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CAMPO MOURÃO
2011
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ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL (EPA)
DISCIPLINA INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROFESSORA MSC. THAYS J. PERASSOLI BOIKO
C a m p u s d e C a m p o M o u r ã o
I INTRODUÇÃO
PLANO DE ENSINO
CURSO: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
DISCIPLINA: Introdução à Engenharia de Produção
SÉRIE: 1
TURMA(S): -
ANO LETIVO: 2011
PROFESSOR: Thays J.Perassoli Boiko
CARGA-HORÁRIA ANUAL: Teórica: 60 Prática: 8
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ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL (EPA)
DISCIPLINA INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
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3. PROGRAMA DA DISCIPLINA
I INTRODUÇÃO
1.2 PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA
1.2.1 Apresentação e discussão do Plano de Ensino da Disciplina: ementa; objetivos; justificativa;
metodologia; programa; método de avaliação; bibliografia.
II HISTÓRIA DA ENGENHARIA
1.1 EVOLUÇÃO DA PROFISSÃO
1.2 AS PRIMEIRAS ESCOLAS DE ENGENHARIA
1.3 HISTÓRIA DA ENGENHARIA NO BRASIL
III A ENGENHARIA
3.1 DEFINIÇÃO
3.2 PERFIL E COMPETÊNCIAS E HABILIDADE DO EGRESSO
3.3 PROCESSO DE FORMAÇÃO
3.3.1 Aspectos Gerais
3.3.2 Tópicos de estudo e conteúdos
3.3.2.1 Núcleo de Conteúdos Básicos
3.3.2.2 Núcleo de Conteúdos Profissionalizantes
3.3.2.3 Núcleo de Conteúdos Específicos da Modalidade: Extensões e Aprofundamentos da
Modalidade
3.3.3 Estágios Curriculares
3.4 DEFINIÇÕES UTILIZADAS NAS ATRIBUIÇÕES DE TÍTULOS PROFISSIONAIS
3.5 NÍVEIS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM ENGENHARIA
3.6 MODALIDADES DA ENGENHARIA DESCRIMINADAS PELO CONFEA E SUAS COMPETÊNCIAS
3.7 OUTRAS MODALIDADES DE ENGENHARIA EXISTENTES E SUAS ÊNFASES
3.8 ENTIDADES DE CLASSE
3.8.1 Sistema CONFEA/CREA
3.8.1.1 CONFEA
3.8.1.1.1 Definição
3.8.1.1.2 Início
3.8.1.2 CREA
3.8.1.3 Objetivos do Sistema
3.8.1.4 Competências
3.8.1.4.1 Competências de Natureza Normativas
3.8.1.4.2 Competências de Natureza Recursal
3.8.1.4.3 Competências de Natureza Administrativa
3.8.1.5 Legislação sobre o Exercício Profissional Pertinente ao Sistema CONFEA/CREA
3.8.2 SENGE
IV O ENGENHEIRO
4.1 ATIVIDADES PROFISSIONAIS
4.1.1 Caracterização e exercício das profissões
- A Engenharia e a Sociedade
4.1.2 Atribuições profissionais e coordenação de suas atividades
4.1.2.1 Atuação quanto à forma de trabalho
4.1.2.2 Setores de Atuação
4.1.2.3 Atividades ou funções
4.2 QUALIDADES DO PROFISSIONAL
4.2.1 Conhecimentos Gerais
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V ÉTICA PROFISSIONAL
5.1 ÉTICA
5.1.1 Ética Profissional
5.2 CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL
5.2.1 Código de Ética Profissional do Engenheiro, do Arquiteto e do Engenheiro Agrônomo
VII CRIATIVIDADE
IX ENGENHEIRA DE PRODUÇÃO
9.1 HISTÓRICO
9.2 A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO NO BRASIL: NECESSIDADE; DEMANDA PELOS CURSOS;
CRESCIMENTO
9.3 DEFINIÇÃO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
9.4 A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO COMO GRANDE ÁREA
- Conhecimentos da Engenharia de Produção
9.5 DIRETRIZES CURRICULARES PARA A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - FORMAÇÃO
9.5.1 Conteúdos Básicos
9.5.2 Conteúdos Profissionalizantes
9.5.3 Duração do Curso
9.5.4 Estrutura Modular
9.5.5 Estágios e Atividades Complementares
9.6 GLOSSÁRIO TÉCNICO – DEFINIÇÕES DA EP, CONFORME A ABEPRO
9.7 SUB-ÁREAS DE CONHECIMENTO DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
9.8 HABILITAÇÕES EM ENGENHARIA DA PRODUÇÃO
9.9 TÓPICO ESPECIAL: OUTRAS HABILITAÇÕES
9.10 ABEPRO
9.10.1Definição
9.10.2 Funções da ABEPRO
9.10.3 Objetivos da ABEPRO
9.10.4 ABEPRO Jovem
9.11 EVENTOS
9.11.1 ENEGEP
9.11.2 SIMPEP
9.11.3 ENCEP
9.11.4 OUTROS
9.12 REVISTAS
9.12.1 Revista Produção
9.12.2 Revista Produção On Line
9.12.3 Revista Gestão e Produção
9.12.4 Revista Pesquisa e Desenvolvimento
9.12.5 Sistemas e Gestão
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9.12.6 Rio´S International Journal On Sciences Of Industrial And Systems Engineering And
Management
9.12.7 Gestão Industrial
9.12.8 Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação
9.12.9 Revista Eletrônica Produção & Engenharia
9.12.10 GEPROS. Gestão da Produção, Operações e Sistemas
9.13 TÓPICOS ESPECIAIS
X O ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO
10.1 PERFIL DO EGRESSO
10.2 COMPETÊNCIAS
10.3 HABILIDADES
10.4 MERCADO DE TRABALHO
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- Palestras;
- Seminários de Engenharia de Produção;
- Mesas redondas;
- Painéis;
- Júris simulados;
- Visitas técnicas;
- Orientações individualizadas das equipes;
- Reuniões simuladas.
BIBLIOGRAFIA: Bibliografia recomendada, além de referências de diversos textos, de vídeos e de sites da Internet.
RECURSOS HUMANOS: A própria voz.
RECURSOS FÍSICOS:Quadro de giz, giz e apagador; Projeções fixas (retroprojetor,
transparências); Projeções móveis (Data Show, slides); Livros; Caneta ponto;
Computador; TV, Aparelho de DVD.
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Assim, A = (∑ a )/ n
a =1
n
, sendo a = o valor de 0 a 100 de cada uma das n atividades
desenvolvidas no bimestre;
t =1
, sendo t = o valor de
p =1
sendo p = o valor de 0 a 100 de cada uma das n
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FOGARTY, D. W. Et. al. Production and Inventory Management. 2 ed. USA: South-
Western Publishing Co., 1991.
GAITHER, N.; FRAZIER, G. Administração da Produção e Operações. 8 ed. São Paulo:
Thomson Learning, 2002.
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3) Por que a transição do ensino médio para o ensino superior exige do estudante uma
mudança no seu comportamento?
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10) Quais são as etapas distintas de procedimentos do método proposto para o estudo de
Engenharia?
14) O que sugere-se para melhorar a captação de conhecimento por meio da audição?
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Não deve-se utilizar acessórios, tais como brincos, pulseiras, por exemplo, nem roupas
Em certas indústrias de alimentos, tais como lacticínios, por exemplo, não é permitido
1.2.2 Preparo
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visita.
Para realizar este estudo prévio e, posteriormente, o roteiro da visita, servem de fontes
relatórios de estágios, por exemplo), realizados anteriormente, nestas, reportagens que tratem
1.4.3 Relatório
Mesmo que não se esteja fazendo uma visita como requisito de uma disciplina, ou que
o professor não exija o relatório, é extremamente importante a realização deste, mesmo que
informal, após a visita, para que se possa fixar melhor os conhecimentos adquiridos.
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II HISTÓRIA DA ENGENHARIA
Moderna”.
como não possuíam dentes ou garras afiados, necessitaram de alguma ajuda para superar esse
problema. Isto os levou a fabricar ferramentas, que inicialmente eram pedaços toscos de
pedras lascadas para ficarem com a ponta aguçada e se transformarem em objetos cortantes.
Com certeza, o maior avanço tecnológico e cultural do homem primitivo ocorreu por
volta de 600.000 anos atrás, quando este adquiriu a habilidade para lidar com o fogo,
possivelmente a partir de algum incêndio causado por raios ou erupção vulcânica. O fogo
possibilitou vencer o frio e a escuridão, abrindo caminho para o homem primitivo sobreviver
em regiões mais frias, ampliando a ocupação espacial da terra, além de cozer os alimentos,
caça mais elaborados, como os arpões, as lanças, e posteriormente o arco e a flecha. Este meio
mais eficiente de matar a uma distância segura permitiu a caçada de animais perigosos e de
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surgimento da agricultura, que se deu provavelmente no ano 10.000 a.C., o domínio do fogo e
diversas maneiras, como por exemplo, a ordenha para aproveitamento de leite, a coleta de
ovos, a tração animal, por exemplo, o que possibilitou manter o estoque alimentar de reserva.
aproximadamente 8 mil anos um ser humano não caçador não coletor, foi responsável pela
restos de alguns destes vilarejos construídos de tijolos chegaram até nossos dias.
os anos 3.500 e 500 a.C. A primeira delas é a Suméria, no sul da Mesopotâmia. As maiores
aproximadamente 3.000 anos a.C., podem ser vistos também no Egito. Os egípcios,
construíram obras públicas em pedra, insuperáveis para a época, das quais as mais famosas
são as pirâmides.
metal. Em longo prazo, o metal mudou o mundo quase tanto quanto a agricultura. Entre 7.000
e 6.000 a.C. o cobre, foi o primeiro metal a ser aproveitado, aplicado inicialmente na
elaboração de objetos para ornamentos, mas logo depois, utilizado para fabricação de armas e
ferramentas.
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quais, as de construção de barcos de junco, de trabalhar pedra dura, de moldar o cobre, além
criavam aves.
O ferro passou a ser explorado no oriente próximo por volta de 1.500 a.C. e só foi
experiências com mais facilidade e precisão, de uma geração a outra. A cultura e a tecnologia
acumuladas gradualmente se tornaram mais efetivas como instrumentos para mudar o mundo.
Assim, se tornou mais fácil, o domínio das complexas técnicas de irrigar as terras, de fazer as
O império romano chegou a dominar todo o mundo mediterrâneo por volta de 50 a.C.,
arenas de jogos, casas de banho, esgotos, aquedutos e cisternas de água potável. Os arquitetos
pequenos progressos, pois era restrito ao círculo da Igreja. Neste período, as maiores
contribuições foram nas áreas do aprimoramento da tração animal. Outro avanço ocorreu na
construção civil, pois nesse período foram edificadas surpreendentes obras, que exigiram alta
habilidade, tanto de engenharia quanto de escultura em pedra, vistas até hoje nas igrejas
paroquiais das ricas regiões italianas e inglesas. Ao mesmo tempo, o artesanato ganhou
notoriedade e com isso, aumentou o número de artesãos cuja crescente importância pode ser
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Florença na Itália, uma união entre os joalheiros e artesãos o que levou ao estabelecimento de
Este núcleo de padronização, que posteriormente foi também aplicado aos construtores
e artesãos da nobreza é o início do que viria a ser os Conselhos Profissionais. Este aglomerado
florentino de construtores e artesãos era conhecido como Guildas, que significava ordem ou
clã. As Guildas estabeleciam critérios básicos de estética e segurança nas construções. Foi a
pensamento, e os homens procuraram cada vez mais descobrir modos de manipular e explorar
a natureza.
baseada na produção industrial pode ser considerada a mudança mais importante na história
puderam ser vistos em diversos seguimentos da economia. O vapor passou a ser utilizado para
movimentar máquinas e puxar arados. Carros, bondes e bicicletas podiam ser vistos nas ruas
das principais cidades. Nas fábricas, via-se os teares, os tornos e as furadeiras. Nos escritórios
reforçou a preocupação com a maneira pela qual o trabalho era organizado e como eram
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científicos e suas aplicações aos problemas práticos, sendo resultado de todo um processo de
evolução ocorrido durante milênios. Aos poucos a Engenharia foi se estruturando, devido
Assim, a semente da “Engenharia Moderna” foi lançada no século, XVIII quando se chegou a
Desta forma, segundo Bazzo; Pereira (1997), surge um marco histórico entre duas
1997, p. 183).
estradas, pontes, canais etc. Estes indivíduos tinham por característica básica o empirismo,
pois trabalhavam com base na prática transmitida pelos seus antecessores, na sua própria
O primeiro título de engenheiro foi usado pelo inglês John Smeaton (1724-1792), que
A Engenharia moderna, por sua vez, caracteriza-se pela aplicação generalizada dos
diferenciando desta última pelo fato marcante de aplicar a ciência na resolução desses
problemas.
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associações profissionais que cuidavam dos seus interesses. Foram os primeiros egressos de
Ainda, em 1506, teria sido fundada, em Veneza, na Itália, a primeira escola dedicada à
comprovam a existência de tal escola, apenas existem referências, em textos históricos, que
sugerem tal.
No século XVIII, conforme Bazzo; Pereira (1997), vários cientistas franceses, tais
como Poisson, Navier, Coriolis, Poncelet e Monge, contribuíram para a definição da técnica
Assim, em 1747 foi criada, na França, aquela que é considerada a primeira escola de
Em 1778, foi implantada a Ècole dês Mines e, em 1794, o Conservatoire dês Arts et
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Métiers. Estas escolas eram voltadas para o ensino prático, diferentes, portanto, da Ècole
Em 1794 foi criada a primeira escola de Engenharia nos estados Unidos (EUA), a
Academia Militar de West Point, que pegou fogo dois anos depois, sendo reaberta em 1802,
ano que passou a ser considerado o ano oficial de sua fundação. A primeira e mais
característica escola técnica superior dos EUA foi, provavelmente, o Rensselaer Polytechnic
em 1919.
Desta maneira, “... com estas escolas e institutos, a técnica tomou copo, ampliando-se
e as atuais: “As primeiras, adestravam para técnicas e processos,. Hoje, a preocupação maior é
sobretudo formar e educar – para fornecer ao futuro profissional armas para que este possa
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Não é fácil estabelecer o início das atividades da Engenharia no Brasil, mas com
Logo após a vinda da família imperial para o Brasil, em 1808, foram criadas as
origem, conforme Bazzo; Pereira (1997), na área militar, em 1810, quando o atual Príncipe
Regente (futuro rei Dom João VI) criou a Academia Militar do Rio de Janeiro, em
A Academia Real Militar, depois da Independência, teve seu nome alterado para
Academia Imperial Militar e depois para Academia Militar da Corte. Em 1823 passaram a ser
então destinada ao ensino da Matemática, das Ciências Físicas e Naturais e das doutrinas de
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Escola Central.
Ainda no século XIX, conforme Bazzo; Pereira (1997), foram criadas as Escolas de
Até por volta de 1900, segundo Afonso; Fleury, o exercício profissional era livre no
país, mas a partir dessa data, o governo se viu pressionado a elaborar legislações que visavam
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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III A ENGENHARIA
3.1 DEFINIÇÃO
experiência prática são aplicados para a exploração dos recursos naturais, para o projeto,
SOCIEDADE.
exercício da profissão.
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O Artigo 3º coloca qual deve ser o perfil que um Curso de Graduação em Engenharia
“Art. 4º A formação do engenheiro tem por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos
requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais:
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“Art. 5º Cada curso de Engenharia deve possuir um projeto pedagógico1 que demonstre
claramente como o conjunto das atividades previstas garantirá o perfil desejado de seu egresso
e o desenvolvimento das competências e habilidades esperadas. Ênfase deve ser dada à
necessidade de se reduzir o tempo em sala de aula, favorecendo o trabalho individual e em
grupo dos estudantes.
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Também chamado de projeto político pedagógico.
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“Art. 6º Todo o curso de Engenharia, independente de sua modalidade, deve possuir em seu
currículo um núcleo de conteúdos básicos, um núcleo de conteúdos profissionalizantes e um
núcleo de conteúdos específicos que caracterizem a modalidade.”
“§ 1º O núcleo de conteúdos básicos, cerca de 30% da carga horária mínima, versará sobre os
tópicos que seguem:
II - Comunicação e Expressão;
III - Informática;
IV - Expressão Gráfica;
V - Matemática;
VI - Física;
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IX - Eletricidade Aplicada;
X - Química;
XII - Administração;
XIII - Economia;
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núcleos, varia, conforme a modalidade da Engenharia a que diz respeito e conforme o enfoque
e a intensidade adotados pela instituição de ensino superior para o curso. Além disso, o
obrigatórios:
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profissional.
III - título profissional: título atribuído pelo Sistema Confea/Crea a portador de diploma
expedido por instituições de ensino para egressos de cursos regulares, correlacionado com
o(s) respectivo(s) campo(s) de atuação profissional, em função do perfil de formação do
egresso, e do projeto pedagógico do curso;
IV - atividade profissional: ação característica da profissão, exercida regularmente;
IX – categoria (ou grupo) profissional: cada uma das três profissões regulamentadas2 na Lei
nº 5.194 de 1966; e
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Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
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2005 são feitas as seguintes considerações quanto aos níveis de formação profissional, no que
“I - técnico;
III - para o diplomado em curso de graduação superior plena, será atribuído o título de
engenheiro, de arquiteto e urbanista, de engenheiro agrônomo, de geólogo, de geógrafo ou de
meteorologista, conforme a sua formação;
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VII - para os profissionais mencionados nos incisos II e III do art. 3º desta Resolução,
diplomados em curso de formação profissional pós-graduada no senso estrito, será acrescida
ao título profissional atribuído inicialmente a designação de mestre ou doutor na respectiva
área de concentração de seu mestrado ou doutorado.
2) PORQUE “É impossível que uma pessoa seja capaz de dominar todos estes assuntos,
numa profundidade tal que a permita trabalhar com desenvoltura em todos eles. Por isso
existem as várias engenharias, para que os profissionais formados em cada uma delas possam
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resolução:
3
Atualmente para designar as atividades que os Engenheiros podem desempenhar de forma integral ou parcial
considera-se as atividades descritas no Capítulo 1, Artigo 2º da Resolução do CONFEA nº 1.010, de 22 de
agosto de 2005. Trecho do Capítulo 1, Artigo 2º desta Resolução encontra-se no Capítulo IV desta Apostila -
Sub-Seção 4.1.2.3 Atividades ou funções)
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METALURGIA:
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Art. 25 - Nenhum profissional poderá desempenhar atividades além daquelas que lhe
competem, pelas características de seu currículo escolar, consideradas em cada caso, apenas,
as disciplinas que contribuem para a graduação profissional, salvo outras que lhe sejam
desta Resolução.”
RESUMO:
i) Ler o artigo de Oliveira (2005) e fazer um resumo de, no máximo, 1 página, digitada em
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PESQUISA E DEBATE:
Resolução nº 218, de 29 jun 1973: competências; instituição de ensino superior que oferece o
curso;
pesquisadas.
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a) De direito público – Autarquias: são autarquias por serem serviços autônomos, criados
por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receitas próprios. Este executam atividades
cancelamento de registros).
3.8.1.1 CONFEA
3.8.1.1.1 Definição
títulos profissionais.
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3.8.1.1.2 Início
O Confea, segundo o próprio Confea (a), foi criado oficialmente com este nome em 11
de dezembro de 1933, por meio do Decreto nº 23.569, promulgado por Getúlio Vargas, então
3.8.1.2 CREA
abrangidas pelo Sistema Confea/Crea. Têm jurisdição estadual e exercem o papel institucional
3.8.1.2.1 CREAJr-Pr
http://www.creajr-pr.org.br/.
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3.8.1.4 Competências
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explicitar a lei, para sua correta execução e para disciplinar os casos omissos;
- Decisões Plenárias: Ato de competência dos Plenários dos Conselhos para instrumentar sua
3.8.2 SENGE
O Sindicato dos Engenheiros (SENGE) são divididos por estados e, de maneira geral,
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1) Defina Engenharia.
2) Qual o perfil profissional proporcionado pelos currículos dos cursos de Engenharia aos
seus egressos?
5) Por que o enfoque e a intensidade dos conteúdos do processo de formação diferem de curso
para curso de Engenharia e de uma Instituição de Ensino Superior para outra?
9) Defina:
a) atribuição;
b) atribuição profissional;
c) título profissional;
d) atividade profissional;
f) formação profissional;
g) competência profissional;
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h) modalidade profissional;
10) Cite os níveis de formação profissional em Engenharia e relacione, a cada nível, o título
profissional atribuído.
12) Por que, estudando Engenharia de Produção, é necessário saber as competências das
outras modalidades de Engenharia?
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CNE. Resolução CNE/CES 11/2002. Diário Oficial da União, Brasília, 9 de abril de 2002.
Seção 1, p. 32. Disponível em: <
http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/1102Engenharia.pdf >. Acesso em: 20 de março de
2009 às 14 hs 40.
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IV O ENGENHEIRO
O Presidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
O Congresso Nacional decreta:
TÍTULO I
Do Exercício Profissional da Engenharia,
da Arquitetura e da Agronomia
CAPÍTULO I
Das Atividades Profissionais
Seção I
Caracterização e Exercício das Profissões
4
Observação da autora da apostila: aqui constam apenas os títulos, capítulos e seções da lei que interessam ao
conteúdo programático da Disciplina.
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“Seção IV
Atribuições profissionais e
coordenação de suas atividades
profissional.
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Assim, no Capítulo 1, Artigo 2º, desta Resolução são designadas as atividades, que
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Arbitragem – atividade que constitui um método alternativo para solucionar conflitos a partir
de decisão proferida por árbitro escolhido entre profissionais da confiança das
partes envolvidas, versados na matéria objeto da controvérsia.
Assessoria – atividade que envolve a prestação de serviços por profissional que detém
conhecimento especializado em determinado campo profissional, visando ao
auxílio técnico para a elaboração de projeto ou execução de obra ou serviço.
Assistência – atividade que envolve a prestação de serviços em geral, por profissional que
detém conhecimento especializado em determinado campo de atuação profissional,
visando suprir necessidades técnicas.
Condução – atividade de comandar a execução, por terceiros, do que foi determinado por si
ou por outros.
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Ensaio – atividade que envolve o estudo ou a investigação sumária de aspectos técnicos e/ou
científicos de determinado assunto.
Execução de desenho técnico – atividade que implica a representação gráfica por meio de
linhas, pontos e manchas, com objetivo técnico.
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Laudo – peça na qual, com fundamentação técnica, o profissional habilitado, como perito,
relata o que observou e apresenta as suas conclusões, ou avalia o valor de bens,
direitos, ou empreendimentos.
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Perícia – atividade que envolve a apuração das causas que motivaram determinado evento, ou
da asserção de direitos, e na qual o profissional, por conta própria ou a serviço de
terceiros, efetua trabalho técnico visando a emissão de um parecer ou laudo
técnico, compreendendo: levantamento de dados, realização de análise ou
avaliação de estudos, propostas, projetos, serviços, obras ou produtos
desenvolvidos ou executados por outrem.
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capaz de propor soluções que sejam não apenas tecnicamente corretas, ele deve ter a ambição
descritas aqui.
- Economia;
- Administração/Gestão;
- Política;
- Psicologia;
- Cultura;
- Artes;
- Sociologia;
- Desenvolvimento Sustentável;
- Direito (Consumidor, Civil, Trabalhista, Tributário e Internacional);
- Relações Internacionais;
- Comércio Exterior;
- Uso da internet – redes sociais;
- Outros.
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Todo engenheiro deve ser capaz de manter boas relações interpessoais, pois este
profissional se relaciona com diversos tipos de pessoas, com as mais variadas formações
educacionais e mais variados perfis socioeconômicos, tais como seus subordinados, clientes,
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por meio de técnicas estatísticas. Assim, todo engenheiro deve dominar o uso de técnicas
estatísticas.
4.2.5 Comunicação
- Representação matemática;
- Representação gráfica;
- Representação tabular;
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formados por profissionais de diversas áreas para a solução de problemas. Desta forma, a
4.2.6.1 Liderança
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até mesmo, desenvolver novas tecnologias e/ou métodos de gestão e/ou novas formas de
utilizar as tecnologias e/ou métodos de gestão existentes, pode ser considerada a mais
4.2.8 Criatividade
Todo engenheiro deve ter uma postura correta na aplicação de seus conhecimentos
técnicos.
SEMINÁRIO
1. Dividir a sala em 9 equipes. Cada equipe fica com uma qualidade profissional;
2. Estas devem preparar um seminário com o tema: “O que deve-se fazer para conseguir obter
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4. As equipes deverão utilizar os seguintes recursos: data show; power point; retroprojetor;
transparências; quadro negro ou branco; giz ou caneta para quadro branco; apagador.
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IV CRIATIVIDADE
4.1 TEXTO 1
“Você é criativo?
Será a capacidade de criar um dom inato? Se for, e você não o tiver, está condenado
Para saber se alguém é criativo, precisamos antes ter clareza sobre o que é
• O ato de unir duas coisas que nunca haviam estado unidas e tirar daí uma terceira coisa;
Aqui adotamos uma definição diferente e subjetiva de criatividade: uma pessoa cria
quando concebe em sua mente algo que nunca viu, ouviu ou sentiu antes. Essa definição
ignora o fato de a criação ser útil ou não para algum propósito ou para resolver algum
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conexão lógica com o mundo exterior. Essa definição de criatividade desloca os aspectos
um segundo momento; criar é um ato pessoal e subjetivo, a criatividade pura vem antes da
aplicada. Criações não têm necessariamente que servir para alguma coisa, como solucionar
Assim, se você imagina sua cabeça fora do corpo, e o faz de uma forma que nunca
fez antes (não é uma lembrança), você está criando. Estará também criando nas seguintes
situações:
• Combinar duas ou mais imagens para formar uma nova (imagine um jacaré comendo um
tomate);
• Segmentar uma imagem em formas novas ou de uma forma nova (imagine um triângulo
• Distorcer uma imagem (imagine seus olhos inchando e saindo das órbitas oculares);
• Ver uma imagem sob outra perspectiva, um diferente "ângulo de câmera" (veja seus olhos
• Combinar algumas notas musicais para formar uma melodia nunca antes ouvida;
de uma situação a outra, seja de uma situação-problema para uma solução ou, mais
genericamente, elaborar comportamentos que modificam uma situação percebida para uma
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limites, como:
Podemos concluir que, uma vez que todos nós, humanos, temos a capacidade de
processar imagens e sons de formas variadas na mente, todos nós temos a capacidade da
criatividade pura. Você é criativo por definição, por construção. E quanto às criatividades
para atingir objetivos do tipo comunicar idéias e influenciar pessoas para conseguir o que
queremos.
Sendo potencialmente criativos, talvez as únicas coisas que nos impeçam de criar
mais sejam não acreditar nessa possibilidade ou simplesmente não ter um motivo para fazer
isso. Ou desejo.”
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4.2 TEXTO 2
intrínseco ao ser humano que lhe possibilita trabalhar e combinar idéias e fatos conhecidos a
fim de gerar novas idéias. A imaginação permite o indivíduo formar idéias abstratas e está
Pessoas criativas têm níveis de consciência e atenção maior do que as demais. Isto dá a elas
uma sensibilidade elevada, além de estarem sempre dispostas a enxergar novas possibilidades
e buscar novas relações entre as coisas. Cabe ainda salientar que elas apresentam duas linhas
‘gatilhos’ ou idéias simples para desenvolver idéias mais complexas. Durante o processo
criativo, eles fazem uso de componentes da criatividade que auxiliam o momento criativo.
respostas.
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idéias originais. Além disso, eles ficam obcecados na busca de solução para um problema e
trabalham com uma série de idéias, veloz e simultaneamente, até encontrar uma solução.
Nesse modo de pensar, o indivíduo faz uso do raciocínio lógico e avaliativo a fim de
problema. Isto implica em tentar encontrar critérios que delimitem quais soluções são
apropriadas ao problema que se tem em mãos. Essa linha de raciocínio é empregada quando
qual seria sua resposta? Pare por cinco minutos, procure lembrar de ocasiões que você
Sua resposta deve envolver, pelo menos, cinco traços de personalidade. Esses traços de
momentos de criação.
Ambos encontram-se com tempo ilimitado, sem pressão por resultados, sem vigilância e com
imaginação e percepção aguçadas. Pode-se afirmar que a ingenuidade de uma criança auxilia
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Curiosidade extrema;
podem ser empregadas. Também, elas têm a tendência de trabalhar com idéias contrárias e
não relacionadas durante o processo criativo. Além disso, elas fazem uso de analogias e
metáforas quando em busca de uma solução ou quando tentam contestar alguma suposição.
Pessoas criativas agem como crianças. Durante o período de descoberta das crianças, elas
costumam explorar, experimentar e aprender com os erros. É dessa forma que elas ajustam e
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reorganizam suas idéias, bem como usam a imaginação. O indivíduo criativo trabalha
Note que esse tipo de comportamento e habilidade não se encaixa dentro dos padrões de
conceito A (com notas entre 9.0 e 10.0) que se mostraram sem condições de fazer pesquisa.
Houve um caso de uma garota, estudante de doutorado de uma instituição norte americana
renomada, que possuía excelentes notas, isto é, apenas conceito A em seu histórico.
Entretanto, essa garota não foi capaz de apresentar uma proposta de tese de doutorado. Na
ocasião, o orientador dela (e também a instituição) que considerava mais importante o aluno
problema ainda não tratado, bem como nas possíveis soluções que poderiam ser empregadas.
Trata-se de um exemplo de pessoa inteligente, mas de pouca criatividade. Hoje em dia, essa
pessoa está empregada em uma grande empresa e desempenha de modo exemplar suas
funções. Embora ela seja uma pessoa altamente qualificada a solucionar problemas, alguém
necessita formular o problema ou até aponta possível solução. Portanto, inteligência não é
tudo.
excelentes, com média entre 9.0 e 10.0, não nos permite qualificar a pessoa como criativa
também. A criatividade, por outro lado, é a capacidade de gerar novas idéias, conhecimentos e
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C a m p u s d e C a m p o M o u r ã o
formas de pensar.
4.3 TEXTO 3
“Desenvolvendo a criatividade.
(...)
A boa notícia é que a criatividade faz parte da natureza humana e com o estímulo certo, nós
podemos desenvolve-la.
- Faça anotações: Idéias são como sonhos, se não forem devidamente armazenadas, serão
esquecidas e perdidas em poucos minutos. Por isso, anote qualquer idéia, mesmo aquelas que
não façam o menor sentido, que ainda não estejam prontas ou que não despertaram o interesse
de ninguém, mesmo assim, anotem. “Quando perguntaram a Einstein onde era seu laboratório,
ele tirou uma caneta e respondeu ‘Aqui!’ ” Trecho do livro, Einstein – O Enigma do Universo
de Huberto Rohden.
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levantar os dados do problema e buscar a melhor solução. Certa vez, Einstein disse: “ - não
sou mais inteligente do que ninguém, sou apenas a pessoa mais curiosa que conheço”.
- Procure escrever ao menos uma idéia por dia: Esse é um exercício simples, que se for
feito com regularidade, pode em pouco tempo trazer resultados interessantes. Faça o seguinte:
separe alguns minutos por dia, durante o banho, indo para o trabalho, antes de dormir, ou em
qualquer outro lugar e hora, para pensar sobre um determinado assunto. Pense em novas
soluções para antigos problemas, idéias para problemas novos, etc. Faça o exercício
diariamente e anote e guarde todas as idéias que surgirem. Um dos maiores estudiosos do
processo criativo, Edward De Bono, diz que a sua principal função como consultor de grandes
empresas do mundo, sempre foi fazer as pessoas pararem um pouco para pensarem e
repensarem seus problemas. Então, escolha uma hora qualquer do dia para sair um pouco da
rotina e bote a cabeça para funcionar. "Quando a mente de uma pessoa expande-se ao criar
uma nova idéia, nunca mais voltará a sua dimensão original". (Oliver Wendell Holmes).
- Armazena suas idéias: Algumas idéias precisam ficar descansando, para então,
amadurecerem e ganharem vida. Muitas vezes uma idéia de hoje, pode resolver um problema
de amanhã, por isso, anote e guarde todas as idéias que tiver. Um boa dica para não esquecer e
perder suas idéias é comprar um pequeno caderno, de preferência de capa dura para anotar
sempre que surgir uma idéia ou pensamento. Não se esqueça de levar o caderno acompanhado
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de um lápis ou caneta para todos os lugares. Leve-o para onde quer que você vá, ao banheiro,
ao almoço em família, ou para qualquer outro lugar. As boas idéias não escolhem hora para
aparecer e como já disse, se não anotar rápido, certamente vai esquecer. Guarde também os
recortes de jornais, revistas, anúncios, e-mails, Websites ou qualquer outra fonte que possa
conter informações relevantes aos seus projetos e que no futuro possa servir como inspiração.
Consulte seu arquivo sempre que precisar de boas idéias. Mas tome cuidado, com tempo você
terá muitos recortes, revistas e cadernos para guardar. Para facilitar sua pesquisa no futuro,
separe tudo em pastas por assunto e guarde em caixas. Imagine se em sua casa, não tivesse um
armário com portas e gavetas para organizar as coisas? Como seria para encontrar um par de
meias pretas? Assim também funciona com as idéias, precisamos organizá-las! Mas, não
adianta guardar na parte de cima do armário, procure deixar em um local de fácil acesso.
- Aprenda a escutar, ouvir e observar. Pessoas, lugares e acontecimentos podem nos enviar
mensagens, respostas e idéias a todo instante. Muitas vezes precisamos codificar essas
sentidos na busca da melhor resposta para o que procura. "Descobrir é olhar para a mesma
coisa como todos olham e enxergar algo diferente". (Albert Szent-Gyorgyi). O psicólogo
Samuel Gosling, desenvolveu uma interessante tese que é preciso notar os pequenos detalhes
para se ter uma visão real de uma pessoa ou problema. Uma particularidade de alguém, um
- Preste um pouco mais de atenção nas crianças e idosos: “Toda criança é artista. O
(Picasso). Normalmente as idéias mais criativas são aquelas mais obvias e simples. As
crianças são a essência da simplicidade e podemos aprender muito observando a maneira com
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que elas desenvolvem suas brincadeiras e criações. Do outro lado temos os idosos com toda a
experiência e sabedoria acumulada a duras provas durante várias gerações de muito trabalho.
respeitar um pouco mais essas pessoas tão especiais e que têm muitas coisas para nos ensinar.
Se juntarmos a simplicidade das crianças com a experiência dos idosos, teremos uma
portes, aprendemos que os melhores produtos incorporam as diferenças das pessoas”. (Tom
Kelley).
criatividade, não julgue o desconhecido e o diferente. É importante ter a mente aberta para as
mudanças, novidades e diversidades que surgirem. Como muito bem disse, Kelley logo
acima, os melhores produtos, assim como as melhores idéias podem surgir das diferenças
criar. Precisamos gostar dos problemas e desafios que aparecerem pela nossa frente. Um
(Anônimo)
- Perca o medo de perguntar: O medo de perguntar algo sem sentido e parecermos estúpidos
e incompetentes na frente de estranhos, colegas de trabalho, amigos ou clientes, faz com que
fiquemos inseguros e que não tenhamos a coragem necessária para esclarecer nossas dúvidas.
problema e dar o primeiro passo no desenvolvimento de uma solução criativa. Uma das
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características infantis presentes nos adultos criativos é fazer perguntas sobre temas que eles
- Coloque as idéias em ação: Não adianta só ter idéias, é preciso ter coragem para mostrá-las
aos amigos, família, sócios, patrocinadores, etc. Ao apresentarmos uma idéia, ela cresce, se
transforma e atinge uma outra esfera. É nesse momento que a colocamos a prova e podemos
visualizar suas reais possibilidades. “Quem troca pães, fica com um único pão. Quem troca
idéias fica com as duas. O melhor negócio é sempre trocas idéias.” (J.M. Machado de Assis).
Jack Welch ex-presidente da General Eletric diz em seu livro “Jack Definitivo”, que se uma
idéia não resistir a algumas perguntas de corredor, por certo não resistirá ao mercado. Toda
nova idéia normalmente passa por diversos tipos de resistências e obstáculos. Da falta de
vontade política a escassez de recursos humanos e materiais. Mesmo uma excelente idéia
pode sofrer todo tipo de pressão, por isso, para vencermos precisamos ser perseverantes,
mantermos a motivação e sabermos buscar os aliados certos. Ter coragem para tentar, mesmo
sabendo que é provável que tenhamos muitas quedas durante o percurso. Nunca devemos
esquecer que as piores idéias, são sempre aquelas que nunca saíram das gavetas.
- Evite coisas que enfraqueçam o cérebro: Qualquer tipo de droga legalizada ou não, pode à
primeira vista ajudar no processo criativo, mas cuidado, o preço cobrado é caro demais por
alguns voláteis instantes de bem estar e euforia. Não é caretice, é fato! Todos que utilizam
por muito tempo algum tipo de bengala acabam desaprendendo a andar sozinhos. Com o
preciso ainda estar atento a outros tipos de perigos aparentemente inofensivos, mas que
podem ter conseqüências negativas ao processo criativo. São eles a baixa auto-estima, a
timidez, que juntos ou separados, podem limitar e até neutralizar seu potencial criativo. Só
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erra quem faz e só constrói uma grande idéia quem acredita em seu potencial, tem paixão pela
- Use o seu tempo ocioso com sabedoria: Aproveite seu tempo livre para enriquecer suas
experiências, adquirir mais cultura e conhecer mais pessoas. Descubra novas fontes e abasteça
seu banco de idéias. Visite museus, parques e exposições. Assista peças de teatro, filmes e
shows. Leia o que passar pela frente, de livros a jornais. É preciso estar preparado para
não pode ser sempre divertido e prazeroso. Mas quando descobrimos nossos verdadeiros
interessantes quanto os sábados. “As pessoas não têm mais talento, têm mais paixão por seus
assuntos. Einstein investia tempo, todos os dias, viajando pelo imensurável espaço além da
atmosfera terrestre com sua imaginação intuitiva. Quem quiser ter mais intuição sobre alguma
cérebro humano. (Edward de Bono). Roberto Menna Barreto fala em seu livro “Criatividade
no Trabalho e na Vida”, que existem ingredientes que devem ser misturados e muito bem
cuidados para que possamos ter idéias criativas. A partir da idéia de um médico
Segundo o autor, bom humor é estar numa boa perante um problema, qualquer problema, é
razão imprescindível, sine qua non, para um indivíduo ter um flash criativo capaz de resolvê-
lo. Problemas que nos comprometem o bom humor, que nos fazem sofrer, são problemas para
cuja solução estamos provisoriamente, impotentes. Roberto tem razão, quando estamos de
bom humor, todas as coisas ficam mais claras e fáceis. Mas na falta dele, é como se
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perdêssemos parte da visão e não pudéssemos mais enxergar todas as paredes de uma sala.
Sem ele, nosso raciocínio e intuição ficam comprometidos. Quando estava terminando este
artigo tive alguns problemas pessoais que me privaram o bom humor e o poder de
concentração. Fiquei quase uma semana sem conseguir escrever uma linha. É muito difícil,
poderia até dizer que é quase impossível manter o humor quando passamos por algum
problema pessoal que nos deixa triste, desmotivado e até sem esperanças. Mas mesmo assim,
é preciso levantar a cabeça, olhar o problema de frente e dar a volta por cima. Quando
consegui recuperar o humor, passei a enxergar meu problema com outros olhos e afinal, ele
- Trabalhe duro: “Eu penso 99 vezes, e nada descubro; deixo de pensar e mergulho no
silêncio – e eis que a verdade me é revelada”. (Einstein). Tudo que Einstein descobriu foi
Einstein, após trabalhar duro, desligue-se um pouco do problema e quando menos imaginar
encontrará a resposta que tanto procura. Na filosofia milenar de Bhagauad Gita se exprime
esta verdade do seguinte modo: “Quando o discípulo está pronto o mestre aparece”.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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ANEXOS
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ANEXO 1
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Resumo: Este trabalho tem por objetivo principal apresentar um estudo sobre o crescimento do
número de cursos e de modalidades de engenharia e suas principais causas e conseqüências.
Para tanto é apresentada uma breve retrospecção a partir da origem do ensino regular de
engenharia no país procurando identificar a trajetória do aumento do número de cursos e de
modalidades ao longo da história do país. Os dados sobre os cursos foram coletados no Cadastro
as Instituições de Ensino Superior que consta do portal do Instituto de Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). A tabulação destes dados mostra que houve um
crescimento vertiginoso do número de cursos e de modalidades de engenharia a partir de 1996,
ano de publicação da atual LDB (Lei nº 9.394 de 20dez1996), além de se verificar mudanças no
perfil do ingressante, visto que, vem aumentando o número de cursos noturnos o que acarreta
mudanças na organização destes cursos e, também, no perfil dos egressos.
Palavras-chave: Educação em Engenharia, Cursos de Engenharia, Modalidades de Engenharia
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo principal apresentar um estudo sobre o crescimento do número
de cursos e de modalidades de engenharia no país. Os antecedentes principais deste são os estudos
realizados na pesquisa de doutoramento do autor (OLIVEIRA, 2000), na qual foi realizado um
levantamento sobre as origens e a evolução dos cursos de Engenharia Civil no país em termos
didáticos pedagógicos e nos trabalhos atuais do autor sobre a organização e avaliação dos cursos
de Engenharia de Produção, hoje a modalidade com o maior número de cursos. Em termos
retrospectivos, a base principal deste é a obra de TELLES (1994) do qual foi retirado o seguinte
trecho:
“Em 1828, o engenheiro inglês Thomas Tredgold, na elaboração dos estatutos do Instituto dos
Engenheiros Civis Ingleses, deu uma definição de engenharia que ficou clássica: A arte de dirigir as
grandes fontes de energia da natureza para o uso e a conveniência do homem. Conclui-se desta feliz
definição que a história da engenharia de qualquer nação ou coletividade confunde-se, em grande parte,
com a própria história do desenvolvimento.”
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A base principal de dados atuais sobre os cursos de engenharia é o portal do Instituto de Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) – www.inep.gov.br.
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Os dados dos cursos que constam do Cadastro das Instituições de Ensino Superior (IES) do INEP
não estão todos completos, alguns não disponibilizam o número de vagas e outros não permitem
identificar com clareza se são cursos distintos ou habilitações de um único curso. Também há
casos de cursos nos quais não fica claro se estão em extinção ou se um novo currículo determinou
outro registro como um curso novo. Ainda há casos nos quais um erro de grafia na inserção do
curso no Cadastro dificulta que o mesmo seja alcançado pelo mecanismo de busca. Ou seja, a
tabulação dos dados e a apresentação dos mesmos neste trabalho podem conter imprecisões, no
entanto, não chega a comprometer o trabalho, visto que, este estudo tem seu objetivo mais voltado
para a apresentação de crescimentos e tendências. De todo modo acredita-se que a margem de erro
acerca do número de cursos não ultrapasse 1,5% do total para mais (caso de habilitações
consideradas como cursos) ou para menos (caso de cursos não encontrados pela busca).
2. BREVE RETROSPECTO
No início do seu livro História da Engenharia no Brasil, TELLES (1994) registra que “a
engenharia quando considerada como arte de construir é evidentemente tão antiga quanto o
homem, mas, quando considerada como um conjunto organizado de conhecimentos com base
científica aplicado à construção em geral, é relativamente recente, podendo-se dizer que data do
século XVIII”.
A École Nationale des Ponts et Chausseés, fundada em Paris, em 1747, por iniciativa de Daniel
Trudaine, foi o primeiro estabelecimento de ensino de engenharia que se organizou com estas
características, sendo considerada a primeira escola para o ensino formal de engenharia do mundo
e que diplomou profissionais com o título de engenheiro (PARDAL, 1986). Esta escola formava
basicamente construtores e, se assim for, o ensino de engenharia iniciou-se pela engenharia hoje
conhecida como engenharia civil, sendo os primeiros engenheiros diplomados os precursores do
engenheiro civil atual. Conforme registra ainda TELLES (1994), “o nome engenheiro civil teria
sido usado, pela primeira vez, pelo engenheiro inglês John Smeaton – um dos descobridores do
cimento Portland – que assim se autodenominou em fins do século XVIII – para distinguir-se dos
engenheiros militares”.
A École Polytechnique, fundada em 1795 por iniciativa de Gaspard Monge e Fourcroy, tem sido
considerada como a “que se tornou modelo de outras escolas de engenharia pelo mundo afora.
Esta Escola tinha o curso em três anos, cujos professores de alto nível (Monge, Lagrange, Prony,
Fourrier, Poisson, etc.) ensinavam as matérias básicas de engenharia, sendo os alunos depois
encaminhados a outras escolas especializadas: Ponts et Chausseés, École de Mines, etc.”
(TELLES, 1994). Como se pode observar, “a separação, na estruturação curricular, entre as
diversas ciências que participam na formação do engenheiro, colocando-se primeiramente (em
bloco) as básicas, depois as básicas de engenharia e, por fim, as aplicadas de engenharia, remonta
já às primeiras escolas” (BRINGUENTI, 1993).
No Brasil, conforme registram os autores PARDAL (1986) e TELLES (1994), a data de início
formal dos cursos de engenharia foi 17 de dezembro de 1792, com a criação da Real Academia de
Artilharia, Fortificação e Desenho, na cidade do Rio de Janeiro, e que é a precursora em linha
direta e contínua da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Antecedendo a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, houve a Aula de
Fortificação, criada por carta régia de 1699, voltada para o ensino militar, que incluía
conhecimentos de engenharia, depois consolidado em 1738 na Aula do Terço de Artilharia. Deste
ensino não se conhece regulamento nem programa de ensino, sabendo-se apenas que durava cinco
anos (PARDAL, 1996).
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A que pode ser considerada como a segunda escola de engenharia do Brasil e, também, a única
fundada durante o Império foi a Escola de Minas de Ouro Preto. A sua fundação foi “uma decisão
política do Imperador D. Pedro II”, que contratou em 1874, por indicação do cientista francês
Auguste Daubrée, o engenheiro francês Claude Henri Gorceix (1842-1919), então com 32 anos de
idade, para organizar o ensino de geologia e mineralogia no Brasil.
Após a Proclamação da República em 1889, foram fundadas, ainda no século XIX, mais 5 escolas
de engenharia. Novas escolas só foram fundadas entre 1910 e 1914, registrando-se mais 5 (quadro
01), sendo 3 em Minas Gerais. Das 12 escolas de engenharia existentes até então no Brasil (um
terço delas em Minas Gerais), apenas uma não possuía curso de Engenharia Civil (Itajubá/MG).
Nenhuma outra Escola de Engenharia foi criada no país até a década de 30. Em 1928, foi criada a
Escola de Engenharia Militar, a qual, na verdade, sucedia a Escola Militar, que resultou do
desmembramento ocorrido em 1855 da primeira escola de engenharia do Brasil. De acordo com o
que consta hoje no portal do INEP, em 1930 havia 27 cursos de engenharia no país distribuídos
em 11 Instituições (UFRJ, UFOP, USP, UFPE, UFRGS, UFBA, UFMG, UFPR, UNIFEI, UFJF e
IME). Entretanto, segundo o que consta da obra de PARDAL (1986) e TELLES (1994), ainda
existiam cursos na Estadual de Pernambuco e na Universidade Mackenzie, a única particular
dentre as elencadas.
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Em 1945 terminou a segunda grande guerra e, também, a ditadura Vargas e havia 47 cursos de
engenharia distribuídos por 8 estados: Rio de Janeiro (12) São Paulo (11), Minas Gerais (8), Rio
Grande do Sul (6), Bahia (4), Pernambuco (4), Pará (1) e Paraná (1). As escolas de engenharia
estavam praticamente restritas às capitais, à exceção de Minas Gerais que tinha cursos em Ouro
Preto, Itajubá e Juiz de Fora. Somente na década de 50 outros estados passaram a contar com
cursos de Engenharia: Espírito Santo, Goiás, Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte.
Na década de 50 eram criados em média 3 cursos por ano no país e em 1961, final do governo
Juscelino Kubitschek, estavam em funcionamento 101 cursos de engenharia no país. Em 1962
houve um recorde com a criação de 11 novos cursos no Brasil.
Em 1966 foi aprovada a Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966 que regulava o exercício da
profissão de engenheiro, substituindo o Decreto de 1933. Em 29 de junho de 1973, foi aprovada a
Resolução Nº 218 do CONFEA que discrimina atividades das diferentes modalidades
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Um dos fatores que contribui para explicar esse aumento de número de cursos, de modalidades e
de ênfases, é a flexibilização da atual legislação no que se refere à organização de cursos,
conforme se pode observar na CNE/CES 11/2002 que estabelece as diretrizes para o curso de
engenharia.
Quando se observa o crescimento de determinadas modalidades verifica-se que ocorre, também,
uma mudança no perfil para a formação profissional em engenharia, apesar da maioria das
modalidades tradicionais como Civil, Elétrica, Mecânica e Química também apresentarem
crescimento. Este novo perfil pode ser verificado com o crescimento de modalidades como
Computação, Controle e Automação, Telecomunicações, dentre as principais que representam
basicamente novas tecnologias (gráfico 02). De outro lado Alimentos, Ambiental, Florestal,
Materiais e o surgimento no presente século da Engenharia de Bioprocessos, Bioquímica,
Biomédica, indicam uma mudança de postura na utilização dos recursos naturais e com relação à
saúde de uma maneira geral.
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Fonte: Organizado pelo autor com base em dados do portal do INEP (maio/2005).
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Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa
Catarina continuaram sendo os 5 estados com o maior número de cursos no país, contabilizando
75% dos cursos de engenharia atualmente existentes no país.
Bahia, Amazonas e Goiás tiveram crescimento acima da média desbancando estados como
Pernambuco, Paraíba e Ceará. Isto se explica pelo desenvolvimento que estes estados têm
experimentado em termos de necessidade de engenheiros, principalmente visando a
implementação de infraestrutura nestes estados.
Verifica-se que é excessivamente desproporcional a concentração de cursos nos estados do
sul/sudeste, que detém 76% do total de cursos, quando comparada com o encontrado nos estados
do norte, nordeste e centro-oeste que contam com apenas 24% do total de cursos na atualidade.
Isto denota que as diferenças e a concentração de recursos vem se acirrando cada vez mais no país
pela falta de projeto conseqüente por parte dos governos que se sucedem praticamente desde que
Cabral aportou no Brasil.
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Outra questão importante a se observar é que está havendo um aumento da oferta de vagas e de
cursos de engenharia no período noturno (quadro 04), o que possibilita ao aluno que trabalha
durante o dia possa cursar engenharia. Isso implica em mudanças no perfil do aluno que ingressa
no curso de engenharia. Também verifica-se que esse crescimento de número de cursos de
engenharia é maior nas IES particulares, setor que vem apresentando o maior crescimento em
termos de expansão e de criação de novas Instituições e de cursos.
Também, de acordo com os dados disponíveis no portal do INEP e nos relatórios acerca do Censo
da Educação Superior, pode-se observar que as vagas disponíveis não estão sendo ocupadas na
sua totalidade, principalmente nas IES particulares, nas quais a ociosidade média é de cerca de um
terço das vagas disponibilizadas. Isto indica, também, que o ingressante nos cursos de engenharia
pode estar com uma carga de conhecimento aquém do necessário para acompanhar um curso de
engenharia, visto que, mesmo naqueles cursos de alta demanda no vestibular, verifica-se que há
deficiência em termos de conhecimentos básicos, principalmente de Física, de Matemática e de
Português.
Por último, o quadro 05 apresenta a distribuição quantitativa dos cursos de engenharia pelos
grupos que estarão participando do ENADE 2005 (prova no dia 06 de novembro de 2005). O
gráfico 06 também contribui para ilustrar esta distribuição.
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De uma maneira geral, os dados apresentados neste trabalho permitem constatar as seguintes
questões principais:
• Houve um crescimento vertiginoso do número de cursos e de modalidades de engenharia a
partir de 1997 e esta expansão ocorreu mais no setor das IES particulares;
• Têm aumentado consideravelmente o número de cursos de engenharia no turno noturno;
• Aumentou a concentração de cursos de engenharia na região sudeste, notadamente no
estado de São Paulo.
Outra questão relevante é a mudança gradativa de enfoque nos cursos de engenharia, observado
pelo maior crescimento de cursos mais voltados para:
• As tecnologias de base informacional (computação, automação, telecomunicação, etc.);
• A utilização mais racional dos recursos do planeta e as suas conseqüências para o ambiente
e para a saúde (ambiental, florestal, alimentos, bioprocessos, etc.);
• A gestão das organizações, dos recursos e das pessoas o que pode ser comprovado pelo
vertiginoso crescimento da modalidade de Engenharia de Produção.
Estas três questões, em maior ou menor escala, passaram a fazer parte dos currículos de diversas
outras modalidades de engenharia, notadamente a partir da década de 90. Isto pode ser explicado
em parte pela própria evolução das Organizações e a dos Cursos de Engenharia (quadro 06).
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Estas duas questões combinadas podem levar a formação de engenheiros com insuficiência de
conhecimentos para o exercício profissional. Por exemplo, os ingressantes em cursos noturnos
que trabalham durante o dia e que já estão afastados da escola há algum tempo, certamente que
não possuem os mesmos conhecimentos daqueles ingressantes em cursos de alta demanda. Se,
além disso, ainda vão freqüentar um curso com carga horária “enxuta” e com tempo de duração
reduzido, agravado pela pouca disponibilidade de tempo para estudos extra classe, pode levar à
formação de profissionais com deficiências. Para evitar isso, faz-se necessário que os cursos
disponham de mecanismos eficientes de nivelamento e de meios e métodos de
ensino/aprendizagem que possam enfrentar as restrições apontadas.
De todo modo, da mesma forma que houve uma mudança de paradigma nas organizações onde o
capital fundamental destas, passou a ser o conhecimento aliado à sua estratégia competitiva e aos
seus processos de produção, os cursos também devem mudar o seu enfoque passando a ter como
essencial a sua gestão pedagógica e os seus métodos e meios de ensino/aprendizagem. Ou seja, a
Educação em Engenharia, como a Gestão na Engenharia, passa a ocupar o espaço essencial na
formação dos professores. Não basta mais ao professor saber para “dar aulas”, portanto, não há
mais como se escorar na máxima parodiada do cartesianismo: se “penso logo existo”, então, “sei
logo ensino”.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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TELLES, P C S, 1994, História da Engenharia no Brasil: Século XX. 2 Ed. Rio de Janeiro,
Clavero.
TELLES, P C S, 1994, História da Engenharia no Brasil: Séculos XVI a XIX. 2 Ed. Rio de
Janeiro, Clavero.
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