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1 Maio 2009 11

PORTUGAL
Bancos avaliam casas por baixo Feira do Livro Sintra proibe espectáculos com animais
A 79ª Feira do Livro de Lisboa
A avaliação que os bancos fazem das casas, abriu no Parque Eduardo VII, A Assembleia Municipal decidiu proibir, na
no âmbito de crédito à habitação, voltou a sob o mote “Viver a leitura”, última reunião, proibir as touradas e
cair no primeiro trimestre de 2009. O valor com novos horários, 140 espectáculos com animais, na sequência da
médio de avaliação bancária de habitação no participantes e 236 pavilhões. aprovação do Regulamento de Animais de
Continente fixou-se em 1149 euros por metro A mudança de horário é Sintra. A medida, tomada na última quinta-
quadrado, nos primeiros três meses do deste justificada pelos “novos hábitos feira, contou com os votos favoráveis do BE
ano, correspondendo a um decréscimo de citadinos” e para “trazer as e da maioria do PS e da coligação “Mais
0,3 % face ao trimestre anterior e de 5,8 % escolas à feira”, pois “os mais Sintra”. Já a CDU e alguns deputados do PS
face ao período homólogo do ano passado. novos são os leitores do futuro”. e da coligação votaram contra.

Eanes exorta portugueses a serem mais exigentes com governantes


O ex-presidente da República, Ramalho Ramalho Eanes, no colóquio moderado pelo Belmiro de Azevedo, um dos maiores “Estamos a aceitar coisas que são
Eanes, desafiou os portugueses a serem “mais jornalista Adelino Gomes, em que também empresários portugueses, também se referiu inaceitáveis: estamos a aceitar que, cada vez
exigentes” com os governantes, durante um participaram o empresário Belmiro de às dificuldades que os portugueses mais, sejamos “controlados
colóquio comemorativo do 25 de Abril, Azevedo, o social-democrata Pacheco atravessam, deixando um recado às gerações electronicamente, a aceitar que toda nossa
realizado em Grândola. Pereira e o presidente da Câmara de mais jovens para que apostem na qualificação vida possa ser reconstituída pelo estado”,
“Nós temos o governo que merecemos, Grândola, Carlos Beato, anfitrião e promotor e na “irreverência”. f r i s o u . “ To d o s o s m e u s m o v i m e n t o s
temos os partidos que merecemos, temos os deste colóquio comemorativo do 25 de Abril. Para o social-democrata Pacheco Pereira, bancários são conhecidos, todos os meus
subsistemas de saúde e educação que O general que comandou as tropas do 25 de “o 25 de Abril cumpriu-se no fundamental: levantamentos no multibanco são
merecemos, porque somos responsáveis pela Novembro (de 1975), acrescentou que “é somos livres, temos uma democracia - não conhecidos, os livros que compro numa
nossa sociedade”, disse Ramalho Eanes, tempo de mudar” (de atitude), porque deve funciona muito bem mas é livraria são conhecidos, se passear pela baixa
depois de citar um autor espanhol que ser o povo português a definir as linhas do incomparavelmente melhor (do que a de Lisboa estou permanentemente a ser
responsabilizava os povos submetidos a futuro. ditadura do Estado Novo)”. O comentador filmado”, frisou Pacheco Pereira procurando
regimes tirânicos, pela incapacidade de se Ramalho Eanes foi o último orador no político advertiu, no entanto, para os perigos evidenciar a necessidade de os portugueses
revoltarem. colóquio em que o empresário Belmiro de da crise económica que se faz sentir a nível continuarem a lutar pela liberdade. Pacheco
“Cabe-nos a nós impor regras, exigir Azevedo contou como começou a construir o mundial, e lembrou que “a democracia não Pereira disse ainda que “se houver uma
condutas e, quando for necessário, império da Sonae, de que detinha apenas 17 sobrevive bem em ambientes em que as deriva autoritária, há hoje instrumentos muito
substituirmos os governantes”, frisou acções na fase inicial. pessoas empobrecem rapidamente”. mais poderosos do que os bufos da PIDE”.
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