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INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE ©
Autor: Maph Editora
Esta publicação é obra intelectual protegida pela Lei de Direitos Autorais (Lei
9.610/1998).
SUMÁRIO
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Introdução à Contabilidade © 3
Paulo Henrique Teixeira é Contador e mora em Curitiba - PR. Auditor e Consultor Tributário
de várias empresas no Estado do Paraná e Santa Catarina, autor de várias obras, entre as
quais: Auditoria Tributária, Defesa do Contribuinte, Auditoria Contábil, Auditoria Gerencial,
Controladoria Empresarial, Contabilidade Introdutória, Auditoria Trabalhista, Contabilidade
Tributária e Gestão Tributária (as duas últimas, em co-autoria com Júlio César Zanluca).
Atributo da Contabilidade
É a ciência que estuda e pratica, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das
entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o
fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado
econômico decorrente da gestão da riqueza econômica.
(Prof. Hilário Franco)
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FUNÇÕES
FINALIDADES
Controle: a administração através das informações contábeis, via relatórios pode certificar-se
na medida do possível, de que a organização está agindo em conformidade com os planos e
políticas determinados.
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inexatos. Somente os dados retirados dos livros contábeis merecem boa-fé, tanto para fins
comerciais, tributários, civis e principalmente para decisões judiciais.
Pública: é o principal instrumento de controle e fiscalização que o governo possui sobre todos
os seus órgãos. Estes estão obrigados à preparação de orçamentos que são aprovados
oficialmente, devendo a Contabilidade pública registrar as transações em função deles,
atuando como instrumento de acompanhamento dos mesmos. A Lei nº 4.320/64, constituindo-
se na carta magna da legislação financeira do País, estatui normas gerais para a elaboração e
controle dos orçamentos e balanços públicos.
POSTULADOS
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A Entidade (empresa) não se confunde com a pessoa física do sócio, juridicamente são duas
pessoas distintas: a pessoa física e a pessoa jurídica, com obrigações diferentes. Exemplo: a
empresa contrai uma dívida, caso não a pague será executada ( a empresa é executada não o
sócio). A mesma coisa acontece se o sócio contrair dívida, quem é executado é o sócio não a
empresa.
Outro exemplo, quando o sócio tira dinheiro da empresa: a contabilidade deve registrar ou
como retirada de pró-labore, retirada de lucros, empréstimos, etc. Se o sócio saca mais
dinheiro do que relativo aos lucros, pró-labore, e por esse motivo a empresa vai mal, o sócio é
condenado a devolver o dinheiro à empresa ou assumir as dívidas com os fornecedores.
Observa-se que este postulado é importante na medida em que ele identifica o campo de
atuação da Contabilidade, pois onde existir patrimônio administrável existirá certamente a
Contabilidade.
Como o próprio nome diz a empresa deve ter continuidade, é função da contabilidade
primorar pela continuidade da empresa. O Auditor Independente emite parecer sobre as
condições em que a contabilidade de encontra: consistência, observação dos regimes, é
obrigação do Auditor ressalvar o seu parecer se por algum motivo a empresa está em situação
de descontinuidade. Exemplo: crise financeira, incapacidade produtiva, multas de elevado
valor impagáveis pela empresa, etc.
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS
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Princípio do Custo como Base de Valor: sua aplicação é importante para a Contabilidade na
medida em que ele descarta a possibilidade do uso de valores subjetivos para o registro dos
bens, estabelecendo que seja utilizado o valor que a entidade sacrificou no momento de sua
aquisição.
Os valores registrados na contabilidade sempre terão como base o preço de aquisição, o valor
que certo produto custou à empresa. Exemplo: Comprou-se uma mercadoria por R$ 100,00,
no início do ano; no final do ano a mercadoria continua no estoque e o fornecedor está
vendendo a mesma mercadoria por R$ 180,00; na Contabilidade permanece o valor registrado
por R$ 100,00, ou seja o custo pago na ocasião da aquisição.
E o caso da reavaliação de bens, mais utilizada para imóveis? Onde o valor do bem é
reavaliado pelo preço de mercado?
De acordo com a teoria contábil do lucro, as receitas são consideradas realizadas no momento
da entrega do bem ou do serviço para o cliente e neste momento, todas as despesas que foram
necessárias à realização daquelas receitas devem ser computadas na apuração do resultado.
Assim, ao relacionar as despesas com as receitas, o resultado estará sendo apurado e poderá
refletir o mais próximo possível a realidade da entidade.
Exemplo:
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Para toda a receita deve existir um sacrifício (despesa) correspondente. Estaria incorreta a
Contabilidade se tivesse registrado o custo de apenas 500 unidades, demonstrando, assim, um
lucro maior do que o real. A receita e a despesas devem ser confrontadas no mesmo exercício
a que competirem.
Exemplo: no Brasil admite-se como moeda somente o Real (R$). Todos os balanços devem
ser elaborados com base no Real (moeda nacional).
Princípio da Competência: estabelece que as receitas e as despesas devem ser atribuídas aos
períodos de sua ocorrência, independentemente de recebimento e pagamento. A receita ou a
despesas deve ser contabilizada no momento em que ela foi incorrida (aconteceu) e não
quando foi recebida ou paga, respectivamente.
Exemplos:
-Água, luz, telefone referente competência dezembro/x1 e pagas em janeiro do ano seguinte,
pelo regime de competência devem ser contabilizadas no mês de dezembro/x1;
-Juros e Encargos financeiros da conta corrente e conta garantida, bem como despesas
bancárias relativos a dezembro/x1 e debitados em janeiro do ano seguinte, devem ser
contabilizadas em dezembro/x1
-Outras despesas referentes aos meses de novembro/x1 e dezembro/x1, pagas somente no ano
seguinte, devem ser contabilizadas no mês de sua competência, ou seja, novembro/x1 e
dezembro/x1;
CONVENÇÕES CONTÁBEIS
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As convenções são mais objetivas e têm a função de indicar a conduta adequada que deve ser
observada no exercício profissional da Contabilidade. São: convenção da objetividade, da
materialidade, da consistência e do conservadorismo.
Exemplo:
Bens do imobilizado de pequeno valor não devem ser contabilizados no Ativo Imobilizado,
mas sim em contas de resultado (despesas), devido o custo de controlar contabilmente um
bem de pequeno valor.
Ex.: um grampeador, que custa R$ 30,00 e cuja vida útil chega a quase 05 anos. O custo de
manter um sistema ou planilha de depreciação, bem como os lançamentos contábeis ao longo
de sua vida útil inviabiliza o trabalho do contador. É o mesmo tempo que se utiliza para
controlar um empréstimo de milhares ou milhões de Reais.
Exemplo: Se utilizar a depreciação para veículos a 15% ao ano, deverá fazer no período todo,
procurando não alterar nos próximos exercícios, para fins de análise, porém se for necessário
a alteração mencionar em notas explicativas (que é parte componente das Demonstrações
Financeiras) que a depreciação de veículos no exercício foi alterada de 15% ao ano para 20%.
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situação cujo resultado final, favorável ou desfavorável, somente será confirmado caso
ocorram, ou não ocorram, um ou mais eventos futuros incertos (Resolução CFC 750-93).
Exemplo:
O Conservadorismo significa cautela, ou seja, os ativos devem ser registrados apenas quando
tidos como líquidos e certos e as dívidas provisionadas mesmo quando incerto a obrigação do
pagamento.
Patrimônio
O PATRIMÔNIO
O patrimônio constitui-se de uma parte com valores positivos, denominada ativo, e de uma
parte com valores negativos denominada passivo. O ativo é formado pelos bens e direitos e o
passivo pelas obrigações. O excesso do ativo sobre o passivo é o capital, conhecido como
patrimônio líquido que aparece no passivo, para completar a igualdade entre o total do ativo e
o do passivo, resultando na equação patrimonial.
ATIVO:
Representa a parte dos valores positivos do patrimônio, tudo aquilo que a entidade possui ou
que ela tem a receber de terceiros. Abrange o conjunto de bens e direitos da entidade.
Os elementos que compõe o ativo são revestidos de algumas características especiais, tais
como: devem apresentar a potencialidade de gerar benefícios econômicos para a entidade,
devem ser um recurso econômico, devem ser de propriedade ou estar na posse de alguma
entidade contábil e devem ser mensuráveis monetariamente.
PASSIVO:
Representa todas as obrigações financeiras que uma empresa tem para com terceiros,
provenientes de transações passadas, realizadas a prazo, com data de vencimento e
beneficiário certo e conhecido. Todas as contas do passivo representam os valores negativos
do patrimônio.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO:
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É o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física ou jurídica, com
finalidade definida e mensurável economicamente. Tem-se do lado esquerdo o conjunto de
bens e direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa, e o lado direito inclui as obrigações a
serem pagas por essa pessoa ou essa empresa.
Sendo o Patrimônio é o conjunto de Bens, Direitos e Obrigações de uma empresa. Veja o que
significa cada um destes componentes:
Do ponto de vista contábil, Bem é tudo o que uma empresa possui, seja para uso, troca ou
consumo.
Exemplo:
Desses três, as prateleiras são Bens de uso da empresa; os discos são Bens de troca e o papel
para embalagem é um Bem de consumo.
• Móveis: são aqueles que podem ser removidos de seu lugar natural por força
própria ou alheia. Exemplo: mesa, máquina, veículo etc.
• Imóveis: são aqueles que não podem ser removidos do seu lugar natural. Exemplo:
terrenos, casas, sítios etc.
Exemplos:
• Duplicatas a Receber
• Promissórias a Receber
Exemplos:
• Duplicatas a Pagar
• Promissórias a Pagar
• Impostos a Pagar
Veja:
ATIVO PASSIVO
A Contabilidade atribui, com muita lógica, um nome para cada um dos lados do gráfico:
Patrimônio
ATIVO
Bens
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Direitos
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O lado esquerdo do gráfico recebe o nome de Ativo, pois é composto pelos Bens e Direitos,
Patrimônio
PASSIVO
Obrigações
O lado direito do gráfico recebe o nome de Passivo, pois é composto pelas Obrigações, as
quais formam o grupo dos elementos negativos da empresa.
Partindo-se do princípio de que os elementos positivos (Ativo = Bens e Direitos) devam ser
superiores aos elementos negativos (Passivo = Obrigações), aparecerá no gráfico um terceiro
grupo de elementos que denominaremos Patrimônio Líquido.
Esse terceiro grupo corresponde exatamente à diferença entre o Ativo (Bens e Direitos) e as
Obrigações, e será colocado no lado do Passivo para assegurar a igualdade entre os dois lados.
Patrimônio
ATIVO PASSIVO
Bens
Direitos Obrigações
Patrimônio Líquido
Note que tem dois grupos de elementos patrimoniais de cada lado. Veja, agora, quais são os
elementos que compõem esses grupos:
Os grupos dos Bens, Direitos e Obrigações podem ser entendidos facilmente; porém, o
mesmo pode não ocorrer em relação ao Patrimônio Líquido.
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ATIVO PASSIVO
Em relação ao quadro anterior foi acrescentado, ao lado direito, o Patrimônio Líquido (PL)
para equilibrar as contas, pois o patrimônio líquido representa a diferença entre os bens e
direitos (Ativo) e as obrigações (Passivo).
O PL está representado ao lado direito por convenção, pois o intuito da empresa é o de que o
Ativo seja sempre maior que o Passivo (ter mais bens e direitos do que obrigações), por isso
o PL fica ao lado direito para equilibrar a balança.
Sendo o patrimônio o conjunto de bens, direitos e obrigações com terceiros e capital próprio,
a equação fundamental do patrimônio é assim definida:
Substituindo os termos bens e direitos por ativo, obrigações com terceiros por passivo, e
capital próprio por patrimônio líquido, podermos afirmar que:
A - P = P.L.
Supondo que a entidade venda todos os seus bens, receba todos os seus direitos e pague todas
as suas obrigações com terceiros, a sobra ou situação líquida é o capital próprio, que é
denominado pela Contabilidade de patrimônio líquido.
De acordo com a Lei nº 6.404/76 que regulamenta as sociedades por ações (S.A.), as contas
do ativo devem ser alocadas em ordem decrescente do grau de liquidez (capacidade de
pagamento), enquanto as contas do passivo devem ser alocadas de acordo com o prazo das
exigibilidades.
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Podemos visualizar esta obrigação no balanço patrimonial que é um instrumento contábil que
indica em um determinado momento a situação financeira, econômica e patrimonial de uma
entidade e no qual as contas são classificadas nos seguintes grupos:
1. Ativo Circulante: composto pelos bens e direitos que irão ser convertidos em dinheiro, no
prazo de até 12 (doze) meses. Divide-se nos subgrupos: disponível, realizável a curto prazo,
estoques e despesas antecipadas.
1.1 Disponível: composto pelas exigibilidades imediatas, representadas pelas contas de caixa,
bancos conta movimento, cheques para cobrança e aplicações financeiras.
1.2 Realizável a Curto Prazo: registra-se os direitos a receber no prazo de até 12 (doze)
meses, representados pelas seguintes contas Duplicatas a receber, Impostos a recuperar e
outros Créditos
1.3 Estoques: representam os bens destinados à venda e que variam de acordo com a
atividade da entidade. Ex: produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas e
mercadorias.
2. Ativo Realizável a Longo Prazo: composto pelos direitos que serão recebidos após o
término do exercício seguinte, isto é, após 12 (doze) meses. Exemplo: duplicatas a receber (+
12 meses), empréstimos a sócios.
Independente do prazo, ainda são classificadas neste grupo, de acordo com a Lei nº 6.404/76,
as seguintes contas: adiantamentos a sócios, adiantamentos à acionistas, empréstimos à
coligadas, empréstimos à controladas, etc...
3. Ativo Permanente: compreende os bens fixos necessários para que a entidade alcance seus
objetivos. Divide-se nos subgrupos: investimentos, imobilizado e diferido.
3.1 Investimentos: são todas as aplicações de recursos que não tem por finalidade o objetivo
principal da entidade. Ex: imóveis para aluguel, terrenos para expansão, ações em outras
empresas, participação em empresas coligadas, participação em empresas controladas e obras
de arte.
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4. Passivo Circulante: composto por todas as obrigações com prazo de vencimento em até 12
(doze) meses. Ex. fornecedores, salários a pagar, provisão para férias, Obrigações Sociais,
Obrigações Fiscais e Tributárias e empréstimos bancários.
5. Passivo Exigível a Longo Prazo: representa as obrigações com prazo de vencimento após
12 (doze) meses. Ex: empréstimos bancários e financiamentos. Neste grupo também são
classificadas as seguintes contas: adiantamentos de sócios, adiantamentos de acionistas,
empréstimos de coligadas e empréstimos de controladas.
7. Patrimônio Líquido: representa o capital que pertence aos proprietários. Ex: capital social,
reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros (legal, estatutária,
contingência, investimentos e lucros a realizar), lucros acumulados ou prejuízos acumulados.
7.1 Capital Social: discrimina o valor subscrito e o valor que ainda será realizado pelos
sócios ou acionistas.
7.2 Reservas
7.2.1 Reservas de Capital: são as contas que registram doações recebidas, eventualmente,
pela entidade. No caso de sociedades anônimas, o ágio na emissão de ações, o produto da
alienação de partes beneficiárias, entre outras.
7.2.3 Reservas de Lucros: são reservas originados dos lucros e destinadas para
reenvestimento na empresa. Exemplo: Na Assembléia dos acionistas ou no próprio
contrato social os sócios (ou acionistas) determinam que X por cento do lucro da
empresa, não será distribuído aos sócios e deverá permanecer como uma reserva para a
aplicação na atividade da empresa (reserva para compra de imobilizado com o objetivo de
não descapitalizar a empresa).
7.3 Lucros ou Prejuízos Acumulados: registra os resultados acumulados pela empresa, quando
ainda não distribuídos aos sócios, ao titular ou ao acionista.A diferença para a Reserva de
Lucros, acima mencionada, é a de que os Lucros Acumulados estão à disposição dos sócios
para distribuição ou não e a Reserva de Lucros já foi destinada a permanecer na empresa e
não poderá ser distribuída.
BALANÇO PATRIMONIAL
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ATIVO PASSIVO
1. Ativo Circulante 4. Passivo Circulante
- 1.1 Disponível ( caixa, bancos, aplic.fin) - Fornecedores
- 1.2 Realizável a Curto Prazo (Dupls a receber) - Empréstimos
- 1.3 Estoques ( de mercadorias, produtos) - Tributos a pagar
- 1.4 Despesas antecipadas ( exercício seguinte) 5. Passivo Exigível a Longo Prazo
2. Ativo Realizável a Longo Prazo - Obrigações a vencer após 12 meses
-Créditos realizáveis (a receber após 12 meses) 6. Resultado de Exercício futuro
3. Ativo Permanente 7. Patrimônio Líquido
- 3.1 Investimentos ( participação em empresas) - 7.1 Capital Social
- 3.2 Imobilizado (imóveis, veículos, máquinas) - 7.2 Reservas
- 3.3 Diferido ( gastos a amortizar em 04 anos) - 7.3 Lucro ou Prejuízo acumulado
Além dessas pessoas (fornecedores e clientes), existem outras que, em função do próprio
desenvolvimento normal da empresa, com ela se relacionam prestando-lhe serviços (energia
elétrica, telefone etc.), exigindo-lhe impostos etc.
• compras;
• vendas;
• pagamentos
• recebimentos
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Compreende a receita bruta das vendas de bens e serviços prestados em operações realizadas
pela empresa.
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quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário (parágrafo único
do art. 31 da Lei 8981/1995).
Os impostos não cumulativos citados correspondem ao IPI e ao ICMS quando cobrado como
substituição tributária.
Desta forma, para que se possa aplicar o conceito legal de Receita Operacional Bruta, é
recomendável que a empresa que contabiliza o IPI e o ICMS como Receita de Vendas, o faça
em conta de “Faturamento Bruto” e não em “Receita de Venda de Produtos”, ficando assim o
plano de contas da empresa:
Faturamento Bruto
(-) IPI Faturado
(-) ICMS Substituição Tributária
(=) Receita Bruta de Vendas e Serviços
Devoluções de Vendas
Abatimentos
Nessa conta serão registrados os descontos incondicionais concedidos aos clientes relativos às
vendas e serviços.
A receita bruta deve ser registrada pelos valores totais, incluindo os impostos sobre ela
incidentes (exceto IPI e ICMS substituição tributária), que são registrados em contas
devedoras. Desta forma, os valores dos impostos incidentes sobre as vendas, tais como: ISS,
ICMS, PIS, COFINS, serão diminuídos da receita bruta.
Estas contas registram os custos de bens ou serviços vendidos. Para maiores detalhamentos
sobre a composição dos Custos das Vendas.
Nota: o § 1º do art. 13 do Decreto-Lei 1598/77 dispõe:
“O custo de produção dos bens ou serviços vendidos compreenderá, obrigatoriamente:
a) o custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços aplicados ou consumidos na
produção, observado o disposto neste artigo;
b) o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta, manutenção e guarda das
instalações de produção;
c) os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos bens aplicados na
produção;
d) os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção;
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Nesse grupo são incluídos os juros, os descontos e a atualização monetária pré-fixada, além
de outros tipos de receitas ou despesas, bem como aquelas decorrentes de aplicações
financeiras.
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Nesse grupo são segregados os resultados não operacionais, ou seja, aqueles decorrentes de
outras operações não ligadas às atividades principais ou acessórias da empresa, tais como:
Nessas contas devem ser registrados os valores relativos à Contribuição Social Sobre o Lucro
e do Imposto de Renda devido sobre o resultado ajustado de adições e exclusões ao Lucro
Real:
- a título de Imposto de Renda sobre o lucro calcular uma alíquota de 15% sobre o resultado e
ajustes, acrescido de um adicional de Imposto de Renda de 10%, quando o lucro tributário
ultrapassar a R$ 240.000,00;
- a título de Contribuição Social, calcular a uma alíquota de 9% sobre o resultado contábil
ajustado.
As contas de resultado são contas periódicas. Isso quer dizer que a cada exercício social os
saldos dessas contas são encerrados para se apurar o resultado, através da confrontação
ordenada e sucessiva de tais saldos, conforme dispõe a legislação comercial e os princípios
contábeis fundamentais.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
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Escrituração
Para que o controle do Patrimônio seja eficaz, a Contabilidade precisa registrar todos os fatos
que ocorrem na empresa. Esse registro é feito através da escrituração.
Em 1.494, o frei e matemático Luca Pacciolo divulgou o método das “Partidas Dobradas”,
que se mostrou o mais adequado, produzindo informações úteis e capazes de atender a todas
as necessidades dos usuários para gerir o patrimônio, tornando-se um marco na evolução
contábil.
O método das “Partidas Dobradas” consiste no princípio no qual para todo débito em uma
conta, existe simultaneamente um crédito, da mesma maneira que a soma do débito será igual
a soma do crédito, assim como a soma dos saldos devedores será igual a soma dos saldos
credores. Para toda a conta devedora há uma conta credora.
A escrituração, uma das técnicas utilizadas pela Contabilidade, consiste em registrar nos
livros próprios (Diário, Razão, Caixa e Contas-correntes) todos os fatos que provocam
modificações no Patrimônio da empresa.
A escrituração começa pelo livro Diário, onde os fatos são registrados de forma mercantil,
através do lançamento, obedecendo a uma disposição técnica em ordem cronológica.
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Contas
Conta é o nome técnico dado aos componentes patrimoniais (Bens, Direitos, Obrigações e
Patrimônio Líquido) e aos elementos de resultado (Despesas e Receitas).
É através das contas que a Contabilidade consegue desempenhar seu papel. Todos os
acontecimentos que ocorrem na empresa, responsáveis pela sua gestão, tais como compras,
vendas, pagamentos e recebimentos, são registrados nos livros próprios através das contas.
Exemplo:
Contas Patrimoniais
ATIVO PASSIVO
Bens Obrigações
Caixa Fornecedores
Veículos
Exemplos:
Água e Esgoto
Energia Elétrica
Material de Limpeza
Salários
Exemplos:
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Vendas de Mercadorias
Receitas de Serviços
Lançamento
É o registro dos fatos contábeis realizado através do método das partidas dobradas, sendo a
partida devedora representada pela aplicação do recurso e a partida credora sendo
representada pela origem do recurso.
D: Aplicação
C: Origem
Os lançamentos atendem a duas funções: histórica que consiste na narração do fato em ordem
cronológica (dia, mês, ano e local) e monetária que compreende o registro da expressão
monetária dos fatos e o seu agrupamento conforme a natureza de cada um. E devem ser
escriturados de acordo com algumas disposições técnicas, tais como: evidenciar o local e a
data do registro, a(s) conta(s) debitada(s), a(s) conta(s) creditada(s), o histórico da operação e
o valor da operação.
Ex.: Compra de um computador, em Curitiba-PR, no dia 18.11.2004, das Casas Bahia S/A,
conforme nota fiscal nº 1.000, no valor de R$ 3.000,00, com cheque 110 Bradesco S/A.
Lançamento:
Curitiba-PR, 18.11.2004
Histórico
Acima verifica-se como funciona o sistema das Partidas Dobradas, ou seja, para cada débito
há um crédito equivalente em valor igual. O fato administrativo foi a compra de um
computador à vista, tendo como forma de pagamento a emissão do cheque 110 do Bradesco
S/A. O Contador escriturou (registrou) o fato utilizando o método das partidas dobradas: todo
o valor debitado a um valor creditado. Na seqüência estaremos estudando sobre a sistemática
do débito e do crédito, sem maiores dificuldades.
Portanto, lançamento é o meio pelo qual se processa a escrituração, onde todos os fatos que
ocorrem na empresa são registrados nos livros próprios, através de uma técnica chamada
lançamento. O lançamento é composto dos seguintes elementos essenciais:
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d. Histórico.
e. Valor.
Exemplo:
Fato: Compra de um automóvel, em dinheiro, conforme Nota Fiscal n.º 801, da Casa de
Veículos São Paulo, por R$ 50.000,00, datada de 20/11/2004.
Procedimentos:
Se não houver documento idôneo que comprove a ocorrência do fato, este não poderá ser
contabilizado.
No exemplo, o documento emitido foi a Nota Fiscal n.º 801, da Casa de Veículos São Paulo.
Todo fato ocorre em forma de troca. Logo, existem pelo menos dois elementos envolvidos.
• Dinheiro;
• automóvel.
4º) Verificar no Plano de Contas que conta deveremos utilizar para registrar cada
um dos elementos identificados no item anterior:
O histórico consiste em relatar o fato. Este relato deve conter apenas os dados necessários
para o bom esclarecimento do evento. São indispensáveis os três elementos a seguir:
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Assim:
Compra à vista de um automóvel, conforme Nota Fiscal n.º 801, da Casa de Veículos São
Paulo.
Lembre-se de que o histórico deve satisfazer tanto a conta do débito como a do crédito, ou
seja, precisa ser completo. No exemplo acima, o histórico explica o que aconteceu na conta de
débito e do Crédito, pois:
- na conta veículos: fica identificado que foi adquirido um computador, conforme nota fiscal
da empresa tal;
- na conta do caixa: fica evidenciado que foi efetuado um pagamento à Casa de Veículos São
Paulo
Sempre o responsável pelo lançamento deve mentalizar se o histórico está completo em cada
conta contábil, até porque nos sistemas contábeis, ao efetuar o lançamento contábil, surgem
campos para histórico do débito e do crédito. O histórico também é importante pois justifica o
motivo pelo qual o lançamento foi efetuado na conta.
Exemplo: ao emitir o livro razão de certa conta, o histórico é um forte indício para verificar se
o lançamento está correto ou não na conta. Caso o histórico esteja estranho uma coisa é certa:
ou o histórico está errado ou o lançamento foi contabilizado em conta errada, isto é, se na
conta de veículos existir um lançamento de aquisição de computador, verifica-se rapidamente
que houve um erro, uma inversão de contas. Isto posto, faz-se necessário prestar muita
atenção em relação aos históricos.
AT I VO PA S S I V O
Bens e Direitos Obrigações
Dinheiro (caixa); Depósitos Bancários; Fornecedores a pagar
Clientes ( duplicatas a receber) Empréstimos a pagar
Mercadoria (estoque) Tributos a pagar
Imóvel, máquinas, veículos, computador; Outras Contas a Pagar
DEBITA: AUMENTA BENS E DIREITOS DEBITA: DIMINUI OBRIGAÇÕES
CREDITA: DIMINUI BENS E DIREITOS CREDITA: AUMENTA OBRIGAÇÕES
Exemplo 1
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Introdução à Contabilidade © 27
Resumindo: Debita a conta de veículos no Ativo pelo fato que aumentou o Ativo
Credita a conta de Fornecedores pelo fato que aumento o Passivo
A sistemática de débito e crédito é uma convenção e deve ser seguida como demonstrado
acima, qualquer outro raciocínio leva a erros. Uma pergunta que sempre fica no ar é: Por quê
o saldo bancário da empresa é credor, conforme extrato, e na Contabilidade da empresa está
registrado como devedor???
Acontece que contabilmente os Ativos têm natureza devedora, como vimos, quando aumenta
o Ativo faz-se lançamento a débito. Conta com Saldo Credor no Ativo significa que há algo
errado na contabilidade. Por sua vez, o Passivo possui natureza credora, pois credita-se as
contas do Passivo quando há o seu aumento E o extrato??? A Contabilidade do Banco segue
as mesmas regras, porém deve-se notar que o extrato bancário está demonstrando a
Contabilidade do Banco e nele consta que o Banco tem uma obrigação com nossa empresa,
por isso aparece com o saldo credor.
Exemplo 2
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Em 25/08/2004, a empresa paga a obrigação (dívida) com a Barigui Veículos Ltda, no valor
de R$ 15.000,00, em dinheiro
Resumindo: Debita a conta de Fornecedores pelo fato que o pagamento diminui o Passivo
Credita a conta de Caixa pelo fato que diminui o Ativo.
Para complicar um pouco o débito e o crédito, as despesas e custos devem ser debitadas e as
Receitas lançadas a crédito.
AT I VO PA S S I V O
Bens e Direitos Obrigações
Dinheiro (caixa); Depósitos Bancários; Fornecedores
Clientes ( duplicatas a receber) Empréstimos a pagar
Imóvel, máquinas, veículos, computador; Tributos a pagar
Outras Contas a Pagar
DEBITA: AUMENTA BENS E DIREITOS DEBITA: DIMINUI OBRIGAÇÕES
CREDITA: DIMINUI BENS E DIREITOS CREDITA: AUMENTA OBRIGAÇÕES
Portanto, como foi comentado, o raciocínio do DÉBITO e o CRÉDITO deve ser feito de
acordo com a convenção acima citada, qualquer outra forma é passível de erros.
NOTAS:
Resumindo:
Contas de Resultado
Débito Crédito
Despesas Receita
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Debita - Veículos
Credita - Caixa
Compra de um automóvel, conforme Nota Fiscal nº 801 da Casa de Veículos
São Paulo. 50.000,00
Observação:
Como se pôde observar, a escrituração contábil registra os acontecimentos nos livros, através
de técnicas próprias, com o objetivo de controlar o Patrimônio.
FÓRMULAS DE LANÇAMENTOS
Há 04 (quatro) fórmulas para registrar os fatos contábeis, de acordo com o número de contas
debitadas e creditadas.
D: Caixa 3.000,00
C: Duplicatas a Receber 3.000,00
D: Caixa 4.100,00
C: Duplicatas a Receber 4.000,00
C: Juros Ativos 100,00
D: Fornecedores 5.000,00
D: Juros Passivos 200,00
C: Caixa 5.200,00
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D: Mercadorias 10.000,00
D: Móveis e Utensílios 5.000,00 15.000,00
C: Caixa 7.500,00
C: Duplicatas a Pagar 7.500,00 15.000,00
Observação: Os lançamentos realizados fora da época devida deverão registrar nos seus
históricos, as datas de sua efetiva ocorrência e o(s) motivo(s) do atraso.
Data 28/02/2004
Incorreto
D: Despesas c/ Salário
C: Caixa ...................................................400,00
Histórico: Valor pagamento despesas com salários
Correto
D: Despesas c/ Salário
C: Caixa ...................................................4.000,00
Histórico: Valor pagamento despesas com salários
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Data 15/03/2004
D: Despesas c/Salários
C: Caixa ...................................................3.600,00
Histórico: Valor complemento lançamento referente pagamento de despesas de salários em
data de 28/02/2004.
Incorreto
Correto
Histórico: Valor transferência da conta aluguel para conta materiais de escritório ref nf. 10
Livraria do Contabilista
Incorreto
D: Caixa
C: Equipamentos ....................................... 5.000,00
Correto
D: Equipamentos
C: Caixa ......................................................5.000,00
D- Equipamentos 5.000,00
C- Caixa 5.000,00
Histórico: Valor estorno lançamento do dia......., ref nf......, incorreto
b) Lançamento correto:
Agora faz o lançamento correto
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D- Equipamentos 5.000,00
C- Caixa 5.000,00
Histórico: Valor nf. ......., ref. Aquisição de equipamento, pago à vista em ........
Razonete
Razonete nada mais é que o Livro Razão simplificado para fins do nosso estudo.
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Nota 3: O livro Razão é a conseqüência dos lançamentos contábeis no livro Diário, o qual é
emitido automaticamente pelo sistema eletrônico de Contabilidade, não sendo necessário um
novo registro.
Entretanto, para atender aos fins didáticos propostos, em substituição ao livro Razão, podem
ser usados, com mais facilidade, os Razonetes.
Registros no Diário:
Debita: Caixa
Credita:Veículos
Recebido pela venda de automóvel
20.000,00
Debita: Caixa
Credita: Mercadorias
Recebido pela venda de mercadorias
5.000,00
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20.000 Crédito
5.000
20.000 5.000
Balancete
Balancete é uma relação das contas extraídas do livro Razão, com seus saldos devedores ou
credores.
O principal objetivo das empresas é a obtenção do lucro. Mas o lucro é apenas um dos
resultados da gestão da empresa num determinado exercício, pois pode ocorrer prejuízo.
Para apurar os resultados, no final do ano (exercício) as empresas adotam uma série de
procedimentos, tendo como ponto de partida a elaboração do Balancete, o qual relaciona todas
as contas utilizadas pela Contabilidade no período.
No exemplo que se apresenta a seguir, nota-se que o Balancete possui quatro colunas: duas
reservadas para o movimento (débito e crédito) e duas reservadas para o saldo (devedor ou
credor).
O preenchimento das colunas reservadas para o saldo é feito mediante a diferença entre o
débito e o crédito de cada conta constante da coluna movimento. Assim, se o débito na coluna
movimento superar o crédito, o saldo será devedor, caso contrário, sendo o crédito da coluna
movimento superior ao débito, o saldo será credor.
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Observações:
EMPRESA COMERCIAL
A empresa comercial poderá ser constituída ou organizada por uma só pessoa física ou por um
grupo de pessoas na forma de uma sociedade.
A contabilidade geral abrange todo e qualquer patrimônio, seja ele de pessoa física, de
entidades com fins não lucrativos ou lucrativos e de pessoas de direito público.
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Aos sócios e acionistas, não ligados à direção da empresa, os relatórios de final de exercício
deverão responder a três questões fundamentais: a taxa de lucratividade de seu investimento,
as perspectivas de lucros a médio ou a longo prazo e a segurança para as suas aplicações.
As autoridades governamentais virão a utilizar-se dos relatórios finais para definir tributação e
arrecadação de impostos e contribuições.
Prestador de serviço é todo aquele comerciante ou autônomo que não produz ou comercializa
qualquer tipo de produto, mas fabrica (por encomenda) ou executa qualquer tipo de serviço
utilizando apenas a mão de obra.
Destaca-se que só estão sujeitos à incidência do IRF os serviços prestados de pessoa jurídica
para pessoa jurídica.
Alíquota do IRF
Os serviços cuja remuneração se submete ao desconto do IRF quando prestados por uma
pessoa jurídica a outra são:
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40) veterinária
O Parecer Normativo n.º 37/87 preocupou-se em esclarecer o que se entende, dentro do item 6
da Lista de Serviços vista anteriormente, pelo termo genérico visado “assessoria e consultoria
técnica”.
Conforme este ato legal, só incidirá IRF sobre os serviços de assessoria e consultoria técnica
que configurem alto grau de especialização, obtidos através de estabelecimentos de nível
superior e técnico, vinculados diretamente à capacidade intelectual do indivíduo; assim,
conclui-se que os serviços de assessoria e consultoria técnica alcançados pela tributação
restringem-se àqueles resultantes da engenhosidade humana, por exemplo:
Serviços de Engenharia
O referido Parecer estabeleceu que a incidência do IRF sobre os serviços de engenharia deve
ocorrer em relação ao desempenho de serviços pessoais da profissão, quando prestados
através de sociedades civis ou explorados empresarialmente por intermédio de sociedades
mercantis.
Por isso mesmo, somente será devido o imposto na fonte quando o contrato de prestação de
serviços restringir-se ao desempenho exclusivo das atividades expressamente listadas na
Instrução Normativa n.º 23/86, independentemente de a profissão ser regulamentada ou não,
mesmo que os serviços sejam explorados empresarialmente e não em caráter pessoal. Dessa
forma, será exigida a retenção na fonte, por exemplo:
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Não-Incidência do IRF
Com base na Lista de Serviços, item 17, não incide IRF sobre a construção de estradas,
pontes, prédios e obras assemelhadas.
Além disso, o Parecer Normativo n.º 08/86 esclarece, como exemplos, que também não incide
IRF sobre:
Além dos casos acima, o Parecer Normativo n.º 08/86 determinou que também não incide IRF
sobre os rendimentos oriundos da execução de contrato de prestação de serviços abrangendo
trabalhos de engenharia de caráter múltiplo e diversificado; é o caso, por exemplo, de contrato
englobando serviços preliminares de engenharia (tais como viabilidade e elaboração de
projetos), execução física de construção civil ou obras assemelhadas e fiscalização de obras.
Serviços de Medicina
Incidirá IRF conforme a tabela progressiva cabível às pessoas físicas quando os serviços
prestados forem realizados por Sociedade Civil de Profissionais Legalmente Regulamentados,
que é controlada direta ou indiretamente por pessoas físicas que sejam diretores, gerentes ou
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Introdução à Contabilidade © 41
controladores da pessoa jurídica, que pagar ou creditar os serviços, bem como pelo cônjuge
ou parente de primeiro grau (exemplo: pai ou filho) dos referidos diretores, gerentes ou
controladores.
Conforme o Parecer Normativo n.º 27/83, item 2, não se incluem dentro do termo “diretores,
gerentes ou controladores” as pessoas físicas que são tão-somente administradores de
sociedades anônimas (membros do Conselho de Administração).
Destaca-se que os serviços acima, que tenham fato gerador ocorrido a partir de 1.07.1994,
passam a sofrer a incidência do IRF à alíquota de 1,5%, conforme o artigo 6º da Medida
Provisória n.º 544, de 1.07.94, que foi convertida na Lei n.º 9.064/95.
Vale destacar que, excepcionalmente, nos casos abaixo, o recolhimento do imposto deverá ser
efetuado pela pessoa jurídica que receber de outras pessoas jurídicas importâncias a título de
comissões e corretagens relativas a:
c) distribuição de emissão de valores mobiliários, quando a pessoa jurídica atuar como agente
da companhia emissora;
d) operações de câmbio;
Propaganda
Incide IRF nas importâncias pagas ou creditadas por pessoa jurídica a outras pessoas jurídicas
pela prestação de serviços de propaganda e publicidade.
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ALÍQUOTA
O imposto deverá ser recolhido pelas agências de propaganda, por ordem e conta do
anunciante.
Não podemos esquecer que o valor do IRF deverá ser registrado na contabilidade da agência
de propaganda no Ativo Circulante como IRF a Compensar.
Exemplo:
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Agência de Emprego
Assim, ao pagar comissões a agências de empregos pela contratação de pessoal por seu
intermédio, a empresa pagadora está sujeito à retenção do IRF, conforme Parecer Normativo
n.º 37/87; no entanto, alerte para o fato de que boa parte desses trabalhos, principalmente a
contratação de executivos, é realizada por escritórios especializados de consultoria em
recursos humanos, e, é claro, este serviço já consta no item 6 da Lista de Serviços sujeitos à
retenção de IRF.
Limpeza e Conservação
Há retenção do IRF sobre as importâncias pagas ou creditadas por pessoa jurídica a outras
pessoas jurídicas, civis ou mercantis, pela prestação de serviços de limpeza e conservação de
bens imóveis, exceto reformas e obras assemelhadas.
A alíquota é de 1% (um por cento) sobre as importâncias pagas ou creditadas.
O imposto retido será deduzido do apurado no encerramento do período de apuração
trimestral ou anual.
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Locação de Mão-de-Obra
A locação de mão-de-obra está sujeita à retenção pela alíquota de IRF de 1%, mesmo após a
edição da Lei n.º 9.064/95.
Embora não tenha sido editado nenhum ato específico, vem se firmando entendimento fiscal
de que a base de cálculo do IRF, na locação de mão-de-obra, é o valor cobrado da contratante,
sem a possibilidade de deduzir os custos operacionais do empregado (ex.: salários e encargos
sociais), o que é discutível, pois a Locadora, ao emitir a fatura de serviço, isolando os custos
operacionais do empregado, na verdade terá como remuneração auferida a diferença entre o
valor cobrado e o respectivo custo operacional do empregado destacado na fatura a título de
mero ressarcimento.
Assim, a diferença é que deveria ser à base de cálculo do IRF, pois se trata da importância
efetivamente cobrada pela prestação do serviço de locação.
O funcionário será registrado no Livro de Empregados não da agência, mas sim da empresa
contratante de seu serviço, e pela intermediação a agência cobrará uma comissão, e caberá ao
seu cliente reter e recolher o IRF sobre tal importância, à alíquota de 1,5%.
Conforme o artigo 64 da Lei n.º 8.981/95, que deu nova redação ao artigo 45 da Lei n.º
8.541/92, estão sujeitas à retenção do IRF, à alíquota de 1,5%, as importâncias pagas ou
creditadas por pessoas jurídicas a cooperativas de trabalho, associação de profissionais ou
assemelhadas, relativas a serviços pessoais que lhes forem prestados por associados destas ou
colocados à disposição.
FATO GERADOR
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ALÍQUOTA
1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento) sobre as importâncias pagas ou creditadas,
relativas a serviços pessoais.
ASPECTOS ESPECÍFICOS
b) sessenta por cento do valor correspondente aos serviços pessoais relativos ao transporte de
passageiros.
3) Na fatura deverão ainda ser discriminadas as parcelas tributáveis e parcelas não tributáveis.
Compensação do IRF
Restituição do IRF
O IRF poderá ser objeto de pedido de restituição desde que a cooperativa, associação ou
assemelhada comprove, relativamente a cada ano-calendário, a impossibilidade de sua
compensação.
Franquia empresarial
O artigo 60, inciso II, da Lei n.º 8.981/95 estabelece que estão sujeitos ao desconto do IRF, à
alíquota de 5%, as importâncias pagas às pessoas jurídicas a título de remuneração decorrente
de contratos de franquia empresarial (“franchising”).
Diante do preceito legal acima, o fato gerador do IRF só ocorrerá no momento do pagamento
do rendimento.
Destaca-se que, a partir de 01.01.96, não se aplica mais a incidência de IRF vista acima, pois
o artigo 60, inciso II, da Lei n.º 8.891/95 foi revogado pela Lei n.º 9.249/95, artigo 36, inciso
V.
Código do DARF
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Conforme o artigo 83, inciso I, alínea “d”, da Lei n.º 8.891/95, o recolhimento do IRF
s/serviços prestados deve ser feito até o terceiro dia útil da semana subseqüente à do
pagamento ou crédito dos serviços.
Nenhum rendimento pago ou creditado e o respectivo IRF poderão deixar de ser informados
neste comprovante.
O referido comprovante será utilizado pelo prestador do serviço como prova do IRF deduzido
ou compensado do IRPJ devido.
A Fonte Pagadora que optar pela emissão do Comprovante por meio de processamento
automático de dados poderá adotar modelo diferente do estabelecimento, desde que contenha
todas as informações nele previstas, dispensada a assinatura ou chancela mecânica.
O comprovante aqui tratado deverá ser fornecido, em uma única via, até o último dia útil do
mês de fevereiro do ano-calendário subseqüente, sendo que a Pessoa Jurídica, ao deixar de
fornecer aos beneficiários o comprovante dentro do prazo estabelecido ou fornecê-lo com
inexatidão, ficará sujeita ao pagamento de multa de valor equivalente a R$ 41,43 por
comprovante.
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Essa matéria gerou controvérsia, que chegou ao seu final com a regulamentação dada pelo Ato
Declaratório Normativo COSIT nº 15/97, ao dispor que a dispensa de retenção do IRF de
valor igual ou inferior a R$ 10,00 aplica-se também aos serviços prestados por pessoa jurídica
a outra pessoa jurídica.
Ë importante ressaltar que caso a retenção apresenta valor igual ou inferior a R$ 10,00, ela
deve ser dispensada; assim, deve o tomador do serviço pagar efetivamente o valor bruto do
serviço e, se posteriormente a empresa vier novamente a tomar serviços da mesma prestadora,
não há que se falar em acumular os valores dos dois serviços prestados para efeito de verificar
se ultrapassam a R$ 10,00, pois o artigo 68, § 1º, da Lei nº 9.430/96, aqui não se aplica.
Não se esqueçam de que os valores correspondentes aos dois serviços prestados não escaparão
da tributação do imposto de renda, pois tais valores integrarão a base de cálculo do IRPJ do
período-base da prestadora dos serviços, conforme cita o item II do Ato Declaratório
Normativo COSIT nº 15/97.
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Introdução à Contabilidade © 48
I - o código de retenção;
II - a natureza do rendimento;
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Exemplo:
Valor do PIS devido no mês: R$ 5.000,00
Menos: valor do PIS retido por órgãos públicos (Lei 9.430/96): R$ 800,00
Igual a: valor do PIS a recolher: R$ 4.200,00
O plano de contas será a estrutura de toda a atividade a ser desenvolvida pela contabilidade,
assegurando chegar ao controle e estudo do patrimônio da empresa comercial.
Com a vigência da Lei 6.404/1976 (a chamada “Lei das S/A”), a estrutura do plano de contas
passou a ser uniformizada para todas as formas societárias.
A estrutura básica do plano de contas incluirá quatro grandes grupos: Ativo, Passivo,
Despesas e Receitas.
O Ativo encontra-se subdividido em: Ativo Circulante, Ativo realizável a Longo Prazo e Ativo
Permanente.
O Passivo encontra-se subdividido em: Passivo Circulante, Passivo Exigível a Longo Prazo,
Resultado de Exercícios Futuros e Patrimônio Líquido.
As receitas ou ingressos estão subdivididas em: Receita Bruta de Vendas, Receita Financeira,
Receita Não-operacional, Reversão de Provisão e Correção Monetária do Balanço.
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1. ATIVO
1.1 CIRCULANTE
1.1.01. DISPONÍVEL
1.1.01.001 CAIXA
1.1.01.001.0001 CAIXA
1.1.01.002.0000 BANCO CONTA MOVIMENTO
1.1.01.002.0001 CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
11.01.003 APLICAÇÕES FINANCEIRAS
11.01.003.0001 APLICAÇÃO FINANC. C.E.F.
1.1.02.000.0000 CLIENTES
1.1.02.001.0000 DUPLICATAS A RECEBER
1.1.02.001.0001 DUPLICATAS A RECEBER
1.1.03.000.0000 OUTROS CREDITOS
1.1.03.001.0000 TITULOS A RECEBER
1.1.03.001.0001 N P A RECEBER
1.1.03.002.0000 ADIANTAMENTOS ATERCEIROS
1.1.03.002.0001 ADTOS A FORNECEDORES
1.1.03.003.0000 IMPOSTOS A RECUPERAR
1.1.03.003.0001 IRPJ EXERCICIOS ANTERIORES
1.1.03.003.0002 CSSL EXERCICIOS ANTERIORES
1.1.03.003.0003 ICMS A RECUPERAR
1.1.03.003.0004 IPI A RECUPERAR
1.1.04.000.0000 ESTOQUES
1.1.04.001.0000 MERCADORIA PARA REVENDA
1.1.04.001.0001 MERCADORIAS
11.05.000.0000 DESPESAS ANTECIPADAS
11.05.001.0000 DESPESAS A RATEAR
11.05.001.0001 SEGUROS A APROPRIAR
1.2.00.000.0000 ATIVO REALIZAVEL A LONGO PRAZO
1.2.01.000.0000 CREDITOS E VALORES
1.2.01.001.0000 CLIENTES
1.2.01.001.0001 DUPLICATAS A RECEBER
1.2.01.002.0000 TITULOS A RECEBER
1.2.01.002.0001 TITULOS A RECEBER
1.3.00.000.0000 ATIVO PERMANENTE
1.3.01.000.0000 INVESTIMENTOS
1.3.01.001.0000 PART. OUTRAS SOCIEDADES
1.3.01.001.0001 CONTROLADAS
1.3.01.001.0002 COLIGADAS
1.3.02.000.0000 IMOBILIZADO
1.3.02.001.0000 BENS EM OPERAÇÃO
1.3.02.001.0001 TERRENOS
1.3.02.001.0002 INSTALAÇÕES
1.3.02.001.0003 MAQUINAS E EQUIPAMENTOS
1.3.02.001.0004 COMPUTADORES E PERIFERICOS
1.3.02.001.0005 MOVEIS E UTENSILIOS
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1.3.02.001.0006 VEÍCULOS
1.3.02.001.0007 OUTROS BENS
1.3.02.002.0000 (-) DEPRECIAÇÃO ACUMULADA
1.3.02.002.0001 CONSTRUÇOES E BENFEITORIAS
1.3.02.002.0002 INSTALAÇOES
1.3.02.002.0003 MAQUINAS E EQUIPAMENTOS
1.3.02.002.0004 COMPUTADORES E PERIFERICOS
1.3.02.002.0005 MOVEIS E UTENSILIOS
1.3.02.002.0006 VEICULOS
1.3.02.002.0007 OUTROS BENS
1.3.02.003.0000 IMOBILIZADO EM ANDAMENTO
1.3.02.003.0001 CONSTRUÇOES EM ANDAMENTO
1.3.02.003.0002 BENS EM USO - IMPLANTAÇAO
1.3.03.000.0000 ATIVO DIFERIDO
1.3.03.001.0000 GASTOS PRE OPERACIONAIS
1.3.03.001.0001 GASTOS DE ORGANIZAÇAO
1.3.03.002.0000 (-) AMORTIZAÇAO
1.3.03.002.0001 GASTOS DE ORGANIZAÇAO
2.0.00.000.0000 PASSIVO
2.1.00.000.0000 PASSIVO CIRCULANTE
2.1.01.000.0000 FORNECEDORES
2.1.01.001.0000 FORNECEDORES NACIONAIS
2.1.01.001.0001 FORNECEDORES
2.1.02.000.0000 EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOS
2.1.02.001.0000 EMPRESTIMOS
2.1.01.001.0001 CAPITAL DE GIRO
2.1.02.002.0000 FIANCIAMENTOS
2.1.02.002.0001 CAIXA ECONOMICA FEDERAL
2.1.03.000.0000 OBRIGAÇOES SOCIAIS/FISCAIS
2.1.03.001.0000 OBRIGAÇOES SOCIAIS
2.1.03.001.0001 INSS A RECOLHER
2.1.03.001.0002 FGTS A RECOLHER
2.1.03.001.0003 CONT. SINDICAL A RECOLHER
2.1.03.001.0004 IRRF FOLHA PAGAMENTO
2.1.03.001.0005 INSS AUTONOMO A RECOLHER
2.1.03.001.0006 C SIND. PATRONAL RECOLHER
2.1.03.002.0000 OBRIGAÇOES FISCAIS
2.1.03.002.0001 PIS A RECOLHER
2.1.03.002.0002 COFINS A RECOLHER
2.1.03.002.0003 ISS A RECOLHER
2.1.03.002.0004 ICMS A RECOLHER
2.1.03.002.0005 IPI A RECOLHER
2.1.03.002.0006 IRPJ A RECOLHER
2.1.03.002.0007 CSSL A RECOLHER
2.1.03.002.0008 IOF A RECOLHER
2.1.03.002.0009 IRRF (PJ) A RECOLHER
2.1.03.002.0010 REFIS
2.1.04.000.0000 OUTRAS OBRIGAÇOES
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CONTAS DE RESULTADO
3.0.00.000.0000 RECEITAS
3.1.00.000.0000 RECEITA BRUTA VENDA PRODUTOS E SERVIÇOS
3.1.01.000.0000 VENDA PRODUTOS/MERCADORIAS
3.1.01.001.0000 VENDA DE MERCADORIAS
3.1.01.001.0001 MERCADORIAS
3.1.02.000.0000 VENDA DE SERVIÇOS
3.1.02.001.0000 SERVIÇOS
3.1.02.001.0001 SERVIÇOS
3.2.00.000.0000 (-) DEDUÇAO DA RECEITA
3.2.01.000.0000 VENDA CANCELADA/DEVOLUÇAO
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Introdução à Contabilidade © 54
4.3.01.001.0002 FERIAS
4.3.01.001.0003 13 SALARIO
4.3.01.001.0004 INDENIZAÇOES
4.3.01.001.0005 OUTROS ENCARGOS
4.3.01.002.0000 DESPESAS GERAIS
4.3.01.002.0001 ALUGUEIS/CONDOMINIOS
4.3.01.002.0002 DEPRECIAÇAO/AMORTIZAÇAO
4.3.01.002.0003 MANUTENÇAO E REPAROS
4.3.01.002.0004 PROPAGANDA
4.3.01.002.0005 PUBLICIDADE
4.3.01.002.0006 ENERGIA ELETRICA
4.3.01.002.0006 AGUA E ESGOTO
4.3.01.002.0007 TELEFONE
4.3.01.002.0008 CORREIOS E MALOTES
4.3.01.002.0009 REPRODUÇAO
4.3.01.002.0010 SEGUROS
4.3.01.002.0011 TRANSPORTE DO PESSOAL
4.3.01.002.0012 DESPESAVIAGEM
4.3.01.002.0013 DESPESAS COM VEICULOS
4.3.01.002.0014 COMBUSTIVEIS
4.3.02.000.0000 DESPESAS ADMINISTRATIVAS
4.3.02.001.0000 DESPESAS COM PESSOAL
4.3.02.001.0001 SALARIO/ORDENADOS
4.3.02.001.0002 FERIAS
4.3.02.001.0003 13 SALARIO
4.3.02.001.0004 INSS
4.3.02.001.0005 FGTS
4.3.02.001.0006 INDENIZAÇOES
4.3.02.001.0007 VALE REFEIÇAO
4.3.02.001.0008 VALE TRANSPORTE
4.3.02.001.0009 SEGURO DE VIDA EM GRUPO
4.3.02.001.0010 SEG ACIDENTE TRABALHO
4.3.02.001.0011 GRATIFICAÇOES
4.3.02.001.0012 OUTROS ENCARGOS
4.3.02.002.0000 DESPESAS DE OCUPAÇAO
4.3.02.002.0001 ALUGUEL/CONDOMINIO
4.3.02.002.0002 DEPRECIAÇAO/AMORTIZAÇAO
4.3.02.002.0003 MANUTENÇAO E REPAROS
4.3.02.003.0000 UTILIDADES E SERVIÇOS
4.3.02.003.0001 ENERGIA ELETRICA
4.3.02.003.0002 AGUA
4.3.02.003.0003 TELEFONE
4.3.02.003.0004 CORREIO
4.3.02.003.0005 REPRODUÇAO
4.3.02.003.0006 SEGUROS
4.3.02.003.0007 TRANSPORTE DO PESSOAL
4.3.02.003.0008 DESPESAS COM INTERNET
4.3.02.004.0000 HONORARIOS
4.3.02.004.0001 DIRETORIA
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Ocorrendo a mudança de regime tributário, de lucro presumido para lucro real, a pessoa
jurídica que não manteve escrituração contábil fica obrigada a realizar levantamento
patrimonial no dia 1o de janeiro seguinte ao do último período-base em que foi tributada pelo
lucro presumido, a fim de proceder a balanço de abertura e iniciar a escrituração contábil
(parágrafo único do artigo 19 da Lei 8.541/92).
Pode ocorrer também que, por motivos de perda de dados ou destruição de arquivos, fichas,
livros e demais documentos contábeis, a empresa não tenha condições de reconstituir sua
escrita, sendo obrigada a levantar um balanço para reiniciar sua escrituração fiscal a partir de
determinada data.
Exemplo:
Determinada empresa, que não mantinha escrituração contábil, apurou os seguintes valores
patrimoniais em 31 de dezembro:
Discriminação R$
Caixa 15.000,00
Saldo c/c Banco do Brasil 4.700,00
Saldo c/c CEF 2.800,00
Aplicação FIF CEF 27.500,00
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Fornecedores 37.990,00
Salários a Pagar 10.400,00
Tributos a Pagar 7.500,00
Capital Social 50.000,00
SOMA DO PASSIVO 105.890,00
Débito Crédito
Caixa 15.000,00
Saldo c/c Banco do Brasil 4.700,00
Saldo c/c CEF 2.800,00
Aplicação FIF CEF 27.500,00
Duplicatas a Receber 79.500,00
Estoques 45.700,00
Veículos 15.500,00
Máquinas e Equipamentos 9.400,00
Balanço de Abertura 200.100,00
Débito Crédito
A base para o registro de uma empresa comercial será o contrato, estatuto ou a declaração de
empresário, os primeiros para as sociedades e o último para as chamadas “firmas individuais”,
constituídas por apenas uma pessoa física.
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Qualquer que seja a forma societária da empresa, admite-se que seu capital seja constituído e
realizado:
http://www.dnrc.gov.br/Legislacao/normativa/anexo1_in92.htm
1 - Preencher o formulário em quatro vias legíveis, à máquina ou à mão, com letra de forma,
sem rasura.
2 - Não preencher os campos destinados a uso da Junta Comercial.
3 - ESTADO CIVIL – Declarar se é solteiro, casado, viúvo, separado judicialmente ou
divorciado.
4 - REGIME DE BENS DO EMPRESÁRIO – Se o empresário for casado, declarar o
regime de bens (comunhão parcial, comunhão universal, participação final nos aqüestos,
separação de bens). A alteração do regime de bens depende de autorização judicial em
pedido motivado de ambos os cônjuges, a qual deverá instruir o processo.
5 - IDENTIDADE – Indicar o número, a sigla do órgão expedidor e a sigla da respectiva
unidade da federação mencionados no documento de identidade. São aceitos como
documento de identidade: cédula de identidade, certificado de reservista, carteira de
identidade profissional, Carteira de Trabalho e Previdência Social ou Carteira Nacional de
Habilitação (modelo com base na Lei nº 9.503, de 23/9/97). Se o titular for estrangeiro, é
exigida carteira de identidade de estrangeiro, com visto permanente.
6 - EMANCIPADO POR - Caso o titular seja menor de 18 e maior de 16 anos, emancipado,
deverá indicar a forma de emancipação e arquivá-la em separado. São hipóteses de
emancipação: casamento; ato judicial; concessão dos pais; colação de grau em curso de
ensino superior; exercício de emprego público efetivo; estabelecimento civil ou comercial,
ou pela existência de relação de emprego, desde que em função deles, o menor com 16
anos completos tenha economia própria.
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080 INSCRIÇÃO
002 ALTERAÇÃO
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048 RERRATIFICAÇÃO
052 REATIVAÇÃO
208 EMANCIPAÇÃO
AUTORIZAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE
961 TITULARIDADE POR SUCESSÃO
003 EXTINÇÃO
EXEMPLO:
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Firma Individual
As firmas individuais não possuem contrato de constituição que determine o capital subscrito
e o compromisso de sua realização, pois ele deve ser integralizado por apenas um indivíduo.
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D – Caixa 100.000,00
C – Capital Subscrito 100.000,00
Para abertura dos livros da sociedade, devemos considerar a existência das seguintes
hipóteses:
a) em dinheiro;
b) em bens;
c) com a transferência, para a sociedade, de valores ativos e passivos.
Constituição do Capital:
Com esses lançamentos iniciais a situação patrimonial da empresa fica sendo a seguinte:
ATIVO PASSIVO
Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . 500.000,00 Capital . . . . . . . . . . . . . . . . .500.000,00
Se os sócios realizassem apenas parte de seu capital, a situação seria outra. O lançamento de
subscrição seria igual ao anterior e o da realização seria o seguinte:
D – Caixa 250.000,00
C – Sócio X – capital a realizar 125.000,00
C – Sócio Y – capital a realizar 125.000,00
ATIVO PASSIVO
Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . 250.000,00 Capital Realizado . . . . . . . . 250.000,00
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Supondo-se que o sócio X tenha concorrido para a sociedade com o seguinte: Dinheiro R$
120.000,00; Móveis e Utensílios (máquinas de escritório, mesas, etc.) R$ 120.000,00; Títulos
a Receber R$ 10.000,00. O sócio Y realizou sua parte em dinheiro.
D – Caixa 120.000,00
D – Móveis e utensílios 120.000,00
D – Títulos a receber 10.000,00
C – Sócio X – capital a realizar 250.000,00
D – Caixa 250.000,00
C – Sócio Y – capital a realizar 250.000,00
Supondo que o sócio X transfira para a sociedade o seu patrimônio, formado por valores
ativos e passivos, a firma em constituição faz os lançamentos de incorporação desses valores
ao seu patrimônio, enquanto nos livros do sócio X são feitos os lançamentos de encerramento
de sua firma por transferência para a nova.
ATIVO PASSIVO
Títulos a receber . . . . . . . . . . . 120.000,00 Títulos a pagar . . . . . . . . . . . . . . 10.000,00
Contas a receber . . . . . . . . . . . 15.000,00 Contas a pagar . . . . . . . . . . . . . . 5.000,00
Móveis e utensílios . . . . . . . . 130.000,00 Capital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250.000,00
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265.000,00 Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265.000,00
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Como se vê, a conta do sócio X - transferência foi creditada por R$265.000,00 e debitada por
R$15.000,00. A diferença de R$250.000,00 é o seu capital e deve ser creditada a conta de
Capital a Realizar. O lançamento é o seguinte:
ATIVO PASSIVO
Caixa 250.000,00 Títulos a pagar 10.000,00
Contas a receber 15.000,00 Contas a pagar 5.000,00
Títulos a receber 120.000,00 Capital 500.000,00
Móveis e utensílios 130.000,00
Total 515.000,00 Total 515.000,00
Nos livros do sócio X são feitos os seguintes lançamentos de extinção de sua firma individual:
Transferência de Passivo
Como se vê, a conta capital não foi encerrada. Seu encerramento é feito transferindo-
se o saldo para a conta sócio X – patrimônio:
D – Capital 250.000,00
C – Sócio X – patrimônio 250.000,00
A conta sócio X – transferência foi debitada por R$250.000,00 a mais que seu crédito,
diferença esta que corresponde ao capital. Aquela conta é encerrada creditando-a pelo débito
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da conta sócio X – patrimônio. Esta foi criada para por em evidência o valor do patrimônio
liquido transferido para a nova firma.
Realização do Capital:
D – Caixa 500.000,00
C – Acionistas – subscrição
C – João – subscrição 200.000,00
C – Antônio – subscrição 150.000,00
C – Pedro – subscrição 150.000,00
D – Depósito legal
C – Caixa 500.000,00
D – Banco conta especial 500.000,00
Caução de Diretoria:
D – Ações em caução
C – Caução da diretoria 20.000,00
D – João – caução 10.000,00
D – Antônio – caução 10.000,00
Após estar a sociedade anônima perfeitamente legalizada, poderá ser retirada do banco a
importância referente ao depósito legal. Teremos então o seguinte lançamento:
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D – Bancos
C – Depósito legal
D – Banco X conta movimento 500.000,00
C – Banco X conta especial 500.000,00
Com este lançamento o banco fica debitado em conta movimento, podendo a importância ser
sacada a qualquer momento.
Supondo-se que quatro sócios, Pedro, Paulo, João e Antônio contratem entre si uma sociedade
em comandita simples com capital de R$300.000,00. Os dois primeiros são sócios solidários e
concorrem para a sociedade com R$50.000,00 cada um; os dois últimos são sócios
comanditários, capitalistas, concorrendo para a sociedade com R$100.000,00 cada um.
Constituição do Capital:
C – Capital 300.000,00
D – Capital solidário 100.000,00
D – Capital em comandita 200.000,00
Subscrição do Capital:
Realização do Capital:
D – Caixa 300.000,00
C – Pedro – capital a realizar 50.000,00
C – Paulo – capital a realizar 50.000,00
C – João – capital a realizar 100.000,00
C – Antônio – capital a realizar 100.000,00
Distribuição do Capital:
Subscrição do Capital:
Integralização do Capital:
C – Acionistas – subscrição
D – Caixa 300.000,00
C – José – subscrição 60.000,00
C – João – subscrição 60.000,00
C – Francisco – subscrição 90.000,00
C – Augusto – subscrição 90.000,00
Por este processo, cada sócio participante faz nos seus livros o registro das mercadorias
compradas e vendidas por ele e pelo outro sócio, fazendo a partilha dos lucros e dos prejuízos
no fim da participação.
Supondo-se que José Santos e Antônio Castro formem uma sociedade em conta de
participação para compra e venda de algodão.
O primeiro criará em sua escrituração duas contas: a primeira que poderá denominar-se
“Algodão em Participação”, registrará as compras e vendas feitas, inclusive as despesas; a
segunda que poderá denominar-se “A.Castro – participação”, registrará todos os débitos e
créditos de A.Castro, resultantes de suas compras e vendas de mercadorias em participação.
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D – Caixa 42.000,00
C – Algodão em Participação 42.000,00
ALGODÃO EM PARTICIPAÇÃO
A Caixa 35.250,00 De Caixa 42.000,00
A A.Castro 20.150,00 De A.Castro 24.000,00
Total 55.400,00 Total 66.000,00
Por esta conta verifica-se que houve um lucro de R$10.600,00, que deve ser dividido em
partes iguais entre os sócios, o que faremos pelo seguinte lançamento:
A.CASTRO – PARTICIPAÇÃO
A Algodão em participação 24.000,00 De Algodão em participação 20.150,00
De algodão em participação 5.300,00
Total 24.000,00 Total 25.450,00
Por aí se verifica que o sócio é credor da importância de R$1.450,00, cujo pagamento será
registrado pelo seguinte lançamento:
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Pelo processo da partilha imediata, em cada operação realizada faremos a partilha entre o
sócio participante e a conta representativa da mercadoria em participação. Vejamos como
lançaríamos as quatro operações anteriores por este processo:
C – Caixa 35.250,00
D – Algodão em participação 17.625,00
D – A.Castro – participação 17.625,00
D – Caixa 42.000,00
C – Algodão em participação 21.000,00
C – A.Castro – participação 21.000,00
ALGODÃO EM PARTICIPAÇÃO
A Caixa 17.625,00 De Caixa 21.000,00
A A.Castro 10.075,00 De A.Castro – participação 12.000,00
Total 27.700,00 Total 33.000,00
Por esta conta verifica-se que houve um lucro de R$5.300,00, que transferimos para lucros e
perdas, pelo seguinte lançamento:
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A.CASTRO – PARTICIPAÇÃO
A Caixa 17.625,00 De Caixa 10.075,00
A Algodão em participação 12.000,00 De Algodão 21.000,00
Total 29.625,00 Total 31.075,00
Por esta conta verifica-se que o sócio em participação tem um crédito de R$1.450,00,
valor que lhe será pago e registrado através do seguinte lançamento:
Método simplificado
Pelo método simplificado, cada um dos participantes registra apenas suas transações,
recebendo do outro a comunicação do resultado por ele obtido nas transações que realiza.
Para se registrar os exemplos anteriores por este método faz-se da seguinte forma:
D – Caixa 42.000,00
C – Algodão em participação 42.000,00
ALGODÃO EM PARTICIPAÇÃO
A Caixa 35.250,00 De Caixa 42.000,00
Lucro 6.750,00
Total 42.000,00 Total 42.000,00
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A.CASTRO – PARTICIPAÇÃO
A Lucros e perdas 1.925,00 De Algodão em participação 3.375,00
Por esta conta verifica-se que o saldo do sócio é o mesmo obtido pelos processos anteriores.
Verifica-se que esse processo somente pode ser posto em prática quando há extrema confiança
entre os sócios em participação, pois cada uma das partes terá de confiar nos resultados
oferecidos pela outra, de vez que não possui controle contábil das operações e do resultado.
ATIVO
Caixa 8.000,00
Contas a receber 10.000,00
Títulos a receber 15.000,00
Mercadorias 55.000,00
Máquinas 25.000,00
Móveis e utensílios 20.000,00
Total 133.000,00
PASSIVO
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Constituição do Ativo
C – Balanço de abertura 133.000,00
D – Mercadorias 55.000,00
D – Caixa 8.000,00
D – Máquinas 25.000,00
D – Móveis e utensílios 20.000,00
D – Títulos a receber 10.000,00
D – Contas a receber 15.000,00
Constituição do Passivo
D – Balanço de abertura 133.000,00
C – Títulos a pagar 27.000,00
C – Créditos de acionistas 9.000,00
C – Contas a pagar 7.000,00
C – José de Souza – capital 45.000,00
C – João Santos – capital 45.000,00
Em alguns casos de alteração, a sociedade desaparece, surgindo uma nova, com denominação
e capital diferentes.
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O aumento do capital nas sociedades pode dar-se por nova subscrição, feita pelos sócios, por
conversão de reservas e lucros em capital, por correção monetária do capital ou por admissão
de novos sócios.
AUMENTO:
• Nova subscrição;
• Conversão de reservas e lucros acumulados;
• Correção monetária do capital ou reavaliação de ativos;
• Admissão de novos sócios.
DIMINUIÇÃO:
Supondo-se que os sócios da firma Castro e Soares, com o capital de R$100.000,00, fazem
nova subscrição de capital, aumentando-o para R$150.000,00. Cada sócio subscreve mais
R$25.000,00.
Aumento de Capital:
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Integralização do Aumento:
D – Caixa 50.000,00
C – Castro – capital a realizar 25.000,00
C – Soares – capital a realizar 25.000,00
ATIVO PASSIVO
Caixa 70.000,00 Títulos a pagar 150.000,00
Mercadorias 200.000,00 Capital 100.000,00
Títulos a receber 30.000,00 Reservas 60.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00 Lucros e perdas 40.000,00
Total 350.000,00 Total 350.000,00
Aumento de Capital:
Realização do Aumento:
D – Reservas 60.000,00
C – Castro – capital 30.000,00
C – Soares – capital 30.000,00
D – Lucros e perdas 40.000,00
C – Castro – capital 20.000,00
C – Soares – capital 20.000,00
ATIVO PASSIVO
Caixa 70.000,00 Títulos a pagar 150.000,00
Mercadorias 200.000,00 Capital 200.000,00
Títulos a receber 30.000,00
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A Lei 6.404, art. 185, diz que nas demonstrações contábeis deverão ser considerados os
efeitos da modificação no poder de compra da moeda nacional sobre o valor dos elementos do
patrimônio e dos resultados do exercício, a saber:
ATIVO PASSIVO
Caixa 10.000,00 Fornecedores 90.000,00
Mercadorias 150.000,00 Capital 300.000,00
Duplicatas a receber 80.000,00 Reservas 100.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00
Máquinas 200.000,00
Total 490.000,00 Total 490.000,00
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ATIVO PASSIVO
Caixa 10.000,00 Fornecedores 90.000,00
Mercadorias 150.000,00 Capital 390.000,00
Duplicatas a receber 80.000,00 Reservas 130.000,00
Móveis e utensílios 65.000,00 Lucros e perdas (45.000,00)
Máquinas 260.000,00
Total 565.000,00 Total 565.000,00
Reavaliação de Ativos
A Lei n.º 6.404, em seus artigos 182, § 3.º e 187, § 2.º, admite nova avaliação de valores
ativos, mediante constituição de reserva de Reavaliação, que poderá ser, posteriormente,
incorporada ao capital.
A contabilização da operação é feita mediante débito das contas dos ativos reavaliados e
crédito da conta Reserva de Reavaliação, que poderá ser transformada em capital:
D – Imobilizado (Permanente)
C – Reserva de Reavaliação (Patrimônio Líquido)
Supondo-se que na firma Castro e Cia., com o capital de R$100.000,00, dividido em partes
iguais entre os sócios Castro e Soares, ingresse novo sócio, Silva, com capital de
R$50.000,00.
Subscrição de Capital:
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Integralização do Capital:
D – Caixa 50.000,00
C – Silva – capital a realizar 50.000,00
Quando a admissão de novo sócio implica alteração do nome empresarial, é necessário que se
encerre a atual, pela transferência de todos os valores ativos e passivos para a nova firma.
Fazem-se depois, nos livros desta, os lançamentos de constituição de seu capital e os de
transferência dos valores da antiga para a nova sociedade.
Supondo-se que ingresse na firma Castro e Soares o sócio Silva, passando a sociedade a
denominar-se Castro e Cia.
CASTRO E SOARES
ATIVO PASSIVO
Caixa 70.000,00 Contas a pagar 100.000,00
Títulos a receber 30.000,00 Títulos a pagar 150.000,00
Mercadorias 200.000,00 Capital 100.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00
Total 350.000,00 Total 350.000,00
D – Capital 100.000,00
C – Castro – capital 50.000,00
C – Soares – capital 50.000,00
Transferência do Ativo:
Transferência do Passivo:
Ficam assim encerrados os livros de Castro e Soares. Vejamos agora a constituição da nova
firma, Castro e Cia:
Constituição do Capital:
C – Capital 150.000,00
D – Castro – capital 50.000,00
D – Soares – capital 50.000,00
D – Silva – capital a realizar 50.000,00
Transferência do Ativo:
D – Caixa 50.000,00
C – Silva – capital a realizar 50.000,00
CASTRO E CIA
ATIVO PASSIVO
Caixa 120.000,00 Títulos a pagar 100.000,00
Títulos a receber 30.000,00 Contas a pagar 150.000,00
Mercadorias 200.000,00 Capital 150.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00
Total 400.000,00 Total 400.000,00
Quando o capital é diminuído por reembolso aos sócios, os lançamentos a serem feitos são
inversos aos de constituição e realização de capital.
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Supondo-se que os sócios Castro e Soares desejam diminuir o capital de sua firma, ficando
cada um apenas com R$25.000,00 na sociedade.
Diminuição de Capital:
D – Capital 50.000,00
C – Castro – capital 25.000,00
C – Soares – capital 25.000,00
C – Caixa 50.000,00
D – Castro – capital 25.000,00
D – Soares – capital 25.000,00
Quando a sociedade acusa prejuízo, aparecendo a conta Lucros e Perdas com saldo devedor,
podemos amortizar esse prejuízo com a diminuição do capital.
ATIVO PASSIVO
Caixa 70.000,00 Contas a pagar 100.000,00
Títulos a receber 30.000,00 Títulos a pagar 150.000,00
Mercadorias 160.000,00 Capital 100.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00 Lucros e perdas (40.000,00)
Total 310.000,00 Total 310.000,00
Distribuição do Prejuízo:
Redução do Capital:
D – Capital 40.000,00
C –Castro – capital 20.000,00
C – Soares – capital 20.000,00
Transfere-se o crédito dos sócios em conta Capital para suas contas de prejuízos, cobrindo
assim o prejuízo com parte do capital.
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Introdução à Contabilidade © 80
Quando um dos sócios se retira sem que sua saída altere o nome empresarial, os lançamentos
que se fazem são apenas os de diminuição de capital e de restituição do dinheiro ao sócio.
Supondo-se que da firma Castro e Cia., composta dos sócios Castro, Soares e Silva, se retire o
sócio Silva. O capital, que era de R$150.000,00 divididos em partes iguais, fica reduzido a
R$100.000,00.
Redução do Capital:
D – Capital 50.000,00
C – Silva – capital 50.000,00
Pagamento ao Sócio:
Supondo-se que da sociedade Castro, Soares e Cia., se retire o sócio Silva, alterando assim a
firma para Castro e Soares. Nos livros de Castro, Soares e Cia., faremos o encerramento de
seu patrimônio revertendo aos sócios seu capital e transferindo para a nova firma Castro e
Soares os valores ativos e passivos que constituem seu patrimônio.
Ao sócio que se retira, credita-se em sua conta particular, não só o valor de seu capital como
também sua parte na reserva e nos lucros.
Nos livros de Castro e Soares faremos a constituição do novo capital e a transferência dos
valores ativos e passivos da firma Castro, Soares e Cia.
Os lançamentos a serem feitos nos livros de Castro, Soares e Cia., supondo-se que seu
patrimônio seja o seguinte:
ATIVO PASSIVO
Caixa 70.000,00 Títulos a pagar 110.000,00
Títulos a receber 30.000,00 Capital 150.000,00
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Reversão do Capital:
D – Capital 150.000,00
C – Castro – capital 50.000,00
C – Soares – capital 50.000,00
C – Silva – capital 50.000,00
Pagamento ao Sócio:
ATIVO PASSIVO
Caixa 30.000,00 Títulos a pagar 150.000,00
Títulos a receber 30.000,00 Castro – capital 50.000,00
Mercadorias 200.000,00 Soares – capital 50.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00 Reserva de capital 40.000,00
Lucros e perdas 20.000,00
Total 310.000,00 Total 310.000,00
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Transferência de Passivo:
A abertura dos livros da nova firma, Castro e Soares, fica sendo a seguinte:
Constituição do Capital:
C – Capital 100.000,00
D – Castro – capital 50.000,00
D – Soares – capital 50.000,00
Transferência de Passivo:
O aumento de capital nas sociedades anônimas pode se dar por novas entradas de capital, para
o que os acionistas têm a preferência na subscrição e por aproveitamento de reserva, lucros ou
correção monetária do ativo, que se transferem para capital.
Aumento de Capital:
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Emissão de Ações
D – Ações emitidas 300.000,00
C – Aumento de Capital 300.000,00
Subscrição de Ações:
D – Acionistas 300.000,00
C – Ações emitidas 300.000,00
Integralização do Aumento:
D – Caixa 300.000,00
C – Acionistas 300.000,00
O aumento pode se dar pela aplicação de reservas e lucros acumulados. Neste caso as ações
novas, assim integralizadas, serão distribuídas aos acionistas a título de bonificação, pois se
trata de distribuição de lucros em forma de aumento de capital, sendo certo que tais lucros,
representados pelas ações, cabem de direito aos acionistas.
De acordo com a Lei n.º 6.404, poderá também a companhia aumentar o valor nominal das
ações existentes, em vez de emitir novas ações pela incorporação das reservas e lucros ao
capital.
Neste caso fica alterada a redação do lançamento de integralização do capital, que passaria a
ser como segue:
C – Acionistas 300.000,00
D – Reservas de capital 200.000,00
D – Lucros suspensos 100.000,00
Transformação de Sociedades
Com relação ao registro dessa transformação nos livros da sociedade, procede-se da mesma
maneira que na retirada ou admissão de sócio com alteração da denominação social.
Supondo-se que a firma Castro, Soares e Cia., se transforme em sociedade anônima com a
denominação de Cia. Nacional de Couros. Em primeiro lugar encerram-se os livros da firma
Castro, Soares e Cia., com a reversão do capital aos sócios e transferência do ativo e passivo
para a Cia. Nacional de Couros.
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Os outros lançamentos a serem feitos na nova sociedade, Cia. Nacional de Couros, são
idênticos aos demais apresentados à constituição de sociedade anônima.
Fusão de Sociedades
A fusão de sociedades consiste na reunião de duas ou mais sociedades para formar uma
terceira, com o mesmo objeto ou com objeto diferente.
As sociedades que se fundem desaparecem, surgindo uma terceira, com personalidade jurídica
própria, formada pelos patrimônios das sociedades desaparecidas.
CASTRO E SOARES
ATIVO PASSIVO
Caixa 30.000,00 Títulos a pagar 150.000,00
Títulos a receber 20.000,00 Capital 100.000,00
Mercadorias 150.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00
Total 250.000,00 Total 250.000,00
SILVA E CIA
ATIVO PASSIVO
Títulos a receber 15.000,00 Contas a pagar 10.000,00
Mercadorias 30.000,00 Títulos a pagar 5.000,00
Móveis e utensílios 20.000,00 Capital 50.000,00
Total 65.000,00 Total 65.000,00
Em primeiro lugar faz-se o encerramento dos livros das duas sociedades, fazendo em cada
uma a reversão do capital aos sócios e a transferência do ativo e passivo para a nova firma,
Castro, Soares e Cia. Encerramento dos livros de Castro e Soares:
D – Capital 100.000,00
C – Castro – Capital 50.000,00
C – Soares – capital 50.000,00
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Introdução à Contabilidade © 85
Transferência de Passivo:
Reversão do Capital:
D – Capital 50.000,00
C – Silva – capital 25.000,00
C – Dias – capital 25.000,00
Transferência de Passivo:
Constituição do Capital:
C – Capital 150.000,00
D – Castro – capital 50.000,00
D – Soares – capital 50.000,00
D – Silva – capital 25.000,00
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Introdução à Contabilidade © 86
ATIVO PASSIVO
Caixa 30.000,00 Contas a pagar 10.000,00
Títulos a receber 35.000,00 Títulos a pagar 155.000,00
Mercadorias 180.000,00 Capital 150.000,00
Móveis e utensílios 70.000,00
Total 315.000,00 Total 315.000,00
Incorporação de Sociedades
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Introdução à Contabilidade © 87
Utilizando os mesmos dados anteriores, relativos à fusão de sociedades, supondo que a firma
Silva e Cia., incorpore Castro e Soares.
Nos livros de Castro e Soares faz-se o encerramento da firma, usando a conta Silva e Cia –
transferência e citando no histórico que se trata de incorporação daquela a esta sociedade.
Em seguida faz-se a transferência do ativo e passivo da antiga firma Castro e Soares, ficando
assim integralizado o aumento de capital.
Cisão de Sociedades
“A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas de seu patrimônio para uma
ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a companhia
cindida, se houver versão de todo seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a
versão.”
Na cisão, uma sociedade pode reduzir seu capital, formando outra sociedade; a primeira
permanece, com capital reduzido, surgindo uma nova.
Após a fusão das firmas Castro e Soares e Silva e Cia., o patrimônio da sociedade nascida da
fusão Castro, Soares e Cia., ficou assim constituído:
ATIVO PASSIVO
Caixa 30.000,00 Contas a pagar 10.000,00
Títulos a receber 35.000,00 Títulos apagar 155.000,00
Mercadorias 180.000,00 Capital 150.000,00
Móveis e utensílios 70.000,00
Total 315.000,00 Total 315.000,00
Supondo-se que esta sociedade, algum tempo depois, deseje cindir-se, voltando à situação
anterior a fusão. Isso acarretará o desaparecimento de Castro, Soares e Cia., surgindo em seu
lugar às firmas Castro e Soares e Silva e Cia., cada uma com seu antigo patrimônio.
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1.1 Transferência do capital aos sócios, que serão creditados em contas de capital, a saber:
D – Capital 150.000,00
C – Castro – capital 50.000,00
C – Soares – capital 50.000,00
C – Silva – capital 25.000,00
C – Dias – capital 25.000,00
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Introdução à Contabilidade © 89
Nesse caso os sócios que se retiram são creditados em conta de capital, sendo debitados pelos
valores ativos e creditados pelos valores passivos que lhe são transferidos.
Absorção de Sociedades
Uma sociedade pode ser absorvida por outra, desaparecendo. Seu patrimônio é cedido a outra
sociedade, que o agrega ao seu.
Neste caso deve-se fazer o encerramento dos livros da sociedade que se dissolve, e na
sociedade que adquire seu ativo e passivo faz-se à agregação desses valores,
Supondo-se que a firma Silva e Cia., ceda, mediante pagamento em dinheiro, à firma Castro e
Soares, seu patrimônio, que é o seguinte:
SILVA E CIA
ATIVO PASSIVO
Títulos a receber 15.000,00 Contas a pagar 5.000,00
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Tem-se, antes de encerrar os livros de Silva e Cia., que proceder ao ajuste dessas contas, para
que elas sejam transferidas para a firma que adquire o patrimônio, pelo valor de sua aquisição.
Reversão do Capital
D – Capital 50.000,00
C – Silva – capital 25.000,00
C – Dias – capital 25.000,00
Distribuição do prejuízo
C – Lucros e perdas 8.000,00
D – Silva – lucros e perdas 4.000,00
D – Dias – lucros e perdas 4.000,00
Transferência de Passivo
C – Castro e Soares – transferência 15.000,00
D – Contas a pagar 5.000,00
D – Títulos a pagar 10.000,00
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Introdução à Contabilidade © 91
D – Caixa 42.000,00
C – Castro e Soares – transferência 42.000,00
SILVA E CIA
ATIVO PASSIVO
Caixa 42.000,00 Dias – capital 21.000,00
Silva – capital 21.000,00
Total 42.000,00 Total 42.000,00
C – Caixa 42.000,00
D – Silva – capital 21.000,00
D – Dias – capital 21.000,00
Nos livros desta firma os lançamentos não apresentam qualquer novidade, registrando-se
apenas a aquisição de ativo e passivo, pelo preço por que foram adquiridos. O patrimônio não
sofre alteração, embora haja modificação na espécie dos bens que o constituem.
Supondo-se que o patrimônio de Castro e Soares seja o que se segue, vejamos qual a
modificação que sofre.
CASTRO E SOARES
ATIVO PASSIVO
Caixa 80.000,00 Contas a pagar 20.000,00
Títulos a receber 20.000,00 Títulos a pagar 130.000,00
Mercadorias 150.000,00 Capital 150.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00
Total 300.000,00 Total 300.000,00
Transferência de Passivo:
CASTRO E SOARES
ATIVO PASSIVO
Caixa 38.000,00 Contas a pagar 25.000,00
Títulos a receber 34.000,00 Títulos a pagar 140.000,00
Mercadorias 177.000,00 Capital 150.000,00
Móveis e utensílios 66.000,00
Total 315.000,00 Total 315.000,00
Liquidação de Sociedades
Quando uma sociedade vai ser dissolvida, ela entra em liquidação. As sociedades dissolvem-
se por vários motivos, tais como:
Todos os livros da sociedade devem ser encerrados, transferindo-se o ativo e o passivo para a
mesma sociedade, seguida da expressão “em liquidação”.
Para o registro das operações são abertos livros novos, sendo os legais revestidos de todas as
formalidades exigidas para os livros dos comerciantes em geral.
O Diário é aberto para a transcrição de todos os valores ativos e passivos a serem liquidados,
e daí por diante todas as operações serão feitas sob o nome empresarial seguido da expressão
“em liquidação”.
Supondo-se que a firma Castro e Soares entre em liquidação quando sua situação patrimonial
se apresenta da seguinte forma:
CASTRO E SOARES
(em liquidação)
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Introdução à Contabilidade © 93
ATIVO PASSIVO
Caixa 70.000,00 Títulos a pagar 150.000,00
Títulos a receber 30.000,00 Capital 100.000,00
Mercadorias 200.000,00 Reserva de capital 60.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00 Lucros e perdas 40.000,00
Total 350.000,00 Total 350.000,00
Para o encerramento dos livros da firma que se liquidará, faz-se primeiramente a reversão do
capital aos sócios, assim como a distribuição das reservas e dos lucros, transferindo-se depois
o ativo e o passivo para a conta da firma em liquidação.
Para o registro desses créditos aos sócios cria-se uma conta especial que se denomina
Liquidação.
Transferência de Passivo:
Constituição do Ativo:
Constituição do Passivo:
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Introdução à Contabilidade © 94
Venda de Mercadorias:
D – Caixa 225.000,00
C – Mercadorias 200.000,00
C – Lucros e perdas 25.000,00
D – Caixa 30.000,00
C – Títulos a receber 30.000,00
Pagamento de Despesas:
Distribuição do Resultado:
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Introdução à Contabilidade © 95
C – Caixa 219.600,00
D – Castro – liquidação 109.800,00
D – Soares – liquidação 109.800,00
Com o pagamento dos haveres dos sócios fecham-se as últimas contas abertas na sociedade
em liquidação, desaparecendo assim seu patrimônio.
Quanto às cauções recebidas, são pouco comuns às empresas comerciais, pois suas finalidades
e operações não requerem a prestação de caução por parte de terceiros. Quando as empresas
comerciais se constituem em forma de sociedades por ações, os diretores se obrigam a
caucionar ações da própria sociedade como garantia de sua gestão. Essas ações são entregues
em custódia, não se incorporando ao patrimônio da sociedade, motivo pelo qual a caução é
registrada apenas através de lançamento de compensação.
A forma mais simples para registrar as operações com mercadorias é a chamada conta mista
de mercadorias.
Essa conta é denominada mista porque recebe a débito todas as entradas de mercadorias e a
crédito todas as saídas, representando, ao mesmo tempo, conta patrimonial e de resultado,
porque encerra em seus registros o estoque de mercadorias e o lucro bruto.
Sua imperfeição está justamente nisso, pois o saldo, em determinado momento, nada
representa; temos necessidade de conhecer o estoque para saber o lucro, e então ajustar
referida conta para que o saldo represente a efetiva realidade patrimonial.
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Introdução à Contabilidade © 96
C – Caixa 10.000,00
Vê-se que a mesma conta recebe a débito as entradas, e, a crédito, as saídas de mercadorias.
Como as entradas são feitas a preço de compra e as saídas a preço de venda, o saldo da conta
nada representa, havendo necessidade de se conhecer o estoque de mercadorias naquele
momento, para se conhecer o resultado.
MERCADORIAS
Estoque inicial 30.000,00 De caixa 16.000,00
A caixa 10.000,00 De duplicatas a receber 18.000,00
A fornecedores 15.000,00
Total 55.000,00 Total 34.000,00
Essa conta é chamada mista porque é tanto patrimonial como de resultado. Patrimonial porque
encerra em seus valores o estoque de mercadorias; de resultado porque encerra o lucro bruto
do exercício.
Como as empresas que se utilizam à conta mista geralmente não possuem controle de estoque,
não podem conhecer o custo das mercadorias vendidas nem o estoque existente, para
apuração do lucro bruto. Daí a necessidade de se fazer o inventário das mercadorias, ou seja,
sua contagem física, no dia da apuração do lucro.
É essa a principal desvantagem da conta mista, pois vimos que o custo mercantil deve ser
apurado mensalmente e o inventário físico é por demais trabalhoso para ser realizado com
essa freqüência.
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Introdução à Contabilidade © 97
O processo para determinação do lucro varia de acordo com a maneira utilizada para o
registro do movimento de mercadorias.
Quando a conta mercadorias é desdobrada em duas, uma para as compras e outra para as
vendas, a determinação do lucro se faz por processo pouco diferente do que usamos para a
conta mista.
Em qualquer dos casos, para determinação do lucro é necessário que se proceda a uma
contagem física das mercadorias.
Há empresas que mantêm livro de estoque, no qual devem constar as entradas e as saídas de
mercadorias, através do que se conhece, a qualquer momento, os saldos em estoque. Esse
controle também pode ser feito através de fichas de estoque.
Não resta dúvida de que o controle das mercadorias durante o exercício é de grande utilidade,
pois serve para comparação entre o saldo constante do livro ou das fichas e o apurado em
inventário, mesmo que a quebra que possa ocorrer atinja a percentagem mínima.
A contagem física das mercadorias é necessária em qualquer caso, sendo o primeiro passo a
ser dado para determinação do lucro nessa conta.
O estoque, para efeito de apuração de lucro, constitui crédito da conta, pois quando essas
mercadorias forem vendidas a conta será creditada.
Soma-se ao crédito da conta, o estoque das mercadorias ao preço de custo; do total subtrai-se
o débito. A diferença é o lucro.
Crédito R$25.000,00
Mais estoque R$10.000,00
Total R$35.000,00
Menos débito R$20.000,00
Lucro da conta R$15.000,00
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Introdução à Contabilidade © 98
Crédito R$20.000,00
Mais estoque R$ 8.000,00
Total R$28.000,00
Débito R$30.000,00
Resultado negativo R$ 2.000,00 (prejuízo)
Daí deduzimos que quando o crédito pé maior que o débito houve lucro; quando o débito é
maior que o crédito, houve prejuízo; se ambos são iguais, há equilíbrio, não houve lucro nem
prejuízo.
O resultado obtido é transferido para lucros e perdas, através dos seguintes lançamentos:
Depois de transferido saldo da conta mercadorias para lucros e perdas, aquela fica encerrada,
sendo depois reaberta pela importância do estoque, a débito. Essa mesma importância foi
colocada a crédito para se obter o resultado.
Após encerrada a conta, ela é colocada a débito, para que não se altere a equação que deve
existir entre a soma dos débitos e a soma dos créditos das contas do Razão.
MERCADORIAS
DÉBITO CRÉDITO
Estoque inicial 8.000,00 Vendas 25.000,00
Compras 12.000,00 Estoque 10.000,00
Lucro bruto 15.000,00
Total 35.000,00 Total 35.000,00
Estoque 10.000,00
O cálculo do lucro bruto pode ser feito fora da escrituração. Nada aparece através de
lançamentos, a não ser a transferência do lucro para lucros e perdas.
Deve-se registrar essas operações por meio de lançamentos. Assim, para levar o estoque a
crédito da conta mercadorias, faz-se o seguinte lançamento:
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Introdução à Contabilidade © 99
Após esse lançamento, transfere-se o lucro para lucros e perdas, ficando encerrada a conta
mercadorias. no início do ano seguinte, a conta mercadorias deve aparecer debitada pelo
estoque inicial do exercício.
D – Mercadorias 10.000,00
C – Mercadorias em estoque 10.000,00
No primeiro caso, em que o lucro foi apurado fora dos livros contábeis e creditado na conta
lucros e perdas, a conta mercadorias que era mista, foi debitada pelo lucro e seu saldo passou
a representar o estoque.
No segundo caso, em que o estoque foi creditado na conta mercadorias, essa conta passou a
representar o lucro bruto, sendo seu saldo posteriormente transferido para lucros e perdas.
Nesse caso, o estoque está representado pela conta mercadorias em estoque, que é conta
patrimonial e seu saldo é sempre devedor, pois representa a quantidade de mercadorias em
estoque. Esse saldo é transferido, no inicio do exercício, para a conta mercadorias, e esse
valor sofrerá variações aumentativas e diminutivas, através das quais chegaremos ao resultado
no fim do exercício.
O lucro indicado na conta mercadorias constitui o lucro bruto da empresa. Deduzidas deste as
despesas do exercício, temos o lucro líquido.
Como se vê, a conta mercadorias, por ocasião da apuração do lucro bruto, apresenta a
seguinte situação:
A diferença entre essas duas somas será o lucro bruto ou o prejuízo. Se o crédito for maior,
houve lucro, que será colocado a débito, para encerramento da conta, formando a seguinte
igualdade:
Se o débito for maior, houve prejuízo, que será colocado a crédito, para encerramento da
conta, formando a seguinte igualdade:
Dessas equações podemos extrair as seguintes fórmulas para o lucro bruto ou o prejuízo:
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Introdução à Contabilidade © 100
Vendas a Prestações
Nessa modalidade de vendas, geralmente o comprador assina um contrato, pelo qual assume a
responsabilidade de devolver a mercadoria adquirida, caso deixe de pagar as prestações
estipuladas pelo contrato. Esse contrato é chamado de reserva de domínio, porque a
mercadoria vendida continua de propriedade do vendedor até o final do pagamento das
prestações, embora a mercadoria permaneça na posse e uso do comprador. O contrato reserva
ao vendedor o domínio da coisa vendida até final liquidação da dívida assumida pelo
comprador.
A contabilização das operações realizadas com as vendas a prestação deve ser feita tendo-se
em vista as seguintes particularidades:
• A receita produzida pelas vendas deve ser registrada em conta especial, que
poderíamos chamar de Vendas a Prestações;
• Os débitos dos clientes devem também ser registrados em conta distinta das
demais contas de devedores da empresa, em virtude de seu caráter de crédito
especial, parte a curto e parte a longo prazo;
• As despesas oriundas dos contratos de reservas de domínio deverão ser registradas
em contas especiais de despesas, assim como a sua recuperação, quando elas
correrem por conta dos clientes;
• A existência dos contratos de reserva de domínio deve ser registrada através de
lançamento de compensação, que será baixado quando houver liquidação do
contrato;
• Quando o cliente deixar de pagar as prestações, sendo por isso entregue devolvida
pelo cliente a mercadoria, por força da reserva de domínio, o custo dessa
mercadoria será considerado como sendo o do saldo que o cliente deixou de pagar;
• Quando a mercadoria recuperada se refere a uma venda financiada por empresa
financeira, o saldo devedor do cliente deve ser reembolsado a esta, pelo vendedor,
após a retirada da mercadoria;
• A empresa vendedora deverá manter provisão para fazer face aos prejuízos pelos
créditos não recebidos, apesar da existência do contrato de reserva de domínio,
pois há certos casos em que a reivindicação da posse da mercadoria se torna
impossível, ou muito onerosa, em virtude de circunstâncias especiais;
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Introdução à Contabilidade © 101
Consignações
A consignação consiste na remessa de mercadorias que um comerciante faz a outro, para que
este as venda, continuando o primeiro proprietário das mercadorias, até que elas sejam
vendidas.
O consignatário poderá trabalhar por sua própria conta, sendo considerado, pelo consignador,
como o comprador das mercadorias vendidas, ou trabalhar a comissão, por conta do
consignador. Nesse caso, é mero intermediário, recebendo comissão na venda efetuada pelo
consignador ao cliente.
No segundo caso, o consignatário efetua a venda por conta do consignador, que emite a fatura
diretamente em nome do cliente, creditando ao consignatário, sua comissão pela venda e as
despesas efetuadas.
Operações a Termo
As operações a termo nada mais são do que contratos de compra e venda, não tendo o mesmo
objetivo. As operações a termo são feitas com o caráter de especulação, e a época do
vencimento do contrato é estipulada para determinado mês, dentro do qual deverá proceder a
liquidação das operações. Nesse mês o comprador receberá a mercadoria ou os títulos
comprados e pagará a importância do contrato, ou, se os tiver revendido, para liquidação no
mesmo mês, receberá apenas o lucro da operação, ou pagará o prejuízo, se houver.
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Introdução à Contabilidade © 102
Importação de Mercadorias
Nesse documento, o importador deverá mencionar a forma de pagamento, que poderá ser:
Fechado o câmbio, importador efetua o pagamento ao banco brasileiro onde fechou o câmbio.
Este toma as seguintes providências:
ATIVO IMOBILIZADO
Também chamado ativo fixo, o ativo imobilizado é a parcela do ativo que se compõe de
elementos que servem a vários ciclos operacionais e não se destinam a venda. Estão incluídos
entre tais elementos aqueles que se destinam a servir no futuro ao processo operacional.
Um edifício utilizado por uma fábrica é um ativo fixo dessa fábrica; é uma inversão básica; é
uma propriedade permanente; é usado no processo operacional e não se destina a venda.
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Introdução à Contabilidade © 103
uma patente ou título de propaganda, cujo valor reside nos direitos de propriedade que são
legalmente conferidos aos seus possuidores.
Contas de controle do razão devem ser estabelecidas para cada classe principal de ativo
imobilizado, para o registro do seu custo corrigido e respectiva depreciação acumulada.
Além das contas de controle, devem ser mantidos registros individuais para cada unidade de
propriedade que compõe os elementos do ativo imobilizado. A manutenção do Registro
Individual do bem é essencial para:
Registros individuais de bens podem ser mantidos manualmente, no caso de empresas com
número relativamente pequeno de itens, ou podem ser mantidos através de processamento
eletrônico de dados ou outros sistemas.
ATIVO DIFERIDO
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Introdução à Contabilidade © 105
OPERAÇÕES FINANCEIRAS
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Introdução à Contabilidade © 106
O título deverá conter o nome da pessoa a quem deve ser pago, não podendo estar ao
portador.
A época do pagamento deve ser precisa e única para toda a soma devida.
São aplicáveis a promissória todos os dispositivos pertinentes à letra de câmbio, com exceção
dos que se referem ao aceite e à multiplicação do título, porquanto a letra de câmbio poderá
ser feita em mais de uma via, ao passo que a promissória só poderá ser emitida em uma via.
Com relação ao endosso, aval, pagamento e protesto da promissória, aplicam-se aos mesmos
dispositivos da letra de câmbio, com a diferença de que a promissória não poderá ser
endossada em branco, desde que não pode ser emitida ao portador.
Na operação de caução, a empresa entrega ao banco os títulos para cobrança, sacando com
antecedência uma parcela de seu valor. A percentagem que se pode sacar varia de acordo com
o crédito da empresa, mas geralmente é de 70 a 80%.
Pela operação de desconto, a empresa transfere ao banco a propriedade do título, no qual apõe
seu endosso, que é a garantia do banco no caso de o cliente não pagar o título. A venda desses
títulos ao banco se faz por preço inferior ao do valor nominal do título.
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Introdução à Contabilidade © 107
Na hipoteca, o bem dado como garantia permanece em poder do devedor, somente passando
para as mãos do credor quando a dívida não é paga. No penhor, a coisa penhorada é entregue
ao credor, devendo ser devolvida quando liquidada a importância do empréstimo ao qual
serviu de garantia.
As debêntures, são títulos emitidos pelas sociedades por ações, que os colocam junto àqueles
de quem vão obter o empréstimo.
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Introdução à Contabilidade © 108
A diferença constitui prejuízo, ou despesa que deverá ser registrada no ato da colocação da
debênture.
A contabilização do débito do IPI, portanto, não transitará por conta de resultado, sendo
efetuada mediante lançamento direto na conta de IPI a Recolher. Exemplo:
ICMS
Lançamento:
D. ICMS sobre Vendas (Resultado)
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Introdução à Contabilidade © 109
ISS
Esse imposto é próprio das empresas de prestação de serviços. Entretanto, algumas empresas
comerciais, além de vender mercadorias também pode prestar algum tipo de serviço pagando
ISS sobre a receita desse serviço.
A alíquota e a base de cálculo do Imposto sobre Serviços podem ser diferentes em cada cidade
do país, pois dependem da legislação municipal.
Lançamento:
D. ISS sobre Vendas (Resultado)
C. ISS a Recolher (Passivo Circulante)
PIS E COFINS
A partir de 01.02.1999, com a edição da Lei 9.718/98, a base de cálculo das contribuições do
PIS e da COFINS é a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevante o
tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas.
Lançamentos:
D. PIS sobre Vendas (Resultado)
C. PIS a Recolher (Passivo Circulante)
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Introdução à Contabilidade © 110
III – prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração,
a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de
comunicação de qualquer natureza;
IV – fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na
competência tributária dos Municípios;
V – fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre
serviços, de competência dos Municípios, quando a lei complementar aplicável
expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual.
VI – sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa física ou
jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua
finalidade;
VII – sobre o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;
VIII – sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes
e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados
à comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o
imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente.
NÃO INCIDÊNCIAS
Equipara-se às operações de que trata o item II a saída de mercadoria realizada com o fim
específico de exportação para o exterior, destinada a:
a) empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro estabelecimento da mesma
empresa;
b) armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro.
CONTRIBUINTE
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É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito
comercial:
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma ou mais
operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subseqüentes, inclusive ao
valor decorrente da diferença entre alíquotas interna e interestadual nas operações e
prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, que
seja contribuinte do imposto.
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Introdução à Contabilidade © 113
Exemplo:
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VEDAÇÃO DE CRÉDITO
ESTORNO DE CRÉDITO
O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado sempre que o
serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento:
I – for objeto de saída ou prestação de serviço não tributada ou isenta, sendo esta
circunstância imprevisível na data da entrada da mercadoria ou da utilização do serviço;
II – for integrada ou consumida em processo de industrialização, quando a saída do produto
resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto;
III – vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento;
IV – vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se.
Não se estornam créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto de
operações ou prestações destinadas ao exterior.
O campo de incidência do imposto abrange todos os produtos com alíquota, ainda que zero,
relacionados na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), observadas as disposições contidas nas
respectivas notas complementares, excluídos aqueles a que corresponde a notação "NT" (não-
tributado).
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Introdução à Contabilidade © 117
IMUNIDADE
CONTRIBUINTES
FATO GERADOR
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Introdução à Contabilidade © 118
III – na saída da repartição que promoveu o desembaraço aduaneiro, quanto aos produtos que,
por ordem do importador, forem remetidos diretamente a terceiros;
IV – na saída do estabelecimento industrial diretamente para estabelecimento da mesma firma
ou de terceiro, por ordem do encomendante, quanto aos produtos mandados industrializar por
encomenda;
V – na saída de bens de produção dos associados para as suas cooperativas, equiparadas, por
opção, a estabelecimento industrial;
VI – no quarto dia da data da emissão da respectiva nota fiscal, quanto aos produtos que até o
dia anterior não tiverem deixado o estabelecimento do contribuinte;
VII – no momento em que ficar concluída a operação industrial, quando a industrialização se
der no próprio local de consumo ou de utilização do produto, fora do estabelecimento
industrial;
VIII – no início do consumo ou da utilização do papel destinado à impressão de livros, jornais
e periódicos, em finalidade diferente da que lhe é prevista na imunidade, ou na saída do
fabricante, do importador ou de seus estabelecimentos distribuidores, para pessoas que não
sejam empresas jornalísticas ou editoras;
IX – na aquisição ou, se a venda tiver sido feita antes de concluída a operação industrial, na
conclusão desta, quanto aos produtos que, antes de sair do estabelecimento que os tenha
industrializado por encomenda, sejam por este adquiridos;
X – na data da emissão da nota fiscal pelo estabelecimento industrial, quando da ocorrência
de qualquer das hipóteses enumeradas no RIPI..
XI – no momento da sua venda, quanto aos produtos objeto de operação de venda que forem
consumidos ou utilizados dentro do estabelecimento industrial;
XII – na saída simbólica de álcool das usinas produtoras para as suas cooperativas,
equiparadas, por opção, a estabelecimento industrial.
XIII - na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria no recinto alfandegado,
antes de aplicada a pena de perdimento, quando as mercadorias importadas forem
consideradas abandonadas pelo decurso do referido prazo.
O ISS até 31.07.2003 foi regido pelo Decreto - Lei 406/1968 e alterações posteriores. A partir
de 01.08.2003, o ISS é regido pela Lei Complementar 116/2003.
SERVIÇOS DO EXTERIOR
O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se
tenha iniciado no exterior do País.
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Introdução à Contabilidade © 119
O ISS incide sobre os serviços prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos
explorados economicamente mediante autorização, permissão ou concessão, com o
pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço.
NÃO INCIDÊNCIA
Nota: não se enquadram no item I os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se
verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior.
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Introdução à Contabilidade © 120
No caso dos serviços a que se refere o subitem 3.04 da Lista de Serviços (Locação,
sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não,
de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza), considera-se
ocorrido o fato gerador e devido o imposto em cada Município em cujo território haja
extensão de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza, objetos
de locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso,
compartilhado ou não.
No caso dos serviços a que se refere o subitem 22.01 da Lista de Serviços (serviços de
exploração de rodovia mediante cobrança de preço ou pedágio dos usuários, envolvendo
execução de serviços de conservação, manutenção, melhoramentos para adequação de
capacidade e segurança de trânsito, operação, monitoração, assistência aos usuários e outros
serviços definidos em contratos, atos de concessão ou de permissão ou em normas oficiais) da
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Introdução à Contabilidade © 121
lista anexa, considera-se ocorrido o fato gerador e devido o imposto em cada Município em
cujo território haja extensão de rodovia explorada.
ESTABELECIMENTO
CONTRIBUINTE
Contribuinte é o prestador do serviço.
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
BASE DE CÁLCULO
Quando os serviços descritos pelo subitem 3.04 da Lista de Serviços forem prestados no
território de mais de um Município, a base de cálculo será proporcional, conforme o caso, à
extensão da ferrovia, rodovia, dutos e condutos de qualquer natureza, cabos de qualquer
natureza, ou ao número de postes, existentes em cada Município.
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Introdução à Contabilidade © 122
Não se incluem na base de cálculo do ISS o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos
serviços previstos nos itens 7.02 e 7.05 da Lista de Serviços.
ALÍQUOTA MÍNIMA
A alíquota mínima poderá ser reduzida para os serviços a que se referem os itens 32, 33 e 34
da Lista de Serviços anexa ao DL 406/1968.
ALÍQUOTA MÁXIMA
A alíquota máxima de incidência do ISS foi fixada em 5% pelo art. 8, II, da Lei
Complementar 116/2003.
As contribuições do PIS e COFINS, atualmente, estão regidas pela Lei 9.718/98, com as
alterações subsequentes.
ALÍQUOTAS
PIS: 0,65% e sobre a receita bruta ou 1% sobre a folha de salários, nos casos de entidades sem
fins lucrativos. Entretanto, para determinadas operações, a alíquota é diferenciada.
Exemplos:
1) Cálculo do PIS e COFINS sobre a receita bruta de R$ 1.000.000,00 (empresa optante pelo
Lucro Presumido):
COFINS: R$ 1.000.000,00 x 3% = R$ 30.000,00
PIS: R$ 1.000.000,00 x 0,65% = R$ 6.500,00
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Introdução à Contabilidade © 123
2) Cálculo do PIS de uma entidade sem fins lucrativos, cujo valor da folha de salários é de R$
10.000,00 no mês:
R$ 10.000,00 x 1% = R$ 100,00
BASE DE CÁLCULO
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Introdução à Contabilidade © 124
No grupo (espécie) receitas não operacionais, as receitas mais comuns são as decorrentes de
alienação de bens do ativo permanente, tais como bens móveis e imóveis, investimentos, etc.
Estas, entretanto, estão textualmente excluídas da base do PIS e da COFINS.
Assim, o conceito de Faturamento, que antes significava o somatório das receitas objeto da
empresa (aquelas constantes em Notas Fiscais de venda ou prestação de serviços), para fins de
apuração de base de cálculo do PIS e COFINS, abrange todas as receitas da empresa, sejam
operacionais ou não operacionais.
Os créditos do PIS e COFINS, escriturados por pessoa jurídica que tenha auferido receitas
submetidas ao regime de tributação não cumulativa dessa contribuição (Lei 10.637/2002 e Lei
10.833/2003), poderão ser utilizados na dedução, na escrita contábil da pessoa jurídica, dos
débitos da contribuição decorrentes de suas receitas tributadas.
Desta forma, conclui-se que é obrigatório a contabilização do crédito do PIS e da COFINS,
não bastando contabilizar o encargo correspondente pelo valor líquido (débito menos crédito),
devendo sê-lo destacadamente.
A seguir, apresentamos exemplos de contabilização:
CRÉDITO DE ESTOQUES DE 01.12.2002
Estoques Existentes em 01.12.2002 - R$ 50.000,00
Crédito do PIS R$ 50.000,00 x 0,65% = R$ 325,00 dividido por 12 = R$ 27,03
D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
C - Estoques (Ativo Circulante)
R$ 325,00 (valor integral do crédito)
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Introdução à Contabilidade © 125
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Introdução à Contabilidade © 126
O valor da CSLL, da COFINS e do PIS retidos será determinado mediante a aplicação, sobre
o montante a ser pago, do percentual total de 4,65%, (quatro inteiros e sessenta e cinco
centésimos por cento), correspondente à soma das alíquotas de 1% (um por cento), 3% (três
por cento) e 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento), respectivamente.
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Introdução à Contabilidade © 127
Os valores retidos serão considerados como antecipação do que for devido pelo contribuinte
que sofreu a retenção, em relação às respectivas contribuições.
Exemplo:
Empresa "A" emitiu Nota Fiscal de prestação de serviços para seu cliente, empresa "B", com
os seguintes dados:
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Introdução à Contabilidade © 128
Apesar da legislação que regia a correção monetária ser extinta em 1995, é apresentado a
seguir um resumo histórico das principais características desta sistemática, já que muitas
empresas mantêm saldos e controles das contas representativas da correção.
A correção dos efeitos da desvalorização da moeda sobre os bens do ativo fixo é comumente
chamada de “correção monetária”.
Em virtude dos efeitos da inflação sobre o patrimônio e sobre o resultado das empresas, em
quase todos os países, há uma preocupação constante dos membros da profissão, bem como
das autoridades governamentais, em fazer refletir, nas demonstrações contábeis, esses efeitos
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Introdução à Contabilidade © 129
O Brasil, em face das altas taxas inflacionárias que vem apresentando sua economia, foi um
dos precursores dos ajustes dos balanços, como conseqüência da inflação. Assim é que, desde
1944, a legislação fiscal brasileira vem criando certos dispositivos que reconhecem esse
efeito. A princípio esse ajuste era facultativo, com a denominação de “reavaliação do ativo”,
que era tributada pelo imposto de renda, embora as taxas reduzidas.
A partir de 1964, esse ajuste passou a ser compulsório, com a denominação de correção
monetária, que atingia apenas as contas do então chamado ativo fixo ou imobilizado, sem
repercussão no resultado do exercício.
A Lei n.º 6.404, de 15/12/1976, deu maior amplitude à correção monetária, mandando que os
ajustes fossem feitos no ativo permanente e no patrimônio liquido, com repercussão no
resultado do exercício. É o seguinte o texto da lei:
Deve-se registrar no final de cada exercício, a correção monetária dos bens do ativo
permanente e do patrimônio liquido, de acordo com a variação do poder aquisitivo da moeda.
Tomando-se como base um ativo permanente de R$ 571.000,00 (já deduzida a provisão para
depreciações de R$ 4.000,00) e um capital de R$ 1.000.000,00, termos os seguintes
lançamentos de correção monetária, supondo-se uma desvalorização da moeda de 5% no
período considerado:
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Introdução à Contabilidade © 130
O saldo da conta correção monetária do patrimônio será transferido para lucros e perdas,
juntamente com outras contas de receitas e despesas.
Os ajustes devem ser feitos nas contas do ativo permanente e nas contas do patrimônio
liquido. São também corrigidas as contas redutoras dessas contas, tais como as provisões para
depreciações ou amortizações e as de capital a realizar e de prejuízos acumulados.
A contabilização da correção monetária é feita mediante débito das contas do ativo e crédito
de uma conta de resultado que poderá denominar-se Correção Monetária do Balanço, bem
como mediante crédito das contas do patrimônio liquido e débito dessa conta, cujo saldo será
debitado ou creditado ao resultado do exercício, conforme seja, devedor ou credor. Das contas
corrigidas a única que não sofre um ajuste direto é a de capital. A correção dessa conta é feita
mediante crédito à conta Reserva de Correção Monetária do Capital, cujo saldo é
posteriormente transferido para a conta de capital, após a legalização do aumento do capital
da empresa, mediante assembléia geral ou alteração de contrato social.
A Correção Monetária das Demonstrações Financeiras foi extinta conforme disposto no artigo
4º da Lei n.º 9.249, de 26/12/1995.
DEPRECIAÇÃO
Referida perda será registrada periodicamente nas contas de depreciação, que funcionarão
como redutoras do ativo.
Com exceção de terrenos e de alguns outros itens, os elementos que integram o Ativo
Permanente Imobilizado têm um período limitado de vida útil.
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Introdução à Contabilidade © 131
Os bens de uso da empresa estão sujeitos à desvalorização decorrente de seu uso ou da ação
do tempo, motivo pelo qual devem ser anualmente depreciados por ocasião do balanço.
A amortização tem a mesma finalidade da depreciação, embora com caráter especial. Consiste
na extinção gradual de valor imaterial ou de dispêndio que figura no ativo como encargo de
exercícios futuros.
Na instalação da empresa, fazem-se gastos que não podem ser recuperados, aos quais
constituem despesas de instalação, tais como: montagem do estabelecimento, instalações,
propaganda, despesas administrativas e outras despesas pré-operacionais. Essas despesas,
embora realizadas no momento de instalação, vão beneficiar exercícios futuros, não sendo
justo que constituam encargos de um só exercício. Daí atribuir-se essas despesas a vários
exercícios, amortizando-as aos poucos.
Podemos também criar provisão para amortização. A conta representativa dessa provisão seria
provisão para amortizações.
Taxas de Depreciação
Edificações – 4% ao ano
Instalações – 10% ao ano
Móveis e Utensílios – 10% ao ano
Máquinas e Equipamentos – 10% ao ano
Ferramentas – 15% ao ano
Veículos – 20% ao ano
Equipamentos de Informática – 20% ao ano
Equipamentos de Comunicação – 20% ao ano
Nota: - O contador deverá conferir as taxas de depreciação utilizadas que constam no sistema
de controle do Ativo Imobilizado ou planilhas alternativas do cálculo da depreciação
acumulada, verificando se as mesmas estão em conformidade com as Instruções Normativas
IN SRF 162/98 e IN SRF 130/99.
Por ocasião do encerramento do balanço, tais percentuais somente poderão ser aplicados em
seu total sobre os bens já existentes na empresa no exercício anterior ou que tenham sido
adquiridos no primeiro mês do exercício social objeto do cálculo.
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Introdução à Contabilidade © 132
A técnica contábil estipula que o valor residual do bem deve ser computado como dedução do
seu valor total para determinar o valor base de cálculo da depreciação. Todavia, na prática
esse procedimento não tem sido muito adotado, já que é bastante difícil estimar o valor
residual, principalmente numa economia inflacionária.
b) Soma dos dígitos dos anos – é decrescente, efetua-se a soma do número de anos de
vida útil do bem; estabelece-se uma fração em que o denominador é a soma dos
algarismos e o numerador para o primeiro ano “n”, onde o n representa o número
de anos de vida útil; multiplica-se a fração referida pelo valor do bem a ser
depreciado.
Esse método proporciona quotas de depreciação maiores no início e menores no fim da vida
útil, permitido mais uniformidade na distribuição dos custos, já que os bens, quando novos,
necessitam de pouca manutenção e reparos.
O prazo de vida útil admissível para fins de depreciação de bem adquirido usado é o maior
dentre os seguintes:
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Introdução à Contabilidade © 133
Deste modo, ao adquirir um bem usado, a empresa deve munir-se de documento que
comprove a época em que o mesmo foi instalado para utilização pela primeira vez.
Lançamento Contábil
FOLHA DE PAGAMENTO
Na folha de pagamento, além dos salários dos funcionários, constam também outros valores,
tais como: férias, 13º salário, INSS e IRRF descontados dos salários, aviso prévio, valor do
desconto relativo ao vale transporte e às refeições e ainda o valor do FGTS incidente sobre os
salários.
Podem, ainda, constar da folha de pagamento de salários, as verbas pagas aos funcionários por
ocasião da rescisão de contrato de trabalho.
Normalmente os salários são pagos até o 5º dia útil do mês seguinte ao de referência, exceto
os casos em que os acordos ou convenções coletivas estabelecem prazos menores.
No caso do valor relativo às férias e ao 13º salário, a empresa deve apropriar estes valores
mensalmente em obediência ao regime de competência, efetuando a provisão para o
pagamento dessas verbas. Se a empresa não faz a provisão, esses valores serão apropriados
como custo ou despesa por ocasião do respectivo pagamento.
Sobre a constituição da provisão de férias e do 13º salário, leia os tópicos específicos nesta
obra.
CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL
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Introdução à Contabilidade © 134
Salários 15.000,00
Aviso Prévio indenizado 800,00
Férias indenizadas 700,00
Salário maternidade 1.800,00
Salário família 30,00
13º salário – quitação 500,00
Total das verbas 18.830,00
DESCONTOS R$
Adiantamento de salário 6.000,00
INSS sobre salários 1.425,00
INSS sobre 13º salário 40,00
Vale-transporte 740,00
Plano de Alimentação do Trabalhador 980,00
Assistência Médica 630,00
Faltas e atrasos 90,00
IRRF sobre salários 710,00
Contribuição Sindical 30,00
Total dos descontos 10.645,00
Valor líquido da folha de pagamento R$ 8.185,00
Outros dados:
A rescisão de contrato de trabalho é por dispensa sem justa causa, ocorrida no dia 31.10 e o
pagamento será feito até o 2º dia útil subseqüente.
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Introdução à Contabilidade © 135
O adiantamento de salário foi pago no dia 20.10, e sobre esse valor foi retido o IRRF no valor
de R$ 150,00.
A empresa provisiona mensalmente o valor das férias, o 13º salário e os encargos sociais.
Lançamentos contábeis:
3) Pela provisão dos valores relativos aos salários e ao aviso prévio indenizado:
4) Pela baixa da provisão para férias e encargos incidentes sobre essa verba, pelo valor a ser
pago na rescisão, tendo em vista que esses valores já foram provisionados anteriormente:
5) Pela baixa da provisão para 13º salário e encargos incidentes sobre essa verba, pelo valor a
ser pago na rescisão tendo em vista que esses valores já foram provisionados anteriormente:
6) Pelo valor da contribuição FGTS incidente sobre a parcela do 13º salário pago na rescisão:
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Introdução à Contabilidade © 136
8) Pelo valor do salário-família e salário maternidade que serão deduzidas do valor do "INSS
a recolher":
Nota:
Salário-Família R$ 30,00
Salário Maternidade R$ 1.800,00
9) Pelo valor da contribuição sindical, INSS sobre salários e 13º salário e IRRF descontados
em folha de pagamento:
a) Assistência Médica
b) Vale Transporte:
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Introdução à Contabilidade © 137
14) Pelo pagamento dos salários (total líquido da folha de R$ 8.185,00 menos os valores a
pagar em rescisão de contrato de R$ 2.000,00):
15) Pelo pagamento das verbas rescisórias (aviso prévio, 13º salário e férias):
As contas de resultado são contas periódicas. Isso quer dizer que a cada exercício social os
saldos dessas contas são encerrados para se apurar o resultado, através da confrontação
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Introdução à Contabilidade © 138
Disciplina Legal
Despesas e outras receitas operacionais, segregadas por subtotais, segundo sua natureza:
Faturamento Bruto
(-) IPI faturado
(=) Receita bruta de vendas de mercadorias, produtos ou serviços
(-) Vendas canceladas
(-) Abatimentos concedidos
(-) Impostos e contribuições incidentes sobre vendas e serviços
(=) Receita líquida de vendas
(-) Custo das mercadorias ou produtos vendidos e serviços prestados
(=) Resultado bruto
(-) Despesas operacionais:
Despesas com vendas
Despesas gerais e administrativas
Despesas financeiras
Outras despesas operacionais
(-) Resultado negativo em participações societárias
(-) Variações monetárias passivas
(+) Receitas financeiras
(+) Resultados positivos em participações societárias
(+) Variações monetárias ativas
(=) Resultado operacional
(-) Despesas não-operacionais
(-) Saldo devedor de correção monetária
(+) Receitas não-operacionais
(+) Saldo credor de correção monetária
(=) Resultado do período antes de Contribuição Social e Imposto de Renda
(-) Participações de debenturistas
(-) Participações de empregados
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Introdução à Contabilidade © 139
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
1. Balanço patrimonial
2. Demonstração de resultado do exercício
3. Demonstração dos lucros e prejuízos acumulados
4. Demonstração das origens e aplicações dos recursos
Além dos aprimoramentos no método de avaliação dos investimentos, a lei exige que,
complementarmente às demonstrações financeiras normais, sejam apresentadas
demonstrações financeiras consolidadas da investidora com suas controladas.
A consolidação será compulsória para as Companhias Abertas que tiverem mais de 30% do
seu patrimônio liquido representado pelos investimentos em controladas. A lei define as
norma básicas doe consolidação que incluem a necessidade de eliminação dos saldos e
transações intercompanhias, dos lucros ou prejuízos remanescentes nos ativos, a exclusão das
partes minoritárias e outros.
A consolidação foi uma das principais inovações da lei atual, já que não era obrigatória até
então e apenas algumas raras empresas a publicavam.
BALANÇO PATRIMONIAL
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Introdução à Contabilidade © 140
No balancete são relacionadas todas as contas utilizadas pela empresa, quer patrimoniais quer
de resultado, demonstrando seus débitos, créditos e saldos.
Desta forma, muitos dos componentes patrimoniais aumentam ou diminuem de valor, sem que
a contabilidade registre tais variações, bem como muitas das receitas e despesas, recebidas ou
pagas durante o exercício, não correspondem realmente aos ingressos e ao custo do período.
As fontes de informações mais usuais para verificação dos registros contábeis são os livros
fiscais, os extratos bancários, as posições de financiamentos e carteiras de cobranças, as
folhas de pagamento, os controles de caixa, etc.
Para elaboração do balanço devem ser efetuados vários ajustes e reclassificações nas contas
patrimoniais, entre os mais comuns são:
2 - confronta-se o saldo de cada conta do razão com os livros auxiliares tais como: livro caixa,
contas correntes, registro de duplicatas, fichas de estoques de mercadorias, fichas de controle
do ativo permanente;
4 - após elaborar o inventário, confrontam-se seus totais com os saldos das respectivas contas
e dos registros específicos de cada bem. Caso sejam constatadas divergências, e apuradas suas
causas, deve-se proceder aos ajustes;
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Introdução à Contabilidade © 141
Algumas empresas destinam parte de seus lucros aos empregados, aos administradores, aos
detentores de partes beneficiárias. Tais valores devem ser contabilizados no encerramento do
exercício.
Exemplo:
Débito Crédito
Apuração do Resultado do Exercício 1.406.122,00
ICMS sobre Vendas 120.000,00
PIS e COFINS sobre Vendas 54.750,00
Custo das Mercadorias Vendidas 720.000,00
Folha de Pagamento 155.000,00
Encargos Sociais e Trabalhistas 60.450,00
Despesas Financeiras 79.000,00
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Introdução à Contabilidade © 142
O saldo da conta “Apuração do Resultado do Exercício” será então transferido para a conta de
“Lucros ou Prejuízos Acumulados”. No exemplo acima, o lançamento seria:
Após essas operações, estão encerradas as contas de resultado, restando somente as contas
patrimoniais.
a) no ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos
nelas registrados, nos seguintes grupos:
- ativo circulante;
- ativo realizável a longo prazo;
- ativo permanente, dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido;
- passivo circulante;
- passivo exigível a longo prazo;
- resultados de exercícios futuros;
O balanço patrimonial deverá ser estruturado em sete grupos de contas, de acordo com a
natureza dos valores, como segue:
ATIVO PASSIVO
GRUPO Natureza dos GRUPO Natureza dos
Valores Valores
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Exigível Dívidas
a longo vencíveis
prazo após o
exercício
seguinte
Realizável Valores
a longo realizáveis após
prazo exercício
seguinte
Participações de Receitas
natureza Resultado líquidas
P Investimento permanente De ainda não
E Exercícios realizadas
Futuros
R Bens e valores
necessários a
manutenção das
Imobilizado atividades da
empresa
M Dotação
A Capital dos sócios
N P Social
E A Acréscimos
N T de recursos
T Despesas que R Reservas não gerados
E beneficiarão I De capital pelos lucros
exercícios M
Diferido futuros
Ô Contrapartida
N de novas
I Reservas de Avaliações do
O reavaliação Ativo
L Acréscimos
Í de recursos
Q Reservas gerados
U De lucros pelos lucros
I
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Introdução à Contabilidade © 144
O estado patrimonial é demonstrado através das contas patrimoniais, ativas e passivas, que
compõem o balanço patrimonial.
Assim, muitos dos componentes patrimoniais aumentam ou diminuem de valor, sem que a
Contabilidade registre tais variações, bem como muitas das receitas e despesas, recebidas ou
pagas durante o exercício, não correspondem realmente aos ingressos e ao custo do período.
DESTINAÇÃO DO RESULTADO
Observe-se, ainda, que por determinação contratual, legal ou estatutária, podem ser
necessárias a formação de reservas de lucros específicas, como para as Sociedades Anônimas,
que devem constituir a Reserva Legal (5% sobre o lucro líquido do exercício – nas condições
do art. 193 da Lei das S/A). Neste caso, o lançamento seria:
Na hipótese de ocorrer prejuízo no exercício, tal valor deve ser transferido para reservas de
lucros existentes. Se tais não existirem, ou forem insuficientes, o valor não compensado
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Introdução à Contabilidade © 145
deverá ser mantido em conta de “Prejuízos Acumulados”, até sua futura absorção por lucros
ou mesmo pela redução do Capital Social.
Exemplo:
Após ter efetuado todos os lançamentos de encerramento do exercício, no livro diário, devem
ser transcritos também o balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício,
além da demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, com a data e assinatura dos
administradores e do responsável pela contabilidade, com respectivo CRC.
"as demonstrações serão complementadas por Notas Explicativas e outros quadros analíticos
ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos
resultados do exercício".
O § 5º do mesmo artigo da Lei das S/A menciona, sem esgotar o assunto, as bases gerais e as
normas a serem inclusas nas demonstrações financeiras, as quais deverão indicar:
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Introdução à Contabilidade © 146
A Lei das S/A estabeleceu os casos que deverão ser mencionados em Notas Explicativas; no
entanto, essa menção representa o conceito básico a ser seguido pelas empresas, podendo
haver situações em que sejam necessárias Notas Explicativas adicionais, além das já previstas
pela Lei das S/A.
Como complemento às Notas Explicativas previstas na Lei das S/A, a Comissão de Valores
Mobiliários vem apresentando recomendações sobre a divulgação de diversos assuntos
relevantes para efeito de melhor entendimento das demonstrações financeiras. Os itens, que
de acordo com as sugestões da CVM devem constar das Notas Explicativas, são os seguintes:
- ações em tesouraria;
- arrendamento mercantil;
- capital realizado atualizado;
- demonstrações em moeda de capacidade constante;
- demonstrações financeiras consolidadas;
- lucro/prejuízo por ação;
- ativo diferido;
- investimentos societários no Exterior;
- mudança de critério contábil;
- remuneração dos administradores;
- reservas - detalhamento;
- retenção de lucros;
- transações entre partes relacionadas;
- dividendos - cálculo;
- ágio/deságio;
- equivalência patrimonial;
- destinação do resultado do exercício;
- empreendimentos em fase de implantação;
- debêntures;
- ajustes de exercícios anteriores;
- reavaliação de bens;
- planos de aposentadoria e pensões;
- provisões para créditos de liquidação duvidosa;
- ônus, garantias e contingentes;
- obrigações de longo prazo;
- programa de desestatização;
- opção de compra de ações.
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Introdução à Contabilidade © 147
Para detalhamentos sobre notas explicativas exigidas pela CMV para companhias abertas,
abra o arquivo “Notas Explicativas – Orientações CVM” desta obra, no diretório “Tópicos
Contábeis”.
A diferença foi acrescida aos saldos do imobilizado, a crédito da Reserva para Reavaliação
integrante do Patrimônio Líquido da sociedade. O valor reavaliado dos edifícios e máquinas
passou agora a ser depreciado pela sua vida útil econômica remanescente estimada,
utilizando-se as taxas de depreciação usuais.
Apesar de não prevista pela Lei Societária, pela CVM ou qualquer outro órgão profissional, as
empresas têm divulgado de forma usual, como a primeira das Notas Explicativas com o título
"Operações" ou "Contexto Operacional" cujo conteúdo faz menção ao ramo de atividade
explorado, base de operação e mercado que atua e qual o estágio do empreendimento se
estiver em implantação ou se estiver em expansão.
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Introdução à Contabilidade © 148
Tais informações são importantes para que os analistas e demais usuários das demonstrações
financeiras possam melhor avaliar a situação da empresa e os seus resultados, bem como
julgar da razoabilidade de índices de rentabilidade e liquidez.
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