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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

LEONARDO DE ARRUDA DELGADO

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

São Luis
2004
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 2
Leonardo de Arruda Delgado

SUMARIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3
2 AVALIAÇÃO DA INGESTÃO ALIMENTAR ...................................................... 3
2.1 Pirâmide de orientação alimentar ............................................................. 5
2.1.1 Recomendações dietéticas diárias .................................................... 7
2.1.1.1 Necessidades diárias de carboidratos ........................................ 9
2.1.1.2 Necessidades de gorduras ......................................................... 9
2.1.1.3 Necessidades diárias de proteínas........................................... 10
2.1.1.4 Necessidade de hídricas........................................................... 10
2.1.1.5 Necessidades minerais............................................................. 11
2.1.1.6 Necessidades vitamínicas ........................................................ 11
3 AVALIAÇÃO DA QUANTIDADE ALIMENTAR ............................................... 12
3.1 Controle de massa corporal .................................................................... 13
3.2 Calculo do gasto energético total (GET) ................................................. 14
3.2.1 Cálculo do efeito térmico do alimento (TEF).................................... 15
3.2.2 Termogênese facultativa.................................................................. 15
3.2.3 Cálculo do gasto energético em repouso (GER).............................. 15
3.2.3.1 Fatores que afetam o GER ....................................................... 18
3.2.4 Cálculo do consumo energético de trabalho (GET) ......................... 19
3.2.5 Cálculo do gasto energético com atividade física (GAT) ................. 20
3.2.5.1 Demanda energética de algumas atividades esportivas........... 20
3.2.6 Cálculo do GET................................................................................ 22
4 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ALIMENTAÇÃO....................................... 22
4.1 Avaliação antropométrica........................................................................ 22
4.1.1 Relação peso estatura ..................................................................... 23
4.1.1.1 Estatura/Peso ........................................................................... 23
4.1.1.2 Peso/Estatura ........................................................................... 23
4.1.1.3 Relação Peso/Estatura² ............................................................ 24
4.2 Avaliação dos sintomas referidos ........................................................... 24
4.2.1 Fatores determinantes ..................................................................... 24
4.2.2 Classificação dos níveis de carência nutricional .............................. 25
4.2.3 Sensações relacionadas à deficiência nutricional............................ 25
4.2.4 Patologias relacionadas à desnutrição ............................................ 25
4.2.4.1 KWASHIORKOR ...................................................................... 25
4.2.4.2 Marasmo................................................................................... 26
4.2.4.3 Anemia...................................................................................... 26
4.2.4.4 Bócio endêmico ........................................................................ 27
4.2.4.5 Vitaminoses .............................................................................. 27
REFERÊNCIAS..................................................................................................... 27
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 3
Leonardo de Arruda Delgado

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

1 INTRODUÇÃO

Um adequado estado nutricional é condição primária para realização de


atividade física com características recreativas, terapêuticas ou competitivas.
MACHADO NETO (1994, p.51) define o estado nutricional, como o grau, pelo qual
as necessidades fisiológicas de nutrientes do indivíduo estão sendo atendidas
através dos alimentos ingeridos.

Para realizarmos a avaliação do estado nutricional, lançamos mão de


indicadores direitos e indicadores indiretos. Os indicadores diretos são:

- Estudo dietético dos hábitos alimentares: primeiramente


conhecimento dos hábitos nutricionais e das necessidades
nutricionais diárias e os gastos energéticos diários e com
atividades físicas e diárias.
- Estudo antropométrico das variáveis: peso, altura,
circunferência, pregas cutâneas e composição corporal.
- Estudo dos sinais clínicos: sinais e sintomas característicos de
carência nutricional pele, unhas, cabelo, olhos, lábios e etc.
- Estudos bioquímicos: dosagem séricas de proteínas, vitaminas
A, D e C, hemoglobina e hematócitos.

Os indicadores indiretos são:

- Estatísticas vitais: mortalidade infantil, índice de prematuridade,


mutabilidade específica por doenças diarréicas (1 a 4 anos),
mortalidade de 1 a 4 anos.
- Folha de balanço de alimentos;
- Estudo sócio-econômico e cultural.

2 AVALIAÇÃO DA INGESTÃO ALIMENTAR

É importante diferenciar dois conceitos relacionados à ingestão


alimentar, o conceito de alimentação e nutrição. De acordo com GUEDES &
GUEDES (2003, p. 155):

“A alimentação é um processo que se identifica com a seleção e a


ingestão de produtos que, de acordo com a disponibilidade e as
preferências de paladar, procuram atender às necessidades orgânicas
manifestadas pela fome. Nutrição, por sua vez, é um conceito amplo e
complexo, no qual intervêm uma série de mecanismos orgânicos à
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transformação e á utilização das diversas substâncias contidas nos


alimentos”.

Portanto, alimentação e nutrição não são expressões equivalentes que


podem ser utilizadas indistintamente. Alimentação constitui procedimentos em que
predomina o desejo de satisfação sobre o de necessidade, podendo ser
considerada uma arte. Ao passo que nutrição, por estarem implícitos
conhecimentos quanto aos princípios que regulam os nutrientes, tem mais a ver
com investigações e evidências científicas.

A boa nutrição resulta de uma dieta em que os alimentos são ingeridos


nas quantidades apropriadas e com a distribuição necessária de nutrientes para
manter boa saúde no presente e no futuro. 1

Uma avaliação nutricional, prévia ao início de um programa de


exercício, deverá interferir com o tipo, volume e intensidade da atividade
preconizada para o indivíduo. Antes de planejar um programa de atividade física,
muitas vezes é útil saber, além das qualidades físicas relacionadas com a saúde,
o número de calorias necessárias para suportar seu peso corporal e como deve
ser composta a alimentação para o funcionamento adequado do organismo.

Examinar os hábitos dietéticos de uma pessoa permite ao avaliador dar


sugestões sobre como melhor alcançar metas nutricionais e sobre perda,
manutenção ou ganho de massa corporal. Uma ferramenta bastante utilizada por
nutricionistas é a anamnese alimentar, esse instrumento serve para obter
informações tais como horários, hábitos, gostos, por quem e como foi preparada a
sua comida quantidade de alimentos consumidos, atividades físicas praticadas e,
muitos outros dados e registros de sua vida pessoal. Essas informações podem
ser colhidas através do diário alimentar em que o aluno registra tudo que consome
e faz durante 1, 3 ou 7 dias.

O questionário de 24 horas é possivelmente o mais simples. Consiste


na aplicação de um questionário ou da realização de uma entrevista, onde o
avaliado informa o que ingeriu nas últimas 24 horas ou no dia anterior. Erros
freqüentemente comprometem esse método. Logo concluímos que, um registro
alimentar de 1 dia pode não fornecer informações suficientes para desenvolver o
perfil dos hábitos nutricionais de uma pessoa, no entanto nos da uma vaga idéias.
Devido ao tempo e ao esforço necessários para registrar a ingestão alimentar,
muitas pessoas preferem registros alimentares de 3, em vez de 7 dias.

Se um registro de 3 dias for mantido, é importante que um dos dias seja


um dia de fim de semana, porque muitas pessoas nos finais de semana comem de
forma diferente em relação aos dias de semana. Embora diários alimentares
forneçam informações importantes, há problemas com essa prática:

1
HOWLEY & FRANKS. Manual do instrutor de condicionamento físico para saúde, 2000, p.136.
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- As pessoas tendem a relatar menos do que comem;


- As pessoas não fazem anotações específicas o suficiente para
fornecerem informações de qualidade;
- As pessoas muitas vezes modificam temporariamente a forma como
comem quando são solicitadas a registrar sua ingestão alimentar.

Existem medidas que o avaliador pode tomar para minimizar esses


problemas. Primeiro, certifique-se de que o aluno compreende a importância de
registrar complemente e honestamente o que é ingerido. Enfatize ao cliente que a
precisão e a utilização da reposta dependem das informações que ele fornece e
que não será criticado ou julgado pelo que come. O avaliador deve fornecer
modelos ou descrições de tamanhos de porções. Devem ser dadas ao cliente
instruções explicitas sobre como preencher o registro alimentar. Além disso, o
diário alimentar deve servir de auxílio ao usuário e incluir sugestões para induzir a
repostas completas. Uma vez copilados os registros, há vários pacotes de
softwares que podem fornecer uma analise da dieta.

2.1 Pirâmide de orientação alimentar

É um sistema elaborado pelo Departamento de Agricultura dos


Estados Unidos para proporcionar escolhas alimentares saudáveis. Da mesma
forma que no caso do binômio alimentação e nutrição, também é necessário
diferenciar o que se entende por alimento e nutriente. Alimento são produtos
obtidos na natureza, seja de procedência animal ou de origem vegetal,
consumidos para atender às necessidades orgânicas manifestadas pela fome.
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Nutrientes, por sua vez, são componentes que constituem ou integram os


alimentos.

Os nutrientes se dividem em macro e micronutrientes. Carboidratos,


gorduras, proteínas e água são considerados macronutrientes. Vitaminas e sais
minerais, os micronutrientes. As fibras vegetais, ainda que carentes de
propriedades nutritivas, são destacadas como macronutrientes pelos seus
efeitos benéficos ao melhor funcionamento orgânico.

A pirâmide alimentar classifica os alimentos em: energéticos,


reguladores, construtores e energéticos extras. Esses alimentos devem ser
consumidos em ordem decrescente, ou seja, devemos consumir em maior
quantidade os energéticos, seguidos dos reguladores, dos construtores e por
último os energéticos extras, de consumo limitado.

- Os alimentos energéticos: são os responsáveis por gerar energia


(combustível) para que nosso organismo possa realizar suas funções
normais. Eles são os carboidratos complexos, como farinhas, pães,
tubérculos, massas, cereais, trigo. Deve-se consumir 6 a 11 porções
ao dia.
- Os reguladores: legumes, frutas e verduras - fornecem vitaminas,
minerais e fibras. Deve-se consumir 3 a 5 porções de vegetais e 2 a
4 porções de frutas ao dia.
- Os construtores: são os ricos em proteínas, como o leite e
derivados, carnes, ovos e leguminosas, e são responsáveis pela
construção dos novos tecidos, pelo crescimento e pela reparação do
desgaste natural dos tecidos. Devem ser consumidas 2 a 3 porções
de leite e derivados, e 2 a 3 porções de carne ou equivalentes ao
dia.
- Energéticos extras: os açúcares e doces devem ser consumidos
com moderação. As gorduras, por sua vez, são necessárias em uma
quantidade mínima no organismo, pois realizam isolamento térmico,
proteção contra choques e transporte de algumas vitaminas.

A vantagem do uso da pirâmide alimentar é que se pode comer de tudo,


sem enjoar da dieta, tornando os hábitos alimentares mais saudáveis. A maior
quantidade de porções é recomendada para os grupos de alimentos que estão na
base da pirâmide, e quantidades menores para os que estão situados em seu
topo. Os alimentos situados na base da pirâmide são considerados
nutricionalmente mais densos, por apresentarem maior proporção de nutrientes
por calorias ingeridas que os alimentos de baixa densidade.

A compreensão quanto ao papel dos diferentes nutrientes torna-se de


grande importância na prescrição e orientação de programas de controle do peso
corporal, na medida em que uma dieta deficiente nesse campo poderá interferir
decisivamente no melhor funcionamento orgânico.
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2.1.1 Recomendações dietéticas diárias

Vários planos diferentes vêm sendo sugeridos para orientar a ingestão


alimentar, o DAEU (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) apresenta
as seguintes dicas de alimentação:

1. Tomar 12 ou mais copos de água por dia e na hora de comer


mastigue lentamente o alimento.
2. Evitar alto consumo de sal (retenção de líquidos e hipertensão).
3. Coma uma variedade de alimentos, evitando enlatados e carnes
gordurosas, dando preferência às carnes brancas, sem pele,
podendo também consumir carne bovina magra.
4. Equilibre o alimento que você come com sua atividade física, evitar
frituras e refrigerantes. Iniciar o almoço e o jantar com a salada crua
e evitar comer bebendo água.
5. Mantenha ou melhore seu peso, dando preferência ao leite
desnatado, queijos magros, ricotas, iogurte desnatados cereais
integrais, principalmente ao farelo de aveia (fibras solúveis -
reduzem o colesterol).
6. Escolha uma dieta com bastante produtos em grão, vegetais e
frutas, comendo pelo menos uma fruta cítrica por dia (repor a cota
de vitamina C que ajuda na absorção do ferro).
7. Escolha uma dieta baixa em gordura, gordura saturada e colesterol.
Usar óleo de canola ou girassol, ou margarina light para cozinhar,
sempre em pouca quantidade.
8. Se você bebe bebidas alcoólicas, faça com moderação e se possível
deve ser acompanhado por ingestões de água, pois a mesma dilui o
álcool, diminuindo seus efeitos colaterais.
9. Ovos devem ser consumidos moderadamente, no máximo três
vezes por semana, devido ao alto teor de colesterol da gema.
10. Trocar o açúcar refinado por açúcar mascavo (que contém vitamina
B1, C, ferro, sódio; porém, cuidado com as calorias).
11. Faça no mínimo três refeições grandes ao dia, procurando consumir
nos intervalos (lanches), sucos de frutas, gelatinas dietéticas,
iogurtes, etc.
12. No jantar, a refeição deve ser mais leve e feita até duas a três horas
antes de dormir.
13. O sono é igualmente importante. Procure dormir de 7 a 8 horas por
dia.
14. Fazer exercícios aeróbicos, como caminhada com pelo menos 45
minutos, no mínimo três vezes por semana.

A tabela 1 apresenta quais são os alimentos recomendados para uma


boa nutrição na maioria das pessoas saudáveis.
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Tabela 1 Alimentos necessários para uma dieta saudável


Energia Lipídeos Aminoácidos Vitaminas Minerais
Carboidratos Ácido graxo Valina Tiamina Cálcio
Ou lipídeos insaturado Lisina Riboflavina Fósforo
Treonina Niacina Enxofre
Leucina Piridoxina Potássio
Isoleucina Cianocobalamina Cloro
Triptofano Ácido fólico Magnésio
Fenilalanina Ácido Pantotênico Ferro
Metionina Retinoal Flúor
Histodina Calciferol Zinco
Vitamina K Cobre
Biotina Iodo
Ácido ascórbico Cromo
Cobalto
Silício
Vanádio
Estanho
Manganês
Níquel
Sódio e Molibdênio

A tabela 2 apresenta as necessidades diárias de nutrientes e calorias,


necessárias diariamente, de acordo com o Estudo de M. Batista Filho, apud
MARCONDES (1983, p.188), em seu trabalho denominado problema de nutrição
no Brasil.

Tabela 2 Quantidade em calorias dos nutrientes recomendados para uma boa nutrição
Necessidades diárias
Gramas Miligramas ug mg mg mg mg
Grupo Vitaminas
Calorias Carb. Gorduras Proteínas Ca P Fe
A B1 B2 C D PP
Meninos 12-14 2.700 402 90 50-90 1.1 1.0 10 575 1,2 1,7 70 10 18
Meninos 14-18 3.000 445 100 60-100 1.1 1.0 10 750 1,4 2,0 70 10 20
Meninas 12-14 2.400 355 80 50-90 1.1 1.0 18 575 1,0 1,4 70 10 16
Meninas 14-18 2.400 350 80 55-90 1.1 1.0 18 750 1,0 1,3 70 10 14
Homens 3.200 435 118 65-90 800 1.0 10 750 1,3 1,8 70 10 18
Mulheres 2.300 340 76 55-75 800 1.0 18 750 0,9 1,3 70 10 13
Gravidez 2.600 374 86 65-100 1.3 2.0 18 750 1,2 1,7 70 10 15
Amamentação 3.100 410 103 75-115 1.9 2.0 18 1.2 1,3 1,8 70 10 17

Em se falando de atletas, podemos dizer que: atletas de modalidade


esportivas que requerem força devem aumentar o percentual de proteínas em sua
alimentação, enquanto atletas de modalidade esportivas de resistência devem
aumentar o percentual de carboidratos ingeridos. Inicialmente deve-se saber que o
VET deve ser proveniente, de uma alimentação variada normal é composta de
60% a 70% de carboidratos, 20% a 30% de gorduras e 10% a 15% de proteínas.
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Tabela 3 Necessidades diárias de carboidratos, gorduras e proteínas de nadadores de competição


adolescentes e adultos de porte normal.
Nutrientes Gramas Calorias Porcentagem
Carboidratos 500-80 2.000-3.000 65-70
Gorduras 50-100 450-900 15-20
Proteínas 100-200 400-800 15-20

2.1.1.1 Necessidades diárias de carboidratos

Durante o repouso, a mobilização energética dá-se 50% a partir de


carboidratos e 50% a partir de gorduras (ácidos graxos). A intensificação da
atividade física (aumento da carga) determina um aumento da combustão de
carboidratos e uma redução da combustão de gorduras. Em atividades muito
intensas (ou sob cargas elevadas) a obtenção de energia dá-se exclusivamente
através da combustão de carboidratos. Diversos estudos mostraram que o nível
de glicogênio muscular é decisivo para um bom desempenho em resistência,
caracterizado pela repetição de determinada atividade durante um longo período.

Por esta razão, a quantidade de glicogênio armazenada nos músculos e


no fígado é um fator limitante do desempenho em resistência e em jogos. A
regeneração dos depósitos vazios de glicogênio dá-se dentro de 24 horas, desde
que 70% da alimentação sejam constituídas de carboidratos; isto não ocorre, cm
quantidades inferiores, aumentam então o período de recuperação.

De acordo com MAGLISCHO (1999,p.612) os atletas que treinam duas


vezes por dia necessitam de 8 a 10 gramas de carboidratos por quilograma de
peso por dia (8 a 10g/kg/d) para substituir os carboidratos que perderam de seus
músculos. Para a maioria dos nadadores adolescentes e adultos, isso significa
algo entre 500 e 800 gramas de carboidratos por dia. Em outras palavras os
atletas necessitam consumir algo entre 2.000 e 3.200 calorias por dia na forma de
carboidratos.

2.1.1.2 Necessidades de gorduras

As gorduras são nutrientes importantes que desempenham muitas


funções no corpo. Elas são necessárias para a reconstrução das membranas
celulares, da pele e das fibras nervosas. Elas também estão envolvidas na síntese
de certos hormônios. As vitaminas lipossolúveis A,D, E e K são transportadas em
combinação com gorduras. Elas proporcionam quase 70% da energia total que
usamos em repouso.
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Os atletas necessitam de cerca de 50 a 100g, ou 450 a 950 calorias, de


gordura por dia, dependendo de sua idade, seu porte e do tempo gasto em
treinamento.

2.1.1.3 Necessidades diárias de proteínas

Proteínas são ligações de grandes moléculas, que se compõem de


aminoácidos. Conhece-se mais de 30 aminoácidos diferentes, que na sua maioria
podem ser sintetizados pelo organismo. Oito dos quais são considerados
essenciais porque não podem ser sintetizados no corpo e dois semi-essenciais,
pois assumem um caráter essencial nas crianças, adolescentes e mulheres que
estão amamentando.
Tabela 4 Aminoácidos e seu significado fisiológico
Aminoácidos Significado Fisiológico
Valina Necessário p/ a função do SN
Leucina Necessário p/ a formação das proteínas do sangue e tecidos
Isoleucina Necessário p/ o aproveitamento dos aminoácidos
Essenciais Treonina Necessário p/ o aproveitamento dos aminoácidos
Metionina Necessário p/ o crescimento do cabelo; ação protetora do fígado
Fenilalanina Necessário p/ a formação de adrenalina, do H. tireóide e sangue
Triptófano Necessário p/ a reprodução e produção do leite
Lisina Necessário p/ a conservação do crescimento longitudinal e menstruação
Semi- Histidina Necessário p/ a formação da coloração vermelha do sangue
essenciais Argina Necessário para o crescimento normal.

A proteína serve em primeiro lugar à formação e manutenção da


substancia celular e dos tecidos. Mas ela também é necessária para a sintetização
de hormônios, enzimas, substâncias imunizantes, sangue e numerosas outras
funções do metabolismo.

A necessidade de proteínas equivale a cerca de 30-40g diárias, o ideal


para o não esportista, cerca de 1g por kg de peso corporal, um atleta de força
deve ingerir até 3g de proteínas por quilograma de peso corporal a fim de formar
massa muscular. Atletas de resistência também devem ingerir proteínas.

2.1.1.4 Necessidade de hídricas

A quantidade de água do corpo humano é de 50-70% do peso corporal


(GEBERT, 1978) a manutenção deste percentual de água e dos metabólitos
minerais associados a ela (sobretudo de sódio, potássio e cloro) é muito
importante, pois a água tem importante papel no organismo.
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Uma perda significativa de água e de eletrólitos está associada a


fatores físicos e psíquicos que reduzem o desempenho, entre eles podemos citar:

- Redução do volume sistólico e aumento da freqüência cardíaca;


- Rápida elevação da temperatura corporal e deficiência da
termorregulação;
- Sensação de cansaço com tendência de interrupção das atividades
em realização.

A necessidade de reposição de água corporal fica em cerca de 2 a 3


litros por dia. A ingestão de água e sais minerais (eletrólitos) em quantidade
suficiente é importante não somente para garantir um bom desempenho durante a
atividade física, mas também para encurtar o tempo de recuperação após as
mesmas.

2.1.1.5 Necessidades minerais

Os minerais são substâncias elementares (elementos químicos simples)


que participam diferentemente na constituição do corpo e nas funções do
organismo, do aparelho motor passivo (esqueleto) e ativo (músculos).

A perda de minerais em atividades esportivas deve ser cuidadosamente


reposta a fim de garantir o funcionamento normal do organismo e não prejudicar o
desempenho do atleta.

Entre os minerais temos o Ferro que é componente da Hemoglobina e


mioglobina e atua no transporte de O2 dos pulmões para os tecidos. Sua carência
causa a anemia ferropriva causando diminuição da resistência aeróbica e do
desempenho de exercício.

2.1.1.6 Necessidades vitamínicas

Vitaminas são substâncias imprescindíveis para o crescimento,


manutenção e para a reprodução dos homens, mas que não podem ser
sintetizadas no organismo, devendo, por isto, ser obtidas através da alimentação.
As vitaminas são freqüentemente empregadas na síntese de coenzimas (ou
cofatores de enzimas: substâncias que ativam o funcionamento de enzimas) e são
essenciais para o metabolismo orgânico.

A maior atividade metabólica do esportista requer mais vitaminas,


quando se compara com os não esportistas, no entanto a maior necessidade do
esportista geralmente é coberta por uma alimentação de alto valor nutritivo. As
vitaminas do complexo B são responsáveis pela:
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- Contração e relaxamento muscular;


- Produção e queima de energia;
- Manutenção do tecido nervoso; e
- Metabolismo de proteínas e aminoácidos.

E sua deficiência causa fadiga, anemia, fraqueza muscular, desordem


motora e câimbras. As vitaminas antioxidante (C, E, e B caroteno) atuam em
exercícios extenuante. A tabela abaixo representa as quantidades recomendadas.

Vitaminas Necessidade normal Esportista


B1 1-1,5 mg 4-8 mg
C 50-100mg 200-400 mg
A 5000 U.I. 12000-15000 U.I.
Niacina 15-20 mg 30-40 mg

Dieta Balanceada

3 AVALIAÇÃO DA QUANTIDADE ALIMENTAR

A necessidade calórica diária representa o número de calorias de que


uma pessoa necessita para sustentar seu peso corporal usual e seus níveis de
atividade. A necessidade calórica diária compreende o Gasto Energético em
Repouso (GER), o Efeito Térmico do Alimento (TEF) e as calorias usadas em
atividades diárias.

10%

GER
30% Atividades
60% TEF

Ilustração 1 Contribuintes para a necessidade calórica diária


AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 13
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GUEDES & GUEDES (2003. p. 55) dizem que apesar de existirem


diferenças individuais importantes relacionadas aos mecanismos de consumo e de
demanda energética, o equilíbrio energético é o determinante principal quanto às
modificações associadas à proporção relativa de gordura e de massa isenta de
gordura, o que torna as dietas e a prática da atividade física importantes
mecanismos de controle do peso corporal. Desse modo, o tema equilíbrio
energético adquire importância fundamental no moderno cenário da nutrição, do
exercício físico e da composição corporal.

3.1 Controle de massa corporal

As escolhas que uma pessoa faz sobre gasto calórico e ingestão


calórica tem um impacto predominante sobre o desenvolvimento da obesidade. O
número de calorias consumidas, os tipos de alimentos ingeridos e a quantidade de
atividade diária são fatores contribuintes essenciais na avaliação da influência do
estilo de vida sobre o peso. Se as calorias totais ingeridas com o alimento
ultrapassam as demandas energéticas diárias, as calorias em excesso serão
armazenas como gorduras no tecido adiposo. 2

Para prevenir aumento no peso e na gordura induzido por um


desequilíbrio calórico positivo, um bom programa de controle ponderal terá que
estabelecer um equilíbrio entre influxo calórico e produção de energia. Por outro
lado, o desequilíbrio calórico negativo, pode caracteriza-se pelo aparecimento
repentino de sensações de fome, com perda de força, vertigens e transpiração, a
visão fica escura e as mãos tremem.

A equação do equilíbrio energético estabelece que o peso corporal se


mantém constante quando a ingestão calórica é igual ao custo calórico. E que
qualquer desequilíbrio crônico pelo lado do rendimento ou influxo energético da
equação gera uma mudança no peso corporal.

Massa corporal estável se, Influxo de Energia = Produção de Energia


Aumento da massa corporal se, Influxo de Energia > Produção de Energia
Redução da massa corporal se, Influxo de Energia < Produção de Energia

Existem numerosos métodos que podem ser utilizados para diminuir a


massa corporal, entre os mais usados podemos citar:

1) Reduzir a ingestão calórica para menos das necessidades energéticas


diárias;
2) Manter uma ingestão regular de alimento e aumentar o gasto calórico,
através de atividade física adicional até acima das necessidades diárias de
energia;

2
McARDLE, op cit,434.
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 14
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3) Combinar os métodos 1 e 2, reduzindo a ingestão diária de alimento e


aumentando o gasto diário de energia.

É importante saber que a Organização Mundial de Saúde recomenda


uma ingestão calórica diária não inferior a 1.200 kcal/dia, sendo que pessoas com
necessidades especiais como atletas, idosos, pessoas com disfunções
metabólicas e etc, podem requerer uma ingestão calórica diferente.

3.2 Calculo do gasto energético total (GET)

A quantidade de alimentos ingerida ao longo de um dia é expressa por


meio do valor energético total (GET) da dieta e corresponde ao valor do balanço
calórico obtido pela combustão de carboidratos, gorduras e proteínas, quanto à
restituição de energia através da alimentação. Carboidratos e gorduras são
especialmente importantes para o metabolismo energético; enquanto as proteínas
são importantes para o metabolismo construtor.

Este GET pode ser, dividido em seis refeições, cada uma delas com um
percentual do total:

Tabela 5 Divisão do GET em seis refeições


Desjejum (café da manhã) 15% do GET
Merenda (no meio da manhã) 10% do GET
Almoço 35% do GET
Merenda (no meio da tarde) 10% do GET
Jantar 25% do GET
Ceia (antes de deitar) 5% do GET
Total 100% do GET

Esta não é a única divisão possível; na verdade o mais importante é a


regularidade da distribuição ao longo do tempo.

Para avaliar o valor real da alimentação é essencial levar em conta:

- O efeito térmico do alimento;


- A taxa metabólica de repouso; da qual 60% destina-se à produção
de calor e á manutenção da temperatura corporal;
- A energia gasta nas atividades do dia-a-dia: como estudo e trabalho;
- Energia gasta em atividade física e/ou treinamento.

O cálculo do GET pode ser feito de diversas formas, sendo a mais


acurada a seguinte:
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 15
Leonardo de Arruda Delgado

1° Passo: calcula-se o GER (Gasto Energético em Repouso);


2° Passo: calcula-se o Gasto Energético com o Trabalho (GET);
3° Passo: Calcula-se o gasto energético com a atividade física (GAF);
4° Passo: Calcula-se GET levando em conta o efeito térmico do
alimento.

3.2.1 Cálculo do efeito térmico do alimento (TEF)

É a energia necessária para digerir, absorver, transportar e armazenar


o alimento ingerido. O termo efeito térmico do alimento implica perda calórica, que
se dá em função da ingestão, do catabolismo e do anabolismo dos nutrientes.

O efeito térmico do alimento (perdas energéticas para o seu


processamento) para proteínas é de 22% (por esta razão costuma-se adotar uma
dieta protéica para emagrecimento); para carboidratos de 8%; e para ácidos
graxos de 4%. Numa alimentação variada a perda energética esperada é de 10%,
ou seja, a cada 100Kcal produzida pela alimentação 10Kcal são utilizadas para o
metabolismo basal.

3.2.2 Termogênese facultativa

Outro componente, conhecido como termogênese facultativa, por


vezes, também é adicionado à demanda energética total. Esta compreende a
troca de energia induzida por processos adaptativos de origem metabólica diante
de alterações extremas nas condições ambientais, sobretudo a temperatura e o
estresse emocional. Outra forma de termogêneses facultativa tem lugar quando se
alteram radicalmente os níveis de ingestão calórica. Reduzem à progressiva
diminuição do índice metabólico de repouso, numa proporção maior do que pode
ser atribuído à redução da massa isenta de gordura. A termogênese facultativa é
bem descrita em animais inferiores; porém, é pouco conhecida em himanos.
Especula-se que, quando esta ocorre, representa menos que 10% da demanda
energética total 3 .

3.2.3 Cálculo do gasto energético em repouso (GER)

O gasto energético em repouso (GER), também conhecido como


metabolismo de repouso, é o número mínimo de calorias que o organismo
necessita para manter as funções corpóreas normais e a homeostase (circulação,

3
GUEDES & GUEDES (op.cit, p.62)
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 16
Leonardo de Arruda Delgado

respiração, temperatura corporal, energia consumida pelo SNC) durante


condições de repouso. Para a maioria dos indivíduos, ela representa 60 a 70% da
necessidade calórica diária.

O GER é geralmente medida, utilizando calorimetria indireta. Para as


medições confiáveis de GER, a avaliação deve ocorrer pela manhã, com o aluno
acordado, deitado, em jejum de 12 horas, repouso físico e mental sem ter se
exercitado vigorosamente nas últimas 12 horas, numa posição de repouso e
reclinado por 30 minutos, com temperatura ambiental de 26 a 30°C. Por essas
razões, nem sempre é prático medir GER; assim, uma grande quantidade de
equações tem sido desenvolvida para estimar o GER, essas equações baseiam-
se nos seguintes princípios:

- O GER é proporcional ao tamanho do corpo;


- O GER é maior no sexo masculino;
- O GER diminui com a idade;
- O músculo é mais ativo metabolicamente do que a gordura.

Quanto maior o tamanho do corpo, mais calorias são necessárias para


sustentá-lo. Mulheres apresentam demanda energética associada ao metabolismo
de repouso por volta de 5 a 10% menor que homens, por causa das diferenças
específicas de ambos os sexos. Essa relação reflete-se em todas as equações de
GER, além do tamanho corporal, a idade possui um efeito significativo sobre o
GER. À medida que uma pessoa envelhece, o GER diminui, significando que a
necessidade calórica diária de uma pessoa cairá à medida que ela envelhece.
Crianças tipicamente possuem taxas metabólicas mais altas do que adultos de
qualquer idade. O GER permanece relativamente estável durante os primeiros
anos do adulto; contudo, ela começa a declinar muito substancialmente após 45
anos de idade.

Uma equação com versão abreviada para adultos com peso e altura
normais, levando em conta o sexo é a seguinte:

Homem
GER = Peso (kg) x 1 (kcal/kg) x 24h

Mulher
GER = Peso (kg) x 0,95 (kcal/kg) x 24h

Baseado-se na estreita relação existente entre o metabolismo de


repouso e as dimensões de estatura e peso corporal, em indivíduos de mesmo
grupo etário e sexo, estes valores têm sido estimados mediante proposições de
modelos matemáticos baseados na variação da superfície corporal.

A literatura oferece indicações de que o equivalente energético do


metabolismo de repouso (MR) de homens, entre 20 e 40 anos de idade, é por
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 17
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volta de 38 a 35 kcal por metro quadrado de superfície corporal (SC), por hora do
dia, respectivamente:

Homens
MR = 38 kcal/h x SC(m²) x 24h
Mulheres
MR = 35 kcal/h x SC(m²) x 24h

Onde:

SC (m2) = 0,007184 X (Altura)0,725 X (Peso)0,425

Os efeitos da idade e do tamanho corporais sobre o GER estão


refletidos nas equações revisadas de HARRIS BENEDICT. Observe que essas
estimativas de GER utilizam equações separadas para homens e mulheres. Isso
ocorre porque muitos homens possuem mais massa sem gordura do que as
mulheres. E massa sem gordura requer mais energia para sustentá-la do que
requer o tecido de gordura.

Mulheres
GER = 447,593+(9,247.W)+(3,098.H)-(5,677.A)

Homens
GER = 88,362+(13,397.W)+(5.H)-(6,8.A)

Onde:
GER = Gasto Energético em Repouso (em quilocalorias por dia)
W = Massa corporal (em quilogramas)
H = Altura (em centímetros)
A = idade (em anos)

GALLO cita WILLIAMS (1995), e diz que para calculamos o


metabolismo basal de um indivíduo de crianças pode-se utilizar as seguintes
equações:

Sexo De 3 a 9 anos 10 a 17 anos


Masculino TMB = (22,7 x peso corporal*) + 495 TMB = (17,5 x peso corporal*) +651
Feminino TMB = (22,5 x peso corporal*) +499 TMB = (12.2 x peso corporal*) +746

De acordo com HOWLEY & FRANKS (2000, p.167), sabendo-se qual a


massa sem gordura, pode-se utilizar a equação abaixo para predizer o GER.

GER (kcal/dia) = 370 + 21,6(MLG)

Não é necessário separar equações quando sabemos qual a massa


AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 18
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sem gordura, porque um grama de músculo possui a mesma necessidade


metabólica, seja ela alojada em um corpo masculino, ou seja, feminino.

3.2.3.1 Fatores que afetam o GER

Muitos fatores afetam o gasto energético em repouso de uma pessoa,


entre os principais fatores, podemos citar:

- Sexo: mulheres têm um metabolismo energético 6 a 10% menor


que os homens em função da menor quantidade de massa livre de
gordura.
- Idade: crianças e adolescentes, tem um maior metabolismo
energético em comparação aos adultos e idosos.
- Superfícies corporais: pessoas pequenas, principalmente crianças
tem uma superfície corporal relativa maior que as pessoas grandes.
Isto provoca uma maior perca de calor, levando a um maior
metabolismo basal.
- Componentes corporais: variações de tamanho dos órgãos
influenciam o metabolismo basal.
- Atividade física: Incontestavelmente, a atividade física exerce o
efeito mais profundo sobre o consumo de energia.
- Influencias hormonais: no geral, quando aumenta a produção dos
hormônios metabolicamente ativos, aumenta o metabolismo e, com
isto, o metabolismo de energia. Excesso e falta de funcionamento de
glândulas hormonais, portanto alteram o metabolismo basal.
- Gravidez: o aumento das necessidades energéticas, deve-se a
formação do feto, aproximadamente 450 kcal/dia e amamentação
1.000Kcal/dia
- Influências centro nervosas: alterações do tônus muscular,
condicionadas pelo sistema nervoso central, causam alterações no
metabolismo energético.
- Clima: nos climas quentes o metabolismo basal é menor quando
comparado com climas mais frios.
- Altitude: o metabolismo aumenta, por um curto período de tempo
em maiores altitudes.
- Ingestão de alimentos: na maioria das pessoas, o alimento exerce
um efeito estimulante sobre o metabolismo energético, que se deve
principalmente aos processos que exigem energia e participam da
digestão, da absorção e da assimilação de vários nutrientes.
- Condições patológicas: febre, tireóide, desnutrição.
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 19
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3.2.4 Cálculo do consumo energético de trabalho (GET)

Atividades diárias como a corrida, as caminhadas, o ciclismo, a natação


e mesmo o ato de comer exigem energia e, assim, elevam o gasto diário de
calorias acima do metabolismo de repouso. A quantidade total de energia
despendida a cada dia depende, em grande parte, do tipo e da duração da
atividade física realizada pela pessoa.

Um dia normal, de acordo com dados da National Academy of


Sciences, Washington, D.C., 1980, em média é basicamente, dividido em 8 horas
de sono, seis horas sentado, seis horas em pé, duas horas andando e duas horas
em atividades recreativas ou de exercício. Devido a grande variedades e
diversidades de tarefas acreditamos ser mais acertado pensar da seguinte forma;
8 de sono, 8 de trabalho e 8 de atividades diversas. Sendo também importante
obter informações sobre as atividades de trabalho e lazer. Embora haja inúmeras
formas de obter informações sobre atividades diárias, um método tipicamente
utilizado é fazer com que o avaliado preencha ou informe sobre as atividades que
ele realiza diariamente.

A quantidade de energia gasta nas horas de trabalho e lazer podem ser


estimadas, da seguinte forma:

- Para uma pessoa que realiza pequeno esforço físico durante o


trabalho, fica sentada a maior parte do tempo e não realiza nenhuma
rotina de exercício regular, multiplicamos a TMR por 1,4.
- Para pessoas que são moderadamente ativas no trabalho,
caminham e ficam em pé mais do que sentadas e/ou se engajam
regularmente em pelo menos 3 dias por semana em exercícios leves
a moderados multiplica-se a TMR por 1,6
- Para indivíduos que são altamente ativos no trabalho e que o
emprego requer uma grande quantidade de esforço físico, tal como
levantar e carregar objetos pesados e/ou se engajam regularmente 4
ou mais dias por semana em atividades moderadas a alta,
multiplique a TMR por 1,8.

Para o homem médio brasileiro, a quantidade de alimento deve ser


capaz de fornecer 2.700 a 3.000 kcal/dia, enquanto que seu equivalente feminino
é aproximadamente 2.000 a 2.100 kcal/dia, variando ligeiramente o valor calórico
em face das regiões mais ou menos quentes do país. Os adolescentes suas
atividades e o seu crescimento consomem 4.500 calorias (rapazes) ou 3.000 a
3.550 calorias (moças e meninas).
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3.2.5 Cálculo do gasto energético com atividade física (GAT)

A demanda de energia para uma atividade é calculada com base no


consumo de oxigênio (VO2) no steady-state de um sujeito durante uma atividade.
A demanda de energia gasta para realizar uma atividade física pode ser expressa
de varias formas: as três principais formas são:

- O Volume de oxigênio usado por minuto (VO2 em l/min): que é


proveniente do metabolismo de uma mistura de 40% de carboidratos
e 60% de gorduras e cujo equivalente calórico é de 4,825 Kcal por
litro de oxigênio.
- Múltiplos da Taxa Metabólica de Repouso (METs): é a relação
entre a energia gasta em uma atividade é o gasto do metabolismo de
repouso. Considerando 1 MET como aproximadamente 3,5
ml/kg,min de O2.
- Consumo de Energia por Minuto (kcal/min): o dispêndio de
energia é calculado, multiplicando as quilocalorias gastas por minuto
(kcal/min) pela duração da atividade em minutos.

3.2.5.1 Demanda energética de algumas atividades esportivas

A tabela abaixo representa o gasto energético aproximado segundo a


atividade em relação ao GER de acordo com RDA, 1989, para ambos os sexos.
Tabela 6 Fator atividade em relação ao GER

Atividade Fator Atividade


Repouso, dormindo, reclinado GER x 1,0
Muito leve, atividades sentadas e em pé, pintor
motorista, trabalho em laboratório, passadeira,
GER x 1,5
digitador, cozinheiro, jogar cartas, tocar
instrumento musical
Leve, andar em superfície plana 2,5 a 3,0 km/h,
manobrista, eletricista, carpinteiro, faxineira,
GER x 2,5
babá, golfista, navegador, tenista de mesa,
trabalhar em restaurante.
Moderada, andar 3,5 a 4 km/h, carregar peso,
ciclista, esquiador, dançarino, tenista de GER x 5,0
quadra, trabalhar com enxada
Intensa, caminhar subir carregando peso, subir
em arvores, lavrador, jogador de basquete, GER x 7,0
jogador de futebol, alpinista
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As fórmulas para determinar o dispêndio de energia da caminhada


diferem dependendo da velocidade da caminhada e sobre o tipo de superfície. Na
superfície plana, pode-se estimar a demanda energética em kcal/min.kg, para uma
caminhada com velocidade variando 50 e 100m/min ou 3 a 6 km/h, com as
seguintes equações:

GC = 0,005 (0,1.V + 3,5) para velocidade em m/min


ou
GC = 0,005 (0,006.V + 3,5) para velocidade em km/h

Onde:
V = velocidade

Tabela 7 Relação entre as velocidades em m/min e km/h com Kcal/min.kg


m/min km/h mi/h Kcal/min.kg
50 3 1,9 0,0425
100 6 3,7 0,0675
125 7,5 4,7 0,08

A edição atual das orientações do ACSM apud HOWLEY & FRANKS


(2000,p.121) estabelece que a equação pode ser utilizada para velocidades
maiores que 6 km/h, contanto que a pessoa esteja realmente caminhado e não
trotando ou correndo.

O dispêndio liquido de oxigênio do trote e da corrida sobre uma


superfície horizontal, pode ser estimado pela equação:

GC = 0,005 (0,2.V + 3,5) para velocidade em m/min

Na tabela abaixo encontramos alguns valores médios do consumo


energético de algumas atividades esportivas:

Tabela 8 Consumo energético de algumas atividades esportivas


Atividade Kcal/min.kg Atividade Kcal/min.kg
Caminhada 0,080 Corrida 0,176
Basquete 0,138 Musculação 0,071
Boxe 0,222 Nado de costas 0,169
Dança 0,168 Nado de peito 0,162
Ginástica 0,066 Crawl rápido 0,156
Judô 0,195 Crawl lento 0,128
Tênis 0,109 Braçada 0,122
Vôlei 0,050 Pernada rápida 0,170
Squash 0,212 Pernada lenta 0,212
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3.2.6 Cálculo do GET

O valor energético diário total pode ser obtido por meio da seguinte
equação:
GET = (GER + GET + GAT) + 10%TEF

Onde:
GET = Gasto Energético Total
GER = Gasto Energético em Repouso
GET = Gasto Energético de Trabalho
TEF = Efeito Térmico do Alimento

4 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ALIMENTAÇÃO

Não basta fornecer a quantidade correta de calorias, também a


composição qualitativa ideal da alimentação é um importante pré-requisito para a
capacidade de desempenho. O balanço nutricional compreende a relação entre as
diversas classes de alimentos ingeridos.

Para avaliação deste estado, lançamos mão primeiramente do


conhecimento de certas características da comunidade que freqüentemente
repercutem, ou são indicadores do estado nutricional do indivíduo. No plano
individual, a avaliação de possíveis sintomas referidos e da ingestão alimentar se
complementa com uma abordagem objetiva clinica (exame físico), e habitualmente
ainda, com métodos complementares.

4.1 Avaliação antropométrica

O método antropométrico por ser relativamente simples e não evasivo,


nos parece ser o mais adequado preditor da composição corporal em uma
abordagem clinica. Como este assunto já foi bastante desenvolvido nos textos de
antropométria e avaliação da composição corporal, aqui iremos apenas citar
algumas formas de estimativa de massa corporal desejável (MCD).
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4.1.1 Relação peso estatura

A relação peso altura é o instrumento prático mais simples que pode ser
utilizado para estimar a, massa corporal desejável. Sua utilização baseia-se em
índices como: Peso/Estatura, Peso/Estatura², e Estatura/Peso.

4.1.1.1 Estatura/Peso

Essa é a mais popular forma de determinar a massa corporal desejável,


é conhecida como equação de BROCA.

MCD = H -100

Onde:
MCD = massa corporal desejável em (kg)
H = estatura em (cm)

A classificação para indivíduos adultos de acordo com o sexo é a


seguinte:
Sexo
Biótipo
Masculino Feminino
Brevelíneo (H - 100) (H-100) - 5%
Normolíneo (H -100) - 5% (H-100) – 10%
Longelíneo (H – 100)_ - 10% (H - 100) – 15%

4.1.1.2 Peso/Estatura

Nesta metodologia devemos primeiro determinar o nível de compleição


física (nível de ossatura) e depois comparar com o peso esperado de acordo com
a ossatura (ROMBEAU, 1989).

A equação de compleição física é a seguinte:

r = Estatura (cm)/Circunferência do punho (cm)


Onde:
r = Tamanho da ossatura
Estatura = Medida sem sapatos
Circunferência do punho: medida no sítio distal ao processo estilóide, na dobra do punho, braço
não dominante, através de fita métrica.

A classificação ocorre de acordo com a tabela abaixo:


Homens r Mulheres
>10,4 Pequena >11
9,6-10 Média 10,1 – 11
<9,5 Grande <10,1
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4.1.1.3 Relação Peso/Estatura²

Segundo WEST está equação é baseada no IMC. Para uma pessoa


adulta, a massa corporal desejável(MCT) é igual a:
Homem
MCD = H² x 23

Mulher
MCD = H² x 20

Onde:
MCD = massa corporal desejável
H = Estatura em (m)

4.2 Avaliação dos sintomas referidos


Quando qualquer dos nutrientes essencial não é mais fornecido
adequadamente ao indivíduo, ocorre a desnutrição, evidenciada através de
síndromes (conjunto de sintomas e sinais) de má nutrição, que muitas vezes são
comuns a mais de um nutriente (desnutrição).

Muitas vezes, durante uma avaliação, não são referidos sintomas ou


observados sinais relacionados a má nutrição, apesar de significativos erros
alimentares. Isto se deve a grande reserva existente em nosso organismo de boa
parte dos nutrientes, o poder do corpo humano de diminuir ou aumentar a
absorção, a metabolização e a excreção dos nutrientes. A avaliação da ingestão
alimentar, vem então a se constituir em um método de avaliação precoce de erros
nutricionais.

Como forma de conceituação podemos dizer que:


A desnutrição energético-próteica é um estado de carência de proteínas,
calorias e outros nutrientes que impede o desenvolvimento normal do
organismo. Compromete as resistências mecânicas, afetando as
barreiras cutânea e mucosa, diminuindo as defesas imunológicas e reduz
as respostas celulares e humorais de proteção específica (BATISTA
FILHO, 1999).

4.2.1 Fatores determinantes

Os fatores determinantes para um desequilíbrio nutricional são:

- Fatores sócio-econômicos;
- Baixo nível educacional;
- Alterações patológicas crônicas;
- Condições ambientais.
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4.2.2 Classificação dos níveis de carência nutricional

As classificações dos níveis de carência nutricional são:

- Primária ou do 1° grau: com causas sociais como pobreza e


analfabetismo. Com deficiência alimentação 15 a 30% GET
- Secundária ou do 2° grau: com deficiência alimentar de 30 a 50%
do GET.
- Terciária ou do 3° grau: deficiência acima de 50% do GET

4.2.3 Sensações relacionadas à deficiência nutricional

Entre as sensações subjetivas referentes à deficiência nutricional


podemos citar:

Tabela 9 Sintomas possíveis de serem referidos por adultos quando da carência de nutrientes
Sintoma Nutriente
Sede Água
Calorias, proteínas, vitaminas do complexo B,
Fraqueza muscular e fadiga sódio, cloro, potássio, fósforo, magnésio, ferro e
selênio
Anorexia Sódio, retinol, cloro e cianocabalamina
Náuseas Ácido pantotênico, biotina e cianocabalamina
Alterações do sono Ácido pantotênico
Alterações da consciência Biotina, niciana, tiamina, sódio e magnésio.

4.2.4 Patologias relacionadas à desnutrição

As principais patologias relacionadas à desnutrição são:


- KWASHIORKOR;
- Marasmo;
- Anemia;
- Bócio endêmico;
- Vitaminoses;

4.2.4.1 KWASHIORKOR

O termo KWASHIORKOR vem do africano KWASHI (rapaz) e ORKOR


(vermelho). Sua causa (etiologia) é a carência protéica-calórica e deficiência de
vitaminas e minerais. Sua maior incidência é nos lactentes e crianças (três
primeiros anos de vida).
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GAUNELLE, H 1962 definiu o KWASHIORKOR como:


“Sindrome que aparece na criança, quando a mãe a desmama, por estar
grávida ou por causa do nascimento de outra criança”.

Os sintomas são os seguintes:


- Edema;
- Diarréia;
- Irritabilidade;
- Alterações na pele e nos olhos;
- Descoloração dos cabelos (ralos, frágeis e avermelhados)
- Anemia ferropriva e megaloblástica.
- Atraso do crescimento e desenvolvimento;
- Alterações psicomotoras (apáticas, estáticas, tristes e retraídas) com
fraqueza muscular (atrofia).

4.2.4.2 Marasmo

Etiologia carência global de ingestão de nutrientes. Sua maior


incidência é dos 6 aos 12 meses de vida e na fase de desmame precoce. Os
sintomas são os seguintes:

- Deficiência do crescimento;
- Atrofia muscular e déficit de gordura subcutânea;
- Emagrecimento acentuado;
- Baixo desenvolvimento dos órgãos e encéfalo;
- Apatia e irritabilidade;
- Descamação da pele, engelhada, aspecto de idoso;
- Redução das enzimas digestivas (Esteatorréia).

4.2.4.3 Anemia

O quadro abaixo representa a etiologia características e prevalência da


desordem nutricional anemia:

Etiologia Características Prevalência


Diminuição do estroma (geralmente
10% apresentam anemia – 25 a 30%
Deficiência de proteínas normocitica, ou ligeiramente
com hemoglobina baixa.
macrocítica)
Em geral associada á deficiência de
Ácido nicotínico
ferro
Geralmente associada á má absorção
Piridoxina Micocítica-Hipocromica
de outros nutrientes
Vitamina C Relacionada a deficiência de folato. Associada a outras deficiências
Maturação incompleta de glóbulos Especialmente em indivíduos maiores
Vitamina B12 e, ou fator intriseco
vermelhos de 30 anos e de grupo sanguíneo A
Em diveresas regiões da América do
Ácido fólico Diminuição de síntese de DNA
norte e Europa
Diminuição de síntese de 10% de mulheres não grávidas
Ferro hemoglobina, Normocítica ou 10 a 60% de mulheres grávidas
microcítica – hipocrõnica 10 a 60% de crianças
Redução do tempo de vida do
Vitamina E Rara
eritrócito hemólise
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4.2.4.4 Bócio endêmico

É causada pela carência de iodo e de fatores bociogênicos como


repolho, feijão, soja e outros e excesso de cálcio (água dura) e deficiência de
vitamina A.

As características são hipertrofia da glândula tireóide a fim de


compensar a deficiência de iodo. A medida que o bócio progride, a tireóide
aumenta. Previne-se suplementando o sal com iodo (1 parte/20.000 parte de sal).
Quando o bócio é endêmico os filhos de mães com bócio apresentam deficiência
mental (cretinismo).

4.2.4.5 Vitaminoses

O quadro abaixo representa a principais doenças relacionadas a


carência de vitaminas e suas características:

Vitamonese Etiologia Característica


Dificuldade de enxergar a noite
Xeroftalmia Vitamina A e atraso de crescimento e
redução de peso
Ossos fracos e deformação
Raquitismo Vitamina D
em crianças
Debilidade geral, palidez,
anorexia, dores articulares,
Escorbuto Vitamina C gengivas edemaciadas com
sangramento amolecimento
dentário.

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AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 29
Leonardo de Arruda Delgado

Nome: _____________________ Sexo: ____________Peso: ____________ Período: __________________


Diário Alimentar
Segunda
Manha
Café: Hora:________ Alimento_______________________________________________________________
Lanche: Hora:_______Alimento:______________________________________________________________
Atividades: ______________________________________________________________________________
Tarde
Almoço: Hora: _______Alimento: _____________________________________________________________
Lanche: Hora: ______Alimento: ______________________________________________________________
Atividades: ______________________________________________________________________________
Noite
Jantar: Hora: ______ Alimento: ______________________________________________________________
Atividade: _______________________________________________________________________________
Ceia: Hora:________Alimento:_______________________________________________________________

Terça
Manha
Café: Hora:________ Alimento_______________________________________________________________
Lanche: Hora:_______Alimento:______________________________________________________________
Atividades: ______________________________________________________________________________
Tarde
Almoço: Hora: _______Alimento: _____________________________________________________________
Lanche: Hora: ______Alimento: ______________________________________________________________
Atividades: ______________________________________________________________________________
Noite
Jantar: Hora: ______ Alimento: ______________________________________________________________
Atividade:________________________________________________________________________________
Ceia:Hora:________Alimento:________________________________________________________________

Quarta
Manha
Café: Hora:________ Alimento_______________________________________________________________
Lanche: Hora:_______Alimento:______________________________________________________________
Atividades: ______________________________________________________________________________
Tarde
Almoço: Hora: _______Alimento: _____________________________________________________________
Lanche: Hora: ______Alimento: ______________________________________________________________
Atividades: ______________________________________________________________________________
Noite
Jantar: Hora: ______ Alimento: ______________________________________________________________
Atividade:________________________________________________________________________________
Ceia:Hora:________Alimento:________________________________________________________________

Quinta
Manha
Café: Hora:________ Alimento_______________________________________________________________
Lanche: Hora:_______Alimento:______________________________________________________________
Atividades: ______________________________________________________________________________
Tarde
Almoço: Hora: _______Alimento: _____________________________________________________________
Lanche: Hora: ______Alimento: ______________________________________________________________
Atividades: ______________________________________________________________________________
Noite
Jantar: Hora: ______ Alimento: ______________________________________________________________
Atividade:________________________________________________________________________________
Ceia:Hora:________Alimento:________________________________________________________________
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações 30
Leonardo de Arruda Delgado

Sexta
Manha
Café: Hora:________ Alimento_______________________________________________________________
Lanche: Hora:_______Alimento:______________________________________________________________
Atividades: ______________________________________________________________________________
Tarde
Almoço: Hora: _______Alimento: _____________________________________________________________
Lanche: Hora: ______Alimento: ______________________________________________________________
Atividades: ______________________________________________________________________________
Noite
Jantar: Hora: ______ Alimento: ______________________________________________________________
Atividade:________________________________________________________________________________
Ceia:Hora:________Alimento:________________________________________________________________

Sábado
Manha
Café: Hora:________ Alimento_______________________________________________________________
Lanche: Hora:_______Alimento:______________________________________________________________
Atividades: ______________________________________________________________________________
Tarde
Almoço: Hora: _______Alimento: _____________________________________________________________
Lanche: Hora: ______Alimento: ______________________________________________________________
Atividades: ______________________________________________________________________________
Noite
Jantar: Hora: ______ Alimento: ______________________________________________________________
Atividade:________________________________________________________________________________
Ceia:Hora:________Alimento:________________________________________________________________

Domingo
Manha
Café: Hora:________ Alimento_______________________________________________________________
Lanche: Hora:_______Alimento:______________________________________________________________
Atividades: ______________________________________________________________________________
Tarde
Almoço: Hora: _______Alimento: _____________________________________________________________
Lanche: Hora: ______Alimento: ______________________________________________________________
Atividades: ______________________________________________________________________________
Noite
Jantar: Hora: ______ Alimento: ______________________________________________________________
Atividade:________________________________________________________________________________
Ceia:Hora:________Alimento:________________________________________________________________

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