteração da composição do
mercado educacional universitário, sendo que hoje as instituições filantrópicas que atuam
no ensino superior passam a ser minoria no mercado.

Observa-se nesse processo de alteração do mercado que as instituições


universitárias que permaneceram com uma constituição sem fins lucrativos, e lutando para
serem beneficentes de assistência social, em sua esmagadora maioria, o fizeram por terem
uma vocação filantrópica, uma vocação para a assistência social. Notadamente, as
instituições educacionais universitárias filantrópicas são fundações (que tem imensa
dificuldade em proceder a alteração nas sua estruturas societárias), confessionais e
entidades comunitárias.
Desse modo, não é razoável crer que o mercado educacional privado brasileiro irá
prescindir das entidades beneficentes de assistência social; primeiro, porque como
identificado, há um grupo de entidades que tem tal vocação e irão lutar pela manutenção de
seu status; segundo, que a legislação e jurisprudência pátria autorizam as instituições
educacionais a atuarem como beneficentes de assistência social.

Nessa direção, a perspectiva para o mercado do ensino superior é de coexistência de


entidades beneficentes de assistência social, em um número mais reduzido, com uma
maioria de empresas de educação.

O papel das entidades universitárias privadas beneficentes neste mercado estará


cada vez mais atrelado aos ditamos do MEC, pois a legislação que emergirá desse imbróglio
causado pela Medida Provisória 446/08 (clique aqui), que vigorou e depois foi rejeitada,
certamente vai caminhar na direção da setorização das Entidades Beneficentes de
Assistência Social e a vinculação delas a uma política pública definida, que no caso das
educacionais será ditada pelo MEC.

Há no Congresso um sentimento de discussão sobre a norma que vai substituir a MP


446/08. Porém, já podemos identificar alguns cenários já sólidos, como o fato que os
ditames da atual Lei nº 8212/91 não permanecerão e que as instituições educacionais terão
sua certificação como entidades beneficentes sob a tutela do MEC, limitadas a sua
consecução de política de assistência social a distribuição de bolsa de estudo, ou seja, o que
vai surgir como exigência para certificação dessas entidades será próximo do que exige a
Lei do Prouni.

Se a MP 446/08 trouxe instabilidade sobre a legislação aplicável, pode se dizer


também que ela gerou por um comando expresso, que se materializou como direito
adquirido e se cristalizou através das resoluções CNAS nas renovações de CEAS das
entidades (incluída as educacionais) com validades diversas (2009, 2010 e 2011), uma
situação de segurança jurídica melhor do que a anterior, sendo que, mesmo com uma
vindoura legislação, esta não poderá desconstituir o ato jurídico perfeito materializado na
resolução CNAS e o direito adquirido gerado pela publicação no diário oficial da Medida
Provisória 446/2008.

A manutenção do status de beneficente gera estabilidade para as entidades, pelo


menos até a renovação do próximo certificado.

Contudo, existe grande dúvida para passo seguinte (próxima renovação),


especialmente sobre quais os critérios que serão adotados, isso porque essa legislação
vigente não perdurará ao 2º semestre deste ano, período que a grande parte das entidade
terá que renovar o seu certificado. É necessário que o Congresso Nacional, estabeleça com
agilidas os novos prazos e regras para o setor filantrópico.

Esta insegurança com relação à legislação da filantropia, cria para tais entidades
uma dificuldade a mais em sua gestão, eis que elas são as principais vitimas do manancial
de legislação, ou seja, em que pese terem o certificado concedido, o órgão de fiscalização
constituem, lançam e criam um passivo impagável.

Regras claras, bem fundamentadas e que lhes permitam gozar dos benefícios fiscais
com segurança jurídica, evitando a criação de passivos e contingentes a serem dividados
por suas auditorias é o que carecem tais entidades em um cenário de futuro imediato.

É ignorância ou má fé acreditar que as entidades beneficentes educacionais são


organizações montadas para fraudar o fisco. Estas entidades possuem um escopo claro; o
de fazer política pública de assistência social por meio da educação, preparando o cidadão
para o mercado de trabalho e dessa forma materializando o comando do artigo 203, inciso
III da Constituição (clique aqui), que define como objetivo da política de assistência social a "a
promoção a integração ao mercado de trabalho".

E o melhor na atuação das entidades beneficentes educacionais é que elas realizam


seus objetivos de maneira inteligente, criam fontes de renda por meio de sua atividade
econômica, cobrando de quem pode pagar para financiar a atividade de quem não pode.

Para o Estado, a existência das entidades educacionais universitárias beneficentes é


extremamente vantajoso, eis que elas vagas exclusivas para carentes (o que inexiste nas
universidades públicas), via Prouni e bolsas sociais da instituições a um custo mais barato
do que a vaga na Universidade Federal.

A atuação das entidades beneficentes universitárias põe na pauta uma discussão que
o país deve fazer de forma racional sobre os efeitos maléficos de se tributar a atividade
educacional. É evidente que tal tributação depõe contra o desenvolvimento do país e inibe o
progresso.

Em conclusão, resta cada vez mais claro que, para o mercado educacional, o número
de Entidades Beneficentes de Assistência Social será menor, mas as que restarem terão um
papel importante na acessibilidade e disponibilização de vagas para a população carente,
provocando um questionamento sobre a função das universidades públicas e, por outro
lado, regulando as empresas de educação quanto ao preço e qualidade, no primeiro critério
pelo seu menor custo tributário e no segundo pela força de suas tradições.

As Entidades Beneficentes de Assistência Social de Ensino Superior são o meio termo


necessário entre a noção de atividade educacional estatal e empresarial.

__________________

*Sócios do escritório Covac - Sociedade de Advogados

__________________

Esta matéria foi colocada no ar originalmente em 13 de março de 2009.


• http://www.scribd.com/doc/12935993/As-Entidades-Beneficentes-de-
Assistencia-Social-e-o-Seu-Papel-No-Ensino-Superior

As Entidades Beneficentes de Assistência Social e o seu Papel no Ensino Superior

*Por José Roberto Covac e Kildare Araújo Meira

O mercado educacional universitário tem se transformado radicalmente. O marco inicial desta


mudança foi a Lei nº 9394/96 (LDB), antes deste diploma legal as entidades privadas só
poderiam oferecer o ensino universitário constituídas como entidades sem fins lucrativos. Antes
de 1996, não haviam entidades lucrativas constituídas no ensino superior e a partir do
momento em que a nova LDB permitiu às Instituições de ensino superior assumirem novas
formas societárias, inclusive empresariais, aquelas instituições de natureza familiar, que tinham
uma estrutura sem fins lucrativos por força da legislação, começaram a migrar para uma
formatação comercial. Nesses mais de dez anos que se permitiu no ensino superior a
existência de instituições com outras constituições societárias, há uma nítida alteração da
composição do mercado educacional universitário, sendo que hoje as instituições filantrópicas
que atuam no ensino superior passam a ser minoria no mercado. Observa-se nesse processo
de alteração do mercado que as instituições universitárias que permaneceram com uma
constituição sem fins lucrativos, e lutando para serem beneficentes de assistência social, em
sua esmagadora maioria, o fizeram por terem uma vocação filantrópica, uma vocação para a
assistência social. Notadamente, as instituições educacionais universitárias filantrópicas são
fundações (que tem imensa dificuldade em proceder a alteração nas sua estruturas
societárias), confessionais e entidades comunitárias. Desse modo, não é razoável crer que o
mercado educacional privado brasileiro irá prescindir das entidades beneficentes de assistência
social; primeiro, porque como identificado, há um grupo de entidades que tem tal vocação e
irão lutar pela manutenção de seu status; segundo, que a legislação e jurisprudência pátria
autorizam as instituições educacionais a atuarem como beneficentes de assistência
social.Nessa direção, a perspectiva para o mercado do ensino superior é de coexistência de
entidades beneficentes de assistência social, em um número mais reduzido, com uma maioria
de empresas de educação. O papel das entidades universitárias privadas beneficentes neste
mercado estará cada vez mais atrelado aos ditamos do MEC, pois a legislação que emergirá
desse imbróglio causado pela Medida Provisória 446/08, que vigorou e depois foi rejeitada,
certamente vai caminhar na direção da setorização das Entidades Beneficentes de Assistência
Social e a vinculação delas a uma política pública definida, que no caso das educacionais será
ditada pelo MEC.Há no Congresso um sentimento de discussão sobre a norma que vai
substituir a MP 446/08. Porém, já podemos identificar alguns cenários já sólidos, como o fato
que os ditames da atual Lei nº 8212/91 não permanecerão e que as instituições educacionais
terão sua certificação como entidades beneficentes sob a tutela do MEC, limitadas a sua
consecução de política de assistência social a distribuição de bolsa de estudo, ou seja, o que
vai surgir como exigência para certificação dessas entidades será próximo do que exige a Lei
do Prouni.Se a MP 446/08 trouxe instabilidade sobre a legislação aplicável, pode se dizer
também que ela gerou por um comando expresso, que se materializou como direito adquirido e
se cristalizou através das resoluções CNAS nas renovações de CEAS das entidades (incluída
as educacionais) com validades diversas (2009, 2010 e 2011), uma situação de segurança
jurídica melhor do que a anterior, sendo que, mesmo com uma vindoura legislação, esta não
poderá desconstituir o ato jurídico perfeito materializado na resolução CNAS e o direito
adquirido gerado pela publicação no diário oficial da Medida Provisória 446/2008.

• http://sptv.globo.com/Sptv/0,19125,LPO0-6147-20070905-
299946,00.html

05.09.2007

Ministério Público Federal quer acabar com taxa do diploma


Reportagem de Guilherme Portanova

Os estudantes reclamam dos valores cobrados pelas


universidades.

Antes de entrar no mercado, os estudantes precisam pagar pelo diploma. A universidade não
abre mão de receber a taxa. “Eles disseram que a gente tem uma taxa de cerca de R$ 70 para
pagar e informaram que esse valor já é um pouco menor do que no ano passado que foi de
mais de R$ 200”, reclama a estudante Amanda Rodrigues.

Na região metropolitana, o menor valor cobrado é o da faculdade Camilo Castelo Branco, R$


50. E o maior, é do Centro Universitário de Osasco, R$ 150.

As universidades cobram pelo diploma com base em uma lei estadual de 2006. Mas o
Ministério Público Federal entende que a cobrança é ilegal pois desde 1989 o Conselho
Nacional de Educação proibiu este tipo de cobrança

De acordo com o Ministério Público, o valor do diploma está embutido nas mensalidades.
Denúncias feitas por alunos resultaram em uma ação judicial contra 13 instituições de ensino
da capital e de Osasco.

“Se o estudante não pagar ele não consegue o diploma e não consegue depois prestar um
concurso, um exame da ordem e exercer sua profissão. Para nós é importante garantir que ele
não seja privado do exercício profissional por causa da cobrança ilegal da taxa de diploma”,
disse o procurador da República, Sérgio Suiama.

“As normas de 89 não prevalecem mais no mundo jurídico. Os serviços não educacionais e
cobrados a parte, obrigatoriamente a instituição divulga esses valores de um edital que
liberado previamente antes do período letivo” , alega o representante do Sindicato dos
Estabelecimentos de Ensino Superior, José Roberto Covac.

As reclamações sobre a taxa do diploma podem ser encaminhadas ao Ministério Público


Federal pelo telefone 3253-7800.

• http://stoa.usp.br/shigueharum/weblog/35515.html
1.

14 de Novembro de 2008 | Atualizado às 13:38h

2. Sexta-Feira, 14 de Novembro de 2008 | Versão Impressa


3.
4. Lei de estágio causa queda em número de vagas
5. Ambigüidades da nova legislação, em vigor há 45 dias, foram reconhecidas pelo próprio
Ministério do Trabalho
6. Alexandre Gonçalves e Simone Iwasso
1. Em 45 dias, desde que a nova lei de estágio foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, o número de vagas oferecidas no País caiu 40%, de acordo com levantamento da
Associação Brasileira de Estágios (Abres). A oferta caiu de 55 mil postos mensais para 33 mil. O
motivo, segundo a entidade, é o desconhecimento das novas regras, que têm assustado e
confundido as empresas e as instituições de ensino superior. Apenas o Centro de Integração
Empresa-Escola (Ciee) já fez cerca de 30 mil atendimentos para solucionar dúvidas de
empresários, instituições de ensino e estudantes.

Leia a íntegra da nova lei do estágio


Opine: as novas normas prejudicam o estagiário?
Leia artigo e acompanhe a discussão do assunto

Além disso, a burocracia exigida para adaptar contratos e modificar as propostas pedagógicas dos
cursos torna o processo ainda mais lento. "Acreditamos que levará cerca de dois anos para que a
situação se normalize e a oferta volte ao normal", afirma Seme Arone Júnior, presidente da Abres.
"Isso porque as faculdades não se prepararam e as empresas estão com medo. Há muita falta de
informação", diz ele. Arone Júnior, no entanto, acredita que a lei, apesar da confusão inicial, será
benéfica para os estagiários, que terão mais garantias de respeito ao seu desenvolvimento
educacional.

Um dos pontos da lei que provocaram confusão e empacaram os estágios foi a determinação de
que os estágios não obrigatórios constem do projeto pedagógico dos cursos de graduação - até
então, isso não era requisito. Desse modo, se a instituição ainda não atualizou seu projeto - e em
algumas isso é um processo demorado, que depende de votação em conselhos universitários, por
exemplo -, ela não poderá assinar ou renovar o contrato de estágio do aluno.

Outros pontos polêmicos são a jornada diária da atividade (de 8 para 6 horas semanais), o tempo
de permanência no mesmo estágio (restrito a dois anos) e os benefícios obrigatórios. O secretário
de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Ezequiel Sousa do Nascimento, afirma
que a pasta pretende publicar uma instrução normativa para dirimir as dúvidas em até 15 dias.
"Vamos nos reunir terça e quarta-feira para redigir o texto", diz Nascimento.

Para tentar acabar com as polêmicas, o Ministério da Educação também se pronunciará


oficialmente. A coordenadora de políticas públicas da Secretaria de Educação Profissional e
Técnica do Ministério da Educação (MEC), Caetana Juracy Rezende Silva, que participou da
elaboração da lei, diz que o MEC enviará até o fim do mês um comunicado às instituições de
ensino com instruções práticas.

APLICAÇÃO

A falta de clareza de alguns artigos é mencionada mesmo por quem defende a nova lei.
Coordenadora dos estágios do curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo, em São
Paulo, Taís Fortes considera a lei um avanço por dificultar a utilização do estagiário como mão-de-
obra barata. Mas tem dúvidas. Ela não sabe, por exemplo, se o artigo 14, que afirma se aplicar "ao
estágio a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho", implica a exigência de exames
médicos admissionais e demissionais.

Caetana explica que a intenção desse artigo não era exigir esses exames, mas garantir aos
estagiários os instrumentos e procedimentos de segurança utilizados pelos funcionários da
empresa. A gerente jurídica e de desenvolvimento de projetos sociais do Ciee, Maria Nilce Mota,
comemora a interpretação de Caetana, mas afirma que, até a publicação da instrução normativa,
a entidade vai recomendar às empresas, de forma preventiva, a realização dos exames. Maria
Nilce considera que a diminuição na oferta de vagas é apenas temporária e só vai durar até as
empresas e instituições fazerem os ajustes.

O assessor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino


Superior no Estado de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, afirma que a lei mais atrapalha do
que ajuda os estagiários. Ele argumenta que a nova lei engessa as relações entre estudante,
escola e empresa. "Alguns estágios tornam-se inviáveis com a carga horária de seis horas e o
período máximo de dois anos na mesma empresa." Ele afirma que não seria necessário criar uma
nova lei: bastaria fiscalizar as condições de atividade dos estagiários.

Caetana entende que, no início, a lei pode dar a impressão de que prejudica o estagiário. "Afinal,
alguns se submetem a um estágio precário porque precisam da remuneração", aponta. "Mas,
depois, é fácil compreender que todos são beneficiados quando não se reforça a precarização das
condições de trabalho."

o COMENTÁRIOS

• http://tutorunopar.blogspot.com/2008_11_01_archive.html

Lei de estágio causa queda em número de vagas

Não canso de dizer, tudo que é novo cria uma certa

resistência, com a Nova Lei que regulamenta o estágio, não seria diferente, conforme reportagem abaixo, a

oferta de estágios caiu vertiginosamente após a implementação da citada lei, culpa do rigor excessivo da

mesma? Acredito que não, essa resistência deve-se mais ao desconhecimento e ao temor que normalmente

as mudanças ocasionam.

Ambigüidades da nova legislação, em vigor há 45 dias, foram reconhecidas pelo próprio Ministério do Trabalho

Alexandre Gonçalves e Simone Iwasso, de O Estado de S. Paulo


SÃO PAULO - Em 45 dias, desde que a nova lei de estágio foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da

Silva, o número de vagas oferecidas no País caiu 40%, de acordo com levantamento da Associação Brasileira

de Estágios (Abres). A oferta caiu de 55 mil postos mensais para 33 mil. O motivo, segundo a entidade, é o

desconhecimento das novas regras, que têm assustado e confundido as empresas e as instituições de ensino

superior. Apenas o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) já fez cerca de 30 mil atendimentos para

solucionar dúvidas de empresários, instituições de ensino e estudantes.

Além disso, a burocracia exigida para adaptar contratos e modificar as propostas pedagógicas dos cursos

torna o processo ainda mais lento. "Acreditamos que levará cerca de dois anos para que a situação se

normalize e a oferta volte ao normal", afirma Seme Arone Júnior, presidente da Abres. "Isso porque as

faculdades não se prepararam e as empresas estão com medo. Há muita falta de informação", diz ele. Arone

Júnior, no entanto, acredita que a lei, apesar da confusão inicial, será benéfica para os estagiários, que terão

mais garantias de respeito ao seu desenvolvimento educacional.

Um dos pontos da lei que provocaram confusão e empacaram os estágios foi a determinação de que os

estágios não obrigatórios constem do projeto pedagógico dos cursos de graduação – até então, isso não era

requisito. Desse modo, se a instituição ainda não atualizou seu projeto – e em algumas isso é um processo

demorado, que depende de votação em conselhos universitários, por exemplo –, ela não poderá assinar ou

renovar o contrato de estágio do aluno.

Outros pontos polêmicos são a jornada diária da atividade (de 8 para 6 horas semanais), o tempo de permanência

no mesmo estágio (restrito a dois anos) e os benefícios obrigatórios. O secretário de Políticas Públicas de Emprego

do Ministério do Trabalho, Ezequiel Sousa do Nascimento, afirma que a pasta pretende publicar uma instrução

normativa para dirimir as dúvidas em até 15 dias. "Vamos nos reunir terça e quarta-feira para redigir o texto", diz

Nascimento.

Para tentar acabar com as polêmicas, o Ministério da Educação também se pronunciará oficialmente. A

coordenadora de políticas públicas da Secretaria de Educação Profissional e Técnica do Ministério da

Educação (MEC), Caetana Juracy Rezende Silva, que participou da elaboração da lei, diz que o MEC enviará

até o fim do mês um comunicado às instituições de ensino com instruções práticas.

APLICAÇÃO
A falta de clareza de alguns artigos é mencionada mesmo por quem defende a nova lei. Coordenadora dos

estágios do curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, Taís Fortes considera a

lei um avanço por dificultar a utilização do estagiário como mão-de-obra barata. Mas tem dúvidas. Ela não

sabe, por exemplo, se o artigo 14, que afirma se aplicar "ao estágio a legislação relacionada à saúde e

segurança no trabalho", implica a exigência de exames médicos admissionais e demissionais.

Caetana explica que a intenção desse artigo não era exigir esses exames, mas garantir aos estagiários os

instrumentos e procedimentos de segurança utilizados pelos funcionários da empresa. A gerente jurídica e de

desenvolvimento de projetos sociais do Ciee, Maria Nilce Mota, comemora a interpretação de Caetana, mas

afirma que, até a publicação da instrução normativa, a entidade vai recomendar às empresas, de forma

preventiva, a realização dos exames. Maria Nilce considera que a diminuição na oferta de vagas é apenas

temporária e só vai durar até as empresas e instituições fazerem os ajustes.

O assessor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no

Estado de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, afirma que a lei mais atrapalha do que ajuda os

estagiários. Ele argumenta que a nova lei engessa as relações entre estudante, escola e empresa. "Alguns

estágios tornam-se inviáveis com a carga horária de seis horas e o período máximo de dois anos na mesma

empresa." Ele afirma que não seria necessário criar uma nova lei: bastaria fiscalizar as condições de atividade

dos estagiários.

Caetana entende que, no início, a lei pode dar a impressão de que prejudica o estagiário. "Afinal, alguns se

submetem a um estágio precário porque precisam da remuneração", aponta. "Mas, depois, é fácil

compreender que todos são beneficiados quando não se reforça a precarização das condições de trabalho."

Fonte: www.estadao.com.br

• http://www.alub.locaweb.com.br/mundoalub/alub_pre/?p=alub/educa
cao
Educação: Brasil só tem 25 excelentes universidades

MEC garante que as instituições que receberam notas baixas poderão ser beneficiadas com
as visitas

Fonte: Jornal do Brasil

BRASÍLIA - Entre 3.239 cursos superiores avaliados pelo Ministério da Educação em 2007,
apenas 25 conseguiram a nota máxima (5) no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes
(Enade), no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD) e no
Conceito Preliminar de Cursos (CPC).

As 508 escolas que tiraram notas 1 e 2 no Enade receberão, obrigatoriamente, a visita de uma
comissão do MEC para firmar um protocolo de compromisso. A partir daí elas terão um ano para
sanar as falhas detectadas, caso contrário, poderão não ser recredenciadas. Cerca de 25% dos
cursos encontram-se nessa situação.

O Enade avaliou 16 áreas de conhecimento: Enfermagem, com 540 cursos; Educação Física,
com 497 e Fisioterapia, com 399, foram aquelas com maior número de cursos participantes
representando, juntas, 44,3% do total. Foram avaliados, também, cursos de Agronomia,
Biomedicina, Farmácia, Fonoaudiologia, Medicina, Veterinária, Nutrição, Odontologia, Serviço
Social, Tecnologia em Radiologia, Tecnologia em Agroindústria, Terapia Ocupacional e
Zootecnia.

O Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular criticou a criação do CPC
e a divulgação do mesmo pelo MEC. Segundo o Fórum, além de revogar parcialmente a lei que
criticou o Sistema Nacional de Avaliação de Ensino Superior (Sinaes), o novo instrumento
avaliativo prejudicará a imagem das instituições e, por conseqüência, os alunos.

Para o diretor jurídico do Fórum, José Roberto Covac, a avaliação do MEC é falha porque não
leva em consideração o boicote ao Enade feito por muitos alunos.

O ministro da educação, Fernando Haddad, disse não entender as críticas aos novos métodos,
que deveriam ser “destinadas ao antigo modelo”. O secretário de Educação Superior do MEC
também garante: “Não estamos aqui para fechar curso, mas não hesitaremos em fazê-lo se for
necessário”.

Para mais informações, acesse o site do INEP: http://www.inep.gov.br/

• http://ww1.universia.com.br/materia/materia.jsp?id=8926
Excesso de regulação incomoda universidades privadas

Desde a publicação da LDB, mais de 1.500 atos legais foram editados, confundindo a
regulamentação do setor

Publicado em 20/10/2005 - 16:34

Não deixe de ler

• ESPECIAL 7° FNESP
• Excesso de regulação incomoda universidades privadas
• Expansão e polêmica
• LDB: reflexos e tendências
• Reforma na mira
• Panorama brasileiro
• De olho na reforma
• 7º FNESP (Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro)
• Programação do 7º FNESP

Por Renato Marques

A legislação excessiva do Ensino Superior por parte do Governo Federal foi tema de uma das
palestras do segundo dia do 7° Fnesp (Fórum Nacional: Ensino Superior Privado). Ministrado
pelo CEO da MSBC Advogados, José Roberto Covac, o painel debateu as seguidas leis, decretos
e até mesmo portarias que, segundo os dirigentes do setor, impedem uma melhor organização do
mesmo.

Logo no início de sua apresentação, Covac apresentou os dados da legislação do Ensino


Superior. Segundo ele, foram editados 1.351 atos de regulação do setor, apenas após a edição da
LDB (Leis de Diretrizes e Bases da Educação), que, teoricamente, deveria servir de lei orgânica.
Confira abaixo a divisão desses atos por natureza:

Atos reguladores do Ensino Superior pós-LDB


Leis - 71
Medidas Provisórias - 66
Decretos - 164
Portarias - 535
Resoluções - 368
Total - 1.531

"Há uma cultura no Brasil de que tudo se resolve pela lei. O problema da Educação Superior é
que isso extrapola a sua regulamentação", criticou Covac. Em sua opinião, o excesso de
ingerência do MEC no setor provoca casos em que o MEC extrapola suas competências e comete
erros de concepção, confundindo ainda mais a atuação das instituições.

Covac apresentou uma agenda positiva de discussões, com diversos pontos a serem levados ao
MEC. Entre eles, a revogação de diversos atos, bem como a correção de muitos outros pontos. O
advogado afirmou que as instituições devem expressar o seu descontentamento e darem um
"grito de alerta". "O segmento particular não concorda com esses excessos", finalizou.

• http://www.semesp.org.br/news_15.htm

Ano II - N° 15- Abril de 2004 - Informativo on-line para mantenedoras filiadas ao SEMESP

EVENTOS

UNIVERSIDADE PARA TODOS

Programa polêmico
Mal saiu do papel, o programa Universidade para
Todos, proposto pelo Ministério da Educação (MEC), já
causa polêmica entre as Instituições de Ensino
Superior. Para debater o impacto das mudanças e a
necessidade de adesão à iniciativa, o Semesp
promoveu uma tarde de debates na capital paulista.
Profissionais abordaram aspectos técnicos do projeto e
desenharam os cenários possíveis com as repercussões
nas instituições.

Com o viés da inclusão social, o Universidade para


Todos pretende se utilizar da capacidade ociosa das
IES. No total, cada escola deverá ceder 20% de suas
vagas a alunos carentes. Entretanto, ainda há muitos
José Roberto Covac, Abib Salim Cury, Gabriel Mário
pontos controversos na proposta do MEC. Para o vice-
Rodrigues, Édson Franco e Ibrahim David Curi Neto
presidente da Associação Nacional das Universidades durante debate sobre o programa Universidade para
Particulares – Anup, Abib Salim Cury, “o ponto central é Todos
definir o sentido do termo ‘carente’. Há muitas
perguntas que ainda precisam ser feitas e cada caso deverá ser estudado. Cada entidade terá que fazer suas
contas e propor ao governo o que poderá oferecer”.

Vale a pena?
O primeiro ponto discutido durante o debate foi a real necessidade de integração das IES ao projeto do
Ministério da Educação. Segundo Roberto Covac, assessor jurídico do Semesp, dos três grupos de entidades
filantrópicas hoje existentes - confessionais, comunitárias e associações não comunitárias e não confessionais
-, somente as últimas teriam motivos para aderir ao projeto. “Elas foram constituídas por famílias e podem
ter o interesse de mudar a sua natureza jurídica. Pelo que está sendo proposto, essas entidades se
beneficiariam com a remuneração dos seus dirigentes, que poderiam ser donos do patrimônio”, explica.

O cerne dessa questão é o peso da isenção fiscal prometida pelo Governo Federal no orçamento de cada
instituição. A maioria das IES, por serem instituições sem fins lucrativos, não estão sujeitas à tributação.
“Para integrar-se ao programa, as escolas precisariam migrar sua natureza jurídica e se tornarem lucrativas”,
ressalta Covac. Entretanto, a mudança pode repercutir no balanço financeiro das IES pela conseqüente
elevação da carga tributária e elevação no custo da mensalidade escolar.

O que diz a lei


Durante a apresentação, o assessor jurídico do Semesp, Covac, apresentou a fundamentação que sustenta o
direito das entidades a permanecerem com sua natureza jurídica. A Constituição Federal, no inciso 17 de seu
artigo 5°, protege a entidade que desejar permanecer na posição de instituição filantrópica ou associação
sem fins lucrativos, usufruindo da imunidade tributária. “Todas as IES que desejarem permanecer nesta
condição têm o respaldo constitucional para continuar sendo uma entidade sem finalidade econômica”.
O novo Código Civil ainda oferece a possibilidade de que associados vinculados a entidades que tenham
constituído um patrimônio inicial, com definição clara de sua fração ideal, possam receber, em caso de
extinção, os valores atualizados de suas partes.

Vagas + bolsas = prejuízo


Além da manutenção das bolsas de estudo já
concedidas a uma parcela dos estudantes, o programa
Universidade para Todos visa destinar 20% das vagas
consideradas ociosas para alunos carentes. Na ponta do
lápis, os custos da implantação do programa trariam um
impacto negativo para as instituições. Para Édson
Franco, presidente da Associação Brasileira de
Mantenedores do Ensino Superior (ABMES), “se há um
dado que não se pode aceitar são os 20%”.

Ao entrar em vigor, as bolsas cedidas anteriormente não


poderiam ser extintas, pelo conceito de direito
adquirido. Durante o evento no Semesp, o assessor
jurídico da entidade, Roberto Covac, alertou os
mantenedores sobre possíveis repercussões.“Vocês
Felipe Zanchet Magalhães, José Roberto Covac, Valdir
terão que fazer um trabalho sério de planejamento, em
José Lanza, Almir Maia e André Felipe Bento Macedo
no encontro de Entidades Mantenedoras que deverão ser avaliados os níveis de concorrência, a
Filantrópicas condição societária e o patrimônio, além da definição
sobre até onde se pode ir com a oferta de bolsas”.
Avidez tributária
Mesmo com a vocação social da proposta do MEC, a suspeita geral entre os mantenedores é a de que o
Governo Federal estaria tentando forçar a migração de natureza jurídica das IES para que elas possam
recolher impostos. O presidente da Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas (ABIEE) e
reitor da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), Almir Maia, iniciou sua fala na segunda etapa do
encontro com os mantenedores no Semesp, ressaltando sua percepção quanto à postura fiscalista da União.
“O posicionamento do ministério e do INSS, de certa forma, colide com a filosofia dessas instituições. Há uma
vertente no Ministério da Previdência Social que não encara a educação como uma ação social. Posso dizer
que filantropia e o programa Universidade para Todos são quase incompatíveis”.

Um direito histórico
O caráter filantrópico das Instituições de Ensino Superior é inerente à história acadêmica brasileira. Em 1959,
a Lei nº 3577 isentou as entidades sem finalidade econômica de então a pagar a taxa de contribuição da
previdência. Nessa época surgiram os certificados de fins filantrópicos, que tinham prazos indeterminados de
validade. Dezoito anos mais tarde, o Decreto Lei nº 1572 revogou a isenção, protegendo apenas as IES que
receberam o certificado entre 1959 e 1977. Os advogados que defendem as escolas estão baseados nessa
premissa. A Lei nº 8212, de 1991, estabelece novos requisitos para a retirada de novos certificados e
resguarda também o direito adquirido pelas escolas.

• http://www.portalaz.com.br/noticias/brasilia/110248_projeto_que_limit
a_poderes_do_mec_e_defendido_na_camara_federal.html
Projeto que limita poderes do MEC é defendido na Câmara Federal

Tamanho da fonte:
O presidente da Associação Brasileira de Direito
Educacional e diretor do Departamento Jurídico da
Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior,
José Roberto Covac, apoiou projeto de autoria do
deputado federal Átila Lira.

Ele tratou na Câmara dos Deputados do projeto de lei


4212/04, do deputado piauiense, que limita os poderes do
Ministério da Educação e Cultura (MEC) para editar
portarias.

Segundo o projeto, a União só poderá editar normas sobre


cursos de graduação e pós-graduação mediante lei.

Para Covac, ao mesmo tempo em que o MEC “exarceba na edição de normas, falha no cumprimento dos prazos de
avaliações institucionais e de publicação de portarias que beneficiam as escolas”.

• http://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/noticias/gd150906.htm
EDUCAÇÃO
15/09/2006

Faculdade pública cobra mensalidade


Pelo menos 15 instituições municipais desrespeitam a Constituição e recebem dos alunos como se fossem
particulares

Pelo menos 15 faculdades criadas por prefeituras depois de 1988 cobram mensalidades de seus alunos, como
se fossem instituições particulares. A cobrança vai contra a Constituição Federal, que determina que a
educação oferecida pela União, pelos Estados e pelas prefeituras deve ser gratuita.

Algumas instituições só continuam cobrando mensalidades porque recorreram aos tribunais e conseguiram
liminares favoráveis, o que indica que, apesar da lei, a questão é controversa.

Existem no País, segundo o Ministério da Educação (MEC), 61 faculdades e universidades municipais. Dessas,
somente 3 não exigem pagamento de mensalidade. As 58 restantes cobram, mas a maioria (43) tem respaldo
legal para isso. A Constituição, elaborada em 1988, diz que as faculdades municipais que cobravam
mensalidades até aquele ano manteriam esse direito. Mas as criadas depois disso, não.

O Estado localizou, a partir de dados do MEC, as 15 faculdades municipais que se encontram nessa situação.
Ficam no interior dos Estados de São Paulo, Minas, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná e Rio.

A cobrança das mensalidades - que não costumam ser altas (R$ 300 em média), embora exista uma que cobre
R$ 934 pelo curso de Odontologia - foi confirmada ao Estado, por telefone, por todas as instituições.
Questionados por estudantes, os funcionários das secretarias costumam dar a seguinte confusa resposta: 'A
faculdade é pública, mas é particular'.

'Juridicamente, a instituição é pública ou privada. Não existe meio-termo', diz o advogado João Roberto
Moreira Alves, do Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação (Ipae), do Rio. 'Infelizmente nem todos têm
acesso à legislação, que realmente é complicada para os leigos', acrescenta o também advogado especializado
em direito educacional José Roberto Covac.

• http://www2.camara.gov.br/homeagencia/materias.html?pk=104442
Consolidada - 31/05/2007 18h36

Qualidade de curso será requisito para quitação de dívida


O relator do Projeto de Lei 920/07, deputado Rogério Marinho (PSB-RN), anunciou que
as instituições privadas de ensino superior só poderão compensar suas dívidas - de
cerca R$ 11 bilhões junto ao fisco federal - com bolsas de estudo concedidas por meio
do Programa Universidade para Todos (ProUni) se os cursos atenderem a requisitos de
qualidade. Essa é uma das principais mudanças que o relator vai acrescentar no
projeto. "Não sei se vou ter força para aprovar isso, mas vou incluir em meu relatório",
disse o deputado.

A proposta, que tramita na Comissão de Educação e Cultura, integra o recém-


anunciado Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), cuja meta é que 30% dos
jovens com idade entre 18 e 24 anos estejam na universidade em 2011. Com R$ 11
bilhões seria possível garantir pelo menos 510 mil bolsas integrais a mais no ProUni,
que beneficia, atualmente, cerca de 277 mil estudantes.

De acordo com o deputado, o objetivo do projeto é impulsionar a qualificação


profissional dos jovens brasileiros para aumentar a competitividade do País no cenário
internacional. "O principal ativo econômico do mundo é o conhecimento", justificou.
Marinho antecipou ainda que seu relatório não vai contemplar "apenas o aspecto
econômico e financeiro".

O relator participou nesta quinta-feira de audiência pública da Comissão de Educação e


Cultura com o presidente da Associação Brasileira de Direito Educacional (ABDE), José
Roberto Covac; e com o diretor-executivo da Associação Brasileira de Mantenedores do
Ensino Superior (Abmes), José Augusto Padilha.

Covac disse que as instituições privadas de ensino superior em nenhum momento


foram procuradas pelo governo durante a elaboração do projeto e que não estão
procurando "benesses, nem posição privilegiada". Ele acredita, porém, que o projeto vai
ampliar a oferta de vagas do ProUni.

Benefícios
Pelo projeto, qualquer entidade privada que mantenha escola de ensino superior
participante do ProUni poderá pagar com crédito referente às bolsas do programa
qualquer dívida com a Receita Federal do Brasil vencida até 31 de dezembro de 2006,
inclusive as inscritas em dívida ativa ou que estejam sendo cobradas judicialmente.
Pela legislação em vigor, pode haver compensação apenas em relação à contribuição
patronal ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Para contornar o requisito de regularidade fiscal, que impede as faculdades


inadimplentes de aderirem ao programa, o projeto autoriza essas entidades a
parcelarem suas dívidas em 120 meses, com os valores reajustados mês a mês pela
taxa Selic mais 1% de juros.

Leia mais:
Associação educacional explica inadimplência do setor

Notícias anteriores:
Receita: Dívidas das faculdades privadas chegam a R$ 11 bi
Universitário poderá financiar até 100% da mensalidade

• Reportagem - Edvaldo Fernandes


Edição - Regina Céli Assumpção

(Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara')

Agência Câmara
Tel. (61) 3216.1851/3216.1852
Fax. (61) 3216.1856
E-mail:agencia@camara.gov.br
SR

• http://www44.bb.com.br/appbb/portal/bb/unv/ntca/noticia.jsp?Noticia.
codigo=161195
Bolsas para funcionários geram impasse

Embora sejam garantidas pela convenção coletiva de trabalho, as bolsas de estudo concedidas
para os funcionários de instituições de ensino superior e seus filhos estão no centro de um
impasse entre o setor privado de ensino superior e a Previdência Social. Isso porque o órgão,
agora parte da Super Receita, entende que as bolsas de estudo configuram salário, o que fez com
que algumas universidades já tenham recebido multa pesada pela não-contribuição.

No entanto, de acordo com o consultor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de


Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, as
convenções coletivas são firmadas, periodicamente, com os sindicatos dos trabalhadores em
estabelecimentos de ensino e de professores, em que são determinadas as condições de relação
de trabalho entre as partes. Elas têm vigência de um a dois anos com cláusulas de natureza
econômica e social. Na maioria dessas convenções, existe a cláusula que estabelece a
obrigatoriedade da concessão de bolsas de estudos integrais ou parciais para os professores e
auxiliares, assim como para seus filhos ou dependentes legais. Do mesmo modo, essas bolsas
também eram concedidas em dissídios coletivos de trabalho.

De acordo com a legislação, texto dessas convenções coletivas tem força de lei entre as partes
(Lei nº 9.250/95, regente do Imposto de Renda), não podendo delas se distanciar qualquer
instituição envolvida. Por causa desse conceito as entidades mantenedoras vêm cumprindo as
determinações, concedendo normalmente as bolsas de estudo. No entanto, alguns auditores vêm
afirmando que a concessão de bolsa de estudo não tem respaldo legal de isenção do recolhimento
do Imposto de Renda nem das contribuições previdenciárias. "Apesar disso, desde 2001 a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) desconsidera a bolsa de estudo como salário", destaca
o advogado.

Para ilustrar a polêmica, basta observar o caso que ocorreu com o Centro Universitário São
Camilo, relatado pelo advogado da instituição, Ricardo Salvador. Segundo ele, um inspetor de
alunos que, hipoteticamente, ganha R$ 1 mil e tem dois filhos estudando administração de
empresas com uma mensalidade de R$ 500,00, para o INSS o salário do inspetor é R$ 2.000,00.
"Isso é um absurdo e está errado. As bolsas de estudo dadas aos filhos do funcionário nunca
compuseram sua remuneração, são meros benefícios dados por força das convenções coletivas de
trabalho. Esse entendimento do INSS poderá levar ao cancelamento de todas as bolsas de estudo
dadas pelas escolas aos filhos de seus funcionários", afirma Salvador.

Covac concorda com essa observação. Segundo ele, a interpretação dos auditores da Super
Receita, se levada a efeito, pode obrigar as instituições mantenedoras a gastos muito altos não
previstos, como multas e penalidades que tornariam ainda mais pesados tais encargos.
"Persistindo tal entendimento, dificilmente o beneficio da concessão de bolsas será mantido nas
convenções coletivas", afirma.

Além disso, esse tipo de bolsas de estudo, destinadas especificamente para profissionais e seus
dependentes, já encontra precedente em outras normas legais, como a que trata da criação do
ProUni. De acordo com a Lei nº 11.096/2005, as instituições que aderirem ao ProUni ou
adotarem suas regras de seleção poderão considerar como bolsistas do programa os trabalhadores
da própria instituição e seus dependentes que forem bolsistas em decorrência de convenção
coletiva ou acordo trabalhista, até o limite de 10% das bolsas concedidas.

Para o advogado Marcel Cordeiro, especialista em direito previdenciário, autuações desse tipo
são normais e devem continuar acontecendo, mas as instituições que recorrem à Justiça
geralmente conseguem reverter a situação. "Ainda que não tenham êxito no âmbito
administrativo, vão conseguir no judiciário", diz. Segundo ele, o fato de a concessão de bolsas
constar da convenção coletiva é um "argumento fortíssimo" para as empresas autuadas. "A
convenção tem força de lei. Além disso, (o estudo) é uma área atrelada. Isso é importante
vincular", defende.

De acordo com Cordeiro, apesar da "farta jurisprudência" em contrário, o fiscal da Receita se vê


obrigado a autuar. Na opinião dele, porém, esse cenário está mudando, principalmente após a
fusão da Previdência com a Receita, que criou a Super Receita. "Antes de percorrer o judiciário,
vale a pena tentar no administrativo. É difícil, mas estamos tendo surpresas bastante agradáveis",
aconselha.

Notícia publicada em 07/01/2008 às 13h54


Fonte: LivrOnline

• https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2
009/3/1/projeto-piloto-de-fiscalizacao-ja-comecou

Projeto piloto de fiscalização já começou  
O Globo - 01/03/2009

Universidades privadas negam haver irregularidades

BRASÍLIA. A Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação já deu início a um


projeto piloto de fiscalização. O objetivo é verificar a consistência do banco de dados do governo
e testar hipóteses.

O ministério está intrigado com o fato de que algumas instituições deixam de oferecer bolsas em
determinados semestres. Em tese, isso poderia estar ligado ao fato de elas realizarem só um
vestibular por ano. Mas pode ser também uma irregularidade.

Universidades dizem não temer fiscalização

A Associação Brasileira de Mantenedores do Ensino Superior (ABMES), entidade que reúne os


donos de instituições privadas, diz não temer a fiscalização do governo. O advogado e consultor
da ABMES José Roberto Covac lembra que a pré-seleção de estudantes é feita pelo Ministério
da Educação.

- As instituições de ensino não vão ter qualquer problema. Quem pré-seleciona os estudantes é o
MEC- diz Covac.

Para pleitear uma bolsa, o candidato é obrigado a fazer o Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem). A nota mínimo para ser contemplado é 45 pontos, na escala até 100. Quem está nessa
situação se inscreve na página do MEC, pela internet. O sistema é eletrônico e controlado pelo
ministério. As instituições entram na fase seguinte, na hora de verificar a documentação dos
alunos, inclusive o comprovante de renda.

Covac admite que há vagas do ProUni que acabam não sendo preenchidas. Isso ocorre, segundo
ele, por falta de estudantes aptos a receber a bolsa ou que se matriculam e depois desistem por
falta de dinheiro para despesas de alimentação, transporte e material didático.

- As instituições cumprem a sua parte na concessão das bolsas, mas não há recursos para que os
alunos se mantenham - diz Covac.

MEC nega mudanças no sistema do ProUni

Para ser contemplado com bolsa integral, o estudante deve ter renda familiar máxima de um e
meio salário mínimo mensal (R$697,50); para bolsas de 50%, o limite é renda familiar de três
salários mínimos (R$1.395).

Na semana passada, o presidente Lula deu a entender que o MEC estaria preparando mudanças
no ProUni para mais do que dobrar o número de bolsistas. O ministério negou qualquer mudança
no programa, dizendo que a expansão a que se referiu o presidente engloba o aumento de vagas
nas universidades federais, nos institutos federais de tecnologia e no programa de Financiamento
Estudantil (Fies).

• www.adufrgs.org.br/conteudo/sec.asp?id=cont_noticias.asp&InCdNot
icia=8894

08.08.08
Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do País
Levantamento divulgado pelo MEC revela que 27 cursos de medicina do País "não têm condições de
funcionar", nas palavras do próprio governo.

Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que
terminam o ensino superior na área.
Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar
de Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão),
perfil do corpo docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, com base no
questionário do Enade.
Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na prova.
Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área".
Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia,
nutrição, entre outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em agroindústria.
Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram
entre 4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).
A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista
também teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam
do Enade, por não concordar com a metodologia adotada.
Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban,
também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.
Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da
Educação Superior, com dados de 2006 --o de 2007 ainda não está disponível.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos cursos
será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1
e 2.
O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar se
as condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.
Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito continue baixo, o
MEC diz que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.
Crítica
"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas. Não reúnem a menor condição para o ensino da
medicina", diz Antonio Carlos Lopes, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da
Sociedade Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.
Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a
avaliações, mas se posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar, que
consideram "improvisado".
"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da metodologia
[utilizada no novo conceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das Entidades Representativas do
Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o
Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for totalmente implementado, instituições de
ensino superior "serão obrigadas a mudar seus projetos para transformarem-se em cursos preparatórios sobre
Enade".

• Fonte:
Folha de São Paulo

• www.advsaude.com.br/noticias.php?local=1&nid=1527
Clippings Jurídicos

Cursos ``inadequados`` formam 1 em cada 4


médicos do país
(08/08/2008 07:23:00)

Levantamento divulgado pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de


medicina do país ``não têm condições de funcionar``

FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo
ANGELA PINHO
da Folha de S.Paulo, em Brasília
ANTÔNIO GOIS
da Folha de S.Paulo, no Rio

Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de


medicina do país ``não têm condições de funcionar``, nas palavras do próprio governo.

Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a


cada 4 médicos que terminam o ensino superior na área.

Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o
CPC (Conceito Preliminar de Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e
evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil do corpo docente (como
titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do
Enade.

Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos


universitários na prova.

Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que
significa ``referência na área``.

Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia,


veterinária, fisioterapia, nutrição, entre outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia
e tecnologia em agroindústria.

Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições


privadas, e 21,4% ficaram entre 4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades
estatísticas).

A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a
Universidade Estadual Paulista também teve curso mal avaliado (educação física em
Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam do Enade, por não
concordar com a metodologia adotada.

Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de ``sem condições``: 26


cursos com nota 2. A Uniban, também entre as maiores instituições do país, chegou a
ter nota 1.

Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou
o último Censo da Educação Superior, com dados de 2006 --o de 2007 ainda não está
disponível.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos
indicadores, a fiscalização dos cursos será mais rígida. O próximo passo será enviar
uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um


mês. Elas vão verificar se as condições das escolas diferem da mostrada pelos
indicadores.

Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o
conceito continue baixo, o MEC diz que abrirá processo para analisar o fechamento do
curso.

Crítica

``As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas.

Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina``, diz Antonio Carlos Lopes,
professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade
Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da Comissão Nacional de Residência
Médica do MEC.
Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não
são contrárias a avaliações, mas se posicionaram contra a criação do novo conceito de
avaliação, o conceito preliminar, que consideram ``improvisado``.

``Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do


formato e da metodologia [utilizada no novo conceito]``, afirmou José Roberto Covac,
advogado do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, que
diz reunir 80% das instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes
(Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for totalmente
implementado, instituições de ensino superior ``serão obrigadas a mudar seus projetos
para transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade``.

Fonte: FOLHA ONLINE

• www.agora.uol.com.br/trabalho/ult10106u510818.shtml
01/03/2009
Hora de ter o diploma
Camila Souza
do Agora
Após cursar os anos da graduação e cumprir todos os deveres acadêmicos, é chegada a hora de
receber o diploma e iniciar a vida profissional. Nesse momento, o aluno pode ter algumas dúvidas sobre
o que é preciso fazer para receber o certificado.
Entre as dúvidas mais frequentes, está o questionamento sobre a cobrança do diploma. "No início de
2006, existia uma lei estadual que permitia a cobrança. Mas, como houve diversas ações contra, essa lei
está suspensa", comenta Valéria Cunha, assistente de direção do Procon-SP.
Além disso, em dezembro de 2007, entrou em vigor uma portaria do MEC (Ministério da Educação) que
proíbe a cobrança, pois entende que o valor do diploma já está incluso nas mensalidades pagas ao
longo do curso. "De acordo com a portaria, o diploma só pode ser cobrado no caso de apresentação
decorativa, como a utilização de papel ou tratamento gráfico especiais, por opção do aluno", diz José
Roberto Covac, diretor jurídico do Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos
de Ensino Superior do Estado de SP).
Caso a instituição esteja cobrando pela emissão do certificado de conclusão de curso, o aluno pode
procurar os órgãos de defesa do consumidor ou propor uma ação no Juizado Especial Cível.
O histórico escolar é outro documento necessário após a finalização do curso, pois é ele que certifica o
desempenho acadêmico do estudante. ôAs regras para a emissão do histórico escolar são as mesmas
do diploma, ou seja, não pode haver cobrança porque o custo do documento já estava incluso no cursoö,
diz Valéria.
Outra questão que deve ser considerada nesse momento é a dos alunos que estão com mensalidades
em atraso. De acordo com a lei 9.870, de 1999, são proibidas a suspensão de provas escolares, a
retenção de documentos escolares, como o diploma de conclusão, ou a aplicação de quaisquer outras
penalidades pedagógicas por motivo de inadimplência.
"No entanto, a universidade não é obrigada a renovar a matrícula nem a negociar a dívida. Esse aluno,
ainda, pode ser cobrado judicialmente e ter seu nome inscrito nos órgãos de proteção ao crédito, desde
que haja previsão contratual e que o aluno seja comunicado previamente pela instituição", analisa
Covac.

• www.andes.org.br/Informandes50_reforma.htm
REFORMA UNIVERSITÁRIA
Empresários do ensino superior atacam conceito de educação como bem público

Por Elizângela Araújo


ANDES-SN

A “audiência pública” realizada na última quarta-feira (11/6)


na Câmara dos Deputados, pela Frente Parlamentar em
Defesa do Ensino Superior, ressaltou a organização dos
empresários da educação na defesa de seus interesses e
deixou clara a influência que o setor exerce sobre os
parlamentares. A reunião foi convocada pelo presidente da
Frente, deputado Severiano Alves (PDT-BA), para discutir os
projetos de lei 4.212/04 (ao qual foi apensado o PL
7.200/06, da reforma universitária), que altera a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (leia mais), e 2.138/03, que
proíbe o capital estrangeiro nas instituições educacionais
públicas.

O que poderia ser uma boa oportunidade de discussão de um


assunto que interessa amplamente aos brasileiros foi palco
para dois representantes de instituições privadas – únicos
palestrantes da tarde, defenderem os interesses do setor. A
reunião durou pouco mais de uma hora.

Antônio Carbonari Netto, diretor de Relações Institucionais do Sindicato das Entidades Mantenedoras
de Estabelecimentos de Ensino Superior de São Paulo – SEMESP e José Roberto Covac, presidente da
Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior – ABMES, atacaram o conceito de educação
como bem público, rechaçaram a limitação de capital estrangeiro em 30% e cobraram a ampliação do
ensino a distância.

José Roberto Covac afirmou que “a reforma universitária não é a principal preocupação [dos
empresários], mas há alguns aspectos do PL 7.200 que incomodam, como o conceito de educação
como bem público, presente no Art. 3º do projeto”. Para ele, esse artigo deve ser retirado do PL
porque contraria o Art. 209 da Constituição Federal, que estabelece que o ensino é livre à iniciativa
privada, desde que sob autorização e avaliação da qualidade do ensino pelo Poder Público. Aliás,
Covac também criticou a a Constituição nesse ponto, afirmando que “isso precisa ser atacado”.

Antônio Carbonari, que é reitor do Centro Universitário Anhanguera, ironizou o conceito de bem
público resumindo – de forma grosseira – que “o Código Civil estabelece que bens públicos são rios,
mares, o céu etc.” “Esse conceito significa o fim da iniciativa privada nesse país e é abominável”,
afirmou.
O InformANDES Online, o presidente do ANDES-SN, Paulo Rizzo, diz que a Constituição deveria ir
além e estabelecer a educação como monopólio do Estado. "Para nós, o conceito de bem público que
os empresários atacam, por trazer embutido uma regulamentação mínima, é pouco, mas o
empresariado quer a desregulamentação total do serviço que prestam, ou seja, não aceitam nenhum
controle. O que vem acontecendo com a educação é que vem deixando de ser um direito para ser um
serviço, de acordo com as orientações do Banco Mundial. Para o ANDES-SN e outros movimentos
ligados à defesa da educação, ela deveria ser uma concessão ao setor privado".

Educação a distância e capital estrangeiro


Covac afirmou que o PL 7.200 é “extremamente tímido e mal cuidado com relação ao ensino a
distância, que inexoravelmente tem que ser ampliado”. Com relação à limitação em 30% do capital
estrangeiro nas entidades privadas de educação superior, o presidente da ABMES afirmou que o
Ministério da Educação deve se preocupar com a qualidade dos cursos, e não com a origem do seu
financiamento. “O capital estrangeiro não é prejudicial”, defendeu.

Carbonari disse, ainda, considerar inconstitucional a proibição do capital estrangeiro nas empresas de
ensino superior. “É engessar a entidade. É um contraste à educação liberal do povo brasileiro. Para
mim, esse projeto (2.138/03) deve sair da pauta [da Câmara] imediatamente”. O diretor do SEMESP
mencionou, ainda, o projeto de lei para o ensino superior elaborado pelo ANDES-SN, que propõe a
proibição total do capital estrangeiro em empresas de educação, ao qual se referiu como “radical”.

Os representantes dos empresários da educação entregaram ao deputado Jorginho Maluly (DEM/SP),


que presidiu a audiência, um documento intitulado “Subsídios para uma agenda propositiva ao MEC”,
elaborado conjuntamente pela ABMES, SEMESP, Associação Brasileira de Instituições Educacionais
Evangélicas - ABIEE, Associação Brasileira de Mantenedoras das Faculdades Isoladas e Integradas -
Abrafi, Associação Nacional dos Centros Universitários - Anaceu, Associação Nacional das
Universidades Particulares – ANUP e Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino -
CONFENEN.

Perfil do presidente da frente parlamentar


O deputado Severiano Alves (PDT-BA) é um dos mais ferrenhos defensores do setor privado da
educação no Congresso Nacional. Ao assumir a presidência da Frente Parlamentar em Defesa do
Ensino Superior, em abril deste ano, o parlamentar afirmou que “as instituições privadas precisam se
impor, já que são responsáveis por mais de 75% do alunado”. Para ele, a ampliação do ensino
superior deve ser feita por meio da parceria entre o governo e o setor privado.

Em entrevista à revista Ensino Superior, Alves afirmou: "Pela carência de uma reforma universitária é
que eu defendo que o ensino superior privado tenha uma postura não de competição, mas de
posicionamento. Mais ousado e agressivo em relação ao governo. Sem esse setor, o Brasil não teria
como atender à demanda por mão-de-obra especializada. Tenho dito isso aos mantenedores. Não
devem negociar com o governo mais vagas no ProUni trocando isso por isenções tributárias. O
governo tem de entrar com uma parcela de contribuição no setor como se as instituições fossem
públicas. O governo deveria investir diretamente para criar mais vagas nas instituições privadas.
Conveniar o ensino público usando estrutura particular. Ao invés de criar uma universidade pública, o
melhor seria ampliar a oferta de vagas pelo setor privado. Aí aproveitávamos as vagas ociosas nessas
faculdades".

A Frente é formada por 213 parlamentares – 31 senadores e 182 parlamentares – e foi formada no
ano passado.

<< PRIMEIRA PÁGINA


• www.andifes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2
91
Você está aqui:

CURSOS "INADEQUADOS" FORMAM 1 EM CADA 4 MÉDICOS DO PAÍS

06 de agosto de 2008 23:00


Dados do Enade mostram que 2.600 alunos cursaram faculdades mal avaliadas. Os cursos tiveram
notas 1 e 2 em indicador do MEC, que leva em conta uma prova, o perfil do corpo docente e a
satisfação dos alunos

Dados do Enade mostram que 2.600 alunos cursaram faculdades mal avaliadas

Os cursos tiveram notas 1 e 2 em indicador do MEC, que leva em conta uma prova, o perfil do corpo
docente e a satisfação dos alunos

Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país
"não têm condições de funcionar", nas palavras do próprio governo.
Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos
que terminam o ensino superior na área.

Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito
Preliminar de Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade
2007 (antigo Provão), perfil do corpo docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos
estudantes, com base no questionário do Enade.

Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários
na prova.

Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa
"referência na área".

Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária,
fisioterapia, nutrição, entre outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em
agroindústria.

Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e
21,4% ficaram entre 4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).

A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade
Estadual Paulista também teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2).
USP e Unicamp não participam do Enade, por não concordar com a metodologia adotada.

Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A
Uniban, também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.

Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo
da Educação Superior, com dados de 2006 -o de 2007 ainda não está disponível.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização
dos cursos será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às
instituições que tiraram notas 1 e 2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão
verificar se as condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.

Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito continue
baixo, o MEC diz que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.

Crítica

"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas.

Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina", diz Antonio Carlos Lopes, professor da
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e
ex-presidente da Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a
avaliações, mas se posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito
preliminar, que consideram "improvisado".

"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da
metodologia [utilizada no novo conceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das
Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do setor.
Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não
for totalmente implementado, instituições de ensino superior "serão obrigadas a mudar seus projetos
para transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade".

• www.aprendervirtual.com.br/noticiaInterna.php?ID=1&IDx=75

LDB versus Reforma

O ensino superior privado já vinha com forte tendência de expansão


A LDB teve como seus principais
antes do estabelecimento da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) pelo
méritos uma maior abertura para a
então ministro Paulo Renato em 1997. Depois dessa lei, abriu-se um
expansão do ensino, a derrubada do
espaço ainda maior para esse fenômeno, além de derrubar o que era
currículo mínimo e a criação da cultura
chamado pelo MEC de "currículo mínimo", que muitas vezes se
de avaliação
transformava em "currículo máximo" e limitava os cursos. A LDB teve

também o mérito de criar uma cultura de avaliação e novos cursos,

como os seqüenciais.
Para o professor Paulo Alcântara Gomes, reitor da
Excesso de regulação
Universidade Castelo Branco (RJ), apesar de a
Não é sem razão que muitos gestores do ensino superior
LDB ter suas falhas, o governo teria mais margem
reclamam do excesso de regulamentação do MEC. Após
para fortalecer o ensino privado se trabalhasse na
a LDB, já são 1.351 leis, medidas provisórias, decretos,
reconstrução e consolidação desse conjunto de
portarias e resoluções. José Roberto Covac, mostra um
leis, uma vez que corremos o risco de ter mais uma
exemplo emblemático em que a regulação beira o
reforma inacabada em nosso histórico. "Nove anos
absurdo: as instituições precisam de endereço para
depois da LDB teríamos de reconsiderar muitos
fornecimento de curso, com contrato de aluguel de pelo
aspectos, como a presença cada vez mais forte da
menos 5 anos para recredenciamento.
globalização e da competitividade das empresas, a
Covac defende uma agenda positiva no MEC, que tenha
inserção da Tecnologia da Informação na
como objetivo a flexibilização dos processos de
universidade e a necessidade atual de formar
transferência de mantidas, a utilização do FGTS para a
profissionais para desenvolver pesquisas futuras
educação e a possibilidade de remanejamento de vagas
no mercado profissional, já que a pesquisa dentro
em diferentes turnos. "Apesar de tantas necessidades, o
da própria instituição dificilmente gera resultados.
governo edita uma reforma que não corrige os problemas
Nem mesmo a Stanford faz isso pelo Vale do
e ainda aponta para o estabelecimento de um decreto-
Silício".
ponte. Está na hora de o setor privado se unir e dar seu

grito de alerta para evitar falências generalizadas no

"Um dos grandes problemas da meio", conclui.

Lei é estabelecer três tipologias

de instituições (faculdades,

centros universitários e

universidades), criando uma

espécie de hierarquia entre elas e

a sensação de que a escola

sempre deve trabalhar para se

transformar em centro e depois

em universidade", Paulo

Alcântara Gomes, reitor da UCB


• www.artigonal.com/carreira-artigos/lei-do-estagio-causa-quedas-nos-
numeros-de-vagas-643978.html

APLICAÇÃO

A falta de clareza de alguns artigos é mencionada mesmo por quem defende a nova lei. Coordenadora
dos estágios do curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, Taís Fortes
considera a lei um avanço por dificultar a utilização do estagiário como mão-de-obra barata.
Mas tem dúvidas. Ela não sabe, por exemplo, se o artigo 14, que afirma se aplicar “ao estágio a
legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho”, implica a exigência de exames médicos para
admissão e demissão.

Caetana explica que a intenção desse artigo não era exigir esses exames, mas garantir aos estagiários
os instrumentos e procedimentos de segurança utilizados pelos funcionários da empresa. A gerente
jurídica e de desenvolvimento de projetos sociais do Ciee, Maria Nilce Mota, comemora a interpretação
de Caetana, mas afirma que, até a publicação da instrução normativa, a entidade vai recomendar às
empresas, de forma preventiva, a realização dos exames. Maria Nilce considera que a diminuição na
oferta de vagas é apenas temporária e só vai durar até as empresas e instituições fazerem os ajustes.

O assessor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior


no Estado de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, afirma que a lei mais atrapalha do que
ajuda os estagiários.

Ele argumenta que a nova lei engessa as relações entre estudante, escola e empresa. “Alguns
estágios tornam-se inviáveis com a carga horária de seis horas e o período máximo de dois anos
na mesma empresa.” Ele afirma que não seria necessário criar uma nova lei: bastaria fiscalizar as
condições de atividade dos estagiários.

Caetana entende que, no início, a lei pode dar a impressão de que prejudica o estagiário. “Afinal,
alguns se submetem a um estágio precário porque precisam da remuneração”, aponta. “Mas,
depois, é fácil compreender que todos são beneficiados quando não se reforça a precarização das
condições de trabalho.”

• www.caetanocontabilidade.com.br/ver_noticia.php?not_id=29

Nova lei complica estágios

Fonte: O Estado de São Paulo em 17/11/2008


Ambigüidades da nova legislação, em vigor há 45 dias, foram reconhecidas pelo próprio
Ministério do Trabalho
Em 45 dias, desde que a nova lei de estágio foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, o número de vagas oferecidas no País caiu 40%, de acordo com levantamento da
Associação Brasileira de Estágios (Abres). A oferta caiu de 55 mil postos mensais para 33 mil. O
motivo, segundo a entidade, é o desconhecimento das novas regras, que têm assustado e
confundido as empresas e as instituições de ensino superior. Apenas o Centro de Integração
Empresa-Escola (Ciee) já fez cerca de 30 mil atendimentos para solucionar dúvidas de
empresários, instituições de ensino e estudantes.

Além disso, a burocracia exigida para adaptar contratos e modificar as propostas pedagógicas
dos cursos torna o processo ainda mais lento. “Acreditamos que levará cerca de dois anos para
que a situação se normalize e a oferta volte ao normal”, afirma Seme Arone Júnior, presidente da
Abres. “Isso porque as faculdades não se prepararam e as empresas estão com medo. Há muita
falta de informação”, diz ele. Arone Júnior, no entanto, acredita que a lei, apesar da confusão
inicial, será benéfica para os estagiários, que terão mais garantias de respeito ao seu
desenvolvimento educacional.

Um dos pontos da lei que provocaram confusão e empacaram os estágios foi a determinação de
que os estágios não obrigatórios constem do projeto pedagógico dos cursos de graduação - até
então, isso não era requisito. Desse modo, se a instituição ainda não atualizou seu projeto - e em
algumas isso é um processo demorado, que depende de votação em conselhos universitários, por
exemplo -, ela não poderá assinar ou renovar o contrato de estágio do aluno.

Outros pontos polêmicos são a jornada diária da atividade (de 8 para 6 horas semanais), o tempo
de permanência no mesmo estágio (restrito a dois anos) e os benefícios obrigatórios. O
secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Ezequiel Sousa do
Nascimento, afirma que a pasta pretende publicar uma instrução normativa para dirimir as
dúvidas em até 15 dias. “Vamos nos reunir terça e quarta-feira para redigir o texto”, diz
Nascimento.

Para tentar acabar com as polêmicas, o Ministério da Educação também se pronunciará


oficialmente. A coordenadora de políticas públicas da Secretaria de Educação Profissional e
Técnica do Ministério da Educação (MEC), Caetana Juracy Rezende Silva, que participou da
elaboração da lei, diz que o MEC enviará até o fim do mês um comunicado às instituições de
ensino com instruções práticas.

APLICAÇÃO

A falta de clareza de alguns artigos é mencionada mesmo por quem defende a nova lei.
Coordenadora dos estágios do curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo, em São
Paulo, Taís Fortes considera a lei um avanço por dificultar a utilização do estagiário como mão-
de-obra barata. Mas tem dúvidas. Ela não sabe, por exemplo, se o artigo 14, que afirma se
aplicar “ao estágio a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho”, implica a exigência
de exames médicos admissionais e demissionais.

Caetana explica que a intenção desse artigo não era exigir esses exames, mas garantir aos
estagiários os instrumentos e procedimentos de segurança utilizados pelos funcionários da
empresa. A gerente jurídica e de desenvolvimento de projetos sociais do Ciee, Maria Nilce Mota,
comemora a interpretação de Caetana, mas afirma que, até a publicação da instrução normativa,
a entidade vai recomendar às empresas, de forma preventiva, a realização dos exames. Maria
Nilce considera que a diminuição na oferta de vagas é apenas temporária e só vai durar até as
empresas e instituições fazerem os ajustes.

O assessor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino


Superior no Estado de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, afirma que a lei mais atrapalha
do que ajuda os estagiários. Ele argumenta que a nova lei engessa as relações entre estudante,
escola e empresa. “Alguns estágios tornam-se inviáveis com a carga horária de seis horas e o
período máximo de dois anos na mesma empresa.” Ele afirma que não seria necessário criar uma
nova lei: bastaria fiscalizar as condições de atividade dos estagiários.

Caetana entende que, no início, a lei pode dar a impressão de que prejudica o estagiário. “Afinal,
alguns se submetem a um estágio precário porque precisam da remuneração”, aponta. “Mas,
depois, é fácil compreender que todos são beneficiados quando não se reforça a precarização das
condições de trabalho.”

• www.camara.gov.br/internet/jornalcamara/materia.asp?codMat=4097
2&codjor=1333

Brasília, sexta-feira, 13 de junho de 2008 - Ano 8 Nº 2056

Geral
ENSINO SUPERIOR - Escolas privadas criticam reforma e sugerem
mudanças sobre o tema

Representantes de instituições particulares de ensino fizeram críticas, na


quarta-feira, ao que consideram interferência do Estado no funcionamento
das escolas. Em audiência pública da Frente Parlamentar do Ensino Superior,
os convidados também sugeriram mudanças em projetos sobre o tema.
O presidente da Associação Brasileira de Direito Educacional e diretor do
Departamento Jurídico da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino
Superior, José Roberto Covac, disse que o projeto de reforma universitária
do Executivo (PL 7200/06) “dá pouca importância à educação a distância, na
contramão do desenvolvimento tecnológico e das demandas da sociedade”.
Covac criticou ainda o sistema de credenciamento para centros universitários
e universidades. Segundo ele, os critérios estabelecidos pelo projeto “são
muito restritivos e impedem o credenciamento de algumas instituições
simplesmente pelo excesso de normas burocráticas”.
Excesso de portarias - Roberto Covac também reclamou da quantidade de
portarias do Ministério da Educação (MEC) para normatizar o funcionamento
das instituições de ensino superior. De acordo com ele, o excesso de
portarias gera insegurança jurídica e interfere na gestão das escolas
particulares. “As instituições levam muito tempo e gastam muitos recursos
apenas para atender a exigências burocráticas”, reforçou.
Ele disse ainda que atualmente o MEC extrapola a competência de legislar
sobre educação e interfere em temas como relações de consumo e de
trabalho, “o que causa transtornos administrativos”.
Segundo Covac, ao mesmo tempo em que o MEC “exacerba na edição de
normas, falha no cumprimento dos prazos de avaliações institucionais e de
publicação de portarias que beneficiam as escolas”. Ele defendeu a
aprovação do Projeto de Lei 4212/04, do deputado Átila Lira (PSB-PI), que
limita os poderes do MEC para editar portarias. Segundo o projeto, a União
só poderá editar normas sobre cursos de graduação e pós-graduação
mediante lei.
Bem público - O diretor de relações institucionais do Sindicato das Entidades
Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São
Paulo (Semesp), Antonio Carbonari Netto, criticou o conceito de educação
como bem público presente no projeto do Executivo.
Segundo ele, a categoria de bens públicos inclui o subsolo, os mares, os rios
e estradas, mas a educação é um bem social. “O conceito do Executivo é
inadequado, pois impossibilita a exploração privada dos serviços e exige
regime de concessão”, explicou.
Além desse aspecto conceitual, ele criticou pontos específicos que
representariam ingerência do Estado. Carbonari citou a exigência de 1/3 de
docentes em tempo integral, considerada por ele como inviável
financeiramente. Ele também reivindicou a autorização para as escolas
expedirem os diplomas dos alunos formados. Em sua avaliação, é
contraditório autorizar a abertura dos cursos e não permitir a emissão dos
diplomas.
O projeto do Executivo mantém a exigência da Lei de Diretrizes de Bases da
Educação Nacional (LDB - 9.394/96) de que os certificados sejam dados por
universidades públicas credenciadas pelo MEC. No caso do Distrito Federal,
por exemplo, apenas a Universidade de Brasília (UnB) está autorizada a
expedir os diplomas de estudantes formados em faculdades privadas.

• www.clipclap.com.br/Integra.aspx?jornalid=83&id=141206

Cliente: PUC - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

(13/09/2007 16:25:25) Cobrança por diploma pode estar com dias contados
Veículo: Site: Universia - Seção: Se liga no campus - 13/09/2007

Ministério Público move ação para extinguir exigência desse pagamento


Não deixe
de ler
Por Lilian Burgardt

Uma ação movida na última semana pelo MPF (Ministério Público


Federal) contra a cobrança dos diplomas em 13 instituições particulares
Cobrança por
do Ensino Superior de São Paulo recebeu, no último dia 11, parecer
favorável da justiça. A decisão, publicada, hoje, no site oficial da diploma pode estar
Procuradoria da República garante que estudantes recebam o diploma com dias contados
sem qualquer custo.

A juíza Fernanda Souza Hutzler, da 20ª Vara Federal Cível de São Paulo, Quanto vale o
concedeu a liminar com base na existência da Norma federal do diploma?
Conselho Nacional de Educação, editada em 1989, e jurisprudência
posterior, proibindo as Instituições de Ensino Superior privadas de
cobrar qualquer taxa para a expedição de diplomas, uma vez que a lei
determina que tal serviço não é extraordinário.

Segundo a decisão da juíza, o fornecimento de certificados e diplomas de conclusão de curso está


entre os encargos educacionais sujeitos à cobrança por meio de anuidade escolar a ser paga pelo
aluno. Em seu texto, a magistrada destaca: "o aluno se matricula no curso para, ao final, receber o
diploma registrado e reconhecido pela instituição educacional, pagando por isso ao longo de toda
sua vida acadêmica."

A boa notícia para os estudantes é que, por se tratar de uma lei federal, ela pode ser estendida
para todas as instituições privadas de Ensino Superior, desde que os ministérios públicos estaduais
entrem com ação nesse sentido. É o que já acontece nos estados do Ceará, Goiás, Rio Grande do
Sul e Distrito Federal.

A novidade abalou o setor, uma vez que já é praxe das Instituições de Ensino Superior privadas
cobrar pela emissão do documento. Em 10 de fevereiro de 2006, uma lei estadual de autoria do
então deputado estadual Donisete Braga (PT-SP) publicada no Diário Oficial, causou furor por
limitar a cobrança pela emissão do diploma nas Instituições de Ensino Superior privadas do estado
de São Paulo a 5 Ufesps (Unidades Federativas do Estado). Na época, essa limitação representava
o equivalente a R$ 69,95.

Desde então, universidades e alunos travam uma briga para conseguir seu diploma de acordo com
a lei estadual. Universidades alegavam responder apenas à União, enquanto alunos queriam fazer
valer o seu direito. Na briga, a UNE (União Nacional dos Estudantes) se uniu ao Procon-SP
(Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) para evitar a cobrança indevida. Assim, quem
quisesse seu diploma de acordo com a lei estadual era obrigado a entrar com um pedido munido da
cópia da legislação e aguardar a aprovação da instituição. Caso o pedido fosse indeferido, o
estudante poderia procurar a ouvidoria do estudante da UNE que oferece assistência jurídica
gratuita em proteção aos seus direitos.

Na época, entrevistado pelo Universia, o presidente do Semesp (Sindicato das Entidades


Mantenedoras das Instituições de Ensino do Estado de São Paulo), Hermes Ferreira Figueiredo,
declarou que considerava a medida autoritária, pois feria a autonomia das universidades que,
segundo o MEC, têm total gerência sobre suas contas e sobre a forma como podem cobrar em
relação aos seus serviços. Ainda assim, não aconselhava que nenhuma instituição de Ensino
Superior privada fosse contra a legislação. Hoje, nem o próprio MPF, nem o Semesp reconhecem a
lei estadual. Ambos alegam que a questão da fiscalização da emissão do diploma é de
responsabilidade da União. Motivo que levou o MPF a entrar com uma ação afim de regular, de vez,
a questão.

Para o consultor jurídico do Semesp, José Roberto Covac, assim como a lei estadual de 2006 -
sobre a qual o Semesp move uma ação de inconstitucionalidade -, a decisão da juíza pode levantar
um outro problema: a falsificação dos diplomas. "O selo especial ou o papel de pele de carneiro são
diferenciais que ajudam a conferir a autenticidade do documento. Se os diplomas passarem a
serem expedidos em papel sulfite serão muito mais fáceis de serem falsificados", diz.

Com relação à Norma do Conselho editada em 1989, o consultor explica que leis posteriores como
a lei 8.170, a 9.170 e o próprio Código de Defesa do Consumidor não a recepcionaram. Isso quer
dizer que, antigamente, o Conselho Federal de Educação era o responsável por disciplinar os
valores escolares. Hoje, não cabe mais a este órgão. Além disso, o artigo 207 da Constituição - que
trata da autonomia - permite que as universidades estabeleçam os valores pelos serviços
oferecidos e possam, elas mesmas, ser responsáveis pela emissão dos diplomas. "O problema são
os centros universitários e as faculdades isoladas que não têm a mesma autonomia", diz Covac.
Hoje, estas instituições têm seus diplomas expedidos pela USP (Universidade de São Paulo).

Para Covac, depois da concessão dessa liminar, a recomendação do sindicato é que as instituições
a cumpram, mas lembra que a entidade deverá recorrer para, em sua opinião, promover o
equilíbrio do setor. "Mais uma vez é preciso pensar em uma forma de manter a qualidade da
autenticação para que o processo de certificação não seja prejudicado", defende.

• www.clipclap.com.br/Integra.aspx?jornalid=83&id=144605
Cliente: PUC - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

(28/09/2007 09:38:55) Ensino superior vê nova onda de fusões


Veículo: Jornal: DCI - Seção: Finanças - 28/09/2007

SÃO PAULO - A corrida das instituições de ensino superior pela abertura de capital na Bolsa de
Valores de São Paulo (Bovespa) e possíveis alterações na captação através dos Fundos de
Investimento em Desenvolvimento Creditório (FIDCs) deverão intensificar os processos de fusões e
aquisições do setor nos próximos meses, projetam especialistas. Para eles, mais sete instituições de
ensino superior deverão abrir capital na Bolsa até o final de 2008, alavancando cerca de R$ 3
bilhões em captação. Dentre elas estão a área educacional do Grupo Positivo, Universidade Paulista
(Unip) e COC Sistema de Ensino, este já com oferta em análise na Comissão de Valores Mobiliários
(CVM).Essas instituições devem seguir os passos de Anhangüera Educacional, Kroton S.A e
Universidade Estácio de Sá, que, juntas, captaram R$ 1,438 bilhão na Bovespa em 2007.

Especialistas explicam que para se chegar à Bolsa, é preciso realizar preparos que exigem disposição
de capital. E uma das alternativas para acumular a verba necessária para se adequar aos requisitos da
Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) é a intensificação dos processos de fusões e aquisições,
que têm crescido exponencialmente. "Em 40 anos lidando no setor presenciei cerca de 10 processos
de fusões e aquisições, e agora tramitam no Ministério da Educação (MEC) a formalidade jurídica de
cerca de 70 processos de mudança de mantenedor, que devem estar consolidados até outubro",
afirma Hermes Ferreira Figueiredo, presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de
Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp) e reitor da Unicsul. Ele diz
que o segmento está passando por um forte processo de expansão, e as fusões e aquisições são um
processo natural.

Restrição

Uma possível limitação do Banco Central (BC) em relação à captação através de FIDCs poderá
intensificar ainda mais os processos de fusões e aquisições no setor, uma vez que o FIDC era muito
utilizado como forma de captação entre as instituições. A audiência pública do BC prevê que a
empresa não poderá receber todas as receitas de juros da operação em uma vez, mas sim
mensalmente. Outra mudança prevê a destinação de 100% do total captado aos ativos, o que
diminuirá a alavancagem. O professor de economia brasileira da Trevisan Escola de Negócios, Pedro
Rassy, explica que o FIDC é uma fonte de financiamento barata para a instituição e diz que restrições
a ele de fato poderia mover as instituições de ensino superior no sentido de intensificar processos de
fusões e aquisições para capitalizarem-se. "Há uma elevada demanda reprimida no ensino superior,
e com o crescimento da economia a tendência é que esse setor também receba alavancagem".
Segundo Rassy, a abertura de capital é um caminho natural para muitas instituições.

"As fusões e aquisições já vêm ocorrendo, e a capitalização proporcionada pela Bolsa tende a ser
positiva para o ensino superior", diz.

A ampliação do setor de ensino superior é estimada em cerca de 11%, sendo que desde 1990, o
crescimento foi de 500%. O assessor jurídico do Semesp, José Roberto Covac, diz que 73% das
instituições de ensino superior são privadas atualmente", e explica que ainda que o processo de
abertura esteja em alta, há entidades como Cásper Líbero, Pontifícia Universidade Católica (PUC),
Mackenzie e Metodista cuja natureza jurídica não condiz com o processo de abertura de capital na
Bolsa.

O jurista João Grandino Rodas, diretor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e ex-
presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) explica que o Brasil permanece
como um lugar privilegiado de captação externa, o que inclui o ensino superior.

"No País, apenas 11% do total de jovens de 18 a 24 anos estão matriculados no ensino superior",
lembra Rodas.

O Grupo Positivo já possui capital aberto da Positivo Informática, mas não tem nada previsto nesse
sentido para sua área educacional. Procurados pelo DCI, a Unip não se posicionou sobre o assunto e o
COC não pôde falar por estar em período de silêncio.

• www.convecon.com.br/paginas/programa.htm

Professores

SINAES – SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

José Roberto Covac

Como funciona o Sinaes?


O Sistema Nacional de Educação de Avaliação de Ensino Superior foi instituído pela Lei nº 10.861, de
14 de abril de 2004. O novo sistema acabou com o denominado Exame Nacional de Curso, então
conhecido como “Provão”, e em seu lugar criou o Enade - Exame Nacional de Desempenho Escolar. O
Enade procura avaliar a instituição de ensino por intermédio do desempenho dos alunos nos referido
exame.

O objetivo principal do Sinaes é assegurar o processo nacional de avaliação das instituições de ensino
superior, dos cursos de graduação e do desempenho acadêmico dos estudantes.

O instrumento de avaliação externa das instituições de ensino superior foi implementado a partir de
2006, para as instituições que integram o sistema federal de ensino e tem com o objetivo de emitir os
atos autorizativos visando ao credenciamento e redirecionamento de instituições de ensino superior.

A avaliação de cursos de graduação tem como objetivo identificar as condições de ensino oferecidas
aos estudantes, em especial as relativas ao perfil do corpo docente, às instalações físicas e à
organização didático-pedagógica (art. 4º da Lei nº 10.861). Os resultados das avaliações constituem
referencial básico para o processo de avaliação e de regulação.

O Sistema Nacional de Avaliação de Ensino Superior instituiu em cada IES a Comissão de Avaliação de
Ensino Superior, que tem como atribuições a condução de processos de avaliação internos, de
sistematização e de prestação das informações ao INEP, que é o órgão responsável pela avaliação das
instituições e de cursos.

Como o Sinaes contribui para melhorar o ensino superior no Brasil?


Todo processo de avaliação bem elaborado contribui para a melhoria da qualidade, inclusive do ensino
superior. O ciclo avaliativo foi inaugurado em janeiro com a edição da Portaria nº 01 de 2007.
Entretanto, em função de inúmeros problemas de ordem operacional do Ministério da Educação,
dificultarão o processo de avaliação das Instituições e de curso. Recentemente o Ministério da
Educação editou Portaria, em que autoriza as instituições que encaminharam processo de
reconhecimento de curso a registrarem os diplomas dos alunos. Caso o MEC tivesse cumprido os
prazos e procedimentos de avaliação não haveria necessidade da edição dessa Portaria.

O Sinaes poderá contribuir com a melhoria de ensino do Brasil, sobretudo se os avaliadores estiverem
capacitados para o exercício das avaliações e respeitarem o pluralismo pedagógico, a identidade e a
diversidade das instituições e de cursos.

• www.crcsp.org.br/portal_novo/publicacoes/boletim/boletins/boletim16
4.pdf
SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR AINDA TEM PROBLEMAS
OPERACIONAIS
O presidente da Associação Brasileira de Direito Educacional e diretor administrativo da Universidade
Solidária, José Roberto Covac, foi o palestrante do evento paralelo dirigido aos professores na 20ª Convenção
dos Contabilistas do Estado de São Paulo.
Covac, que também é consultor jurídico do Sindicato dos Mantenedores dos Estabelecimentos de Ensino
Superior de São Paulo, falou sobre a Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, que instituiu o Sinaes (Sistema
Nacional de Avaliação do Ensino Superior).
O novo sistema tem como objetivo assegurar o processo nacional de avaliação das instituições de ensino
superior, dos cursos de graduação e do desempenho acadêmico dos estudantes.
Na sua opinião, todo processo de avaliação pode contribuir para a melhoria da qualidade da educação, mas
inúmeros problemas de ordem operacional do Ministério da Educação vêm ocorrendo desde a implantação do
Sinaes.
“Recentemente”, disse Covac, “o MEC editou uma portaria autorizando as instituições que encaminharam
processo de reconhecimento de curso a registrarem os diplomas dos alunos, o que acaba gerando insegurança
para
os alunos, entidades de registros profissionais e para a própria instituição de ensino”.
• www.crmariocovas.sp.gov.br/noticia.php?it=5686
Vagas para Prouni já são mais de 75 mil

Publicado pelo site Folha Online


03/11/2004

(Camila Marques)
O MEC (Ministério da Educação) reabre nesta quinta-feira a adesão das instituições de ensino superior
ao Prouni (Programa Universidade Para Todos), projeto do governo federal que visa reservar vagas
em universidades e faculdades particulares para alunos de baixa renda. As IES (instituições de ensino
superior) têm até segunda-feira (08) para se inscrever pela internet (www.mec.gov.br/prouni).

Até a quinta-feira passada, quando o MEC divulgou seu último balanço, mais de 700 entidades haviam
preenchido o cadastro de adesão --o Brasil tem 1.850 IES. E segundo apurou a Folha Online, o
número de instituições já foi suficiente para superar em 15 mil a meta do governo de criar, em 2005,
60 mil novas vagas universitárias. O número será anunciado oficialmente pelo ministro Tarso Genro na
próxima semana.

A reabetura do período de inscrição foi pleiteada pelo Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras
de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo), que manteve reuniões com o
secretário-executivo do Ministério, Fernando Haddad, desde a semana passada.

Segundo o consultor jurídico da entidade, José Roberto Covac, um dos motivos para a dilatação do
prazo foi um "problema técnico", já que o site do MEC teve problemas de funcionamento devido ao
alto número de acessos. O outro foi a concordância de que as universidades e faculdades precisavam
de mais tempo para organizar seus documentos, já que o cadastro requer o fornecimento detalhado
do número de bolsas a serem oferecidas ao Prouni, entre outras informações administrativas.

"Um novo prazo é sempre bem-vindo", avalia por sua vez o presidente do Semesp e da Universidade
Cruzeiro do Sul (Unicsul), professor Hermes Ferreira Figueiredo, explicando que o Semesp havia
pedido como data limite de inscrição o dia 15 de novembro. "Mas este cadastro é uma pré-adesão. Por
isso, até a assinatura oficial do contrato, após a avaliação da proposta de cada universidade pelo MEC,
ainda haverá mais discussões sobre o tema. O MEC se comprometeu", afirma ele.

Dúvidas

"Acredito que as insituições que ainda não aderiram não o fizeram por questões operacionais, pela
falta de um ou outro documento. Agora terão tempo de se organizar", diz Figueiredo. Ele reconhece,
porém, que as dúvidas das IES não foram completamente sanadas.

A instituição que aderir ao Prouni ficará isenta do Imposto de Renda, CSLL (Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido), PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Programa de
Integração Social). Nesse sentido, segundo o presidente do Semesp, existe confusão entre o que é
renúncia fiscal, isenção e imunidade tributária.
Além disso, também há dúvidas sobre o número de bolsas a ser oferecido. "Apesar de cada
universidade saber quantas vagas terá de criar para os alunos selecionados, não sabe o que fazer se
elas não forem preenchidas, se haverá alguma compensação. Ou como poderá abrir outras vagas
tradicionais para compensar as bolsas do Prouni", explica Figueiredo.

Atualmente, as universidades particulares pagam todos os impostos e deverão oferecer 10% de sua
receita em vagas para o programa. As instituições sem fins lucrativos também recolhem todos os
impostos, menos a cota patronal (taxa de 20% sobre a folha de pagamento dos funcionários), e
devem oferecer 20% de suas vagas para o Prouni.

Prouni

O Programa Universidade Para Todos tem como objetivo reservar vagas em universidades e
faculdades particulares para alunos de baixa renda. O interessado deve possuir renda de até um
salário mínimo e meio por pessoa da família. Além disso, o estudante deve ter cursado todos os anos
do ensino médio em escolas públicas ou, ainda, em escolas particulares, mas com bolsas integrais.

A fase de cadastramento dos alunos começará no final do ano, quando o MEC divulgar quais as
instituições participarão do programa. O estudante se inscreverá na universidade ou faculdade que
deseja cursar. A avaliação dos escolhidos será feita a partir da análise da nota obtida no Enem (Exame
Nacional do Ensino Médio).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u16365.shtml

Folha Online

• www.direito2.com.br/acam/2008/jun/11/escolas-privadas-criticam-
reforma-universitaria

Escolas privadas criticam reforma universitária

Por: Agência Câmara


Data de Publicação: 11 de junho de 2008

Envie para:

Índice Texto Anterior | Próximo Texto

Links Patrocinados

J. Batista Covac (E): projeto do Executivo "dá pouca importância à educação a distância, na contramão das demandas da
sociedade". Representantes de instituições particulares de ensino fizeram críticas, nesta quarta-feira, ao que consideram
interferência do Estado no funcionamento das escolas. Em audiência pública da Frente Parlamentar do Ensino Superior, os
convidados também sugeriram mudanças em projetos sobre o tema.

O presidente da Associação Brasileira de Direito Educacional e diretor do Departamento Jurídico da Associação Brasileira
de Mantenedoras do Ensino Superior, José Roberto Covac, disse que o projeto de reforma universitária do Executivo (PL
7200/06 ) "dá pouca importância à educação a distância, na contramão do desenvolvimento tecnológico e das demandas da
sociedade".

Covac criticou ainda o sistema de credenciamento para centros universitários e universidades. Segundo ele, os critérios
estabelecidos pelo projeto "são muito restritivos e impedem o credenciamento de algumas instituições simplesmente pelo
excesso de normas burocráticas".

Excesso de portarias

Roberto Covac também reclamou da quantidade de portarias do Ministério da Educação (MEC) para normatizar o
funcionamento das instituições de ensino superior. De acordo com ele, o excesso de portarias gera insegurança jurídica e
interfere na gestão das escolas particulares. "As instituições levam muito tempo e gastam muitos recursos apenas para
atender a exigências burocráticas", reforçou.

Ele disse ainda que atualmente o MEC extrapola a competência de legislar sobre educação e interfere em temas como
relações de consumo e de trabalho, "o que causa transtornos administrativos".

Segundo Covac, ao mesmo tempo em que o MEC "exacerba na edição de normas, falha no cumprimento dos prazos de
avaliações institucionais e de publicação de portarias que beneficiam as escolas". Ele defendeu a aprovação do Projeto de
Lei 4212/04 , do deputado Átila Lira (PSB-PI), que limita os poderes do MEC para editar portarias. Segundo o projeto, a
União só poderá editar normas sobre cursos de graduação e pós-graduação mediante lei.

Bem público

O diretor de relações institucionais do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no
Estado de São Paulo (Semesp), Antonio Carbonari Netto, criticou o conceito de educação como bem público presente no
projeto do Executivo. Segundo ele, a categoria de bens públicos inclui o subsolo, os mares, os rios e estradas, mas a
educação é um bem social. "O conceito do Executivo é inadequado, pois impossibilita a exploração privada dos serviços e
exige regime de concessão", explicou.

Além desse aspecto conceitual, ele criticou pontos específicos que representariam ingerência do Estado. Carbonari citou a
exigência de 1/3 de docentes em tempo integral, considerada por ele como inviável financeiramente. Ele também
reivindicou a autorização para as escolas expedirem os diplomas dos alunos formados. Em sua avaliação, é contraditório
autorizar a abertura dos cursos e não permitir a emissão dos diplomas.

O projeto do Executivo mantém a exigência da Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional (LDB - 9.394/96) de que
os certificados sejam dados por universidades públicas credenciadas pelo MEC. No caso do Distrito Federal, por exemplo,
apenas a Universidade de Brasília (UnB) está autorizada a expedir os diplomas de estudantes formados em faculdades
privadas.

Notícias anteriores:Seminário cobra votação de projetos sobre universidadesEducação rejeita projeto sobre autonomia
universitária

Da Redação

Edição - João Pitella Junior


• www.estadao.com.br/vidae/not_vid277419,0.htm
quinta-feira, 13 de novembro de 2008, 21:55 | Online

Lei de estágio causa queda em número de vagas


Ambigüidades da nova legislação, em vigor há 45 dias, foram reconhecidas pelo próprio Ministério do Trabalho

Alexandre Gonçalves e Simone Iwasso, de O Estado de S. Paulo

Tamanho do texto? A A A A

> SÃO PAULO - Em 45 dias, desde que a nova lei de estágio foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, o número de vagas oferecidas no País caiu 40%, de acordo com levantamento da
Associação Brasileira de Estágios (Abres). A oferta caiu de 55 mil postos mensais para 33 mil. O motivo,
segundo a entidade, é o desconhecimento das novas regras, que têm assustado e confundido as
empresas e as instituições de ensino superior. Apenas o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) já
fez cerca de 30 mil atendimentos para solucionar dúvidas de empresários, instituições de ensino e
estudantes.

Veja também:

Íntegra da nova lei de estágio (primeira parte)

Íntegra da nova lei de estágio (segunda parte)

Você acha que a nova lei de estágio prejudica o estagiário?

Alforria para ''escraviários''

Além disso, a burocracia exigida para adaptar contratos e modificar as propostas pedagógicas dos
cursos torna o processo ainda mais lento. "Acreditamos que levará cerca de dois anos para que a
situação se normalize e a oferta volte ao normal", afirma Seme Arone Júnior, presidente da Abres. "Isso
porque as faculdades não se prepararam e as empresas estão com medo. Há muita falta de
informação", diz ele. Arone Júnior, no entanto, acredita que a lei, apesar da confusão inicial, será
benéfica para os estagiários, que terão mais garantias de respeito ao seu desenvolvimento educacional.

Um dos pontos da lei que provocaram confusão e empacaram os estágios foi a determinação de que os
estágios não obrigatórios constem do projeto pedagógico dos cursos de graduação – até então, isso não
era requisito. Desse modo, se a instituição ainda não atualizou seu projeto – e em algumas isso é um
processo demorado, que depende de votação em conselhos universitários, por exemplo –, ela não
poderá assinar ou renovar o contrato de estágio do aluno.

Outros pontos polêmicos são a jornada diária da atividade (de 8 para 6 horas semanais), o tempo de
permanência no mesmo estágio (restrito a dois anos) e os benefícios obrigatórios. O secretário de
Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Ezequiel Sousa do Nascimento, afirma que a
pasta pretende publicar uma instrução normativa para dirimir as dúvidas em até 15 dias. "Vamos nos
reunir terça e quarta-feira para redigir o texto", diz Nascimento.
Para tentar acabar com as polêmicas, o Ministério da Educação também se pronunciará oficialmente. A
coordenadora de políticas públicas da Secretaria de Educação Profissional e Técnica do Ministério da
Educação (MEC), Caetana Juracy Rezende Silva, que participou da elaboração da lei, diz que o MEC
enviará até o fim do mês um comunicado às instituições de ensino com instruções práticas.

APLICAÇÃO

A falta de clareza de alguns artigos é mencionada mesmo por quem defende a nova lei. Coordenadora
dos estágios do curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, Taís Fortes
considera a lei um avanço por dificultar a utilização do estagiário como mão-de-obra barata. Mas tem
dúvidas. Ela não sabe, por exemplo, se o artigo 14, que afirma se aplicar "ao estágio a legislação
relacionada à saúde e segurança no trabalho", implica a exigência de exames médicos admissionais e
demissionais.

Caetana explica que a intenção desse artigo não era exigir esses exames, mas garantir aos estagiários
os instrumentos e procedimentos de segurança utilizados pelos funcionários da empresa. A gerente
jurídica e de desenvolvimento de projetos sociais do Ciee, Maria Nilce Mota, comemora a interpretação
de Caetana, mas afirma que, até a publicação da instrução normativa, a entidade vai recomendar às
empresas, de forma preventiva, a realização dos exames. Maria Nilce considera que a diminuição na
oferta de vagas é apenas temporária e só vai durar até as empresas e instituições fazerem os ajustes.

O assessor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior


no Estado de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, afirma que a lei mais atrapalha do que ajuda os
estagiários. Ele argumenta que a nova lei engessa as relações entre estudante, escola e empresa.
"Alguns estágios tornam-se inviáveis com a carga horária de seis horas e o período máximo de dois anos
na mesma empresa." Ele afirma que não seria necessário criar uma nova lei: bastaria fiscalizar as
condições de atividade dos estagiários.

Caetana entende que, no início, a lei pode dar a impressão de que prejudica o estagiário. "Afinal,
alguns se submetem a um estágio precário porque precisam da remuneração", aponta. "Mas, depois, é
fácil compreender que todos são beneficiados quando não se reforça a precarização das condições de
trabalho."

• www.fbb.br/nucleos_info.asp?codNoticia=906
Fruto de esforço conjunto

Considerada ambiciosa por alguns, mas uma questão de justiça social por todos, meta de incluir cinco
milhões de alunos no ensino superior até 2013 só poderá ser alcançada se diferentes setores da sociedade
se unirem em torno do tema.

A ampliação do acesso ao ensino superior é o grande desafio do setor para os próximos anos. Nesse ponto,
governo e setor privado concordam. Atualmente, cerca de cinco milhões de brasileiros estão matriculados na
graduação. A meta do Plano Nacional de Educação (PNE) é incluir 30% dos jovens entre 18 e 24 anos na
graduação até 2010.
Mas, provavelmente, esse número, se alcançado, será pelo crescimento da faixa etária acima dos 25 anos.
Agora, o setor de ensino superior privado estipulou uma meta ainda mais audaciosa: incluir cinco milhões de
novos alunos no ensino superior nos próximos cinco anos. Para concretizar o plano, não será suficiente um
movimento unilateral. Será preciso um acordo entre diversos setores. Na opinião de especialistas ouvidos
pela revista Ensino Superior, algumas medidas se fazem necessárias para se pensar em conseguir alcançar
essa meta: a criação de alternativas de financiamento e a qualificação da educação básica são algumas das
propostas de ações.

A meta de incluir cinco milhões de novos alunos assumida pelo setor particular foi traçada durante o
Congresso de Educação Superior - Desafios de Crescer com Qualidade e Quantidade, realizado em
novembro último, na capital pernambucana. Dirigentes e associados do Fórum das Entidades
Representativas do Ensino Superior Particular assinaram a Carta de Recife, documento com uma série de
compromissos e expectativas para os próximos anos em relação à educação superior.

Na Carta, o setor se compromete com a concepção da educação como um bem social, direito do cidadão e
patrimônio estratégico indispensável ao desenvolvimento do país. O documento apela para a integração
entre o ensino superior particular e o ensino básico (seja este desenvolvido pelo governo ou por entidades
particulares) na busca de um novo marco da educação brasileira; se compromete com a promoção do
aperfeiçoamento dos cursos de formação de professores nas instituições públicas e privadas visando a
contribuir, de forma decisiva, para a melhoria da qualidade da educação básica, e assume a
responsabilidade ainda com o respeito ao pluralismo, à heterogeneidade de instituições de ensino e à
coexistência entre instituições públicas e privadas.

Foi em meio a esse espírito que o setor definiu a necessidade do "desenvolvimento de um amplo trabalho
conjunto com o governo e a sociedade para ampliar o acesso das classes C, D e E da população ao ensino
superior em um montante de cinco milhões de novos alunos nos próximos cinco anos", conforme escrito na
Carta.

Para Maurício Escobar, diretor-executivo da Unimonte, a meta é ousada, mas possível, justamente por
representar uma tentativa de aproximação entre diversos setores brasileiros. "A meta é bastante audaciosa,
mas factível a partir do momento em que emergiu da convergência entre todas as instituições de ensino
superior, que deixaram de lado suas diferenças de alinhamento e abriram mão de seus ideais e visões
particulares em prol de um objetivo maior que é valorizar a educação como uma prioridade nacional. Faltava
essa reunião real, esse espaço em que todos pudessem se manifestar e que se encerrasse unindo todas as
entidades em volta de um foco comum", reflete.

Assinada pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes); Associação Brasileira das
Mantenedoras das Faculdades Isoladas e Integradas (Abrafi); Associação Nacional das Universidades
Particulares (Anup); Associação Nacional dos Centros Universitários (Anaceu) e pelo Sindicato das Entidades
Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), a Carta de Recife
possui 16 propostas que devem nortear a pauta de trabalho de todo o setor a partir de agora.

"A Carta nasceu de um momento histórico em que vive a educação superior brasileira e propõe um desafio
que já devia ter sido incorporado anteriormente. Com mais cinco milhões de estudantes no ensino superior
ainda vamos chegar a apenas 30% de brasileiros entre 18 e 24 anos cursando uma graduação, um
percentual que já foi superado pela Argentina, o Chile e até a Colômbia", argumenta Rodrigo Capelato,
diretor- executivo do Semesp.

Ele lembra que a meta dos 30% de jovens na graduação até 2010 está no Plano Nacional de Educação. "O
que vai acontecer agora é que estamos propondo que essa meta seja atingida em 2012 ou 2013. Mas, para
isso acontecer, é preciso que o Ministério da Educação entenda que todas as instituições e seus órgãos
representativos são seus parceiros e não inimigos", defende.
O professor Antonio Freitas, diretor-executivo da FGV e membro do Conselho Nacional de Educação,
concorda. "É uma questão de justiça social possibilitar que esses cinco milhões de novos alunos ingressem
em alguma universidade, faculdade ou centro universitário nos próximos anos. O nosso atual governo fala
tanto em acesso social das classes mais pobres, que já passou da hora de o nosso Legislativo e Executivo
reconhecerem que a riqueza de uma nação é o seu intelecto e que é preciso desburocratizar e investir mais
na educação básica e superior neste país", defende.

Recentemente, o Brasil assinou o Acordo de Cartagena, que prevê entre outras recomendações uma
concentração de esforços por parte dos governos em áreas prioritárias para o bem-estar dos povos, como a
educação, a saúde e a justiça, que devem ser disponibilizadas para todos.

O diretor jurídico do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, José Roberto
Covac, defende que esse é o momento ideal para uma maior proximidade entre o setor particular e o setor
público. "Vários países deram a volta por cima e superaram suas metas investindo em educação. É um
investimento baixo que traz um excelente retorno em termos de crescimento e qualificação de uma nação.
O Poder Público precisa entender que as instituições de ensino superior e suas entidades representativas
podem ser suas parceiras nesse processo de inclusão social, respeitando-se as diversidades de cada uma",
defende.

O presidente da Associação Brasileira das Mantenedoras das Faculdades Isoladas e Integradas (Abrafi),
Janguiê Diniz, acredita que o compromisso de Recife vem fortalecer o trabalho dos diversos setores em prol
da educação brasileira como um todo. "A educação é um bem social e de direito do cidadão e a Carta de
Recife fortalece essa premissa. A maior importância desse documento é criar um canal de comunicação
permanente com o governo federal para que possamos trabalhar juntos e ainda com mais qualidade",
defende.

Janguiê, que também é presidente do Centro Universitário Maurício de Nassau, lembra uma outra questão
importante: a profissionalização da gestão educacional. Na opinião dele, é necessário que as instituições
pensem a escola como uma empresa.

Além disso, Janguiê aponta que a ociosidade das vagas no sistema privado de ensino demonstra que o
problema não está na capacidade de recebimento de mais alunos na rede. Na verdade, a questão é mesmo
a de criar condições para que outras camadas da população consigam ter acesso à graduação. "O ensino
superior privado no Brasil já representa quase 80% do total de matrículas e ainda sobram vagas em muitas
universidades", reflete.

Justamente reduzir a taxa de ociosidade das salas de aula é para o professor Antonio Freitas um dos
grandes desafios para os próximos anos. Ele defende que superar essa questão depende de iniciativas que
partam do setor público. "Para isso, o governo precisa pensar grande, agir rápido e deixar de ter uma
precária função regulatória.

Quando se precisa de recursos para socorrer este ou aquele segmento da nossa economia, o dinheiro
aparece. Por que para investir na educação isso não ocorre? Os recursos existem, basta haver vontade
política", defende Freitas.

O membro do Conselho Nacional de Educação chama ainda a atenção para a cultura do processo seletivo
brasileiro. Em sua opinião, a profusão de vestibulares realizados semestralmente no país acarreta um alto
custo para as instituições de ensino e não leva em consideração a realidade do aluno, que muitas vezes tem
dificuldade em continuar o curso por não conseguir arcar com despesas que incluem o transporte para a
instituição, por exemplo. Como alternativa a esse problema, Freitas sugere uma saída que já é utilizada em
outros países, como o caso do Chile, por exmeplo.

"Ao invés de investir no sistema de cotas obrigatórias, que acabam destruindo centros de pesquisa e estudo
que são referências globais, é preciso criar o voucher-aluno ou um bolsa-educação para o ensino superior
igual ao auxílio-saúde, por exemplo, que permita ao aluno escolher uma universidade mais perto da sua
casa ou do seu local de trabalho e que esteja mais de acordo com o nível de preparação que ele teve no
ensino básico, com uma parte financiada pelo governo federal", defende.

Odesafio da ampliação do acesso ao ensino superior, que passa ainda pela questão da legislação que rege o
setor, também mobiliza a classe política. A tentativa de esforço conjunto entre os diversos setores da
sociedade brasileira acarretou recentemente, inclusive, a formação da Frente Parlamentar de Apoio ao
Ensino Superior Particular, que reúne 171 deputados e 36 senadores que acompanham a pauta de interesse
do setor no Congresso Nacional.

Na questão da ampliação do acesso ao ensino superior, como defendido pela Carta de Recife, parlamentares
entendem que a educação não pode ser vista como um processo isolado, ou seja, é preciso pensar também
em outras etapas do processo educacional para que a graduação seja possível a uma camada mais ampla da
população.

O senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) avalia que antes de estabelecer metas para abrir mais oportunidades
no ensino superior é preciso investir maciçamente na educação fundamental. Zambiasi argumenta que o
investimento na educação superior é importante, mas não deve se sobrepor aos recursos disponíveis para o
ensino fundamental.

Na opinião dele, o Brasil ainda possui uma formação básica muito aquém do necessário, tanto em relação à
qualidade quanto ao acesso. "Meu pensamento é ao contrário. Eu acho que a gente tem de investir mais da
educação básica. Não adianta começar uma casa pelo telhado. Precisamos primeiro construir o alicerce",
argumenta.

Segundo o parlamentar, é preciso investir mais na formação de bons professores e nas atividades esportivas
nas escolas. Na avaliação de Zambiasi, essa é a fórmula para ter uma base sólida de ensino no país.

O presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, João Matos (PMDB-SC),
acredita que algumas iniciativas são fundamentais para que se cumpra o compromisso da inclusão de novos
alunos na graduação.

Ele também começa a lista pelos investimentos nas primeiras etapas do ensino, atrelados à expansão das
vagas no ensino médio. "É preciso qualificar a educação básica e o ensino médio para garantir o acesso aos
cursos superiores", defende.

Para o deputado, também é preciso criar um padrão diferente de financiamento para atender as classes C, D
e E, público-alvo do compromisso firmado pelas entidades. Hoje, na opinião dele, o Programa Universidade
para Todos (ProUni) não atende "os menos favorecidos".

João Matos defende ainda que não basta apenas ampliar o financiamento para o acesso à universidade; é
preciso também garantir a permanência desses alunos com menos recursos para se manter estudando. O
presidente da Comissão de Educação vê ainda como fundamental para atingir a ampliação do número de
alunos na graduação uma oferta maior de cursos de longa e curta duração que tenham relação direta com
as demandas do mercado de trabalho.

Entretanto, Matos salienta que o ensino superior também deve ser capaz de fazer a diferença na vida desses
alunos que chegam e saem da graduação.

"O desafio da verdadeira inclusão sob o ponto de vista educacional é o desenvolvimento do processo
pedagógico e a metodologia de ensino, capazes de fazer com que mesmo os ingressantes no ensino superior
que tragam deficiências da educação básica saiam como profissionais formados, tão bons quanto aqueles
que se formam egressos dos melhores colégios."
Essa capacidade do ensino superior de transformar a vida dos jovens é justamente o motivo para a
mobilização em torno do desafio de permitir que mais pessoas tenham a oportunidade de cursar uma
graduação.

FONTE REVISTA ENSINO SUPERIOR EDIÇÃO 124

• www.funadesp.org.br/clipping/email_edicao_novo.asp?numero=264

Governo pode liberar verbas para as federais reprovadas

A supervisão do MEC nas 17 instituições reprovadas no Enade será iniciada com


uma inspeção in loco. Depois disso, especialistas do MEC definirão as medidas que
deverão ser tomadas. Entre elas, podem estar a exigência de contratação de
professores com mestrado e doutorado, a revisão dos currículos e a compra de
livros para as bibliotecas. Neste mês, o ministério endureceu as regras para a
abertura de cursos de medicina.

Um dos itens prevê que a instituição deverá ter hospital ou contrato de dez anos
para uso de complexo hospitalar vinculado ao curso.

O ministro Fernando Haddad disse que o governo está disposto a liberar recursos
para as quatro universidades federais reprovadas: Alagoas, Amazonas, Bahia e
Pará. Com a supervisão, o MEC pela primeira vez deu conseqüência aos
resultados das avaliações.

Na época do Provão, os cursos repetidamente reprovados não só não eram


fechados como continuavam funcionando sem problemas.

— Anunciar o fechamento de curso é se precipitar demais. O que temos que fazer é


dar liberdade para a comissão supervisora fazer um bom trabalho. Nosso desejo é
o aprimoramento da instituição — disse o ministro.

A Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes) condena a


supervisão. Diz que o Enade é apenas parte da avaliação, já que o sistema
nacional prevê também inspeções rotineiras para análise de cursos e instituições,
além de uma autoavaliação.

A entidade entregará na semana que vem a Haddad um documento com críticas ao


mecanismo. — Utilizar um único item do sistema para avaliar a instituição quebra o
próprio sistema de avaliação instituído pelo governo — disse o consultor jurídico da
Abmes, José Roberto Covac
FONTE: O Globo, 30/04/2008.

• www.ifcs.ufrj.br/~observa/noticias/esp/a_proposta_10.htm

NOTÍCIAS

» A proposta é constitucional ? (10/02/2006)


O Estado de São Paulo

FÁBIO K. COMPARATO
PROFESSOR DA USP
O professor Fábio Konder Comparato, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), diz que o projeto de lei não é inconstitucional. "Seria
inconstitucional se os alunos de escolas públicas fossem admitidos nas universidades sem passar pelo vestibular. Não é o caso. Eles serão selecionados." Ao contrário,
ele continua, o governo cumpre a Constituição - o "objetivo fundamental" de "erradicar a pobreza e a marginalização". "Isso é importante porque há muito tempo o
governo não tem dado um atendimento sério às necessidades fundamentais do povo brasileiro."

JOSÉ ROBERTO COVAC


ADVOGADO
O advogado José Roberto Covac, especialista em Educação, afirma que o projeto vai contra o artigo 208 da Constituição, que diz que é dever do Estado garantir
"acesso aos níveis mais elevados do ensino" de acordo com "a capacidade de cada um". "O que o Estado tem de fazer é capacitar o aluno para que ele tenha condições
de disputar a vaga da universidade. O critério tem de ser o mérito." Segundo ele, ao aceitar um projeto assim, o governo admite a falência das escolas públicas. "Se o
ensino público básico tivesse qualidade, não haveria a necessidade desse tipo de benefício."O projeto: Reserva 50% das vagas as universidades federais para alunos
que fizeram todo o ensino médio em escolas públicas

Entenda o caso

Reserva para negros: Parte dos 50% será reservada a estudantes de escolas públicas negros ou indígenas. O porcentual respeitará o índice dessas populações em cada
Estado, de acordo com o IBGE

Entrada em vigor: Assim que for aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente Lula, passará a valer para o vestibular seguinte. As federais terão quatro anos
para atingir os 50%

Duração: O programa deve valer por 10 anos

Cursos com cotas: Todos os cursos oferecidos pelas federais. Cada um terá de reservar até 50% das vagas no vestibular em no máximo quatro anos

• www.igf.com.br/aprende/dicas/dicasResp.aspx?dica_Id=890

Como agir - Trancar ou abandonar curso superior? Saiba como agir


Ao concluir o primeiro semestre de 2001 do curso de Turismo, na Universidade Anhembi
Morumbi, Graciele Polo decidiu solicitar o trancamento de matrícula. Na secretaria, ela foi
questionada pela funcionária (de quem ela não lembra o nome) sobre quando pretendia
voltar a freqüentar as aulas, e “disse que, provavelmente, em janeiro de 2003”.

Diante dessa resposta, a funcionária orientou-a a abandonar o curso, em vez de trancá-lo,


pois assim ficaria isenta do pagamento da matrícula do semestre seguinte, que é exigido
para os estudantes que optam pelo trancamento. “Confiante no argumento da funcionária,
abandonei o curso, sem, no entanto, assinar documento comprovando o acordo verbal”,
lembra.

Ao ligar para a Anhembi, em junho, para saber sobre sua situação com a universidade, pois
tinha ficado de dependência em duas matérias, Graciele teve uma surpresa desagradável.
“Disseram que eu tenho de voltar à universidade agora em agosto, caso contrário, perderei
a vaga”, relata.

“Fiquei desesperada, pois não estava em meus planos retomar a faculdade este ano, uma
vez que faço curso de inglês pela manhã e trabalho até às 22 horas.”

Contrato rege relação jurídica


De acordo com a Assessoria de Imprensa do MEC e do Conselho Nacional de Educação,
como não há lei que regulamente o trancamento de matrícula nas instituições privadas de
ensino superior, cada universidade/faculdade criou o próprio regulamento interno.

“O contrato de prestação de serviços rege a relação jurídica entre aluno e escola”, explica
José Roberto Covac, assessor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de
Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado São Paulo (Semesp), ao referir-se a Lei
Federal nº 9.870, que dispõe sobre as mensalidades escolares.

Todas as informações do regulamento, segundo Covac, têm de ser passadas ao aluno de


forma clara e de fácil entendimento, conforme prevê o artigo 46 do Código de Defesa do
Consumidor.

Segundo Celina Golin Barbosa, gerente de Relacionamento com o Aluno da Universidade


Anhembi Morumbi, os funcionários da universidade são treinados a orientar o aluno a
trancar a matrícula e não a abandonar o curso, pois o abandono suspende o vínculo do
aluno com a escola.

“Para o trancamento, basta que o aluno pague a matrícula do semestre seguinte ao que
cursou. E, ao retomar o curso, faça a rematrícula. Só a partir daí é que voltará também a
pagar as mensalidades”, explica.

Em caso de abandono, débitos continuam


Se o aluno deixa de freqüentar as aulas antes do fim do semestre, a universidade entende
que houve abandono de curso.

Nesse caso, a cobrança das mensalidades continua correndo, até o fim do período letivo.
Segundo Celina, “os débitos prosseguem até que o aluno compareça à faculdade para
regularizar a sua situação”, ou seja, formalizar o trancamento da matrícula.

Esse não é o caso de Graciele, que abandonou o curso após o fim do semestre. Assim, não
lhe restam débitos com a universidade. Ainda de acordo com Celina, o regulamento interno
da Universidade Anhembi Morumbi, que consta do Guia Acadêmico entregue ao aluno no
início do curso, informa que, ao trancar a matrícula ou abandonar o curso, o aluno pode
ficar dois anos ausente.

“Portanto, se Graciele vier à universidade para formalizar o trancamento, ela poderá voltar
ao curso de Turismo em agosto de 2003”, garante.

“Nesse período, porém, é aconselhável que curse as matérias em que ficou em


dependência, pois, na eventualidade de ocorrerem mudanças na grade curricular, seu
currículo será analisado e ela terá de fazer adaptações ”, explica.

Se ficar mais de dois anos fora da universidade, porém, Graciele terá de fazer novamente o
processo seletivo (vestibular).

E, mesmo que volte no prazo estabelecido pelo regulamento da instituição, ao solicitar o


reingresso estará sujeita à vaga remanescente, “pois a escola não é obrigada a reservar
vaga para aluno que desiste do curso”, explica Hebe Tolosa, presidente da Associação de
Pais e Alunos do Estado de São Paulo e ex-secretária de Educação.

• www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=42460

Notícias Terça-Feira, 31 de março de 2009

JC e-mail 3145, de 20 de Novembro de 2006.

Faculdades cobram acima do que a lei permite por emissão de diplomas

Legislação paulista limita valor a cerca de R$ 70, mas há casos de instituições


privadas que exigem R$ 300

Renata Cafardo escreve para “O Estado de SP”:

Universidades e faculdades particulares paulistas descumprem lei estadual que


limita a cobrança para emissão de diplomas a cerca de R$ 70.

O valor exigido do formando chega a R$ 300 em algumas instituições. Quase 1


milhão de alunos cursam o ensino superior privado em São Paulo.

Sem o diploma, o recém-formado não pode se registrar como profissional no


Ministério do Trabalho ou ingressar em pós-graduação; o documento também é
uma exigência em concursos públicos.

A lei está em vigor desde fevereiro. Algumas instituições alegam que o sistema
de ensino superior no País é regido pelo governo federal e por isso não precisam
cumprir determinações estaduais.

O Ministério da Educação (MEC), no entanto, informou que o aluno “tem direito


ao diploma, gratuitamente, porque ele é conseqüência do próprio curso”.
Diz ainda que apenas as instituições com status de faculdade - que precisam
recorrer a universidades para registro dos diplomas - podem cobrar pelo
documento, mas “o valor não deve ser maior que o custo”.

No Estado, muitas delas registram os diplomas na Universidade de São Paulo


(USP), que passou a cobrar neste ano R$ 90 pelo serviço. Segundo a reitoria, há
18 funcionários que trabalham no registro de diplomas, checando dados e
créditos dos estudantes e faculdades.

Em 2005, foram cerca de 40 mil documentos, fora os emitidos para alunos da


USP, que são gratuitos.

O deputado estadual Donisete Braga (PT), autor da lei, diz que quando o texto
foi finalizado, em 2001, o valor era próximo de R$ 70. Mesmo assim, as
instituições ultrapassam o preço cobrado pela USP.

O formando de Jornalismo Rômulo Augusto Orlandini, de 22 anos, não sabia da


existência da lei e pagou R$ 145 neste ano para a Pontifícia Universidade
Católica de Campinas (PUC-Campinas) por um diploma simples, em papel.

“Eu precisava do documento para me registrar no Ministério e arrumar um


emprego como jornalista”, diz. “Agora, quero meu dinheiro de volta.” A PUC-
Campinas alega que a lei estadual não se aplica à instituição, ligada ao sistema
federal.

O mesmo informou o Centro Universitário FIEO (UniFieo), que cobra R$ 250


pelo diploma. “Nunca atrasei um mês de mensalidade e agora não posso ter o
diploma porque não tenho como pagar”, diz a motorista Marilda Lessa, cuja filha
se formou em Letras na instituição.

O valor do diploma da Universidade Mackenzie é de R$ 120. Segundo a


instituição, ele é feito em pele de carneiro e tem impressão especial.

O ex-aluno Marcos, que não quis dar seu sobrenome, se formou em


Administração na instituição e desistiu de pedir seu documento quando soube
do valor.

“Não sei como farei para começar um MBA”, diz. O Mackenzie informou que
passou a cobrar o valor estipulado em lei para quem não quiser o diploma
especial. Mas o aluno terá de fazer o pedido do documento convencional por
escrito e pagar também pelo histórico escolar.

Justiça

“Eles nos ensinam a cumprir a lei e depois nos pedem para esquecer tudo o que
aprendemos”, diz o formando da Faculdade de Direito de São Bernardo Thiago
Pellegrini Valverde, de 25 anos.

Ao requisitar seu diploma em março, foi informado de que deveria pagar R$


360, o que equivale a 80% da mensalidade do curso. O documento seria
confeccionado em pele de carneiro e era a única opção oferecida.
Valverde entrou com uma ação contra a faculdade, mas perdeu, porque a
Justiça entendeu que ele não tinha direito ao limite de valor porque havia se
formado antes da vigência da lei.

A instituição informou que só os que se formaram até 2006 continuarão sendo


obrigados a comprar o diploma em pele de carneiro.

O MEC e a advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec),


Maíra Feltrin, recomendam que os estudantes exijam o cumprimento da lei na
Justiça.

A interpretação dos juízes pode ser diferente. “Se as instituições prestam


serviços em São Paulo precisam seguir as leis estaduais”, diz.

A Fundação de Defesa e Proteção do Consumidor (Procon) informou que as


instituições podem ser chamadas a comparecer a audiências na entidade, caso
haja reclamação de alunos.

Há seis meses, a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino


(Confenen) ingressou no Supremo Tribunal Federal com uma ação de
inconstitucionalidade contra a lei, que ainda não foi julgada.

“Ela fere a autonomia universitária”, diz José Roberto Covac, consultor jurídico
do sindicato paulista (Semesp).
(O Estado de SP, 18/11)

• www.maxpressnet.com.br/noticia-
boxsa.asp?TIPO=CE&SQINF=320003

SEMESP MOSTRA DÚVIDAS E BENEFÍCIOS DO E-MEC

Sistema eletrônico de regulação do ensino superior será tema da Jornada Regional que a entidade realizará em
São Paulo, nos dias 27 e 28 de maio

O sistema eletrônico e-MEC, pelo qual desde 2007 as instituições de ensino superior (IES) realizam seus
processos de credenciamento e re-credenciamento, autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento
de cursos junto ao Ministério da Educação, será um dos temas da 4ª edição das Jornadas Regionais do Sindicato
das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp). O evento
será realizado nos dias 27 e 28 de maio, no hotel Mercure Pamplona, em São Paulo (SP). O consultor jurídico do
Semesp, José Roberto Covac, apresentará os aspectos legais que envolvem a utilização do sistema do MEC, que
ainda tem causado muitas dúvidas e questionamentos entre mantenedores e gestores.

Um deles diz respeito aos prazos para a efetivação das diversas etapas dos processos regulatórios, considerados
muito exíguos. O não cumprimento pode trazer como conseqüência o arquivamento dos processos. Um exemplo é
o prazo de preenchimento dos formulários de avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep), que no caso de cursos é de 15 dias e no de instituições é de 30.

Covac aponta, porém, algumas vantagens do e-MEC, como a possibilidade de a instituição acompanhar de perto
todo o processo. "É possível saber com quem e onde está o processo, o que dá mais transparência à tramitação",
diz o consultor. O sistema também prevê a prorrogação automática dos prazos caso haja indisponibilidade de
acesso para envio das informações.

As Jornadas Regionais são voltadas para gestores e mantenedores de instituições de ensino superior particular da
capital e seu entorno. Durante o evento, o Semesp apresentará uma radiografia completa do ensino superior da
Região Metropolitana de São Paulo, com uma análise detalhada, mostrando o número de alunos matriculados,
crescimento do setor, comparando com cinco anos atrás e apresentando as estimativas para os próximos. Entre
outros assuntos, também serão abordados a Avaliação Institucional Interna e Externa, Marketing Educacional e
Pesquisa de Mercado. O Semesp já visitou Campinas, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos e Bauru e, em
junho, realizará o último ciclo de Jornadas Regionais de 2008 em São José do Rio Preto.

O programa completo da Jornada Regional de São Paulo está disponível no Portal do Semesp
(www.semesp.org.br).

Serviço:

Jornada Regional de São Paulo


Data: 27 e 28/05/2008
Horário: 9h00 às 17h30
Local: Hotel Mercure Pamplona

Endereço: Rua Pamplona, 1.315 - Jardins - São Paulo (SP)

Investimento: Associados do Semesp - gratuito

Não Associados - R$ 100,00 por palestra

Inscrições: (11) 6169-4444 ou jornadasregionais@semesp.org.br

Vagas limitadas

Sobre o Semesp

Fundado em 1979, o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de
São Paulo - Semesp congrega 383 mantenedoras e 538 mantidas, em 146 cidades do Estado de São Paulo. Tem
como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação superior, bem como prestar
serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente, realiza uma série de eventos, visando
promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum
Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, os Congressos Nacional e Internacional de Iniciação Científica e as
Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo.

acesso a este release (257) Sala de Imprensa: veja mais releases desta empresa
• www.nwk.edu.br/noticia.php?not=1471

Diretora da Network representa RMC


Diretora da Network representa RMC em debate sobre as Universidades Particulares

Debater as questões do setor sob a perspectiva de São Paulo. Este é o objetivo das
Jornadas Regionais realizadas pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de
Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), que começou
sua terceira edição em Campinas, nos dias 27 e 28 de março. O evento foi uma
oportunidade para debater as questões de interesse do setor, informar mantenedores e
discutir a realidade da Região Administrativa de Campinas, que congrega 90
municípios.

A diretora da regional do Semesp em Campinas e das Faculdades Network, com


campus em Nova Odessa, Tânia Cristina Bassani Cecílio, acredita que as Jornadas
ajudam os especialistas a traçar estratégias. Segundo ela, um dos principais desafios
da região para os próximos anos é atender um número maior de alunos. "Se tivermos
políticas avançaremos no debate do público e do privado e iremos para um outro
debate: sobre como poderemos democratizar o acesso à educação para todos. Temos
de unir esforços e somar, não dividir", diz.

A assessora acadêmica Ana Lígia Gardin aproveitou as palestras para conhecer mais
sobre o processo de avaliação de cursos e instituições realizado pelo Ministério da
Educação. "Fui transferida recentemente do setor de biblioteca para a área de avaliação
e com as palestras específicas para esse tema pude aprender e sanar dúvidas."

O tema foi tratado no programa das Jornadas em duas palestras: uma sobre
reconhecimento de cursos e avaliação institucional, ministrada pela diretora acadêmica
da holding UNA/Unimonte e consultora da Soluções Educacionais-Seduc, Ana Maria
Costa de Souza, e a outra sobre coordenador-gestor de cursos e novos critérios da
avaliação do Ministério, que teve exposição da consultora de ensino superior Ana
Cristina Canettieri. Também estiveram na pauta do encontro palestras sobre relação de
trabalho e gestão financeira.

Tânia Cecílio lembra a importância do setor para a formação dos brasileiros. "Pesquisa
do Semesp mostra que a maior parte dos profissionais formados para o mercado de
trabalho sai das instituições privadas", observa. Na região de Campinas o setor privado
responde, atualmente, por 83% das matrículas.

O Sindicato apresentou uma pesquisa na qual faz um raio-X do setor na região, que,
segundo os dados, também passa pelo período de consolidação que pode ser percebido
em outras grandes regiões do Brasil. O número de alunos matriculados nas instituições
de ensino superior da Região Administrativa de Campinas cresceu quase 4% em 2005,
número inferior aos 7,3% registrados no Estado de São Paulo.

Por outro lado, os dados revelam que a evasão escolar nas instituições privadas em
2005 foi a mais baixa desde 2000. Enquanto na região a taxa caiu 11,7% (um total de
16.737 alunos abandonaram seus cursos), no Estado aumentou 9,3%. O estudo mostra
que há dois anos a região tinha 132.005 alunos matriculados, com taxa de ingressantes
na faixa etária de até 24 anos de 69,38%.

As características da região de Campinas integram os fatores que explicam o


crescimento tímido nas matrículas em 2005. Segundo o diretor-executivo do Semesp,
Rodrigo Capelato, existia uma demanda reprimida de alunos. "A demanda foi suprida a
partir de 1997 com a abertura de novos cursos pelas instituições. Houve um
crescimento grande até 2003. Portanto, agora, é natural a estabilidade", analisa.

Segundo o diretor, a Região Administrativa de Campinas é uma das mais desenvolvidas


do Estado e por isso registrou antes a tendência de estabilização. "É natural que por ser
um pólo de alta tecnologia, concentrar muitas empresas e centros de ensino e
pesquisa, a demanda pelo ensino superior fosse maior no princípio e caminhasse para a
o equilíbrio", avalia.

A mesma tendência, acredita, irá ocorrer em breve em outros pontos do Estado de São
Paulo. Para Capelato, a acomodação no número de matriculados é um dos fatores que
explica o bom desempenho do setor regional na evasão escolar. "Boa parte dos alunos
ingressou no sistema e agora consegue alcançar o seu objetivo de concluir o curso",
aponta.

A estagnação econômica e a ineficiência do governo federal em ampliar o financiamento


estudantil também são apontadas como causas para o desempenho. A queda do poder
aquisitivo da população, segundo o consultor jurídico da entidade, José Roberto Covac,
também emperra o crescimento do setor.

Embora faça críticas aos valores liberados pelo governo federal para o financiamento
estudantil no país, o Semesp calcula que se não fosse o ProUni o aumento nas
matrículas na região de Campinas poderia ter sido menor e alcançar apenas 2% em vez
dos quase 4%.

O levantamento apontou ainda os 12 cursos mais procurados na região. Em primeiro


lugar ficou o curso de Administração , com 29.824 alunos matriculados; em segundo,
Direito, com 17.695 e, em terceiro, Formação de Professor com 12.221. As Engenharias
ficaram em quarto lugar, com 11.703 alunos; em quinto, Pedagogia/Normal Superior
(10.057); em sexto, Comunicação Social (7.227); em sétimo, Ciência da
Computação/Sistemas de Informação (5.174); em oitavo, Ciências Contábeis (4.619);
em nono, Enfermagem (4.061); em décimo, Fisioterapia (3.779); em décimo primeiro,
Psicologia (3.384) e em décimo segundo, Farmácia (2.820).

As próximas cidades a receber as Jornadas Regionais são Marília (10 e 11 de abril), São
Paulo (24 e 25 de abril), Taubaté (22 e 23 de abril), Ribeirão Preto (29 e 30 de maio),
Sorocaba (12 e 13 de junho) e São José do Rio Preto (19 e 20 de junho).

Interior faz agenda positiva

Desde março, o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino


Superior no Estado de São Paulo (Semesp) iniciou uma pauta de negociação com o
Ministério da Educação. A entidade elaborou documento no qual relaciona os problemas
que entravam o setor, o que deu origem a uma agenda positiva com o governo federal.
As reuniões entre representantes do Sindicato e do Ministério da Educação são
realizadas mensalmente. No final de março, o presidente do Semesp, Hermes
Figueiredo, e o consultor jurídico da entidade, José Roberto Covac, estiveram pela
segunda vez no Ministério.

A lista foi elaborada em conjunto com os mantenedores, que se reuniram em


seminário, na sede em São Paulo. O Sindicato também tem incorporado à agenda
positiva as principais reivindicações e sugestões das instituições do interior do Estado,
que discutem a pauta durante a programação das Jornadas Regionais. Campinas foi a
primeira cidade a participar do cronograma.

Entre os itens da pauta estão o financiamento estudantil, o excesso de normas


regulamentadoras do Ministério da Educação, que engessam as instituições, e o não-
cumprimento de prazos para a abertura de novas instituições e cursos.

Fonte: Revista Ensino Superior

• www.portaldoconsumidor.gov.br/noticia.asp?busca=sim&id=6945
Notícias

Faculdades descumprem lei e abusam no preço de diplomas


23/11/2006

Algumas das principais faculdades da região ainda não cumprem a determinação da lei estadual 12.248, de
fevereiro de 2006, que limita o valor da cobrança para a emissão do diploma de graduação em R$ 69,65. Preço
pode chegar a R$ 300.

Entre as justificativas, umas informam que cobram o valor apenas para quem se formou depois que a lei passou a
valer, outras alegam que são regidas por leis federais e por isso não cumprem a determinação.

"Isso é um erro. O consumidor está sendo enganado", afirma o advogado especialista em defesa do consumidor
Anis Kfouri. "A lei vale para quem pediu o diploma depois que ela entrou em vigor, independente de quando se
formou", esclarece.

O advogado deixa claro que o aluno pode entrar com um mandato de segurança para receber o diploma pelo valor
estabelecido. "Ele pode perder vantagens no emprego ou até mesmo uma colocação melhor porque não consegue
pagar pelo diploma", explica. "Quem pagou um valor maior depois que a lei entrou em vigor, deve entrar com um
processo para receber a diferença em dobro", conclui.

Cristina Lopes, formada no meio do ano em Engenharia de Produção na UniABC, ainda não solicitou o diploma. "Me
recuso a pagar um preço acima da lei, mesmo que sem o diploma eu não possa tirar o Crea (registro necessário
para engenheiros)." A UniABC cobra R$ 150 pelo diploma.
O psicólogo Robson Donizete da Silva, 25, passa pela mesma situação na Unia (Centro Universitário de Santo
André). "Já me formei há mais de um ano e só não solicitei o diploma por causa do preço de R$ 150", conta. As
duas faculdades não retornaram às ligações da reportagem.

Na Faculdade de Direito de São Bernardo, que cobra R$ 300 pelo diploma, quem se formou antes de 2006 ficou de
fora da lei. "Eles dizem que o valor de R$ 69,65 é só para quem se formou neste ano", conta Thiago Pellegrini, 25,
que se formou em 2004. A faculdade disse que já tem uma versão mais simples do diploma pelo preço que
determina a lei, mas não confirmou se abrirá a opção para alunos formados antes de 2006.

O MEC informou que não é responsável por expedição de diplomas, mas que o estudante deve procurar seus
direitos em todas as instâncias, já que as faculdades particulares são regidas por conselhos municipais e estaduais
e, em princípio, deveriam cumprir a lei.

Já para o Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de
São Paulo), a determinação é inconstitucional, pois o que rege as faculdades é a Lei de Diretrizes e Base. "Nessa
área não pode ter legislação estadual. Essa lei tira a autonomia das faculdades", afirma José Roberto Covac,
consultor jurídico do sindicato. Covac ainda diz que a lei prevalece por enquanto e que desconhece casos de
faculdades que estão praticando um preço abusivo para emissão de diplomas. "Se o consumidor se sentir lesado, já
existe legislação para isso no código de defesa do consumidor". Quanto à lei 12.248/06, Covac deixa clara a
opinião. "Nossa posição é contrária e estamos lutando contra ela."

O Procon informou que ainda não recebeu nenhuma reclamação de consumidores referentes ao assunto, mas caso
isso aconteça fará cumprir a lei existente. [Diário do Grande ABC]

Fonte: Diário do Grande ABC

Nossas notícias são retiradas na íntegra dos sites de nossos parceiros. Por esse motivo, não podemos alterar o
conteúdo das mesmas até em casos de erros de digitação.

Fonte: Diário do Grande ABC

Para acessar o site Diário do Grande ABC, clique aqui.

Nossas notícias são retiradas na íntegra dos sites de nossos parceiros. Por esse motivo, não podemos alterar o
conteúdo das mesmas até em casos de erros de digitação.

• www.segmentocomunicacao.com.br/sci/release.php?rel_codigo=645
&cli_codigo=13

Semesp - Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de


Ensino Superior no Estado de São Paulo

Presidente da Kroton Educacional diz no 9º FNESP que aquisições de IES

Walter Luiz Diniz Braga afirma que investimento em compras de instituições promove crescimento do setor
e dá origem a empregos diretos

O presidente da Kroton Educacional, Walter Luiz Diniz Braga, afirmou no painel “O impacto das
políticas de fusões e aquisições”, realizado na tarde de hoje (28), que o processo de aquisições
de instituições de ensino superior particular também cumpre um papel social. ”Além de acelerar o
crescimento e desenvolvimento de instituições com o investimento de recursos, há um aumento
considerável na abertura de novos postos de trabalho“, disse o executivo ao relatar a experiência
de sua organização. O painel integrou o 9º Fórum Nacional: Ensino Superior Particular
Brasileiro – FNESP, que está sendo realizado desde ontem no Novotel Jaraguá, em São Paulo.

Braga não considera a política de aquisições como mercantilização da educação. “Os


investidores que direcionam aportes para o ensino não pensam em obter lucro imediato. Leva-se
em conta o equilíbrio dos resultados empresariais com geração de aprendizado”, analisou.
Segundo ele, o setor tem um desafio pela frente, que é prover a educação de massa. “Não
podemos mais fazer educação artesanal. Com parcerias, fusões e aquisições de instituições isso
será possível”. Porém, alerta ele, o processo de aquisição não pode ser o de “compra pela
compra, a qualquer preço. A aquisição é uma estratégia para acelerar a expansão com garantia
de qualidade”, concluiu.

João Grandino Rodas, ex-presidente do CADE, diretor da Faculdade de Direito da Universidade


de São Paulo e segundo conferencista da tarde, alertou para que se tenha atenção ao direito
concorrencial em um processo de fusão ou aquisição de instituições. “É preciso estar atento para
não cair nos ‘buracos’ do direito concorrencial, por simples desconhecimento. Além disso, o
empresário tem que se preocupar com a concentração, no âmbito do mercado relevante, e em
não incidir em cartel ou abuso de poder econômico”, finalizou.

A entrada do capital estrangeiro nas IES

O presidente da Sociedade Baiana de Educação e Cultura S/A, Eugênio Barreto da Silva, afirmou
que em uma instituição que conta com capital estrangeiro todos os defeitos e fraquezas daquele
estabelecimento são expostos. “Com a necessidade da adoção de um modelo de governança
corporativa, auditorias e também da transparência em todas as ações, é necessário que as IES
sejam requalificadas e isso contribui para a profissionalização do setor”, explicou.

Por outro lado, José Roberto Covac, defende que os modelos de governança corporativa não
sejam aplicados somente pelas instituições que contam com participação internacional. “É
importante que toda a transparência da instituição, não só em relação aos acionistas, mas a
todos os que estão vinculados às IES, seja de conhecimento de todos”, ressaltou.

“Muita gente acredita que formar um conselho de administração, ter um CEO, fazer auditorias,
enfim, adotar um modelo de governança corporativa gera custos. Mas, isso deve ser visto como
um investimento em lucratividade e credibilidade que traz melhores resultados”, conclui Braga.

Serviço

9° Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro

Data: 27 e 28 de setembro de 2007

Local: Novotel Jaraguá São Paulo Conventions

Endereço: Rua Martins Fontes, 71 - Centro – São Paulo

Mais informações: www.semesp.org.br

Sobre o SEMESP

Fundado em 1979, o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no


Estado de São Paulo – SEMESP congrega 389 mantenedoras e 477 mantidas, em 146 cidades do Estado
de São Paulo. Tem como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação
superior, bem como prestar serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente,
realiza uma série de eventos, visando promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à
educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, os
Congressos Nacional e Internacional de Iniciação Científica e as Jornadas Regionais pelo Interior de São
Paulo.

Outras informações sobre esta sugestão de pauta:

Ana Carolina Prieto

Supervisora de Atendimento
Segmento Comunicação Integrada
(11) 3095-7500 ou 6802-7000 ramal 4102

carolprieto@segmentocomunicacao.com.br

• www.sinepe-
sc.org.br/imprimir.php?id=413&nivel_user1=1&link=not&desc=1

O Ensino Superior é um Bom Negócio?

Revista Aprender Virtual, Novembro e Dezembro de 2003

Investimentos, Aquisições e Fusões no Ensino Superior Brasileiro.

Carlos Monteiro
Advogado, Administrador, Licenciado em Ciências Sociais,
Professor Universitário, Pós-graduado em Administração
Estratégica e Marketing, Especialista em Gestão Universitária com
Aperfeiçoamento em Planejamento e Gestão Universitária pela
Michigan University. Presidente do Sindicato dos Administradores
de Marília. Experiência de 20 anos na Direção de Instituições de
Ensino Superior. Fundador e Diretor-presidente da CM Consultoria
de Administração e da CM Editora.

Ryon Braga
Diretor de Redação e Editor da Revista @prender, Diretor
Executivo da CM Editora, Pós-graduado em Metodologia da
Pesquisa Científica e Mercadológica, em Marketing Estratégico e
em Neuropedagogia. Consultor especializado em Marketing
Educacional há 14 anos e autor de livros na área de educação.

Nos últimos meses, muito se tem falado na mídia e especulado nos bastidores do
setor quanto aos investimentos do mercado financeiro no ensino superior privado.
Os fatos, no entanto, mostram que o movimento ainda encontra-se na fase do
namoro. O noivado está longe e o casamento só acontecerá se as IES fizerem a
lição de casa – se profissionalizarem. Por outro lado, o movimento está sendo
muito útil para que os mantenedores percebam o longo caminho que ainda
precisam percorrer para transformar suas instituições em empresas competitivas
e sustentáveis. É o que mostra a pesquisa realizada pelo GRUPO CM com 70
instituições de ensino superior.

Investimentos

O ensino superior particular brasileiro começa a ser “objeto de desejo” do capital. Já era de
se esperar, pois um setor que movimenta 15 bilhões de reais anualmente não iria ficar de
fora da ciranda especulativa do mercado financeiro.

Por um lado, o setor vive momentos de crise, devido ao “inchaço da bolha especulativa” que
desencadeou uma corrida desenfreada de empresários abrindo novas IES (instituições de
ensino superior) e ocasionando uma oferta de vagas muito superior à demanda de alunos.

Por outro lado, muitas IES aproveitaram os “anos dourados” da abertura do mercado e do
excedente de demanda (de 1996 a 2002) e hoje gozam de boa saúde financeira, podendo
aproveitar o momento da crise para se expandirem de diversas formas, inclusive a partir da
aquisição de outras instituições menores.

Como o bolo cresceu, tem mais gente querendo uma fatia. São os investidores,
principalmente as empresas que administram fundos de investimentos, os chamados private
equity. Esses novos players começam a sondar o mercado educacional em busca de boas
oportunidades de investimento.

As empresas que já manifestaram interesse em investir neste setor no Brasil foram: JP


Morgan Partners, Advent International, Pátria Banco de Negócios e a Dynamo Venture
Capital, sendo as duas últimas nacionais. Todas utilizam mais ou menos o mesmo princípio:
adquirem parte da instituição, injetam recursos, participam da gestão, esperam o negócio
se valorizar e, finalmente, revendem sua parte esperando obter uma alta lucratividade
nessa transação.

A questão é que esse processo não será tão fácil como imaginam alguns investidores e
empresários da educação. Os administradores dos fundos de investimento começam a
perceber que o mercado educacional brasileiro ainda apresenta uma gestão muito amadora
e pouca transparência contábil, obstáculos quase que intransponíveis para possibilitar o
investimento de um fundo. Além disso, é comum que os mantenedores supervalorizem o
valor de suas IES e não aceitem com facilidade os critérios técnicos utilizados nas avaliações
para mensurar o valor de mercado da instituição.

Para o Dr. Gabriel Rodrigues, reitor da Universidade Anhembi Morumbi e presidente do


SEMESP (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no
Estado de São Paulo), “o negócio da educação superior não é tão bom quanto os
investidores internacionais estão pensando. Eles estão acostumados com valores de
anuidades bem maiores dos que as praticadas no Brasil”.

Outro obstáculo enfrentado pelos fundos de investimentos é o fato de que, das 1.762 IES
privadas existentes hoje, estima-se que apenas 400 a 500 delas sejam empresas com
finalidades lucrativas. A grande maioria das IES particulares brasileiras está configurada
como associação “sem fins lucrativos”, pois até 1997, esta era a única modalidade jurídica
permitida pelo governo para o setor.

É interessante notar que, mesmo com a vantagem da isenção tributária relativa ao ISS, PIS
e COFINS, existe um movimento de migração das IES para a condição de empresa com
finalidade lucrativa, movidas não só pela possibilidade de receberem aporte de capital, mas
também pela questão patrimonial e sucessória. Em uma associação sem fins lucrativos, o
mantenedor não é dono do patrimônio construído pela instituição, nem pode deixar o
patrimônio para seus sucessores.

Muitas IES já aderiram ao movimento de transformação em empresas com fins lucrativos,


entre elas estão a: Universidade da Amazônia (Unama), Universidade Tiradentes,
Universidade da Cidade de São Paulo (UNICID), Universidade de Franca (Unifran), Uni-BH,
Universidade Bandeirantes (Uniban) e muitas outras.

Ao optarem por se tornar empresas com fins lucrativos, as IES perdem, em isenção
tributária, o equivalente a pelo menos 13% de sua receita bruta (pode variar de uma cidade
para outra) e, mesmo assim, muitas IES acreditam que é um “bom negócio”.

Na verdade este movimento de migração para empresas com finalidade lucrativa não é uma
surpresa para quem conhece o setor uma vez que, na prática, existem poucas IES que
agem como legítimas associações sem fins lucrativos. A maioria delas tem um “dono” que,
não apenas detém o poder total sobre a instituição, como também, articula todas as
maneiras possíveis de canalizar o lucro da instituição em benefício pessoal.

Algumas vezes o acesso ao lucro se dá de forma legal, através de altos salários que os
mantenedores se pagam por atuarem nas mantidas e do pagamento de inúmeras de suas
despesas, tais como moradia, viagem, carro, motorista, etc. Em outros casos, o acesso ao
lucro não é assim tão “legal”, pois depende da existência de um caixa dois, prática que
parece ser comum em muitas IES “sem fins lucrativos”.

Se na prática essas IES atuavam como se fossem empresas com fins lucrativos, algemadas
pela legislação à condição de empresas sem fins lucrativos, nada mais justo e honesto que
(agora que a Lei permite) elas migrem para a condição que já lhes era peculiar de fato, mas
não de direito. Esta também é a forma de pensar do Professor Cláudio de Moura Castro,
presidente do Conselho Consultivo das Faculdades Pitágoras, para quem a falta de
transparência e o “caixa dois” são os principais obstáculos na questão do financiamento
externo para IES brasileiras.

Para o Dr. Edson Franco, Reitor da Universidade da Amazônia (UNAMA) e presidente da


ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino), mesmo
perdendo a isenção tributária é compensador para a IES fazer a transição para empresas
com finalidades lucrativas, uma vez que, está se tornando muito difícil comprovar a
condição de associação sem fins lucrativos. Manter as exigências da filantropia, mais difícil
ainda.

Já na opinião de Rodrigues, mesmo admitindo que exista um movimento de IES em busca


da condição de empresas com fins lucrativos, ainda não é um bom momento para esta
transição. No atual estágio competitivo do mercado educacional, a isenção tributária ainda é
muito vantajosa.

A ABMES solicitou ao Ministério da Fazenda um parecer sobre a transformação das IES em


empresas com finalidades lucrativas. O resultado foi um documento que está servindo de
base para a migração de muitas IES. Segundo o documento, só as fundações filantrópicas
estão impedidas de efetuarem a transformação. Para as associações sem fins lucrativos, a
transformação é relativamente fácil, afirma o Dr. Edson Franco, presidente da entidade.

Pesquisa

O Grupo CM de Consultoria Educacional realizou, no período de 1º a 12 de setembro deste


ano, uma pesquisa com 70 instituições de ensino superior, sediadas em oito diferentes
estados brasileiros, visando conhecer o pensamento dos mantenedores dessas IES sobre a
questão de investimentos e fusões.

Das 70 IES pesquisadas, 20 eram consideradas de grande porte (mais de 5.000 alunos), 30
IES de médio porte (de 1.000 a 5.000) alunos e 20 IES de pequeno porte (menos de 1.000
alunos). O resultado foi o seguinte:

1) Sua Instituição já foi procurada por empresas que administram fundos de investimentos
ou por investidores do mercado financeiro?
Sim = 18 IES (25,7%).
Não = 52 IES (74,3%).

2) Sua IES teria interesse em receber propostas de investidores? (para as que responderam
não na primeira pergunta).
Sim = 32 IES (61,5%).
Não = 20 IES (38,5%)

3) Sua IES mudaria de condição jurídica para receber investimentos? Passaria da condição
de empresa sem fins lucrativos para empresa com fins lucrativos?
Sim = 25 IES (35,7%).
Não = 26 IES (37,1%)
Já sou uma IES com fins lucrativos = 19 (27,2%)

4) Você já recebeu proposta de outra instituição interessada na aquisição de sua IES ou na


fusão?
Sim = 34 IES (48,6%).
Não = 36 IES (51,4%)

5) Você já fez alguma proposta de compra de outra IES?


Sim = 13 IES (18,6%).
Não = 54 IES (77,1%)
Não respondeu = 03 IES (4,3%)

6) De quantos casos concretos de fusão entre IES você já teve notícias?


Nenhum caso = 58 (82,9%).
Um caso = 11 IES (15,7%)
Dois casos = 01 IES (1,4%)
Mais de dois casos = 0 IES (0,0%)

Resultados

Dos resultados obtidos na pesquisa podemos considerar que o movimento do mercado em


torno de captação de investimento, fusões e aquisições ainda encontra-se em fase de
“namoro” entre os players.

É um fato que realmente as IES estão migrando para se tornarem empresas com fins
lucrativos. Algumas já são inclusive S/A (sociedade anônima), como é o caso do IBTA na
capital paulista e da Universidade de Franca (UNIFRAN) no interior do estado Porém elas
são movidas muito mais por motivos de patrimônio e de sucessão do que pela possibilidade
de captação de investimentos.

Para o Professor Magno Maranhão, presidente da Associação Nacional dos Centros


Universitários (ANACEU), o Governo foi o grande responsável pela transformação das IES
em empresas com fins lucrativos, principalmente daquelas que detinham também o status
de filantrópicas. A fiscalização intensa e a exigência das bolsas integrais pressionaram
algumas IES a mudarem de condição. Algumas IES chegaram a ter seus registros de
filantropia cassados, como foi o caso da Universidade Mackenzie em São Paulo e da UNIVALI
em Santa Catarina.

Para o Assessor Jurídico do SEMESP, Dr. José Roberto Covac, a fúria da fiscalização sobre as
IES sem fins lucrativos, desencadeada em meados do ano 2000, fez com que muitas IES
mudassem para empresas com finalidades lucrativas. Para o Dr. Covac, muitas dessas IES
se arrependeram do que fizeram, pois a perda da isenção tributária prejudicou a capacidade
competitiva dessas instituições.

A consolidação do mercado é um processo que já foi deflagrado, no entanto, ainda não é


possível saber se ela se dará a partir da fusão entre as pequenas IES ou a partir da compra
das pequenas pelas grandes IES. Também ainda é cedo para apostar no sucesso ou
fracasso das chamadas “universidades nacionais”, que seriam grandes IES abrindo seus
campi por todo o Brasil, como já o fazem a Universidade Paulista (UNIP), a Universidade
Estácio de Sá, a Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO) e a Universidade Luterana
Brasileira (ULBRA).

O Professor Wilson de Matos Silva, mantenedor do Centro Universitário de Maringá


(CESUMAR), não acredita na chamada “universidade nacional”. Para Wilson, “uma
instituição de ensino, para ser bem sucedida, precisa estar identificada e integrada com a
comunidade onde está situada e com o desenvolvimento regional, e essa integração
demanda um longo período de relacionamento”.

Wilson acredita que não serão as grandes IES que irão atrás das pequenas, mas sim o
oposto. Para ele, as pequenas faculdades isoladas terão dificuldades de competir em um
mercado onde a autonomia das grandes IES (universidades e centros universitários) é
muito maior.

Muitos mantenedores entrevistados confirmam a posição do reitor do CESUMAR. O


professor Renato Casagrande, diretor geral do Grupo OPET de Curitiba diz que sua
instituição já foi procurada por instituições menores querendo ser compradas. No caso do
ensino básico, a OPET já adquiriu outra escola, mas no ensino superior estão cautelosos. “É
preciso esperar para ver como fica o mercado depois de passar a atual crise especulativa”,
conclui Renato.

O Professor Magno Maranhão acredita que a saída para as pequenas IES é se unirem. Ele
não vê possibilidades nem vantagens para os grandes grupos absorverem as pequenas.
Opinião similar tem o Dr. Edson Franco, para quem as pequenas IES deveriam “pagar” para
serem compradas.

O Professor Juper Crispino, Pró-reitor do Centro Universitário São Camilo, acredita que as
pequenas IES sobreviverão se elas souberem se associar, fazer parcerias, criar redes de
negócios que as possibilitem competir com as grandes IES.

A crise já está a tal ponto que, segundo o Dr. Franco, já existem IES autorizadas pelo MEC a
funcionar, com cursos aprovados, mas que não conseguem formar nenhuma turma. “Não
decolam”, perderam o timing.

A pesquisa mostrou também que, mesmo sendo significativo o interesse dos mantenedores
pelo capital dos investidores, o momento é ainda mais de especulação do que realmente de
negócios, já que há inúmeros obstáculos a serem vencidos e toda uma cultura a ser
mudada.

Para o diretor-presidente do IBTA (Instituto Brasileiro de Tecnologia Avançada), Eduardo


Wurzmann, são poucas as IES preparadas para receber investimentos externos. A
instituição precisa ter um faturamento anual relativamente alto e total transparência
contábil para interessar aos investidores, e, assim sendo, o número de IES aptas para tal é
muito reduzido.

Parte da especulação existente no setor, no que se refere aos investimentos externos, pode
ser justificada pela presença de inúmeros “corretores” intermediando a transação entre IES
e entre estas e investidores. Há no mercado mais corretores do que IES dispostas a fazer
negócios, diz o Dr. Covac.

No caso das fusões, começam a pipocar aqui e acolá um ou outro caso isolado, como a que
ocorreu no início deste ano entre as Faculdades Hoyler e as Faculdades SPEI em Curitiba, no
Paraná. Mas na verdade, o “boom” das fusões ainda não aconteceu, o movimento está
apenas na fase de sondagem. Tudo indica que começará logo, mas não há nenhuma
evidência que ele venha a ser a “tábua de salvação” das IES que estão falindo. Em um
momento de especulação como o que vive o mercado da educação superior privada, é
provável que muitas instituições venham a fechar suas portas.

Para Paulo Cardim, reitor do Centro Universitário Belas Artes em São Paulo, não haverá
interesse das grandes IES em comprar as pequenas. A melhor saída será a união (fusão)
das pequenas para terem maiores chances competitivas.

Será que iremos presenciar no ensino superior privado o mesmo movimento de


consolidação que ocorreu com os bancos no início dos anos 90?
• www.tjm.sp.gov.br/Noticias/0925_3_milhoes_participam_hoje_do_En
em.htm

O ESTADO DE S. PAULO Domingo, 25 de setembro de 2005

VIDA&

3 milhões participam hoje do Enem


Sistema de bolsas que leva em conta a nota da prova causou recorde de inscrições e
consolidou o Exame Nacional do Ensino Médio

Renata Cafardo

A consagração do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), quem diria, veio no


governo Lula. Criada em 1998 pelo ex-ministro Paulo Renato Souza, a prova surgiu como uma
auto-avaliação não obrigatória para os adolescentes que estavam terminando a escola.
Desacreditada e criticada, correu risco de ser extinta pelo PT. Hoje, no entanto, um número
recorde de estudantes - quase 3 milhões em todo o País - participa do exame, que começa às 13
horas. E a razão é simples: para conseguir bolsa no ensino superior particular, pelo novo
programa Universidade para Todos (ProUni), é preciso ter a nota do Enem.

Neste ano, o primeiro em que funcionou o sistema de bolsas instituído pelo Ministério
da Educação (MEC), não foi preciso nem vestibular. Além das duas exigências principais -
demonstrar carência e ter cursado o ensino médio em escola pública -, uma média acima de 45
pontos no Enem garantiu lugar na universidade para cerca de 100 mil brasileiros. Sobraram
vagas, inclusive. O governo prorrogou várias vezes o período de inscrição para cobrir a
quantidade de bolsas oferecidas pelas 1.142 instituições que aderiram ao ProUni. Em troca,
ganharam isenção de Imposto de Renda, Contribuição Social de Lucro Líquido, PIS e Cofins.
'Com essa nova perspectiva, o Enem agora se consolidou', disse ao Estado o ministro da
Educação, Fernando Haddad. Idealizador do ProUni já na gestão de Tarso Genro, ele comemora
a explosão de inscrições para o exame. No MEC de Cristovam Buarque, porém, dirigentes
declaravam que o Enem em nada ajudava os jovens pobres a ingressar na universidade pública e
precisava ser revisto. O ministro agora acredita que a participação maciça na prova, que segue
parâmetros educacionais modernos, sem divisão por disciplinas e com avaliação de competências
e habilidades, pode fazer com que as escolas mudem também.
Com essa mesma expectativa, o governo anterior promoveu acordos, a partir de 2000,
para que a nota do exame passasse a ser parte dos vestibulares públicos e particulares. A adesão
principalmente da Fuvest, em que a nota vale 20% da primeira fase, ajudou no primeiro boom de
inscritos. O total cresceu de 157 mil, em 1998, para 1,8 milhão, no último ano de Paulo Renato
no MEC. 'A prova do Enem agora é mais importante que a Fuvest para mim', diz Daiane Bezerra
Neves, de 18 anos. Estudante de escola pública, ela acredita que suas chances de cursar uma
faculdade gratuita estão mais no ProUni que na universidade pública. Já escolheu as instituições
particulares em que vai pedir a bolsa para o curso de Ciência Biológicas e passou o ano estudado
para a prova de hoje. 'O Enem é mais humano que o vestibular, então li muito jornal para me
preparar. Vou tentar gabaritar ', conta.

COMPETÊNCIAS

Além das 63 questões interdisciplinares medindo competências como domínio de


linguagens, compreensão de fenômenos, argumentação e situações-problema, o exame tem
também uma redação. No último Enem, o tema era a liberdade de informação e os abusos
cometidos pela imprensa. Na época, se discutia no País a polêmica criação de um Conselho
Federal de Jornalismo. Para conseguir a bolsa no ProUni, os alunos precisam ter uma média
satisfatória que leva em conta a prova objetiva e a redação. A renda familiar per capita exigida é
inferior a um salário mínimo e meio.

Mariana Dias Arantes, de 18 anos, conseguiu no começo deste ano desconto de 100%
na mensalidade do curso de Hotelaria das Faculdades Senac pelo ProUni. 'Ninguém acredita que
eu não pago nada', brinca.

Seus colegas desembolsam R$ 907 por mês pelo curso. Apesar disso, ela reclama de ter
de pagar R$ 200 pelo transporte que a leva do campus, na zona sul da capital, para a Penha, zona
leste, onde mora.

Ela e outros bolsistas do ProUni ainda aguardam a prometida bolsa de R$ 300, que
ajudaria nas despesas com alimentação, material, transporte, entre outras. No primeiro ano do
programa, ela não saiu.

Haddad garante que ela será regulamentada logo e que passará a existir em 2006. Mas o
benefício será apenas para matriculados em cursos integrais porque não podem trabalhar e
estudar.

'REALIZADA'

'Jamais imaginei que o Enem fosse me colocar na faculdade', diz Suelen de Oliveira, de
17 anos, que cursa o primeiro ano de Administração de Empresas na Fundação Escola de
Comércio Álvares Penteado (Fecap). Filha de um vendedor e uma dona de casa, ela já havia
desistido do ensino superior no ano passado porque não tinha como pagar uma faculdade
particular nem acreditava conseguir uma vaga nas públicas. Participou do Enem, em agosto de
2004, apenas por curiosidade. No começo deste ano, ficou sabendo da existência do ProUni e se
inscreveu.
Sua alta nota no exame garantiu o lugar. 'Estou realizada, não queria parar de estudar.'
Segundo o consultor jurídico do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado
de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, a profusão de regras e decretos sobre o ProUni
durante o ano acabou confundindo as instituições. 'Muitas acabaram aceitando só a nota do Enem
para admitir o aluno porque não dava mais tempo de fazer processo seletivo', diz. A lei de janeiro
de 2005 que institui o ProUni diz que as instituições podem submeter o candidato a bolsa a uma
prova eliminatória. Mesmo assim, Haddad defende o Enem. ‘Na minha opinião, o processo
seletivo não acrescenta muita coisa’.

• www.trilhadeluz.com.br/trilha/index.php?op=NEArticle&sid=4536

Pesquisa aponta que 53% apóiam cotas para estudantes de escolas públicas

Brasília - 10/02/2005 - Pesquisa encomendada pela Federação Nacional das


Escolas Particulares (Fenep) ao Instituto Brasileiro de Opinião Pública e
Estatística (Ibope) sobre o ensino particular revela que 53% dos entrevistados
apóiam a adoção das cotas para os alunos queReportagem: Rodrigo Dindo

freqüentaram o ensino médio em escola pública. “Os dados demonstram que existe uma
aceitação por parte da sociedade das políticas afirmativas, com corte na questão social”, afirma
o presidente da Fenep, José Antonio Teixeira. A pesquisa apontou, ainda, que 36% dos
entrevistados apóiam as cotas na questão racial.

Teixeira acredita que o prazo ideal para a aplicação da medida seja o período de dez anos, prazo
inicialmente previsto na proposta do MEC, e não os quatro anos definidos pela Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara Federal.

O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, disse nesta sexta-feira, 10, que pretende levar o projeto
ao colégio de líderes e ao plenário da casa, depois que líderes do PSDB e do PFL anunciaram
ontem, 9, que conseguiriam as 51 assinaturas necessárias para evitar que o projeto fosse direto
ao Senado.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirma que o mais importante é a aprovação do


projeto de cotas, pois irá reforçar a escola pública e dar uma chance aos alunos oriundos dela,
que têm demonstrado desempenho satisfatório na universidade.

Quanto aos prazos, Haddad entende que o sistema precisa de um tempo para adaptação, tempo
este que servirá para reforçar a própria política.
Ele acredita que há espaço para negociação entre o movimento social e os reitores, que
defendem o prazo de dez anos. O MEC poderá ser mediador no processo. Sobre a questão do
mérito dos cotistas, o ministro cita o exemplo da Universidade Federal da Bahia (UFBA), na
qual em nenhum curso o desempenho dos cotistas foi inferior aos demais alunos.

Percentual e constitucionalidade – José Antonio Teixeira acredita que haja espaço para a
negociação do prazo no plenário da Câmara ou mesmo depois no Senado. Ele não concorda
com os críticos do percentual de 50% para as cotas.

“Hoje, 84% dos estudantes do ensino fundamental são de escolas públicas. Portanto, 50% de
vagas para os oriundos das escolas públicas é um número aceitável”, considera.

Outro debate que vem sendo travado é sobre a constitucionalidade do projeto. O titular da
faculdade de Direito da USP, Fabio Konder Comparato, afirma que está no artigo 3º da
Constituição brasileira o objetivo de erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades sociais e
regionais, sendo isso dever do Estado.

O projeto de cotas pode ser interpretado, segundo o professor, a partir deste artigo. Já o
advogado José Roberto Covac, afirma que o projeto vai contra o artigo 208 da Constituição,
que diz que é dever do Estado garantir acesso aos níveis mais elevados de ensino de acordo
com a capacidade de cada um.

A pesquisa – Foi aplicada em oito regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória,
Recife, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis e Distrito Federal. No total, foram feitas 1001
entrevistas. O público-alvo foi selecionado mediante três estágios.

No primeiro, foram selecionados municípios a partir do total de domicílios nos quais as famílias
possuíam renda familiar igual ou superior a R$ 2,4 mil (oito salários mínimos) e, ao mesmo
tempo, onde residiam crianças entre sete e 17 anos cursando o ensino fundamental e/ou médio
em escola particular.

A seguir, foram selecionados setores censitários e, a partir daí, os entrevistados, utilizando-se


cotas proporcionais em função do sexo, idade e condição de atividade (economicamente ativo
ou não).

FONTE:
MEC - Assessoria de Comunicação Social
Postado em Quarta-feira, 15 de Fevereiro de 2006 (14:58:29) por Gilberto

• www.ufcg.edu.br/prt_ufcg/assessoria_imprensa/mostra_noticia.php?c
odigo=3658
Faculdade pública cobra mensalidade

Pelo menos 15 faculdades criadas por prefeituras depois de 1988 cobram mensalidades de seus alunos, como se
fossem instituições particulares.

A cobrança vai contra a Constituição Federal, que determina que a educação oferecida pela União, pelos Estados e
pelas prefeituras deve ser gratuita.

Algumas instituições só continuam cobrando mensalidades porque recorreram aos tribunais e conseguiram
liminares favoráveis, o que indica que, apesar da lei, a questão é controversa.

Existem no País, segundo o Ministério da Educação (MEC), 61 faculdades e universidades municipais. Dessas,
somente 3 não exigem pagamento de mensalidade.

As 58 restantes cobram, mas a maioria (43) tem respaldo legal para isso. A Constituição, elaborada em 1988, diz
que as faculdades municipais que cobravam mensalidades até aquele ano manteriam esse direito. Mas as criadas
depois disso, não.

O Estado localizou, a partir de dados do MEC, as 15 faculdades municipais que se encontram nessa situação. Ficam
no interior dos Estados de São Paulo, Minas, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná e Rio.

A cobrança das mensalidades - que não costumam ser altas (R$ 300 em média), embora exista uma que cobre R$
934 pelo curso de Odontologia - foi confirmada ao Estado, por telefone, por todas as instituições.

Questionados por estudantes, os funcionários das secretarias costumam dar a seguinte confusa resposta: 'A
faculdade é pública, mas é particular'.

'Juridicamente, a instituição é pública ou privada. Não existe meio-termo', diz o advogado João Roberto Moreira
Alves, do Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação (Ipae), do Rio.

'Infelizmente nem todos têm acesso à legislação, que realmente é complicada para os leigos', acrescenta o
também advogado especializado em direito educacional José Roberto Covac.

Autarquia e fundação

Normalmente essas instituições têm como mantenedora uma autarquia ou uma fundação municipal, com certa
autonomia em relação às prefeituras. 'Esse argumento não vale.

As faculdades não deixam de ser públicas por causa disso', afirma o promotor Marcos Tofani Baer Bahia, do
Ministério Público Estadual de Minas.

Segundo ele, sempre existem recursos públicos envolvidos. Normalmente não são na forma de dinheiro, já que as
mensalidades cobradas dos alunos são suficientes para mantê-las em funcionamento, mas sim por meio do uso de
terrenos e prédios da prefeitura e da desobrigação do pagamento de impostos municipais.

As faculdades das prefeituras não são fiscalizadas pelo MEC, que cuida só das instituições federais e particulares.

As municipais, assim como as estaduais, estão sob a responsabilidade dos Conselhos Estaduais de Educação
(CEEs), que freqüentemente são questionados a respeito das mensalidades cobradas.

'As instituições dos municípios são públicas. É-lhes vedada a solicitação de pagamento pelo ensino', afirma,
categórico, o presidente do CEE de São Paulo, Pedro Kassab.

No ano passado, o Conselho de Educação paulista decidiu que três faculdades municipais do interior teriam que ou
parar de cobrar ou fechar as portas.

O Instituto Matonense de Ensino Superior, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ibitinga e o Instituto
Taquaritinguense de Ensino Superior só continuam funcionando e cobrando mensalidade porque obtiveram
liminares (decisões provisórias) na Justiça.

Ainda não houve julgamento definitivo.

'Elas podem cobrar mensalidade porque não são mantidas preponderantemente com dinheiro público', argumenta
o advogado da três instituições, Sérgio Roxo.

'As prefeituras criaram as faculdades que o Estado de São Paulo e o governo federal não abriram. Acho um
verdadeiro absurdo exigirem o fechamento de escolas no Brasil'.

A Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo já emitiu pareceres afirmando que a cobrança de mensalidades é
ilegal, inclusive quando a autarquia ou fundação mantenedora criada antes de 1988 abriu uma faculdade depois
daquele ano.

'Pagamos as taxas. Ninguém nunca reclamou'

Na maioria das vezes, os alunos de faculdades municipais não sabem que a instituição em que estudam são
públicas. Quando sabem, não reclamam.

Principalmente pelo fato de as mensalidades serem mais baratas do que as cobradas pelas instituições particulares.
Se não estudassem lá, teriam de viajar diariamente para estudar em cidades vizinhas.

Marcos Roberto do Nascimento, de 32 anos, é aluno do Instituto Matonense Municipal de Ensino Superior (Immes),
em Matão (SP).

Está no único curso de Direito da cidade e paga R$ 340 por mês - valor 'justo e acessível', já que não pagaria
menos de R$ 600 numa faculdade particular.

'Custou muito para termos a faculdade aqui, que é de qualidade. Embora incomode as instituições privadas, essa
pode ser uma terceira via bastante interessante. Nunca escutei reclamação. Ninguém entrou aqui enganado.'

Especialistas chamam atenção para o fato de que as prefeituras só podem investir em educação superior depois de
terem garantido o ensino básico - os primeiros anos da educação são obrigação dos municípios determinada pela
Constituição.

Segundo advogados, os alunos que se sentirem prejudicados podem recorrer à Justiça para exigir a devolução das
mensalidades pagas indevidamente.

• www.universia.com.br/html/noticia/noticia_clipping_cjbci.html
Altere o
tamanho A+ A-
Clipping  da letra:

Enviar
por e-mail

Versão para
impressão
Leia outras
10/02/2006
matérias do Clipping
de hoje

A proposta é constitucional?

FÁBIO K. COMPARATO PROFESSOR DA USP O professor Fábio Konder Comparato,


da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), diz que o projeto de lei não
é inconstitucional. Seria inconstitucional se os alunos de escolas públicas fossem
admitidos nas universidades sem passar pelo vestibular. Não é o caso. Eles serão
selecionados. Ao contrário, ele continua, o governo cumpre a Constituição - o objetivo
fundamental de erradicar a pobreza e a marginalização. Isso é importante porque há
muito tempo o governo não tem dado um atendimento sério às necessidades
fundamentais do povo brasileiro.

JOSÉ ROBERTO COVAC ADVOGADO O advogado José Roberto Covac, especialista


em Educação, afirma que o projeto vai contra o artigo 208 da Constituição, que diz que é
dever do Estado garantir acesso aos níveis mais elevados do ensino de acordo com a
capacidade de cada um. O que o Estado tem de fazer é capacitar o aluno para que ele tenha
condições de disputar a vaga da universidade. O critério tem de ser o mérito. Segundo ele,
ao aceitar um projeto assim, o governo admite a falência das escolas públicas. Se o ensino
público básico tivesse qualidade, não haveria a necessidade desse tipo de benefício.O
projeto: Reserva 50% das vagas as universidades federais para alunos que fizeram todo o
ensino médio em escolas públicas

[O Estado de S.Paulo ]

• www.universiaempregos.com.br/materia/materia.jsp?id=14387

Universitário Se liga no campus

Justiça põe fim à cobrança por diploma

Em nota, MEC diz que atuará para garantir o cumprimento da lei

Publicado em 13/09/2007 - 17:00

Por Lilian Burgardt


Uma ação movida na última semana pelo MPF (Ministério Público Federal) contra a cobrança
dos diplomas em 13 instituições particulares do Ensino Superior de São Paulo recebeu, no último
dia 11, parecer favorável da Justiça. A decisão, publicada, hoje, no site oficial da Procuradoria da
República garante que estudantes recebam o diploma sem qualquer custo.

A juíza Fernanda Souza Hutzler, da 20ª Vara Federal Cível de São Paulo, concedeu a liminar
com base na existência da Norma federal do Conselho Nacional de Educação, editada em 1989, e
jurisprudência posterior, proibindo as Instituições de Ensino Superior privadas de cobrar
qualquer taxa para a expedição de diplomas, uma vez que a lei determina que tal serviço não é
extraordinário.

Segundo a decisão da juíza, o fornecimento de


certificados e diplomas de conclusão de curso está entre
MEC diz: diplomas fazem parte
os encargos educacionais sujeitos à cobrança por meio de
da conclusão do curso
anuidade escolar a ser paga pelo aluno. Em seu texto, a
magistrada destaca: "o aluno se matricula no curso para,
Em nota oficial, MEC
ao final, receber o diploma registrado e reconhecido pela
(Ministério da Educação) se
instituição educacional, pagando por isso ao longo de
pronuncia a favor da liminar e
toda sua vida acadêmica."
diz que atuará para o
cumprimento da lei.
A boa notícia para os estudantes é que, por se tratar de
uma lei federal, ela pode ser estendida para todas as
"Com o objetivo de atender a um
instituições privadas de Ensino Superior, desde que os
conjunto de demandas em torno
ministérios públicos estaduais entrem com ação nesse
da cobrança para expedição de
sentido. É o que já acontece nos estados do Ceará, Goiás,
diplomas por parte de IES
Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
(Instituições de Ensino
Superior), a SeSu (Secretaria de
A novidade abalou o setor, uma vez que já é praxe das
Educação do Superior do
Instituições de Ensino Superior privadas cobrar pela
Ministério da Educação)
emissão do documento. Em 10 de fevereiro de 2006, uma
corrobora o entendimento que a
lei estadual de autoria do então deputado estadual
expedição do certificado, de
Donisete Braga (PT-SP) publicada no Diário Oficial,
acordo com embasados pareceres
causou furor por limitar a cobrança pela emissão do
jurídicos, é ato indissociável da
diploma nas Instituições de Ensino Superior privadas do
conclusão do curso, não podendo
estado de São Paulo a 5 Ufesps (Unidades Federativas do
ser considerada, portanto,
Estado). Na época, essa limitação representava o
serviço extraordinário já que, nos
equivalente a R$ 69,95.
termos do art. 48 da Lei
9.394/961 (LDB), trata-se de
Desde então, universidades e alunos travam uma briga documento legalmente
para conseguir seu diploma de acordo com a lei estadual.
estabelecido como meio de
Universidades alegavam responder apenas à União,
prova da formação acadêmica."
enquanto alunos queriam fazer valer o seu direito. Na
Clique para ler a nota oficial
briga, a UNE (União Nacional dos Estudantes) se uniu ao
na íntegra.
Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do
Consumidor) para evitar a cobrança indevida. Assim,
quem quisesse seu diploma de acordo com a lei estadual era obrigado a entrar com um pedido
munido da cópia da legislação e aguardar a aprovação da instituição. Caso o pedido fosse
indeferido, o estudante poderia procurar a ouvidoria do estudante da UNE que oferece assistência
jurídica gratuita em proteção aos seus direitos.

Na época, entrevistado pelo Universia, o presidente do Semesp (Sindicato das Entidades


Mantenedoras das Instituições de Ensino do Estado de São Paulo), Hermes Ferreira Figueiredo,
declarou que considerava a medida autoritária, pois feria a autonomia das universidades que,
segundo o MEC, têm total gerência sobre suas contas e sobre a forma como podem cobrar em
relação aos seus serviços. Ainda assim, não aconselhava que nenhuma instituição de Ensino
Superior privada fosse contra a legislação. Hoje, nem o próprio MPF, nem o Semesp reconhecem
a lei estadual. Ambos alegam que a questão da fiscalização da emissão do diploma é de
responsabilidade da União. Motivo que levou o MPF a entrar com uma ação afim de regular, de
vez, a questão.

Para o consultor jurídico do Semesp, José Roberto Covac, assim como a lei estadual de 2006 -
sobre a qual o Semesp move uma ação de inconstitucionalidade -, a decisão da juíza pode
levantar um outro problema: a falsificação dos diplomas. "O selo especial ou o papel de pele de
carneiro são diferenciais que ajudam a conferir a autenticidade do documento. Se os diplomas
passarem a serem expedidos em papel sulfite serão muito mais fáceis de serem falsificados", diz.

Com relação à Norma do Conselho editada em 1989, o consultor explica que leis posteriores
como a lei 8.170, a 9.170 e o próprio Código de Defesa do Consumidor não a recepcionaram.
Isso quer dizer que, antigamente, o Conselho Federal de Educação era o responsável por
disciplinar os valores escolares. Hoje, não cabe mais a este órgão. Além disso, o artigo 207 da
Constituição - que trata da autonomia - permite que as universidades estabeleçam os valores
pelos serviços oferecidos e possam, elas mesmas, ser responsáveis pela emissão dos diplomas.
"O problema são os centros universitários e as faculdades isoladas que não têm a mesma
autonomia", diz Covac. Hoje, estas instituições têm seus diplomas expedidos pela USP
(Universidade de São Paulo).

Para Covac, depois da concessão dessa liminar, a recomendação do sindicato é que as


instituições a cumpram, mas lembra que a entidade deverá recorrer para, em sua opinião,
promover o equilíbrio do setor. "Mais uma vez é preciso pensar em uma forma de manter a
qualidade da autenticação para que o processo de certificação não seja prejudicado", defende.

O que muda com a ação do MPF?

Segundo o procurador da República Sergio Gardenghi Suiama, no ano passado, o Ministério


Público recebeu um documento sugerindo a investigação do problema. Foi então que chegou a
Norma editada em 1989 que exime os estudantes de todo o País do pagamento de qualquer taxa
pelo recebimento do diploma. "Cobrar o diploma do aluno que já paga a mensalidade é o mesmo
que exigir que o estudante pague a mais para ter acesso à biblioteca", compara Suiama.

Até o momento, a liminar é válida contra as universidades que responderam ofício do MPF
afirmando que cobram pela expedição dos diplomas ou que foram denunciadas por alunos que
questionaram a cobrança. Ela também beneficiará os alunos já graduados que ainda não retiraram
seus certificados pelo não-pagamento da taxa.

Caso a liminar seja descumprida, o MPF pede a multa de R$ 10 mil por dia para cada aluno
sobre o qual for cobrada a taxa. As treze instituições atingidas pela liminar são: Uniban
(Universidade Bandeirante), Unicsul (Universidade Cruzeiro do Sul), PUC-SP (Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo), São Judas (Universidade São Judas Tadeu), Unicid
(Universidade Cidade de São Paulo), Unib (Universidade Ibirapuera), UniSant´Anna (Centro
Universitário Sant'Anna), Associação Educativa Campos Salles, FMU (Faculdades
Metropolitanas Unidas), UniFIEO (Centro Universitário FIEO), São Marcos, Unisa
(Universidade Santo Amaro) e Unicastelo (Universidade Camilo Castelo Branco).

Os alunos das 13 universidades rés da ação que já pagaram a taxa para a confecção do diploma
deverão aguardar a sentença final do processo para pleitear a devolução dos valores pagos ou
então ingressar com ações individuais com a mesma finalidade.

Em Bauru, cidade onde o MPF moveu ação do mesmo gênero em 2006, o juiz da 1ª Vara
Federal, Roberto Lemos dos Santos Filho, concedeu sentença em junho deste ano para impedir a
cobrança da taxa de expedição e/ou registro de diplomas para os alunos de 17 universidades da
região e determinou, ainda, que a União fiscalize essas instituições quanto ao cumprimento das
normas gerais de educação nacional.

De posse deste resultado, o MPF pretende seguir adiante com as ações contra outras instituições
privadas de Ensino Superior. "Começamos pelos centros universitários, mas há muitas
instituições privadas de Ensino Superior constituídas como faculdades isoladas que também
deverão ser procuradas pelo MPF", diz.

Além das faculdades, o MPF também acionou a União e pede que, ao final do processo, o
governo federal seja obrigado a cumprir sua função fiscalizadora sobre o Ensino Superior
privado e exija das instituições o cumprimento das normas gerais da educação nacional. Dentre
elas, a que impede a cobrança pela expedição ou registro do diploma.

Para a atual presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Lúcia Stumpf, não há dúvida
de que a questão dos diplomas é um dos principais problemas enfrentados pelos estudantes nas
universidades particulares por uma falta de regulamentação do setor. Daí a importância da
interferência do Ministério Público neste impasse. Além disso, se for confirmada a entrada do
MEC na fiscalização da cobrança da taxa pelos diplomas, trata-se de uma novidade que, em sua
opinião, vai garantir o direito dos estudantes. "Até hoje, cabia aos alunos por meio da UNE se
organizarem, pedirem a ajuda do Procon-SP e da ouvidoria dos estudantes. Sem dúvida a entrada
do MEC irá conferir mais peso ao cumprimento do dever", acredita Lúcia.

• www.vidauniversitaria.com.br/blog/?p=12900
Cursos “inadequados” formam 1 em cada 4 médicos do país 

Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina
do país “não têm condições de funcionar”, nas palavras do próprio governo.

Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4
médicos que terminam o ensino superior na área.

Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC
(Conceito Preliminar de Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos
alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil do corpo docente (como titulação dos professores)
e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do Enade.

Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos


universitários na prova.

Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa
“referência na área”.

Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária,
fisioterapia, nutrição, entre outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em
agroindústria.

Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e
21,4% ficaram entre 4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).

A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade
Estadual Paulista também teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito
2). USP e Unicamp não participam do Enade, por não concordar com a metodologia adotada.

Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de “sem condições”: 26 cursos com
nota 2. A Uniban, também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.

Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último
Censo da Educação Superior, com dados de 2006 –o de 2007 ainda não está disponível.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a
fiscalização dos cursos será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de
especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas
vão verificar se as condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.
Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito
continue baixo, o MEC diz que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.

Crítica

“As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas.

Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina”, diz Antonio Carlos Lopes, professor
da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade Brasileira de Clínica
Médica e ex-presidente da Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são
contrárias a avaliações, mas se posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o
conceito preliminar, que consideram “improvisado”.

“Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da
metodologia [utilizada no novo conceito]“, afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das
Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do
setor. Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior) não for totalmente implementado, instituições de ensino superior “serão obrigadas a
mudar seus projetos para transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade”.

Via: Folha

• http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070912091311A
A2ApA3

Quanto custa aproximadamente para pegar o diploma da faculdade? 

by Tin

Melhor resposta ­ Escolhida por votação 
Oi,

Isto ajuda você?

Faculdades descumprem lei e abusam no preço de diplomas

Algumas das principais faculdades da região do ABC ainda não cumprem a determinação da lei
estadual 12.248, de fevereiro de 2006, que limita o valor da cobrança para a emissão do
diploma de graduação em R$ 69,65. Preço pode chegar a R$ 300.
Entre as justificativas, umas informam que cobram o valor apenas para quem se formou depois
que a lei passou a valer, outras alegam que são regidas por leis federais e por isso não
cumprem a determinação.
"Isso é um erro. O consumidor está sendo enganado", afirma o advogado especialista em
defesa do consumidor Anis Kfouri. "A lei vale para quem pediu o diploma depois que ela entrou
em vigor, independente de quando se formou", esclarece.
O advogado deixa claro que o aluno pode entrar com um mandato de segurança para receber
o diploma pelo valor estabelecido. "Ele pode perder vantagens no emprego ou até mesmo uma
colocação melhor porque não consegue pagar pelo diploma", explica. "Quem pagou um valor
maior depois que a lei entrou em vigor, deve entrar com um processo para receber a diferença
em dobro", conclui.
Cristina Lopes, formada no meio do ano em Engenharia de Produção na UniABC, ainda não
solicitou o diploma. "Me recuso a pagar um preço acima da lei, mesmo que sem o diploma eu
não possa tirar o Crea (registro necessário para engenheiros)." A UniABC cobra R$ 150 pelo
diploma.
O psicólogo Robson Donizete da Silva, 25, passa pela mesma situação na Unia (Centro
Universitário de Santo André). "Já me formei há mais de um ano e só não solicitei o diploma
por causa do preço de R$ 150", conta. As duas faculdades não retornaram às ligações da
reportagem.
Na Faculdade de Direito de São Bernardo, que cobra R$ 300 pelo diploma, quem se formou
antes de 2006 ficou de fora da lei. "Eles dizem que o valor de R$ 69,65 é só para quem se
formou neste ano", conta Thiago Pellegrini, 25, que se formou em 2004. A faculdade disse que
já tem uma versão mais simples do diploma pelo preço que determina a lei, mas não confirmou
se abrirá a opção para alunos formados antes de 2006.
O MEC informou que não é responsável por expedição de diplomas, mas que o estudante deve
procurar seus direitos em todas as instâncias, já que as faculdades particulares são regidas por
conselhos municipais e estaduais e, em princípio, deveriam cumprir a lei.
Já para o Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino
Superior do Estado de São Paulo), a determinação é inconstitucional, pois o que rege as
faculdades é a Lei de Diretrizes e Base. "Nessa área não pode ter legislação estadual. Essa lei
tira a autonomia das faculdades", afirma José Roberto Covac, consultor jurídico do sindicato.
Covac ainda diz que a lei prevalece por enquanto e que desconhece casos de faculdades que
estão praticando um preço abusivo para emissão de diplomas. "Se o consumidor se sentir
lesado, já existe legislação para isso no código de defesa do consumidor". Quanto à lei
12.248/06, Covac deixa clara a opinião. "Nossa posição é contrária e estamos lutando contra
ela."
O Procon informou que ainda não recebeu nenhuma reclamação de consumidores referentes
ao assunto, mas caso isso aconteça fará cumprir a lei existente.

Um abraço

Fonte(s):
http://www.universia.com.br/html/noticia...

• 2 anos atrás

• http://br.noticias.yahoo.com/s/14112008/25/tecnologia-lei-estagio-
causa-queda-numero.html

Lei de estágio causa queda em número de vagas


Sex, 14 Nov, 02h33

Em 45 dias, desde que a nova lei de estágio foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o
número de vagas oferecidas no País caiu 40%, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de
Estágios (Abres). A oferta caiu de 55 mil postos mensais para 33 mil. O motivo, segundo a entidade, é o
desconhecimento das novas regras, que têm assustado e confundido as empresas e as instituições de
ensino superior. Apenas o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) já fez cerca de 30 mil
atendimentos para solucionar dúvidas de empresários, instituições de ensino e estudantes.

Além disso, a burocracia exigida para adaptar contratos e modificar as propostas pedagógicas dos
cursos torna o processo ainda mais lento. "Acreditamos que levará cerca de dois anos para que a
situação se normalize e a oferta volte ao normal", afirma Seme Arone Júnior, presidente da Abres. "Isso
porque as faculdades não se prepararam e as empresas estão com medo. Há muita falta de informação",
diz ele. Arone Júnior, no entanto, acredita que a lei, apesar da confusão inicial, será benéfica para os
estagiários, que terão mais garantias de respeito ao seu desenvolvimento educacional.

Um dos pontos da lei que provocaram confusão e empacaram os estágios foi a determinação de que os
estágios não obrigatórios constem do projeto pedagógico dos cursos de graduação - até então, isso não
era requisito. Desse modo, se a instituição ainda não atualizou seu projeto - e em algumas isso é um
processo demorado, que depende de votação em conselhos universitários, por exemplo -, ela não
poderá assinar ou renovar o contrato de estágio do aluno.

Outros pontos polêmicos são a jornada diária da atividade (de 8 para 6 horas semanais), o tempo de
permanência no mesmo estágio (restrito a dois anos) e os benefícios obrigatórios. O secretário de
Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Ezequiel Sousa do Nascimento, afirma que a
pasta pretende publicar uma instrução normativa para dirimir as dúvidas em até 15 dias. "Vamos nos
reunir terça e quarta-feira para redigir o texto", diz Nascimento.

Para tentar acabar com as polêmicas, o Ministério da Educação também se pronunciará oficialmente. A
coordenadora de políticas públicas da Secretaria de Educação Profissional e Técnica do Ministério da
Educação (MEC), Caetana Juracy Rezende Silva, que participou da elaboração da lei, diz que o MEC
enviará até o fim do mês um comunicado às instituições de ensino com instruções práticas.

A falta de clareza de alguns artigos é mencionada mesmo por quem defende a nova lei. Coordenadora
dos estágios do curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, Taís Fortes
considera a lei um avanço por dificultar a utilização do estagiário como mão-de-obra barata. Mas tem
dúvidas. Ela não sabe, por exemplo, se o artigo 14, que afirma se aplicar "ao estágio a legislação
relacionada à saúde e segurança no trabalho", implica a exigência de exames médicos admissionais e
demissionais.

Caetana explica que a intenção desse artigo não era exigir esses exames, mas garantir aos estagiários
os instrumentos e procedimentos de segurança utilizados pelos funcionários da empresa. A gerente
jurídica e de desenvolvimento de projetos sociais do Ciee, Maria Nilce Mota, comemora a interpretação
de Caetana, mas afirma que, até a publicação da instrução normativa, a entidade vai recomendar às
empresas, de forma preventiva, a realização dos exames. Maria Nilce considera que a diminuição na
oferta de vagas é apenas temporária e só vai durar até as empresas e instituições fazerem os ajustes.

O assessor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior


no Estado de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, afirma que a lei mais atrapalha do que ajuda os
estagiários. Ele argumenta que a nova lei engessa as relações entre estudante, escola e empresa.
"Alguns estágios tornam-se inviáveis com a carga horária de seis horas e o período máximo de dois anos
na mesma empresa." Ele afirma que não seria necessário criar uma nova lei: bastaria fiscalizar as
condições de atividade dos estagiários.

Caetana entende que, no início, a lei pode dar a impressão de que prejudica o estagiário. "Afinal, alguns
se submetem a um estágio precário porque precisam da remuneração", aponta. "Mas, depois, é fácil
compreender que todos são beneficiados quando não se reforça a precarização das condições de
trabalho." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

• http://fetropar.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&i
d=1177&Itemid=112

Lei de estágio causa queda em número de


vagas
14-Nov-2008
Ambigüidades da nova legislação, em vigor há 45 dias, foram reconhecidas pelo próprio Ministério do
Trabalho

Em 45 dias, desde que a nova lei de estágio foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o
número de vagas oferecidas no País caiu 40%, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de
Estágios (Abres). A oferta caiu de 55 mil postos mensais para 33 mil. O motivo, segundo a entidade, é o
desconhecimento das novas regras, que têm assustado e confundido as empresas e as instituições de
ensino superior. Apenas o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) já fez cerca de 30 mil
atendimentos para solucionar dúvidas de empresários, instituições de ensino e estudantes.

Além disso, a burocracia exigida para adaptar contratos e modificar as propostas pedagógicas dos
cursos torna o processo ainda mais lento. "Acreditamos que levará cerca de dois anos para que a
situação se normalize e a oferta volte ao normal", afirma Seme Arone Júnior, presidente da Abres. "Isso
porque as faculdades não se prepararam e as empresas estão com medo. Há muita falta de informação",
diz ele. Arone Júnior, no entanto, acredita que a lei, apesar da confusão inicial, será benéfica para os
estagiários, que terão mais garantias de respeito ao seu desenvolvimento educacional.

Um dos pontos da lei que provocaram confusão e empacaram os estágios foi a determinação de que os
estágios não obrigatórios constem do projeto pedagógico dos cursos de graduação - até então, isso não
era requisito. Desse modo, se a instituição ainda não atualizou seu projeto - e em algumas isso é um
processo demorado, que depende de votação em conselhos universitários, por exemplo -, ela não
poderá assinar ou renovar o contrato de estágio do aluno.

Outros pontos polêmicos são a jornada diária da atividade (de 8 para 6 horas semanais), o tempo de
permanência no mesmo estágio (restrito a dois anos) e os benefícios obrigatórios. O secretário de
Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Ezequiel Sousa do Nascimento, afirma que a
pasta pretende publicar uma instrução normativa para dirimir as dúvidas em até 15 dias. "Vamos nos
reunir terça e quarta-feira para redigir o texto", diz Nascimento.

Para tentar acabar com as polêmicas, o Ministério da Educação também se pronunciará oficialmente. A
coordenadora de políticas públicas da Secretaria de Educação Profissional e Técnica do Ministério da
Educação (MEC), Caetana Juracy Rezende Silva, que participou da elaboração da lei, diz que o MEC
enviará até o fim do mês um comunicado às instituições de ensino com instruções práticas.

APLICAÇÃO

A falta de clareza de alguns artigos é mencionada mesmo por quem defende a nova lei. Coordenadora
dos estágios do curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, Taís Fortes
considera a lei um avanço por dificultar a utilização do estagiário como mão-de-obra barata. Mas tem
dúvidas. Ela não sabe, por exemplo, se o artigo 14, que afirma se aplicar "ao estágio a legislação
relacionada à saúde e segurança no trabalho", implica a exigência de exames médicos admissionais e
demissionais.

Caetana explica que a intenção desse artigo não era exigir esses exames, mas garantir aos estagiários
os instrumentos e procedimentos de segurança utilizados pelos funcionários da empresa. A gerente
jurídica e de desenvolvimento de projetos sociais do Ciee, Maria Nilce Mota, comemora a interpretação
de Caetana, mas afirma que, até a publicação da instrução normativa, a entidade vai recomendar às
empresas, de forma preventiva, a realização dos exames. Maria Nilce considera que a diminuição na
oferta de vagas é apenas temporária e só vai durar até as empresas e instituições fazerem os ajustes.

O assessor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior


no Estado de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, afirma que a lei mais atrapalha do que ajuda os
estagiários. Ele argumenta que a nova lei engessa as relações entre estudante, escola e empresa.
"Alguns estágios tornam-se inviáveis com a carga horária de seis horas e o período máximo de dois anos
na mesma empresa." Ele afirma que não seria necessário criar uma nova lei: bastaria fiscalizar as
condições de atividade dos estagiários.

Caetana entende que, no início, a lei pode dar a impressão de que prejudica o estagiário. "Afinal, alguns
se submetem a um estágio precário porque precisam da remuneração", aponta. "Mas, depois, é fácil
compreender que todos são beneficiados quando não se reforça a precarização das condições de
trabalho."

Fonte: O Estado de S. Paulo

• http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=15415
7
11.06.2008 | 21h45
Escolas privadas criticam reforma universitária

Roberto Covac também reclamou da quantidade de portarias do Ministério da Educação

Portal Câmara

Representantes de instituições particulares de ensino fizeram críticas, nesta quarta-feira, ao que


consideram interferência do Estado no funcionamento das escolas. Em audiência pública da Frente
Parlamentar do Ensino Superior, os convidados também sugeriram mudanças em projetos sobre o
tema.

O presidente da Associação Brasileira de Direito Educacional e diretor do Departamento Jurídico da


Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior, José Roberto Covac, disse que o
projeto de reforma universitária do Executivo (PL 7200/06) "dá pouca importância à educação a
distância, na contramão do desenvolvimento tecnológico e das demandas da sociedade".

Covac criticou ainda o sistema de credenciamento para centros universitários e universidades.


Segundo ele, os critérios estabelecidos pelo projeto "são muito restritivos e impedem o
credenciamento de algumas instituições simplesmente pelo excesso de normas burocráticas".

Excesso de portarias
Roberto Covac também reclamou da quantidade de portarias do Ministério da Educação (MEC)
para normatizar o funcionamento das instituições de ensino superior. De acordo com ele, o excesso
de portarias gera insegurança jurídica e interfere na gestão das escolas particulares. "As instituições
levam muito tempo e gastam muitos recursos apenas para atender a exigências burocráticas",
reforçou.

Ele disse ainda que atualmente o MEC extrapola a competência de legislar sobre educação e
interfere em temas como relações de consumo e de trabalho, "o que causa transtornos
administrativos".

Segundo Covac, ao mesmo tempo em que o MEC "exacerba na edição de normas, falha no
cumprimento dos prazos de avaliações institucionais e de publicação de portarias que beneficiam
as escolas". Ele defendeu a aprovação do Projeto de Lei 4212/04, do deputado Átila Lira (PSB-PI),
que limita os poderes do MEC para editar portarias. Segundo o projeto, a União só poderá editar
normas sobre cursos de graduação e pós-graduação mediante lei.

Bem público
O diretor de relações institucionais do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos
de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), Antonio Carbonari Netto, criticou o conceito
de educação como bem público presente no projeto do Executivo. Segundo ele, a categoria de bens
públicos inclui o subsolo, os mares, os rios e estradas, mas a educação é um bem social. "O
conceito do Executivo é inadequado, pois impossibilita a exploração privada dos serviços e exige
regime de concessão", explicou.

Além desse aspecto conceitual, ele criticou pontos específicos que representariam ingerência do
Estado. Carbonari citou a exigência de 1/3 de docentes em tempo integral, considerada por ele
como inviável financeiramente. Ele também reivindicou a autorização para as escolas expedirem os
diplomas dos alunos formados. Em sua avaliação, é contraditório autorizar a abertura dos cursos e
não permitir a expedição dos diplomas.

O projeto do Executivo mantém a exigência da Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional


(LDB - 9.394/96) de que os certificados sejam expedidos por universidades públicas credenciadas
pelo MEC. No caso do Distrito Federal, por exemplo, apenas a Universidade de Brasília (UnB) está
autorizada a expedir os diplomas de estudantes formados em faculdades privadas.

• http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/08/06/e060825501.html

Educação: Brasil só tem 25 excelentes universidades


Luciana Abade, Jornal do Brasil
BRASÍLIA - Entre 3.239 cursos superiores avaliados pelo Ministério da Educação em 2007, apenas 25
conseguiram a nota máxima (5) no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), no Índicador de
Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD) e no Conceito Preliminar de Cursos (CPC).
Apenas uma instituição do Estado do Rio de Janeiro está entre as que atingiram nível de excelência.
Nenhuma instituição particular figura entre elas.
As 508 escolas que tiraram notas 1 e 2 no Enade receberão, obrigatoriamente, a visita de uma comissão do
MEC para firmar um protocolo de compromisso. A partir daí elas terão um ano para sanar as falhas
detectadas, caso contrário, poderão não ser recredenciadas. Cerca de 25% dos cursos encontram-se nessa
situação.
Recursos
As universidades, faculdades e centros universitários que receberam notas 3, 4 ou 5 também podem
solicitar a visita do MEC, se acharem que suas notas foram injustas.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, destacou que as instituições que receberam notas baixas
poderão ser beneficiadas com as visitas, já que “podem ser constatadas falhas nas demais avaliações”.
O Enade avaliou 16 áreas de conhecimento. Enfermagem, com 540 cursos; Educação Física, com 497 e
Fisioterapia, com 399, foram aquelas com maior número de cursos participantes representando, juntas,
44,3% do total.
Foram avaliados, também, cursos de Agronomia, Biomedicina, Farmácia, Fonoaudiologia, Medicina,
Veterinária, Nutrição, Odontologia, Serviço Social, Tecnologia em Radiologia, Tecnologia em Agroindústria,
Terapia Ocupacional e Zootecnia.
Do total de cursos avaliados, as instituições privadas respondem a 76,9%. A Região Sudeste concentra
48,6% dos cursos avaliados.
Desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Aplicadas (Inep), o conceito preliminar de
cursos é um novo método de avaliação das instituições de educação superior. Com ele, fatores como infra-
estrutura das instituições, métodos didático-pedagógicos e corpo docente são avaliados.
O Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular criticou a criação do CPC e a
divulgação do mesmo pelo MEC. Segundo o Fórum, além de revogar parcialmente a lei que criticou o
Sistema Nacional de Avaliação de Ensino Superior (Sinaes), o novo instrumento avaliativo prejudicará a
imagem das instituições e, por conseqüência, os alunos.
“Fica claro que o MEC não conseguiu implantar o Sinaes e pretende substituí-lo por um Conceito Preliminar
de Curso, improvisado e precário”, diz nota divulgada pelo Fórum.
– Só se preocupa com avaliação quem não faz um bom trabalho – disse Haddad. – No contrário, a
divulgação dos resultados é boa porque dá visibilidade à instituição.
Para o diretor jurídico do Fórum, José Roberto Covac, a avaliação do MEC é falha porque não leva em
consideração o boicote ao Enade feito por muitos alunos.
O ministro disse não entender as críticas aos novos métodos, que deveriam ser “destinadas ao antigo
modelo”.
– Não estamos aqui para fechar curso, mas não hesitaremos em fazê-lo se for necessário – garantiu o
secretário de Educação Superior do MEC, Ronaldo Mota.
[23:44] - 06/08/2008
• http://portal.cremepe.org.br/publicacoes_noticias_ler.php?cd_noticia=
2419

Notícias
Home | Adicionado por Joane Ferreira em 07/08/2008

ENSINO SUPERIOR

Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país

Dados do Enade mostram que 2.600 alunos cursaram faculdades mal avaliadas. Os cursos tiveram notas 1 e 2 em
indicador do MEC, que leva em conta uma prova, o perfil do corpo docente e a satisfação dos alunos

Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país "não têm
condições de funcionar", nas palavras do próprio governo.

Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que terminam
o ensino superior na área.
Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar de
Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil
do corpo docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do
Enade.

Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na prova. Em
medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área".

Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia, nutrição,
entre outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em agroindústria.

Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram entre 4
e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).

A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista
também teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam do
Enade, por não concordar com a metodologia adotada.

Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban,
também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.
Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da Educação
Superior, com dados de 2006 -o de 2007 ainda não está disponível.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos cursos
será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar se as
condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores. Uma das maiores reclamações das universidades é o
boicote dos estudantes. Caso o conceito continue baixo, o MEC diz que abrirá processo para analisar o fechamento
do curso.

Crítica

"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas. Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina",
diz Antonio Carlos Lopes, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade
Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a avaliações,
mas se posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar, que consideram
"improvisado".

"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da metodologia
[utilizada no novo conceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das Entidades Representativas do
Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes
(Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for totalmente implementado, instituições de ensino
superior "serão obrigadas a mudar seus projetos para transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade".

• http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=11738

VIST EDIÇÃO 94

Entrevista
Especialista discute erros no texto da Reforma Universitária

Gustavo Acioli

Por Gustavo Acioli


De forma franca e aberta, o advogado José Roberto Covac mostra por que o
projeto de lei da Reforma Universitária, produzido pelo governo, não
consegue trazer avanços para o ensino superior privado. Covac combate o
envio do projeto para a apreciação do Congresso Nacional em regime de
urgência. Segundo o advogado, diante de tamanha importância do PL para o
desenvolvimento da sociedade e da grande quantidade de atores
envolvidos, o regime de urgência expõe a nova lei a uma sabatina rápida e
nada profunda.

Conforme Covac, o governo Lula quis aprovar a Reforma Universitária em


José Roberto Covac pouco tempo, mas a estratégia apresenta falhas. O advogado também
afirma que o PL do governo deixa claro uma forte personalidade política nas propostas. É fácil perceber
que o Ministério da Educação ainda não enxerga a iniciativa privada como parceira. O MEC optou pelo
controle e pelo excesso de regulamentações sobre as IES.

Covac é é sócio da Covac Sociedade de Advogados e também consultor jurídico do Sindicato das
Entidades de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp) e da Associação
Brasileira de Entidades Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes). Assessora juridicamente diversas
instituições educacionais. Dá aulas em MBAs, é autor dos livros: Contrato de Prestação de Serviços
Educacionais: Comentários, Legislação e Jurisprudência; Manual das Convenções Coletivas de
Trabalhos do Ensino Superior do Estado de SP e Direito Educacional em Debate.

Ensino Superior- Para o setor privado, uma reforma universitária se faz necessária neste momento?

José Roberto Covac - Enquanto o governo aponta para a necessidade de se fazer uma reforma
universitária, no setor privado se discute a pertinência da reforma. Considerando que a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (LDB) está no Congresso há dez anos, não haveria necessidade desta
reforma, mas sim de implementar integralmente a LDB. Em segundo lugar, embora o projeto tenha sido
discutido durante um ano e meio, foi encaminhado para o Congresso por meio de urgência
constitucional, medida que impõe prazo de 45 dias para votar o projeto na Câmara dos Deputados, e dá
mais 45 para discuti-lo no Senado, o que, aliás, trava a pauta no Congresso Nacional. O projeto deveria
ter sido encaminhado como projeto de lei, o que garantiria tempo necessário para a sociedade discuti-
lo. Ao mesmo tempo, do ponto de vista técnico, o governo não apenas alterou a LDB, mas trouxe para
esse projeto temas que não são pertinentes à reforma universitária, como a restrição da atuação
profissional do mantenedor das entidades filantrópicas; a proibição de financiamento de campanha
política por parte de dirigentes de entidades mantenedoras; ou mesmo a alteração da lei que dispõe
sobre anuidades escolares. Esses são temas que não deveriam ser tratados num projeto de reforma
universitária.

Ensino Superior- Em relação à legalidade jurídica, o projeto apresenta alguma inconstitucionalidade?

José Roberto Covac- Sim. A principal delas está contida no artigo terceiro, que diz: "a educação
superior é um bem público, que cumpre sua função social por meio das atividades de ensino, pesquisa
e extensão assegurada pelo poder público a sua qualidade". O problema aqui é a visível intenção de se
colocar a atividade educacional privada como concessão ou como permissão de serviço público, o que
é um equívoco. A Constituição Federal de 1988 não cria restrições à livre iniciativa, mas apenas a
condiciona a dois requisitos básicos: o cumprimento das normas gerais da educação e autorização e
avaliação por parte do poder público. A Constituição também prevê a coexistência entre escolas
públicas e escolas privadas, ou seja, uma está ao lado da outra. Não cabe ao poder público um tipo de
restrição como foi colocado aqui.

Ensino Superior- Como o senhor vê a restrição ao capital estrangeiro, cuja participação fica limitada a
no máximo 30% do capital das IES brasileiras?
José Roberto Covac- Esse tipo de restrição só poderia ocorrer por meio de uma emenda
constitucional. Nesta questão, há claramente uma xenofobia por parte do governo, o que é uma grande
bobagem. A globalização do ensino abre a possibilidade de o aluno ter convênios com entidades
estrangeiras e de o capital estrangeiro vir para melhorar a qualidade de ensino. Essa questão, assim
como o artigo terceiro, ainda será objeto de questionamento por parte das entidades associativas e
sindicais, mesmo que o texto seja integralmente sancionado pelo presidente da república.

Ensino Superior- Quais outros itens são vistos como limitadores do desenvolvimento do setor privado?

José Roberto Covac- Vou dar um exemplo. O projeto define que uma entidade mantenedora precisa
ter como sua principal atividade o ensino superior. Se os hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês, por
exemplo, quiserem ter um credenciamento de uma faculdade para oferecer um curso de medicina, eles
não podem fazê-lo, porque a atividade principal não é a educação, mas sim a saúde. Isso é um
equívoco e uma limitação desnecessária.

Ensino Superior- Em algum aspecto, o projeto claramente fere ou engessa a autonomia das IES
privadas?

José Roberto Covac- A reforma tem um viés ideológico que pretende criar uma série de restrições à
iniciativa privada inclusive a um preceito fundamental, como o da autonomia universitária. Ter uma
Ouvidoria ou um Conselho Comunitário não é um problema para a IES. O problema é a imposição de
criálos e, mais ainda, nos termos padronizados, como aquele que estabelece a estabilidade pelo
período de mandato aos integrantes da Ouvidoria. Isso atenta contra o princípio da autogestão e da
autonomia universitária.

Ensino Superior- A reforma traz exigências dificilmente exeqüíveis para o setor privado?

José Roberto Covac- O grande problema do setor privado é a questão da segurança jurídica, porque
as regras são alteradas a cada ano. A educação deveria ser tratada como uma questão de Estado e
não de governo. As propostas têm de ultrapassar períodos de governo. O Plano Nacional de Educação,
de 2001, prevê dez anos para ser implementado. Não pode surgir uma nova reforma que atravesse
esse planejamento e proponha novas coisas. As universidades, por exemplo, agora deverão ter 16
cursos, regra que não existia antes. Os centros universitários, para os quais se pediam cinco cursos,
agora devem ter oito cursos reconhecidos para obter o credenciamento.

Ensino Superior- O artigo que fala da contratação de mestres e doutores também altera exigências
anteriores da LDB?

José Roberto Covac- A LDB já estipulou, como requisitos para o credenciamento de uma
universidade, um terço de mestres ou doutores, um terço de regime integral e prazo de oito anos. A
reforma altera tudo isso. É um terço em regime integral, mas tem que ser de mestres e doutores, sendo
que majoritariamente de doutores. No ano passado, que encerrou este prazo de oito anos para o
cumprimento da lei, ficou clara a grande dificuldade que as instituições têm para cumprir este
percentual. E têm razão para isso porque o percentual recai sobre o número de professores e não sobre
a carga horária. Em uma instituição universitária, os professores têm cargas horárias diferentes, em
função do seu regime acadêmico, das disciplinas que são oferecidas. Teria que somar o total das
cargas horárias dos cursos e dividir por quarenta horas, aí você tem um número diferente, e sobre este
número se aplicaria um terço. Agora que a lei está acabando de ser cumprida, porque o prazo se
encerrou ano passado, vem uma nova proposta e muda os critérios novamente.

Ensino Superior- O senhor acredita que a reforma e o decreto-ponte não contemplam as demandas
nacionais para a educação?

José Roberto Covac- Não mesmo. Os índices brasileiros de graduados no ensino superior
comparados aos da América Latina são irrisórios. A necessidade de formar alunos de ensino superior é
muito grande, aliás, o Plano Nacional já indicou isso. Estabelecer restrições para a criação de cursos,
autorizações de cursos, vai na contra-mão da necessidade de Estado, ou seja, de formar uma maior
quantidade de pessoas no ensino superior.

Ensino Superior- Mas talvez esse texto não seja um reflexo direto de que o governo não quer deixar o
setor solto, de forma que pareça que ele abriu mão de cuidar da qualidade da educação superior em
nome do crescimento de cursos e números de estudantes?

José Roberto Covac- Não se nega a competência e o dever constitucionais do governo de avaliar. A
questão é saber se esse meio regulatório que se propõe não é excessivo em relação à exigência. Por
exemplo: será que a universidade, para ser considerada boa, precisa ter 16 cursos? A Unifesp, que é
uma grande universidade, nasceu apenas com o curso de medicina. Quer dizer, esta não é a questão.

Ensino superior- Isso é um problema até para a universidade pública...

José Roberto Covac- Sem dúvida. As exigências fazem parecer que o espírito dessa reforma está
voltado mais para o descredenciamento das entidades. Parece que o objetivo é o de transformar as
universidades e os centros universitários, tanto quanto possível, em faculdades.
O pensamento é assim: foram criadas muitas universidades e centros universitários e, agora, o governo
vai criar requisitos e critérios que dificilmente serão cumpridos, com a intenção de fazer mudar o status
dessas instituições. Por outro lado, as universidades federais foram tratadas de forma bastante tímida.
A maior preocupação foi mesmo regular as escolas privadas.

Ensino Superior- O repasse de 75% da verba da educação para as instituições públicas federais é
uma ameaça também ao setor privado?

José Roberto Covac- Não acredito nisso. Acho que a questão aí é a pertinência desses recursos às
universidades públicas, porque o volume é muito grande. De onde surgiu esse percentual? Por que
75%?

E será que o recurso mais necessário não é na educação básica, por exemplo?

O que existe é ainda um preconceito em relação à instituição privada, embora hoje ela represente mais
de 75% das vagas. Precisa haver uma coexistência não só entre escola pública e privada, mas entre o
Estado e a escola privada.

Ensino Superior- E quanto à autonomia de uma universidade para abrir um campus em outro Estado?

José Roberto Covac- Isso foi completamente vetado pela reforma. A sede está vinculada ao município.
O decreto-ponte traz um problema sério. Nele, ficou vinculada a autorização do curso a um endereço, o
que é um absurdo, pois se uma escola está se expandindo, às vezes surge a necessidade de locar um
novo prédio vizinho e transferir alunos para lá. Mas tem que pedir a autorização para o Ministério da
Educação para essa mudança. Em relação às faculdades, tanto a reforma como o decreto- ponte
limitam muito as condições de autonomia das faculdades. A faculdade tem a autorização de um curso
para determinada quantidade de vagas. Para mudar um turno ou conseguir mais vagas, tem que entrar
com um projeto e alterar o plano de desenvolvimento institucional. Além disso, diferentemente dos
centros universitários e das universidades, as faculdades não podem registrar seus diplomas, o que é
uma bobagem. e ainda existe agora o pré-credenciamento e a pré-autorização de cursos, em regime
provisórios. Agora me diga: que aluno que vai estudar em uma escola pré-autorizada, pré-credenciada?
As faculdades foram tratadas de forma muito diminutivas no sentido realmente de autonomia.

Ensino Superior- O governo tem estrutura para fiscalizar e avaliar de forma ágil e eficiente toda essa
sorte de regras?
José Roberto Covac- É visível que não, mas há aí um mérito na proposta do decreto-ponte. O decreto
vinculou todo ato administrativo à Lei 9.784, que vincula os procedimentos administrativos a um prazo
de autorização, de reconhecimento, para emissão de parecer pelo consultor jurídico etc. Isto significa
dizer que o MEC não pode ficar dois anos com um processo na mão. Este foi um lado muito positivo do
decreto e consideramos como um grande avanço. Por outro lado, não sabemos como o governo vai
cumprir esses prazos.

Ensino Superior- Na sua opinião, o que deveria constar em um projeto de reforma universitária e que
este não contempla?

José Roberto Covac- Sem dúvida, o MEC sempre foi aberto ao diálogo. Tanto com Tarso Genro como
com Fernando Haddad. Eles têm a qualidade de ouvir. Mas a iniciativa privada produziu muitos
documentos de auxílio ao governo, inclusive para demonstrar os problemas que vão ocorrer com uma
norma reguladora tão complicada como essa. Às vezes se criam normas, mas não se pensa nas
estruturas. Por exemplo, todo ato de autorização e reconhecimento de curso é feito eletronicamente. O
governo pelo decreto resolveu, acertadamente, não exigir mais regularidade fiscal das entidades para
processo de autorização e reconhecimento de curso. O problema é que o sistema não reconhece isso...

Ensino Superior - O sistema continua exigindo regularidade fiscal?

José Roberto Covac- Isso. A norma é adequada, mas o sistema não atende à própria norma criada.
Isso também acontece no caso das faculdades integradas e dos institutos superiores, com os quais está
havendo um problema de registro de diploma, porque o decreto não fala mais deles. Na hora de
diplomar, o setor de registro de diploma da universidade não os reconhece, considerando que não
existem mais, segundo o decreto. O governo precisa dizer que estas IES são equiparadas a outras para
efeito de registro de diploma. São mecanismos que podem parecer óbvios, mas são procedimentos
pendentes.

Ensino Superior- Ao chegar no Congresso, o texto desagradou boa parte dos setores envolvidos...

José Roberto Covac- Ao total, foram entregues 368 emendas parlamentares, mas nem todas elas
produzidas pela iniciativa privada.A própria universidade pública, por meio de suas associações, propôs
emendas diferentes.

Ensino Superior- As emendas supressivas estão focadas em que artigos?

José Roberto Covac- Em relação ao artigo terceiro, por exemplo, que trata o ensino como um bem
público, existem emendas supressivas. Em relação ao capital estrangeiro, também existem.
A mesma coisa em relação às entidades filantrópicas. Também em relação ao ponto que diz que
faculdades integradas precisam ter um quinto de mestres e doutores. Como elas não têm obrigação de
ter pesquisas, isso não faz sentido. Por isso, também há uma emenda supressiva. Também existem
várias emendas sobre as restrições impostas às universidades. O tempo para entregar as emendas foi
bastante exíguo. Só pra ter uma idéia, foram cinco sessões ordinárias. De toda forma, as 368 emendas
mostram que há um visível desconforto dos setores em relação ao projeto.

Ensino Superior - Com tantas emendas, o prazo da urgência constitucional será suficiente para discutir
um projeto desse porte?

José Roberto Covac- Eu entendo que não, até porque não há urgência, caso contrário, o projeto teria
sido feito antes. A própria LDB ficou dez anos no governo, ou seja, é uma lei que depende de
maturação da discussão. Mesmo assim, tem um outro problema. Uma lei votada em final de mandato,
no mínimo deve sair por um acordo entre lideranças, ou seja, a sociedade não estará envolvida nesse
processo de discussão. E eu acho que este é o grande problema.
Ensino Superior- Existe o risco de esta lei ser um conjunto de decisões e interesses políticos?

José Roberto Covac- Pode ser, sem dúvida alguma a política pode prevalecer. Agora não se pode
esquecer que esse projeto de lei tranca a pauta porque está em regime constitucional. E não pode
acontecer igual ao que ocorreu com o ProUni. O projeto foi encaminhado com regime de urgência, mas
depois foi retirado o regime de urgência para ser encaminhado como medida provisória.

Ensino Superior- O senhor acha que o governo pode repetir a estratégia?

José Roberto Covac- Não há necessidade. Até porque, se fosse urgente, deveria ter ocorrido há mais
tempo. Foram quatro anos, não tem sentido encaminhar no último período. Essa é uma decisão de
governo, mas seria muito melhor se tramitasse como um projeto de lei comum, que passasse pela
Câmara, pela Comissão de Educação, pela Comissão de Justiça e fora do período eleitoral, com a casa
cheia de deputados. O período pré-eleitoral é altamente prejudicial a essa discussão.

Ensino Superior- O que o setor espera do governo, então?

José Roberto Covac- O que o setor privado espera é que seja retirado esse regime de urgência, para
que se possa discutir com a tranqüilidade necessária. Se espera que haja o diálogo pleno e que este
projeto possa ser adequado ao país, para melhorar a situação cultural e educacional. A iniciativa
privada sempre esteve disposta ao diálogo. O governo sempre esteve disposto ao ouvir. Agora
precisamos que esse diálogo derrube as barreiras de preconceito, para que se possa ver os equívocos
desse projeto. O que o setor privado quer é continuar a dialogar com o governo. Ele quer ser parceiro
do governo, como sempre fez. Espera-se que o governo veja que as entidades educacionais estão
perdendo muito tempo com a burocracia de apresentação de documentos. Espera-se que as
reivindicações do setor privado sejam analisadas sem preconceitos, que haja audiências públicas no
Congresso com todos os setores vinculados, não só a iniciativa privada, mas toda a sociedade.

• http://si.knowtec.com/scripts-
si/MostraNoticia?&idnoticia=441095&idcontato=1078&origem=fiqueat
ento&nomeCliente=PROBRASIL&data=2008-08-07

Folha de S. Paulo
Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país
Fábio Takahashi - da Reportagem Local

Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do
país "não têm condições de funcionar", nas palavras do próprio governo.
Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4
médicos que terminam o ensino superior na área.
Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC
(Conceito Preliminar de Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos
alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil do corpo docente (como titulação dos professores) e a
satisfação dos estudantes, com base no questionário do Enade.
Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos
universitários na prova.
Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa
"referência na área".
Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária,
fisioterapia, nutrição, entre outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em
agroindústria.
Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e
21,4% ficaram entre 4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).
A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade
Estadual Paulista também teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2).
USP e Unicamp não participam do Enade, por não concordar com a metodologia adotada.
Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota
2. A Uniban, também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.
Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último
Censo da Educação Superior, com dados de 2006 -o de 2007 ainda não está disponível.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a
fiscalização dos cursos será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de
especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.
O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas
vão verificar se as condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.
Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito
continue baixo, o MEC diz que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.

Crítica
"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas.
Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina", diz Antonio Carlos Lopes, professor da
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e
ex-presidente da Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.
Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são
contrárias a avaliações, mas se posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o
conceito preliminar, que consideram "improvisado".
"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da
metodologia [utilizada no novo conceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das
Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do
setor. Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior) não for totalmente implementado, instituições de ensino superior "serão obrigadas a
mudar seus projetos para transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade".

Colaboraram JOHANNA NUBLAT, da Sucursal de Brasília, RICARDO WESTIN, da


Reportagem Local, e CRISTINA MORENO DE CASTRO
• http://stoa.usp.br/shigueharum/weblog/35515.html
Matai escreveu:

14 de Novembro de 2008 | Atualizado às 13:38h

Sexta-Feira, 14 de Novembro de 2008 | Versão Impressa

Lei de estágio causa queda em número de vagas

Ambigüidades da nova legislação, em vigor há 45 dias, foram reconhecidas pelo próprio


Ministério do Trabalho

Alexandre Gonçalves e Simone Iwasso

Em 45 dias, desde que a nova lei de estágio foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, o número de vagas oferecidas no País caiu 40%, de acordo com levantamento da
Associação Brasileira de Estágios (Abres). A oferta caiu de 55 mil postos mensais para 33 mil. O
motivo, segundo a entidade, é o desconhecimento das novas regras, que têm assustado e
confundido as empresas e as instituições de ensino superior. Apenas o Centro de Integração
Empresa-Escola (Ciee) já fez cerca de 30 mil atendimentos para solucionar dúvidas de
empresários, instituições de ensino e estudantes.

Leia a íntegra da nova lei do estágio


Opine: as novas normas prejudicam o estagiário?
Leia artigo e acompanhe a discussão do assunto

Além disso, a burocracia exigida para adaptar contratos e modificar as propostas pedagógicas
dos cursos torna o processo ainda mais lento. "Acreditamos que levará cerca de dois anos para
que a situação se normalize e a oferta volte ao normal", afirma Seme Arone Júnior, presidente
da Abres. "Isso porque as faculdades não se prepararam e as empresas estão com medo. Há
muita falta de informação", diz ele. Arone Júnior, no entanto, acredita que a lei, apesar da
confusão inicial, será benéfica para os estagiários, que terão mais garantias de respeito ao seu
desenvolvimento educacional.

Um dos pontos da lei que provocaram confusão e empacaram os estágios foi a determinação de
que os estágios não obrigatórios constem do projeto pedagógico dos cursos de graduação - até
então, isso não era requisito. Desse modo, se a instituição ainda não atualizou seu projeto - e
em algumas isso é um processo demorado, que depende de votação em conselhos universitários,
por exemplo -, ela não poderá assinar ou renovar o contrato de estágio do aluno.
Outros pontos polêmicos são a jornada diária da atividade (de 8 para 6 horas semanais), o
tempo de permanência no mesmo estágio (restrito a dois anos) e os benefícios obrigatórios. O
secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Ezequiel Sousa do
Nascimento, afirma que a pasta pretende publicar uma instrução normativa para dirimir as
dúvidas em até 15 dias. "Vamos nos reunir terça e quarta-feira para redigir o texto", diz
Nascimento.

Para tentar acabar com as polêmicas, o Ministério da Educação também se pronunciará


oficialmente. A coordenadora de políticas públicas da Secretaria de Educação Profissional e
Técnica do Ministério da Educação (MEC), Caetana Juracy Rezende Silva, que participou da
elaboração da lei, diz que o MEC enviará até o fim do mês um comunicado às instituições de
ensino com instruções práticas.

APLICAÇÃO

A falta de clareza de alguns artigos é mencionada mesmo por quem defende a nova lei.
Coordenadora dos estágios do curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo, em São
Paulo, Taís Fortes considera a lei um avanço por dificultar a utilização do estagiário como mão-
de-obra barata. Mas tem dúvidas. Ela não sabe, por exemplo, se o artigo 14, que afirma se
aplicar "ao estágio a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho", implica a
exigência de exames médicos admissionais e demissionais.

Caetana explica que a intenção desse artigo não era exigir esses exames, mas garantir aos
estagiários os instrumentos e procedimentos de segurança utilizados pelos funcionários da
empresa. A gerente jurídica e de desenvolvimento de projetos sociais do Ciee, Maria Nilce
Mota, comemora a interpretação de Caetana, mas afirma que, até a publicação da instrução
normativa, a entidade vai recomendar às empresas, de forma preventiva, a realização dos
exames. Maria Nilce considera que a diminuição na oferta de vagas é apenas temporária e só vai
durar até as empresas e instituições fazerem os ajustes.

O assessor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino


Superior no Estado de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, afirma que a lei mais atrapalha
do que ajuda os estagiários. Ele argumenta que a nova lei engessa as relações entre estudante,
escola e empresa. "Alguns estágios tornam-se inviáveis com a carga horária de seis horas e o
período máximo de dois anos na mesma empresa." Ele afirma que não seria necessário criar uma
nova lei: bastaria fiscalizar as condições de atividade dos estagiários.

Caetana entende que, no início, a lei pode dar a impressão de que prejudica o estagiário.
"Afinal, alguns se submetem a um estágio precário porque precisam da remuneração", aponta.
"Mas, depois, é fácil compreender que todos são beneficiados quando não se reforça a
precarização das condições de trabalho."

o COMENTÁRIOS
Matai ‒ sexta, 14 novembro 2008, 13:40 BRST # Link |

• http://txt.jt.com.br/editorias/2008/11/14/eco-1.94.2.20081114.1.1.xml
Sexta-feira, 14 novembro de 2008 edições anteriores

ECONOMIA
ÍNDICE GERAL | ÍNDICE DA EDITORIA | ANTERIOR | PRÓXIMA

Lei do estágio reduz número de vagas

Dúvidas causadas pela nova regra fez cair em 40% a oferta de oportunidades

Em 45 dias, desde que a nova lei de estágio foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o
número de vagas oferecidas no País caiu 40%, conforme levantamento da Associação Brasileira de Estágios
(Abres). A oferta caiu de 55 mil postos mensais para 33 mil. O motivo, segundo a entidade, está ligado ao
desconhecimento das novas regras, que têm assustado e confundido empresas e instituições de ensino
superior. Apenas o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) já fez cerca de 30 mil atendimentos para
solucionar dúvidas de empresários, instituições de ensino e estudantes.

Além disso, a burocracia exigida para adaptar contratos e modificar as propostas pedagógicas dos cursos
torna o processo ainda mais lento. “Acreditamos que levará cerca de dois anos para que a oferta volte ao
normal”, afirma Seme Arone Júnior, presidente da Abres. “Isso porque as faculdades não se prepararam e as
empresas estão com medo. Há muita falta de informação”, diz ele. Arone Júnior, no entanto, acredita que a
lei, apesar da confusão inicial, será benéfica para os estagiários, que terão mais garantias.

Um dos pontos da lei que provocaram confusão e empacaram os estágios foi a determinação de que os
estágios não obrigatórios constem do projeto pedagógico dos cursos de graduação - até então, isso não era
requisito. Assim, se a instituição ainda não atualizou seu projeto - e em algumas isso demora pois depende
de votação em conselhos universitários, por exemplo -, ela não poderá assinar ou renovar o contrato de
estágio do aluno.

Outros pontos polêmicos são a jornada diária da atividade (de 8 para 6 horas semanais), o tempo de
permanência no mesmo estágio (restrito a dois anos) e os benefícios obrigatórios. O secretário de Políticas
Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Ezequiel Sousa do Nascimento, afirma que a pasta pretende
publicar uma instrução normativa para dirimir as dúvidas em até 15 dias. “Vamos nos reunir terça e quarta-
feira para redigir o texto”, diz Nascimento.
A coordenadora de políticas públicas da Secretaria de Educação Profissional e Técnica do Ministério da
Educação, Caetana Juracy Rezende Silva, que participou da elaboração da lei, diz que o órgão enviará até o
fim do mês um comunicado às instituições de ensino com instruções práticas.

O assessor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no


Estado de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, afirma que a lei mais atrapalha do que ajuda os
estagiários. Ele diz que a nova regra engessa as relações entre estudante, escola e empresa. “Alguns estágios
tornam-se inviáveis com a carga horária de seis horas e o período máximo de dois anos na mesma empresa.”
Ele afirma que não seria necessário criar uma nova lei: bastaria fiscalizar as condições de atividade dos
estagiários.

MUDANÇAS

Jornada passa a ser de até 6 h por dia e 30 h por semana. Antes, a instituição de ensino determinava esse
período. O tempo máximo na empresa é de dois anos

Não havia a obrigatoriedade de concessão de benefícios. Agora, é obrigatório oferecer bolsa e auxílio-
transporte

Não havia método para supervisão e avaliação. Hoje, deve existir acompanhamento por professor orientador
e funcionário da empresa

• http://www.abmes.org.br/Publicacoes/Jornal/87/pag04.htm

ABMES Notí cias n.° 87

Brasília, Abril-Maio-Junho 2005

ABMES INSTITUI DIA DE MOSTRA DE AÇÕES DE RESPONSABILIDADE


SOCIAL

O ensino superior particular tem prestado enormes serviços ao País, quer no campo da
preparação de recursos humanos quer nas atividades de extensão. Apesar das evidências, o
ensino superior particular não conseguiu, ainda, passar para o governo e para a sociedade o
seu inestimável valor. Poucos conhecem a real situação do ensino superior particular no
País.

Tal constatação levou o presidente da ABMES, Gabriel Mario Rodrigues a fazer a seguinte
pergunta: “O que será preciso fazer para quebrar as resistências por parte da sociedade e
do governo em relação às IES particulares?”
Para buscar respostas a esta questão, a Diretoria da ABMES tomou a decisão de
implementar o Projeto Perfil das IES Particulares, visando a demonstrar, com fatos e
números, que as IES particulares vêm cumprindo sua responsabilidade social para com a
educação brasileira.

Até o presente momento, foram desenvolvidas as seguintes atividades no âmbito do


mencionado projeto: realização de um Seminário sobre o tema Responsabilidade Social das
Instituições de Ensino Superior; elaboração de um questionário para a coleta de dados
sobre as ações implementadas pelas IES; edição da revista Estudos sobre o tema
responsabilidade social e do ABMES Cadernos contendo artigos dos coordenadores dos
projetos premiados pelo Top Educacional Professor Mário Palmério sobre trabalhos na área
de extensão universitária.

Resultante de todo este processo de discussão instaurado pela diretoria da ABMES, decidiu-
se pela instituição de um dia nacional de mostra de ações de responsabilidade social.

A diretoria da ABMES tem a convicção de que tal iniciativa poderá fortalecer o ensino
superior privado, conferir-lhe maior visibilidade e permitir a divulgação dos feitos das IES
nas áreas de educação, saúde, cultura e meio ambiente, dentre outros. Poderá ainda gerar
dados quantitativos e qualitativos sobre o ensino superior particular e ser um espaço de
debates sobre temas de interesse das IES e da comunidade. Finalmente, contribuirá para
promover maior participação de professores, alunos, funcionários e parceiros – empresas,
ONG´s, imprensa, igreja, secretarias de educação, sindicatos, conselhos municipais, órgãos
governamentais, dentre outros. O Dia será sempre comemorado na sábado da semana em
que se celebra do Dia da Democracia – 25 de outubro. Neste ano de 2005, portanto, as IES
deverão planejar suas atividades para o dia 29 de outubro. O projeto para o Dia será
divulgado pela ABMES no início de junho. Informe-se e participe.(www.abmes.org.br)

A LEI DAS MENSALIDADES E AS RESTRIÇÕES FISCAIS DO PROUNI

Sob a coordenação do presidente da ABMES, Gabriel Mario Rodrigues, participaram da mesa


Livre iniciativa: a lei das mensalidades e as restrições fiscais do ProUni, realizada no dia 22
de fevereiro de 2005, Celso Frauches, consultor-sênior do Instituto Latino Americano de
Pesquisas Educacionais (Ilape), Gustavo Fagundes, consultor do Ilape e da ABMES, e José
Roberto Covac, consultor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de
Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp).

LEGISLATIVO COMO PARCEIRO

Para Celso Frauches e Gustavo Fagundes é fundamental trazer para os contratos


educacionais o mesmo princípio da área da saúde. “Saúde não é mercadoria, mas é serviço
que implica custos e receita. É inviável um plano de saúde sem um mecanismo para frear a
inadimplência”. Neste sentido, “o projeto de lei sobre mensalidades que tramita no
Congresso, visa a corrigir distorções e atribuir ao segmento privado uma legislação
transparente capaz de levar em conta os interesses de ambas as partes, sem prejudicar a
qualidade de ensino e a estabilidade das instituições de ensino superior”. José Roberto
Covac fez um histórico sobre as Medidas Provisórias das mensalidades escolares e observou
que o ensino superior habituou-se à regulação desta área sempre definida pelo governo,
“com boa dose de demagogia, e com tratamento desigual em relação aos planos de saúde.
Embora a educação e a saúde sejam consideradas direitos subjetivos do cidadão, o
tratamento é desigual no legislativo e no judiciário”, afirmou Covac.

Gustavo Fagundes

O consultor jurídico do Semesp citou o grande número de projetos de lei que tramitam no
Congresso sobre o tema e que contemplam diferentes propostas tais como: uso do Fundo
de Garantia para pagamento das mensalidades; definição da data de pagamento das
mensalidades por parte do aluno; possibilidade de não renovação da matrícula do aluno,
após processo de negociação. Observou que o setor privado não acompanha a tramitação
desses projetos e recomendou que a ABMES se organize para sensibilizar deputados e o
próprio governo. Covac informou que o projeto sobre o uso do Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço já está no Senado. Ele recomendou que o Fórum da Livre Iniciativa na
Educação Superior inclua o tema mensalidades escolares na pauta das discussões e atue,
fortemente, para o desenvolvimento de uma ação comum dos parlamentares.

Celso Frauches
Covac afirmou que os deputados desconhecem necessidades importantes das IES
particulares. “É preciso ter o Legislativo como parceiro e escolher deputados para que
viabilizem as respostas aos nossos pleitos”, finalizou.

PROPOSTAS

Os mantenedores presentes no seminário recomendaram o estabelecimento de contatos


sistemáticos com os deputados para o encaminhamento dos pleitos das IES particulares; a
organização de publicação sobre temas de interesse das IES particulares, e a realização de
mesa-redonda sobre a renovação do certificado de entidade de assistência social com a
participação de representantes do Conselho Nacional de Assistência Social e do Ministério da
Previdência.

José Roberto Covac

• http://www.abmes.org.br/Publicacoes/Jornal/89/pag05.htm

ABMES Notícias n.° 89

Brasília, Outubro-Novembro-Dezembro de 2005

ABMES DISCUTE QUESTÕES CONTROVERSAS DO ENSINO SUPERIOR

Abrindo a programação de palestras e debates realizados nos dias 22 e 23 de novembro, na sede da


ABMES, o consultor especializado em legislação educacional José Roberto Covac, abordou questões
controversas do ensino superior e recomendou que as IES façam revisão de seus planos de carreira,
segundo ele, antídoto contra possíveis distorções de gestão. “Hoje gasta-se muito com laboratórios,
hardwares, softwares”.

O consultor sugeriu dois caminhos: que o mantenedor defina o momento para promoções de
pessoal, entre março e abril, e que vincule a programação ao orçamento anual. “Os valores de
horas/aula têm de ser fixados previamente e homologados na delegacia regional do trabalho”,
aconselhou, lembrando que poucas instituições hoje elaboram planos estáveis de carreira, para ele,
importante instrumento de gestão.

Sobre contratação de portadores de necessidades especiais, Covac disse que para determinadas
disciplinas não existem profissionais registrados “e não dá para adequar”. Ele alertou que já existe,
atuando no dia-a-dia por meio de associações, a “máfia do portador de necessidades especiais”.

José Roberto Covac

• http://www.abruc.org.br/003/00301015.asp?ttCD_CHAVE=63032

Clipping

08/08/2008

(08/08/2008 - 16:59)

Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país

Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país "não têm condições
de funcionar", nas palavras do próprio governo.
Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que terminam o
ensino superior na área.
Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar de
Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil do corpo
docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do Enade.
Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na prova.
Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área".
Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia, nutrição, entre
outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em agroindústria.
Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram entre 4 e 5
(1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).
A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista também
teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam do Enade, por não
concordar com a metodologia adotada.
Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban, também
entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.
Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da Educação
Superior, com dados de 2006 - o de 2007 ainda não está disponível.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos cursos será
mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.
O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar se as
condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.
Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito continue baixo, o MEC diz
que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.
Crítica - "As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas.
Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina", diz Antonio Carlos Lopes, professor da Unifesp (Universidade
Federal de São Paulo), presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da Comissão Nacional de
Residência Médica do MEC.
Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a avaliações, mas se
posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar, que consideram "improvisado".
"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da metodologia [utilizada no
novo conceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior
Particular, que diz reunir 80% das instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes (Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior) não for totalmente implementado, instituições de ensino superior "serão obrigadas a
mudar seus projetos para transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade".

Folha Online

• http://www.adufepe.com.br/ascom/noticias/2008/02122008estudante
s%20e%20universidades%20pedem%20revisao%20de%20avaliacao
%20de%20ensino.htm

06.12.2008
Estudantes e universidades pedem revisão de avaliação de ensino

As críticas dos estudantes e das mantenedoras de universidades recaem sobre a


supervalorização dos número de doutores e o peso excessivo do Enade nas avaliações. Eles
defendem a implementação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
(Sinaes).

Estudantes e mantenedoras de universidades pediram a reformulação dos novos


instrumentos de avaliação e índices usados pelo Ministério da Educação no ensino superior
desde setembro. O assunto foi debatido em audiência pública da Comissão de Educação,
que discutiu o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos (IGC),
recentemente criados pelo MEC.
Houve críticas, por exemplo, à suposta supervalorização que os novos critérios dão aos
programas de pós-graduação em detrimento da graduação e ao número de doutores no
corpo de docentes das instituições. A presidente da UNE, Lúcia Stumpf, pediu
aperfeiçoamentos no IGC e sugeriu que o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes
(Enade) tenha menor peso no CPC.

"O IGC é visto por nós com grande preocupação. Simplesmente somar a nota do Conceito
Preliminar de Curso com a nota da Capes e dividir pelo número de alunos não responde às
expectativas que os estudantes têm de uma avaliação verdadeira das instituições de ensino
superior. Já o Conceito Preliminar de Curso tem 70% de seu peso sobre o Enade. Então, a
maior parte da avaliação continua recaindo sobre os estudantes".

Lúcia lamentou que a votação do projeto de reforma universitária (PL 7200/06) não avance
na Câmara, pois, em sua opinião, a avaliação precisa ser discutida no contexto de uma
reforma universitária mais ampla. "Ao mesmo tempo em que responderemos para quê a
avaliação deve servir, vamos estar respondendo o que esperamos das universidades
brasileiras".

Mantenedoras de universidades
O diretor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino
Superior do Estado de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, disse ser a favor das
avaliações, mas também sugeriu aperfeiçoamentos. Ele lembrou que foi discutida a
possibilidade de dar maior controle à divulgação dos resultados, inclusive com a
oportunidade de defesa das instituições, "não tornando esse conceito preliminar (CPC) como
definitivo".

Ele também ressaltou que os problemas de motivação do aluno em relação ao Enade


acabam prejudicando as instituições. "O aluno pode não fazer a prova, tirar zero e o grande
prejudicado é a instituição. Há que se criar critério que envolva o aluno no compromisso de
realizar o Enade". Porém, Reynaldo Fernandes, do Inep, salientou que hoje apenas 2,5%
dos estudantes entregam a prova em branco ou nula, principalmente nas instituições
públicas.

Autor do requerimento que deu origem à audiência pública, o deputado Lobbe Neto (PSDB-
SP) disse concordar com os novos mecanismos de avaliação do ensino superior usados pelo
MEC, mas também defendeu aperfeiçoamentos. Ele citou o exemplo da polêmica em relação
ao número de doutores. "A lei não exige que haja doutores nos cursos, enquanto a
avaliação privilegia o número de doutores. E não é só porque é doutor que o professor vai
conduzir bem a aula. Precisamos aperfeiçoar essa metodologia das avaliações".

Defesa do Sinaes
A UNE boicotou as duas últimas edições do Enade. As entidades estudantil e de
representantes das mantenedoras de universidades particulares defenderam a
implementação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), criado há
quatro anos. "O Sinaes é bastante completo e consegue - a partir da avaliação de cursos,
das instituições e dos estudantes - apontar soluções para as universidades e instituições
insuficientes", disse Lúcia.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), ligado ao


MEC, Reynaldo Fernandes, defendeu o uso dos novos índices como uma etapa para a
efetivação do Sinaes. "O boicote não ajuda a implementação do Sinaes. Até entendo que
demoramos muito para implementar o sistema, pois seria impossível avaliar 22 mil cursos a
cada três anos. Então, nós precisamos ter um indicador intermediário, como é o CPC."

Fonte: Agência Câmara

• http://www.afrobras.org.br/index.php?option=com_content&task=view
&id=258&Itemid=1

Faculdade pública cobra mensalidade

Por Editor

Faculdade pública cobra mensalidade

Pelo menos 15 instituições municipais desrespeitam a Constituição e recebem dos alunos como
se fossem particulares

Pelo menos 15 faculdades criadas por prefeituras depois de 1988 cobram mensalidades de seus alunos,
como se fossem instituições particulares. A cobrança vai contra a Constituição Federal, que determina
que a educação oferecida pela União, pelos Estados e pelas prefeituras deve ser gratuita.

Algumas instituições só continuam cobrando mensalidades porque recorreram aos tribunais e


conseguiram liminares favoráveis, o que indica que, apesar da lei, a questão é controversa.

Existem no País, segundo o Ministério da Educação (MEC), 61 faculdades e universidades municipais.


Dessas, somente 3 não exigem pagamento de mensalidade. As 58 restantes cobram, mas a maioria (43)
tem respaldo legal para isso. A Constituição, elaborada em 1988, diz que as faculdades municipais que
cobravam mensalidades até aquele ano manteriam esse direito. Mas as criadas depois disso, não.

O Estado localizou, a partir de dados do MEC, as 15 faculdades municipais que se encontram nessa
situação. Ficam no interior dos Estados de São Paulo, Minas, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná e Rio.

A cobrança das mensalidades - que não costumam ser altas (R$ 300 em média), embora exista uma que
cobre R$ 934 pelo curso de Odontologia - foi confirmada ao Estado, por telefone, por todas as
instituições. Questionados por estudantes, os funcionários das secretarias costumam dar a seguinte
confusa resposta: 'A faculdade é pública, mas é particular'.

'Juridicamente, a instituição é pública ou privada. Não existe meio-termo', diz o advogado João Roberto
Moreira Alves, do Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação (Ipae), do Rio. 'Infelizmente nem
todos têm acesso à legislação, que realmente é complicada para os leigos', acrescenta o também
advogado especializado em direito educacional José Roberto Covac.

• http://www.alemtemporeal.com.br/?pag=educacao&cod=1095
EDUCAÇÃO

08/08/08 06:03

Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do


país
Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país
"não têm condições de funcionar", nas palavras do próprio governo.

Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos
que terminam o ensino superior na área.

Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito
Preliminar de Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade
2007 (antigo Provão), perfil do corpo docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos
estudantes, com base no questionário do Enade.

Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na
prova.

Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência
na área".

Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia,
nutrição, entre outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em agroindústria.

Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4%
ficaram entre 4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).

A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual
Paulista também teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e
Unicamp não participam do Enade, por não concordar com a metodologia adotada.

Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A
Uniban, também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.

Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo
da Educação Superior, com dados de 2006 --o de 2007 ainda não está disponível.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização
dos cursos será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições
que tiraram notas 1 e 2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão
verificar se as condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.

Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito continue
baixo, o MEC diz que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.

Crítica

"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas.

Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina", diz Antonio Carlos Lopes, professor da
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e
ex-presidente da Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a
avaliações, mas se posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar,
que consideram "improvisado".

"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da
metodologia [utilizada no novo conceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das
Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do setor.
Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for
totalmente implementado, instituições de ensino superior "serão obrigadas a mudar seus projetos para
transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade".

por Folha Online

• http://www.amb.org.br/mc_noticias1_abre.php3?w_id=3754
Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país

Levantamento divulgado ontem [6 de agosto] pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país
"não têm condições de funcionar", nas palavras do próprio governo. Nessas escolas, por volta de 2.600 alunos se
formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que terminam o ensino superior na área.

Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar de
Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil do
corpo docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do Enade.
Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na prova.

Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área".
Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia, nutrição,
entre outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em agroindústria.

Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram entre
4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).

A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista
também teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam do
Enade, por não concordar com a metodologia adotada.

Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban,
também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.

Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da Educação
Superior, com dados de 2006 - o de 2007 ainda não está disponível.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos cursos
será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar se as
condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.

Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito continue baixo, o MEC
diz que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.

"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas. Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina",
diz Antonio Carlos Lopes, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade
Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a avaliações,
mas se posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar, que consideram
"improvisado".

"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da metodologia
[utilizada no novo conceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das Entidades Representativas do
Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes
(Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for totalmente implementado, instituições de ensino
superior "serão obrigadas a mudar seus projetos para transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade".

Fonte: Folha de S. Paulo

11/08/2008

• http://www.apesp.org.br/Imprensa/newletter15-09-06.htm

Faculdade pública cobra mensalidade

Pelo menos 15 instituições municipais desrespeitam a Constituição e recebem dos alunos como se
fossem particulares
Ricardo Westin

Pelo menos 15 faculdades criadas por prefeituras depois de 1988 cobram mensalidades de seus
alunos, como se fossem instituições particulares. A cobrança vai contra a Constituição Federal, que
determina que a educação oferecida pela União, pelos Estados e pelas prefeituras deve ser gratuita.

Algumas instituições só continuam cobrando mensalidades porque recorreram aos tribunais e


conseguiram liminares favoráveis, o que indica que, apesar da lei, a questão é controversa.

Existem no País, segundo o Ministério da Educação (MEC), 61 faculdades e universidades municipais.


Dessas, somente 3 não exigem pagamento de mensalidade. As 58 restantes cobram, mas a maioria
(43) tem respaldo legal para isso. A Constituição, elaborada em 1988, diz que as faculdades
municipais que cobravam mensalidades até aquele ano manteriam esse direito. Mas as criadas depois
disso, não.

O Estado localizou, a partir de dados do MEC, as 15 faculdades municipais que se encontram nessa
situação. Ficam no interior dos Estados de São Paulo, Minas, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná e Rio.

A cobrança das mensalidades - que não costumam ser altas (R$ 300 em média), embora exista uma
que cobre R$ 934 pelo curso de Odontologia - foi confirmada ao Estado, por telefone, por todas as
instituições. Questionados por estudantes, os funcionários das secretarias costumam dar a seguinte
confusa resposta: 'A faculdade é pública, mas é particular'.

'Juridicamente, a instituição é pública ou privada. Não existe meio-termo', diz o advogado João
Roberto Moreira Alves, do Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação (Ipae), do Rio. 'Infelizmente
nem todos têm acesso à legislação, que realmente é complicada para os leigos', acrescenta o também
advogado especializado em direito educacional José Roberto Covac.

AUTARQUIA E FUNDAÇÃO

Normalmente essas instituições têm como mantenedora uma autarquia ou uma fundação municipal,
com certa autonomia em relação às prefeituras. 'Esse argumento não vale. As faculdades não deixam
de ser públicas por causa disso', afirma o promotor Marcos Tofani Baer Bahia, do Ministério Público
Estadual de Minas.

Segundo ele, sempre existem recursos públicos envolvidos. Normalmente não são na forma de
dinheiro, já que as mensalidades cobradas dos alunos são suficientes para mantê-las em
funcionamento, mas sim por meio do uso de terrenos e prédios da prefeitura e da desobrigação do
pagamento de impostos municipais.

As faculdades das prefeituras não são fiscalizadas pelo MEC, que cuida só das instituições federais e
particulares. As municipais, assim como as estaduais, estão sob a responsabilidade dos Conselhos
Estaduais de Educação (CEEs), que freqüentemente são questionados a respeito das mensalidades
cobradas.

'As instituições dos municípios são públicas. É-lhes vedada a solicitação de pagamento pelo ensino',
afirma, categórico, o presidente do CEE de São Paulo, Pedro Kassab.

No ano passado, o Conselho de Educação paulista decidiu que três faculdades municipais do interior
teriam que ou parar de cobrar ou fechar as portas. O Instituto Matonense de Ensino Superior, a
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ibitinga e o Instituto Taquaritinguense de Ensino Superior
só continuam funcionando e cobrando mensalidade porque obtiveram liminares (decisões provisórias)
na Justiça. Ainda não houve julgamento definitivo.
'Elas podem cobrar mensalidade porque não são mantidas preponderantemente com dinheiro público',
argumenta o advogado da três instituições, Sérgio Roxo. 'As prefeituras criaram as faculdades que o
Estado de São Paulo e o governo federal não abriram. Acho um verdadeiro absurdo exigirem o
fechamento de escolas no Brasil.'

A Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo já emitiu pareceres afirmando que a cobrança de


mensalidades é ilegal, inclusive quando a autarquia ou fundação mantenedora criada antes de 1988
abriu uma faculdade depois daquele ano.

Fonte: O Estado de S. Paulo, de 15/09/2006

• http://www.apm.org.br/aberto/noticias_conteudo.aspx?id=6402

Sexta-feira, 3 de abril de 2009 Notícias

Tamanho do texto: [12] [14] [16]

Cursos de Medicina "inadequados"

Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país

Os cursos tiveram notas 1 e 2 em indicador do MEC, que leva em conta uma prova, o perfil do corpo docente e a
satisfação dos alunos

Levantamento divulgado pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país "não têm condições
de funcionar", nas palavras do próprio governo. Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que
representa 1 a cada 4 médicos que terminam o ensino superior na área.

Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar de
Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil do
corpo docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do Enade.

Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na prova. Em
medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área". Outras
15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia, nutrição, entre
outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em agroindústria.

Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram entre
4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas). A Unesp teve o maior número de notas máximas
(seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista também teve curso mal avaliado (educação física em
Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam do Enade, por não concordar com a metodologia adotada.

Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban,
também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1. Para calcular o número de estudantes formados
nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da Educação Superior, com dados de 2006 -o de 2007 ainda
não está disponível.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos cursos
será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.
O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar se as
condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.

Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito continue baixo, o MEC
diz que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.

Crítica

"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas. Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina",
diz Antonio Carlos Lopes, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade
Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a avaliações,
mas se posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar, que consideram
"improvisado".

"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da metodologia
[utilizadanonovoconceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das Entidades Representativas do
Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes
(Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for totalmente implementado, instituições de ensino
superior "serão obrigadas a mudar seus projetos para transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade".

A reportagem foi originalmente publicada na Folha de S. Paulo desta quinta-feira (7/8/2008)

• http://www.aprendervirtual.com.br/noticiaInterna.php?ID=49&IDx=997

Corpo Discente
Estudantes e universidades pedem revisão de avaliação de
ensino
Lobbe Neto: "A lei não exige que haja doutores nos cursos, enquanto a avaliação privilegia o número de
doutores."

As críticas dos estudantes e das mantenedoras de universidades recaem sobre a supervalorização dos
número de doutores e o peso excessivo do Enade nas avaliações. Eles defendem a implementação do
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

Estudantes e mantenedoras de universidades pediram a reformulação dos novos instrumentos de avaliação


e índices usados pelo Ministério da Educação no ensino superior desde setembro. O assunto foi debatido
em audiência pública da Comissão de Educação, que discutiu o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o
Índice Geral de Cursos (IGC), recentemente criados pelo MEC.

Houve críticas, por exemplo, à suposta supervalorização que os novos critérios dão aos programas de pós-
graduação em detrimento da graduação e ao número de doutores no corpo de docentes das instituições. A
presidente da UNE, Lúcia Stumpf, pediu aperfeiçoamentos no IGC e sugeriu que o Exame Nacional de
Desempenho dos Estudantes (Enade) tenha menor peso no CPC.

"O IGC é visto por nós com grande preocupação. Simplesmente somar a nota do Conceito Preliminar de
Curso com a nota da Capes e dividir pelo número de alunos não responde às expectativas que os estudantes
têm de uma avaliação verdadeira das instituições de ensino superior. Já o Conceito Preliminar de Curso tem
70% de seu peso sobre o Enade. Então, a maior parte da avaliação continua recaindo sobre os estudantes".

Lúcia lamentou que a votação do projeto de reforma universitária (PL 7200/06) não avance na Câmara,
pois, em sua opinião, a avaliação precisa ser discutida no contexto de uma reforma universitária mais
ampla. "Ao mesmo tempo em que responderemos para quê a avaliação deve servir, vamos estar
respondendo o que esperamos das universidades brasileiras".

Mantenedoras de universidades
O diretor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do
Estado de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, disse ser a favor das avaliações, mas também sugeriu
aperfeiçoamentos. Ele lembrou que foi discutida a possibilidade de dar maior controle à divulgação dos
resultados, inclusive com a oportunidade de defesa das instituições, "não tornando esse conceito preliminar
(CPC) como definitivo".

Ele também ressaltou que os problemas de motivação do aluno em relação ao Enade acabam prejudicando
as instituições. "O aluno pode não fazer a prova, tirar zero e o grande prejudicado é a instituição. Há que se
criar critério que envolva o aluno no compromisso de realizar o Enade". Porém, Reynaldo Fernandes, do
Inep, salientou que hoje apenas 2,5% dos estudantes entregam a prova em branco ou nula, principalmente
nas instituições públicas.

Autor do requerimento que deu origem à audiência pública, o deputado Lobbe Neto (PSDB-SP) disse
concordar com os novos mecanismos de avaliação do ensino superior usados pelo MEC, mas também
defendeu aperfeiçoamentos. Ele citou o exemplo da polêmica em relação ao número de doutores. "A lei
não exige que haja doutores nos cursos, enquanto a avaliação privilegia o número de doutores. E não é só
porque é doutor que o professor vai conduzir bem a aula. Precisamos aperfeiçoar essa metodologia das
avaliações".

Defesa do Sinaes
A UNE boicotou as duas últimas edições do Enade. As entidades estudantil e de representantes das
mantenedoras de universidades particulares defenderam a implementação do Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior (Sinaes), criado há quatro anos. "O Sinaes é bastante completo e consegue
- a partir da avaliação de cursos, das instituições e dos estudantes - apontar soluções para as universidades e
instituições insuficientes", disse Lúcia.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), ligado ao MEC, Reynaldo
Fernandes, defendeu o uso dos novos índices como uma etapa para a efetivação do Sinaes. "O boicote não
ajuda a implementação do Sinaes. Até entendo que demoramos muito para implementar o sistema, pois
seria impossível avaliar 22 mil cursos a cada três anos. Então, nós precisamos ter um indicador
intermediário, como é o CPC."
Fonte: Portal da Câmara dos Deputados

• http://www.cebes.org.br/default.asp?site_Acao=MostraPagina&pagin
aId=176&mNoti_Acao=mostraNoticia&noticiaId=795
Centro Brasileiro de Estudos de Saúde cebes.org.br 03 de abril de 2009

QUEM SOMOS BLOG DO CEBES FÓRUM DE DEBATES ANÁLISE DE CONJUNTURA BIBLIOTECA NOTÍCIAS AGENDA LINKS

Home > Radar da Mídia > Cursos "inadequados" formam 1 ...

Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país

Levantamento divulgado pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país "não têm condições de funcionar", nas
palavras do próprio governo. Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que
terminam o ensino superior na área. Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito
Preliminar de Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil do corpo
docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do Enade. Nos anos anteriores, o
ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na prova.

Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área". Outras 15 áreas também
foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia, nutrição, entre outros). Analisou-se ainda agronomia,
zootecnia e tecnologia em agroindústria. Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e
21,4% ficaram entre 4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).

A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista também teve curso mal
avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam do Enade, por não concordar com a metodologia
adotada. Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban, também entre as
maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.

Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da Educação Superior, com dados de
2006 -o de 2007 ainda não está disponível. O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a
fiscalização dos cursos será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar se as condições das escolas
diferem da mostrada pelos indicadores. Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito
continue baixo, o MEC diz que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.

Crítica

"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas. Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina", diz Antonio Carlos
Lopes, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da
Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a avaliações, mas se posicionaram
contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar, que consideram "improvisado". "Ninguém critica a avaliação, que é
uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da metodologia [utilizada no novo conceito]", afirmou José Roberto Covac,
advogado do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do setor.

Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for totalmente implementado,
instituições de ensino superior "serão obrigadas a mudar seus projetos para transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade".

• http://www.cesupa.br/clipping/clipping2.asp?id=2655

uldades cobram acima do que a lei permite por emissão de diplomas


A: 22/11/2006
TE: PORTAL APRENDIZ

rsidades e faculdades particulares paulistas descumprem lei estadual que limita a cobrança para emissão de diplomas a cerca
0. O valor exigido do formando chega a R$ 300 em algumas instituições. Quase 1 milhão de alunos cursam o ensino superior
do em São Paulo. Sem o diploma, o recém-formado não pode se registrar como profissional no Ministério do Trabalho ou ingre
ós-graduação; o documento também é uma exigência em concursos públicos. A lei está em vigor desde fevereiro. Algumas
uições alegam que o sistema de ensino superior no País é regido pelo governo federal e por isso não precisam cumprir
minações estaduais. O Ministério da Educação (MEC), no entanto, informou que o aluno "tem direito ao diploma, gratuitament
ue ele é conseqüência do próprio curso". Diz ainda que apenas as instituições com status de faculdade - que precisam recorrer
rsidades para registro dos diplomas - podem cobrar pelo documento, mas "o valor não deve ser maior que o custo". No Estad
s delas registram os diplomas na Universidade de São Paulo (USP), que passou a cobrar neste ano R$ 90 pelo serviço. Segun
ia, há 18 funcionários que trabalham no registro de diplomas, checando dados e créditos dos estudantes e faculdades. Em 20
m cerca de 40 mil documentos, fora os emitidos para alunos da USP, que são gratuitos. O deputado estadual Donisete Braga (P
da lei, diz que quando o texto foi finalizado, em 2001, o valor era próximo de R$ 70. Mesmo assim, as instituições ultrapassa
cobrado pela USP. O formando de Jornalismo Rômulo Augusto Orlandini, de 22 anos, não sabia da existência da lei e pagou R
este ano para a Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) por um diploma simples, em papel. "Eu precisa
cumento para me registrar no Ministério e arrumar um emprego como jornalista", diz. "Agora, quero meu dinheiro de volta."

C-Campinas alega que a lei estadual não se aplica à instituição, ligada ao sistema federal. O mesmo informou o Centro
rsitário FIEO (UniFieo), que cobra R$ 250 pelo diploma. "Nunca atrasei um mês de mensalidade e agora não posso ter o diplo
ue não tenho como pagar", diz a motorista Marilda Lessa, cuja filha se formou em Letras na instituição. O valor do diploma da
rsidade Mackenzie é de R$ 120. Segundo a instituição, ele é feito em pele de carneiro e tem impressão especial. O ex-aluno
os, que não quis dar seu sobrenome, se formou em Administração na instituição e desistiu de pedir seu documento quando so
lor. "Não sei como farei para começar um MBA", diz. O Mackenzie informou que passou a cobrar o valor estipulado em lei par
não quiser o diploma especial. Mas o aluno terá de fazer o pedido do documento convencional por escrito e pagar também p
rico escolar.

nos ensinam a cumprir a lei e depois nos pedem para esquecer tudo o que aprendemos", diz o formando da Faculdade de Dir
o Bernardo Thiago Pellegrini Valverde, de 25 anos. Ao requisitar seu diploma em março, foi informado de que deveria pagar R
o que equivale a 80% da mensalidade do curso. O documento seria confeccionado em pele de carneiro e era a única opção
cida. Valverde entrou com uma ação contra a faculdade, mas perdeu, porque a Justiça entendeu que ele não tinha direito ao l
lor porque havia se formado antes da vigência da lei. A instituição informou que só os que se formaram até 2006 continuarão
o obrigados a comprar o diploma em pele de carneiro.

C e a advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Maíra Feltrin, recomendam que os estudantes exijam
rimento da lei na Justiça. A interpretação dos juízes pode ser diferente. "Se as instituições prestam serviços em São Paulo
sam seguir as leis estaduais", diz. A Fundação de Defesa e Proteção do Consumidor (Procon) informou que as instituições pod
hamadas a comparecer a audiências na entidade, caso haja reclamação de alunos. Há seis meses, a Confederação Nacional do
elecimentos de Ensino (Confenen) ingressou no Supremo Tribunal Federal com uma ação de inconstitucionalidade contra a le
não foi julgada. "Ela fere a autonomia universitária", diz José Roberto Covac, consultor jurídico do sindicato paulista (Semesp
o de S. Paulo)
• http://www.correiobraziliense.com.br/html/sessao_18/2008/08/07/noti
cia_interna,id_sessao=18&id_noticia=23868/noticia_interna.shtml

Faculdades particulares protestam


Paloma Oliveto - Correio Braziliense

Publicação: 07/08/2008 09:32 Atualização: 07/08/2008 09:34

CONTEÚDO RELACIONADO
• 07/08/2008 - Fraco desempenho das universidades
Os resultados divulgados ontem pelo Inep desagradaram ao Fórum das Entidades Representativas do Ensino
Superior Particular. Das 24 instituições com nota mínima, 19 são privadas. O Sindicato das Entidades Mantenedoras
de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado do Rio de Janeiro chegou a impetrar ação cautelar, solicitando
que as instituições fluminenses recebessem o resultado antes de serem divulgados publicamente. Mas a 24ª Vara
Federal do Rio negou o pedido.

“As instituições não sabiam desse critério novo e estão passando por uma execração pública. O mais lógico é que
fossem comunicadas antes”, criticou Abib Salim Cury, presidente da Associação Nacional das Universidades
Particulares (Anup). Para o secretário de Ensino Superior do MEC, Ronaldo Mota, isso não vai acontecer. Ele afirma
que a divulgação das notas é uma forma de ajudar as instituições a melhorar seu desempenho.

Cury, porém, discorda. O presidente da Anup alega que o ministério tem até um ano para fazer a visita in loco e dar
o conceito final. “Todo o trabalho que fizermos durante esse período não vai valer nada”, lamenta. O representante
do fórum, José Roberto Covac, completa: “O Enade depende da nota do aluno, e muitas vezes os estudantes
boicotam o exame”. A entidade chegou a divulgar uma nota, durante a divulgação dos resultados. “Fica claro que o
Ministério da Educação não conseguiu implantar o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes) e
pretende substiuí-lo por um Conceito Preliminar improvisado e precário, instituído por intermédio de portaria”, diz o
texto. O fórum também acusa o MEC de desrespeitar a Lei nº 10.861, que criou o Sistema Nacional de Avaliação de
Ensino Superior (Sinaes).

O ministro Fernando Haddad contestou a declaração, afirmando que, ao contrário do que alega o fórum, o novo
indicador fortalece o Sinaes. De acordo com a lei, a avaliação dos cursos deve levar em conta o perfil do corpo
docente, as instalações físicas e a organização didático-pedagógica, além do desempenho dos estudantes no Enade.
“Avaliações sempre vão gerar comentários negativos. Só se preocupa com a avaliação quem não faz um bom
trabalho.”

“Inclusão social”
De acordo com Abib Salim Cury, presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares, o ensino superior
público se sobressai porque recebe os estudantes que cursaram o ensino básico nas escolas privadas. “A explicação é
simples. Quais os alunos que a rede privada recebe? Os da rede pública. Estamos fazendo a inclusão social que o
governo não consegue fazer”, provoca.

O questionário socioeconômico preenchido pelos estudantes que fizeram o Enade em 2007 mostra que dos 40.961
matriculados nas instituições públicas, a maioria cursou todo o nível médio ou a maior parte dele em escolas
privadas. Já entre os 148.641 ingressantes e concluintes das faculdades e universidades privadas, quase a metade
(71.722) fez o ensino médio todo ou quase todo nas escolas públicas. O Correio procurou as particulares do DF
reprovadas pelo MEC, mas não recebeu retorno até o fechamento desta edição.
• http://www.crcro.org.br/crcmx/principal2.aspx?id2=3337

Nova lei complica estágios

Alexandre Gonçalves e Simone Iwasso

Ambigüidades da nova legislação, em vigor há 45 dias, foram reconhecidas pelo próprio


Ministério do Trabalho

Em 45 dias, desde que a nova lei de estágio foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, o número de vagas oferecidas no País caiu 40%, de acordo com levantamento da
Associação Brasileira de Estágios (Abres). A oferta caiu de 55 mil postos mensais para 33 mil. O
motivo, segundo a entidade, é o desconhecimento das novas regras, que têm assustado e
confundido as empresas e as instituições de ensino superior. Apenas o Centro de Integração
Empresa-Escola (Ciee) já fez cerca de 30 mil atendimentos para solucionar dúvidas de
empresários, instituições de ensino e estudantes.

Além disso, a burocracia exigida para adaptar contratos e modificar as propostas pedagógicas
dos cursos torna o processo ainda mais lento. “Acreditamos que levará cerca de dois anos para
que a situação se normalize e a oferta volte ao normal”, afirma Seme Arone Júnior, presidente
da Abres. “Isso porque as faculdades não se prepararam e as empresas estão com medo. Há
muita falta de informação”, diz ele. Arone Júnior, no entanto, acredita que a lei, apesar da
confusão inicial, será benéfica para os estagiários, que terão mais garantias de respeito ao seu
desenvolvimento educacional.

Um dos pontos da lei que provocaram confusão e empacaram os estágios foi a determinação de
que os estágios não obrigatórios constem do projeto pedagógico dos cursos de graduação - até
então, isso não era requisito. Desse modo, se a instituição ainda não atualizou seu projeto - e
em algumas isso é um processo demorado, que depende de votação em conselhos
universitários, por exemplo -, ela não poderá assinar ou renovar o contrato de estágio do aluno.

Outros pontos polêmicos são a jornada diária da atividade (de 8 para 6 horas semanais), o
tempo de permanência no mesmo estágio (restrito a dois anos) e os benefícios obrigatórios. O
secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Ezequiel Sousa do
Nascimento, afirma que a pasta pretende publicar uma instrução normativa para dirimir as
dúvidas em até 15 dias. “Vamos nos reunir terça e quarta-feira para redigir o texto”, diz
Nascimento.

Para tentar acabar com as polêmicas, o Ministério da Educação também se pronunciará


oficialmente. A coordenadora de políticas públicas da Secretaria de Educação Profissional e
Técnica do Ministério da Educação (MEC), Caetana Juracy Rezende Silva, que participou da
elaboração da lei, diz que o MEC enviará até o fim do mês um comunicado às instituições de
ensino com instruções práticas.

APLICAÇÃO

A falta de clareza de alguns artigos é mencionada mesmo por quem defende a nova lei.
Coordenadora dos estágios do curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo, em
São Paulo, Taís Fortes considera a lei um avanço por dificultar a utilização do estagiário como
mão-de-obra barata. Mas tem dúvidas. Ela não sabe, por exemplo, se o artigo 14, que afirma
se aplicar “ao estágio a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho”, implica a
exigência de exames médicos admissionais e demissionais.

Caetana explica que a intenção desse artigo não era exigir esses exames, mas garantir aos
estagiários os instrumentos e procedimentos de segurança utilizados pelos funcionários da
empresa. A gerente jurídica e de desenvolvimento de projetos sociais do Ciee, Maria Nilce Mota,
comemora a interpretação de Caetana, mas afirma que, até a publicação da instrução
normativa, a entidade vai recomendar às empresas, de forma preventiva, a realização dos
exames. Maria Nilce considera que a diminuição na oferta de vagas é apenas temporária e só
vai durar até as empresas e instituições fazerem os ajustes.

O assessor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino


Superior no Estado de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, afirma que a lei mais atrapalha
do que ajuda os estagiários. Ele argumenta que a nova lei engessa as relações entre estudante,
escola e empresa. “Alguns estágios tornam-se inviáveis com a carga horária de seis horas e o
período máximo de dois anos na mesma empresa.” Ele afirma que não seria necessário criar
uma nova lei: bastaria fiscalizar as condições de atividade dos estagiários.

Caetana entende que, no início, a lei pode dar a impressão de que prejudica o estagiário.
“Afinal, alguns se submetem a um estágio precário porque precisam da remuneração”, aponta.
“Mas, depois, é fácil compreender que todos são beneficiados quando não se reforça a
precarização das condições de trabalho.”

Fonte: O Estado de S. Paulo

• http://www.crmpr.org.br/ver_noticias.php?id=2044
Data de Publicação: 07/08/2008
Seção: CRMPR
Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país

Os cursos tiveram notas 1 e 2 em indicador do MEC, que leva em conta uma prova, o perfil do corpo docente e a
satisfação dos alunos.

Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país "não têm
condições de funcionar", nas palavras do próprio governo.
Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que terminam
o ensino superior na área.
Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar de
Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil
do corpo docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do
Enade.
Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na prova. Em
medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área".
Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia, nutrição,
entre outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em agroindústria.
Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram entre 4
e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).
A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista
também teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam do
Enade, por não concordar com a metodologia adotada.
Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban,
também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.
Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da Educação
Superior, com dados de 2006 -o de 2007 ainda não está disponível.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos cursos
será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.
O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar se as
condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.
Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito continue baixo, o
MEC diz que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.

Crítica
"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas. Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina",
diz Antonio Carlos Lopes, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade
Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.
Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a avaliações,
mas se posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar, que consideram
"improvisado".
"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da metodologia
[utilizadanonovoconceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das Entidades Representativas do
Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes
(Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for totalmente implementado, instituições de ensino
superior "serão obrigadas a mudar seus projetos para transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade".

Fonte: Folha de S. Paulo, publicado em 07/08/2008

• http://www.dcomercio.com.br/Materia.aspx?canal=63&materia=4813

Especialistas elogiam nova lei de estágio, mas pedem ajustes
Em 45 dias, desde que a nova lei de estágio foi sancionada pelo presidente Lula, o número de
vagas oferecidas no País caiu 40%, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de
Estágios (Abres). O motivo seria o desconhecimento das novas regras.

Agência Estado - 13/11/2008 - 20h40


Divulgação

Em 45 dias, desde que a nova lei de estágio foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o
número de vagas oferecidas no País caiu 40%, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de
Estágios (Abres). A oferta caiu de 55 mil postos mensais para 33 mil. O motivo, segundo a entidade, está
ligado ao desconhecimento das novas regras, que têm assustado e confundido as empresas e as
instituições de ensino superior. Apenas o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) já fez cerca de 30
mil atendimentos para solucionar dúvidas de empresários, de instituições de ensino e de estudantes.

Além disso, a burocracia exigida para adaptar contratos e modificar as propostas pedagógicas dos
cursos torna o processo ainda mais lento. "Acreditamos que levará cerca de dois anos para que a
situação se normalize e a oferta volte ao normal", afirma Seme Arone Júnior, presidente da Abres. "Isso
porque as faculdades não se prepararam e as empresas estão com medo. Há muita falta de informação",
diz ele. Arone Júnior, no entanto, acredita que a lei, apesar da confusão inicial, será benéfica para os
estagiários, que terão mais garantias de respeito ao seu desenvolvimento educacional.

Um dos pontos da lei que provocaram confusão e empacaram os estágios foi a determinação de que os
estágios não obrigatórios constem do projeto pedagógico dos cursos de graduação - até então, isso não
era requisito. Desse modo, se a instituição ainda não atualizou seu projeto - e em algumas isso é um
processo demorado, que depende de votação em conselhos universitários, por exemplo -, ela não
poderá assinar ou renovar o contrato de estágio do aluno.

Outros pontos polêmicos são a jornada diária da atividade (de 8 para 6 horas semanais), o tempo de
permanência no mesmo estágio (restrito a dois anos) e os benefícios obrigatórios. O secretário de
Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Ezequiel Sousa do Nascimento, afirma que a
pasta pretende publicar uma instrução normativa para esclarecer as dúvidas em até 15 dias. "Vamos nos
reunir terça (18) e quarta-feira (19) para redigir o texto", diz Nascimento.

Para tentar acabar com as polêmicas, o Ministério da Educação também se pronunciará oficialmente. A
coordenadora de políticas públicas da Secretaria de Educação Profissional e Técnica do Ministério da
Educação (MEC), Caetana Juracy Rezende Silva, que participou da elaboração da lei, diz que o MEC
enviará até o fim do mês um comunicado às instituições de ensino com instruções práticas.

APLICAÇÃO - A falta de clareza de alguns artigos é mencionada mesmo por quem defende a nova lei.
Coordenadora dos estágios do curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo, em São
Paulo, Taís Fortes considera a lei um avanço por dificultar a utilização do estagiário como mão-de-obra
barata. Mas tem dúvidas. Ela não sabe, por exemplo, se o artigo 14, que afirma se aplicar "ao estágio a
legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho", traz a exigência de exames médicos
admissionais e demissionais.

Caetana explica que a intenção desse artigo não era exigir esses exames, mas garantir aos estagiários
os instrumentos e procedimentos de segurança utilizados pelos funcionários da empresa. A gerente
jurídica e de desenvolvimento de projetos sociais do Ciee, Maria Nilce Mota, comemora a interpretação
de Caetana, mas afirma que, até a publicação da instrução normativa, a entidade vai recomendar às
empresas, de forma preventiva, a realização dos exames. Maria Nilce considera que a diminuição na
oferta de vagas é apenas temporária e só vai durar até as empresas e instituições fazerem os ajustes.
O assessor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior
no Estado de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, afirma que a lei mais atrapalha do que ajuda os
estagiários. Ele argumenta que a nova lei engessa as relações entre estudante, escola e empresa.
"Alguns estágios tornam-se inviáveis com a carga horária de seis horas e o período máximo de dois anos
na mesma empresa." Ele afirma que não seria necessário criar uma nova lei: bastaria fiscalizar as
condições de atividade dos estagiários.

Caetana entende que, no início, a lei pode dar a impressão de que prejudica o estagiário. "Afinal, alguns
se submetem a um estágio precário porque precisam da remuneração", aponta. "Mas depois, é fácil
compreender que todos são beneficiados quando não se reforça a precarização das condições de
trabalho."

• http://www.elo.com.br/pagina.php?dst=novidades&id=186267
04/12 15:12 Brasil
Universitários pedem revisão de avaliação de ensino

Estudantes e mantenedoras de universidades pediram a reformulação dos novos instrumentos de avaliação e índices
usados pelo Ministério da Educação no ensino superior desde setembro. O assunto foi debatido em audiência pública da
Comissão de Educação, que discutiu o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos (IGC), recentemente
criados pelo MEC.

Houve críticas, por exemplo, à suposta supervalorização que os novos critérios dão aos programas de pós-graduação em
detrimento da graduação e ao número de doutores no corpo de docentes das instituições. A presidente da UNE, Lúcia
Stumpf, pediu aperfeiçoamentos no IGC e sugeriu que o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) tenha
menor peso no CPC.

"O IGC é visto por nós com grande preocupação. Simplesmente somar a nota do Conceito Preliminar de Curso com a nota
da Capes e dividir pelo número de alunos não responde às expectativas que os estudantes têm de uma avaliação
verdadeira das instituições de ensino superior. Já o Conceito Preliminar de Curso tem 70% de seu peso sobre o Enade.
Então, a maior parte da avaliação continua recaindo sobre os estudantes".

Lúcia lamentou que a votação do projeto de reforma universitária (PL 7200/06) não avance na Câmara, pois, em sua
opinião, a avaliação precisa ser discutida no contexto de uma reforma universitária mais ampla. "Ao mesmo tempo em que
responderemos para quê a avaliação deve servir, vamos estar respondendo o que esperamos das universidades
brasileiras".

Mantenedoras de universidades

O diretor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de São
Paulo (Semesp), José Roberto Covac, disse ser a favor das avaliações, mas também sugeriu aperfeiçoamentos. Ele
lembrou que foi discutida a possibilidade de dar maior controle à divulgação dos resultados, inclusive com a oportunidade
de defesa das instituições, "não tornando esse conceito preliminar (CPC) como definitivo".

Ele também ressaltou que os problemas de motivação do aluno em relação ao Enade acabam prejudicando as instituições.
"O aluno pode não fazer a prova, tirar zero e o grande prejudicado é a instituição. Há que se criar critério que envolva o
aluno no compromisso de realizar o Enade". Porém, Reynaldo Fernandes, do Inep, salientou que hoje apenas 2,5% dos
estudantes entregam a prova em branco ou nula, principalmente nas instituições públicas.

Autor do requerimento que deu origem à audiência pública, o deputado Lobbe Neto (PSDB-SP) disse concordar com os
novos mecanismos de avaliação do ensino superior usados pelo MEC, mas também defendeu aperfeiçoamentos. Ele citou o
exemplo da polêmica em relação ao número de doutores. "A lei não exige que haja doutores nos cursos, enquanto a
avaliação privilegia o número de doutores. E não é só porque é doutor que o professor vai conduzir bem a aula.
Precisamos aperfeiçoar essa metodologia das avaliações".

Defesa do Sinaes

A UNE boicotou as duas últimas edições do Enade. As entidades estudantil e de representantes das mantenedoras de
universidades particulares defenderam a implementação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes),
criado há quatro anos. "O Sinaes é bastante completo e consegue - a partir da avaliação de cursos, das instituições e dos
estudantes - apontar soluções para as universidades e instituições insuficientes", disse Lúcia.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), ligado ao MEC, Reynaldo Fernandes,
defendeu o uso dos novos índices como uma etapa para a efetivação do Sinaes. "O boicote não ajuda a implementação do
Sinaes. Até entendo que demoramos muito para implementar o sistema, pois seria impossível avaliar 22 mil cursos a cada
três anos. Então, nós precisamos ter um indicador intermediário, como é o CPC."

Agência Câmara

• http://www.endividado.com.br/materias_det.php?id=10761

Matéria publicada dia: 24/11/2006

Faculdades descumprem lei e abusam no preço de diplomas

Algumas das principais faculdades da região ainda não cumprem a determinação da lei estadual
12.248, de fevereiro de 2006, que limita o valor da cobrança para a emissão do diploma de
graduação em R$ 69,65. Preço pode chegar a R$ 300.

Entre as justificativas, umas informam que cobram o valor apenas para quem se formou depois
que a lei passou a valer, outras alegam que são regidas por leis federais e por isso não cumprem
a determinação.

"Isso é um erro. O consumidor está sendo enganado", afirma o advogado especialista em defesa
do consumidor Anis Kfouri. "A lei vale para quem pediu o diploma depois que ela entrou em vigor,
independente de quando se formou", esclarece.

O advogado deixa claro que o aluno pode entrar com um mandato de segurança para receber o
diploma pelo valor estabelecido. "Ele pode perder vantagens no emprego ou até mesmo uma
colocação melhor porque não consegue pagar pelo diploma", explica. "Quem pagou um valor
maior depois que a lei entrou em vigor, deve entrar com um processo para receber a diferença
em dobro", conclui.

Cristina Lopes, formada no meio do ano em Engenharia de Produção na UniABC, ainda não
solicitou o diploma. "Me recuso a pagar um preço acima da lei, mesmo que sem o diploma eu não
possa tirar o Crea (registro necessário para engenheiros)." A UniABC cobra R$ 150 pelo diploma.

O psicólogo Robson Donizete da Silva, 25, passa pela mesma situação na Unia (Centro
Universitário de Santo André). "Já me formei há mais de um ano e só não solicitei o diploma por
causa do preço de R$ 150", conta. As duas faculdades não retornaram às ligações da reportagem.

Na Faculdade de Direito de São Bernardo, que cobra R$ 300 pelo diploma, quem se formou antes
de 2006 ficou de fora da lei. "Eles dizem que o valor de R$ 69,65 é só para quem se formou neste
ano", conta Thiago Pellegrini, 25, que se formou em 2004. A faculdade disse que já tem uma
versão mais simples do diploma pelo preço que determina a lei, mas não confirmou se abrirá a
opção para alunos formados antes de 2006.

O MEC informou que não é responsável por expedição de diplomas, mas que o estudante deve
procurar seus direitos em todas as instâncias, já que as faculdades particulares são regidas por
conselhos municipais e estaduais e, em princípio, deveriam cumprir a lei.

Já para o Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior


do Estado de São Paulo), a determinação é inconstitucional, pois o que rege as faculdades é a Lei
de Diretrizes e Base. "Nessa área não pode ter legislação estadual. Essa lei tira a autonomia das
faculdades", afirma José Roberto Covac, consultor jurídico do sindicato. Covac ainda diz que a lei
prevalece por enquanto e que desconhece casos de faculdades que estão praticando um preço
abusivo para emissão de diplomas. "Se o consumidor se sentir lesado, já existe legislação para
isso no código de defesa do consumidor". Quanto à lei 12.248/06, Covac deixa clara a opinião.
"Nossa posição é contrária e estamos lutando contra ela."

O Procon informou que ainda não recebeu nenhuma reclamação de consumidores referentes ao
assunto, mas caso isso aconteça fará cumprir a lei existente. [Diário do Grande ABC]

Fonte: Diário do Grande ABC

• http://www.endividado.com.br/materias_det.php?id=21587

Matéria publicada dia: 12/08/2008

Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país

FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo
ANGELA PINHO
da Folha de S.Paulo, em Brasília
ANTÔNIO GOIS
da Folha de S.Paulo, no Rio

Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país `não
têm condições de funcionar`, nas palavras do próprio governo.

Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que
terminam o ensino superior na área.

Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito
Preliminar de Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007
(antigo Provão), perfil do corpo docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, com
base no questionário do Enade.

Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na prova.

Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa `referência na
área`.

Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia,
nutrição, entre outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em agroindústria.

Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4%
ficaram entre 4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).

A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual
Paulista também teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não
participam do Enade, por não concordar com a metodologia adotada.

Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de `sem condições`: 26 cursos com nota 2. A
Uniban, também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.

Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da
Educação Superior, com dados de 2006 --o de 2007 ainda não está disponível.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos
cursos será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições que
tiraram notas 1 e 2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar
se as condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.

Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito continue baixo,
o MEC diz que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.

Crítica

`As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas.

Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina`, diz Antonio Carlos Lopes, professor da Unifesp
(Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da
Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a
avaliações, mas se posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar, que
consideram `improvisado`.

`Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da metodologia
[utilizada no novo conceito]`, afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das Entidades Representativas
do Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o
Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for totalmente implementado, instituições
de ensino superior `serão obrigadas a mudar seus projetos para transformarem-se em cursos preparatórios
sobre Enade`.

Fonte: Folha Online, 11 de agosto de 2008. Na base de dados do site www.endividado.com.br


• http://www.esbam.edu.br/noticias.php?pagina=11
Especialistas debatem como incluir cinco milhões de alunos no ensino superior até 2013

A ampliação do acesso ao ensino superior é o grande desafio do setor para os próximos anos. Nesse ponto, governo e
setor privado concordam. Atualmente, cerca de cinco milhões de brasileiros estão matriculados na graduação. A meta do
Plano Nacional de Educação (PNE) é incluir 30% dos jovens entre 18 e 24 anos na graduação até 2010. Mas,
provavelmente, esse número, se alcançado, será pelo crescimento da faixa etária acima dos 25 anos. Agora, o setor de
ensino superior privado estipulou uma meta ainda mais audaciosa: incluir cinco milhões de novos alunos no ensino superior
nos próximos cinco anos. Para concretizar o plano, não será suficiente um movimento unilateral. Será preciso um acordo
entre diversos setores. Na opinião de especialistas ouvidos pela revista Ensino Superior, algumas medidas se fazem
necessárias para se pensar em conseguir alcançar essa meta: a criação de alternativas de financiamento e a qualificação
da educação básica são algumas das propostas de ações.

A meta de incluir cinco milhões de novos alunos assumida pelo setor particular foi traçada durante o Congresso de
Educação Superior - Desafios de Crescer com Qualidade e Quantidade, realizado em novembro último, na capital
pernambucana. Dirigentes e associados do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular assinaram
a Carta de Recife, documento com uma série de compromissos e expectativas para os próximos anos em relação à
educação superior.

Na Carta, o setor se compromete com a concepção da educação como um bem social, direito do cidadão e patrimônio
estratégico indispensável ao desenvolvimento do país. O documento apela para a integração entre o ensino superior
particular e o ensino básico (seja este desenvolvido pelo governo ou por entidades particulares) na busca de um novo
marco da educação brasileira; se compromete com a promoção do aperfeiçoamento dos cursos de formação de
professores nas instituições públicas e privadas visando a contribuir, de forma decisiva, para a melhoria da qualidade da
educação básica, e assume a responsabilidade ainda com o respeito ao pluralismo, à heterogeneidade de instituições de
ensino e à coexistência entre instituições públicas e privadas.

Foi em meio a esse espírito que o setor definiu a necessidade do "desenvolvimento de um amplo trabalho conjunto com o
governo e a sociedade para ampliar o acesso das classes C, D e E da população ao ensino superior em um montante de
cinco milhões de novos alunos nos próximos cinco anos", conforme escrito na Carta.

Para Maurício Escobar, diretor-executivo da Unimonte, a meta é ousada, mas possível, justamente por representar uma
tentativa de aproximação entre diversos setores brasileiros. "A meta é bastante audaciosa, mas factível a partir do
momento em que emergiu da convergência entre todas as instituições de ensino superior, que deixaram de lado suas
diferenças de alinhamento e abriram mão de seus ideais e visões particulares em prol de um objetivo maior que é valorizar
a educação como uma prioridade nacional. Faltava essa reunião real, esse espaço em que todos pudessem se manifestar
e que se encerrasse unindo todas as entidades em volta de um foco comum", reflete.
Assinada pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes); Associação Brasileira das
Mantenedoras das Faculdades Isoladas e Integradas (Abrafi); Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup);
Associação Nacional dos Centros Universitários (Anaceu) e pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de
Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), a Carta de Recife possui 16 propostas que
devem nortear a pauta de trabalho de todo o setor a partir de agora.

"A Carta nasceu de um momento histórico em que vive a educação superior brasileira e propõe um desafio que já devia ter
sido incorporado anteriormente. Com mais cinco milhões de estudantes no ensino superior ainda vamos chegar a apenas
30% de brasileiros entre 18 e 24 anos cursando uma graduação, um percentual que já foi superado pela Argentina, o Chile
e até a Colômbia", argumenta Rodrigo Capelato, diretor- executivo do Semesp.

Ele lembra que a meta dos 30% de jovens na graduação até 2010 está no Plano Nacional de Educação. "O que vai
acontecer agora é que estamos propondo que essa meta seja atingida em 2012 ou 2013. Mas, para isso acontecer, é
preciso que o Ministério da Educação entenda que todas as instituições e seus órgãos representativos são seus parceiros e
não inimigos", defende.

O professor Antonio Freitas, diretor-executivo da FGV e membro do Conselho Nacional de Educação, concorda. "É uma
questão de justiça social possibilitar que esses cinco milhões de novos alunos ingressem em alguma universidade,
faculdade ou centro universitário nos próximos anos. O nosso atual governo fala tanto em acesso social das classes mais
pobres, que já passou da hora de o nosso Legislativo e Executivo reconhecerem que a riqueza de uma nação é o seu
intelecto e que é preciso desburocratizar e investir mais na educação básica e superior neste país", defende.

Recentemente, o Brasil assinou o Acordo de Cartagena, que prevê entre outras recomendações uma concentração de
esforços por parte dos governos em áreas prioritárias para o bem-estar dos povos, como a educação, a saúde e a justiça,
que devem ser disponibilizadas para todos.

O diretor jurídico do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, José Roberto Covac, defende
que esse é o momento ideal para uma maior proximidade entre o setor particular e o setor público. "Vários países deram a
volta por cima e superaram suas metas investindo em educação. É um investimento baixo que traz um excelente retorno
em termos de crescimento e qualificação de uma nação. O Poder Público precisa entender que as instituições de ensino
superior e suas entidades representativas podem ser suas parceiras nesse processo de inclusão social, respeitando-se as
diversidades de cada uma", defende.

O presidente da Associação Brasileira das Mantenedoras das Faculdades Isoladas e Integradas (Abrafi), Janguiê Diniz,
acredita que o compromisso de Recife vem fortalecer o trabalho dos diversos setores em prol da educação brasileira como
um todo. "A educação é um bem social e de direito do cidadão e a Carta de Recife fortalece essa premissa. A maior
importância desse documento é criar um canal de comunicação permanente com o governo federal para que possamos
trabalhar juntos e ainda com mais qualidade", defende.

Janguiê, que também é presidente do Centro Universitário Maurício de Nassau, lembra uma outra questão importante: a
profissionalização da gestão educacional. Na opinião dele, é necessário que as instituições pensem a escola como uma
empresa.

Além disso, Janguiê aponta que a ociosidade das vagas no sistema privado de ensino demonstra que o problema não está
na capacidade de recebimento de mais alunos na rede. Na verdade, a questão é mesmo a de criar condições para que
outras camadas da população consigam ter acesso à graduação. "O ensino superior privado no Brasil já representa quase
80% do total de matrículas e ainda sobram vagas em muitas universidades", reflete.

Justamente reduzir a taxa de ociosidade das salas de aula é para o professor Antonio Freitas um dos grandes desafios
para os próximos anos. Ele defende que superar essa questão depende de iniciativas que partam do setor público. "Para
isso, o governo precisa pensar grande, agir rápido e deixar de ter uma precária função regulatória. Quando se precisa de
recursos para socorrer este ou aquele segmento da nossa economia, o dinheiro aparece. Por que para investir na
educação isso não ocorre? Os recursos existem, basta haver vontade política", defende Freitas.

O membro do Conselho Nacional de Educação chama ainda a atenção para a cultura do processo seletivo brasileiro. Em
sua opinião, a profusão de vestibulares realizados semestralmente no país acarreta um alto custo para as instituições de
ensino e não leva em consideração a realidade do aluno, que muitas vezes tem dificuldade em continuar o curso por não
conseguir arcar com despesas que incluem o transporte para a instituição, por exemplo. Como alternativa a esse problema,
Freitas sugere uma saída que já é utilizada em outros países, como o caso do Chile, por exmeplo.

"Ao invés de investir no sistema de cotas obrigatórias, que acabam destruindo centros de pesquisa e estudo que são
referências globais, é preciso criar o voucher-aluno ou um bolsa-educação para o ensino superior igual ao auxílio-saúde,
por exemplo, que permita ao aluno escolher uma universidade mais perto da sua casa ou do seu local de trabalho e que
esteja mais de acordo com o nível de preparação que ele teve no ensino básico, com uma parte financiada pelo governo
federal", defende.

Odesafio da ampliação do acesso ao ensino superior, que passa ainda pela questão da legislação que rege o setor,
também mobiliza a classe política. A tentativa de esforço conjunto entre os diversos setores da sociedade brasileira
acarretou recentemente, inclusive, a formação da Frente Parlamentar de Apoio ao Ensino Superior Particular, que reúne
171 deputados e 36 senadores que acompanham a pauta de interesse do setor no Congresso Nacional.

Na questão da ampliação do acesso ao ensino superior, como defendido pela Carta de Recife, parlamentares entendem
que a educação não pode ser vista como um processo isolado, ou seja, é preciso pensar também em outras etapas do
processo educacional para que a graduação seja possível a uma camada mais ampla da população.

O senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) avalia que antes de estabelecer metas para abrir mais oportunidades no ensino
superior é preciso investir maciçamente na educação fundamental. Zambiasi argumenta que o investimento na educação
superior é importante, mas não deve se sobrepor aos recursos disponíveis para o ensino fundamental. Na opinião dele, o
Brasil ainda possui uma formação básica muito aquém do necessário, tanto em relação à qualidade quanto ao acesso.
"Meu pensamento é ao contrário. Eu acho que a gente tem de investir mais da educação básica. Não adianta começar uma
casa pelo telhado. Precisamos primeiro construir o alicerce", argumenta.

Segundo o parlamentar, é preciso investir mais na formação de bons professores e nas atividades esportivas nas escolas.
Na avaliação de Zambiasi, essa é a fórmula para ter uma base sólida de ensino no país.
O presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, João Matos (PMDB-SC), acredita que
algumas iniciativas são fundamentais para que se cumpra o compromisso da inclusão de novos alunos na graduação.
Ele também começa a lista pelos investimentos nas primeiras etapas do ensino, atrelados à expansão das vagas no ensino
médio. "É preciso qualificar a educação básica e o ensino médio para garantir o acesso aos cursos superiores", defende.

Para o deputado, também é preciso criar um padrão diferente de financiamento para atender as classes C, D e E, público-
alvo do compromisso firmado pelas entidades. Hoje, na opinião dele, o Programa Universidade para Todos (ProUni) não
atende "os menos favorecidos".

João Matos defende ainda que não basta apenas ampliar o financiamento para o acesso à universidade; é preciso também
garantir a permanência desses alunos com menos recursos para se manter estudando. O presidente da Comissão de
Educação vê ainda como fundamental para atingir a ampliação do número de alunos na graduação uma oferta maior de
cursos de longa e curta duração que tenham relação direta com as demandas do mercado de trabalho.

Entretanto, Matos salienta que o ensino superior também deve ser capaz de fazer a diferença na vida desses alunos que
chegam e saem da graduação.

"O desafio da verdadeira inclusão sob o ponto de vista educacional é o desenvolvimento do processo pedagógico e a
metodologia de ensino, capazes de fazer com que mesmo os ingressantes no ensino superior que tragam deficiências da
educação básica saiam como profissionais formados, tão bons quanto aqueles que se formam egressos dos melhores
colégios."

Essa capacidade do ensino superior de transformar a vida dos jovens é justamente o motivo para a mobilização em torno
do desafio de permitir que mais pessoas tenham a oportunidade de cursar uma graduação.

Ações necessárias

As principais medidas apontadas por especialistas para alcançar a meta de cinco milhões de novos alunos na graduação
até 2013

- Ampliar o financiamento estudantil;

- Reforçar a qualidade do ensino médio público;

- Desburocratizar o Programa de Financiamento Estudantil (Fies)

- Alterar a Lei 9.870, que trata sobre inadimplência;

- Permitir que o FGTS possa ser utilizado para quitar mensalidades atrasadas;

- Aplicar mais os recursos do FAT em capacitação profissional e menos em seguro-desemprego;

- Gerar um histórico positivo de crédito para maior facilidade de financiamento dos cursos junto aos bancos;

- Criar um projeto nos mesmos moldes da Lei Rouanet, que concede incentivos fiscais para quem investe em cultura, na
área da educação superior;

- Aproximar mais o mercado de trabalho das instituições educacionais;

- Ter vontade política para alterar o quadro de baixa qualificação profissional e criar mecanismos para uma real inclusão
social; Reduzir a taxa de ociosidade das salas de aula;

- Aceitar e até incentivar a diversidade em um país marcado por uma cultura que muda de um estado para o outro;

- Incentivar programas inovadores que possuam novos enfoques ou temas;

- Investir na formação e qualificação do corpo docente;

- Qualificar a educação básica e o ensino médio para melhorar o fluxo de alunos e garantir a conclusão dos cursos do
ensino superior;

- Expandir o ensino médio para atingir toda a faixa etária própria. Hoje, 82% da população entre 15 e 19 anos está na
educação básica;
- Ampliar a bolsa permanência para garantir a conclusão dos cursos;

- Diversificar a oferta de cursos superiores de longa e curta duração, articulados com uma política de desenvolvimento
econômico e social e geração de emprego, atendendo às necessidades de mercado.

Fonte: UOL Educação

• http://www.estado.com.br/editorias/2006/09/15/ger-
1.93.7.20060915.6.1.xml
Sexta-feira, 15 setembro de 2006 edições anteriores

VIDA&

ÍNDICE GERAL | ÍNDICE DA EDITORIA | ANTERIOR | PRÓXIMA

Faculdade pública cobra mensalidade

Pelo menos 15 instituições municipais desrespeitam a Constituição e recebem dos alunos como se fossem
particulares

Ricardo Westin

Pelo menos 15 faculdades criadas por prefeituras depois de 1988 cobram mensalidades de seus alunos, como se
fossem instituições particulares. A cobrança vai contra a Constituição Federal, que determina que a educação
oferecida pela União, pelos Estados e pelas prefeituras deve ser gratuita.

Algumas instituições só continuam cobrando mensalidades porque recorreram aos tribunais e conseguiram
liminares favoráveis, o que indica que, apesar da lei, a questão é controversa.

Existem no País, segundo o Ministério da Educação (MEC), 61 faculdades e universidades municipais. Dessas,
somente 3 não exigem pagamento de mensalidade. As 58 restantes cobram, mas a maioria (43) tem respaldo
legal para isso. A Constituição, elaborada em 1988, diz que as faculdades municipais que cobravam
mensalidades até aquele ano manteriam esse direito. Mas as criadas depois disso, não.

O Estado localizou, a partir de dados do MEC, as 15 faculdades municipais que se encontram nessa situação.
Ficam no interior dos Estados de São Paulo, Minas, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná e Rio.

A cobrança das mensalidades - que não costumam ser altas (R$ 300 em média), embora exista uma que cobre
R$ 934 pelo curso de Odontologia - foi confirmada ao Estado, por telefone, por todas as instituições.
Questionados por estudantes, os funcionários das secretarias costumam dar a seguinte confusa resposta: 'A
faculdade é pública, mas é particular'.
'Juridicamente, a instituição é pública ou privada. Não existe meio-termo', diz o advogado João Roberto
Moreira Alves, do Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação (Ipae), do Rio. 'Infelizmente nem todos têm
acesso à legislação, que realmente é complicada para os leigos', acrescenta o também advogado especializado
em direito educacional José Roberto Covac.

• http://www.fatimanews.com.br/canais/educacao/?codModelo=66&id=
72916
Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos no Brasil

09/08/2008, 07:00
Autor: Folha Online

Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país "não têm
condições de funcionar", nas palavras do próprio governo.

Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que terminam
o ensino superior na área.

Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar de
Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil
do corpo docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do
Enade.

Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na prova.

Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área".

Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia, nutrição,
entre outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em agroindústria.

Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram
entre 4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).

A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista
também teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam do
Enade, por não concordar com a metodologia adotada.

Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban,
também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.

Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da Educação
Superior, com dados de 2006 --o de 2007 ainda não está disponível.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos cursos
será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1 e
2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar se as
condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.
Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito continue baixo, o
MEC diz que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.

Crítica

"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas.

Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina", diz Antonio Carlos Lopes, professor da Unifesp
(Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da
Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a avaliações,
mas se posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar, que consideram
"improvisado".

"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da metodologia
[utilizada no novo conceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das Entidades Representativas do
Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes
(Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for totalmente implementado, instituições de ensino
superior "serão obrigadas a mudar seus projetos para transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade".

• http://www.flexeventos.com.br/detalhe_01.asp?url=cases_mbsc.asp

Notícias

Políticas de Educação

Escolas privadas criticam reforma universitária

Representantes de instituições particulares de ensino fizeram críticas, nesta


quarta-feira, ao que consideram interferência do Estado no funcionamento das
escolas. Em audiência pública da Frente Parlamentar do Ensino Superior, os
convidados também sugeriram mudanças em projetos sobre o tema.

O presidente da Associação Brasileira de Direito Educacional e diretor do


Departamento Jurídico da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino
Superior, José Roberto Covac, disse que o projeto de reforma universitária do
Executivo (PL 7200/06) "dá pouca importância à educação a distância, na
contramão do desenvolvimento tecnológico e das demandas da sociedade".

Covac criticou ainda o sistema de credenciamento para centros universitários e


universidades. Segundo ele, os critérios estabelecidos pelo projeto "são muito
restritivos e impedem o credenciamento de algumas instituições simplesmente
pelo excesso de normas burocráticas".
Excesso de portarias
Roberto Covac também reclamou da quantidade de portarias do Ministério da
Educação (MEC) para normatizar o funcionamento das instituições de ensino
superior. De acordo com ele, o excesso de portarias gera insegurança jurídica e
interfere na gestão das escolas particulares. "As instituições levam muito tempo
e gastam muitos recursos apenas para atender a exigências burocráticas",
reforçou.

Ele disse ainda que atualmente o MEC extrapola a competência de legislar


sobre educação e interfere em temas como relações de consumo e de trabalho,
"o que causa transtornos administrativos".

Segundo Covac, ao mesmo tempo em que o MEC "exacerba na edição de


normas, falha no cumprimento dos prazos de avaliações institucionais e de
publicação de portarias que beneficiam as escolas". Ele defendeu a aprovação
do Projeto de Lei 4212/04, do deputado Átila Lira (PSB-PI), que limita os
poderes do MEC para editar portarias. Segundo o projeto, a União só poderá
editar normas sobre cursos de graduação e pós-graduação mediante lei.

Bem público
O diretor de relações institucionais do Sindicato das Entidades Mantenedoras de
Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp),
Antonio Carbonari Netto, criticou o conceito de educação como bem público
presente no projeto do Executivo. Segundo ele, a categoria de bens públicos
inclui o subsolo, os mares, os rios e estradas, mas a educação é um bem social.
"O conceito do Executivo é inadequado, pois impossibilita a exploração privada
dos serviços e exige regime de concessão", explicou.

Além desse aspecto conceitual, ele criticou pontos específicos que


representariam ingerência do Estado. Carbonari citou a exigência de 1/3 de
docentes em tempo integral, considerada por ele como inviável financeiramente.
Ele também reivindicou a autorização para as escolas expedirem os diplomas
dos alunos formados. Em sua avaliação, é contraditório autorizar a abertura dos
cursos e não permitir a emissão dos diplomas.

O projeto do Executivo mantém a exigência da Lei de Diretrizes de Bases da


Educação Nacional (LDB - 9.394/96) de que os certificados sejam dados por
universidades públicas credenciadas pelo MEC. No caso do Distrito Federal, por
exemplo, apenas a Universidade de Brasília (UnB) está autorizada a expedir os
diplomas de estudantes formados em faculdades privadas.

FONTE: Portal da Câmara dos Deputados,


12/06/2008.
• http://www.gazetadigital.com.br/digital.php?codigo=51890&UGID=c3
bf22170c211701acc2ad4059c82d21&GED=4992&GEDDATA=2005-
05-31

31/05/2007 17:53
Qualidade de curso será requisito para quitação de dívida

O relator do Projeto de Lei 920/07, deputado Rogério Marinho (PSB-RN), anunciou que as instituições
privadas de ensino superior só poderão compensar suas dívidas - de cerca R$ 11 bilhões junto ao fisco
federal - com bolsas de estudo concedidas por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni) se os
cursos atenderem a requisitos de qualidade. Essa é uma das principais mudanças que o relator vai
acrescentar no projeto. "Não sei se vou ter força para aprovar isso, mas vou incluir em meu relatório", disse
o deputado.

A proposta, que tramita na Comissão de Educação e Cultura, integra o recém-anunciado Plano de


Desenvolvimento da Educação (PDE), cuja meta é que 30% dos jovens com idade entre 18 e 24 anos
estejam na universidade em 2011. Com R$ 11 bilhões seria possível garantir pelo menos 510 mil bolsas
integrais a mais no ProUni, que beneficia, atualmente, cerca de 277 mil estudantes.

De acordo com o deputado, o objetivo do projeto é impulsionar a qualificação profissional dos jovens
brasileiros para aumentar a competitividade do País no cenário internacional. "O principal ativo econômico
do mundo é o conhecimento", justificou. Marinho antecipou ainda que seu relatório não vai contemplar
"apenas o aspecto econômico e financeiro".

O relator participou nesta quinta-feira de audiência pública da Comissão de Educação e Cultura com o
presidente da Associação Brasileira de Direito Educacional (ABDE), José Roberto Covac; e com o diretor-
executivo da Associação Brasileira de Mantenedores do Ensino Superior (Abmes), José Augusto Padilha.

Covac disse que as instituições privadas de ensino superior em nenhum momento foram procuradas pelo
governo durante a elaboração do projeto e que não estão procurando "benesses, nem posição privilegiada".
Ele acredita, porém, que o projeto vai ampliar a oferta de vagas do ProUni.

Autor: Patricia Neves

• http://www.helioalonso.com.br/clipping_digital/20052710/20052710.a
sp
25/10 - Rio de Janeiro RJ

Particulares temem impacto da reforma

Bruno Garcia
Entidades representativas do setor particular se reuniram na última semana
em São Paulo para avaliar o impacto das mudanças promovidas pela Reforma
Universitária nas instituições de ensino privadas. O 7º Fórum Nacional do
Ensino Superior Particular Brasileiro (Fnesp), promovido pelo Sindicato das
Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo
(Semesp), aconteceu entre os dias 19 e 21, e reuniu reitores e dirigentes. A
principal cobrança, mais uma vez, foi a discussão de todo o anteprojeto do
Ministério da Educação (MEC) entre os parlamentares, ao invés da edição do
chamado decreto-ponte, que anteciparia alguns pontos da reforma.

Um documento com a avaliação final das mudanças será encaminhado ao governo


nas próximas semanas. Para o secretário-executivo do MEC, Jairo Jorge, que
também participou do evento, o anteprojeto está num bom caminho. Jairo
defendeu as regras contidas no documento. "A reforma coloca a educação
superior onde ela deve estar: no centro das discussões, como representante
da inovação necessária nos momentos difíceis". O anteprojeto torna mais
rígidos alguns requisitos para que uma faculdade possa ser considerada
universidade ou centro universitário, como o número mínimo de professores
com titulação, além de cursos de mestrado e doutorado. Para muitos reitores,
as novas regras desrespeitam a pluralidade dos modelos de ensino e o governo
pode utilizar o decreto para implantar pontos não aprovados pela comunidade
acadêmica. Mas, para Jairo Jorge, o marco regulatório é primordial para que
as demais medidas tenham um resultado efetivo. "O marco regulatório fará com
que o sistema se torne independente das ações de governos específicos. A
educação não pode ser gerida de acordo com o humor do ministro da ocasião".

"MEC utiliza meios equivocados" - O secretário também se defendeu das


acusações de que o anteprojeto seria intervencionista. Segundo Jairo, o
governo precisa ter presença reguladora no setor, pois isso é o que garante
a qualidade da expansão. Participante da mesma mesa que o representante do
MEC, o consultor em educação Ryon Braga rebateu a fala do dirigente do MEC e
fez duras críticas à reforma. "Naturalmente, eu concordo com as metas de
expansão e inclusão defendidas pelo ministério, mas não compartilho dos
meios", afirmou.

Braga criticou a expansão desenfreada do ensino privado, mas deixou claro


que a tentativa de regulamentar o setor pelo ministério não é o melhor
caminho. "Por um lado, temos que nos preocupar com a regulação intrusiva do
MEC e por outro, com a concorrência predatória do mercado", comentou. O
excesso de leis também é um fator que tem incomodado os dirigentes do setor
privado. O consultor jurídico do Semesp, José Roberto Covac, falou sobre a
confusão legislativa estabelecida pelo governo, com leis, decretos e medidas
que impedem o setor particular de se organizar. "Há uma cultura no Brasil de
que tudo se resolve pela lei. O problema da educação superior é que isso
extrapola a sua regulamentação. O excesso de ingerência faz com que o MEC
extrapola sua competência e cometa erros de concepção, confundindo ainda
mais a atuação das instituições", argumentou.

Semesp quer reforma em blocos - Covac lembrou que somente após a aprovação
da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), foram aprovados 1.351 atos
regulatórios, sendo 71 leis, 66 medidas provisórias, 164 decretos, 535
portarias e 368 resoluções. "O segmento particular não concorda com estes
excessos", finalizou. Outros temas também ganharam destaque durante o Fnesp,
como o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e a
responsabilidade social das instituições de ensino. Outra reivindicação do
Semesp é que o atual anteprojeto seja dividido por áreas de interesse. O
presidente da entidade, Hermes Figueiredo, afirmou que o ideal seria
discutir projetos separados, um para o setor público, outro para o
particular. "Teríamos também um modelo tratando da assistência estudantil e
outro do financiamento das instituições públicas", defendeu.

• http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=35275
Notícias Sexta-Feira, 03 de abril de 2009

JC e-mail 2957, de 14 de Fevereiro de 2006.

Pesquisa aponta: 53% apóiam cotas para estudantes de escolas públicas

Pesquisa encomendada pela Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) ao


Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) sobre o ensino particular
revela que 53% dos entrevistados apóiam a adoção das cotas para os alunos que
freqüentaram o ensino médio em escola pública

"Os dados demonstram que existe uma aceitação por parte da sociedade das políticas
afirmativas, com corte na questão social", afirma o presidente da Fenep, José Antonio
Teixeira. A pesquisa apontou, ainda, que 36% dos entrevistados apóiam as cotas na
questão racial.

Teixeira acredita que o prazo ideal para a aplicação da medida seja o período de dez
anos, prazo inicialmente previsto na proposta do MEC, e não os quatro anos definidos
pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara Federal.

O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, disse nesta sexta-feira, 10, que pretende levar o
projeto ao colégio de líderes e ao plenário da casa, depois que líderes do PSDB e do PFL
anunciaram ontem, 9, que conseguiriam as 51 assinaturas necessárias para evitar que o
projeto fosse direto ao Senado.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirma que o mais importante é a aprovação


do projeto de cotas, pois irá reforçar a escola pública e dar uma chance aos alunos
oriundos dela, que têm demonstrado desempenho satisfatório na universidade.

Quanto aos prazos, Haddad entende que o sistema precisa de um tempo para adaptação,
tempo este que servirá para reforçar a própria política. Ele acredita que há espaço para
negociação entre o movimento social e os reitores, que defendem o prazo de dez anos.

O MEC poderá ser mediador no processo. Sobre a questão do mérito dos cotistas, o
ministro cita o exemplo da Universidade Federal da Bahia (UFBA), na qual em nenhum
curso o desempenho dos cotistas foi inferior aos demais alunos.

Percentual e constitucionalidade - José Antonio Teixeira acredita que haja espaço para a
negociação do prazo no plenário da Câmara ou mesmo depois no Senado.

Ele não concorda com os críticos do percentual de 50% para as cotas. "Hoje, 84% dos
estudantes do ensino fundamental são de escolas públicas. Portanto, 50% de vagas para
os oriundos das escolas públicas é um número aceitável", considera.

Outro debate que vem sendo travado é sobre a constitucionalidade do projeto. O titular
da faculdade de Direito da USP, Fabio Konder Comparato, afirma que está no artigo 3º
da Constituição brasileira o objetivo de erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades
sociais e regionais, sendo isso dever do Estado.

O projeto de cotas pode ser interpretado, segundo o professor, a partir deste artigo. Já o
advogado José Roberto Covac, afirma que o projeto vai contra o artigo 208 da
Constituição, que diz que é dever do Estado garantir acesso aos níveis mais elevados de
ensino de acordo com a capacidade de cada um.
A pesquisa - Foi aplicada em oito regiões metropolitanas: SP, RJ, Vitória, Recife, Porto
Alegre, Curitiba, Florianópolis e Distrito Federal. No total, foram feitas 1001 entrevistas.
O público-alvo foi selecionado mediante três estágios.

No primeiro, foram selecionados municípios a partir do total de domicílios nos quais as


famílias possuíam renda familiar igual ou superior a R$ 2,4 mil (oito salários mínimos) e,
ao mesmo tempo, onde residiam crianças entre sete e 17 anos cursando o ensino
fundamental e/ou médio em escola particular.

A seguir, foram selecionados setores censitários e, a partir daí, os entrevistados,


utilizando-se cotas proporcionais em função do sexo, idade e condição de atividade
(economicamente ativo ou não).
(Rodrigo Dindo, da assessoria de comunicação do MEC)

• http://www.jusbrasil.com.br/noticias/198883/lei-de-estagio-causa-
queda-em-numero-de-vagas-ambiguidades-da-nova-legislacao-em-
vigor-ha-45-dias-foram-reconhecidas-pelo-proprio-ministerio-do-
trabalho

Lei de estágio causa queda em número de vagas


: Ambigüidades da nova legislação, em vigor há
45 dias, foram reconhecidas pelo próprio
Ministério do Trabalho.
Extraído de: Academia Brasileira de Direito - 17 de Novembro de 2008

Em 45 dias, desde que a nova lei de estágio foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, o número de vagas oferecidas no País caiu 40%, de acordo com levantamento da Associação
Brasileira de Estágios (Abres). A oferta caiu de 55 mil postos mensais para 33 mil.

» Saiba Mais

Links Patrocinados

O motivo, segundo a entidade, é o desconhecimento das novas regras, que têm assustado e
confundido as empresas e as instituições de ensino superior. Apenas o Centro de Integração
Empresa-Escola (Ciee) já fez cerca de 30 mil atendimentos para solucionar dúvidas de
empresários, instituições de ensino e estudantes.

Além disso, a burocracia exigida para adaptar contratos e modificar as propostas pedagógicas dos
cursos torna o processo ainda mais lento. "Acreditamos que levará cerca de dois anos para que a
situação se normalize e a oferta volte ao normal", afirma Seme Arone Júnior, presidente da Abres.

"Isso porque as faculdades não se prepararam e as empresas estão com medo. Há muita falta de
informação", diz ele. Arone Júnior, no entanto, acredita que a lei, apesar da confusão inicial, será
benéfica para os estagiários, que terão mais garantias de respeito ao seu desenvolvimento
educacional.

Um dos pontos da lei que provocaram confusão e empacaram os estágios foi a determinação de
que os estágios não obrigatórios constem do projeto pedagógico dos cursos de graduação - até
então, isso não era requisito.

Desse modo, se a instituição ainda não atualizou seu projeto - e em algumas isso é um processo
demorado, que depende de votação em conselhos universitários, por exemplo -, ela não poderá
assinar ou renovar o contrato de estágio do aluno.

Outros pontos polêmicos são a jornada diária da atividade (de 8 para 6 horas semanais), o tempo
de permanência no mesmo estágio (restrito a dois anos) e os benefícios obrigatórios.

O secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Ezequiel Sousa do


Nascimento, afirma que a pasta pretende publicar uma instrução normativa para dirimir as dúvidas
em até 15 dias. "Vamos nos reunir terça e quarta-feira para redigir o texto", diz Nascimento.

Para tentar acabar com as polêmicas, o Ministério da Educação também se pronunciará


oficialmente. A coordenadora de políticas públicas da Secretaria de Educação Profissional e
Técnica do Ministério da Educação (MEC), Caetana Juracy Rezende Silva, que participou da
elaboração da lei, diz que o MEC enviará até o fim do mês um comunicado às instituições de ensino
com instruções práticas.

APLICAÇÃO

A falta de clareza de alguns artigos é mencionada mesmo por quem defende a nova lei.
Coordenadora dos estágios do curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo, em São
Paulo, Taís Fortes considera a lei um avanço por dificultar a utilização do estagiário como mão-de-
obra barata. Mas tem dúvidas. Ela não sabe, por exemplo, se o artigo 14, que afirma se aplicar "ao
estágio a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho", implica a exigência de exames
médicos admissionais e demissionais.

Caetana explica que a intenção desse artigo não era exigir esses exames, mas garantir aos
estagiários os instrumentos e procedimentos de segurança utilizados pelos funcionários da
empresa. A gerente jurídica e de desenvolvimento de projetos sociais do Ciee, Maria Nilce Mota,
comemora a interpretação de Caetana, mas afirma que, até a publicação da instrução normativa, a
entidade vai recomendar às empresas, de forma preventiva, a realização dos exames. Maria Nilce
considera que a diminuição na oferta de vagas é apenas temporária e só vai durar até as empresas
e instituições fazerem os ajustes.

O assessor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino


Superior no Estado de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, afirma que a lei mais atrapalha
do que ajuda os estagiários.

Ele argumenta que a nova lei engessa as relações entre estudante, escola e empresa. "Alguns
estágios tornam-se inviáveis com a carga horária de seis horas e o período máximo de dois anos na
mesma empresa." Ele afirma que não seria necessário criar uma nova lei: bastaria fiscalizar as
condições de atividade dos estagiários.

Caetana entende que, no início, a lei pode dar a impressão de que prejudica o estagiário. "Afinal,
alguns se submetem a um estágio precário porque precisam da remuneração", aponta. "Mas,
depois, é fácil compreender que todos são beneficiados quando não se reforça a precarização das
condições de trabalho."

• http://www.mbc.org.br/mbc/portal/index.php?option=com_noticia&tas
k=noticias_detalhes&Itemid=38&id=8006
14/11/2008

Ambigüidades da nova legislação, em vigor há 45 dias, foram reconhecidas pelo próprio Ministério do Trabalho

• • notícias
• Em 45 dias, desde que a nova lei de estágio foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o número de vagas
oferecidas no País caiu 40%, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Estágios (Abres). A oferta caiu de 55 mil
postos mensais para 33 mil. O motivo, segundo a entidade, é o desconhecimento das novas regras, que têm assustado e
confundido as empresas e as instituições de ensino superior. Apenas o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) já fez cerca
de 30 mil atendimentos para solucionar dúvidas de empresários, instituições de ensino e estudantes.

Além disso, a burocracia exigida para adaptar contratos e modificar as propostas pedagógicas dos cursos torna o processo ainda
mais lento. “Acreditamos que levará cerca de dois anos para que a situação se normalize e a oferta volte ao normal”, afirma
Seme Arone Júnior, presidente da Abres. “Isso porque as faculdades não se prepararam e as empresas estão com medo. Há
muita falta de informação”, diz ele. Arone Júnior, no entanto, acredita que a lei, apesar da confusão inicial, será benéfica para os
estagiários, que terão mais garantias de respeito ao seu desenvolvimento educacional.

Um dos pontos da lei que provocaram confusão e empacaram os estágios foi a determinação de que os estágios não obrigatórios
constem do projeto pedagógico dos cursos de graduação - até então, isso não era requisito. Desse modo, se a instituição ainda
não atualizou seu projeto - e em algumas isso é um processo demorado, que depende de votação em conselhos universitários,
por exemplo -, ela não poderá assinar ou renovar o contrato de estágio do aluno.

Outros pontos polêmicos são a jornada diária da atividade (de 8 para 6 horas semanais), o tempo de permanência no mesmo
estágio (restrito a dois anos) e os benefícios obrigatórios. O secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho,
Ezequiel Sousa do Nascimento, afirma que a pasta pretende publicar uma instrução normativa para dirimir as dúvidas em até 15
dias. “Vamos nos reunir terça e quarta-feira para redigir o texto”, diz Nascimento.

Para tentar acabar com as polêmicas, o Ministério da Educação também se pronunciará oficialmente. A coordenadora de políticas
públicas da Secretaria de Educação Profissional e Técnica do Ministério da Educação (MEC), Caetana Juracy Rezende Silva, que
participou da elaboração da lei, diz que o MEC enviará até o fim do mês um comunicado às instituições de ensino com instruções
práticas.

APLICAÇÃO

A falta de clareza de alguns artigos é mencionada mesmo por quem defende a nova lei. Coordenadora dos estágios do curso de
Enfermagem do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, Taís Fortes considera a lei um avanço por dificultar a utilização
do estagiário como mão-de-obra barata. Mas tem dúvidas. Ela não sabe, por exemplo, se o artigo 14, que afirma se aplicar “ao
estágio a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho”, implica a exigência de exames médicos admissionais e
demissionais.

Caetana explica que a intenção desse artigo não era exigir esses exames, mas garantir aos estagiários os instrumentos e
procedimentos de segurança utilizados pelos funcionários da empresa. A gerente jurídica e de desenvolvimento de projetos
sociais do Ciee, Maria Nilce Mota, comemora a interpretação de Caetana, mas afirma que, até a publicação da instrução
normativa, a entidade vai recomendar às empresas, de forma preventiva, a realização dos exames. Maria Nilce considera que a
diminuição na oferta de vagas é apenas temporária e só vai durar até as empresas e instituições fazerem os ajustes.

O assessor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo
(Semesp), José Roberto Covac, afirma que a lei mais atrapalha do que ajuda os estagiários. Ele argumenta que a nova lei
engessa as relações entre estudante, escola e empresa. “Alguns estágios tornam-se inviáveis com a carga horária de seis horas e
o período máximo de dois anos na mesma empresa.” Ele afirma que não seria necessário criar uma nova lei: bastaria fiscalizar as
condições de atividade dos estagiários.

Caetana entende que, no início, a lei pode dar a impressão de que prejudica o estagiário. “Afinal, alguns se submetem a um
estágio precário porque precisam da remuneração”, aponta. “Mas, depois, é fácil compreender que todos são beneficiados
quando não se reforça a precarização das condições de trabalho.”
• Enfato Comunicação Empresarial
(51) 30.261.261
enfato@enfato.com.br
www.enfato.com.br

* O conteúdo deste texto é de inteira responsabilidade da fonte citada, a quem corresponde a origem das informações citadas
nesta matéria

• http://www.metodista.br/sala-de-imprensa/boletim_digital/clipping-
educacao/fruto-de-esforco-conjuntoa/view

Fruto de esforço conjunto 

26/01/2009

Considerada ambiciosa por alguns, mas uma questão de justiça social por todos, meta de incluir
cinco milhões de alunos no ensino superior até 2013 só poderá ser alcançada se diferentes setores
da sociedade se unirem em torno do tema

A ampliação do acesso ao ensino superior é o grande desafio do setor para os próximos anos.
Nesse ponto, governo e setor privado concordam. Atualmente, cerca de cinco milhões de
brasileiros estão matriculados na graduação. A meta do Plano Nacional de Educação (PNE) é
incluir 30% dos jovens entre 18 e 24 anos na graduação até 2010. Mas, provavelmente, esse
número, se alcançado, será pelo crescimento da faixa etária acima dos 25 anos. Agora, o setor de
ensino superior privado estipulou uma meta ainda mais audaciosa: incluir cinco milhões de
novos alunos no ensino superior nos próximos cinco anos. Para concretizar o plano, não será
suficiente um movimento unilateral. Será preciso um acordo entre diversos setores. Na opinião
de especialistas ouvidos pela revista Ensino Superior, algumas medidas se fazem necessárias
para se pensar em conseguir alcançar essa meta: a criação de alternativas de financiamento e a
qualificação da educação básica são algumas das propostas de ações.

A meta de incluir cinco milhões de novos alunos assumida pelo setor particular foi traçada
durante o Congresso de Educação Superior - Desafios de Crescer com Qualidade e Quantidade,
realizado em novembro último, na capital pernambucana. Dirigentes e associados do Fórum das
Entidades Representativas do Ensino Superior Particular assinaram a Carta de Recife, documento
com uma série de compromissos e expectativas para os próximos anos em relação à educação
superior.

Na Carta, o setor se compromete com a concepção da educação como um bem social, direito do
cidadão e patrimônio estratégico indispensável ao desenvolvimento do país. O documento apela
para a integração entre o ensino superior particular e o ensino básico (seja este desenvolvido pelo
governo ou por entidades particulares) na busca de um novo marco da educação brasileira; se
compromete com a promoção do aperfeiçoamento dos cursos de formação de professores nas
instituições públicas e privadas visando a contribuir, de forma decisiva, para a melhoria da
qualidade da educação básica, e assume a responsabilidade ainda com o respeito ao pluralismo, à
heterogeneidade de instituições de ensino e à coexistência entre instituições públicas e privadas.

Foi em meio a esse espírito que o setor definiu a necessidade do "desenvolvimento de um amplo
trabalho conjunto com o governo e a sociedade para ampliar o acesso das classes C, D e E da
população ao ensino superior em um montante de cinco milhões de novos alunos nos próximos
cinco anos", conforme escrito na Carta.

Para Maurício Escobar, diretor-executivo da Unimonte, a meta é ousada, mas possível,


justamente por representar uma tentativa de aproximação entre diversos setores brasileiros. "A
meta é bastante audaciosa, mas factível a partir do momento em que emergiu da convergência
entre todas as instituições de ensino superior, que deixaram de lado suas diferenças de
alinhamento e abriram mão de seus ideais e visões particulares em prol de um objetivo maior que
é valorizar a educação como uma prioridade nacional. Faltava essa reunião real, esse espaço em
que todos pudessem se manifestar e que se encerrasse unindo todas as entidades em volta de um
foco comum", reflete.

Assinada pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes); Associação


Brasileira das Mantenedoras das Faculdades Isoladas e Integradas (Abrafi); Associação Nacional
das Universidades Particulares (Anup); Associação Nacional dos Centros Universitários
(Anaceu) e pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior
no Estado de São Paulo (Semesp), a Carta de Recife possui 16 propostas que devem nortear a
pauta de trabalho de todo o setor a partir de agora.

"A Carta nasceu de um momento histórico em que vive a educação superior brasileira e propõe
um desafio que já devia ter sido incorporado anteriormente. Com mais cinco milhões de
estudantes no ensino superior ainda vamos chegar a apenas 30% de brasileiros entre 18 e 24 anos
cursando uma graduação, um percentual que já foi superado pela Argentina, o Chile e até a
Colômbia", argumenta Rodrigo Capelato, diretor- executivo do Semesp.
Ele lembra que a meta dos 30% de jovens na graduação até 2010 está no Plano Nacional de
Educação. "O que vai acontecer agora é que estamos propondo que essa meta seja atingida em
2012 ou 2013. Mas, para isso acontecer, é preciso que o Ministério da Educação entenda que
todas as instituições e seus órgãos representativos são seus parceiros e não inimigos", defende.

O professor Antonio Freitas, diretor-executivo da FGV e membro do Conselho Nacional de


Educação, concorda. "É uma questão de justiça social possibilitar que esses cinco milhões de
novos alunos ingressem em alguma universidade, faculdade ou centro universitário nos próximos
anos. O nosso atual governo fala tanto em acesso social das classes mais pobres, que já passou da
hora de o nosso Legislativo e Executivo reconhecerem que a riqueza de uma nação é o seu
intelecto e que é preciso desburocratizar e investir mais na educação básica e superior neste
país", defende.

Recentemente, o Brasil assinou o Acordo de Cartagena, que prevê entre outras recomendações
uma concentração de esforços por parte dos governos em áreas prioritárias para o bem-estar dos
povos, como a educação, a saúde e a justiça, que devem ser disponibilizadas para todos.

O diretor jurídico do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, José
Roberto Covac, defende que esse é o momento ideal para uma maior proximidade entre o setor
particular e o setor público. "Vários países deram a volta por cima e superaram suas metas
investindo em educação. É um investimento baixo que traz um excelente retorno em termos de
crescimento e qualificação de uma nação. O Poder Público precisa entender que as instituições
de ensino superior e suas entidades representativas podem ser suas parceiras nesse processo de
inclusão social, respeitando-se as diversidades de cada uma", defende.

O presidente da Associação Brasileira das Mantenedoras das Faculdades Isoladas e Integradas


(Abrafi), Janguiê Diniz, acredita que o compromisso de Recife vem fortalecer o trabalho dos
diversos setores em prol da educação brasileira como um todo. "A educação é um bem social e
de direito do cidadão e a Carta de Recife fortalece essa premissa. A maior importância desse
documento é criar um canal de comunicação permanente com o governo federal para que
possamos trabalhar juntos e ainda com mais qualidade", defende.

Janguiê, que também é presidente do Centro Universitário Maurício de Nassau, lembra uma
outra questão importante: a profissionalização da gestão educacional. Na opinião dele, é
necessário que as instituições pensem a escola como uma empresa.

Além disso, Janguiê aponta que a ociosidade das vagas no sistema privado de ensino demonstra
que o problema não está na capacidade de recebimento de mais alunos na rede. Na verdade, a
questão é mesmo a de criar condições para que outras camadas da população consigam ter acesso
à graduação. "O ensino superior privado no Brasil já representa quase 80% do total de matrículas
e ainda sobram vagas em muitas universidades", reflete.

Justamente reduzir a taxa de ociosidade das salas de aula é para o professor Antonio Freitas um
dos grandes desafios para os próximos anos. Ele defende que superar essa questão depende de
iniciativas que partam do setor público. "Para isso, o governo precisa pensar grande, agir rápido
e deixar de ter uma precária função regulatória. Quando se precisa de recursos para socorrer este
ou aquele segmento da nossa economia, o dinheiro aparece. Por que para investir na educação
isso não ocorre? Os recursos existem, basta haver vontade política", defende Freitas.

O membro do Conselho Nacional de Educação chama ainda a atenção para a cultura do processo
seletivo brasileiro. Em sua opinião, a profusão de vestibulares realizados semestralmente no país
acarreta um alto custo para as instituições de ensino e não leva em consideração a realidade do
aluno, que muitas vezes tem dificuldade em continuar o curso por não conseguir arcar com
despesas que incluem o transporte para a instituição, por exemplo. Como alternativa a esse
problema, Freitas sugere uma saída que já é utilizada em outros países, como o caso do Chile,
por exemplo.

"Ao invés de investir no sistema de cotas obrigatórias, que acabam destruindo centros de
pesquisa e estudo que são referências globais, é preciso criar o voucher-aluno ou um bolsa-
educação para o ensino superior igual ao auxílio-saúde, por exemplo, que permita ao aluno
escolher uma universidade mais perto da sua casa ou do seu local de trabalho e que esteja mais
de acordo com o nível de preparação que ele teve no ensino básico, com uma parte financiada
pelo governo federal", defende.

Odesafio da ampliação do acesso ao ensino superior, que passa ainda pela questão da legislação
que rege o setor, também mobiliza a classe política. A tentativa de esforço conjunto entre os
diversos setores da sociedade brasileira acarretou recentemente, inclusive, a formação da Frente
Parlamentar de Apoio ao Ensino Superior Particular, que reúne 171 deputados e 36 senadores
que acompanham a pauta de interesse do setor no Congresso Nacional.

Na questão da ampliação do acesso ao ensino superior, como defendido pela Carta de Recife,
parlamentares entendem que a educação não pode ser vista como um processo isolado, ou seja, é
preciso pensar também em outras etapas do processo educacional para que a graduação seja
possível a uma camada mais ampla da população.

O senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) avalia que antes de estabelecer metas para abrir mais
oportunidades no ensino superior é preciso investir maciçamente na educação fundamental.
Zambiasi argumenta que o investimento na educação superior é importante, mas não deve se
sobrepor aos recursos disponíveis para o ensino fundamental. Na opinião dele, o Brasil ainda
possui uma formação básica muito aquém do necessário, tanto em relação à qualidade quanto ao
acesso. "Meu pensamento é ao contrário. Eu acho que a gente tem de investir mais da educação
básica. Não adianta começar uma casa pelo telhado. Precisamos primeiro construir o alicerce",
argumenta.

Segundo o parlamentar, é preciso investir mais na formação de bons professores e nas atividades
esportivas nas escolas. Na avaliação de Zambiasi, essa é a fórmula para ter uma base sólida de
ensino no país.

O presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, João Matos


(PMDB-SC), acredita que algumas iniciativas são fundamentais para que se cumpra o
compromisso da inclusão de novos alunos na graduação.
Ele também começa a lista pelos investimentos nas primeiras etapas do ensino, atrelados à
expansão das vagas no ensino médio. "É preciso qualificar a educação básica e o ensino médio
para garantir o acesso aos cursos superiores", defende.

Para o deputado, também é preciso criar um padrão diferente de financiamento para atender as
classes C, D e E, público-alvo do compromisso firmado pelas entidades. Hoje, na opinião dele, o
Programa Universidade para Todos (ProUni) não atende "os menos favorecidos".

João Matos defende ainda que não basta apenas ampliar o financiamento para o acesso à
universidade; é preciso também garantir a permanência desses alunos com menos recursos para
se manter estudando. O presidente da Comissão de Educação vê ainda como fundamental para
atingir a ampliação do número de alunos na graduação uma oferta maior de cursos de longa e
curta duração que tenham relação direta com as demandas do mercado de trabalho.

Entretanto, Matos salienta que o ensino superior também deve ser capaz de fazer a diferença na
vida desses alunos que chegam e saem da graduação.

"O desafio da verdadeira inclusão sob o ponto de vista educacional é o desenvolvimento do


processo pedagógico e a metodologia de ensino, capazes de fazer com que mesmo os
ingressantes no ensino superior que tragam deficiências da educação básica saiam como
profissionais formados, tão bons quanto aqueles que se formam egressos dos melhores colégios."

Essa capacidade do ensino superior de transformar a vida dos jovens é justamente o motivo para
a mobilização em torno do desafio de permitir que mais pessoas tenham a oportunidade de cursar
uma graduação.

• http://www.ncstpr.org.br/Noticias/Noticias%2051.asp

LEI DE ESTÁGIO CAUSA QUEDA EM NÚMERO DE VAGAS - 14.11.2008

Ambigüidades da nova legislação, em vigor há 45 dias, foram reconhecidas pelo próprio Ministério do
Trabalho

Em 45 dias, desde que a nova lei de estágio foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o
número de vagas oferecidas no País caiu 40%, de acordo com levantamento da Associação Brasileira
de Estágios (Abres). A oferta caiu de 55 mil postos mensais para 33 mil. O motivo, segundo a
entidade, é o desconhecimento das novas regras, que têm assustado e confundido as empresas e as
instituições de ensino superior. Apenas o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) já fez cerca de
30 mil atendimentos para solucionar dúvidas de empresários, instituições de ensino e estudantes.

Além disso, a burocracia exigida para adaptar contratos e modificar as propostas pedagógicas dos
cursos torna o processo ainda mais lento. "Acreditamos que levará cerca de dois anos para que a
situação se normalize e a oferta volte ao normal", afirma Seme Arone Júnior, presidente da Abres.
"Isso porque as faculdades não se prepararam e as empresas estão com medo. Há muita falta de
informação", diz ele. Arone Júnior, no entanto, acredita que a lei, apesar da confusão inicial, será
benéfica para os estagiários, que terão mais garantias de respeito ao seu desenvolvimento
educacional.
Um dos pontos da lei que provocaram confusão e empacaram os estágios foi a determinação de que
os estágios não obrigatórios constem do projeto pedagógico dos cursos de graduação - até então, isso
não era requisito. Desse modo, se a instituição ainda não atualizou seu projeto - e em algumas isso é
um processo demorado, que depende de votação em conselhos universitários, por exemplo -, ela não
poderá assinar ou renovar o contrato de estágio do aluno.

Outros pontos polêmicos são a jornada diária da atividade (de 8 para 6 horas semanais), o tempo de
permanência no mesmo estágio (restrito a dois anos) e os benefícios obrigatórios. O secretário de
Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Ezequiel Sousa do Nascimento, afirma que a
pasta pretende publicar uma instrução normativa para dirimir as dúvidas em até 15 dias. "Vamos nos
reunir terça e quarta-feira para redigir o texto", diz Nascimento.

Para tentar acabar com as polêmicas, o Ministério da Educação também se pronunciará oficialmente. A
coordenadora de políticas públicas da Secretaria de Educação Profissional e Técnica do Ministério da
Educação (MEC), Caetana Juracy Rezende Silva, que participou da elaboração da lei, diz que o MEC
enviará até o fim do mês um comunicado às instituições de ensino com instruções práticas.

APLICAÇÃO

A falta de clareza de alguns artigos é mencionada mesmo por quem defende a nova lei. Coordenadora
dos estágios do curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, Taís Fortes
considera a lei um avanço por dificultar a utilização do estagiário como mão-de-obra barata. Mas tem
dúvidas. Ela não sabe, por exemplo, se o artigo 14, que afirma se aplicar "ao estágio a legislação
relacionada à saúde e segurança no trabalho", implica a exigência de exames médicos admissionais e
demissionais.

Caetana explica que a intenção desse artigo não era exigir esses exames, mas garantir aos estagiários
os instrumentos e procedimentos de segurança utilizados pelos funcionários da empresa. A gerente
jurídica e de desenvolvimento de projetos sociais do Ciee, Maria Nilce Mota, comemora a interpretação
de Caetana, mas afirma que, até a publicação da instrução normativa, a entidade vai recomendar às
empresas, de forma preventiva, a realização dos exames. Maria Nilce considera que a diminuição na
oferta de vagas é apenas temporária e só vai durar até as empresas e instituições fazerem os ajustes.

O assessor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior


no Estado de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, afirma que a lei mais atrapalha do que ajuda
os estagiários. Ele argumenta que a nova lei engessa as relações entre estudante, escola e empresa.
"Alguns estágios tornam-se inviáveis com a carga horária de seis horas e o período máximo de dois
anos na mesma empresa." Ele afirma que não seria necessário criar uma nova lei: bastaria fiscalizar
as condições de atividade dos estagiários.

Caetana entende que, no início, a lei pode dar a impressão de que prejudica o estagiário. "Afinal,
alguns se submetem a um estágio precário porque precisam da remuneração", aponta. "Mas, depois,
é fácil compreender que todos são beneficiados quando não se reforça a precarização das condições
de trabalho."

Fonte: O Estado de S. Paulo

• http://www.passeiweb.com/vestibular/noticias/1218453623
ENSINO SUPERIOR
Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país
Última atualização: 11/08/2008 08:20:23
Recomende esta página para um amigo

Imprimir
Capa Notícias

Levantamento divulgado pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país "não têm condições
de funcionar", nas palavras do próprio governo. Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o
que representa 1 a cada 4 médicos que terminam o ensino superior na área.

Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar de
Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil
do corpo docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do
Enade.

Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na prova.

Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área".
Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia, nutrição,
entre outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em agroindústria.

Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram entre 4
e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).

A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista
também teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam do
Enade, por não concordar com a metodologia adotada.

Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban,
também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.

Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da Educação
Superior, com dados de 2006 - o de 2007 ainda não está disponível.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos cursos
será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar se as
condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.

Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito continue baixo, o
MEC diz que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.

Crítica

"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas. Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina",
diz Antonio Carlos Lopes, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade
Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a avaliações,
mas se posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar, que consideram
"improvisado".

"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da metodologia
[utilizada no novo conceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das Entidades Representativas do
Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes
(Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for totalmente implementado, instituições de ensino
superior "serão obrigadas a mudar seus projetos para transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade".

Fonte: Jornal Folha de S. Paulo


• http://www.portalmedico.org.br/modificacaocem/include/noticias/most
ranoticia.asp?noticiaID=12162
Notícias
Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país
Por Setor de Imprensa em 7/8/2008

Os cursos tiveram notas 1 e 2 em indicador do MEC, que leva em conta uma prova, o perfil do corpo docente e a satisfação dos alunos

Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país "não têm condições de funcionar", nas palavras do próprio
governo.

Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que terminam o ensino superior na área.

Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar de Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza
desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil do corpo docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, com base
no questionário do Enade.

Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na prova.

Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área".

Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia, nutrição, entre outros). Analisou-se ainda agronomia,
zootecnia e tecnologia em agroindústria.

Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram entre 4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por
impossibilidades estatísticas).

A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista também teve curso mal avaliado (educação física
em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam do Enade, por não concordar com a metodologia adotada.

Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban, também entre as maiores instituições do país,
chegou a ter nota 1.

Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da Educação Superior, com dados de 2006 -o de 2007 ainda
não está disponível.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos cursos será mais rígida. O próximo passo será enviar
uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar se as condições das escolas diferem da mostrada
pelos indicadores.

Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito continue baixo, o MEC diz que abrirá processo para analisar o
fechamento do curso.

Crítica

"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas. Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina", diz Antonio Carlos Lopes, professor da
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da Comissão Nacional de Residência Médica do
MEC.

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a avaliações, mas se posicionaram contra a criação do novo
conceito de avaliação, o conceito preliminar, que consideram "improvisado".

"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da metodologia [utilizadanonovoconceito]", afirmou José Roberto
Covac, advogado do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que,
se o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for totalmente implementado, instituições de ensino superior "serão obrigadas a mudar seus
projetos para transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade".
Fonte: Folha de S. Paulo, publicado em 07/08/2008

• http://www.portalms.com.br/noticias/Cursos-inadequados-formam-1-
em-cada-4-medicos-do-pais/Brasil/Saude/19443.html

Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país


Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país "não têm
condições de funcionar", nas palavras do próprio governo.

Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que


representa 1 a cada 4 médicos que terminam o ensino superior na área.

Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador


criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar de Curso), que vai de 1 a
5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007
(antigo Provão), perfil do corpo docente (como titulação dos
professores) e a satisfação dos estudantes, com base no questionário
do Enade.

Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na prova.

Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área".

Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde


(odontologia, veterinária, fisioterapia, nutrição, entre outros).
Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em agroindústria.

Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de


instituições privadas, e 21,4% ficaram entre 4 e 5 (1.211 não tiveram
nota, por impossibilidades estatísticas).

A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista
também teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam do
Enade, por não concordar com a metodologia adotada.

Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem


condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban, também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.

Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da Educação
Superior, com dados de 2006 --o de 2007 ainda não está disponível.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos cursos
será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1 e
2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar se as
condições das escolas
diferem da mostrada pelos indicadores.
Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos
estudantes. Caso o conceito continue baixo, o MEC diz que abrirá
processo para analisar o fechamento do curso.

Crítica

"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas.

Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina", diz Antonio


Carlos Lopes, professor da Unifesp (Universidade Federal de São
Paulo), presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e
ex-presidente da Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas


disseram que não são contrárias a avaliações, mas se posicionaram
contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar,
que consideram "improvisado".

"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata


da fórmula, do formato e da metodologia [utilizada no novo conceito]",
afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das Entidades
Representativas do Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das
instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes
(Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for
totalmente implementado, instituições de ensino superior "serão
obrigadas a mudar seus projetos para transformarem-se em cursos
preparatórios sobre Enade".

Fonte: Folha Online

• http://www.portalnahora.com.br/noticias.php?id=1577
Cursos de Medicina não têm condições de funcionar, diz Ministério da Educação

Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país 
"não têm condições de funcionar", nas palavras do próprio governo.  

Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que 
terminam o ensino superior na área. 

Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito 
Preliminar de Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 
(antigo Provão), perfil do corpo docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, 
com base no questionário do Enade.  

Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na 
prova.  
Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência 
na área".  

Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, 
fisioterapia, nutrição, entre outros). Analisou‐se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em 
agroindústria.  

Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% 
ficaram entre 4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).  

A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual 
Paulista também teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp 
não participam do Enade, por não concordar com a metodologia adotada.  

Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A 
Uniban, também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.  

Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da 
Educação Superior, com dados de 2006 ‐‐o de 2007 ainda não está disponível.  

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização 
dos cursos será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições 
que tiraram notas 1 e 2.  

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão 
verificar se as condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.  

Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito continue 
baixo, o MEC diz que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.  

Crítica ‐ "As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas.  

Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina", diz Antonio Carlos Lopes, professor da 
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e ex‐
presidente da Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.  

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a 
avaliações, mas se posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar, 
que consideram "improvisado".  

"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da 
metodologia [utilizada no novo conceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das 
Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do setor. 
Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for 
totalmente implementado, instituições de ensino superior "serão obrigadas a mudar seus projetos para 
transformarem‐se em cursos preparatórios sobre Enade".  
Colaboraram JOHANNA NUBLAT, da Sucursal de Brasília, RICARDO WESTIN, da Reportagem Local, e 
CRISTINA MORENO DE CASTRO 

• http://www.reporterdiario.com.br/imprimir.php?id=106256

13/11/2008

Especialistas elogiam nova lei de estágio, mas pedem


ajustes
Em 45 dias, desde que a nova lei de estágio foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o
número de vagas oferecidas no País caiu 40%, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de
Estágios (Abres). A oferta caiu de 55 mil postos mensais para 33 mil. O motivo, segundo a entidade, está
ligado ao desconhecimento das novas regras, que têm assustado e confundido as empresas e as
instituições de ensino superior. Apenas o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) já fez cerca de 30
mil atendimentos para solucionar dúvidas de empresários, de instituições de ensino e de estudantes.

Além disso, a burocracia exigida para adaptar contratos e modificar as propostas pedagógicas dos cursos
torna o processo ainda mais lento. "Acreditamos que levará cerca de dois anos para que a situação se
normalize e a oferta volte ao normal", afirma Seme Arone Júnior, presidente da Abres. "Isso porque as
faculdades não se prepararam e as empresas estão com medo. Há muita falta de informação", diz ele.
Arone Júnior, no entanto, acredita que a lei, apesar da confusão inicial, será benéfica para os estagiários,
que terão mais garantias de respeito ao seu desenvolvimento educacional.

Um dos pontos da lei que provocaram confusão e empacaram os estágios foi a determinação de que os
estágios não obrigatórios constem do projeto pedagógico dos cursos de graduação - até então, isso não
era requisito. Desse modo, se a instituição ainda não atualizou seu projeto - e em algumas isso é um
processo demorado, que depende de votação em conselhos universitários, por exemplo -, ela não poderá
assinar ou renovar o contrato de estágio do aluno.

Outros pontos polêmicos são a jornada diária da atividade (de 8 para 6 horas semanais), o tempo de
permanência no mesmo estágio (restrito a dois anos) e os benefícios obrigatórios. O secretário de
Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Ezequiel Sousa do Nascimento, afirma que a
pasta pretende publicar uma instrução normativa para esclarecer as dúvidas em até 15 dias. "Vamos nos
reunir terça (18) e quarta-feira (19) para redigir o texto", diz Nascimento.

Para tentar acabar com as polêmicas, o Ministério da Educação também se pronunciará oficialmente. A
coordenadora de políticas públicas da Secretaria de Educação Profissional e Técnica do Ministério da
Educação (MEC), Caetana Juracy Rezende Silva, que participou da elaboração da lei, diz que o MEC
enviará até o fim do mês um comunicado às instituições de ensino com instruções práticas.

APLICAÇÃO - A falta de clareza de alguns artigos é mencionada mesmo por quem defende a nova lei.
Coordenadora dos estágios do curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo,
Taís Fortes considera a lei um avanço por dificultar a utilização do estagiário como mão-de-obra barata.
Mas tem dúvidas. Ela não sabe, por exemplo, se o artigo 14, que afirma se aplicar "ao estágio a
legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho", traz a exigência de exames médicos
admissionais e demissionais.

Caetana explica que a intenção desse artigo não era exigir esses exames, mas garantir aos estagiários
os instrumentos e procedimentos de segurança utilizados pelos funcionários da empresa. A gerente
jurídica e de desenvolvimento de projetos sociais do Ciee, Maria Nilce Mota, comemora a interpretação
de Caetana, mas afirma que, até a publicação da instrução normativa, a entidade vai recomendar às
empresas, de forma preventiva, a realização dos exames. Maria Nilce considera que a diminuição na
oferta de vagas é apenas temporária e só vai durar até as empresas e instituições fazerem os ajustes.

O assessor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior


no Estado de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, afirma que a lei mais atrapalha do que ajuda os
estagiários. Ele argumenta que a nova lei engessa as relações entre estudante, escola e empresa.
"Alguns estágios tornam-se inviáveis com a carga horária de seis horas e o período máximo de dois anos
na mesma empresa." Ele afirma que não seria necessário criar uma nova lei: bastaria fiscalizar as
condições de atividade dos estagiários.

Caetana entende que, no início, a lei pode dar a impressão de que prejudica o estagiário. "Afinal, alguns
se submetem a um estágio precário porque precisam da remuneração", aponta. "Mas depois, é fácil
compreender que todos são beneficiados quando não se reforça a precarização das condições de
trabalho." (AE)

• http://www.reporterdiario.com.br/index.php?id=106256&secao=20
13/11/2008
Trabalho
Especialistas elogiam nova lei de estágio, mas pedem ajustes
Em 45 dias, desde que a nova lei de estágio foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, o número de vagas oferecidas no País caiu 40%, de acordo com levantamento da
Associação Brasileira de Estágios (Abres). A oferta caiu de 55 mil postos mensais para 33 mil. O motivo,
segundo a entidade, está ligado ao desconhecimento das novas regras, que têm assustado e confundido
as empresas e as instituições de ensino superior. Apenas o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee)
já fez cerca de 30 mil atendimentos para solucionar dúvidas de empresários, de instituições de ensino e
de estudantes.

Além disso, a burocracia exigida para adaptar contratos e modificar as propostas pedagógicas dos
cursos torna o processo ainda mais lento. "Acreditamos que levará cerca de dois anos para que a
situação se normalize e a oferta volte ao normal", afirma Seme Arone Júnior, presidente da Abres. "Isso
porque as faculdades não se prepararam e as empresas estão com medo. Há muita falta de informação",
diz ele. Arone Júnior, no entanto, acredita que a lei, apesar da confusão inicial, será benéfica para os
estagiários, que terão mais garantias de respeito ao seu desenvolvimento educacional.

Um dos pontos da lei que provocaram confusão e empacaram os estágios foi a determinação de que os
estágios não obrigatórios constem do projeto pedagógico dos cursos de graduação - até então, isso não
era requisito. Desse modo, se a instituição ainda não atualizou seu projeto - e em algumas isso é um
processo demorado, que depende de votação em conselhos universitários, por exemplo -, ela não
poderá assinar ou renovar o contrato de estágio do aluno.

Outros pontos polêmicos são a jornada diária da atividade (de 8 para 6 horas semanais), o tempo de
permanência no mesmo estágio (restrito a dois anos) e os benefícios obrigatórios. O secretário de
Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Ezequiel Sousa do Nascimento, afirma que a
pasta pretende publicar uma instrução normativa para esclarecer as dúvidas em até 15 dias. "Vamos nos
reunir terça (18) e quarta-feira (19) para redigir o texto", diz Nascimento.

Para tentar acabar com as polêmicas, o Ministério da Educação também se pronunciará oficialmente. A
coordenadora de políticas públicas da Secretaria de Educação Profissional e Técnica do Ministério da
Educação (MEC), Caetana Juracy Rezende Silva, que participou da elaboração da lei, diz que o MEC
enviará até o fim do mês um comunicado às instituições de ensino com instruções práticas.

APLICAÇÃO - A falta de clareza de alguns artigos é mencionada mesmo por quem defende a nova lei.
Coordenadora dos estágios do curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo, em São
Paulo, Taís Fortes considera a lei um avanço por dificultar a utilização do estagiário como mão-de-obra
barata. Mas tem dúvidas. Ela não sabe, por exemplo, se o artigo 14, que afirma se aplicar "ao estágio a
legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho", traz a exigência de exames médicos
admissionais e demissionais.

Caetana explica que a intenção desse artigo não era exigir esses exames, mas garantir aos estagiários
os instrumentos e procedimentos de segurança utilizados pelos funcionários da empresa. A gerente
jurídica e de desenvolvimento de projetos sociais do Ciee, Maria Nilce Mota, comemora a interpretação
de Caetana, mas afirma que, até a publicação da instrução normativa, a entidade vai recomendar às
empresas, de forma preventiva, a realização dos exames. Maria Nilce considera que a diminuição na
oferta de vagas é apenas temporária e só vai durar até as empresas e instituições fazerem os ajustes.

O assessor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior


no Estado de São Paulo (Semesp), José Roberto Covac, afirma que a lei mais atrapalha do que ajuda os
estagiários. Ele argumenta que a nova lei engessa as relações entre estudante, escola e empresa.
"Alguns estágios tornam-se inviáveis com a carga horária de seis horas e o período máximo de dois anos
na mesma empresa." Ele afirma que não seria necessário criar uma nova lei: bastaria fiscalizar as
condições de atividade dos estagiários.

Caetana entende que, no início, a lei pode dar a impressão de que prejudica o estagiário. "Afinal, alguns
se submetem a um estágio precário porque precisam da remuneração", aponta. "Mas depois, é fácil
compreender que todos são beneficiados quando não se reforça a precarização das condições de
trabalho." (AE)

• http://www.sbinfecto.org.br/default.asp?site_Acao=mostraPagina&pa
ginaId=134&mNoti_Acao=mostraNoticia&noticiaId=1966
Home > Notícias > Cursos "inadequados" formam 1 ...
Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país
11/08/2008 10h41

Levantamento divulgado no dia 6 de agosto pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do
país "não têm condições de funcionar", nas palavras do próprio governo.

Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que
terminam o ensino superior na área.

Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar
de Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão),
perfil do corpo docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, com base no questionário
do Enade.

Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na prova.

Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área".

Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia,
nutrição, entre outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em agroindústria.

Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram
entre 4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).

A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista
também teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam
do Enade, por não concordar com a metodologia adotada.

Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban,
também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.

Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da
Educação Superior, com dados de 2006 -o de 2007 ainda não está disponível.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos
cursos será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições que tiraram
notas 1 e 2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar se
as condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.

Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito continue baixo, o
MEC diz que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.

Crítica

"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas. Não reúnem a menor condição para o ensino da
medicina", diz Antonio Carlos Lopes, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da
Sociedade Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a
avaliações, mas se posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar, que
consideram "improvisado".

"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da metodologia
[utilizada no novo conceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das Entidades Representativas
do Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o
Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for totalmente implementado, instituições de
ensino superior "serão obrigadas a mudar seus projetos para transformarem-se em cursos preparatórios para o
Enade".

Fonte: Folha de S. Paulo

• http://www.simers.org.br/cms/php/site_monta_internas.php?area=sin
dicato&id_item=348&tabela=site_imprensa
Quinta-Feira, 7 de agosto de 2008

Folha de São Paulo | Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país


Fonte: Folha de São Paulo

Dados do Enade mostram que 2.600 alunos cursaram faculdades mal avaliadas
Os cursos tiveram notas 1 e 2 em indicador do MEC, que leva em conta uma prova, o perfil do corpo docente e a satisfação dos alunos

Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país "não têm condições de funcionar",
nas palavras do próprio governo.
Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que terminam o ensino superior na
área.

Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar de Curso), que vai de 1 a
5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil do corpo docente (como titulação dos
professores) e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do Enade.

Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na prova. Em medicina, foram
analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área". Outras 15 áreas também foram avaliadas, a
maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia, nutrição, entre outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia
em agroindústria. Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram entre 4 e
5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).

A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista também teve curso mal
avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam do Enade, por não concordar com a metodologia
adotada. Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban, também entre as
maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.

Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da Educação Superior, com dados de
2006 -o de 2007 ainda não está disponível. O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a
fiscalização dos cursos será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1 e
2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar se as condições das escolas
diferem da mostrada pelos indicadores. Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito
continue baixo, o MEC diz que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.

Crítica

"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas. Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina", diz Antonio Carlos
Lopes, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da
Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a avaliações, mas se posicionaram
contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar, que consideram "improvisado".

"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da metodologia [utilizada no novo
conceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, que diz reunir
80% das instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for
totalmente implementado, instituições de ensino superior "serão obrigadas a mudar seus projetos para transformarem-se em cursos
preparatórios sobre Enade".

• http://www.sindilegis.org.br/site/conteudo/texto.asp?tipo=noticia&id=3
37358309133592589015859
7/8/2008 09:05:46

Educação
Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país

Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país


Dados do Enade mostram que 2.600 alunos cursaram faculdades mal avaliadas

Os cursos tiveram notas 1 e 2 em indicador do MEC, que leva em conta uma prova, o perfil do corpo docente e
a satisfação dos alunos

Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país "não têm condições
de funcionar", nas palavras do próprio governo.
Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que terminam o
ensino superior na área.

Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar de Curso),
que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil do corpo
docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do Enade.

Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na prova. Em
medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área".

Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia, nutrição, entre
outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em agroindústria. Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram
notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram entre 4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por
impossibilidades estatísticas).

A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista também
teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam do Enade, por não
concordar com a metodologia adotada.
Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban, também
entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.

Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da Educação
Superior, com dados de 2006 -o de 2007 ainda não está disponível.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos cursos será mais
rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar se as
condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.
Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito continue baixo, o MEC diz
que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.
Crítica
"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas.
Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina", diz Antonio Carlos Lopes, professor da Unifesp (Universidade
Federal de São Paulo), presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da Comissão Nacional de
Residência Médica do MEC.

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a avaliações, mas se
posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar, que consideram "improvisado".

"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da metodologia [utilizada no
novo conceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior
Particular, que diz reunir 80% das instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes (Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior) não for totalmente implementado, instituições de ensino superior "serão obrigadas a
mudar seus projetos para transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade".

• http://www.ueg.br/materia/alexander-solzhenitsyn-o-dissidente-/890

Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país

da Folha de S.Paulo

Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país "não têm condições de
funcionar", nas palavras do próprio governo.

Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que terminam o ensino
superior na área.

Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar de Curso), que vai
de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil do corpo docente (como
titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do Enade.

Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na prova.

Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área".

Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia, nutrição, entre outros).
Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em agroindústria.

Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram entre 4 e 5 (1.211
não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).

A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista também teve curso
mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam do Enade, por não concordar com a
metodologia adotada.

Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban, também entre as
maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.

Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da Educação Superior, com
dados de 2006 --o de 2007 ainda não está disponível.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos cursos será mais rígida.
O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar se as condições das
escolas diferem da mostrada pelos indicadores.
Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito continue baixo, o MEC diz que abrirá
processo para analisar o fechamento do curso.

Crítica

"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas.

Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina", diz Antonio Carlos Lopes, professor da Unifesp (Universidade Federal de
São Paulo), presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da Comissão Nacional de Residência Médica do
MEC.

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a avaliações, mas se
posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar, que consideram "improvisado".

"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da metodologia [utilizada no novo
conceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, que diz
reunir 80% das instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior) não for totalmente implementado, instituições de ensino superior "serão obrigadas a mudar seus projetos para
transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade".
______

• http://www.ufcg.edu.br/prt_ufcg/assessoria_imprensa/mostra_noticia.
php?codigo=7479
Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país
Dados do Enade mostram que 2.600 alunos cursaram faculdades mal avaliadas Os cursos tiveram notas 1 e 2 em
indicador do MEC, que leva em conta uma prova, o perfil do corpo docente e a satisfação dos alunos

Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país "não têm
condições de funcionar", nas palavras do próprio governo.

Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4
médicos que terminam o ensino superior na área.
Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar de
Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil
do corpo docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do
Enade.

Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na prova.

Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área".

Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia, nutrição,
entre outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em agroindústria.

Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram entre 4
e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).

A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista
também teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam do
Enade, por não concordar com a metodologia adotada.
Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban,
também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.

Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da Educação
Superior, com dados de 2006 -o de 2007 ainda não está disponível.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos cursos
será mais rígida. O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar se as
condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.

Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito continue baixo, o
MEC diz que abrirá processo para analisar o fechamento do curso.

Crítica

"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas. Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina",
diz Antonio Carlos Lopes, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade
Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a avaliações,
mas se posicionaram contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar, que consideram
"improvisado".

"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da metodologia
[utilizada no novo conceito]", afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das Entidades Representativas do
Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes
(Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for totalmente implementado, instituições de ensino
superior "serão obrigadas a mudar seus projetos para transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade".

• http://www.ufpa.br/portalufpa/imprensa/clipping.php?id_clip=265&dat
a=20041104
UFPA - Universidade Federal do Pará

Clipping de: 04.11.2004


Folha de Sao Paulo - Educação -
MEC reabre adesão ao Prouni amanhã; vagas já são mais de 75 mil

O MEC (Ministério da Educação) reabre nesta quinta-feira a adesão das instituições de ensino superior ao Prouni (Programa Universidade
Para Todos), projeto do governo federal que visa reservar vagas em universidades e faculdades particulares para alunos de baixa renda. As
IES (instituições de ensino superior) têm até segunda-feira (08) para se inscrever pela internet (www.mec.gov.br/prouni) --o prazo de
cadastro das entidades não filantrópicas terminou na sexta passada (29) e os das filantrópicas terminaria na próxima sexta (05).

Até a quinta-feira passada, quando o MEC divulgou seu último balanço, mais de 700 entidades haviam preenchido o cadastro de adesão --o
Brasil tem 1.850 IES. E segundo apurou a Folha Online, o número de instituições já foi suficiente para superar em 15 mil a meta do governo
de criar, em 2005, 60 mil novas vagas universitárias. O número será anunciado oficialmente pelo ministro Tarso Genro na próxima semana.

A reabetura do período de inscrição foi pleiteada pelo Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino
Superior no Estado de São Paulo), que manteve reuniões com o secretário-executivo do Ministério, Fernando Haddad, desde a semana
passada. A conversa decisiva ocorreu nesta quarta-feira.
Segundo o consultor jurídico da entidade, José Roberto Covac, um dos motivos para a dilatação do prazo foi um "problema técnico", já que
o site do MEC teve problemas de funcionamento devido ao alto número de acessos. O outro foi a concordância de que as universidades e
faculdades precisavam de mais tempo para organizar seus documentos, já que o cadastro requer o fornecimento detalhado do número de
bolsas a serem oferecidas ao Prouni, entre outras informações administrativas.

"Um novo prazo é sempre bem-vindo", avalia por sua vez o presidente do Semesp e da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), professor
Hermes Ferreira Figueiredo, explicando que o Semesp havia pedido como data limite de inscrição o dia 15 de novembro. "Mas este
cadastro é uma pré-adesão. Por isso, até a assinatura oficial do contrato, após a avaliação da proposta de cada universidade pelo MEC,
ainda haverá mais discussões sobre o tema. O MEC se comprometeu", afirma ele.

Dúvidas

"Acredito que as insituições que ainda não aderiram não o fizeram por questões operacionais, pela falta de um ou outro documento. Agora
terão tempo de se organizar", diz Figueiredo. Ele reconhece, porém, que as dúvidas das IES não foram completamente sanadas.

A instituição que aderir ao Prouni ficará isenta do Imposto de Renda, CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), PIS (Programa de
Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Programa de Integração Social). Nesse sentido, segundo o presidente do Semesp, existe
confusão entre o que é renúncia fiscal, isenção e imunidade tributária.

Além disso, também há dúvidas sobre o número de bolsas a ser oferecido. "Apesar de cada universidade saber quantas vagas terá de criar
para os alunos selecionados, não sabe o que fazer se elas não forem preenchidas, se haverá alguma compensação. Ou como poderá abrir
outras vagas tradicionais para compensar as bolsas do Prouni", explica Figueiredo.

Atualmente, as universidades particulares pagam todos os impostos e deverão oferecer 10% de sua receita em vagas para o programa. As
instituições sem fins lucrativos também recolhem todos os impostos, menos a cota patronal (taxa de 20% sobre a folha de pagamento dos
funcionários), e devem oferecer 20% de suas vagas para o Prouni.

Prouni

O Programa Universidade Para Todos tem como objetivo reservar vagas em universidades e faculdades particulares para alunos de baixa
renda. O interessado deve possuir renda de até um salário mínimo e meio por pessoa da família. Além disso, o estudante deve ter cursado
todos os anos do ensino médio em escolas públicas ou, ainda, em escolas particulares, mas com bolsas integrais.

A fase de cadastramento dos alunos começará no final do ano, quando o MEC divulgar quais as instituições participarão do programa. O
estudante se inscreverá na universidade ou faculdade que deseja cursar. A avaliação dos escolhidos será feita a partir da análise da nota
obtida no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

• http://www.unifesp.br/prograd/novo/index.php?option=com_content&t
ask=view&id=746&Itemid=282

Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país

08 de agosto de 2008
Clipping:

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u430684.shtml

07/08/2008 - 10h48
Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país
Publicidade

FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo
ANGELA PINHO
da Folha de S.Paulo, em Brasília
ANTÔNIO GOIS
da Folha de S.Paulo, no Rio

Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país "não têm condições de funcionar", nas palavras do próprio
governo.

Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que terminam o ensino superior na área.

Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar de Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza
desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil do corpo docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, com
base no questionário do Enade.

Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na prova.

Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área".

Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia, nutrição, entre outros). Analisou-se ainda agronomia,
zootecnia e tecnologia em agroindústria.

Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram entre 4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por
impossibilidades estatísticas).

A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista também teve curso mal avaliado (educação física
em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam do Enade, por não concordar com a metodologia adotada.

Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban, também entre as maiores instituições do país, chegou
a ter nota 1.

Para calcular o número de estudantes formados nos cursos de medicina, a Folha usou o último Censo da Educação Superior, com dados de 2006 --o de 2007 ainda
não está disponível.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos cursos será mais rígida. O próximo passo será enviar
uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar se as condições das escolas diferem da mostrada
pelos indicadores.

Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito continue baixo, o MEC diz que abrirá processo para analisar o
fechamento do curso.

Crítica

"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas.

Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina", diz Antonio Carlos Lopes, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da
Sociedade Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.

Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a avaliações, mas se posicionaram contra a criação do novo
conceito de avaliação, o conceito preliminar, que consideram "improvisado".

"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da metodologia [utilizada no novo conceito]", afirmou José Roberto Covac,
advogado do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o
Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for totalmente implementado, instituições de ensino superior "serão obrigadas a mudar seus
projetos para transformarem-se em cursos preparatórios sobre Enade".

Colaboraram JOHANNA NUBLAT, da Sucursal de Brasília, RICARDO WESTIN, da Reportagem Local, e CRISTINA MORENO DE CASTRO

• http://www.universiaempregos.com.br/materia/materia.jsp?id=2310

Resultados: movimento ainda está em fase de


"namoro"
Acompanhe a análise dos resultados da pesquisa realizada pelo grupo CM de
Consultoria Educacional visando conhecer o pensamento dos mantenedores dessas IES
sobre a questão de investimentos e fusões

Publicado em 21/10/2003 - 02:00

O Grupo CM de Consultoria Educacional realizou, no período de 1 a 12 de setembro de 2003,


uma pesquisa com 70 instituições de ensino superior, sediadas em oito diferentes estados
brasileiros, visando conhecer o pensamento dos mantenedores dessas IES sobre a questão de
investimentos e fusões (veja os dados da pesquisa no link:

Dos resultados obtidos na pesquisa podemos considerar que o movimento do mercado em torno
de captação de investimento, fusões e aquisições ainda encontra-se em fase de "namoro" entre os
players.

É fato que realmente as IES estão migrando para se tornarem empresas com fins lucrativos,
algumas já são inclusive SA (sociedade anônima), como é o caso do IBTA na capital paulista e
da Universidade de Franca (UNIFRAN) no interior do Estado, mas movidas muito mais por
motivos de patrimônio e de sucessão, do que pela possibilidade de captação de investimentos.

Para o presidente da Associação Nacional dos Centros Universitários (ANACEU), Magno


Maranhão, o Governo foi o grande responsável pela transformação das IES em empresas com
fins lucrativos, principalmente daquelas que detinham também o status de filantrópicas. A
fiscalização intensa e a exigência das bolsas integrais pressionaram algumas IES a mudarem de
condição. Algumas IES chegaram a ter seus registros de filantropia cassados, como foi o caso da
Universidade Mackenzie.

Para o Assessor Jurídico do SEMESP, José Roberto Covac, a fúria da fiscalização sobre as IES
sem fins lucrativos, desencadeada em meados do ano 2000, fez com que muitas IES mudassem
para empresas com finalidades lucrativas. Para Covac, muitas dessas IES se arrependeram do
que fizeram, pois a perda da isenção tributária prejudicou a capacidade competitiva dessas
instituições.

A consolidação do mercado é um processo que já foi deflagrado, no entanto, ainda não dá para
saber se ela se dará a partir da fusão entre as pequenas IES ou a partir da compra das pequenas
pelas grandes IES. Também ainda é cedo para apostar no sucesso ou fracasso das chamadas
?universidades nacionais?, que seriam grandes IES abrindo seus campi por todo o Brasil, como
já fazem a Universidade Estácio de Sá, a Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO) e a
Universidade Luterana Brasileira (ULBRA).

O mantenedor do Centro Universitário de Maringá (CESUMAR), Wilson de Matos Silva, não


acredita na chamada "universidade nacional". Para Wilson, "uma instituição de ensino para ser
bem sucedida precisa estar identificada e integrada com a comunidade onde está situada e com o
desenvolvimento regional, e essa integração demanda um longo período de relacionamento".
Wilson acredita que não serão as grandes IES que irão atrás das pequenas, mas sim o oposto.
Para ele, as pequenas faculdades isoladas terão dificuldades de competir em um mercado onde a
autonomia das grandes IES (universidades e centros universitários) é muito maior.

Muitos mantenedores entrevistados confirmam a posição do Reitor do CESUMAR. O diretor


geral do Grupo OPET de Curitiba, Renato Casagrande, diz que sua instituição já foi procurada
por instituições menores querendo ser compradas. No caso do ensino básico, a OPET já adquiriu
outra escola, mas no ensino superior estão cautelosos. "É preciso esperar para ver como fica o
mercado depois de passar a atual crise especulativa", conclui Renato.

Maranhão acredita que a saída para as pequenas IES é se unirem. Ele não vê possibilidades nem
vantagens para os grandes grupos absorverem as pequenas. Opinião similar tem Edson Franco,
para quem as pequenas IES deveriam "pagar" para serem compradas.

Juper Crispino, do Centro Universitário São Camilo, acredita que as pequenas IES sobreviverão
se elas souberem se associar, fazer parcerias, criar redes de negócios que as possibilitem
competir com as grandes IES.

A crise já está a tal ponto que, segundo Franco, já existem IES autorizadas pelo MEC a
funcionar, com cursos aprovados, mas que não conseguem formar nenhuma turma. "Não
decolam", perderam o timing.

A pesquisa mostrou também que, mesmo sendo significativo


o interesse dos mantenedores pelo capital dos investidores, o Algumas IES que participaram
momento é ainda mais de especulação do que realmente de da pesquisa:
negócios, já que há inúmeros obstáculos a serem vencidos e
toda uma cultura a ser mudada. • Universidade da
Amazônia (UNAMA)
Para o diretor-presidente do IBTA (Instituto Brasileiro de • Universidade Anhembi
Tecnologia Avançada), Eduardo Wurzmann, são poucas as Morumbi
IES preparadas para receberem investimentos externos. A • Faculdades Pitágoras
• Centro Universitário de
instituição precisa ter um faturamento anual relativamente
Maringá (Cesumar)
alto e total transparência contábil para interessar aos • Faculdades OPET
investidores, e assim sendo, o número de IES aptas para tal é • Centro Universitário São
muito reduzido. Camilo
• Faeste
Parte da especulação existente no setor, no que se refere aos • Instituto Brasileiro de
investimentos externos, pode ser justificada pela presença de Tecnologia Avançada
inúmeros "corretores" intermediando transação entre IES e (IBTA)
entre estas e investidores. Há no mercado mais corretores do
que IES disposta a fazer negócios, diz Covac.

No caso das fusões, começam a pipocar aqui e acolá um ou outro caso isolado, como a que
ocorreu no início deste ano entre as Faculdades Hoyler e as Faculdades SPEI em Curitiba, no
Paraná. Mas na verdade, o "boom" das fusões ainda não aconteceu, o movimento está apenas na
fase de sondagem. Tudo indica que começará logo, mas não há nenhuma evidência que ele venha
a ser a "tábua de salvação" das IES que estão falindo. Em um momento de especulação como o
que vive o mercado da educação superior privada, é provável que muitas instituições venham a
fechar suas portas.

Será que iremos presenciar no ensino superior privado o mesmo movimento de consolidação que
ocorreu com os bancos no início dos anos 90?

• http://www.universitario.com.br/noticias/noticias_noticia.php?id_notici
a=5342
Cursos "inadequados" segundo Enade formam 1 em cada 4 médicos do país

Levantamento divulgado em 06 de agosto de 2008 pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país "não têm
condições de funcionar", nas palavras do próprio governo.

Nessas instituições, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que terminam o ensino superior na
área.

Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar de Curso), que vai de 1 a 5.
Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil do corpo docente (como titulação dos professores)
e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do Enade. Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a
evolução dos universitários na prova.

Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área". Entre estes cursos "de
excelência" estão os cursos de Medicina da UFRGS e da UFCSPA, antiga FFFCMPA, ambos em Porto Alegre.

Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia, nutrição, entre outros). Analisou-se
ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em agroindústria.

Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram entre 4 e 5 (1.211 não
tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).

Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban, também entre as maiores
instituições do país, chegou a ter nota 1.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, com base nos novos indicadores, a fiscalização dos cursos será mais rígida. O próximo
passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.

O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar se as condições das escolas
diferem da mostrada pelos indicadores.

Uma das maiores reclamações das universidades é o boicote dos estudantes. Caso o conceito continue baixo, o MEC diz que abrirá processo
para analisar o fechamento do curso.

Crítica

"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas. Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina", diz Antonio Carlos
Lopes, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da
Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.
Entidades que representam instituições de ensino superior privadas disseram que não são contrárias a avaliações, mas se posicionaram
contra a criação do novo conceito de avaliação, o conceito preliminar, que consideram "improvisado".

"Ninguém critica a avaliação, que é uma necessidade. A crítica trata da fórmula, do formato e da metodologia [utilizada no novo conceito]",
afirmou José Roberto Covac, advogado do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, que diz reunir 80% das
instituições do setor. Em nota, o fórum afirma que, se o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) não for totalmente
implementado, instituições de ensino superior "serão obrigadas a mudar seus projetos para transformarem-se em cursos preparatórios sobre
Enade".

(texto adaptado de original da Folha de S.Paulo por Fábio Takahashi, Angela Pinho e Antônio Gois)

• http://www.vermelho.org.br/diario/2004/1105/1105_prouni.asp
5 DE NOVEMBRO DE 2004
EDUCAÇÃO
MEC reabre adesão ao Prouni,
que já soma 75 mil vagas
O MEC (Ministério da Educação) reabriu na quinta-feira (4) a adesão das instituições de ensino superior ao Prouni (Programa
Universidade Para Todos), projeto do governo federal que reserva vagas em universidades e faculdades particulares para alunos de
baixa renda. As IES (instituições de ensino superior) têm até segunda-feira (8) para se inscrever pela internet
(www.mec.gov.br/prouni). O prazo de cadastro das entidades não filantrópicas terminou na sexta passada (29).

Até a quinta-feira passada, mais de 700 entidades já haviam preenchido o cadastro de adesão, superando em 15 mil a meta do governo
de criar, em 2005, 60 mil novas vagas universitárias. O Brasil tem 1.850 IES. O número oficial será anunciado pelo ministro da
Educação, Tarso Genro, na próxima semana.

A reabertura do período de inscrição foi pleiteada pelo Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino
Superior no Estado de São Paulo). Segundo o consultor jurídico da entidade, José Roberto Covac, um dos motivos para a dilatação do
prazo foi um "problema técnico", já que o site do MEC teve dificuldades de funcionamento devido ao alto número de acessos. O outro
foi a concordância de que as universidades e faculdades precisavam de mais tempo para organizar seus documentos, já que o cadastro
requer o fornecimento detalhado do número de bolsas a serem oferecidas ao Prouni, entre outras informações administrativas.

O presidente do Semesp e da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), professor Hermes Ferreira Figueiredo, explicou que "este cadastro
é uma pré-adesão. Por isso, até a assinatura oficial do contrato, após a avaliação da proposta de cada universidade pelo MEC, ainda
haverá mais discussões sobre o tema".

Dúvidas

A instituição que aderir ao Prouni fica isenta do Imposto de Renda, CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), PIS (Programa de
Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Programa de Integração Social). Segundo o presidente do Semesp, existe confusão
entre o que é renúncia fiscal, isenção e imunidade tributária.

Ele diz ainda que há dúvidas sobre o número de bolsas a ser oferecido. "Apesar de cada universidade saber quantas vagas terá de criar
para os alunos selecionados, não sabe o que fazer se elas não forem preenchidas, se haverá alguma compensação. Ou como poderá
abrir outras vagas tradicionais para compensar as bolsas do Prouni", explica Figueiredo.

As universidades particulares, atualmente pagam todos os impostos. Aderindo ao Programa, devem oferecer 10% da receita em vagas
para alunos de baixa renda. As instituições sem fins lucrativos, que também recolhem todos os impostos, menos a cota patronal (taxa
de 20% sobre a folha de pagamento dos funcionários), devem oferecer 20% de suas vagas para o Prouni.

Candidatos

Para conquistar uma vaga do ProUni, o interessado deve possuir renda de até um salário mínimo e meio por pessoa da família e ter
cursado todos os anos do ensino médio em escolas públicas ou em escolas particulares, mas com bolsas de estudo integrais.

A fase de cadastramento dos alunos começará no final do ano, quando o MEC divulgar quais as instituições participarão do programa. O
estudante se inscreverá na universidade ou faculdade que deseja cursar. A avaliação dos escolhidos será feita a partir da análise da
nota obtida no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

De Brasília
Márcia Xavier

• http://www.webartigos.com/articles/11270/1/lei-do-estagio-causa-
quedas-nos-numeros-de-vagas/pagina1.html
LEI DO ESTÁGIO CAUSA QUEDAS NOS NUMEROS DE VAGAS.

Lei de estágio causa queda em número de vagas: Ambigüidades da nova legislação, em vigor há 45
dias, foram reconhecidas pelo próprio Ministério do Trabalho.

Analisem e interpretem como quiserem. Cada vez mais, nosso país dificulta ou atrapalha, e o que era
para melhorar acaba complicando. Os jovens estudantes que tem necessidades de conseguir um
estágio para praticar as teorias e desenvolverem-se profissionalmente, vão começar a sentir as
dificuldades em conseguir um estágio. Pelos menos por enquanto. Se, era para simplificar e ajudar,
acabou complicando.

Como já comentei anteriormente, o bom Administrador tem que estar bem informado e por dentro de tudo que envolve a
organização que esta sob seu comando.

Fonte da Informação: O Estado de São Paulo, por Simone Iwasso e Alexandre Gonçalves, 14.11.2008

Em 45 dias, desde que a nova lei de estágio foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o número de vagas
oferecidas no País caiu 40%, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Estágios (Abres). A oferta caiu de 55 mil
postos mensais para 33 mil.

O motivo, segundo a entidade, é o desconhecimento das novas regras, que têm assustado e confundido as empresas e as
instituições de ensino superior. Apenas o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) já fez cerca de 30 mil atendimentos para
solucionar dúvidas de empresários, instituições de ensino e estudantes.

Além disso, a burocracia exigida para adaptar contratos e modificar as propostas pedagógicas dos cursos torna o processo
ainda mais lento. "Acreditamos que levará cerca de dois anos para que a situação se normalize e a oferta volte ao normal", afirma
Seme Arone Júnior, presidente da Abres.- "Isso porque as faculdades não se prepararam e as empresas estão com medo. Há
muita falta de informação", diz ele.

Arone Júnior, no entanto, acredita que a lei, apesar da confusão inicial, será benéfica para os estagiários, que terão mais garantias
de respeito ao seu desenvolvimento educacional.

Um dos pontos da lei que provocaram confusão e empacaram os estágios foi à determinação de que os estágios não
obrigatórios constem do projeto pedagógico dos cursos de graduação - até então, isso não era requisito.
Desse modo, se a instituição ainda não atualizou seu projeto - e em algumas, isso é um processo demorado, que depende de
votação em conselhos universitários, por exemplo -, ela não poderá assinar ou renovar o contrato de estágio do aluno.

Outros pontos polêmicos são a jornada diária da atividade (de 8 para 6 horas semanais), o tempo de permanência no mesmo
estágio (restrito a dois anos) e os benefícios obrigatórios.

O secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Ezequiel Sousa do Nascimento, afirma que a pasta
pretende publicar uma instrução normativa para dirimir as dúvidas em até 15 dias. "Vamos nos reunir terça e quarta-feira para
redigir o texto", diz Nascimento.

Para tentar acabar com as polêmicas, o Ministério da Educação também se pronunciará oficialmente. A coordenadora de políticas
públicas da Secretaria de Educação Profissional e Técnica do Ministério da Educação (MEC), Caetana Juracy Rezende Silva, que
participou da elaboração da lei, diz que o MEC enviará até o fim do mês um comunicado às instituições de ensino com instruções
práticas.

APLICAÇÃO

A falta de clareza de alguns artigos é mencionada mesmo por quem defende a nova lei. Coordenadora dos estágios do curso de
Enfermagem do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, Taís Fortes considera a lei um avanço por dificultar a utilização
do estagiário como mão-de-obra barata. Mas tem dúvidas. Ela não sabe, por exemplo, se o artigo 14, que afirma se aplicar "ao
estágio a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho", implica a exigência de exames médicos para admissão e
demissão.

Caetana explica que a intenção desse artigo não era exigir esses exames, mas garantir aos estagiários os instrumentos e
procedimentos de segurança utilizados pelos funcionários da empresa. A gerente jurídica e de desenvolvimento de projetos sociais
do Ciee, Maria Nilce Mota, comemora a interpretação de Caetana, mas afirma que, até a publicação da instrução normativa, a
entidade vai recomendar às empresas, de forma preventiva, a realização dos exames. Maria Nilce considera que a diminuição na
oferta de vagas é apenas temporária e só vai durar até as empresas e instituições fazerem os ajustes.

O assessor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo
(Semesp), José Roberto Covac, afirma que a lei mais atrapalha do que ajuda os estagiários.

Ele argumenta que a nova lei engessa as relações entre estudante, escola e empresa. "Alguns estágios tornam-se inviáveis com
a carga horária de seis horas e o período máximo de dois anos na mesma empresa." Ele afirma que não seria necessário criar uma
nova lei: bastaria fiscalizar as condições de atividade dos estagiários.

Caetana entende que, no início, a lei pode dar a impressão de que prejudica o estagiário. "Afinal, alguns se submetem a um
estágio precário porque precisam da remuneração", aponta. "Mas, depois, é fácil compreender que todos são beneficiados
quando não se reforça a precarização das condições de trabalho."

• http://www.websaude.inf.br/noticias2/exibe_noticias.asp?id=1169&ori
gem=angrad_noticias

Particulares reivindicam melhorias


Otimizar a relação das instituições particulares de Ensino Superior do Estado de São Paulo junto ao MEC
(Ministério da Educação); detectar e buscar soluções para os principais problemas que atravancam o
desenvolvimento do segmento, como as excessivas normas regulatórias, algumas delas consideradas ilegais; e
buscar um fortalecimento maior entre as instituições privadas de educação, no sentido de que suas
reivindicações ganhem maior representatividade junto ao governo. Esses são alguns dos objetivos que
levaram o Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado
de São Paulo) a criar um conjunto de propostas que serão levados a Brasília, já nesta quarta-feira, dia 28 de
fevereiro, em um documento batizado de "Agenda Positiva".

"Existe um descontentamento em relação a como nosso segmento é destratado nos corredores do MEC. O
sistema privado de Ensino Superior, na realidade, é apenas tolerado, mas não é bem-vindo. O ministério atua
como se fosse onipresente, ocupasse todos os espaços e tomasse todas as decisões. Baixa portarias e
resoluções sem se preocupar se são legais e sem respeitar o calendário das IES (Instituições de Ensino
Superior)", criticou o presidente do sindicato, Hermes Ferreira Figueiredo, que se reuniu na tarde de ontem,
na capital, com representantes de universidades, faculdades e centros tecnológicos de São Paulo com o
objetivo de discutir os principais pontos do documento antes de apresentá-lo ao novo secretário-executivo da
Sesu/MEC (Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação), Manoel Palacios. A idéia é mostrar os
principais tópicos e entregar a agenda em definitivo assim que o nome do novo ministro da Educação for
finalmente divulgado.

O número excessivo de normas regulamentadoras é o primeiro dos 20 tópicos que compreende a agenda do
Semesp, instituição que congrega 389 mantenedoras de 477 centros de estudo em 146 cidades do Estado de
São Paulo. O documento sugere que a Reforma da Educação Superior deverá prever a expressa vedação ao
Executivo de estabelecer requisitos que ampliem ou reduzam as normas gerais já estabelecidas em lei. Ou
seja, o MEC não poderá, deliberadamente, baixar ou modificar regulamentações e normas a qualquer
momento. "Esse primeiro tópico envolve a garantias para saber se determinada lei vale ou não. Queremos um
dispositivo que nos dê segurança jurídica", explicou o consultor jurídico do Semesp, José Roberto Covac.

A revogação da Portaria nº 2.477/04, que versa sobre a regulamentação dos procedimentos de autorização
dos cursos superiores de graduação, também é reivindicação do segmento. Isso porque a norma, na visão do
sindicato, contém alguns equívocos, como o fato de não tingir os processos que já estão em tramitação no
MEC e não disciplinar a oferta de cursos, sobretudo nas regiões que já dispoõem de uma vasta rede de
universidades e centros universitários. "Outro item que solicitamos é a autonomia dos centros tecnológicos
privados para a abertura ou renovação de cursos, por exemplo, benefício hoje concedido apenas aos centros
federais", explica Covac.

Outras solicitações buscam atender medidas como a redução da hora-aula nas IES, dos atuais sessenta para
cinqüenta minutos; a revogação de algumas portarias, como a nº 1.670/94, que obriga as escolas a publicar
no Diário Oficial da União qualquer mudança na grade curricular ou mesmo os editais de processos seletivos; a
mudança no regime de trabalho e titulação do corpo docente; o recebimento de recursos a fundo perdido às
instituições com programas específicos a estudantes portadores de necessidades especiais, entre outras.
"Também batalharemos para conseguir uma ouvidoria no MEC exclusiva para as particulares", resume Covac.

Comemorações e divergências
A pauta de reivindicações é bem-vinda no segmento. A diretora-presidente da Unifac de Botucatu, Cecília
Anderlini, reclama que o segmento não tem nenhum tipo de autonomia que o permita investir em inovações.
"Os prazos que o MEC estabelece para responder nossas reivindicações são totalmente fora do desejado. Às
vezes demora dois anos a resposta de um simples pedido de remanejamento de vagas. Daí a importância do
documento, que se mostra extremamente necessário pois mostra um setor mais organizado e pertinente em
suas ações", opina. O engessamento do segmento também é motivo de revolta para o presidente da
mantenedora da Unisa de Santo Amaro, o ex-ministro Osires Silva. "Temos que acabar com esse
comportamento manso, nos unir e ocupar o espaço que hoje é apenas do governo. Precisamos de um esforço
para o reconhecimento mútuo, como a criação de um selo de qualidade do próprio Semesp", sugere.

O relacionamento entre as instituições de ensino privado também entra indiretamente na Agenda Positiva do
Semesp, que sugere alterações na lei 9.870, conhecida popularmente como "a lei do calote". Antiga fonte de
discórdia do segmento, a legislação é criticada por ser exclusivamente pró-aluno e impedir que a instiuição
tome qualquer atitude penalizante frente ao inadimplente, que tem direito a todos os seus documentos e
inclusive transferência garantida para outro centro de estudo. "Existe realmente uma situação predatória entre
as próprias IES, já que um aluno devedor pode sair de uma escola para outra sem problemas", explicou o
presidente da entidade, Hermes Ferreira Figueiredo. A situação já força as universidades a pensar em uma
espécie de cadastro único dos alunos, para ajudar as instituições a barrar um estudante que seja devedor. "O
aluno não pode usar a lei do calote como uma maneira de estudar sem pagar. E atualmente o maior nível de
inadimplência está justamente no nicho dos formandos, muitos dos quais deixam de pagar o último ano
deliberadamenet", revela.

Em virtude desse cenário, o sindicato já se articula junto à UNE (União Nacional dos Estudantes) para alterar
um artigo desta lei. "Nenhuma escola deseja executar o aluno, mas nossa idéia é que possamos chamar o
aluno para negociar caso ele esteja há mais de 60 dias inadimplente", conta. Os principais pontos da Agenda
Positiva do Semesp podem ser acessados pelo link www.semesp.org.br/md/ag_pos.pdf

Portal Universia (06/03/2007) [1169]

• http://www.zap.com.br/empregos/dicas-materias-empregos/primeiro-
emprego/default.aspx?mat=6892

Publicada em 14/11/2008

Lei do estágio reduz número de vagas


Dúvidas causadas pela nova regra fez cair em 40% a oferta de oportunidades
Fonte: Jornal da Tarde

Em 45 dias, desde que a nova lei de estágio foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o número de vagas
oferecidas no País caiu 40%, conforme levantamento da Associação Brasileira de Estágios (Abres). A oferta caiu de 55 mil postos
mensais para 33 mil. O motivo, segundo a entidade, está ligado ao desconhecimento das novas regras, que têm assustado e
confundido empresas e instituições de ensino superior. Apenas o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) já fez cerca de 30
mil atendimentos para solucionar dúvidas de empresários, instituições de ensino e estudantes.

Além disso, a burocracia exigida para adaptar contratos e modificar as propostas pedagógicas dos cursos torna o processo ainda
mais lento. Acreditamos que levará cerca de dois anos para que a oferta volte ao normal, afirma Seme Arone Júnior, presidente da
Abres. Isso porque as faculdades não se prepararam e as empresas estão com medo. Há muita falta de informação, diz ele. Arone
Júnior, no entanto, acredita que a lei, apesar da confusão inicial, será benéfica para os estagiários, que terão mais garantias.

Um dos pontos da lei que provocaram confusão e empacaram os estágios foi a determinação de que os estágios não obrigatórios
constem do projeto pedagógico dos cursos de graduação - até então, isso não era requisito. Assim, se a instituição ainda não
atualizou seu projeto - e em algumas isso demora pois depende de votação em conselhos universitários, por exemplo -, ela não
poderá assinar ou renovar o contrato de estágio do aluno.

Outros pontos polêmicos são a jornada diária da atividade (de 8 para 6 horas semanais), o tempo de permanência no mesmo
estágio (restrito a dois anos) e os benefícios obrigatórios. O secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho,
Ezequiel Sousa do Nascimento, afirma que a pasta pretende publicar uma instrução normativa para dirimir as dúvidas em até 15
dias. Vamos nos reunir terça e quarta-feira para redigir o texto, diz Nascimento.

A coordenadora de políticas públicas da Secretaria de Educação Profissional e Técnica do Ministério da Educação, Caetana Juracy
Rezende Silva, que participou da elaboração da lei, diz que o órgão enviará até o fim do mês um comunicado às instituições de
ensino com instruções práticas.

O assessor jurídico do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo
(Semesp), José Roberto Covac, afirma que a lei mais atrapalha do que ajuda os estagiários. Ele diz que a nova regra engessa as
relações entre estudante, escola e empresa. Alguns estágios tornam-se inviáveis com a carga horária de seis horas e o período
máximo de dois anos na mesma empresa. Ele afirma que não seria necessário criar uma nova lei: bastaria fiscalizar as condições
de atividade dos estagiários.

Mudanças
Jornada passa a ser de até 6 h por dia e 30 h por semana. Antes, a instituição de ensino determinava esse período. O tempo
máximo na empresa é de dois anos

Não havia a obrigatoriedade de concessão de benefícios. Agora, é obrigatório oferecer bolsa e auxílio-transporte

Não havia método para supervisão e avaliação. Hoje, deve existir acompanhamento por professor orientador e funcionário da
empresa

You might also like