You are on page 1of 36

Ergonomia

EPR17 – Planejamento e Projeto de Produtos 1


03/09/2008

1
Ergonomia
Ergon = trabalho
Nomos = regras

Estudo científico da relação


entre o homem e seus
meios, métodos e ambiente
de trabalho
IEA (1969)

2
IEA (2000)
“É a disciplina científica interessada na
compreensão das interações entre os
humanos e outros elementos de um
sistema. É o campo profissional que
aplica teoria, princípios, dados e
métodos para projetar objetivando
otimizar o bem-estar humano e o
desempenho geral do sistema.
5

Os ergonomistas contribuem para


o projeto e avaliação de tarefas,
trabalhos, produtos, ambientes e
sistemas para fazê-los
compatíveis com as
necessidades, habilidades e
limitações das pessoas.”
6
IEA (2000)

3
É a utilização de conhecimentos
científicos relativos ao homem e
necessários para conceber
instrumentos, máquinas e dispositivos
que possam ser utilizados pelo maior
número de pessoas, com o máximo
de conforto, de segurança e de
eficiência.
SELF
7

“Arte na qual são utilizados o


saber tecnocientífico e o
saber dos trabalhadores
sobre a própria situação de
trabalho.”
WISNER
8

4
Ciência
do
trabalho.
(Montmollin, 1984) 9

Histórico
• Pré-história

O homem fabricava
armas de pedra lascada
a 2 milhões de anos.

Este produto primitivo


levou 500 mil anos para
se transformar numa
machadinha
10

5
Histórico
• Pré-história
• 1857: Wojciech Jastrzbowski
Artigo: Ensaios de ergonomia ou
ciência do trabalho, baseado nas leis objetivas
da natureza.
• Revolução Industrial

11

Histórico
• Segunda Guerra Mundial
• Aparatos tecnológicos
• Conflito homem - máquina
• Engenheiro + psicólogo + fisiologista
• Aplicação na indústria e uso civil

• 1949: Ergonomics Research Society


• Fábricas, sinalização, tratores, caminhões,12
automóveis, vida doméstica (fogão)

6
Histórico
• 1950: Ergonomia em serviços na França
Desenvolvimento da ergonomia no mundo se dá pela
Agência de Produtividade Européia (Organização para
Cooperação Econômica Européia) - Seção de Fatores
Humanos.

• 1957: Human Factors Society – USA

• Anos 60: Sociétè d’Ergonomie de Langue Française – SELF

• 1961: Associação Internacional de Ergonomia – IEA


13

Histórico
• Brasil

• Engenharia e desenho industrial

• Fundamento bibliográfico: Grandjean, Murrel,


Sanders e McCornick, Woodson

• Pesquisas – USP e FGV

• 1983: ABERGO

14

7
Década Representação
50 Ergonomia militar
60 Ergonomia industrial
70 Ergonomia do consumo
80 Ergonomia de software e da interação
homem-computador
90 Ergonomia organizacional e cognitiva

00 Era da comunicação global e da eco-


ergonomia 15

Biomecânica

ERGO
Psicologia Fisiologia
NOMIA

Antropometria 16

8
F
I
S
I
O
L
O
G
I
A
17

A
N
T
R
O
P
O
M
E
T
R
I
A
18

9
BIOMECÂNICA

19

P
S
I
C
O
L
O
G
I
A

20

10
antropometria

antropologia
biomecânica

engenharia
psicologia
fisiologia

economia
sociologia

filosofia
e r caráter
g o transdisciplinar
n o m i a
21

Linhas
Anglo-saxônica Franco-belga
Ergonomia
da
atividade
Human
factors

Aspectos físicos
Observação do trabalhador
Adaptação da máquina ao em condições reais
homem
Estudo do trabalho visando
Dimensionar estações de adaptá-lo ao homem 22
trabalho

11
FATORES HUMANOS

Human
factors 23

FATORES FISIOLÓGICOS

24

12
Ergonomia
da
atividade
Human
factors
25

Processo universalização do
conhecimento
+
Papel aglutinador da IEA

Ergonomia
da
atividade
Human
factors

Preocupada com a Preocupada com a


26
tarefa atividade

13
Tarefa X Atividade

Condições Condições
deteminadas reais

TAREFA ATIVIDADE

Resultados
antecipados
Resultados
efetivos

Trabalho
Trabalho
prescrito
real
27

Tarefa X Atividade

• Tarefa
• Resultado antecipado: fazer uma
ligação telefônica

• Condições determinadas: aparelhos de


telefone

28

14
A tarefa é igual à atividade?

É importante conhecer a
atividade?

Mas como?

29

Análise Ergonômica do Trabalho

O método de intervenção a Análise


Ergonômica do Trabalho – AET

Guérin et al., 2001

Foco: estudo da atividade

30

15
Tarefa X Atividade

Condições Condições
deteminadas reais

TAREFA ATIVIDADE

Resultados

e é antecipados
e aResultados

q u q u efetivos

O dido O isa
pe Trabalho co de Trabalho
pe
prescrito
real
31

Análise Ergonômica do Trabalho


Instrumentos
9 Observações livres

9 Análise documental

9 Observações sistemáticas

9 Entrevistas semi-estruturadas

9 Verbalizações

9 Instrumentos 32

16
Análise da
atividade

Abordagem Pré - diagnóstico


global
Hipóteses nível 2
Hipóteses Definição de um
nível 1 plano de
observação

Análise da Observações
demanda sistemáticas
Tratamento dos
dados
Validação Diagnóstico
Validação

Recomendações
33

Revisão
9 Conceitos de ergonomia
9 Histórico
9 Base teórica
9 Linhas
9 Tarefa e atividade
9 Como conhecer a atividade
34

17
ERGONOMIA DO PRODUTO

35

ERGONOMIA DO PRODUTO

Artesão Concepção

Matéria - prima

Design e manufatura inseparáveis 36

18
ERGONOMIA DO PRODUTO

Princípios da
Design e manufatura
Administração Científica
se separam
de Taylor

Concepção Execução
Projeto Produção

Surge o desenho técnico como linguagem

A produção pode ser feita por qualquer um


em qualquer instalação fabril. 37

ERGONOMIA DO PRODUTO
9Empresa globalizada

9Não tem fábrica própria

9Suas atividades se concentram:


9no design dos tênis
9na construção/comercialização da marca

9Fábricas na Ásia e outros países:


9Mão-de-obra barata/local estratégico distribuição
38

19
CARACTERÍSTICAS
DESEJÁVEIS DO PRODUTO

9TÉCNICA: É A PARTE QUE FAZ FUNCIONAR O PRODUTO,


DO PONTO DE VISTA MECÂNICO, ELÉTRICO, ELETRÔNICO
OU QUÍMICO.

9ERGONÔMICA: É A QUE GARANTE UMA BOA INTERAÇÃO


DO PRODUTO COM O USUÁRIO.

9ESTÉTICA: É A QUE PROPORCIONA PRAZER AO


CONSUMIDOR.

39

EQUILÍBRIO

TÉCNICA ERGONÔMICA ESTÉTICA

40

20
CLASSIFICAÇÃO DO PRODUTO
QUANTO AO USUÁRIO
• BENS DE CAPITAL • BENS DE CONSUMO

• Usados por empresas • Âmbito doméstico


• Máquinas
• Eletrodomésticos, móveis
• Pessoas habilitadas e treinadas
• Pessoas não são treinadas
• Manutenção sistemática

• Custo alto • Manutenção não é regular

• Renovação é periódica • Custo difícil de quantificar

• Renovação é frequente - moda


41

PROJETOS
Antes Hoje

Projetos para Mercado mundial


determinados
segmentos da Variabilidade humana
população

42

21
PROJETO UNIVERSAL E
USABILIDADE

Ênfases

Projeto universal Usabilidade

Facilidade e
Produto que comodidade no
atenda a maioria uso dos
da população produtos
43

PRINCÍPIOS

44

22
PRINCÍPIOS DO PROJETO
UNIVERSAL
1. USO EQUITATIVO: dimensões,
ajustes para maior número usuários.

2. FLEXIBILIDADE NO USO:
destros/canhotos
escolha do modo de usar

45

PRINCÍPIOS DO PROJETO
UNIVERSAL

3. USO SIMPLES E INTUITIVO: fácil entendimento

46

23
PRINCÍPIOS DO PROJETO
UNIVERSAL
4. INFORMAÇÃO PERCEPTÍVEL: informações
essenciais redundantes – mais de um sentido

47

PRINCÍPIOS DO PROJETO
UNIVERSAL
5. TOLERÂNCIA AO ERRO: arranjar controles
forma lógica, isolar os perigosos, advertir erros.

48

24
PRINCÍPIOS DO PROJETO
UNIVERSAL
6. REDUÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO:
evitar super-dimensionamentos

49

PRINCÍPIOS DO PROJETO
UNIVERSAL
7. ESPAÇO APROPRIADO: dimensionamento das máquinas,
acesso, alcance e manipulação.

50

25
PRINCÍPIOS DA USABILIDADE

1. EVIDÊNCIA: função e modo de operação


evidentes.
Ex.: porta.

51

PRINCÍPIOS DA USABILIDADE

2. CONSISTÊNCIA: operações semelhantes


devem ser feitas de forma semelhante.
Ex.: porta de casa/carro, menu computador.

3. CAPACIDADE: respeitar capacidade individual.


Ex.: dirigir.
52

26
PRINCÍPIOS DA USABILIDADE

4. COMPATIBILIDADE: o atendimento às expectativas


melhora a compatibilidade.
Movimento rotacional de um controle para direita.
Ex.: torneira.

53

PRINCÍPIOS DA USABILIDADE

5. PREVENÇÃO E CORREÇÃO DOS ERROS: impedir


procedimentos errados e permitir correção rápida.
Ex.: ignição motor vinculada à colocação do cinto.

54

27
PRINCÍPIOS DA USABILIDADE

6. REALIMENTAÇÃO: retorno ao usuário sobre o resultado


de sua ação.
Ex.: sinal de ocupado do telefone.

55

56

28
57

58

29
59

60

30
61

62

31
63

64

32
O camelo usa
sapatos
ortopédicos
enquanto
caminha pela
cidade de
Vreden, na
Alemanha.
65

66

33
67

68

34
“Para reduzir custos, as indústrias
e seus problemas ocupacionais
estão sendo transferidos para os
países em desenvolvimento, que
representam 75% da força de
trabalho global.”
Dr. Helmer
OMS, 1999. 69

70

35
71

72

36

You might also like