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Wagner Sita
Coordenador do Tratamento de Água do Departamento Autônomo de Água e Esgotos de
Araraquara.
(*)
Endereço : Rua Domingos Barbieri, 100 – Araraquara – SP – CEP 14802-510 – Brasil – Tel
(16) 224-1555 – Fax: (16) 224-4571 – e-mail info@daaeararaquara.com.br
RESUMO
INTRODUÇÃO
O esgoto bruto ou despejo líquido é ocasionado pelos despejos domésticos e industriais, que
quando lançados num manancial contribuem para sua degradação, afetando sua qualidade. Para
preservação dos recursos hídricos e evitar a contaminação da fração de água disponível, é de
fundamental importância a construção de estações de tratamento de esgoto (ETE).
METCALF & EDDY (1977), relatam que para processo de lodos ativados a remoção de fósforo
está entre 10 e 25%.
CICLO OPERACIONAL
Após retirada dos sólidos, o resíduo é excesso de lodo formado no SBR descartado
recalcado para os reatores aeróbios, para um tanque de estabilização e
chamados de SBR (sequência de reatores em adensamento de lodo, que após conclusão
batelada, ver figura 3). Tem início o desta etapa é recalcado para os leitos de
tratamento secundário, onde o resíduo entra secagem, perdendo água por infiltração e
em contato com o lodo biológico composto evaporação.
principalmente por bactérias heterotróficas,
quimioautótrofas, protozoários e
micrometazoários, que serão responsáveis
pelo tratamento. Estes microorganismos irão
degradar a maior parte da matéria orgânica
contida no resíduo, reduzindo
consideravelmente sua carga orgânica
inicial. Por se tratar de material bacteriano, o
Figura 3 - Reatores aeróbios, denomindados
seu crescimento é muito acentuado, devido a
(sequência de reatores em batelada).
alta taxa de reprodução das bactérias
principalmente sob temperaturas elevadas. O
O tratamento secundário possui um ciclo de trabalho composto pelo enchimento, aeração,
sedimentação e descarte, definido pela qualidade desejada para o efluente, vazão média da
estação, características físico-químicas do afluente, características biológicas do lodo, dentre
outras. No final deste ciclo, ou seja, após sedimentação, é feito o descarte do sobrenadante, sendo
recalcado até o filtro de areia (ver figura 4) com granulometria adequada para retirada dos sólidos
que ainda persistam. Após a filtração, o efluente segue por gravidade para a câmara de
desinfecção (ver figura 5), onde recebe hipoclorito de sódio assegurando a qualidade final do
efluente que será lançado no corpo receptor.
RESULTADOS
Na Tabela 3 estão contidos resultados médios das análises realizadas no afluente e efluente da
ETE-Bueno no ano de 2002, bem os valores de remoção de demanda química de Oxigênio
(DQO), demanda Bioquímica de oxigênio (DBO), nitrogênio total e fosfato total. Foi realizada
pesquisa bacteriológica em amostra antes da desinfecção, sendo encontrados 6,57x103
NMP/100mL de coliformes totais e 1,00x102 NMP/100mL de Escherichia coli.
Tabela 3 – Resultados médios das análises físico-química e bacteriológica realizada na ETE-
Bueno no ano de 2002.
Com base nos resultados das análises físico-químico e bacteriológico pode-se concluir que o
tratamento, após desinfecção, apresenta uma eficiência na remoção de DQO e DBO acima de
98% e de praticamente 100% na remoção de coliformes totais e Escherichia coli. A remoção de
nitrogênio total fica próximo a 80%, estando dentro das diretrizes do Conselho das Comunidades
Européias.
Conclui-se também que a remoção de fósforo total está dentro dos valores citados por
METCALF & EDDY (1977) para lodos ativados. Portanto, o efluente da ETE-Bueno atende a
quase todos os limites para lançamento em rio classe 2 segundo a Resolução CONAMA no 20 de
junho de 1986, divergindo apenas no valor de Nitrato que deveria ser inferior a 10,0 mg/L.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS