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Sentimo-nos orgulhosos de recebê-lo(a) neste Simulado. Leia com atenção as instruções abaixo:
1) Confira, nas folhas ópticas, seu nome e número de inscrição. Se constatar algum erro, informe ao fiscal de sala.
2) Preencha com atenção a Folha Óptica de Respostas da Prova, pois não haverá folha avulsa para substituir a original.
Ao fazê-lo nesta folha, destinada à marcação das respostas, obedeça ao limite dos quadrículos.
3) Indique, com o preenchimento total dos quadrículos, as respostas referentes às alternativas A, B, C, D ou E de cada
questão da prova.
4) Assine a Folha Óptica de Respostas da Prova, no espaço reservado no rodapé da folha, sem invadir os campos
destinados às respostas.
7) Utilize caneta preta ou azul para a Redação, pois ela é parte integrante da prova. NÃO ESCREVA NO VERSO DA FOLHA DE
REDAÇÃO.
8) Coloque embaixo da carteira universitária todo o seu material (celular, apostilas, cadernos, bolsa etc.). Os celulares
deverão permanecer desligados durante toda a prova.
9) Antes de 2 (duas) horas de prova, nenhum candidato poderá deixar a sala, tampouco as dependências da Universidade.
10) Caso falte alguma folha, solicite imediatamente ao fiscal de sala outro caderno completo. Não serão aceitas
reclamações posteriores.
11) Não será permitida nenhuma espécie de consulta nem uso de calculadora para a realização da prova.
12) Utilize os espaços designados para rascunho no próprio caderno de questão; mas, atenção, pois estes não serão
considerados para a correção de sua prova.
14) Ao terminar, entregue ao fiscal de sala a Folha Óptica de Respostas da Prova e a Folha de Redação.
BOA PROVA!
Leia os textos a seguir relacionados e reflita sobre eles antes de desenvolver sua redação.
Texto 1
Texto 2
Falando sobre os motivos para a corrupção. Dá para citar público, vc vai ao banco e não precisa ser cliente diamante ou
vários, como ausência de leis que funcionem, burocracia, caos constelação: é só conhecer o caixa, ou vc fura a fila, ou vc deixa
estrutural etc. A meu ver, o maior motivo é cultural. o negócio lá e passa depois para pegar. Eu poderia ficar horas
Todo mundo fica indignado com os Renans, Collors, Dirceus dando exemplos.
etc. (de todos os partidos, de todas as tendências). Mas na base da Que o sistema (administração, legislação, economia, sociedade
pirâmide a corrupção é enraizada. É a cervejinha do guarda para e tal) não funciona direito, todo mundo aqui deve saber ou
não levar multa, a furada de fila na base do pistolão/amigão, o suspeitar. Só isso já é prato cheio pra corrupção. Os remendos
aceleramento na burocracia à base de propina (aposentadoria, Detran “por fora” para se dar bem ou conseguir o que quer – por direito
etc.), e por aí vai. O brasileiro quer mudança, mas não quer mudar. ou não – são mais o combustível.
Não adianta reclamar do político se vc já fez sujeira no Corrupção zero não existe. Se as coisas funcionarem e houver
passado. Eu já consegui coisas, muito mais rápido, pelo simples legislação anticorrupção, esta cai para um nível muito mais
fato de ter algum amigo trabalhando lá dentro. Eram direitos, só baixo. Quando a “pequena” corrupção passa a fazer parte da
que os processos foram acelerados pelo simples fato de serem vida da maioria da população como algo corriqueiro, aí não tem
“pedidos internos”. As pessoas consideram normal, tanto as de solução simples e/ou rápida.
dentro quanto as de fora. Quando o policial vai checar seu pneu A corrupção no Brasil é endêmica.
careca, nem precisa falar nada: já fica subentendido que por uns Fonte: Comentário em fórum de discussão no site www.frihost.com/forums/vt-79151.html.
R$ 20 ele finge que não viu e lhe libera. Mesmo fora do serviço Acesso em 31 de março de 2009
Mote:
Almas, vidas, pensamentos.
Glosa:
Calções, polainas, sapatos,
Percevejos, pulgas, piolhos,
Azeites, vinagres, molhos,
Tigelas, pires e pratos:
Cadelas, galgos e gatos,
Pauladas, dores, tormentos,
Burros, cavalos, jumentos,
Naus, navios, caravelas,
Corações, tripas, moelas,
Almas, vidas, pensamentos.
Foto: Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem; disponível em UOL Economia. Acesso em 30 de
março de 2009
Fonte: BOCAGE. Poesias sobre Mote. In: Literatura Comentada. São Paulo: Abril Educação,
1980. p. 59
Um dos mais importantes poetas do Arcadismo a) Dédalo era ateniense de nascimento e tido por mem-
português, Bocage é, no entanto, considerado um bro dos Erecteidas, uma vez que era filho de Métion,
autor pré-romântico. No poema, uma característica filho de Eupálamo, filho de Erecteu. Em termos de
que explica por que ele é visto como um precursor do habilidades naturais, ele sobrepujava em muito todos
Romantismo é a os outros homens e se dedicava à arte de edificações, à
confecção de estátuas e ao trabalho da pedra.
a) entrega do eu-lírico à paixão amorosa, que o leva a b) Quando Minos ficou sabendo que Teseu e seus compa-
questionar o domínio da Razão. nheiros tinham fugido, prendeu Dédalo, por ele culpado
b) opção pela forma clássica do soneto, que atesta a pelo ocorrido, no Labirinto, juntamente com seu filho
busca do eu-lírico por objetividade e contenção. Ícaro, que ele tivera de Naucrátis, escrava de Minos.
c) citação do nome da amada, que explicita a homena-
gem do eu-lírico a uma mulher idealizada. c) Dédalo então confeccionou asas para ele e seu filho;
d) confissão do eu-lírico diretamente dirigida a uma quando este ia se pôr ao voo, ele o advertiu de que não
figura mitológica, que ilustra sua adesão a valores voasse muito alto, por temer que a cola derretesse ao sol,
clássicos. desfazendo as asas, nem muito baixo junto ao mar, por
e) racionalidade do eu-lírico, que se nega a ceder aos temer que elas se desmanchassem devido à umidade.
impulsos amorosos e recorre à reflexão.
d) Mas Ícaro desconsiderou as instruções de seu pai e, orgu-
lhoso, elevou-se sempre mais alto; ao derreter a cola, caiu
ao mar, chamado de Icário por causa dele, e pereceu. Já
Dédalo voou em segurança até Camico, na Sicília.
e) Chamado
à ilha de Dolique, Dédalo avistou o corpo de
Ícaro lá deposto na praia, sepultou-o, dando à ilha o
nome de Icária, ao invés de Dolique. Dédalo, por sua
vez, confeccionou uma estátua em Pisa à semelhança
de Héracles; este, certa noite, não a reconhecendo,
tomou-a por pessoa viva e a apedrejou.
Questão 6
Questão 7
Leia o poema para responder à questão.
O horóscopo, os classificados e as notícias, entre outros
A UM AUSENTE gêneros, aparecem nos jornais diariamente. Apesar da es-
pecificidade de cada um, pode-se afirmar que se dirigem
Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar. a) a públicos diferentes, pois as notícias não costumam
Houve um pacto implícito que rompeste interessar aos jovens, apenas aos leitores adultos.
e sem te despedires foste embora. b) a pequenos públicos, pois apenas uma pequena par-
Detonaste o pacto. cela de leitores se interessa por classificados.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência c) a públicos específicos, pois o horóscopo é destinado
de viver e explorar os rumos de obscuridade exclusivamente às mulheres.
sem prazo sem consulta sem provocação d) a públicos indeterminados, pois é impossível aos
até o limite das folhas caídas na hora de cair. jornais pesquisar o perfil de seus assinantes e com-
Antecipaste a hora. pradores nas bancas.
Teu ponteiro enloqueceu, enloquecendo nossas horas. e) a grandes públicos, pois, mesmo tratando de assun-
Que poderias ter feito de mais grave tos mais gerais ou privados, podem interessar a uma
do que o ato sem continuação, o ato em si, enorme quantidade de leitores.
Leia os textos para responder à questão. Leia os textos para responder à questão.
Texto 1 Texto 1
O que eu não sei fazer desmancho em frases. O que eu não sei fazer desmancho em frases.
(Represente que o homem é um poço escuro. (Represente que o homem é um poço escuro.
Aqui de cima não se vê nada. Aqui de cima não se vê nada.
Mas quando se chega ao fundo do poço já se pode ver Mas quando se chega ao fundo do poço já se pode ver
o nada.) o nada.)
Texto 2 Texto 2
Autopsicografia O que pode ser matéria de poesia? Ao perpassar os olhos
por alguns dos textos de Manoel de Barros, o leitor percebe que
O poeta é um fingidor. a poesia se constrói efetivamente pelo inesperado, pelo choque
Finge tão completamente entre sua comum percepção e a singular criatividade do autor.
Que chega a fingir que é dor Fonte: Costa, Bianca A. da. Manoel de Barros: os “despropósitos” da poesia. In: Soletras,
n.o 16. Rio de Janeiro: UERJ, pp. 40-48
A dor que deveras sente.
I. A rima como elemento essencial em sua construção. A obra de Manoel de Barros traz, frequentemente,
II. O uso constante de repetições. imagens inusitadas. Comparando os textos críticos
III. A frequência de comparações e metáforas. (2 e 3) com o texto 1, de Manoel de Barros, pode-se con-
IV. A métrica fixa. cluir que a valorização do nada presente no poema
A resposta da personagem no último quadrinho: “Aí literatura não existe no vácuo. Os escritores como
você volta daqui a uns quinze anos!” pode ser relacio- tais têm uma função social definida, exatamente
nada à seguinte afirmação sobre o conceito de leitor: proporcional à sua competência como escritores.
Essa é a sua principal utilidade (Ezra Pound).
a) Deve-se ler pouco e reler muito. Há uns poucos d) A originalidade e importância da revolução digital
livros totais, três ou quatro, que nos salvam ou que apoiam-se no fato de obrigar o leitor contemporâ-
nos perdem. É preciso relê-los, sempre e sempre, neo a abandonar todas as heranças que o plasma-
com obtusa pertinácia. E, no entanto, o leitor se ram, já que o mundo eletrônico não mais utiliza a
desgasta, se esvai, em milhares de livros mais áridos imprensa, ignorar o “livro unitário” está alheio à
do que três desertos (Nelson Rodrigues). materialidade do códex. (...) Daí a razão do desas-
b) Não é ofício de “o poeta” narrar o que aconteceu, é sossego dos leitores, que devem transformar seus
sim representar o que poderia acontecer, quer dizer: hábitos e percepções, e a dificuldade para entender
o que é possível segundo a verossimilhança e a ne- uma mutação que lança um profundo desafio a
cessidade. Com efeito, não diferem o historiador e o todas as categorias que costumamos manejar para
poeta, por escreverem verso ou prosa (pois bem que descrever o mundo dos livros e a cultura escrita
poderiam ser postas em verso as obras de Heródoto, (Roger Chartier).
e nem por isso deixariam de ser história, se fossem e) O texto não é um estoque inerte que basta seg-
em verso o que eram em prosa); diferem, sim, em mentar para dele extrair uma interpretação, mas
que diz umas coisas que sucederam, e outro as que inscreve-se em uma cena enunciativa cujos lugares
poderiam suceder (Aristóteles). de produção e de interpretação estão atravessados
c) Literatura é a linguagem carregada de significado. por antecipações, reconstruções de suas respectivas
Grande Literatura é simplesmente a linguagem car- imagens, imagens estas impostas pelos limites da
regada de significado até o máximo grau possível. A formação discursiva (Dominique Maingueneau).
Questão 13
Leia o texto a seguir, encontrado na embalagem de Após a leitura desse texto, pode-se constatar que sua
uma determinada marca comercial de aveia. finalidade é
Fabiano recebia na partilha a quarta parte dos be- Vidas Secas é um dos melhores exemplos da litera-
zerros e a terça dos cabritos. Mas como não tinha roça tura brasileira do uso do discurso indireto livre. Por
e apenas se limitava a semear na vazante uns punhados meio dele, o narrador funde a sua voz (em terceira
de feijão e milho, comia da feira, desfazia-se dos animais, pessoa) com a da personagem sem deixar marcas do
não chegava a ferrar um bezerro ou assinar a orelha texto de quando está fazendo uso de uma ou de outra
de um cabrito. Se pudesse economizar durante alguns voz. Desse modo, pode não apenas reproduzir indi-
meses, levantaria a cabeça. Forjara planos. Tolice, quem retamente falas da personagens, mas também o que
é do chão não se trepa. Consumidos os legumes, roídas pensam. O uso do discurso indireto, nessa obra de
as espigas de milho, recorria à gaveta do amo, cedia por Graciliano Ramos
preço baixo o produto das sortes. Resmungava, rezingava,
numa aflição, tentando espichar os recursos minguados, a) revela as intenções surrealistas do autor, que, con-
engasgava-se, engolia em seco. Transigindo com outro, fundindo o leitor e conduzindo-o a um mundo em
não seria roubado tão descaradamente. Mas receava ser que o sonho e a magia constroem a realidade, conse-
expulso da fazenda. E rendia-se. Aceitava o cobre e ouvia gue alcançar o domínio do inconsciente humano.
conselhos. Era bom pensar no futuro, criar juízo. b) desconstrói a dimensão humana de Fabiano, reve-
lando um caráter frio e calculista, mais interessado
Ficava de boca aberta, vermelho, o pescoço inchado. em economizar e fazer fortuna, para poder “levan-
De repente, estourava: tar a cabeça”, do que no bem-estar da família, que
tentava sempre, com muito sofrimento, “espichar os
- Conversa. Dinheiro anda num cavalo e ninguém pode recursos minguados”.
viver sem comer. Quem é do chão não se trepa. c) reforça a visão romântica de mundo rural, em que
o sertanejo é visto como um herói brasileiro cujas
Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os características pertencem mais a uma idealização
bichos de Fabiano. E quando não tinha mais nada para do ideal europeu do que à dura realidade do sertão.
vender, o sertanejo endividava-se. Ao chegar a partilha, Assim, o leitor se aproxima mais dos ideais da obra.
estava encalacrado, e na hora das contas davam-lhe uma d) atrai o leitor para a obra, ao destacar a inteligência
ninharia. de Fabiano, que, embora calado, se revela conhe-
cedor da realidade em que vive e passa a procurar
Fonte: Ramos, Graciliano. Vidas Secas. Rio de Janeiro, São Paulo: Record, 2002, p. 92. maneiras de vencer os problemas.
e) torna o sofrimento de Fabiano mais intenso, reve-
lando a distância entre o desejo de levantar a cabeça
e a consciência de que “quem é do chão não se
trepa”. Desse modo, o leitor se convence mais facil-
mente do intenso sofrimento da personagem.
Questão 15
(Thiago de Mello)
As tabelas abaixo sintetizam os resultados de uma Leia o texto para responder à questão.
pesquisa com relação à prática da atividade física por
estudantes brasileiros das Instituições Federais de Dor de dentista
Ensino Superior, em 1997.
Dor de dente dá problema, e não é só o paciente que
Tabela 1 – Tipo de atividade física preferencial sofre. O medo da cadeira, o barulhinho insuportável do
motor, a boca aberta durante horas são alguns dos incô-
ATIVIDADE FÍSICA (%) modos que os pacientes costumam abominar. Só que o que
muita gente não sabe é que as longas sessões no consul-
CAMINHADA 25,52
tório odontológico causam muitas dores de cabeça, dores
CICLISMO / PATINAÇÃO 5,80 lombares, dores de coluna para os próprios dentistas. O
CORRIDA / NATAÇÃO 11,01 incômodo de ficar de boca aberta, anestesiado, por vezes
sequer se aproxima das consequências que o cirurgião-
GINÁSTICA / MUSCULAÇÃO / LUTA 17,02
dentista tem que enfrentar por permanecer na mesma
PARTIDA INDIVIDUAL 1,61 posição, durante a rotina diária.
PARTIDA EM EQUIPE 25,01
NENHUMA 14,04 Dados de um estudo feito em São Paulo, em 2002,
demonstram que 60% dos cirurgiões-dentistas admitiram
TOTAL 100%
sentir dores após o trabalho e 15,5% confirmaram ter ad-
TOTAL DE ALUNOS 317.595 quirido o problema durante o exercício profissional.
Tabela 2 – Forma de encarar a atividade física Tendinites ou tenossinovites de punho são as doenças
mais comuns, por causa dos movimentos repetitivos. Os
ATIVIDADE (%) dedos indicador e polegar, em seus movimentos de pinça,
sofrem intenso desgaste nos tendões, que podem levar a
LAZER 55,44
inflamações e edemas.
MANTER A FORMA 41,57
COMPETIÇÃO 2,99 Fonte: COUTINHO, P. Dor de dentista. Jornal da Imprensa. Goiânia. Disponível em: www.
jornaldaimprensa.com. Acesso em 3 de maio de 2009
TOTAL 100%
TOTAL DE ALUNOS 283.699
Com base em seus conhecimentos com relação à
prática da atividade física, o agravamento do quadro
Fonte: FONAPRACE. Perfil Socioeconômico e Cultural dos Estudantes de Graduação das citado no texto pode ser minimizado caso os cirur
Instituições Federais de Ensino Superior: Relatório Final da Pesquisa. Brasília, 1998.
Tabelas adaptadas giões-dentistas
Com base nas informações disponíveis, pode-se infe- a) mantenham a rotina profissional, mas procurem
rir que realizar os movimentos de forma mais lenta.
b) intercalem na rotina algumas atividades que esti-
a) a melhoria da saúde é a principal razão que leva os mulem a descontração muscular, principalmente
universitários à prática de atividades físicas. naquelas regiões envolvidas na tarefa.
b) os universitários não dispõem de recursos econômi- c) realizem as tarefas profissionais buscando outras
cos para a prática de atividades físicas. posições corporais.
c) a busca da eficiência nos movimentos fomenta um d) insiram atividades de fortalecimento muscular na
interesse maior dos universitários pelas atividades rotina diária, principalmente nas partes do corpo
físicas. afetadas.
d) em razão da necessidade e possibilidade, os uni- e) iniciem um programa de atividades físicas, visando
versitários praticam muitos esportes de forma à melhoria do condicionamento geral.
competitiva.
e) os universitários adotam os esportes competitivos
também como forma de lazer.
Texto 2
Texto 1
Sobre os diferentes recursos das linguagens utilizados na propaganda da campanha de vacinação dos idosos e no
quadrinho da turma da Mônica, pode-se dizer que
a) os temas básicos dos dois textos são parecidos. Assim, crianças ficam tristes por despedir-se do Anjinho no
temos os idosos felizes em poder dizer “adeus” à gripe e segundo texto.
as crianças contentes por poder compartilhar seus dons d) elementos sonoros aparecem apenas no primeiro texto.
musicais com o Anjinho. Assim, o movimento da mão do idoso é uma forma de
b) os elementos visuais e sonoros sugerem informações representação sonora; já as notas musicais não repre-
compreendidas com o auxílio da linguagem verbal. sentam sons em forma de desenho.
Assim, a “mão” da propaganda refere-se aos idosos e) os elementos verbais e visuais não se complementam
vacinados e o ruído ouvido pela Mônica e seus amigos é nos dois textos. Assim, a “mão” da propaganda não tem
produzido pelo Anjinho. nenhuma relação com o idoso; o mesmo ocorre com as
c) a tristeza é um tema presente nos dois textos. Assim, expressões da Mônica e de seus amigos e os ruídos que
os idosos despedem-se da gripe no primeiro texto e as ouvem do céu.
Amou daquela vez como se fosse o último FIGURA 1 – Laoconte, escultura em mármore do séc. I a.C., Museu do Vaticano, Roma
Beijou sua mulher como se fosse a única FIGURA 2 – Polykleitos, de Doryphoro, 440-450 a.C., Museu Nacional de Nápoles, Itália
E cada filho como se fosse o pródigo FIGURA 3 – Estátua de Kafre Sentado, proveniente de Gizé, datada do período de 2600
a.C., Museu Egípcio, Cairo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
FIGURA 4 – Ídolo cicládico, escultura em mármore, Syros, 2500-2000 a.C.
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico A representação da figura humana na escultura egíp-
Seus olhos embotados de cimento e tráfego cia, grega e romana evoluiu gradativamente, o que
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe pode ser observado pela maneira como as escultu-
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo ras, inicialmente estáticas e eretas, com os membros
Bebeu e soluçou como se fosse máquina colados ao corpo, foram pouco a pouco apresentando
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo os membros superiores e inferiores deslocados do
E tropeçou no céu como se ouvisse música tronco, adquirindo movimentos, rotação no torso,
E flutuou no ar como se fosse sábado definindo os músculos. Os artistas, conhecendo a ana-
E se acabou no chão feito um pacote tímido tomia cada vez mais, passaram a representar o corpo
Agonizou no meio do passeio náufrago com maior sofisticação, até alcançarem pleno conhe-
Morreu na contramão atrapalhando o público cimento da realidade anatômica e do movimento do
Fonte: Disponível em: www.chicobuarque.com.br. Acesso em 1 de maio de 2009 (com cortes) ser humano.
Na letra da música, o compositor Chico Buarque des- Assinale a alternativa que apresenta as figuras em
creve o dia de morte de um trabalhador da construção uma ordem da menos sofisticada à mais sofisticada
civil. De uma estrofe para outra, há a repetição da oração em relação à apresentação humana (anatomia, mus-
“como se fosse” em quase todos os versos. Qual o efeito culatura e elementos vazados).
produzido no texto pelo uso desse recurso linguístico?
Fonte: Folha de S.Paulo, Caderno Esportes, sexta-feira, 1 de maio de 2009 (com cortes) Questão 27
Texto 2 INCOMPATIBILIDADE
Neymar treina no Santos e é confirmado na decisão Oswaldo Montenegro
‘O pisão não foi no dedo machucado. Tomamos um susto E a intelectualidade
porque ele saiu chorando’, diz o técnico Pode dançar sem receio
Descanso é pra alimentar
SANTOS – O atacante Neymar participou normalmente E trabalhar sem anseio
do treino técnico do Santos, nesta sexta-feira, e está esca- Eu tô olhando pra ponta
lado para enfrentar o Corinthians, domingo às 16 horas, Mas não esqueço do meio
no Pacaembu, na finalíssima do Campeonato Paulista. Quem acha o corpo uma ofensa
Apesar do grande susto que deu no coletivo da véspera, Falo sem demagogia
não houve nada de grave com o atacante. Pode dançar essa noite
Ele dividiu a bola com Pará e sofreu um pisão no pé es- E amanhã pensar quem diria
querdo, caiu no campo e saiu carregado pelo massagista Quem não entendeu eu lamento
Gustavo Calixto, chorando muito. “Não foi nada”, mini- Quero que entenda algum dia aaahhhhhh
mizou o técnico Vágner Mancini na entrevista coletiva E bate louco bate criminosamente...
desta tarde. “O pisão não foi no dedo machucado. Ele foi Fonte: Disponível em: http://letras.terra.com.br/oswaldo-montenegro/47881/.
Acesso em 5 de maio de 2009
atingido apenas na unha de outro dedo e tomamos um
susto porque ele caiu chorando”, acrescentou.
O treinador aproveitou para negar que tenha armado Quais versos do poema expressam explicitamente a
uma contusão para Neymar, como estratégia para confun- ideia de que a dança pode ser relacionada com o bem-
dir o técnico Mano Menezes. “Ao contrário do que alguém estar da mente?
publicou, realmente Neymar deu um susto e não foi nada
arrumado. Já fiz isso em outro clube, mas agora não tem a) E a intelectualidade / Pode dançar sem receio.
nada disso.” b) Descanso é para alimentar / E trabalhar sem anseio.
c) Eu tô olhando pra ponta / Mas não esqueço do meio.
Fonte: O Estado de S. Paulo, Caderno Esportes, sexta-feira, 1 de maio de 2009 (com d) Quem acha o corpo uma ofensa / Falo sem demagogia.
cortes) e) Quem não entendeu eu lamento / Quero que enten-
da algum dia.
Leia o texto para responder à questão. Leia com atenção o fragmento abaixo.
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no Busca pelos equivalentes do aqui-e-agora
horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os ca- O que o terapeuta deve fazer quando um paciente
belos mais negros que a asa da graúna e mais longos que levanta uma questão envolvendo uma interação infeliz
seu talhe de palmeira. com outra pessoa? Geralmente, os terapeutas exploram
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a a situação profundamente e tentam ajudar o paciente
baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. a entender seu papel no processo, explorar as opções de
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem comportamentos alternativos, investigar a motivação
corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua consciente, adivinhar as motivações da outra pessoa
guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e e buscar padrões – isto é, situações semelhantes que o
nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que ves- paciente tenha criado no passado. Essa estratégia consa-
tia a terra com as primeiras águas. grada pelo tempo tem limitações: não somente o trabalho
Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da tende a ser racionalizado, mas é muito frequente que se
floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais baseie em dados imprecisos fornecidos pelo paciente.
fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia sil- O aqui-e-agora oferece uma maneira muito melhor de
vestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos. Escondi- trabalhar. A estratégia geral é descobrir um equivalente
dos na folhagem os pássaros ameigavam o canto. (...) do aqui-e-agora da interação disfuncional. Uma vez que
Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Er- isso for feito, o trabalho se tornará bem mais preciso e
gue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista imediato.
perturba-se. Fonte: YALOM, Irvin D. Busca pelos equivalentes do aqui-e-agora. In: Os Desafios da
Terapia. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006 (fragmento)
Diante dela e todo a contemplá-la, está um guerrei-
ro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da
floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o Considerando o fragmento, é possível inferir que o
mar; nos olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas enunciador defende a seguinte tese:
armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.
a) O terapeuta não deve discutir com o paciente as
Fonte: Alencar, José de, Iracema. São Paulo: Moderna, 2000. P. 24 (com cortes) dificuldades de interação relatadas por este.
b) O paciente, para resolver seus problemas de rela-
Ao relacionar o texto lido às características e ao pen- cionamentos interpessoais, deve investigar, com o
samento próprios do movimento literário Romantis- auxílio do terapeuta, as motivações das pessoas e
mo, pode-se afirmar: procurar entendê-las.
c) O paciente deve explorar ao máximo suas dificulda-
I. Revela preocupações próprias do Romantismo ao des de relacionamento nas sessões de psicoterapia.
descrever a índia Iracema e a natureza brasileira como d) O terapeuta, para tornar seu trabalho mais eficien-
dotadas de uma beleza superior. te, deve buscar um sucedâneo do aqui-e-agora da
II. Narra o primeiro encontro entre a musa tupiniquim e o situação interpessoal problemática relatada pelo
seu príncipe português. paciente.
III. O encontro entre Iracema e Martim, o guerreiro por- e) O aqui-e-agora do paciente fornece dados impreci-
tuguês, serve para explicar metaforicamente a origem do sos ao terapeuta.
povo brasileiro: misto entre índios e brancos.
IV. Excluí o elemento africano do processo de formação
da identidade brasileira, o que revela implicitamente certo
preconceito étnico comum no século XIX.
Estão corretas
a) apenas II e III.
b) apenas I, II e III.
c) apenas I, III e IV.
d) apenas II, III e IV.
e) todas.
Machado de Assis é famoso por trazer para seus Leia a notícia a seguir.
textos outros textos. Abaixo estão transcritas partes
do conto A Chave. Em qual das partes transcritas o Viagem ao fundo do mar
narrador faz uma referência explícita a uma imagem
poética da obra clássica Odisseia, de Homero? Visitamos um dos cinco submarinos brasileiros antes da
partida para a maior expedição já feita por uma de nossas
a) Não
sei se lhes diga simplesmente que era de madru- embarcações do gênero
gada, ou se comece num tom mais poético: a aurora,
com seus róseos dedos... A maneira simples é o que Por Karla Monteiro
melhor me conviria a mim, ao leitor, aos banhistas
que estão agora na Praia do Flamengo – agora, isto é, A capacidade de defesa de um país pode ser medida
no dia 7 de outubro de 1861, que é quando tem princí- pela quantidade de submarinos que ele tem. Os cinco paí-
pio este caso que lhes vou contar. ses que compõem o Conselho de Segurança da ONU são os
b) Imaginem os leitores um sujeito gordo, não muito únicos que contam com submarinos nucleares.
gordo – calvo, de óculos, tranquilo, tardo, meditati- – Submarinos são armas estratégicas, armas de dis-
vo. Tem sessenta anos: nasceu com o século. Traja suasão. Não temos para a guerra, mas, sim, para evitar a
asseadamente um vestuário da manhã; vê-se que é guerra – explica o almirante Bento de Albuquerque, chefe
abastado ou exerce algum alto emprego na adminis- da Força de Submarinos da Marinha. – Submarino confe-
tração. Saúde de ferro. Disse já que era calvo; equivale re poder militar.
a dizer que não usava cabeleira. Incidente sem valor, O Brasil tem 95% dos seus interesses no mar. O país
observará a leitora, que tem pressa. depende do mar. Os submarinos são fundamentais para
c) Calvo é o espírito. O Major Caldas cultivou as letras, que possamos ter condições de negar o uso do mar a quem
desde 1821 até 1840 com um ardor verdadeiramente tentar contrariar os interesses brasileiros. O pré-sal, por
deplorável. Era poeta; compunha versos com presteza, exemplo, fica a 300 quilômetros da costa.
retumbantes, cheios de adjetivos, cada qual mais calvo O submarino Tikuna acaba de partir para a maior
do que ele tinha de ficar em 1861. A primeira poesia foi missão de um submarino brasileiro. Saiu de Niterói no dia
dedicada a não sei que outro poeta, e continha em gérmen 1º de março e só retornará no final de agosto.
todas as odes e glosas que ele havia de produzir. Antes de zarpar, demos um jeitinho de penetrar no
d) O major ficou sentado a ver a filha, com o Jornal do Co- submarino para descobrir como, afinal de contas, 41
mércio aberto sobre os joelhos; tinha já luz bastante para homens grandes, fortes e sarados conseguem sobreviver
ler as notícias; mas não o fazia nunca antes de voltar a num espaço tão apertadinho, sem nenhuma comunicação
filha do banho. Isto por duas razões. Era a primeira a com o mundo, sob regras – literalmente – militares.
própria afeição de pai; apesar da confiança na destreza Até jogar baralho é proibido, embora outros jogos
da filha, receava algum desastre. Era a segunda o gosto sejam liberados, sabem Deus e o alto-escalão das Forças
que lhe dava contemplar a graça e a habilidade com Armadas por quê. O Tikuna tem 62 metros de compri-
que Marcelina mergulhava, bracejava ou simplesmente mento, seis metros de largura, cinco cabines, dois banhei-
boiava “como uma náiade”, acrescentava ele se falava ros e uma cozinha.
disso a algum amigo. – É como um Big Brother sem piscina e sem festas –
e) M arcelina era destemida; galgou a linha em que se define o capitão Nelson, comandante do Tikuna.
dava a arrebentação, e surdiu fora muito natural-
mente. O moleque, aliás bom nadador, não rematou a Fonte: MONTEIRO, Karla. Viagem ao fundo do mar. Megazine, suplemento de O Globo. Rio
de Janeiro, 21 de abril de 2009 (com cortes)
façanha com igual placidez; mas galgou também e foi
surgir ao lado da sinhá-moça. Nessa notícia, há fatos e opiniões. O trecho, extraído
do texto, que apresenta uma opinião sobre um fato é:
Questão 34
Da leitura de todos os elementos que compõem o car-
taz, é correto afirmar que o texto principal denuncia O texto apresenta algumas regras de concordância
que a violência doméstica contra a mulher nominal para o plural de palavras que designam cores.
a) atinge principalmente a mãe, e a ilustração apresen- O nome das cores, quando expresso por um adjetivo,
ta uma imagem negativa do agressor, sob o ponto de varia normalmente. Quando a cor é definida por um
vista da mulher. substantivo, em geral uma substância, flor ou fruto, a
b) atinge todos os membros da família, e a ilustração palavra resultante não se flexiona. Nas palavras compos-
apresenta uma imagem negativa do agressor, sob o tas, se pelo menos um dos termos é substantivo, o nome
ponto de vista de um dos filhos. não varia.
c) atinge principalmente os filhos, e a ilustração apre-
senta uma imagem negativa do agressor, sob o ponto Considere as seguintes frases:
de vista da mulher.
d) atinge todos os membros da família, e a ilustração I. O time da Holanda jogou com as camisas laranja.
apresenta uma imagem negativa do agressor, sob o II. O bebê tem olhos verdes como sua mãe.
ponto de vista do próprio agressor. III. Prefiro a decoração do consultório em tons pastel.
e) desestabiliza a família, e a ilustração apresenta uma IV. Meu irmão namora uma garota com olhos violetas
imagem negativa do agressor, sob o ponto de vista incríveis.
dos dois filhos.
De acordo com as regras dadas no texto, a concordân-
cia nominal está correta apenas em
Questão 33
a) I e II.
O romance Grande Sertão: Veredas, de Guimarães b) II e III.
Rosa, é construído sob forma de narrativa oral. c) III e IV.
Riobaldo, o narrador-personagem, conta sua vida a d) I, II e III.
um interlocutor que não tem participação direta nos e) I, II, III e IV.
fatos narrados.
Riobaldo se refere explicitamente a esse interlocutor,
no seguinte trecho transcrito do romance:
Leia o texto para responder à questão. Leia o texto para responder à questão.
a) concordância verbal.
b) pontuação. Questão 43
c) regência nominal.
d) colocação pronominal. Leia o texto para responder à questão.
e) concordância nominal.
POÉTICA
Editorial Fonte: PAES, José Paulo. Poesia Completa. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, p. 289
Março desponta ainda um tanto tímido no calendário Os comentários a seguir são adaptados de um texto
de 2009, espreguiçando-se de fevereiro. As aulas defini- crítico do professor Davi Arrigucci Jr. e se referem
tivamente recomeçam, e do carnaval o único legado são à obra do poeta José Paulo Paes. O trecho que mais
algumas lembranças. Mas, por isso mesmo, é também um adequadamente serve para analisar o poema lido é:
mês de renovação, de novas expectativas, tempo propício
para colocar a esperança para render juros selvagens no a) É visível o peso que a formação provinciana terá tido
universo paralelo da especulação. Isso me lembra meu na configuração interna da obra; o íntimo está sempre
velho, um senhor supimpa que a vida ensinou a chicote, e exposto, de modo que o cotidiano na província é um
que só não adotou o masoquismo como bandeira de salva- pouco teatro, tribunal e involuntário testemunho.
ção porque a perseverança sempre foi um de seus maiores b) São versos de tom sério e intimista, que encontravam
e mais admiráveis dons; por fim, ele sempre me dizia: em Carlitos, figura tão cara aos modernistas, um
“não basta ser bom, é preciso ser o melhor”. O melhor, emblema de sonho e liberdade, evocando a esperança
nesses tempos estranhos, talvez seja o menos pior. de uma nova ordem social.
c) A novidade radical é agora o corte seco da linguagem
Mas Hunter Thompson escreveu: “quando as coisas reduzida à forma breve, exigências de uma poesia
ficam estranhas, os estranhos viram profissionais”. É pos- sintética; é quando se vê assomar um mundo em mi-
sível que isso explique por que o nerd que sentava ao seu niatura: o todo no mínimo.
lado na época da faculdade – aquele mesmo, que atolou d) Nesse singelo e extraordinário poema, em que uma
toda a vida social na lápide de um blog assinado por um equação amorosa nascida das coisas simples se ex-
pseudônimo – hoje ganhe 15 vezes mais que você para pande, a partir da declaração de amor à musa eterna,
trabalhar em casa, de cueca, três horas por dia. Dora.
Esta é nossa primeira edição na tão aguardada Era de e) Além do traço de mistura dos gêneros, destaca-se nos
Aquários: os astros conspiram, baby; conspiremos nós versos sua forma incisiva, voltada para o comentário
também, pois. irônico ou corrosivamente satírico da vida pública.
Fonte: Revista UP!- Jovem inteligente. Ano 3, no. 16, março de 2009, p. 12 (com cortes)
REFORMA ORTOGRÁFICA: MAIS CUSTOS QUE A fim de explicitar o que pensa da nova reforma
BENEFÍCIOS ortográfica, a autora utiliza palavras que relativizam
sua importância e a caracterizam negativamente. É o
Thaís Nicoleti de Camargo caso, no primeiro parágrafo, das palavras
FONTE: Folha de S. Paulo, 22 de abril de 2009, p. A3 (com cortes) Fonte: MAIS BRASIL. Disponível em: www.maisbrasil.gov.br/campanha.php?UF=DF.
Acesso em 28 de abril de2009
O trecho que melhor retoma e ilustra a tese, já ex- a) reforçar a ideia de que haverá mais aeroportos para
pressa no título, acerca das implicações financeiras os brasileiros.
da nova reforma ortográfica é b) enfatizar o fato de que Brasília terá o maior aero-
porto do Brasil.
a) “em favor do estímulo ao intercâmbio”. c) destacar que Brasília terá o aeroporto mais seguro e
b) “simplificação de documentos oficiais”. confortável do país.
c) “vultoso gasto de energia e recursos”. d) ressaltar que um número maior de brasileiros pode-
d) “inconsequência do projeto em si”. rá utilizar o aeroporto.
e) “inconstância nos critérios de regularização”. e) salientar que aumentarão a segurança e o conforto,
mantendo-se o tamanho do aeroporto.
Leia o texto para responder à questão. Na teoria das Inteligências Múltiplas, Howard
Gardner (1985) define inteligência como a habilidade
VOCÊ TEM UM VIDEOCURRÍCULO? para resolver problemas ou criar produtos que sejam
Ferramenta dá uma visão mais ampla do candidato ao significativos em um ou mais ambientes culturais e
emprego, o que facilita a escolha pelo recrutador lista sete tipos de inteligência, afirmando que o ser
humano comumente faz uso de mais de um tipo ao
Marília Costa e Silva mesmo tempo:
Quando se fala em currículo, o que vem à cabeça 1) linguística (habilidade para usar a linguagem para con-
são as folhas em papel ou as imagens de um documento vencer, agradar, estimular ou transmitir ideias).
eletrônico confeccionado no editor de texto com o nome, 2) lógico-matemática (sensibilidade para padrões, ordem e
endereço, experiências profissionais, cursos e vivências do sistematização).
candidato a emprego. 3) espacial (habilidade para manipular formas ou objetos
Sabendo que a criatividade pode ser um diferencial mentalmente e, a partir das percepções iniciais, criar ten-
na hora de conseguir uma colocação, muita gente está são, equilíbrio e composição, numa representação visual
descobrindo que existem, além do currículo tradicional, ou espacial).
outras formas de se mostrar para o mercado. Uma delas é 4) musical (habilidade para apreciar, compor ou reprodu-
o videocurrículo. zir uma peça musical).
Usando imagens e sons, a pessoa que busca uma 5) cinestésica (habilidade para usar a coordenação grossa
colocação no mercado pode gravar um pequeno vídeo ou fina em esportes, artes cênicas ou plásticas no controle
para falar diretamente com as empresas, registrando seus dos movimentos do corpo e na manipulação de objetos
objetivos profissionais e suas experiências anteriores. com destreza).
Segundo o consultor técnico Emerson Jordão, como 6) interpessoal (habilidade para entender e responder
a internet tende a ser menos pessoal, esse novo tipo de adequadamente a humores, temperamentos, motivações e
currículo dá uma visão mais ampla do candidato, para desejos de outras pessoas).
aqueles que contratam e pode ser um ponto decisivo para 7) intrapessoal (habilidade para ter acesso aos próprios
a escolha, já que permite uma exposição muito mais deta- sentimentos, sonhos e ideias, para discriminá-los e lançar
lhada de quem busca o emprego. mão deles na solução de problemas pessoais.)
Além de enviar o videocurrículo para o empregador, o
candidato pode optar por postá-lo no próprio site pessoal Imagine que uma pessoa esteja ouvindo uma músi-
como forma de divulgar sua mão de obra. ca em um show ao vivo e ela seja instigada a dançar
a noite inteira. Que tipos de habilidade ela poderia
Fonte: Jornal O Popular. Goiânia, 20/10/2008, p. 14 (com cortes) estar praticando?
SIC
apresaéiminigadaprefeição
Fonte: PAES, José Paulo. Poesia Completa. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, p. 300
Vocabulário
SIC: assim, deste modo; palavra que indica que, numa
citação, o texto original está reproduzido exatamen-
te, por errado ou estranho que possa parecer.