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ARTECONOMIA

ECONOMIARTE
Os movimentos artísticos e as
tendências estéticas foram
sempre influenciados pelo
contexto histórico e pelas
realidades económicas
sociais e políticas em que se
inserem.
No início do século XX, e
durante todo o primeiro
quartel, o mundo artístico,
influenciado por novas
realidades sociais,
tecnológicas e científicas,
assiste a variadas
experiências das vanguardas
europeias, que recusam a
herança renascentista e
figurativa das academias
artísticas e opta pela não
representação dos objectos
próprios da nossa realidade
concreta exterior.
O artista tende a suprimir a relação
visual entre a realidade e o quadro,
entre as linhas e os planos, as cores
e a significação que esses elementos
podem sugerir ao espírito. A
significação de um quadro depende
essencialmente da cor e da forma.
Quando o pintor rompe os últimos
laços que ligam a sua obra à
realidade visível, ela passa a ser
abstracta.
Uma das tendências, mais fortemente geométrico-estrutural, provinha
de Georges Seurat e Paul Cézanne, através do Cubismo, e estende-
se a vários movimentos geométricos e construtivistas, entre os quais
teve grande relevo o denominado construtivismo russo, desde a
Primeira Guerra Mundial.
Construtivismo Russo
O Construtivismo também teve como
objectivo fazer com que o artista
contribuísse para suprir as carências
intelectuais da sociedade, relacionando-
se directamente com os meios gráficos e
fotográficos de comunicação.
Na Revolução Russa as mensagens tinham
que ser rapidamente visualizadas e
absorvidas pela população A opção do
cartaz construído criava uma estética
forte, sólida e com grande apelo da
massa.
Foi neste período que surgiu o
Construtivismo Russo, movimento
artístico que tinha como grande objectivo
a integração entre as técnicas artesanais
e a produção industrial, e sua adequação
às necessidades da sociedade.
A arte, inspirada pelas novas conquistas do
novo Estado Operário, deveria inspirar-se
nas novas perspectivas abertas pela
máquina e pela industrialização servindo
a objectivos sociais e a construção de um
mundo socialista.
A partir da revolução de 1917,
sendo necessário fazer a
propaganda revolucionária,
num país com uma população
maioritariamente analfabeta
ou de baixo nível de
escolaridade, aliada a
deficiências materiais no
campo das gráficas
disponíveis, optou-se por
cartazes com poucas
palavras, poucas cores
(normalmente, preto, branco e
vermelho), elementos
geométricos simples,
fotomontagem e uma
linguagem icónica e acessível.
O realismo socialista
A partir de meados dos anos 30, com a grande
depressão a ocidente e as convicções políticas e
económicas a extremarem-se na União Soviética,
sob o domínio mais autoritário de Estaline, é
instituída como única tendência artística admitida, o
Realismo Socialista – Arte oficial do regime.
Mantém-se o pendor propagandista e o constante
apelo a objectivos heróicos , económicos e políticos
sob um jugo totalitário.
Uma grande meta da propaganda totalitária, muitas
vezes bem sucedida, era transmitir ao povo a ideia
da omnipresença do grande líder, e assim do
Estado, com a sua omnipresença, omnisciência e
omnipotência.
A linguagem gráfica retrocede ao figurativo, que se
condiciona à simples ilustração da mensagem
escrita. A temática é, obviamente, também
fortemente restritiva para o artista.
Idênticas soluções são curiosamente, também as
adoptadas pelos regimes totalitários ocidentais
sendo expressivos exemplos os casos da Alemanha
nazi, do fascismo italiano e do nacional-socialismo
português.
Abstraccionismo
Em contraponto às imposições artísticas
estatais, a Europa ocidental parece
procurar com sofreguidão libertar-se de
todos os conceitos pré-estabelecidos.
As experiências no campo do abstracto
sucedem-se, atropelando-se, mantendo
apenas como meta comum o propósito
criativo e expressivo do artista enquanto
individuo e a sua libertação interior.
Observam-se múltiplas correntes, com
características variadas que exploram,
ora o campo das emoções e da
intuição, ora a racionalidade e
psicologia das formas e cores e até
exaltação do místico, do espontâneo e
do irracional .
Expressionismo abstracto

Após a II Guerra Mundial (1939-1945), a partir da abstracção


informal surgem outras tendências artísticas, como o
expressionismo abstracto nos EUA e a abstracção
gestual na Europa e na América Latina.
O expressionismo abstracto ganhou este nome por
combinar a intensidade emocional do expressionismo
alemão com a estética anti figurativa das Escolas
abstractas da Europa ocidental.
Também denominado de “action painting”, nesta vertente
artística, totalmente alheia a todos os conceitos
académicos, o artista
derrama (muitas vezes literalmente) as cores e formas
como que deixando que o acaso e a natureza do gesto se
ocupem da elaboração da obra de arte.

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