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br/webdesign
DEU BRANCO?!
saiba como os profissionais mais criativos do mercado encontram inspiração
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Estudo de caso: Hotsite Brahma - Zeca Pagodinho
Inspire-se nos macetes dos grandes profissionais para fugir do “branco”
Tipografia Digital : entrevista, dicas e links
Portfólio: Thunder House / Zentropy
Editorial
quem somos
4
menu
apresentação
pág. 4 quem somos
pág. 5 menu
contato
pág. 6 emails
pág. 6 fale conosco
portfólio
pág. 13 veterano: Thunder House/Zentropy
pág. 18 calouro: Glauco Diogenes
matéria de capa
pág. 19 entrevista: Clovis La Pastina
pág. 24 e tudo se fez... branco!
pág. 30 brainstorming
pág. 32 criar para solucionar
pág. 35 debate: O que você faz quando dá branco?
e-mais
pág. 42 estudo de caso: hotsite brahma
pág. 46 tipografia digital
pág. 51 tutorial: formulários em flash com PHP
com a palavra
pág. 54 estratégia online: Marcello Póvoa
pág. 56 webwriting: Marcela Catunda
pág. 60 marketing: René de Paula Jr.
pág. 62 interface: Cláudio Toyama
pág. 64 webdesign: Luli Radfahrer
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9
clipping
(01)
Robôs fazem de tudo
A Toyota anunciou um projeto para
desenvolver robôs destinados a Intel vai lançar
serem assistentes pessoais. processadores
Este da foto tem 1m20cm “ecológicos”
de altura, 35 quilos e lábios A Intel anunciou que vai lançar, no fim deste
artificiais com movimentos ano, processadores “ecológicos”. Os novos
tão semelhantes aos dos (01)
chips serão praticamente livres de chumbo e não
humanos que lhe permitem tocar um trompete. vão prejudicar o ambiente, disse a empresa. Os
O robô da Toyota interage com seu parceiro enquanto demonstram (03)
equipamentos terão apenas 5% do material
seus movimentos fluidos. Eles integram um projeto da companhia japonesa usado nos produtos vendidos hoje em dia.
para o lançamento de robôs destinados a dar assistência aos humanos “Processadores sem chumbo são uma exigência
numa diversidade de áreas. O presidente da Toyota Motor Corporation, do futuro”, disse Michael Garner, diretor de tecnologia de materiais
Fujio Cho, afaga um dos novos robôs humanóides que a companhia planeja da Intel. “Esse é o momento certo para o lançamento destes produtos.”
lançar. A Toyota quer que que seus robôs parceiros “tenham características As fabricantes de produtos eletrônicos são cada vez mais pressionadas
humanas, como agilidade, bondade, gentileza e inteligência suficientes a usar materiais e componentes que não prejudiquem o ambiente.
para serem hábeis na operação de variados dispositivos nas áreas de Além disso, muitas substâncias estão sendo consideradas perigosas
assistência pessoal, cuidado de idosos, linhas de produção e mobilidade”, para os consumidores e estão sendo proibidas pelas agências de
disse Cho. regulamentação.
(02) (03)
10
clipping
China bane
cibercafés Descobertas falhas críticas em versões do
perto de RealPlayer
escolas e casas Foi detectada uma grave falha de segurança nos tocadores multimídia da Real Networks
Os cibercafés chineses estão - RealPlayer e RealOne. O site de segurança francês K-OTik anunciou que, através de
proibidos de se estabelecerem uma vulnerabilidade crítica, um usuário mal-intencionado pode comandar um ataque
em áreas residenciais e a menos remoto ao usuário do aplicativo, provocando um erro de buffer overflow (sobrecarga
Ensino Fundamental e Médio. A r egra da extensão .R3T (RealText 3D), permitindo ao hacker executar comandos aleatórios
Administração Geral para a Indústria e Comércio da no sistema atacado. As versões atingidas são o RealPlayer 8, RealOne Player, RealOne
China vale para todos os Estados - no país é proibida Player v2, RealPlayer 10 Beta, RealPlayer Enterprise. A Real já oferece solução para
(09)
Palestras gratuitas Impacta Uso de banda larga já representa
A Impacta Tecnologia, com os apoios da Macromedia, Softcorp e revista
60% do tempo de permanência na
Webdesign, realizará em Junho as seguintes palestras:
Web brasileira
Os internautas que navegam via banda larga já representam mais de
Tema: “A evolução da internet: de web à plataforma de negócios _ os
37% do total de usuários domiciliares ativos no Brasil e correspondem
‘Rich Internet Applications’”.
a 60% do tempo total de conexão na web. Os dados da IbopeBOPE/
Data: 03/06/04. Horário: 19:30/21:30 h.
NetRatings mostram também que os internautas tendem a se
Local: Rua Árabe, 71 (próximo ao metrô Santa Cruz – SP).
concentrar em si tes de entretenimento, comunidade e
Tema: “Evolução do webdesign no Brasil _ do fazer ao vender”.
aplicativos. “Nossos relatórios mostram que executivos e profissionais
Data: 05/06/04. Horário: 10:00/13:00 h.
liberais são as categorias que mais utilizam este tipo de tecnologia e
Local: Rua Árabe, 71 (próximo ao metrô Santa Cruz – SP).
que alguns sites de serviços financeiros e ecommerce já apresentam
Inscrições pelo site www.impacta.com.br ou pelo l ink
mais usuários de banda larga que de linha discada”, esclarece Marcelo
www.impacta.com.br/eventos/eve_eventos.asp .
(09)
Coutinho, diretor de Serviços de Análise do Ibope. (10)
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portfólio :: veterano
THUNDER HOUSE
OLHOS ABERTOS
PARA INOVAR
A Thunder House nasceu como um departamento de internet da
13
portfólio :: veterano
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portfólio :: veterano
internet, e achou que era simplesmente uma forma de ga-
nhar dinheiro fácil. Realmente, ganhava-se dinheiro mais
fácil do que hoje, mas trabalhava-se muito, como continua
acontecendo”.
Quando o assunto é trabalho, Clovis abre seu portfólio
para mostrar alguns motivos de orgulho da Thunder
House. O briefing para o site da Gol era simples: vender
passagens aéreas pela internet. “Fizemos um site modular,
que funciona como um Lego. Tudo pode ser mudado pelo
próprio cliente conforme a sua necessidade, exceto a seção
em que os internautas compram as passagens. Deu, e con-
tinua dando, um super resultado. A Gol conseguiu quebrar
a barreira de compra de bilhetes via web. Tudo foi desen-
volvido em cgi”.
Para o fotógrafo Giácomo Favretto foi feita uma pági-
na personalizada e muito criativa. O site aproveita a luz
que vem de trás do computador para representar a mesa
de luz na qual o fotógrafo apresenta seus trabalhos em
cromo. “Na vida real, o fotógrafo faz exatamente isso, liga
a mesa de luz, coloca os cromos sobre ela e mostra os de-
talhes do clic no conta-fio. No site você faz o mesmo: ar-
rasta o cromo sobre a mesa e arrasta o conta-fio sobre o
cromo para vê-lo ampliado. Foi todo feito em Director”.
www.giacomofavretto.com.br
A navegação faz analogia à manipulação de uma
fotografia por um fotógrafo.
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“A PALAVRA-CHAVE
PARA O WEBDESIGN
SEMPRE FOI E
SEMPRE SERÁ:
USABILIDADE”
O site da Laramara foi desenvolvido em uma tela
toda preta, na qual o visitante não enxerga o cursor e não
tem a mínima idéia para onde seguir. “Uma voz vai lhe gui-
ando, falando para você ir mais para os lados direito ou
esquerdo, para cima ou para baixo. Diz também pra você
clicar no menu até achar um game que você joga sem ver
nada. Tudo isso para mostrar como é difícil a vida de quem
é deficiente visual. Feito todinho em Flash”, explica ele.
Pessoalmente, Clovis é “tarado por cinema” e sente-se
realizado, principalmente, porque adora ser pai. Profissio-
nalmente, ele se considera metódico e perfeccionista. Aos
designers que estão entrando no mercado, deixa uma su-
gestão: “nunca, jamais aceite qualquer afirmação de que o
mercado está ruim, que ele está lotado, que tem gente indo
para a rua, que o risco-país influencia na tomada de decisões
dos clientes. Desde que eu me conheço por gente a situa-
ção está ruim. Aliás, acho que ela está ruim desde 1500,
quando fomos descobertos. Se a situação está tão ruim
assim, porque não vamos todos para a praia? Não aceite
desculpas. Batalhe, lute, que você acha o seu espaço”.
Para o próprio futuro, Clovis tem seus planos: “Teria fei-
to jornalismo. Espero ficar rico, largar tudo e fazer jornalis-
mo”. Enquanto o futuro não vem, ele espera... sentado, no
selim de uma bicicleta. “Aqui na Thunder, nós temos uma
equipe que vai para as trilhas de bike, no meio do mato, para
encher os pulmões. Ultimamente, isso tem virado uma febre
por aqui. No carnaval, foram 400 km em quatro dias. Já par-
ticipamos de provas no mini-EMA, com corridas de aventura,
mas isso eu não faço mais. Principalmente, porque, agora, eu
tenho um bebê pra cuidar”, lembra o papai coruja.
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portfólio :: veterano
De cima para baixo, nesta coluna:
www.voegol.com.br
http://200.162.218.57/lycra/index.asp
Ao lado:
www.thunderhouse.com.br/trabalhos/sorriso_jua
www.sadiakits.com.br
http://200.162.218.57/intelig/homesv.asp
www.bayer.com.br
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portfólio :: calouro
Pressão? Tô fora!
Apaixonado por design suíço, o paulista
www.ellusjeansdeluxe.com.br
www.ellus2ndfloor.com.br www.equus.com.br
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entrevista :: Clovis La Pastina
Pintou sucesso!
Agora que vocês já conheceram alguns dos trabalhos realizados pela Thunder House, chegou
a hora de saber um pouco mais sobre metodologia de criação, perfil profissional, relação
com o cliente, trabalhos bem sucedidos etc.. Numa entrevista franca e descontraída, Clovis
La Pastina, gerente da agência, comenta estes temas e ainda aconselha àqueles que estão
Wd :: A Thunder House utiliza alguma amente dito. As idéias vão surgindo e todo
técnica como o brainstorming, por mundo acaba participando do processo.
exemplo, para buscar soluções originais? Wd :: Você acredita que a energia gera-
Ou seja: qual a metodologia de criação da pelo trabalho ‘sob pressão’ e prazos
da agência? curtos faça despertar idéias originais?
Clovis :: Depende do caso. Muitas vezes, Clovis :: Sabe quando você vai acampar
quando fazemos um hotsite de apoio a uma no meio do mato, acaba sendo pego de
promoção não há muito tempo hábil para a surpresa e perde o contato com o
criação e temos que seguir o guideline que mundo? Cai a
a campanha promocional já tem. Por noite, chega
exemplo, nas promoções de Nestlé, Sorri- o frio e você
so/Colgate e Lycra, nós criamos ‘by the tem que se
book’. As imagens foram enviadas pelas virar pra conseguir
agências e nós tratamos de adaptar para o fazer algo rápido para
formato web. sobreviver? É mais ou
Quando trata-se de um trabalho mais livre, menos este o espírito. Na
como ocorreu com Patrícia Coelho, Arnaldo pressão, eu acredito que o
Antunes, Os Paralamas, Laramara e outros, aí cérebro entre num ritmo
sim, existe um tempo maior para a elabora- de achar uma saída, uma so-
ção da idéia. Não há um brainstorming propri- lução. Acho que é assim que
19
entrevista :: Clovis La Pastina
“Só a criatividade funciona, porque, de fato, coisas boas aca- principais prêmios internacionais e eu digo
bam surgindo do prazo exíguo. Não que que valeu a pena, sim. Óbvio que gerou no-
não segura
‘segura a onda’ isto seja uma regra, mas é uma forma de, vos projetos, mas pintou muita coisa pra
dos clientes, eles digamos, jogar mais adrenalina nas veias e fazer de graça. Quando o Bob Gebara saiu
isto acaba sendo um estímulo involuntário. da Thunder e eu acabei assumindo a dire-
querem
quer em um As situações adversas são uma grande ex- ção, as coisas mudaram um pouco de fi-
compromisso periência. Elas fazem você provar a si mes- gura, mas não por minha causa. Aconte-
mo que não vai ser o ponteiro do relógio ceu uma mudança na filosofia interna.
sério, um bom que vai ditar o seu ritmo. Dá pra fazer meia Como a Thunder já havia ganhado tudo,
atendimento etc.” hora virar um minuto. Nós somos a prova vi- era preciso priorizar outras coisas mais
va disso. Lembra muito aquelas cenas clichê importantes. Então, nós deixamos de fa-
de filmes em que o cara tem que cortar o fio zer o que todo mundo faz, que é criar só
certo enquanto o relógio digital vai se apro- para os festivais. Preferimos utilizar o nos-
ximando do zero. No final, tudo dá certo. so precioso tempo para prospectar e ala-
Wd :: Até que ponto o sucesso da em- vancar novos negócios através do traba-
presa pode ser atribuído aos diversos lho duro, ao invés de deitar na fama. Só a
prêmios conquistados? Os prêmios criatividade não ‘segura a onda’ dos clien-
alavancam novos projetos? tes, eles querem um compromisso sério,
Clovis :: O sucesso da Thunder já foi o re- um bom atendimento etc..
sultado dos prêmios que ela ganhou no Wd :: Como você identifica o perfil do
passado. Naquela época, de 1996 para cá, profissional criativo?
havia uma cultura de entrar em tudo quan- Clovis :: Hoje ele é mais maduro, mais pro-
to era premiação. Isso acaba gerando mí- fissional. Entende que refazer um trabalho
dia espontânea, projeção, burburinho, ou seguir um guideline é uma coisa que faz
reconhecimento. Nós ganhamos todos os parte do dia-a-dia. O estrelismo exacerba-
do acabou. Todo mundo ‘rala’ legal para
produzir um trabalho, no mínimo, digno.
Ninguém mais é dono absoluto da cadeira
ou do computador. Cada vez mais, as equi-
pes estão buscando profissionais que
trabalhem em equipe. Eu, pessoalmente,
acho muito triste o cara colocar um fone
de ouvido e ficar o dia inteiro com aquele
troço na cabeça, sem dividir opiniões.
Wd :: Vocês já tiveram idéias super criati-
vas censuradas pelo cliente? Como lidar
20
entrevista :: Clovis La Pastina
Clovis :: Já. Muitas. Várias. Isso faz par- disse que é por isso que nascemos com “Ninguém mais é
dono absoluto da
te. Nós entendemos de internet, mas não duas orelhas e apenas uma boca.
somos os donos da verdade absoluta. Por Wd :: Como surgiu a idéia/conceito do
isso, costumamos ouvir muito os clientes. site Laramara? cadeira ou do
computador.. Cada
O que acontece, às vezes, é que o cliente Clovis :: Foi numa conversa entre mim e o
não entende muito de internet. Ele quer André Matarazzo, um dos melhores
computador
fazer um site com uma massa de texto designers que eu já vi. O cara é um mestre vez mais, as
impossível de ler, com um ‘scroll’ gigan- Jedi do design web. Nós queríamos fazer
tesco. Ele tenta adaptar uma peça publici- algo para o terceiro setor, pois, na época,
equipes estão
tária ao meio web na íntegra. nós estávamos dentro do prédio da McCann buscando profis-
Da mesma maneira, há anunciantes que e a agência sempre teve a filosofia de traba-
colocam um mundo de informacões num lhar muito para as campanhas colaborativas,
sionais que traba-
busdoor ou num outdoor, que não são os como AACD, Care, AMA, Exército da Salva- equipe””
lhem em equipe
meios mais adequados para isso. ção etc.. Então, como eu conhecia a Lara,
Na maioria das vezes, eles estão apenas que é deficiente visual e filha do fundador
seguindo as orientações de uma matriz, da Associação Laramara, nós ficamos de pen-
mas é óbvio que existem coisas que funci- sar em algo para a entidade. Até que o André
onam na Holanda, mas não aqui no Brasil. teve um estalo e fomos afinando o discurso
Diante disso, tentamos adequar os dois de como achávamos que o site deveria ser
lados. O principal numa relação com o cli- feito. Eu fiz a redação e o atendimento, mas
ente é ouvir, mais do que falar. Alguém já 99% da idéia pertencem ao André.
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entrevista :: Clovis La Pastina
Wd :: Quais são suas influências cultu- fascina e eu fico olhando pra ele durante vá-
rais? Onde buscam inspiração? rios minutos, o jonathan-clark.com (e olha que
Clovis :: Em tudo. Cinema, teatro, TV e na este site mostra um cemitério). Por isso que
própria web. Ultimamente, temos buscado quando pinta um site com idéia, com concei-
bastante inspiração no campo, saindo da to, ele acaba virando cult, porque é raro apa-
cidade nos fins de semana. Criamos a recer um. Daí eu gostar de alguns sites que
nossa equipe de biking, a Thunder House fizemos, como o touch-screen, o Laramara e
Adventure Team e através dela participa- o site do fotógrafo Giácomo Favretto.
mos de provas em equipe, em que todo Wd :: Que retorno seus clientes tiveram
mundo tem de chegar junto, ou simples- com soluções originais apresentadas
mente percorremos algumas trilhas do in- por vocês? Este retorno foi mensurado?
terior do Estado. Recentemente, a equipe Clovis :: O retorno de vendas do site Sa-
fez 230 km no meio da lama, na chuva, dia Kits, um b2b que vende aqueles kits de
tentando atravessar o caminho da fé, Natal com peru e tender numa sacola tér-
que tem 400 km de extensão e atravessa o mica, com que as empresas presenteiam
Estado de Minas, até chegar em Aparecida. seus funcionários no final de ano, é um
Não deu pra chegar por causa do tempo tremendo sucesso. Uma das operações
ruim, mas no próximo feriado de 09 de mais rentáveis da Sadia, já que a ação é
abril vamos completá-lo. Não é que a inspi- rápida, começa em agosto e termina no
ração esteja lá, no meio do mato, mas a começo de dezembro. Tudo é feito via web.
oxigenação do cérebro, sim. E é isso o que O próprio telemarketing deles utiliza a web
nos faz ficar bem, com o corpo e a mente quando um cliente tem alguma dúvida.
legais para voltarmos na segunda-feira total- Esta é uma operação da qual temos um
mente zerados. grande orgulho de participar, pois fomos
Wd :: Que sites vocês nós que a implementamos. O site da Gol
O Caminho da Fé X consideram exemplo de Linhas Aéreas, cuja ação principal é a de
Sr. Almiro Grings, aposentado, duas vezes originalidade? Por que? vender passagens aéreas via web, dá o
peregrino do Caminho de Santiago de Compostela, Clovis :: É muito difícil maior show na concorrência. Estes são
retornou de sua segunda peregrinação convicto
você achar um site legal, apenas dois exemplos dentre vários. Vale
em implantar a maior trilha de peregrinação no
Brasil, similar a de Compostela. Traçou, que tenha uma idéia bem lembrar que não se trata apenas do retor-
aleatoriamente, uma rota onde predominasse a sacada. Há um monte de no de vendas, mas também do retorno de
beleza natural conjugada com a religiosidade.
sites bonitos, lindos, clean, imagem que as empresas têm.
Contatou, de início, as Administrações e Igrejas
de 16 cidades, ficando cada município responsável bem feitinhos, com tudo Wd :: Algum conselho aos jovens profis-
por seu território. Em tempo recorde, o Caminho funcionando, como o site sionais? Dicas de livros, referências etc.?
da Fé foi inaugurado em 11 de fevereiro de 2003,
www.tom-roch.de/start.htm,
na cidade de Águas da Prata.
O Caminho da Fé tem aproximadamente 400 por exemplo. Tá tudo lá, cer-
quilômetros, atravessando a Serra da Mantiqueira tinho. Existe um site que
por estradas vicinais de terra, trilhas, bosques e
não é novo, mas a idéia me
pastagens.
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entrevista :: Clovis La Pastina
O que é B2B? X
participe!
lhar duro como você.
Dicas e referências? Vai muito do gosto de
cada um. Tire o máximo de informações
daquelas coisas que fazem você sentir que
está vivo e lhe deixam feliz, mesmo que
estas coisas estejam longe da tela de um
computador.
“ T ir
iree o máximo de informações
daquelas coisas que fazem você
sentir que está vivo e lhe deixam feliz,
ainda que elas estejam
longe da tela de um
computador””
computador
23
e tudo se fez... branco!
E tudo se fez...
...BRANCO!
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e tudo se fez... branco!
De repente, todas as informações parecem ficar ilegíveis para o nosso cérebro, como se
estivessem numa linguagem impossível de ser decodificada pela mente ou ilhadas num local
de difícil acesso. É o famoso branco, que consegue tirar muita gente do sério,
principalmente, aqueles que têm na criatividade a matéria-prima do seu trabalho.
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e tudo se fez... branco!
2. Projete um ambiente 3. Saia do seu casulo viajando 4. Seja contagiado por brin-
enriquecedor O contato visual com outros cadeiras e pelo bom humor
Um ambiente personalizado cenários assim como o contato Informalidade e descontração
influencia na geração de pessoal com outras culturas libertam as pessoas da auto-
pensamentos criativos. aumenta o grau de atenção do censura, criando um estado
cérebro. mental propício à criatividade.
8. Dinamize o pensamento 9. Libere seu alterconsciente 10. Entre em contato com sua
com relação aos seus Quando acordados, todos devem alma criativa
desafios procurar usar ao máximo o Mergulhar dentro de si mesmo é
É preciso exercitar o cérebro na alterconsciente, definido pelo estabelecer contato com seu eu
focalização de um pensamento autor como a capacidade interior para resgatar a criativi-
criativo para os casos de cerebral sob o estado de dade presente em cada um.
trabalho sob pressão. consciência (uma espécie de
território nulo entre consciente e
inconsciente, de onde parecem
partir as idéias).
26
e tudo se fez... branco!
Na aldeia global, cada um vale quanto cria tecnológica e outras características da época atual aca-
Num mundo globalizado e competitivo, onde a busca bam gerando uma automação de atitudes e sentimentos, o
por soluções inteligentes é uma constante, teoricamente, que é altamente prejudicial à criação. Do mesmo modo,
os criativos tendem a ser mais bem sucedidos no campo globalização nos remete à unificação, padronização, efei-
profissional. Mais do que nunca, hoje em dia, sentir-se cri- tos que vão de encontro à individualização que personifica
ativo está intimamente ligado à autoconfiança. Para o objeto de criação. A quebra de identidade cultural acar-
Jordan, a criatividade começa e ser estimulada em casa reta unanimidade não apenas de idéias, mas também de
(através de pais criativos e de um ambiente familiar saudá- críticas. Então, o risco de se cair num ciclo vicioso e
vel) e limitada na escola (dentro de um sistema educacio- entediante torna-se maior.
nal pré-formatado). Apesar de toda essa tendência globalizadora, ainda é
Contraditoriamente, a mesma pós-modernidade que possível observar criações e reações variantes de país para
exige o profissional criativo, deixa cada vez menos espaço país. Muitas vezes, o que é considerado criativo por um
e tempo para o desenvolvimento de um espírito criativo. povo, passa despercebido por outro e vice-versa. Tal julga-
Instantaneidade de informações, rotina corrida, revolução
27
e tudo se fez... branco!
A mesma pós- mento terá como base a cultura e os valo- porém, poucos têm essa consciência.
tempo para o ção? Os passionais poderiam ser conside- autoria. Algumas campanhas publicitárias são
rados mais propensos a rompantes de bons exemplos disso.
desenvolvimento
criatividade por estarem mais em contato Ainda polemizando, Domenico De Masi,
de um espírito com seus sentimentos? Mas, se todos tra- publicitário italiano famoso por suas criações
criativo zem essa capacidade dentro de si, talvez a e declarações polêmicas, revelou-se um de-
diferença esteja na metodologia de cria- fensor do ócio criativo numa entrevista que
ção, ou seja, ambos os tipos poderiam até deu origem ao livro de mesmo nome. Para
chegar à mesma solução, sendo que por ele, a criatividade é resultado da síntese en-
caminhos diferentes. tre consciente e inconsciente assim como
Jordan Ayan recomenda atenção es- entre as esferas racional e emotiva. “Por es-
pecial a sonhos e intuições. Eles permitem fera racional entendo o conjunto dos nossos
acesso a informações que podem se revelar conhecimentos e habilidades, e por esfera
preciosas na hora de criar e, por traduzirem emotiva o conjunto das nossas opiniões,
emoções e sentimentos ocultos, imprimem comportamentos, emoções e sentimentos.
uma marca personalíssima às criações que (...). A criatividade, para mim, não é só ter
os usam como fon- idéias, mas saber realizá-las: é unir fantasia
Ócio Criativo X
te inspiradora. Li- e concretude”. Logo, não basta teorizar, é
“O futuro pertence a quem souber libertar-se da idéia
tradicional do trabalho como obrigação ou dever e for teralmente, é a preciso saber pôr em prática.
capaz de apostar numa mistura de atividades, onde o criatividade incons- Quem nunca teve branco que atire a
trabalho se confundirá com o tempo livre, com o estudo e
ciente. Conclusão: primeira...a primeira...a primeira... A pri-
com o jogo, enfim, com o “ócio criativo”.
Fonte: “O Ócio Criativo”, de Domênico De Masi. todos são criativos, meira o quê mesmo, hein?!
28
29
brainstorming
Brainstorming
Conceito:
Brainstorming, ou “tempestade de idéias”: Consiste Brainstorming não-Estruturado:
em uma técnica grupal de pensamento divergente para Nesta técnica, as pessoas podem
produção de uma grande quantidade de idéias, expondo expressar suas idéias à medida em que
ao máximo nossa inteligência, desbloqueando, dessa elas vão ocorrendo, sem necessidade de
forma, hábitos e atitudes inibidoras de um raciocínio aguardar a sua vez; cabe ao coordenador
criativo. estimular a participação de todos os
participantes.
Brainstorming Estruturado:
Aqui, as pessoas se manifestam obs.: Às vezes, é interessante começar com o
segundo uma ordem pré-estabelecida. processo estruturado e depois passar para o não-
Dessa forma, todos têm oportunidades estruturado quando as sugestões tornam-se escassas.
iguais para se manifestar e os mais Em qualquer caso, a sessão acaba quando os integrantes
calados são estimulados a uma participa- não têm mais idéias a apresentar.
ção maior.
30
brainstorming
Principais P assos:
O Brainstorming está estruturado em três fases distintas:
31
criar para solucionar
Criar para
solucionar
Resultado: a ponta do iceberg da criatividade. Tudo começa num pensamento
criativo e termina num objetivo alcançado. Parece simples, mas pensamentos
criativos nem sempre chegam prontos. Muitas vezes, são induzidos por
necessidades e lacunas a serem satisfeitas e preenchidas. A resposta para
alguns problemas pode estar na criatividade.
Hoje, mais do que nunca, não basta resultado. (...). Estudos apontam que
ser novo, tem de ser útil. Utilidade é um quanto mais idéias você gerar, mais prová-
diferencial que agrega valor ao objeto de vel é ter uma idéia espetacular. Se quiser
criação e ao seu criador. Uma idéia preci- ter uma grande idéia, tenha muitas idéias,
sa ser admirada e consumida. Diante propicie insights através de observações,
desse quadro, o atual contexto sócio- sentimentos, pensamentos para chegar
“O Homem e seus Símbolos” econômico tornou-se um terreno fértil aos resultados esperados. Mas, não se es-
Carl G. Jung
para o desenvolvimento do processo cri- queça de que, num determinado momen-
Editora Nova Fronteira
O psiquiatra Carl Jung defendia a
ativo. “Nunca foi tão fácil criar como to, temos de utilizar o pensamento lógico”,
tese de que muitos sonhos hoje. As necessidades e informações são completa.
podiam ser interpretados como
inúmeras e o mercado consumidor é vas- Inovar envolve risco e desafio, exige
auxílio ao sonhador, enquanto
outros não passavam de
to”, afirma Maria Inês Felippe, consultora coragem para romper paradigmas internos
manifestações do inconsciente de criatividade e inovação. Na sua opi- e externos. “A inovação é desafio, sempre
coletivo. De acordo com a
nião, brainstormings são altamente pro- foi e será, porque é um passo para o des-
primeira hipótese, conclui-se,
então, a importância de sonhar
dutivos, pois ao oferecerem várias res- conhecido, uma aceitação do ambígüo,
para criar. Cabe aos sonhos postas para cada pergunta, aumentam a algo que somente as pessoas corajosas
libertar de nossa auto-censura
possibilidade de se encontrar uma solu- fazem. (...). Sempre que lançamos uma
estas impressões iniciais.
Uma boa dica para quem
ção: “É da quantidade que sai a qualida- idéia, estamos sujeitos a críticas, reprova-
pretende potencializar sua de e lembre-se de que não é preciso uma ções. O processo criativo é um ato de cora-
capacidade criativa.
grande idéia, e sim, uma idéia de grande gem”, analisa Maria Inês.
32
“Mente aberta, receptiva ao novo, equilíbrio de
emoções” são pré-requisitos para gerar o processo criati-
vo. Nos casos em que a criatividade é direcionada para o
resultado, ao contrário do que se tende a imaginar, a ló-
gica não deve ser priorizada, a princípio. A consultora es-
clarece: “...o pensamento lógico não poderá vir à frente,
temos que, inicialmente, deixar a mente livre para bus-
car idéias, intuir, usar o pensamento divergente, expan-
dir e depois colocar a lógica em ação, através do pensa-
mento convergente, buscando resultados qualitativos e
quantitativos”. Paradoxalmente, “criar exige dedicação e
disciplina”, ao mesmo tempo em que “surge do ócio, da
curiosidade, da inquietação ou do incômodo”.
O processo criativo, em certas ocasiões, é solitário em
sua fase teórica (geração de idéias) e passa a ser compar-
tilhado na fase prática (execução). Por isso, é primordial
33
criar para solucionar
34
debate
O que você faz
quando dá branco?
Você utiliza técnicas para buscar soluções originais?
‘dá branco’?
35
debate
36
debate
“Existem diferentes situações em que o processo criativo se comporta de diferen-
tes formas.
A primeira é quando não esperam muito de você e o job é uma grande oportunidade
de crescimento ou de visualização. Aparecerão dezenas de idéias criativas e você ficará
frustrado, pois não haverá dinheiro nem tempo para fazer tudo o que imaginou.
A segunda situação é quando não esperam muito de você e o job não é uma grande
oportunidade. Sem o incentivo, sua cabeça não dará importância ao caso e haverá uma
leve sensação de branco, mas, no final, a idéia solucionará o problema acima do esperado.
A terceira é quando esperam muito de você e o job não é uma grande oportunida-
de. Pela pressão do seu ego e imagem pessoal você passará por 20 idéias péssimas até
chegar a uma com que se sinta confortável, ou porque não há mais tempo de pensar
em mais nada.
O inferno é a quarta situação. Você já foi vendido como o ‘Mago’ das idéias criativas
e essa é a grande oportunidade da sua vida. Depois de ficar dias pensando e nada surgir,
a não ser as idéias que muitos já usaram ou idéias que não têm nada a ver com o proble-
ma, a crise existencial entrará no jogo, levando você a se perguntar se não deveria vender
água de côco na praia.
Para fugir das piores situações é melhor ousar nas idéias do que arriscar o básico, ou
seja, melhor ter uma idéia recusada por ousadia demais do que por ousadia de menos.
As idéias muito ousadas aparecem mais do que as idéias fracas. Porcaria é o que
mais imaginamos na hora de criar algo. Desta forma, ao invés de você fazer o caminho
correto do processo criativo, faça o contrário: pense em algo que jamais poderia ser usa-
do e vá amenizando a idéia até a sua ética dizer que está bom.
Porém, lembre-se de que isso não garante a oportunidade, mas protege a sua
criatividade”.
:: Daniel Bottas
Diretor de arte da Publicis Salles Norton
www.publicissallesnorton.com.br
37
debate
“Com exceção do Ziraldo, todo designer já teve branco algum dia. É “O melhor jeito de
uma situação difícil, mas inevitável, que, mais cedo ou mais tarde, vai
combater o ‘branco’, em
acontecer com você. No meu caso, sempre que fico criativamente preso
em algum trabalho tento olhar para o projeto de outra maneira, encará- suma, é ignorá-lo”
lo de outro ângulo e me pergunto o que eu faria se tivesse de recomeçar
o trabalho todo agora, usando uma outra abordagem estética ou “O problema do ‘branco’ não é quan-
organizacional. Acredito que essa técnica de zerar as suas impressões do ele acontece com você, mas quando ele
originais é sempre útil. Outra saída que busco é a de procurar referências acontece em um brainstorming – culmi-
em obras de plataformas diferentes da que estou trabalhando. Um filme nando em um verdadeiro esgotamento co-
pode inspirar um site, um livro pode inspirar um vídeo, um trabalho de letivo de idéias. A discussão chega naquele
arquitetura pode inspirar uma ilustração e assim por diante. Griffith in- ponto em que não sai nada, e quando sai,
ventou a narrativa cinematográfica clássica analisando a obra literária de é uma bobagem tamanha que não dá para
Dickens. Essa é uma boa saída para tentar buscar soluções originais e di- aproveitar nada de útil. Nessas horas, o
ferentes, desconstruir inputs diversos e remontá-los de uma maneira jeito é cada um ir para o seu lado e rea-
nova. Funciona para mim, espero que ajude vocês”. gendar a reunião para mais tarde.
Para arejar a cabeça e espantar o
“Acredito que essa técnica de zerar as suas ‘branco’, gosto de me ocupar com assuntos
que nada remetam à tal idéia bloqueada –
impressões originais é sempre útil”
dos pessoais aos profissionais (às vezes,
trabalhar em um projeto de outro cliente
:: Thiago Teixeira
até resolve o ‘branco’). Geralmente, os
Designer gráfico
www.tiagoteixeira.com.br ‘brancos’ não vêm por acaso. Os meus,
quase sempre, vêm por causa de sono ou
se estou pouco receptiva para criar. Sento
em frente ao computador e começo a na-
vegar, nem sempre com rumo definido.
Quando me dou conta, já estou fazendo
outra coisa, tendo novos pensamentos. O
melhor jeito de combater o ‘branco’, em
suma, é ignorá-lo”.
:: Tatiana Kligerman
Diretora de planejamento da Digital@JWT
www.jwt.com.br
38
“Pode parecer masoquista, mas eu
adoro trabalhar sob pressão. Acho que a
:: Michel Lent
criação pode, e deve, acontecer dentro Sócio-diretor da 10´Minutos
de um tempo delimitado, que a gente www.10minutos.com.br
39
debate
“A falta de limites “‘As idéias estão no chão. Você trope- é hora de parar e trabalhar individualmente
ça e acha a solução’. Gosto bastante deste em cima do que você já tem na mão.
é, provavelmente,
versinho dos Titãs, mas, no dia-a-dia da Fila de jobs - Normalmente, temos
a causa número agência, quando a pilha de jobs não pára poucos dias ou horas para realizar um job.
de crescer, o prazo é curto e o ‘branco to- Não quer dizer que esse job tenha entrado
um do surgimento
tal radiante’ chega sem aviso. Não tem na agência na mesma hora em que caiu na
do ‘branco total simpatia, superstição ou tropeção que re- sua mesa. Portanto, arranque o briefing do
solva. Mas, há algumas técnicas preventi- atendimento sempre antes de ele trazer
radiante’”
vas que eu uso sempre: até você: imprima, leia com atenção, tire
Diferencial – No caso da internet, todas as dúvidas e deixe o problema traba-
principalmente, sempre cabe a velha per- lhar no subconsciente, bem antes de colo-
gunta inicial: ‘O que eu posso fazer me- car a mão na massa. Você, provavelmente,
lhor aqui do que nas outras mídias?’. A vai ter uma idéia brilhante durante o ba-
resposta quase sempre vem acompanha- nho, na manhã seguinte. Saia do banho
da de boas idéias. imediatamente e anote tudo.
Limites – Budget, formatos, limitações Se nada disso der certo, escolha
técnicas, identidade visual do cliente, obje- uma das alternativas abaixo:
tivos da ação, prazos... Tendo limites bem ( ) peça mais prazo
definidos, você já tem, pelo menos, o ter- ( ) durma 30 minutos
reno sobre o qual trabalhar. A falta de limi- ( ) peça uma pizza
tes é, provavelmente, a causa número um ( ) faça um café bem forte
do surgimento do ‘branco total radiante’. ( ) use uma fórmula bonitinha pra
Chame a galera – Faça um resolver o job
brainstorming rápido. Anote tudo e não dis- ( ) todas alternativas anteriores”
perse falando sobre a balada do fim de se-
:: Daniel Brum
mana (deixe isso para hora do almoço). Diretor de criação da Urbana
40
debate
Resultado da enquete:
“O que você faz quando dá branco?”
Participe das enquetes pelo site: www.arteccom.com.br/webdesign
“Páro tudo o que estou fazendo, jogo algumas partidas de vídeo-game e pronto! Estou
novinho em folha!”
(Anônimo)
“Leio blogs... Esta é uma das melhores maneiras de fazer vir à tona a criatividade...”
(Anônimo)
“Navego por portfólios de designers. E, se mesmo assim, não surgir uma idéia, faço
uma pausa para distrair. Depois, volto a pensar. Sempre funciona!”
Mariana Frioli :: mfrioli@unip.br
“Paro o que eu estiver fazendo e vou dar uma relaxada. Ter um branco é sinal de
stress.”
Henrique Assis :: henriqueassis@uaivip.com.br
41
estudo de caso
42
estudo de caso
menu, a usabilidade é a mais simples e cie de ante-sala para o site, com o tema e
objetiva possível. Por outro lado, não eco- o clima próprios da nova campanha, sepa-
nomizamos recursos tecnológicos, porque rando-a, propositadamente, da estrutura
é um site para ser visto, ouvido e divulga- restante do site. Aliás, tem sido mais ou
do para os amigos. Por exemplo, você não menos assim, desde que criamos (meu só-
ouve simplesmente a música, você tem um cio Pedro Mozart e eu), no século passado,
videokê para acompanhá-la, pode baixá-la, o primeiro “hotsite”, cujo nome foi dado
enviá-la por e-mail, baixar um screensaver pelo Paulão (Paulo Sérgio Silva, do Terra),
musical. Houve também, tanto no site para descrever um trabalho promocional
como no email marketing, uma grande pre- que nos propusemos a fazer para um clien-
ocupação com o uso de títulos e textos te, na época do StudioWeb (1996). Era um
simples e diretos, sem aquela linguagem trabalho com um posicionamento diferen-
robótica que você às vezes vê em sites te dos sites caretões de empresas, já utili-
com design brilhante, mas que não têm a zava fortemente ações de mídia online e,
mão de um bom redator. Não é, portanto, por isso, necessitava de uma estrutura in-
um site orientado ao design, é um site de dependente. O mais legal foi que o concei-
cerveja, cujo tema é um amor de verão, to se mostrou tão útil que logo começou a
em ritmo de pagode. ser adotado por outras empresas e pegou
Wd :: A criação do site institucional da firme :-).
Brahma não foi feita pela Urbana. Isso di- Wd :: A assinatura do Zeca, literalmente
ficultou, de alguma forma, o desenvolvi- embaixo, confere um tom extremamen-
mento do hotsite? Qual foi a maior difi- te personalizado. Houve uma intenção,
culdade encontrada durante o processo? ou melhor, uma preocupação maior em
Pedro :: A maior dificuldade de todo o se passar credibilidade ao público devi-
processo foi a questão do prazo. Tivemos do às circunstâncias polêmicas que en-
que trabalhar com vários designers simul- volveram a campanha?
taneamente, mas, felizmente, isso não é Daniel :: Eu vejo como uma transposição
percebido no resultado final da peça. Já o para a mídia impressa daquilo que o filme
site existente, não dificultou em nada. Op- é: uma declaração de amor. Nos cartazes e
tamos por criar o hotsite como uma espé- na internet, a mesma parte final do refrão
Daniel Brum
43
estudo de caso
44
pessoa vai poder assisti-lo (ou não), o sistema operacional
de seu computador, se tem ou não tem o plug-in A, B ou C,
e por aí vai... Sem esquecermos das velocidades de cone-
xão. Assim, optamos por utilizar o novo Flash Professional
2004 MX, que permite uma compressão muito boa, man-
tendo uma qualidade visual e sonora aceitáveis, com o
benefício de poder ser visto muito mais facilmente, inde-
pendente do tipo de software (Quick Time, Windows Media
Player etc.).
Wd :: Você acredita que um hotsite tenha um público
mais específico e tolerante com o tempo de espera para
“carregar” determinado recurso, como um vídeo? Exis-
te uma maior liberdade de ousar, utilizar tais recursos
mais “pesados” na criação de um hotsite, em compara-
ção a um website?
Daniel :: Acredito que o interesse e a curiosidade do usu-
ário pelo tema justificam a espera. Este site não existiria
sem vídeo, sem áudio, sem plug-ins, sem muitos kbytes de
peso. E seria uma frustração para o usuário se não fosse
assim. Claro que houve muitos testes de desempenho para
se chegar ao melhor custo-benefício, mas, simplesmente,
não poderíamos abrir mão de nenhum destes recursos.
Wd :: O ícone “Envie para os seus amigos” é um
multiplicador da mensagem onde há espaço para o bom
humor, já que contém um espaço para o internauta
digitar seu texto. Com esse diferencial, qual o resultado
alcançado?
Pedro :: Além do espaço para o humor, o mais bacana é
que foi uma ação inteiramente pensada dentro da estraté-
gia de explorar ao máximo as peculiaridades desta mídia
tão fascinante. Tirando partido de seu potencial multiplicador
e disseminador de informação, fizemos com que, a partir
de um ponto inicial de emissão da informação (o hotsite),
cada pessoa se transformasse em um novo ponto de irra-
diação e assim sucessivamente, como ondas se sobrepon-
do e amplificando o “barulho” inicial. E o resultado superou
nossas expectativas :-)
45
tipografia digital
Tipografia Digital:
ela pode ffala
ala
alarr ma is do qu
mais e mil pala
que vr
palavr as...
vras...
Nem só de conteúdo vive um texto. Independente da quantidade de palavras, os artifícios
gráficos aplicados à letra podem transmitir dramaticidade, humor, leveza e uma série de
Mais do que uma contribuição visual e ção (embora possam causar grande descon-
estética, uma tipografia adequada à men- forto). Em meios digitais, a tipografia deve
sagem pode ser um coadjuvante de peso ser adequada à baixa resolução das telas, ao
no sucesso de um trabalho. Buscando um brilho dos monitores e à distância de leitura”,
depoimento especializado sobre o assunto, diz Priscila. Segundo a autora, nos sites com
a Webdesign entrevistou a autora do livro grande quantidade de texto ou nos projetos
“Tipografia Digital”, Priscila Farias, para a onde seja preciso otimizar a busca por infor-
qual a função da letra não se restringe à mações, a legibilidade exerce maior influên-
mera representação do alfabeto. “Além da cia na opção do tipo.
representação do alfabeto, as letras po- Produzir um texto legível, impresso
dem fornecer outras informações sobre o ou digital, requer habilidade e sensibilida-
tom e o contexto da mensagem através de de tanto do redator como do programador
seu contorno, proporções, peso, cor etc.”. visual. Proporcionar uma leitura rápida e
Como numa espécie de simbiose, deve inteligível é proporcionar ao leitor confor-
haver uma completude, uma interação re- tos visual e cognitivo. Não basta apenas ler
cíproca entre conteúdo e forma. facilmente, é preciso também compreen-
Simbiose X É necessário compatibilizar a tipografia der facilmente. Daí a diferença entre anal-
s.f. associação heterogênea de não só ao tipo de informação que se deseja fabeto e analfabeto funcional. Este último
dois seres vivos, com proveito
passar, mas também ao meio utilizado para a é capaz de ler uma frase, mas é incapaz de
mútuo
Fonte: dicionário online Priberam veiculação da mensagem. Os critérios de assimilar o seu significado. Ao distinguir
emprego de tipografia variam de acordo com legibility e readability, Priscila Farias fri-
o tipo de mídia escolhido. “Na tipografia para sa a importância da legibilidade: “Se pro-
meios impressos, o que importa, em última curarmos nos dicionários, as duas pala-
instância, é a qualidade da saída impressa. vras são traduzidas para o português
Sendo assim, problemas de visualização em como ‘legibilidade’. Mas a questão da
tela, como o encavalamento de caracteres, legibilidade da tipografia pode ser entendi-
podem ser desconsiderados, desde que se- da de pelo menos duas maneiras um pouco
jam corrigidos por uma saída em alta resolu- distintas: a rapidez com a qual
46
tipografia digital
recohecemos caracteres e palavras, possi- formações, cores, símbolos... No quesito Tipógrafos brasileiros
www.elesbaoeharoldinho.com
bilitando ou dificultando a leitura, e o grau contraste de cores, Priscila parece sugerir
www.tipograma.com.br
de conforto que acompanha esta leitura, a moderação ao afirmar que “algum con- www.tiposdoacaso.com.br
possibilitando rapidez e entendimento. A traste é necessário para possibilitar a lei- www.rexnet.com.br
www.genu.com.br
pesquisadora carioca Anamaria de Moraes tura, mas um contraste excessivo pode
www.nudes.com.br
criou o termo ‘leiturabilidade’ para diferen- prejudicar tanto quanto a ausência de
ciar este último aspecto, que, muitas ve- contraste”. E acrescenta que a tipografia
zes, diz respeito mais à composição tipo- pode definir o sucesso ou o fracasso de Fontes gratuitas
www.1001freefonts.com
gráfica do que aos tipos em si”. um site: “A tipografia mal aplicada revela
www.acidfonts.com
Por ser definida como “a percepção vi- amadorismo, pouca sensibilidade, falta de www.fontfreak.com
sual da linguagem verbal”, a tipografia é “de tempo, ou, em alguns casos, as três coisas www.larabiefonts.com
www.fontfile.com
grande relevância onde linguagem e juntas”. Erros e acertos à parte, ela consi-
www.free-fonts.com
visualidade sejam fundamentais”. Para aque- dera a internet um “ótimo ambiente para www.coolarchive.com
les que quiserem saber mais em relação ao experimentações, inclusive, tipográficas”. www.007fonts.com
www.webfxmall.com/fonts
tema, a autora dá a seguinte dica: “Os co- Saber dosar segurança e ousadia talvez
www.fontshop.com
nhecimentos sobre tipografia podem ser di- seja o caminho para agradar ao público e à crí- www.fontface.com
vididos em três eixos: a história da tipogra- tica. Da mesma forma, “valorar igualmente as- www.fontparadise.com
simplythebest.net/fonts
fia, a linguagem tipográfica e os aspectos pectos técnicos (legibilidade, completude, co-
www.abstractfonts.com
tecnológicos da tipografia. Acredito que seja erência) e conceituais (relação com o projeto, www.highfonts.com
fundamental procurar se aprofundar nesses sensações pretendidas, imagens utilizadas) no www.downloadfreefonts.com
“E
“Emm meios digit
digitaais, a tipogr afia dev
tipografia e ser a
deve de
ade qu
dequ
quaada à ba ix
baix
ixaa rreso
eso lução das tte
esolução elas,
47
tipografia digital
uma espécie de gabarito de letras ideais em nossas mentes, e outra da Dicas de leitura:
Zuzana Licko, que busca relativizar o conceito de leiturabilidade, baseando-
se nos hábitos e expectativas do leitor, mas pressupondo a possibilidade de
modificar estes hábitos. Acredito que a posição da Zuzana Licko esteja mais
próxima da verdade”.
Seguindo a mesma linha da questão anterior, costuma-se defender a
aplicação de conotações tipográficas emotivas a comunicações impressas
com intuito persuasivo. Já para aquelas de caráter informativo, recomenda-
se um estilo topográfico neutro, de máxima clareza. Para Priscila, essa su- Coleção Textos Design
Livro: Projeto Tipográfico – Análise e
gestão pode ser seguida na construção de páginas virtuais, mas sem esque-
produção de fontes digitais
cer que “a internet pode abrigar tanto mensagens persuasivas quanto men- Autor: Cláudio Rocha
sagens informativas”. Nada que um pouco de discernimento e sensibilidade Editora Rosari (www.rosari.com.br)
O autor aborda a tipografia de modo bastante
não possam resolver!
abrangente. Além dos mais variados tipos de fontes, o
Se a tipografia é capaz de transmitir intenções, sentimentos, informa- tema é analisado sob as ópticas sócio-econômica e
ções, por que não, revelar personalidades? A preferência ou escolha de de- cultural, desde a era medieval até a pós-modernidade.
Partindo da evolução da técnica da tipografia, há um
terminado tipo pelo usuário não seria um esboço de parte de seu perfil psi-
capítulo inteiramente dedicado à tipografia no design.
cológico? Até mesmo a falta de preferência é um indicativo. Nossa entrevis- Uma ótima publicação para quem deseja começar a
tada explica que “em um ambiente com poucos recursos visuais, qualquer se aprofundar no assunto.
48
tipografia digital
“A tipogr afia digit
tipografia al é alv
digital alvoo de u
umm ffetic
etic
etichhismo frenétic
frenétic o”
enético”
Entrevista com Buggy, tipógrafo e fundador da ‘Tipos do Acaso’, de Recife
Wd :: Há quanto tempo o grupo ‘Tipos do Acaso’ está no de resolução dos ambientes para os quais foram planejadas e levam
mercado? Como vocês começaram? em conta a emissão de luz para que percebamos suas formas.
Buggy :: A ‘Tipos’ foi criada em 2000, por mim e por Miguel Sanches Wd :: O que é mais importante levar em consideração na
(que me foi apresentado por Solange Coutinho). No início, o objetivo escolha de um tipo para a internet?
era manter um grupo de estudo, pesquisa e experimentos. Sobrava Buggy :: Adequar a fonte à proposta do site é essencial - a
vontade e faltava conhecimento para produzir fontes digitais de texto legibilidade em tela e a resistência de suas formas, as reduções de
e display, mesmo assim, nos metemos a fazê-lo. Só depois, tamanho e as variações de estilos (bold, itálico etc.). É importante
percebemos que tínhamos criado a primeira “font house” nordestina. considerar também a popularidade dessa fonte, ou seja, se as
Wd :: Como vocês divulgam e comercializam as fontes que pessoas possuem esta fonte instalada em suas máquinas, caso
criam? Em algum momento elas foram gratuitas? estejamos falando de códigos html simples.
Buggy :: No início, nos preocupávamos mais com a criação de um Wd :: Em emails e programas de comunicação instantânea,
catálogo de fontes impresso mensalmente, que suprisse a demanda como o ICQ e o MSN, o usuário pode escolher o tipo em que
do mercado regional. Dessa forma, vendíamos os arquivos .ttf e deseja escrever a mensagem. Você acredita que isso
postscript, ímãs de geladeira, camisas, almofadas, luvas de cozinha, demonstra uma maior atenção à tipografia por parte do
agendas e toda sorte de cacarecos que pudéssemos estampar com público em geral? Essa possibilidade de escolha pode, a longo
texturas de nossas fontes. A única fonte da ‘Tipos’ que sempre foi prazo, valorizar o trabalho do tipógrafo no Brasil?
gratuita é a Yuri Manimals, por conta da exigência de seu autor Buggy :: A tipografia digital é alvo de um fetichismo frenético.
(então, com sete anos de idade), o resto do acervo sempre foi Existem vários sites que disponibilizam centenas de fontes, gratuitas,
vendido ou, ocasionalmente, doado a alguns parceiros e escritórios ou não, para download, acessados com voracidade por internautas do
de design. Hoje, não distribuimos mais nossas fontes, aguardamos a mundo inteiro, buscando personalizar suas ações e relacionamentos
concretização de um projeto que visa inserir nossos caracteres em na web e fora dela. O trabalho do tipógrafo brasileiro já está sendo
vídeos e softwares interativos voltados para o entretenimento. reconhecido e procurado, não somente por conta da internet, mas
Wd :: Qual a importância da tipografia? O que é fundamental também pelo mercado editorial nacional e internacional. No ano
saber sobre os tipos? passado, tivemos o 1º Congresso Brasileiro de Tipografia, em São
Buggy :: A cada dia que passa, a tipografia ganha mais importância Paulo. O nível dos trabalhos selecionados para a bienal da ADG–Brasil
na vida das pessoas. As crianças de hoje não escrevem mais à mão, nunca foi tão alto. De 40 trabalhos selecionados para a bienal latino-
elas teclam e se alfabetizam dessa forma, relacionando-se americana da Revista Tipográfica, mais de dez eram brasileiros. A
intimamente com caracteres tipográficos digitais. Sobre os tipos, ‘Tipos do Acaso’ teve uma família de fontes tipo dingbats, a
sejam belos ou feios, bons ou ruins, isso demanda investimento. ‘Manguebats’, selecionada para
Consome-se muito tempo, dinheiro, conhecimento e tecnologia para as duas bienais, e a fonte
que uma fonte seja disponibilizada na internet, por exemplo. E é por Wayana, também selecionada
Dingbats X
isso que algumas chegam a custar centenas de dólares. para a latino-americana. fontes constituídas por
Wd :: Quais as principais diferenças entre a tipografia para Wd :: O que um iniciante símbolos e/ou desenhos.
meios impressos e meios digitais? precisa saber para começar ex.: Wingdings (de “a” a “z”)
Buggy :: Fundamentalmente, a adequação ao meio é um fator a desenhar tipografia HIJKLMNOPQRz
diferenciador. Fontes criadas para meios impressos podem ter formas digital? L_`a
mais complexas, com sutilezas e nuances, somente percebidas em Buggy :: Vontade, saber usar
tamanhos diferentes. Elas, sobretudo, consideram a reflexão de luz um bom software vetorial e um
sobre o papel branco para que percebamos suas formas. Fontes para software de geração de arquivos de fonte, como o ‘Fontographer’ ou
meios digitais, ou seja, para serem representadas em telas de tubos o ‘FontLab’. Então, é só começar a fuçar e sair mexendo. É o primeiro
de raios catódicos, cristal líquido ou plasma, normalmente passo de uma longa caminhada até que se possa dizer que, de fato,
apresentam formas mais simples, que se aproveitam das limitações se desenha caracteres tipográficos para fontes digitais.
49
50
tutorial
Formulários
em flash com PHP
Nesta edição, vamos aprender a trabalhar com um formulário flash+PHP.
Esse projeto ensinará como preencher os campos ‘nome’, ‘email’, ‘mensagem’
de um formulário e enviá-lo para um email com um assunto, ambos
previamente configurados.
Figura 1
Figura 2
51
tutorial
52
_root.nome = “”;
_root.email = “”;
_root.mensagem = “”;
clearInterval(go);
};
go = setInterval (wait, 3000)
/* Aqui, a mensagem fica exposta por um determinado tempo ( no caso, nós
usamos o tempo de 3 segundos) e o mc volta pro quadro 1, zerando todas as
variáveis./*
$msg .= “Nome:$nome\n”;
$msg .= “\n”;
$msg .= “E-Mail:$email\n”;
$msg .= “\n”;
$msg .= “Mensagem:$mensagem\n”;
$msg .= “\n”;
Abraços,
Márcio Bonfim
mb@marciobomfim.com
*Márcio Bomfim participou da criação de sites como ‘BigBrother Brasil 4’ e ‘O Globo
online’ durante o período em que esteve na equipe de criação da Globo.com. Hoje,
trabalha como designer na Muiraquitã Produtora Web.
53
estratégia online
Marcello Póvoa
Criou a MPP Solutions, empresa de consultoria estratégica, criação e desenvolvimento
em mídia interativa. Foi Diretor da Globo.com e da IconMediaLab (Nova Iorque) com
inúmeros projetos premiados internacionalmente. Possui Masters of Science in
Communications Design pelo Pratt Institute (NY) e MBA em Administração pela
Coppead, UFRJ. É autor do livro “Anatomia da Internet” (Casa da Palavra).
mpovoa@mppsolutions.com
No topo do mundo
A empresa Interbrand publica anualmente o ranking dos “Top Global Brands”, que
traz os brands de maior impacto durante o ano. Nesta seleção entram brands de empre-
sas presentes em qualquer indústria. É importante notar que no ranking não estão neces-
sariamente as marcas mais reconhecidas a nível mundial. Se o critério fosse puro reco-
nhecimento, dificilmente um brand como “Coca-Cola” seria ultrapassado na lista.
O processo de seleção da Interbrand tem como objetivo determinar quais brands
tiveram maior impacto na percepção do consumidor nos últimos doze meses. Os consu-
midores determinam que produtos foram mais usados e, conseqüentemente, geraram
mais força para seus respectivos brands. Com base neste critério, a marca Google bateu
todas as marcas offline (incluindo Apple, Samsung e a própria Coca-Cola), sendo o núme-
ro 1 do ranking de “Top Global Brands” por dois anos consecutivos.
Sucesso não é somente sorte
O Google e seu fantástico algoritmo geraram um serviço de busca revolucionário,
trazendo resultados com um filtro de relevância incrivelmente eficiente. Uma interface
franciscana, extremamente fácil de usar, faz do site Google uma ferramenta indispensável
para qualquer pessoa em busca de informação... E quem não está?
Trata-se, naturalmente, de um grande produto quanto à diferenciação competitiva
perante seus concorrentes. No entanto, somente o quesito qualidade não é suficiente
para o sucesso. A percepção deste produto na mente do consumidor foi sempre muito
bem gerenciada pela equipe Google. E é muito importante notar: percepção é realidade,
ou seja, a realidade é uma conseqüência do que percebemos à nossa volta. Justamente
nesta percepção dos atributos de um serviço/produto é que está o “brand” deste. Um
brand bem gerenciado tem, certamente, a identidade visual e o nome do produto criati-
vamente definidos. Porém, uma estratégia sólida de branding consiste em muito mais do
que somente aspectos tangíveis (nome, cor, tipografia, logo etc.). Um brand poderoso
como o Google consegue incrustar atributos intangíveis no cérebro do consumidor: con-
fiança, eficiência, qualidade e utilidade, por exemplo.
O competente trabalho de branding associado a um produto “matador” fez do
Google o líder do segmento, com 70% do mercado global, o que significa que 7 entre 10
pessoas que procuram informação na internet clicam no Google. Todos estes resultados
54
estratégia online
“a realidade é uma conseqüência do que
percebemos à nossa volta. Justamente nesta
percepção dos atributos de um serviço/produto é
que está o ‘brand’ deste”
são excelentes fundamentos para o tão esperado lança- canal de vendas, gestão de conhecimento ou simples co-
mento de ações no mercado primário pela empresa. O IPO municação institucional, a mídia interativa torna-se parte
do Google será o primeiro em grande esca- inerente do negócio, o que
IPO X
la depois do estouro da bolha. caracteriza uma oportuni-
Uma nova fase da mídia interativa IPO (Initial Public Offering) Primeira oferta dade para as empresas de
pública ou oferta pública inicial.
Muito mais do que uma captação de re- serviços, tanto no Brasil
Significa ter uma net-empresa aprovada pela
cursos para a empresa, o IPO do Google po- Nasdaq para fazer sua primeira oferta pública como no exterior.
derá representar a volta da confiança do de ações. Como é chamada a operação de Ainda nem chegamos
abertura de capital nas bolsas americanas.
mercado financeiro na internet. Uma credibi- aos 10 minutos do primeiro
Fontes: Novomercado, RevistaTI, Revista Isto
lidade, provavelmente, sem o otimismo é Dinheiro. tempo. O jogo está apenas
descontrolado que ocorreu durante a bo- começando...
lha, mas também sem o injusto pessi-
mismo que se projetou sobre tantas
empresas sérias durante o período
pós-bolha. Inquestiona-
velmente, exis-
tiu especulação e
aproveitadores na super
escalada da internet du-
rante a virada do milê-
nio. Mas também existi-
ram (e existem) pessoas e
empresas sérias e, muitas ve-
zes, verdadeiramente visionári-
as. Muitas destas visões come-
çam a mostrar resultados financei-
ros notáveis no mercado (Yahoo,
Expedia, Amazon, dentre outros).
Em paralelo, o uso da mídia interativa
no mundo corporativo (internet, intranets,
extranets) mostra-se altamente eficiente e, conseqüen-
temente, um catalisador de receitas e redutor de custos.
A noção de empresa “em rede” é inevitável. Seja como
55
webwriting
Marcela Catunda
Trabalhou nas redes Bandeirantes, TV Gazeta, Manchete e
Globo. Foi redatora da DM9DDB e supervisora de criação de
mídia interativa da Publicis Salles Norton.
marcelacatunda@terra.com.br
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webwriting
“O primeiro passo para desenvolver uma
personagem é entender sua importância
como agente de comunicação do job”
Construir uma personagem é criar um mundo só para mos nossa mesa, ramal, amigos e trabalhos. Como diria o
ela, e a internet é solo fértil nesse aspecto (e olha que não BBB Bambam: “Faz parte”.
estou me referindo à minhoca). Fica o que aprendemos. E criar personagens é apren-
Muitas empresas fizeram de suas personagens maravi- der muito.
lhosos garotos propagandas. Isso, sem falar do sucesso da E a Maria Clara é coisa nossa. Mas que vai, vai...
palavra ‘merchandising’ dentro dos veículos de comunicação Por falar em personagens, tá na hora da minha novela
– as novelas estão cheias de propagandas que se utilizam da das oito. Quero só ver o que a Beatriz vai aprontar com a
força de personagens para vender seus produtos. Laura para derrubar a pobre ex-menina do Andaraí. Será
“Quanto vale o show?” que a Maria Clara vai para o trono, ou não vai?
O primeiro passo para desenvolver uma personagem é
entender sua importância como agente de comunicação do
job. Depois, vem a deliciosa aventura de criá-la.
Lembro do dia em que me chamaram para dar perso-
nalidade a um mascote que havia sido criado graficamen-
te pela agência. Mas como apresentá-lo para o cliente?
Não queremos mostrar apenas uma imagem dele. Você
quebra esse galho? – perguntou meu diretor de criação.
Foi, então, que sentei e o entrevistei. Imaginei ele ali,
do meu lado, me ajudando a conhecê-lo. O formato da
apresentação foi uma entrevista como essas de páginas
amarelas. As perguntas? As mais diversas possíveis... de
sua cor predileta a sua importância como ícone de comuni-
cação da marca do cliente. Ele respondeu todas elas com
bastante humor. Através de suas respostas, tracei seu per-
fil, e daí, pude criar seu universo.
A apresentação para o cliente foi muito legal, e a cam-
panha, um sucesso. Mais legal ainda foi colocá-lo na
Internet e apresentá-lo para as crianças, que logo se apai-
xonaram por ele.
Eu gostaria que ele estivesse mais ativo,
mas nem sempre a gente pode estar ao lado
deles. Saímos de onde trabalhamos e larga-
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marketing
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marketing
“Numa mudança de cenário, o usuário não vai ficar
desorientado se alguns elementos sumirem.
Não tenha pudores em mudar a cara da interface”
:: O usuário está vendo a porta pela primeira vez e é tudo mais sério e, embora seja um cenário muito mais racional,
não vai revê-la assim tão cedo, portanto, não vai querer se pode ser um excelente momento para “segurar na mão” do usu-
dar ao trabalho de aprender truques. ário e transmitir-lhe segurança e apoio. É uma hora de decisão,
:: Os usuários vêm em massa, e uma porteira de gado de ação, e ele pode não estar familiarizado com o processo. Ele
seria mais eficiente do que uma porta conta-gotas. pode ter medo de errar.
Metáforas à parte, um dos aspectos mais importantes No primeiro cenário, o que conta é a sedução, a liber-
no mundo interativo é o cenário de uso. Usuários usam, dade, o descompromisso. No segundo, a confiança, a pri-
usuários querem usar sua interface para alguma coisa, não vacidade e a facilidade são as tônicas. Quando você dese-
só para ficar olhando. Como ele quer usá-la? Qual o con- nhar as interfaces, a comunicação, o processo todo, você
texto? Pensemos num exemplo concreto: uma loja online. deve levar em conta essa diferença de ambientes. Na cabe-
Enquanto ele está passeando pela ça do usuário, ele abriu uma porta e passou para um outro
loja, conferindo produtos e ofer- espaço, um espaço com outras regras. Se você for designer
tas, sua atitude é uma. A hora ou arquiteto de informação, não tenha pudores em mudar
em que ele opta por colocar a cara da interface.
um produto no carrinho, a Numa mudança de cenário desse tipo, o usuário não
atitude é outra. vai ficar desorientado se alguns elementos sumirem, pelo
Na primeira, os atributos contrário, vai ter certeza de que abriu a porta certa e pas-
do produto, as ofertas sou para outra sala.
são o foco e o usuá- Comprei um guarda-chuva de um camelô outro dia.
rio vai se sentir Cinco “reau”. Valeu cada centavo: eu precisava andar
mais à vontade se três quarteirões na Paulista debaixo de um pé d’água e o
puder fuçar por tal guarda-chuva ‘plin-plan-plum’ se abriu automatica-
conta própria, mente. Cheguei onde queria e o fechei sem maiores dra-
sem compro- mas. Claro que eu o esqueci nem sei onde, mas não fi-
misso, sem quei triste. Ele cumpriu sua missão e, se eu precisar de
conseqüência. novo, sei que vai ser fácil achá-lo.
Na hora do car- Mas, porém, contudo, todavia, se o cenário fosse ou-
rinho, as coisas mudam. tro, se fosse um evento no Jockey, se fosse um presente de
Agora, qualquer bestei- dia dos pais, se eu fosse aparecer na Caras, meu guarda-
ra que ele fizer pode ter chuva ‘ching-ling’... não passaria da porta.
conseqüências, agora Mas, se eu estou na chuva, é para não me molhar.
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Claudio Toyama
experience design
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experience design
“a melhor interface é a invisível...
aquela que, de tão simples, natural e
adaptada ao contexto de uso, não é
sequer percebida pelo usuário”
Na web, segundo Novak, Hoffman e Yung, em ço que devemos fazer para que esse visitante se torne as-
“Measuring the Customer Experience in Online Environments: síduo e passe para a galeria da minoria absoluta dos clien-
A Structural Modeling Approach”, ‘Flow’ é determinado por tes/visitantes leais.
altos graus de destreza e controle; altos graus de desafio, Nos próximos artigos, daremos uma volta ao mundo
excitação e atenção focada, que são melhorados com a (ou fora dele), visitando centros de pesquisa avançada
interatividade e tele-presença. como o MIT MediaLab, Cambridge, Palo Alto Research
Sabemos, através de pesquisas com os usuários de Center, entre outros, e revisaremos o que há de mais ino-
Internet, que eles decidem em frações de segundos se vador nessa área, na Europa, nos Estados Unidos e em ou-
querem explorar ou não um website que acabaram de co- tras partes do mundo, numa tentativa de fazer com que te-
nhecer. O desafio se torna ainda maior com a proliferação nhamos insumos para responder o desafio de chegar cada
de pontos de acesso e tipos de plataforma brigando pela vez mais perto dessa tão almejada ‘interface invisível’.
atenção do usuário. Imaginem, então, qual não é o esfor-
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webdesign
Luli Radfahrer
PhD em Comunicação Digital, já dirigiu a divisão de internet de algumas das
maiores agências de propaganda e de alguns dos maiores portais do Brasil. Hoje, é
Professor-Doutor da ECA-USP, Diretor Associado do Museu de Arte Contemporânea
e consultor independente. Autor do livro ‘design/web/design:2’, administra uma
comunidade de difusão do conhecimento digital pelo país.
webdesign@luli.com.br
Lataria
ou: pra que serve um computador multimídia em casa?
Se você pertence à geração que foi alfabetizada, se formou, trabalhou e conseguiu
todo o sucesso profissional que desejava sem nunca ter precisado de um computador,
provavelmente ainda deve acreditar que eles, no fundo, são uma enorme bobagem e que
poderia viver tranqüilamente sem eles. Pois, pasme: você nunca esteve tão certo. E mes-
mo que não pertença a essa geração e ache essa escola de pensamento uma grande bo-
bagem, vale a pena considerar: o computador é mesmo algo útil e indispensável? Não falo
dos famosos sistemas “invisíveis”, que controlam, regulam e sustentam praticamente
todos os megaprocessos da sociedade moderna, das rotas de aviões à distribuição de
suprimentos em hospitais, mas, sim, daquelas calculadoras megavitaminadas que ocupam
um espaço nobre na sua casa: o esquisito “computador pessoal”, seja ele um PC ou Mac.
É só parar para analisar a sua maquininha que você, provavelmente, chegará à con-
clusão que os ingleses estavam certos ao chamar a parte física do computador de
hardware, que quer dizer ‘lataria’: qualquer que seja o modelo, portátil ou não, ele sempre
é pesado demais, frágil demais, cheio de fios e misteriosamente problemático. A não ser
que você seja uma poliana digital, é preciso um bocado de tolerância e otimismo
tecnológico para chegar à conclusão outra que não a óbvia: eles, em casa, realmente não
prestam para nada.
Se não, vejamos: para que você usa a máquina que está em casa? Para trabalhar?
Raramente. A não ser que seu escritório esteja a algumas dezenas de passos da sua cama,
a maioria dos arquivos que você precisa não estarão lá e vai ser mais rápido dar uma es-
capada até o escritório em um domingo à tarde do que tentar reproduzir toda a
cornucópia de referências que você precisa.
Se não é para trabalhar, certamente, não será para se divertir. Depois de uma breve onda de
otimismo, os videogames perceberam que seu lugar não é nos computadores. Computadores
estão ocupados demais com recursos inúteis para terem o som adequado, a resolução ou a velo-
cidade desejada. Para piorar, mouse não é joystick e o teclado não é tão ergonômico quanto os
botões de um Gameboy. Isso, sem contar que videogames não dão pau.
Você pode até achar que o acesso à internet e a habilidade de sintonizar rádio ou
tocar MP3 são luxos desnecessários para o seu aparelho de TV, DVD ou telefone. Mas é só
pensar que esses aparelhos são muito mais práticos e baratos que computadores,
walkman, sistemas de som e podem substituí-los. Ao abandonar o computador pessoal,
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webdesign
“prepare-se: vem aí uma nova geração de
aparelhinhos mágicos que vai facilitar a
sua vida. Ou complicá-la de vez”
deixamos de lado um aparelho multimídia metido à besta, interfaces? O que você precisaria aprender para não perder
caro, complicado e obsoleto, para ter uma boa TV e um ce- o emprego em 2005?
lular mais esperto. Sem contar, que eles falam a sua língua e Pra começar, é fundamental separar o conteúdo de
são bem mais fáceis de usar. seu suporte. Da mesma forma que um jornal tem muito
O computador pessoal pode ter sido uma idéia muito mais a ver com informação do que com um monte de papel
bacana, na falta de outra melhor. Mas, se ele não está liga- sujo entregue na sua casa todas as manhãs, o design de
do nem você sentado na frente dele (situação corriqueira superfícies digitais ou interfaces tem muito mais a ver com
em escritórios, mas rara em casa), todo esse processo pode hipertexto, virtualidade e adimensionalidade do que com
ser um saco. Ainda mais se o seu celular ou o controle remoto qualquer efeito do Photoshop ou actionscript do Flash.
da sua TV puderem fazer o mesmo. Já imaginou que bacana Tecnologia sem uma boa idéia por trás não vale nada e não
você poder escolher o filme que vai ver, comprar a entrada leva a lugar algum. Para se fazer bom design digital é fun-
e reservar lugar, ainda a caminho do cinema? Ou escapar damental se concentrar na idéia que se quer transmitir e
das filas de espera no restaurante por ter reservado uma trabalhá-la muito bem. Depois disso, é só escolher as fer-
mesa direto da TV da sala enquanto esperava sua mulher ramentas disponíveis – de webcam a WAP – e aplicá-las da
terminar de se aprontar? Ou checar seus e-mails enquan- forma mais adequada, buscando sempre inventar novida-
to fica parado no trânsito? Ou usar o celular para progra- des e revolucionar o que conhecemos. Design, lembre-se,
mar o vídeo para gravar a novela? Ou mesmo pedir uma quer dizer “projeto”. E não há projeto melhor que inventar
pizza antes do jogo começar e recebê-la no intervalo? uma geringonça à Prof. Pardal.
A revista Wired diz que a maioria das nossas previsões Estamos a caminho de uma sociedade sem computa-
sobre o futuro dá errado porque nos baseamos em um pen- dores pessoais. As máquinas que vêm por aí se dividem em
samento muito linear. Vemos as coisas como elas são hoje duas classes de categorias: fixos ou portáteis, para entre-
em dia e as projetamos para o futuro, achando que vai ser tenimento ou trabalho, e suas eventuais intercombinações.
tudo igual. Pois, é. Na década de 60, ninguém previu a Ao se tornarem cada vez mais eficientes, as tecnologias da
internet, em 1997 ninguém imaginou o Napster e, mesmo informação estão cada vez mais transparentes, e se infiltram
hoje em dia, muita gente no nosso cotidiano, enriquecendo a experiência que temos
confunde textualidade digi- em coisas que já conhecíamos muito bem. Por isso, se você
tal com o ato de ler textos não sabe acertar o relógio do seu vídeo, pegar os recados
na tela de um computador. da sua secretária eletrônica pelo telefone ou programar a
Como fica, então, você sua máquina de lavar, prepare-se: vem aí uma nova gera-
que hoje entende bem ção de aparelhinhos mágicos que vai facilitar a sua vida.
a web e sabe tudo Ou complicá-la de vez.
de design de Em outras palavras: tudo vai mudar. Mas, como o
Homo Sapiens não muda, no fundo, tudo continua igual.
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