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DA NACIONALIDADE
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
Art. 18. A organização político-administrativa
da República Federativa do Brasil compreende a
União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, todos autônomos, nos termos desta
Constituição.
§ 1º Brasília é a Capital Federal.
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e
sua criação, transformação em Estado ou
reintegração ao Estado de origem serão
reguladas em lei complementar.
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si,
subdividir-se ou desmembrar-se para se
anexarem a outros, ou formarem novos Estados
ou Territórios Federais, mediante aprovação da
população diretamente interessada, através de
plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei
complementar.
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o
desmembramento de Municípios, far-se-ão
por lei estadual, dentro do período
determinado por lei complementar federal,
e dependerão de consulta prévia,
mediante plebiscito, às populações dos
Municípios envolvidos, após divulgação
dos Estudos de Viabilidade Municipal,
apresentados e publicados na forma da lei.
(EC 15, de 1996)
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas,
subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus
representantes relações de dependência ou
aliança, ressalvada, na forma da lei, a
colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou
preferências entre si.
DA UNIÃO
Art. 20. São bens da União:
I - os que atualmente lhe pertencem e os que
lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa
das fronteiras, das fortificações e construções
militares, das vias federais de comunicação e à
preservação ambiental, definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água
em terrenos de seu domínio, ou que banhem
mais de um Estado, sirvam de limites com
outros países, ou se estendam a território
estrangeiro ou dele provenham, bem como os
terrenos marginais e as praias fluviais;
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas
limítrofes com outros países; as praias
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras,
excluídas, destas, as que contenham a sede de
Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao
serviço público e a unidade ambiental federal, e
as referidas no art. 26, II; (EC 46, de 2005)
V - os recursos naturais da plataforma
continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do
subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os
sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos
índios.
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, bem como a órgãos da
administração direta da União,
participação no resultado da exploração de
petróleo ou gás natural, de recursos
hídricos para fins de geração de energia
elétrica e de outros recursos minerais no
respectivo território, plataforma
continental, mar territorial ou zona
econômica exclusiva, ou compensação
financeira por essa exploração.
§ 2º A faixa de até 150 km de largura, ao longo
das fronteiras terrestres, designada como faixa
de fronteira, é considerada fundamental para
defesa do território nacional, e sua ocupação e
utilização serão reguladas em lei.
Direitos
Marítimo
Agrário
Trabalho
Aeronáutico
Saúde
Assistência
Previdência
Seção I
Do Distrito Federal
Seção II
Dos Territórios
Art. 33. A lei disporá sobre a organização
administrativa e judiciária dos Territórios.
§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em
Municípios, aos quais se aplicará, no que
couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.
§ 2º As contas do Governo do Território
serão submetidas ao Congresso Nacional, com
parecer prévio do Tribunal de Contas da União.
§ 3º Nos Territórios Federais com mais de
cem mil habitantes, além do Governador,
nomeado na forma desta Constituição, haverá
órgãos judiciários de primeira e segunda
instâncias, membros do Ministério Público e
defensores públicos federais; a lei disporá sobre
as eleições para a Câmara Territorial e sua
competência deliberativa.
DA INTERVENÇÃO
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
(Redação da EC 19, de 1998)
Art. 37. A administração pública direta e
indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do DF e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também,
ao seguinte: I - os cargos, empregos e funções
públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei,
assim como aos estrangeiros, na forma da lei
II - a investidura em cargo ou emprego público
depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do
cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração;
III - o prazo de validade do concurso
público será de até 2 anos, prorrogável
uma vez, por igual período;
IV - durante o prazo improrrogável
previsto no edital de convocação, aquele
aprovado em concurso público de provas
ou de provas e títulos será convocado com
prioridade sobre novos concursados para
assumir cargo ou emprego, na carreira;
V - as funções de confiança, exercidas
exclusivamente por servidores ocupantes de
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a
serem preenchidos por servidores de carreira
nos casos, condições e percentuais mínimos
previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e
assessoramento;
VI - é garantido ao servidor público civil o direito
à livre associação sindical;
VII - o direito de greve será exercido nos termos
e nos limites definidos em lei específica; VIII - a
lei reservará percentual dos cargos e empregos
públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua
admissão;
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação
por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional
interesse público;
X - a remuneração dos servidores públicos e o
subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente
poderão ser fixados ou alterados por lei
específica, observada a iniciativa privativa em
cada caso, assegurada revisão geral anual,
sempre na mesma data e sem distinção de
índices;
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes
de cargos, funções e empregos públicos da
administração direta, autárquica e fundacional,
dos membros de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e
dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória,
percebidos cumulativamente ou não, incluídas
as vantagens pessoais ou de qualquer outra
natureza, não poderão exceder o subsídio
mensal, em espécie, dos Ministros do STF,
aplicando-se como limite, nos Municípios, o
subsídio do Prefeito, e nos Estados e no DF, o
subsídio mensal do Governador no âmbito do
Poder Executivo, o subsídio dos Deputados
Estaduais e Distritais no âmbito do Poder
Legislativo e o subsídio dos Desembargadores
do Tribunal de Justiça, limitado a noventa
inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
STF, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável
este limite aos membros do Ministério Público,
aos Procuradores e aos Defensores Públicos;
XII - os vencimentos dos cargos do Poder
Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de
quaisquer espécies remuneratórias para o efeito
de remuneração de pessoal do serviço público;
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por
servidor público não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de
acréscimos ulteriores;
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes
de cargos e empregos públicos são irredutíveis,
ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste
artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153,
§ 2º, I;
XVI - é vedada a acumulação remunerada de
cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários, observado em
qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro,
técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de
profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas; XVII - a proibição de acumular
estende-se a empregos e funções e abrange
autarquias, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista, suas
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou
indiretamente, pelo poder público;
XVIII - a administração fazendária e seus
servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os
demais setores administrativos, na forma da lei;
XIX – somente por lei específica poderá ser
criada autarquia e autorizada a instituição
de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de fundação, cabendo à
lei complementar, neste último caso,
definir as áreas de sua atuação;
XX - depende de autorização legislativa, em
cada caso, a criação de subsidiárias das
entidades mencionadas no inciso anterior, assim
como a participação de qualquer delas em
empresa privada;
XXI - ressalvados os casos especificados na
legislação, as obras, serviços, compras e
alienações serão contratados mediante
processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes,
com cláusulas que estabeleçam obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da
proposta, nos termos da lei, o qual somente
permitirá as exigências de qualificação técnica e
econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações.
XXII - as administrações tributárias da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, atividades essenciais ao
funcionamento do Estado, exercidas por
servidores de carreiras específicas, terão
recursos prioritários para a realização de suas
atividades e atuarão de forma integrada,
inclusive com o compartilhamento de cadastros
e de informações fiscais, na forma da lei ou
convênio. (Add EC 42, de 2003)
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras,
serviços e campanhas dos órgãos públicos
deverá ter caráter educativo, informativo ou de
orientação social, dela não podendo constar
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos.
§ 2º A não-observância do disposto nos incisos II
e III implicará a nulidade do ato e a punição da
autoridade responsável, nos termos da lei.
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação
do usuário na administração pública direta e
indireta, regulando especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos
serviços públicos em geral, asseguradas a
manutenção de serviços de atendimento ao
usuário e a avaliação periódica, externa e
interna, da qualidade dos serviços;
II - o acesso dos usuários a registros
administrativos e a informações sobre atos de
governo, observado o disposto no art. 5º, X e
XXXIII;
III - a disciplina da representação contra o
exercício negligente ou abusivo de cargo,
emprego ou função na administração pública.
§ 4º Os atos de improbidade administrativa
importarão a suspensão dos direitos políticos, a
perda da função pública, a indisponibilidade dos
bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação
penal cabível.
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição
para ilícitos praticados por qualquer agente,
servidor ou não, que causem prejuízos ao erário,
ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento.
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as
de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as
restrições ao ocupante de cargo ou emprego da
administração direta e indireta que possibilite o
acesso a informações privilegiadas.
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e
financeira dos órgãos e entidades da
administração direta e indireta poderá ser
ampliada mediante contrato, a ser firmado entre
seus administradores e o poder público, que
tenha por objeto a fixação de metas de
desempenho para o órgão ou entidade, cabendo
à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de
desempenho, direitos, obrigações e
responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.
§ 2º Os proventos de aposentadoria e as
pensões, por ocasião de sua concessão, não
poderão exceder a remuneração do respectivo
servidor, no cargo efetivo em que se deu a
aposentadoria ou que serviu de referência para
a concessão da pensão.
(Redação da EC 20, de 1998)
§ 3º Para o cálculo dos proventos de
aposentadoria, por ocasião da sua concessão,
serão consideradas as remunerações utilizadas
como base para as contribuições do servidor
aos regimes de previdência de que tratam este
artigo e o art. 201, na forma da lei.
(Redação da EC 41, de 2003)
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios
diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos abrangidos pelo regime de
que trata este artigo, ressalvados, nos termos
definidos em leis complementares, os casos de
servidores:
I - portadores de deficiência;
II - que exerçam atividades de risco;
III - cujas atividades sejam exercidas sob
condições especiais que prejudiquem a saúde
ou a integridade física. (Redação da EC 47, de
2005)
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de
contribuição serão reduzidos em cinco anos, em
relação ao disposto no § 1°, III, a, para o
professor que comprove exclusivamente tempo
de efetivo exercício das funções de magistério
na educação infantil e no ensino fundamental e
médio. (Redação da EC 20, de 1998)
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes
dos cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, é vedada a percepção de mais de
uma aposentadoria à conta do regime de
previdência previsto neste artigo. (Redação da
EC 20, de 1998)
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício
de pensão por morte, que será igual:
(Redação da EC 41, de 2003)
I - ao valor da totalidade dos proventos do
servidor falecido, até o limite máximo
estabelecido para os benefícios do regime geral
de previdência social de que trata o art. 201,
acrescido de setenta por cento da parcela
excedente a este limite, caso aposentado à data
do óbito; ou (Redação da EC 41, de 2003)
II - ao valor da totalidade da remuneração do
servidor no cargo efetivo em que se deu o
falecimento, até o limite máximo estabelecido
para os benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o art. 201,
acrescido de 70% da parcela excedente a este
limite, caso em atividade na data do óbito.
(Redação da EC 41, de 2003)
§ 8º É assegurado o reajustamento dos
benefícios para preservar-lhes, em caráter
permanente, o valor real, conforme critérios
estabelecidos em lei.
(Redação da EC 41, de 2003)
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual
ou municipal será contado para efeito de
aposentadoria e o tempo de serviço
correspondente para efeito de disponibilidade.
(Redação da EC 20, de 1998)
§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer
forma de contagem de tempo de contribuição
fictício. (Redação da EC 20, de 1998)
§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à
soma total dos proventos de inatividade,
inclusive quando decorrentes da acumulação de
cargos ou empregos públicos, bem como de
outras atividades sujeitas a contribuição para o
regime geral de previdência social, e ao
montante resultante da adição de proventos de
inatividade com remuneração de cargo
acumulável na forma desta Constituição, cargo
em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.
(Redação da EC 20, de 1998)
§ 12. Além do disposto neste artigo, o regime de
previdência dos servidores públicos titulares de
cargo efetivo observará, no que couber, os
requisitos e critérios fixados para o regime geral
de previdência social. (Redação da EC 20, de
1998)
§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de
cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração bem como de outro
cargo temporário ou de emprego público,
aplica-se o regime geral de previdência social.
(Redação da EC 20, de 1998)
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, desde que instituam regime de
previdência complementar para os seus
respectivos servidores titulares de cargo
efetivo, poderão fixar, para o valor das
aposentadorias e pensões a serem concedidas
pelo regime de que trata este artigo, o limite
máximo estabelecido para os benefícios do
regime geral de previdência social de que trata
o art. 201. (Redação da EC 20, de 1998)
§ 15. O regime de previdência complementar
de que trata o § 14 será instituído por lei de
iniciativa do respectivo Poder Executivo,
observado o disposto no art. 202 e seus
parágrafos, no que couber, por intermédio de
entidades fechadas de previdência
complementar, de natureza pública, que
oferecerão aos respectivos participantes planos
de benefícios somente na modalidade de
contribuição definida. (Redação da EC 41, de
2003)
§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa
opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser
aplicado ao servidor que tiver ingressado no
serviço público até a data da publicação do ato
de instituição do correspondente regime de
previdência complementar.
(Redação da EC 20, de 1998)
§ 17. Todos os valores de remuneração
considerados para o cálculo do benefício
previsto no § 3° serão devidamente atualizados,
na forma da lei. (Redação da EC 41, de 2003)
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de
aposentadorias e pensões concedidas pelo
regime de que trata este artigo que superem o
limite máximo estabelecido para os benefícios
do regime geral de previdência social de que
trata o art. 201, com percentual igual ao
estabelecido para os servidores titulares de
cargos efetivos.
(Redação da EC 41, de 2003)
§ 19. O servidor de que trata este artigo que
tenha completado as exigências para
aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º,
III, a, e que opte por permanecer em atividade
fará jus a um abono de permanência
equivalente ao valor da sua contribuição
previdenciária até completar as exigências para
aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II.
(Redação da EC 41, de 2003)
§ 20. Fica vedada a existência de mais de um
regime próprio de previdência social para os
servidores titulares de cargos efetivos, e de
mais de uma unidade gestora do respectivo
regime em cada ente estatal, ressalvado o
disposto no art. 142, § 3º, X.
(Redação da EC 41, de 2003)
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste
artigo incidirá apenas sobre as parcelas de
proventos de aposentadoria e de pensão que
superem o dobro do limite máximo estabelecido
para os benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o art. 201 desta
Constituição, quando o beneficiário, na forma da
lei, for portador de doença incapacitante. (Add
EC 47, de 2005)
Art. 41. São estáveis após 3 anos de efetivo
exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso
público.(Redação da EC 19, de 1998)
§ 1º O servidor público estável só perderá o
cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em
julgado;
II – mediante processo administrativo em que
lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação
periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão
do servidor estável, será ele reintegrado, e o
eventual ocupante da vaga, se estável,
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
indenização, aproveitado em outro cargo ou
posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua
desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade, com remuneração proporcional
ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.
§ 4º Como condição para a aquisição da
estabilidade, é obrigatória a avaliação especial
de desempenho por comissão instituída para
essa finalidade.
Seção III
Dos Militares dos Estados, do
Distrito Federal e dos Territórios
(Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 18, de 1998)
Art. 42 Os membros das Polícias Militares e
Corpos de Bombeiros Militares, instituições
organizadas com base na hierarquia e
disciplina, são militares dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios. (“Caput” do artigo
com redação dada ao artigo pela Emenda
Constitucional nº 18, de 1998)
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios, além do
que vier a ser fixado em lei, as disposições do
art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º
e 3º, cabendo a lei estadual específica dispor
sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X,
sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos
respectivos governadores. (Parágrafo com
redação dada pela Emenda Constitucional nº 20,
de 1998)
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios,
aplica-se o que for fixado em lei específica do
respectivo ente estatal. (Parágrafo com
redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
de 2003)
Seção IV
Das Regiões
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
Seção I
Do Congresso Nacional
Seção II
Das Atribuições do Congresso Nacional
Seção IV
Do Senado Federal
Seção V
Dos Deputados e dos Senadores
Seção VI
Das Reuniões
Seção VIII
Do Processo Legislativo
Subseção I
Disposição Geral
Subseção II
Da Emenda à Constituição
Subseção III
Das Leis
Seção IX
Da Fiscalização Contábil, Financeira e
Orçamentária
CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
Do Presidente e do Vice-Presidente da
República
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo
Presidente da República, auxiliado pelos
Ministros de Estado.
Seção II
Das Atribuições do Presidente da
República
Art. 84. Compete privativamente ao
Presidente da República:
I - nomear e exonerar os Ministros de
Estado;
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de
Estado, a direção superior da administração
federal;
III - iniciar o processo legislativo, na forma
e nos casos previstos nesta Constituição;
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar
as leis, bem como expedir decretos e
regulamentos para sua fiel execução;
V - vetar projetos de lei, total ou
parcialmente;
VI – dispor, mediante decreto, sobre:
(Inciso com redação dada pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001)
a) organização e funcionamento da
administração federal, quando não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção
de órgãos públicos; (Alínea acrescida pela
Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
b) extinção de funções ou cargos públicos,
quando vagos; (Alínea acrescida pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001)
VII - manter relações com Estados
estrangeiros e acreditar seus representantes
diplomáticos;
VIII - celebrar tratados, convenções e atos
internacionais, sujeitos a referendo do
Congresso Nacional;
IX - decretar o estado de defesa e o estado
de sítio;
X - decretar e executar a intervenção
federal;
XI - remeter mensagem e plano de governo
ao Congresso Nacional por ocasião da abertura
da sessão legislativa, expondo a situação do
País e solicitando as providências que julgar
necessárias;
XII - conceder indulto e comutar penas,
com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;
XIII - exercer o comando supremo das
Forças Armadas, nomear os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica,
promover seus oficiais-generais e nomeá-los
para os cargos que lhes são privativos; (Inciso
com redação dada pela Emenda Constitucional
nº 23, de 1999)
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado
Federal, os Ministros do Supremo Tribunal
Federal e dos Tribunais Superiores, os
Governadores de Territórios, o Procurador-Geral
da República, o presidente e os diretores do
Banco Central e outros servidores, quando
determinado em lei;
XV - nomear, observado o disposto no art.
73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;
XVI - nomear os magistrados, nos casos
previstos nesta Constituição, e o Advogado-
Geral da União;
XVII - nomear membros do Conselho da
República, nos termos do art. 89, VII;
XVIII - convocar e presidir o Conselho da
República e o Conselho de Defesa Nacional;
XIX - declarar guerra, no caso de agressão
estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional
ou referendado por ele, quando ocorrida no
intervalo das sessões legislativas, e, nas
mesmas condições, decretar, total ou
parcialmente, a mobilização nacional;
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o
referendo do Congresso Nacional;
XXI - conferir condecorações e distinções
honoríficas;
XXII - permitir, nos casos previstos em lei
complementar, que forças estrangeiras
transitem pelo território nacional ou nele
permaneçam temporariamente;
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o
plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e as propostas de orçamento
previstas nesta Constituição;
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso
Nacional, dentro de sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa, as contas
referentes ao exercício anterior;
XXV - prover e extinguir os cargos públicos
federais, na forma da lei;
XXVI - editar medidas provisórias com força
de lei, nos termos do art. 62;
XXVII - exercer outras atribuições previstas
nesta Constituição.
Parágrafo único. O Presidente da República
poderá delegar as atribuições mencionadas nos
incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos
Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da
República ou ao Advogado-Geral da União, que
observarão os limites traçados nas respectivas
delegações.
Seção III
Da Responsabilidade do Presidente da
República
Seção IV
Dos Ministros de Estado
Seção V
Do Conselho da República e do Conselho
de Defesa Nacional
Do Conselho da República
Subseção II
Do Conselho de Defesa Nacional
CAPÍTULO III
DO PODER JUDICIÁRIO
Seção I
Disposições Gerais
Seção III
Do Superior Tribunal de Justiça
Seção IV
Dos Tribunais Regionais Federais e dos
Juízes Federais
Art. 106. São órgãos da Justiça Federal:
I - os Tribunais Regionais Federais;
II - os Juízes Federais.
Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais
compõem-se de, no mínimo, sete juízes,
recrutados, quando possível, na respectiva
região e nomeados pelo Presidente da República
dentre brasileiros com mais de 35 e menos de
65 anos, sendo:
I - um quinto dentre advogados com mais
de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público Federal com
mais de dez anos de carreira;
II - os demais, mediante promoção de
juízes federais com mais de cinco anos de
exercício, por antiguidade e merecimento,
alternadamente.
§ 1º A lei disciplinará a remoção ou a
permuta de juízes dos Tribunais Regionais
Federais e determinará sua jurisdição e sede.
(Parágrafo único transformado em § 1º pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 2º Os Tribunais Regionais Federais
instalarão a justiça itinerante, com a realização
de audiências e demais funções da atividade
jurisdicional, nos limites territoriais da
respectiva jurisdição, servindo-se de
equipamentos públicos e comunitários.
(Parágrafo acrescido pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º Os Tribunais Regionais Federais
poderão funcionar descentralizadamente,
constituindo Câmaras regionais, a fim de
assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à
justiça em todas as fases do processo. (Parágrafo
acrescido pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Seção VI
Dos Tribunais e Juízes Eleitorais
Seção VII
Dos Tribunais e Juízes Militares
Seção VIII
Dos Tribunais e Juízes dos Estados
CAPÍTULO IV
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Seção I
Do Ministério Público
Art. 127. O Ministério Público é instituição
permanente, essencial à função jurisdicional do
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem
jurídica, do regime democrático e dos interesses
sociais e individuais indisponíveis.
§ 1º São princípios institucionais do
Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e
a independência funcional.
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada
autonomia funcional e administrativa, podendo,
observado o disposto no art. 169, propor ao
Poder Legislativo a criação e extinção de seus
cargos e serviços auxiliares, provendo-os por
concurso público de provas ou de provas e
títulos, a política remuneratória e os planos de
carreira; a lei disporá sobre sua organização e
funcionamento. (Parágrafo com redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3º O Ministério Público elaborará sua
proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar
a respectiva proposta orçamentária dentro do
prazo estabelecido na lei de diretrizes
orçamentárias, o Poder Executivo considerará,
para fins de consolidação da proposta
orçamentária anual, os valores aprovados na lei
orçamentária vigente, ajustados de acordo com
os limites estipulados na forma do § 3º.
(Parágrafo acrescido pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º Se a proposta orçamentária de que
trata este artigo for encaminhada em desacordo
com os limites estipulados na forma do § 3º, o
Poder Executivo procederá aos ajustes
necessários para fins de consolidação da
proposta orçamentária anual. (Parágrafo
acrescido pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
§ 6º Durante a execução orçamentária do
exercício, não poderá haver a realização de
despesas ou a assunção de obrigações que
extrapolem os limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente
autorizadas, mediante a abertura de créditos
suplementares ou especiais. (Parágrafo
acrescido pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
Seção II
Da Advocacia Pública
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a
instituição que, diretamente ou através de
órgão vinculado, representa a União, judicial e
extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da
lei complementar que dispuser sobre sua
organização e funcionamento, as atividades de
consultoria e assessoramento jurídico do Poder
Executivo.
§ 1º A Advocacia-Geral da União tem por
chefe o Advogado-Geral da União, de livre
nomeação pelo Presidente da República dentre
cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de
notável saber jurídico e reputação ilibada.
§ 2º O ingresso nas classes iniciais das
carreiras da instituição de que trata este artigo
far-se-á mediante concurso público de provas e
títulos.
§ 3º Na execução da dívida ativa de
natureza tributária, a representação da União
cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional,
observado o disposto em lei.
CAPÍTULO I
DO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO
Seção I
Do Estado de Defesa
Seção II
Do Estado de Sítio
Seção III
Disposições Gerais
CAPÍTULO II
DAS FORÇAS ARMADAS
CAPÍTULO III
DA SEGURANÇA PÚBLICA
CAPÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Seção I
Dos Princípios Gerais
Seção II
Das Limitações do Poder de Tributar
Seção III
Dos Impostos da União
Seção IV
Dos Impostos dos Estados e do Distrito
Federal
CAPÍTULO II
DAS FINANÇAS PÚBLICAS
Seção I
Normas Gerais
Seção II
Dos Orçamentos
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE
ECONÔMICA
Art. 170. A ordem econômica, fundada na
valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos
existência digna, conforme os ditames da justiça
social, observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive
mediante tratamento diferenciado conforme o
impacto ambiental dos produtos e serviços e de
seus processos de elaboração e prestação;
(Inciso com redação dada pela Emenda
Constitucional nº 42, de 2003)
VII - redução das desigualdades regionais e
sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as
empresas de pequeno porte constituídas sob as
leis brasileiras e que tenham sua sede e
administração no País. (Inciso com redação
dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)
Parágrafo único. É assegurado a todos o
livre exercício de qualquer atividade econômica,
independentemente de autorização de órgãos
públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Art. 171. (Artigo revogado pela Emenda
Constitucional nº 6, de 1995)
CAPÍTULO III
DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA E DA
REFORMA AGRÁRIA
CAPÍTULO IV
DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÃO GERAL
CAPÍTULO II
DA SEGURIDADE SOCIAL
Seção I
Disposições Gerais
Seção II
Da Saúde
Seção III
Da Previdência Social
Seção I
Da Educação
Seção II
Da Cultura
CAPÍTULO IV
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CAPÍTULO V
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
Art. 220. A manifestação do pensamento, a
criação, a expressão e a informação, sob
qualquer forma, processo ou veículo não
sofrerão qualquer restrição, observado o
disposto nesta Constituição.
§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que
possa constituir embaraço à plena liberdade de
informação jornalística em qualquer veículo de
comunicação social, observado o disposto no
art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.
§ 2º É vedada toda e qualquer censura de
natureza política, ideológica e artística.
§ 3º Compete à lei federal:
I - regular as diversões e espetáculos
públicos, cabendo ao poder público informar
sobre a natureza deles, as faixas etárias a que
não se recomendem, locais e horários em que
sua apresentação se mostre inadequada;
II - estabelecer os meios legais que
garantam à pessoa e à família a possibilidade
de se defenderem de programas ou
programações de rádio e televisão que
contrariem o disposto no art. 221, bem como da
propaganda de produtos, práticas e serviços
que possam ser nocivos à saúde e ao meio
ambiente.
§ 4º A propaganda comercial de tabaco,
bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos
e terapias estará sujeita a restrições legais, nos
termos do inciso II do parágrafo anterior, e
conterá, sempre que necessário, advertência
sobre os malefícios decorrentes de seu uso.
§ 5º Os meios de comunicação social não
podem, direta ou indiretamente, ser objeto de
monopólio ou oligopólio.
§ 6º A publicação de veículo impresso de
comunicação independe de licença de
autoridade.
CAPÍTULO VI
DO MEIO AMBIENTE
CAPÍTULO VII
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E
DO IDOSO
CAPÍTULO VIII
DOS ÍNDIOS
TÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAIS