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2008
O Surfista de Tsunami
Mauricio Andrade de Paula e Victor Mirshawka Junior
Para responder a estas perguntas, esboçamos cinco perfis e alguns de seus desafios: profissional tec-
nológico, competente, talentoso, humanista e artista/culto. Abordamos também o impacto dos avanços
da pesquisa em neurociência no desenvolvimento destes perfis e a importância do foco em resultados.
Por fim, falamos também dos novos “Super” Profissionais e suas competências complexas.
Acima de tudo, na definição de profissional de futuro, continuará figurando a importância do profis-
sional realizador, ou seja, aquele que efetivamente materializa as idéias, que as transporta do domínio
dos sonhos para o mundo dos resultados.
Certamente, não tratamos aqui de todas as perspectivas possíveis para definir / enxergar a figura
deste profissional dos próximos anos. Todavia, os poucos temas citados constituem desafios suficientes
para nosso esforço diário de educação e desenvolvimento. Fazemos este esforço com absoluta convic-
ção de sua importância, de maneira que nossos cursos permitam vivências, experiências e a troca de
informações e conhecimento que auxiliem aos alunos a se aproximarem deste ideal do Profissional de
Futuro, e do Presente.
O Profissional Tecnológico
Que vantagens tem um profissional capaz de utilizar de forma produtiva os recursos tecnológicos
disponíveis? Seguramente, muitas, se considerarmos que a tecnologia nos permite, apenas do ponto de
vista computacional:
Acessar imensas bases de dados, sobre, virtualmente, qualquer assunto.
Realizar pesquisas comparativas nestas bases, com um crescente grau de “inteligência”, ou seja,
refinamento nas conclusões.
Estabelecer uma comunicação imediata e com custo cada vez menor, com qualquer um, em
qualquer parte do globo.
Simular cenários utilizando-se de sofisticadas ferramentas de cálculo.
Ter documentação digital e disponibilização para acesso a qualquer tipo de evento.
Organizar, armazenar e ter maneiras criativas de apresentação do raciocínio/pensamento.
Se enveredarmos para a robótica, ou outra área tecnológica, como a bioengenharia, por exemplo, nos
bastaria lembrar a recente proibição feita a um corredor de curtas distâncias que, pela deficiência dos
membros inferiores, utiliza duas próteses em lugar de pernas. Ele foi impedido de competir nas olimpíadas,
pois comprovadamente as próteses lhe dariam vantagens sobre os outros corredores “humanos normais”.
Este fato, por si só, denota uma revolucionária quebra de paradigmas, onde o humano vê a necessidade
de se preservar ante o robótico, pois a competição se torna inviável.
2008
Há algum tempo, as empresas buscavam profissionais que tivessem algum domínio sobre tecnologias
como o computador. Esse tipo de conhecimento era sinônimo de destaque profissional. Atualmente, o
domínio sobre o computador é uma obrigação para quem pretende disputar uma vaga no mercado de
trabalho, que é cada vez mais competitivo, em nível global.
Além disso, o computador atual não existe de forma estanque, operando autônomo e incomunicável;
ele está inserido no contexto e no sistema das redes, em especial a Internet, um sistema que evolui na
mesma medida em que a tecnologia tem evoluído, pressionado direta ou indiretamente pela Lei de Mo-
ore (aquela que afirma que o poder de processamento de um chip dobrará a cada vinte e quatro meses
aproximadamente, sendo seu custo o mesmo).
Surge, então, o primeiro grande desafio do Profissional Tecnológico: Como dominar uma ferramenta
que faz parte de um sistema, cuja velocidade de mudança e aperfeiçoamento sobrepuja em muito nossa
capacidade de apreensão de informações e até de aprendizado?
Será que a tecnologia nos auxiliará a manter o controle? Teoricamente, quando os novos sistemas
operacionais, softwares ou gadgets tecnológicos (celulares, assistentes digitais pessoais, notebooks,
máquinas digitais etc.) são lançados, eles já incorporaram vários estudos sobre facilidade de uso /
manuseio, de modo que deveria ser mais fácil e rápida a aprendizagem e o domínio sobre sua utilização.
Cada nova geração tecnológica tende a ser mais descartável, e isso acarreta uma série de implicações
sobre o tempo que se deve investir para dominar seu uso.
A tecnologia nos permite coisas como: acessar imensas bases de dados; realizar pesquisas com-
parativas nestas bases; comunicação imediata e com custo cada vez menor; simulação de cenários por
meio de sofisticadas ferramentas de cálculo; documentação digital e disponibilização para acesso de
qualquer tipo de evento e ainda a organização, o armazenamento e a utilização de maneiras criativas de
apresentação do raciocínio / pensamento.
Porém, há uma grande diferença entre simplesmente saber usar uma tecnologia e fazer isto de maneira
produtiva. As alternativas tecnológicas são inúmeras. Dessa forma, é necessário que o Profissional Tec-
nológico saiba escolher que tipo de tecnologia usar e assim extrair valor do uso da mesma. Esta reflexão
tem conduzido os provedores tecnológicos da indústria a posicionarem seus produtos nas prateleiras, na
hora da venda, cada vez mais se baseando no pacote de serviços ou funções oferecidas e não apenas nas
características específicas do hardware. Basta verificar como têm sido vendidos os telefones celulares,
pois o preço da máquina é praticamente subsidiado ou diluído no preço do acesso aos serviços.
Estamos na Era do Conhecimento, ou seja, o diferencial competitivo das empresas está em seu
capital intelectual. O Profissional Tecnológico é aquele capaz de selecionar quais tecnologias podem lhe
ajudar da melhor maneira e extrair destas as informações e a performance das quais precisa. Todavia, as
ferramentas são capazes de auxiliar o profissional, mas ainda são exclusivamente dele a inteligência, a
capacidade e a coragem para tomar as decisões certas.
No instante em que percebemos, por exemplo, que as melhores e mais importantes escolas americanas
e algumas européias estão disponibilizando, pela Internet, de graça, seus cursos mais relevantes, não
podemos deixar de refletir sobre quão drasticamente este mundo contemporâneo transformou a relação
entre o ser humano, a informação e a educação (Revista Veja, ed. 2.048/2008).
2008
O Profissional Competente
Neste ponto, vale resgatar a definição de competência - de maneira simplificada, é a capacidade de fazer
algo bem feito, ou ainda, é a junção de conhecimento, habilidade e atitude.
Alguns dos exemplos mais comuns de competências são: assertividade, flexibilidade, criatividade,
liderança, iniciativa, motivação, conhecimento técnico, comunicação, autocontrole, dinamismo, inovação,
relacionamento, decisão etc.
Há pelo menos dois pontos onde estas duas perspectivas se encontram: nos processos seletivos e nos
processos de avaliação de performance e treinamento.
Qualquer empresa que tenha uma gestão de recursos humanos eficiente já organizou seu modelo de
gestão e contratação baseado em competências. Ou seja, definiu quais são as principais competências que
seus profissionais precisam ter para realizar suas funções específicas, ou gerar o resultado que se espera
dos mesmos; definiu, também, modelos de avaliação de performance e de recompensa, ou desligamento,
baseados nestas competências, bem como um sistema de seleção que visa identificar nos postulantes ao
emprego se estes efetivamente dominam as competências listadas em seu currículo. Há outros fatores que
influenciam o processo seletivo, mas não cabe aqui analisá-los.
As explicações até agora são uma simples constatação do óbvio. Onde está a relevância desta abordagem
ao Profissional de Futuro, então?
Um possível novo argumento é o de que esta relevância começa a ser sentida quando agregamos os
efeitos do velocíssimo avanço tecnológico, da convergência digital, da globalização, e do aumento sensível
nos níveis de competitividade.
O Profissional Talentoso
2008
Se fizéssemos uma análise, perceberíamos que a maioria de nossas escolhas teve um impacto cuja
duração não passou de alguns instantes, dias ou meses. Mas algumas poucas entre elas determinaram
exatamente porque estamos na posição que ocupamos neste momento. São as decisões relevantes, e que
eventualmente se apresentam como dilemas, ou seja, são de difícil abordagem, às vezes ambígua.
Qualquer jovem vai enfrentar um complicado dilema no instante em que atingir a idade apropriada a
participar do processo seletivo para curso superior. Esta decisão vai refletir em outras mais adiante, que
afligirão o profissional recém-formado e até aquele com mais experiência.
Como escolher o curso superior, ou a profissão, ou o tipo de trabalho a desempenhar para gerar
riqueza? Normalmente, há duas abordagens possíveis.
A primeira tem algo a ver com a história da Branca de Neve. Você se lembra da pergunta que a bruxa
da história da Branca de Neve sempre fazia ao espelho? “Espelho, espelho meu, existe no mundo alguém
mais bela do que eu?”. Se a resposta fosse não, a bruxa ficaria tranqüila. Mas se a resposta fosse sim, ela
rapidamente verificaria quem tinha o posto de mais bela, para eventualmente eliminar a competição.
O que esta história tem a ver com a escolha de um curso superior ou de uma profissão?
Este comportamento deixa clara a postura competitiva de comparação com algo externo. Em outras
palavras, o sucesso da bruxa é relativizado pelas outras mais belas. Enquanto ela for a mais bela, não
há o que fazer. Se surgir alguém com maior beleza (termo de comparação) é necessário se mexer. Agir
ou se comportar desta forma é mais ou menos como escolher um curso superior com base naquelas
opções que aparentemente trarão mais possibilidade de emprego (uma referência externa do mercado).
Sob outra perspectiva, aplicada à formação profissional na empresa ou em nível de pós-graduação, é
algo como determinar um plano de carreira baseando-se apenas na avaliação das competências que o
mercado exige, de modo a melhorar o desempenho nestas competências. Mais uma vez, é utilizar uma
referência externa para auto-avaliação e escolha de profissão.
Ressalte-se que esta primeira abordagem de decisão tem seus méritos, especialmente no que diz
respeito ao risco menor, mas implica na possibilidade de gerar infelicidade e talvez mediocridade, porque
aborda apenas o desenvolvimento de competências, com base num referencial externo.
A segunda abordagem está ligada de alguma forma à fábula do Patinho Feio. Uma das mais famosas
fábulas de Hans Christian Andersen, escritor dinamarquês que viveu no século XIX. Você certamente se re-
corda dela, mas caso queira refrescar a memória, acesse: http://pos.faap.br/patinhofeio, e leia o resumo.
Nessa fábula, fica evidente, em termos metafóricos, que o Patinho Feio, na verdade um cisne, não
consegue se adaptar à vida entre os patos, pela sua diferença essencial. Por ser diferente, ele é humilhado,
e só consegue recompor sua auto-estima quando, depois de expulso daquele círculo de convívio, e de
muito sofrer, encontra os seus pares, ou aqueles que têm uma essência parecida com a sua. Ou seja, apesar
de tentar se conformar à opinião alheia, isso jamais aconteceria, e sua libertação só se realiza devido ao
exercício de olhar para a própria imagem, ou, de certa forma, para dentro, e se perceber diferente.
No que isto se assemelha às estratégias do jovem que vai escolher o curso superior, ou ao profissional
que vai escolher no que trabalhar?
Quem optar por esta maneira de escolher precisará, antes de atentar para as oportunidades de
mercado simplesmente, descobrir suas verdadeiras aptidões, habilidades e, em última instância, seus
talentos. Deste ponto de partida surgirá então uma escolha, tanto de curso, como de área de trabalho, ou
de mudança de carreira, às vezes.
Vale ressaltar que esta abordagem também tem seus méritos, mas implica no risco maior de insucesso
ou na necessidade de um tempo maior para realização profissional. Aqui fica a sugestão de leitura de
“O Patinho Feio Vai Trabalhar” (DVS Editora) de Mette Noorgard, no qual se analisam vários comporta-
mentos extraídos das fábulas de H.C. Andersen.
Todavia, o que nos interessa neste texto não é o talento como observado nos artistas, simplesmente,
ainda este tempo moderno midiático torna algumas pessoas famosas da noite para o dia. Nosso interesse
está no talento corporativo, cuja definição fica desta forma: é aquilo que nos permite obter resultados
superiores, talvez extraordinários.
É fácil identificar talentos nas empresas. Normalmente, são os mais bem pagos e reconhecidos
profissionais, ou aqueles que ascendem mais rapidamente, ou ainda aqueles que trabalham com uma
paixão inigualável. Além disso, são em minoria. São aqueles que preferiram, ao invés da estratégia da
Bruxa da Branca de Neve, a estratégia do Patinho Feio, para decidirem sobre seu rumo profissional.
Olharam primeiro para dentro e descobriram a resposta às perguntas: O que eu mais gosto de fazer?
O que eu faço melhor?
Quando a resposta a estas duas perguntas converge, surge o indício do talento. Resta, então, responder
à terceira pergunta: Como gerar riqueza fazendo isso?
Se servir de consolo, ainda não há um consenso nas corporações sobre como atrair e gerenciar os
talentos. O que é mais eficiente: desenvolver talentos, ou contratar talentos externos?
O Profissional de Futuro com certeza está consciente desta necessidade.
O Profissional Humanista
Vale ressaltar que esta abordagem das facetas do profissional de futuro, quando se apropria, por questão
de nomenclatura, do termo humanismo, procura focar essencialmente na afirmação da dignidade e do
valor inerentes a todo ser humano, e na busca incessante da verdade e da moralidade, por meio da
construção ética. Toda a discussão restante sobre o humanismo fica ao largo, neste momento, inclusive
pela diversidade de significados que se atribuem ao termo.
2008
A importância crescente do tema das Humanidades tem que ser reconhecida no contexto do trabalho.
A profusão de livros que tratam de temas correlatos, como a filosofia e suas aplicações no mercado, a
espiritualidade no ambiente de trabalho, a liderança servidora, a preocupação sócio-ambiental, a ética
e os valores coerentes, demonstra que estes temas ou assuntos deverão se incorporar na definição do
profissional ideal. Isto se percebe nas declarações de visão, missão e valores de muitas empresas, que
capitaneiam a mudança de um modelo de trabalho utilitarista e mecanicista, para outro, mais holístico e
baseado principalmente em visão sistêmica e estratégica.
Isto posto, vamos a uma citação de um executivo de empresa: “Sucesso é atingir resultados e ainda
ter amigos. É poder se orgulhar de suas conquistas. É fácil obter sucesso de formas mais duras, mas eu
prefiro esse caminho”, frase de João Ramires, na ocasião, presidente da Coca-Cola no Brasil.
Sempre utilizamos esta citação em palestras sobre liderança, já refletimos sobre as palavras e também
sobre a necessidade de um executivo afirmar que prefere fazer sucesso sem precisar “pisar” nas pessoas.
O que nos faz pensar, e infelizmente constatar, que esta é uma escolha que contraria o comportamento
geral, senão não precisaria ser declarada. Seria algo implícito.
Ao procurar por referências bibliográficas que clarificassem este aparente dilema, encontramos:
Nonzero: The Logic of Human Destiny, de Robert Wright; Freakonomics, de Steven Levitt e Stephen
Dubner; O Príncipe, de Maquiavel; As 48 Leis do Poder, de Joost Elffers e Robert Greene; Inteligência
Emocional (com todas as suas variantes), de Daniel Goleman; O Monge e o Executivo, de James Hunter;
e Previsivelmente Irracional, de Dan Ariely.
Se empilhássemos estes livros numa prateleira, certamente seriam divididos em dois grupos, re-
presentando dois lados de uma equação sem solução aparente. Ludicamente, seria algo capaz de gerar
certo medo, de que eles entrem num conflito de idéias e partam para a agressão... Bem, pelo menos um
dos dois grupos se comportaria assim.
Extraindo breves idéias de todas essas obras, citamos:
De Nonzero, a teoria dos jogos demonstra empiricamente que a parceria entre seres humanos ocorre
sob condições muito especiais. O comportamento humano normalmente só pende para a colaboração
quando existe absoluta confiança mútua, algo que não é fácil de construir, mas muito fácil de destruir.
Ou ainda, quando o ganho em um dado contexto só pode ser maximizado com a parceria. Fora disso,
adotamos estratégias competitivas e individualistas.
De Freakonomics, extraímos a afirmação dos autores: “Moralismo é como gostaríamos que as coisas
fossem, e Economia é como elas realmente são”. Moralismo, então, é a teoria que construímos em nossas
cabeças sobre o certo e o errado, mas a Economia rapidamente nos dá um choque de realidade. Desta
forma, o slogan que ajudou e eleger o presidente Bill Clinton à Casa Branca em 1992 nem parece tão
ofensivo (It’s the Economy, Stupid!).
Do Príncipe, de Maquiavel, vale lembrar de todas as orientações de comportamento, tão antigas e tão
atuais, para se governar. Especialmente, entre elas: “As injustiças devem ser feitas todas de uma só vez,
a fim de que, pouco saboreadas, ofendam menos, ao passo que os favores devem ser feitos aos poucos,
para que sejam mais bem apreciados.”
Das 48 Leis do Poder, sem sequer avançar muito sobre o índice, destacamos a segunda lei:
“Não confie demais nos amigos, aprenda a usar os inimigos”.
Colocadas lado a lado, estas referências, e a tentativa de confirmá-las no dia-a-dia, fazem pensar
sobre o mundo em que vivemos. Que mundo é esse? Para confirmá-las, não temos coragem de sugerir,
mas apenas citar, um experimento revelador, que só tem existência garantida em filmes de comédia ou
ficção. É o experimento da verdade absoluta, ou seja: passar um dia inteiro falando apenas a verdade. Não
cremos que haja uma sociedade moderna (nem as nórdicas) capaz de resistir a este teste sem profundos
e radicais danos ao seu eventual equilíbrio.
Se estas fossem as únicas referências, e este o único experimento possível de humanidade, talvez
pudéssemos afirmar que o então presidente da Coca-Cola escolheu o caminho errado.
Todavia, ao mesmo tempo, da série Inteligência Emocional, originada pelo trabalho de Daniel Goleman,
há uma boa definição de empatia: nossa habilidade de ler emoções nas pessoas e responder a elas; e as
afirmações do autor de que desenvolver a capacidade de autocontrole emocional e de relacionamento
conjuntamente a outras habilidades tradicionais são as ações preditoras mais confiáveis de sucesso do
que a simples inteligência lógica ou lingüística.
O especialista em emoções, Dr. Paul Ekman, classifica as definições de empatia em três grupos:
Empatia cognitiva: simplesmente saber o que a outra pessoa está sentindo e o que pode estar
pensando. São profundamente incapazes desta, o chamado trio negro: narcisistas, maquiavélicos
e sociopatas.
Empatia emocional: sentir fisicamente as mesmas emoções da pessoa que se está observando,
como se elas fossem contagiosas.
Empatia compassiva: entender as emoções alheias e ter um impulso espontâneo para ajudar – ter
compaixão.
De “O Monge e o Executivo”, extraímos a mensagem sobre a insatisfação do ser humano que se
percebe um profissional dissociado das coisas mais importantes e essenciais da vida, dos verdadeiros
valores e da necessária coerência entre trabalho e realização pessoal.
Estas duas obras, acrescidas de muitas outras recentes que talvez tenham menos credibilidade ou
projeção, exploram a mesma mensagem, e nos fazem lembrar das outras possibilidades: o comporta-
mento respeitoso, empático, ético, e a busca da satisfação e da realização através da coerência entre
propósito, trabalho, família, individualidade e espiritualidade (esta última muitas vezes desconsiderada
no humanismo purista).
Afinal, quem está certo? Nesta hora, vale recordar do trabalho recentemente publicado no Brasil,
sob o título “Previsivelmente Irracional”, de Dan Ariely, que mostra, através de anos de pesquisa, que
o comportamento humano invariavelmente enviesa para um estilo irracional, embora previsível, sob
certas condições (pressão, necessidade de sobrevivência, perspectiva reprodutiva etc.). Na prática, a
obra confirma alguns estudos recentes sobre as estruturas cerebrais, e a prevalência hierárquica de
estruturas mais antigas como o sistema límbico (gestor das emoções) sobre o neocortex (responsável
pela racionalidade). Enviesar para a irracionalidade quer dizer assumir comportamentos moralmente
questionáveis, em muitos casos.
2008
Repetindo... Afinal, quem está certo? Se existe alguma certeza nisto tudo, é a de que a espécie
humana, sob o ponto de vista dos indicadores de saúde globais, avançou muito na média geral (basta
olhar os índices de longevidade). Porém, este avanço talvez não tenha carregado consigo a preocupação
com a sustentabilidade, talvez a dúvida mais sensível para os próximos anos. O equilíbrio ambiental é
possivelmente o maior desafio para o crescimento daqui em diante.
Sendo assim, não se pode afirmar quem está certo, apenas emitir uma opinião. Contribuímos para
a formação do profissional humanista, aquele que prefere buscar o sucesso sem desrespeitar colegas,
sem agredir o ambiente, sem lançar mão de estratagemas, e que é capaz de gerar resultados construindo
equipes, abrindo e mantendo abertas as portas, de forma empática, e dormindo com a consciência, ainda
que curiosa, sempre tranqüila.
O Profissional Artista/Culto
Sendo este um curso que, entre outras coisas, analisa a importância do design na agregação dos valores
subjetivos que compõem um objeto de luxo, a enorme procura pelo mesmo, por parte de profissionais
de todas as áreas, evidencia o quanto esta “habilidade de pensamento” vem ganhando em termos de
relevância. Talvez alguém estranhe qualificar o Design como habilidade de pensamento.
Tim Brown escreveu um artigo na revista Harvard Business Review, em junho de 2008, sob o título:
Design Thinking, no qual afirma, logo de início, que pensar como um designer transformará a maneira
pela qual você desenvolve produtos, serviços, processos e sua estratégia. Complementa relacionando o
perfil de alguém que pensa como um designer: empático (utiliza a sua própria perspectiva, mas também
a dos outros em sua estrutura de pensamento), integrador (não confia apenas em processos analíticos de
pensamento, mas se aproveita da ambigüidade), otimista (não se amedronta com desafios), experimen-
tador (usa a tentativa e erro como processo de criação) e colaborador (reconhece que a complexidade
dos problemas requer o esforço coletivo de solução).
Refletindo sobre estes efeitos, pode-se concluir que o renovado interesse pelo design está intimamente
ligado à estética, este ramo da filosofia que tem por objeto de estudo a natureza do belo e os fundamentos
da arte (Wikipédia).
A relação entre arte e design, mesmo para um leigo, fica evidente quando se constata que a apreciação
do belo, ressalvada toda a sua subjetividade, é uma componente implícita. Em suma, a capacidade de gerar
o “belo”, fazendo uso do Design Thinking, assumiu um destacado papel de competência, que certamente
diferencia empresas, e por conseqüência, os profissionais que as desenvolvem.
Neste ponto é preciso enfrentar um razoável problema. Se o currículo tradicional da maior parte dos
cursos à disposição dos profissionais não está ainda preparado para desenvolver sequer as competên-
cias “tradicionais”, tais como: criatividade, trabalho em equipe, liderança, entre outras, o que dizer da
capacidade artística, que só merece destaque nos cursos específicos da área? Além disso, talvez não haja
sequer espaço numa grade curricular tradicional para tantas demandas de formação básica. Neste sentido,
é interessante conhecer o currículo da faculdade de Olin (http://www.olin.edu/academics/curriculum.asp),
nos Estados Unidos da América (EUA), que busca formar engenheiros empreendedores. Sua estrutura
está baseada num triângulo: fundamentos rigorosos de ciência e engenharia, empreendedorismo e artes.
A carga horária semanal é de 60 horas-aula, para um curso de aproximadamente quatro anos. Talvez o
exemplo seja uma utopia, mas como outros, ganha força no mundo competitivo atual.
O profissional que não teve acesso a esta estrutura curricular tão moderna, e que infelizmente não
pode prescindir de se desenvolver, precisará encontrar formas criativas de preencher a lacuna. Sejam elas
um esforço individual no sentido de vivenciar o mundo artístico diretamente, que pode ser composto da
apreciação artística nas suas mais variadas formas (museus, leituras, cinema etc.), a vivência artística
como atividade de lazer, ou ainda a busca de cursos de curta ou média duração que estimulem esta ca-
pacidade. A FAAP e o mercado oferecem uma enorme gama de opções, e isto não reflete somente uma
postura comercial, mas antes uma postura inovadora de formação.
Quando surge a palavra criatividade em toda esta discussão, também surge a explicação para o agru-
pamento dos termos artista e culto nesta faceta de perfil profissional que estamos abordando.
2008
Sendo a criatividade uma das mais demandadas competências, cumpre ressaltar que seu desen-
volvimento está ligado a alguns fatores. Para a pesquisadora norte-americana Ruth Noller, a criatividade
depende de três deles: conhecimento, imaginação e avaliação. A relação entre o conhecimento disponível
a um indivíduo e seu poder criativo, embora polêmica, aponta para uma proporção direta, na maior parte
dos casos. Ou seja, quanto mais conhecimento, maior a capacidade de criação. A polêmica se instala
quando o “excesso” de conhecimento começa a influenciar negativamente o uso do poder de imagi-
nação. Antes mesmo de discutirmos isso, Albert Einstein já afirmava que a imaginação é mais importante
que o conhecimento. De qualquer forma, cultura ou o profissional culto, nos termos deste artigo e desta
abordagem, é aquele que constantemente enriquece seu repertório de conhecimentos, além das fronteiras
de sua formação inicial.
Um engenheiro que aprecie Literatura, e faça disso um hábito, um artista que tenha gosto pela Matemática
e pela Lógica Formal, um médico que pratique Jardinagem, não são apenas demonstrações de hobbies, mas
a busca de conhecimentos adicionais que ampliem seu repertório, podendo assumir a forma de atividades
ligadas à arte, mas não necessariamente. De qualquer modo, sua inter-relação é muito forte.
O profissional de futuro não se prepara mais com cinco anos de graduação e talvez dois anos de pós.
Ele se molda continuamente, até o final de sua vida economicamente ativa, caso não queira que ela seja
muito breve. Precisa ultrapassar o óbvio da formação básica. Neste ponto de ruptura, o desenvolvimento
artístico e cultural será crucial. Permitir que isto ocorra tem sido parte da missão da FAAP e de sua área
de pós-graduação, desde sempre.
Temos repetido e visto repetir à exaustão a mensagem de que a ciência nunca avançou tanto. Certa-
mente. Mas o que nos assusta, positivamente, são os avanços no entendimento de como funciona o órgão
mais importante do corpo humano: o cérebro. E a pesquisa tem enormes impactos, não só na área médica,
mas também na área educacional, e por conseqüência, na competição profissional. A compreensão sobre
como funciona o cérebro tem permitido o desenvolvimento de novos modelos de ensino-aprendizagem,
destinados a impactar no desenvolvimento individual, em tudo o que diz respeito às nossas capacidades
mentais, intelectuais e de pensamento em geral.
O profissional de futuro deverá ter um profundo conhecimento sobre como se autodesenvolver, à
luz destes avanços neurocientíficos. Alguns pesquisadores chamam a esta capacidade de Alfabetização
Mental, ou saber como utilizar com a máxima eficiência o cérebro, nas tarefas de memorização, articulação
de raciocínio, manifestação e comunicação dos pensamentos e criatividade. Outros chamam a isso de
Gestão do Pensamento, ou seja, saber como escolher, dentro de um sensível repertório, a melhor maneira
de usar os recursos de pensamento / raciocínio.
Foco em Resultados
O “dia depois de amanhã” é sempre uma preocupação da humanidade. O que será que vai acontecer?
Quais os números da Mega-Sena? Guiamos nosso presente em função de um tempo futuro incerto, mas que
gostaríamos que se transformasse em realidade. Antecipar tendências, prever o futuro, entre outras coisas,
parece cada vez mais importante em um mundo cuja complexidade e competitividade só aumentam.
Se o dia depois de amanhã já é um problema, imagine projetar o pensamento e as preocupações para
ainda mais adiante... Esqueça! O melhor é preparar-se, independente do que está por vir
Por conta disso tudo, a geração de resultados pelas empresas passa a depender do emprego e desen-
volvimento de competências que não se enquadram nas definições tradicionais, citadas neste artigo. Como
se as próprias competências sofressem uma elevação no seu grau de sofisticação ou abrangência.
O assunto é tratado com bom humor, especialmente na definição das novas competências. Por
exemplo: no mundo de hoje, não basta ser comunicador, é preciso ser “blogueiro” (aquele que escreve
em “bloguês”).
Segundo a Wikipédia, “blogueiro” (português brasileiro) ou bloguista (português europeu) ou ainda
blogger são palavras utilizadas para designar aquele que escreve em “bloguês”. O universo dos blogueiros
(a soma de tudo o que está relacionado a este grupo e este grupo em si) é conhecido como blogosfera.
Um weblog, blog ou blogue é uma página da Web cujas atualizações (chamadas posts) são organizadas
cronologicamente de forma inversa (como um diário). Estes posts podem ou não pertencer ao mesmo
gênero de escrita, referir-se ao mesmo assunto ou terem sido escritos pela mesma pessoa. Além disso,
todos os posts podem ser comentados pelos visitantes, transformando o espaço em um verdadeiro fórum
de discussão aberto sobre o tema abordado.
2008
Mas, o que é a competência blogueiro? Vejamos: informação ilimitada captada pelo uso da tecnologia
de informação moderna que precisa rapidamente virar conhecimento por meio de um aguçado sistema de
articulação do pensamento que a cada dia é sobrecarregado com mais e mais informação. Daí, usando
da imaginação e da criatividade, um post é gerado com uma nova idéia ou percepção sobre um tema
analisado. Instantaneamente compartilhado com a comunidade de leitores e interessados sobre o assunto
que criam uma rede para debater sobre as novas colocações. Como resultado desse trabalho em equipe,
novas idéias e conceitos são percebidos e gerados; e com grande rapidez e flexibilidade são absorvidos
e incluídos nos posts antigos e nos que serão escritos. Este é um processo sinérgico e contínuo.
Os blogues têm alguma influência no desempenho ou geração de resultados das empresas? Se
alguém não percebeu isso ainda, está muito atrasado, pois seu impacto gerador e formador de opiniões
já é sensível em qualquer mensuração de desempenho de vendas.
Também foi pensada outra competência, que chamamos de “surfista de tsunami”, ou aquele
profissional que, além de ser flexível e de ter autocontrole, “pega a onda”, o que realmente exige dele
um desempenho superior ao tradicional.
Ao ler esta definição, o vice-presidente executivo da agência Impacta, Alexis Pagliarini, nos remeteu
um e-mail adicionando três contribuições de competências: o Octopus, o Eco-não chato e o Camaleão.
“Octopus: É preciso usar todos os ‘tentáculos’ para poder ter acesso às múltiplas informações e
acionar as teclas certas, nos momentos certos. As informações chegam das mais diferentes fontes. As
tarefas são múltiplas e urgentes. Enquanto alguns dos nossos tentáculos estarão ocupados na preparação
de uma apresentação, outros estarão acionando nossos blackberries, fazendo wiki-consultas entre outras
tarefas. Tudo ao mesmo tempo agora. Será que conseguiremos ouvir algo, enquanto lemos um conteúdo
de teor diferente e, ainda, digitamos um texto que não tem necessariamente a ver com o que estamos
lendo ou ouvindo?”
“Eco-não chato: Adquirir consciência ecológica e agir de forma eco-socialmente responsável. Isso
não significará usar camisetas ‘Salvem as Baleias!’ ou inserir mensagens de ‘Não imprima!’ no rodapé
do seu e-mail. Deverá ser uma incorporação ao seu dia-a-dia de princípios e atitudes, de forma natural e
pragmática, que contribuam com, em última instância, a preservação dos seus negócios.”
“Camaleão: Acostume-se às mudanças cada vez mais freqüentes e adapte-se rapidamente a elas.
Você poderá até continuar fazendo planos anuais ou mesmo bienais, mas as revisões serão cada vez mais
freqüentes (semestrais, trimestrais, mensais, semanais, diárias). O conceito do seu negócio também
poderá mudar na mesma rapidez. O ciclo de vida de produtos de menos de um ano será algo normal
(com os celulares já é assim). O futuro determina: Camaleone-se ou morra!”
Alguns de nossos colaboradores e alunos também refletiram sobre o assunto e sugeriram as seguintes
novas competências:
“Homem de Ferro: Thiago Targino Queroz, do curso de Design e Tecnologia Digital da Pós-Graduação
da FAAP, sugeriu esta competência, ou seja, alguém altamente resiliente, capaz de enfrentar os desafios e
agüentar as “pancadas” do dia-a-dia empresarial mantendo-se firme e inteiro, pois o “Homem de Ferro”
tem a capacidade de garantir sua integridade, mesmo nos momentos mais críticos.”
2008
pesquisador
aprendiz infobandeirante
líder
conhecedor
do potencial
criativo cerebral
neurópico
inovador alquimidas
oposto de
emoções
empreendedor neurótico
resiliente benquiável
ético
sensível novas
competências humanista
emocional
oftalmologista realizador
intuitivo
surfista de ousado
colecionador
de olhares tsunami
veloz
comunicador
encantador flexível
sommelier
de atenções
entusiasta de idéias
decisor
líder
apreciador
entusiasmado
calmo
energia
detalhista
Surfista de Tsunami
O termo surfista também pode ser percebido como um estilo de vida saudável, em contato com a
natureza e em constante busca da onda perfeita, o que faz com que esse grupo seja bastante unido.
Como qualquer praticante de esportes, há um desejo constante de ir além. Com isso, é comum que
os praticantes desta modalidade de esporte transformem seu estilo de vida, buscando o equilíbrio e a
saúde, de corpo e de espírito. O surfista, assim como toda pessoa que tem sua vida ligada ao mar ou à
natureza, traz uma grande contribuição para sociedade porque tende a defender abordagens do homem
para com os recursos naturais que primam pela preservação, pelo equilíbrio e pela paz.
Infobandeirante
Encantador de Atenções
“Sempre que você consegue que as pessoas riam, elas estão ouvindo e
você pode dizer praticamente qualquer coisa a elas.”
Herbert Gardner
2008
não-verbal lhe confere total sucesso ao transmitir a informação certa por meio de gestos, expressões,
movimentos e comportamento. Sua comunicação ultrapassa o efeito verbal e faz a diferença; seu corpo
fala, e com isso detém uma habilidade – participar / influir na realização de negócios. Afinal, as pessoas
mentem, mas o corpo não. É também um profissional “sedutor” que usa das vibrações do ambiente, e
não de coisas tangíveis, para ser e fazer com que seus liderados sejam “cobras”, que sejam realmente
bons naquilo fazem; tenham máxima performance na arte de lidar com o desafio ritmado do mercado,
com disposição para enfrentar o dia-a-dia; tenham a ousadia necessária para criar, inovar e coexistir na
diversidade cultural, de valores humanos e profissionais; entre outros desafios, fazer parte de um grande
processo de aprendizagem e crescimento, em que é necessário ter conhecimento, saber pensar, falar,
ler, interpretar, comunicar e compreender os sinais. Pois o lúdico desta competência é compreender que
um dos maiores venenos para o homem é a falta de feeling.
Neurópico
Malabarista de Humores
Sommelier de Idéias
Alquimidas
Bemquiavél
2008
Oftalmalogista
“Para ser vitorioso você precisa ver o que não está visível.”
Sun Tzu
Decatleta Corporativo
“Heróis de Araque”?
Santiago Álvarez de Mon é escritor e professor de Gestão de Pessoas no IESE Business School,
Barcelona. Autor, em parceria com Cristina Ramirez, do livro: No soy superman (ed. Prentice Hall, ainda
sem edição no Brasil) que retrata uma conversa entre um diretor de uma empresa e seu coach. Aborda
temas como: liderança, ceticismo, administração de conflitos, medos, entre outros.
Diz o autor, em entrevista concedida à Revista Melhor - Gestão de Pessoas, que o verdadeiro líder é uma
pessoa íntegra, honesta e com bom caráter, capaz de tomar decisões difíceis, bem como ser humilde para
reconhecer que deve ter mais perguntas que respostas, ou seja, está muito mais para um simples mortal
do que para um super-herói. Deve ter a qualidade de saber conquistar o futuro e não se prender ao presente
e jamais deve competir com seus subordinados. Exemplifica dizendo: “em uma orquestra, o violinista não
compete com o pianista, portanto é preciso unir esforços, saber e aprender a gerenciar talentos.”
Em seu livro defende também as características: paciência, perseverança e mentalidade de longo prazo.
Explica a necessidade de os executivos continuarem investindo no conhecimento, dominarem técnicas
e terem as habilidades necessárias para dirigirem equipes compostas por pessoas que trabalhem juntas,
que sigam na mesma direção.
Enfatiza não acreditar em super-heróis, mas sim em grandes profissionais, muito capazes, dife-
rentes e trabalhadores, com muitas habilidades, mas também com carências. Pois super-heróis são
personagens de ficção e profissionais são pessoas de carne e osso. Acrescenta: “O sucesso empresarial
tem a ver com o talento natural. [..] O profissional competente cresce e faz crescer”. (Saiba mais em:
http://revistamelhor.uol.com.br/textos.asp?codigo=12361)
Em sua opinião, quais as competências que deveríamos praticar hoje, em função desse futuro incerto,
mas desejado? Não responda: criatividade, liderança, comunicação, flexibilidade, avaliação, trabalho
em equipe, etc. Essas características, ou competências são pequenas e isoladas demais para o mundo
complexo e competitivo que descrevemos aqui. Há muitas outras destas novas competências surgindo.
Acesse o site, conheça o projeto e contribua com suas definições de novas competências: http://
www.profissionaldefuturo.com.br.
2008