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MÓDULO IX
CURSO ANUAL
OPÇÃO 3
Direito Econômico e Financeiro
Direito Eleitoral
Direito Internacional
Direito Previdenciário
Direitos Humanos
Medicina Legal
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MÓDULO IX
DIREITO ADMINISTRATIVO
Atos Administrativos
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DIREITO ADMINISTRATIVO
DIREITO ADMINISTRATIVO
Atos Administrativos
A doutrina traz grande divergência a respeito deste tema e registra várias espécies de
atos administrativos, destacaremos as principais espécies.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
1.4. Atos Negociais
São aqueles que contêm uma manifestação de vontade bilateral e concordante,
sugerindo a realização de um negócio jurídico. Exemplos: licença, autorização e permissão.
Cumpre esclarecer que esses atos não representam a prática de negócios jurídicos
como se de particulares estivéssemos tratando, pois os ajustes são fixados de acordo com
condições estabelecidas de forma unilateral pela Administração, segundo o interesse
público.
2.1. Decreto
É a forma pela qual são expedidos os atos de competência privativa do chefe do
Poder Executivo (Presidente, Governador, Prefeito). Veja-se que, à luz do inciso VI do artigo
84 da Constituição Federal, o decreto que naquela norma é contemplado pode ser objeto de
delegação a Ministros de Estado.
2.2. Portaria
É a forma pela qual a autoridade de nível inferior ao chefe do Executivo estabelece
normas disciplinadoras das condutas de seus subordinados (situações internas).
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DIREITO ADMINISTRATIVO
2.3. Alvará
Corresponde à forma ou ao instrumento pelo qual são expedidas as licenças e as
autorizações (atos liberatórios para prática material).
2.5. Ofício
É a forma pela qual são estabelecidas comunicações escritas entre autoridades
administrativas ou entre estas e particulares.
2.6. Despacho
É a forma pela qual são firmadas decisões em requerimentos, expedientes, processo
ou demais papéis administrativos (assuntos de interesse individual ou coletivo).
3.1. Parecer
É a forma pela qual são firmadas manifestações opinativas por órgãos consultivos da
Administração a cerca de questões colocadas a seu exame.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
É uma opinião. O parecer, em regra, não vincula a decisão da autoridade competente,
salvo se acolhido em ato normativo subseqüente.
3.2. Autorização
É o ato administrativo unilateral, discricionário, pelo qual o Poder Público faculta a
alguém, em caráter precário, o exercício de uma dada atividade material (não-jurídica).
Há certas atividades materiais que para serem exercidas precisam de uma liberação
do Poder Público. Exemplo: porte de arma.
3.3. Licença
É o ato administrativo unilateral, vinculado, pelo qual o Poder Público faculta a
alguém o exercício de uma dada atividade material. Exemplo: licença para construir, emitida
pela Prefeitura de um determinado Município.
3.4. Aprovação
É o ato administrativo unilateral, discricionário, pelo qual o Poder Público manifesta
sua concordância com ato jurídico já praticado ou com ato jurídico qua ainda deva ser
praticado.
• prévia ou “a priori”: é aquela que ocorre antes que o ato seja praticado, é uma
condição de validade para a prática do ato;
3.5. Homologação
É o ato administrativo unilateral, vinculado, pelo qual o Poder Público manifesta sua
concordância com a validade do ato jurídico praticado.
A homologação é sempre posterior. Precisa esperar que o ato seja praticado para saber
se ele é válido ou não.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
4. EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
4.3. Retirada
Consiste na extinção do ato administrativo em decorrência da edição de outro ato
jurídico que o elimina. Existem diferentes formas de retirada do ato jurídico:
4.3.1. Invalidação
No ramo do direito administrativo devemos, ao estudarmos “invalidação do ato
administrativo”, ficar atentos com a palavra invalidação.
Importante ressaltar a existência de autores, como Hely Lopes Meirelles, que utilizam
a palavra invalidação como gênero do qual a anulação e a revogação seriam espécies.
Observação: esta posição doutrinária também será estudada em módulo próprio.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
4.3.2. Revogação
É a retirada do ato administrativo em decorrência da sua inconveniência ou
inoportunidade em face dos interesses públicos. Somente se revoga ato válido que foi
praticado dentro da lei. A revogação somente poderá ser feita pela via administrativa.
Invalidação Revogação
CONVENIÊNCIA E
Fundamento ILEGALIDADE
OPORTUNIDADE
ADMINISTRAÇÃO E
Legitimidade ADMINISTRAÇÃO
JUDICIÁRIO
4.3.3. Cassação
É a retirada do ato administrativo em decorrência do beneficiário ter descumprido
condição tida como indispensável para sua manutenção. Não se discute validade nem
conveniência do ato. Se o beneficiário não atender às condições que deveriam permanecer
atendidas a fim de poder continuar desfrutando da situação jurídica, o ato será cassado.
“Exemplo: cassação de licença para funcionamento de hotel por haver se convertido em casa
de tolerância”.1
4.3.4. Contraposição
É a retirada do ato administrativo em decorrência da expedição de outro ato fundado
em competência diversa da do primeiro, mas que projeta efeitos antagônicos ao daquele, de
modo a inibir a continuidade da sua eficácia (exemplo: a exoneração diante da nomeação).
4.3.5. Caducidade
1
PIETRO, Maria Sylvia Zavanella di. Direito Administrativo, 14a ed. São Paulo: Atlas, 2002. p. 224.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
É a retirada do ato administrativo em decorrência de ter sobrevindo norma superior
que torna incompatível a manutenção do ato com a nova realidade jurídica instaurada. Há
que se considerar, no entanto, que nem será possível essa forma de retirada, porque a
Constituição Federal/88 resguarda os atos jurídicos perfeitos, não podendo a lei posterior
atingir o ato jurídico perfeito. Atos que não tenham gerado direitos adquiridos e que
sejam passíveis de revogação a qualquer momento, porém, podem ser extintos a partir da
incompatibilidade com a nova sistematização imposta.
4.4. Renúncia
É a extinção do ato administrativo eficaz em virtude de seu beneficiário não mais
desejar a sua continuidade. A renúncia só tem cabimento em atos ampliativos, ou seja, que
concedem privilégios e prerrogativas.
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DIREITO CIVIL
Contratos
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DIREITO CIVIL
DIREITO CIVIL
Contratos
1. INTRODUÇÃO
Fato jurídico é todo acontecimento que tenha relevância para o Direito. Esses
acontecimentos podem ser provenientes da Natureza (fatos naturais) ou da ação humana
(atos jurídicos).
A diferença entre fato jurídico e ato jurídico é que o primeiro é gênero do qual o
último é espécie.
• ilícitos;
• lícitos.
• negócios jurídicos.
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DIREITO CIVIL
• agente capaz;
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DIREITO CIVIL
Opõe-se ao Princípio pacta sunt servanda - o contrato faz lei entre as partes.
A nossa legislação acolhe em parte a regra rebus sic stantibus, trazida pela Teoria da
Imprevisão, que tem os seguintes requisitos:
• onerosidade excessiva.
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DIREITO CIVIL
A primeira atitude a ser tomada deve ser a revisão do contrato com a tentativa de se
restaurar as condições anteriores. Não sendo possível, rescinde-se o contrato.
Essas negociações não obrigam e não vinculam os contratantes, pois ainda não
passam de especulação de valores e condições.
É possível que, após essa fase, surja, de um dos contratantes, uma proposta, a qual
vinculará o proponente. Essa proposta também é chamada policitação ou oblação. Quem
faz a proposta deve sustentá-la.
O Código Civil faz distinção entre proposta feita a pessoa presente e proposta feita a
pessoa ausente.
Se a proposta é feita a uma pessoa presente e contém prazo de validade, esse deve
ser obedecido; se não contém prazo, a proposta deve ser aceita de imediato. É o famoso
“pegar ou largar”.
Se a proposta é feita à pessoa ausente, por carta ou mensagem, com prazo para
resposta, esta deverá ser expedida no prazo estipulado. Se a proposta não fixar prazo para
resposta, o Código Civil dispõe que deve ser mantida por tempo razoável (que varia de
acordo com o caso concreto). Núncio é o nome que se dá ao mensageiro.
A proposta feita por telefone é considerada "entre presentes". A proposta feita pela
Internet é considerada "entre ausentes".
A aceitação da proposta "entre ausentes" pode ser feita por carta ou telegrama,
aperfeiçoando-se o contrato quando da expedição daqueles.
É possível arrepender-se da aceitação feita por carta, bastando para isso que a
retratação chegue ao conhecimento da outra parte antes ou concomitante à aceitação (artigo
433 do Código Civil).
Deve ser argüida na contestação. É uma exceção e não uma objeção, pois o juiz não
pode conhecê-la de ofício.
Há quem diga que a exceção do contrato não cumprido configura falta de interesse
de agir, devendo o processo ser extinto sem exame do mérito. Há vozes no sentido de
existir, na hipótese, julgamento de mérito. Em ambos os casos é permitida a repropositura
da ação, desde que a parte cumpra primeiro sua obrigação.
É possível argüi-la tanto se o autor não cumpriu sua parte no contrato como se a
cumpriu incorretamente.
Se o contrato não for cumprido corretamente, a defesa se chama exceptio non rite
adimpleti contractus. Também gera a extinção da ação.
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DIREITO CIVIL
1.6. Arras
Arras é o sinal depositado por um dos contratantes no momento em que o contrato é
celebrado.
As arras não se confundem com a cláusula penal, que tem natureza de multa.
a) Arras penitenciais
Previstas no artigo 420 do Código Civil, atuam como pena convencional quando as
partes estipularem o direito de arrependimento, prefixando as perdas e danos.
Se quem desistir do contrato for quem deu as arras, perdê-las-á; se quem desistir for
aquele que as recebeu, deverá devolvê-las em dobro.
Não gera direito de exigir perdas e danos, pois estas funcionam como prefixação
daquelas. Não há possibilidade de desistir das arras para pedir perdas e danos.
b) Arras confirmatórias
De acordo com o artigo 417 do Código Civil, as arras confirmatórias têm a função
de confirmar o contrato e torná-lo obrigatório.Não se confundem com prefixação de perdas
e danos. Se houver rescisão do contrato, aquele que deu causa responderá por perdas e
danos, nos termos do artigo 396 do Código Civil.
Se quem inadimpliu o contrato foi quem recebeu as arras, cabe ao outro contratante
pedir rescisão do contrato mais perdas e danos e a devolução das arras. Se o
inadimplemento for de quem deu as arras, o valor das perdas e danos será abatido desse
montante.
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DIREITO CIVIL
O contrato de adesão é o contrato redigido inteiramente por uma das partes; a outra
apenas adere a ele. O Código de Defesa do Consumidor (Lei n. 8.078/90) regulamenta e
conceitua essa espécie de contrato no seu artigo 54.
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DIREITO CIVIL
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DIREITO COMERCIAL
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DIREITO COMERCIAL
DIREITO COMERCIAL
Direito do Consumidor
1. INTRODUÇÃO
Assim é que surgiu a Lei n. 8.078/90, que dispõe sobre a proteção do consumidor.
Em seus arts. 1.º, 2.º e 3.º constam as disposições gerais; nos arts. 4.º e 5.º, a política
nacional das relações de consumo; e nos arts. 6.º e 7.º, os direitos básicos do consumidor.
Sugere-se, desde já, sejam lidos, com atenção esses dispositivos legais.
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MÓDULO IX
DIREITO CONSTITUCIONAL
O Controle da Constitucionalidade das Leis
e dos Atos Normativos
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DIREITO CONSTITUCIONAL
DIREITO CONSTITUCIONAL
A ação visa afastar omissão quanto à medida necessária para tornar efetiva norma
constitucional que não é de eficácia plena.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
2. O MANDADO DE INJUNÇÃO
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DIREITO CONSTITUCIONAL
“Assim, conheço, em parte, do pedido e, nessa parte, o defiro para declarar o estado
de mora em que se encontra o Congresso Nacional, a fim de que, no prazo máximo de 6
meses, adote ele as providências legislativas que se impõem para o cumprimento da
obrigação de legislar decorrente do art. 195, parágrafo 7.º, da Constituição, sob pena de,
vencido esse prazo sem que essa obrigação se cumpra, passar o requerente a gozar da
imunidade requerida.”
Nesse caso concreto, porém, o Congresso não havia cumprido prazo para legislar,
expressamente previsto no artigo 59 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
Por fim, também em hipótese em que havia prazo expresso na Constituição Federal
para a edição de norma legal (artigo 8.º, § 3.º, do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias), o Supremo Tribunal Federal fixou prazo para o suprimento da omissão,
explicitando que o seu descumprimento daria ao impetrante o direito de pleito
indenizatório contra a União (Mandado de Injunção n. 283, STF, RDA 196/230 e RDA
200/234). É a posição concretista intermediária, assim denominada por Pedro Lenza.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
As decisões do mandado de injunção têm efeitos inter partes e não erga omnes.
2
Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais. São Paulo: Saraiva, 2000. p. 49. (Coleção Sinopses Jurídicas)
3
Jurisdição Constitucional. São Paulo: Saraiva, 1996. p. 227
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Essa ação, por vezes denominada representação interventiva, tem por objeto a
intervenção federal em uma das unidades da federação, a intervenção federal em Município de
Território ou, ainda, a intervenção estadual em um Município.
A autoridade ou o órgão responsável pelo ato impugnado terá trinta dias para se
manifestar. Em seguida, o relator terá trinta dias para elaborar seu relatório.
Cremos que a intervenção que implica o afastamento do governador está sujeita a controle
político pelo Congresso Nacional, que deverá se manifestar em 24 horas e poderá sustar o decreto
interventivo (artigos 36, § 1.º, e 49, inciso IV, ambos da Constituição Federal). Nesse sentido,
MICHEL TEMER. Há posições no sentido de que a intervenção decorrente de requisição do Supremo
Tribunal Federal não está sujeita ao controle do Congresso Nacional.
Tratando-se de norma excepcional, cremos que nesse caso a razão está com José
Afonso da Silva.
A avocatória era uma medida da época do regime militar (artigo 119, inciso I, alínea
“o”, da Constituição Federal/67, e artigos 258 e seguintes do Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal), pela qual o Supremo Tribunal Federal, a pedido do
Procurador-Geral da República, podia chamar para si o julgamento de qualquer causa, em
trâmite por qualquer instância. O fundamento era o imediato perigo de grave lesão à ordem
pública, à saúde pública ou às finanças públicas.
6. A MEDIDA CAUTELAR
A cautelar tem validade por 180 dias e não há previsão de sua concessão por
ministro de plantão, ainda que em período de recesso. Quando necessário, porém, a medida
poderá ser concedida por aquele com base no poder geral de cautela inerente às atividades
jurisdicionais.
A questão é polêmica, pois pode violar os princípios do livre acesso à Justiça (artigo
5.º, inciso XXXV, da Constituição Federal), do devido processo legal (artigo 5, inciso
LIV), do contraditório e da ampla defesa (artigo 5, inciso LV). Afinal, a ação tem por
pressuposto fático e jurídico a existência de decisões judiciais dando pela
inconstitucionalidade de norma ou lei debatida, o que significa que processos concretos
poderão ser atropelados sem a manifestação dos interessados (a Lei n. 9.868/99 veda a
intervenção de terceiros).
Pelo inciso I do parágrafo único do artigo 1.º da Lei n. 9.882/99, a argüição também
pode ter por objeto relevante controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal,
estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição vigente à época de sua
propositura.
Cabe argüição (mas não cabe a ação de inconstitucionalidade) contra lei (federal ou
estadual ou municipal) anterior à Constituição vigente à época de sua propositura e que
contrarie a ordem constitucional em vigor (RTJ 153/315). Nessa hipótese, não há que se
cogitar de inconstitucionalidade, mas sim de revogação da norma anterior pela nova
Constituição Federal (trata-se de norma não recepcionada).
A ação pode ser proposta por qualquer dos legitimados para a ação direta de
inconstitucionalidade (artigo 103 da Constituição Federal, observadas as regras da
legitimação temática) e a petição inicial deverá indicar o preceito fundamental violado
ou ameaçado e o ato violador praticado pelo Poder Público, a prova da violação (ou do
risco dela), o pedido e suas especificações (declaração de inconstitucionalidade da lei ou
ato normativo, condições e o modo de interpretação e aplicação do preceito fundamental
etc.).
Da decisão que indefere a petição inicial cabe agravo, no prazo de cinco dias.
Admite-se a liminar, que pela lei poderá consistir na determinação de que juízes e
tribunais suspendam o andamento de processos (e não só o julgamento, conforme previsto
na ação declaratória de constitucionalidade) ou os efeitos das decisões judiciais até o
julgamento da argüição, respeitada a coisa julgada. A liminar não está sujeita ao prazo de
180 dias previsto para a medida de semelhante teor da ação declaratória de
constitucionalidade.
A liminar, porém, pode conter qualquer outra medida que apresente relação com a
matéria objeto da argüição, inclusive com a suspensão de processos administrativos.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Decorrido o prazo das informações, o Ministério Público terá vista dos autos por
cinco dias. Não há previsão de vista dos autos caso o Ministério Público seja o proponente
da ação.
Em seguida, o relator lançará seu relatório, com cópias para todos os ministros, e
pedirá dia para o julgamento.
A decisão do pleno será tomada se presentes na sessão pelo menos dois terços dos
ministros (8 dos 11 ministros). À falta de previsão expressa, concluímos que a decisão
declaratória de uma inconstitucionalidade na argüição de descumprimento de preceito
fundamental depende do voto de seis ministros. É a regra geral prevista no artigo 97 da
Constituição Federal, no artigo 173 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e,
agora, na Lei n. 9.868/99 (que trata da ação de inconstitucionalidade e da ação declaratória
de constitucionalidade).
A análise conjunta do § 3.º do artigo 5.º e do § 3.º do artigo 10, ambos da Lei n.
9.882/99, indica que os efeitos vinculante e erga omnes atingem os órgãos do Poder
Judiciário e da Administração Pública Federal, Estadual e Municipal.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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MÓDULO IX
DIREITO DO TRABALHO E
PROCESSO DO TRABALHO
Intervalos Durante a Jornada de Trabalho;
Férias
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Férias
Todo empregado que cumpre jornada superior a 6 (seis) horas tem direito a um
intervalo mínimo, e como regra geral, de 1 (uma) hora, podendo ser reduzido por ato do
Ministro do Trabalho e Emprego, e chegar ao máximo de 2 (duas) horas, podendo ser
superior, desde que previsto em acordo escrito ou coletivo. Nesse período, o empregado
não fica à disposição do empregador, e, por isso, não é computado na jornada.
A jurisprudência entendia, até 1994, que, se não fosse concedido intervalo, mas não
houvesse prorrogação da jornada (por exemplo, o empregado trabalha no período de 6:00
horas às 14:00 horas, sem intervalo, ou seja, ele cumpriu uma jornada de 8 horas), não
caberia qualquer remuneração decorrente da não concessão.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
2. INTERVALOS ESPECIAIS
• mulher com filho em idade de amamentação, com 2 (dois) intervalos, que duram
½ (meia) hora cada um (artigo 396 da Consolidação das Leis do Trabalho);
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
3. FÉRIAS
A Constituição Federal, em seu artigo 7.º, inciso XVII, prevê aos trabalhadores o gozo de
férias remuneradas, com pelo menos 1/3 a mais do que o salário normal (denominado terço
constitucional – 33,33%).
f) ausência do empregado nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na
hipótese do inciso III, do artigo 133, da Consolidação das Leis do Trabalho : “deixar de
trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 dias em virtude de paralisação parcial
ou total dos serviços da empresa”.
Esta Convenção trata amplamente das férias anuais remuneradas e, ao tratar das
férias do empregado doméstico, estabelece que o seu prazo deve ser de 30 (trinta) dias
corridos.
Observa-se que, na verdade, a convenção internacional não impõe a forma pela qual
os países membros da OIT deverão concretizar no Direito Interno a convenção ratificada.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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MÓDULO V
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DIREITO ECONÔMICO E FINANCEIRO
Crédito Público
1. CONCEITO
Crédito público é a aptidão econômica e jurídica de que desfruta o ente público para,
de acordo com a confiança que possa gozar perante outros entes públicos ou privados,
nacionais ou estrangeiros, ou junto ao povo, obter os recursos de que necessita para atender
às despesas do interesse público, mediante a promessa de reembolso.
2. EMPRÉSTIMOS PÚBLICOS
2.1. Classificação
Os empréstimos públicos são classificados de diferentes maneiras.
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Curso de Direito Financeiro e de Direito Tributário. 7a ed. EditoraSaraiva. p.59
5
Manual de Direito Financeiro. 5a ed. Editora RT pp.159/160
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DIREITO ECONÔMICO E FINANCEIRO
• Estadual
• Municipal
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DIREITO ECONÔMICO E FINANCEIRO
• Operações de crédito em geral: são aquelas que, por exclusão, não se acham
compreendidas na hipótese acima, correspondendo aos empréstimos de longo
prazo que objetivam atender, em geral, às despesas de capital.
2.2. Fases
2.2.1. Emissão
É a fase inicial vinculada ao princípio da legalidade. Trata-se do momento do
lançamento dos títulos diretamente pelo Estado ou por intermédio de corretores, banco ou
bolsa de valores, sob as condições que ele próprio, o Estado, estipular; e será feito
indiretamente, quando se operar a emissão mediante intermediários.
• abaixo do par;
• ao par;
• sorteios;
• concessão de direitos;
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DIREITO ECONÔMICO E FINANCEIRO
2.3. Garantias
São a característica substancial que leva confiança ao subscritor ou lhe convence da
opção pelo investimento; podem ser:
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DIREITO ECONÔMICO E FINANCEIRO
2.4. Amortização
Conforme já mencionado no item 2.2.3, a amortização é uma das formas de extinção
do empréstimo público, realizando-se mediante os pagamentos sucessivos de parcelas do
empréstimo, até o resgate total.
2.5. Conversão
Acontece quando o Poder Público, por interesse público ou por falta do resgate da
dívida, promove alterações no contrato original, após a emissão e visando diminuir suas
obrigações, mediante os seguintes procedimentos unilaterais:
• substituição forçada dos títulos emitidos por outros, sob condições novas e
desfavoráveis ao mutuante.
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DIREITO ELEITORAL
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DIREITO ELEITORAL
DIREITO ELEITORAL
A Lei n. 8.239/91 incluiu a hipótese como sendo de suspensão dos direitos políticos,
pois a qualquer tempo o interessado pode cumprir as obrigações devidas e regularizar a sua
situação, posição defendida também por JOEL JOSÉ CÂNDIDO e por UADI LAMMÊGO BULOS.
Considero mais correta essa segunda posição, pois, na hipótese, a sanção não tem
presunção de definitividade.
Nos termos do § 2.º do art. 71 do CE, a autoridade que impuser a um cidadão maior
de dezoito anos a privação dos direitos políticos providenciará para que o fato seja
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DIREITO ELEITORAL
Conforme bem leciona SUZANA DE CAMARGO GOMES6, “ para que se dê essa espécie de
suspensão dos direitos políticos, não há necessidade de menção expressa na sentença penal
condenatória. Trata-se, na verdade, de um efeito automático, decorrente do próprio preceito
constitucional”.
Para o TSE e para o STF (RE n. 179.502-6/SP), a suspensão dos direitos políticos se
dá em decorrência de crime doloso, culposo ou contravenção.
Aquele que, enquanto estava sendo processado, elegeu-se, poderá perder o mandato
caso seja definitivamente condenado por crime doloso.
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A Justiça Eleitoral e sua Competência. São Paulo: RT, 1998. p. 145
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DIREITO ELEITORAL
A Lei de Improbidade Administrativa (Lei n. 8.429/92) dita que, além das sanções
penais, civis e administrativas, o responsável pela improbidade fica sujeito à perda dos
bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio, reparação dos danos, perda da função
pública e suspensão dos direitos políticos de 3 a 10 anos, de acordo com o tipo do ato
praticado .7
7
Boletim IBCCrim 54, de abril de 1997
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DIREITO INTERNACIONAL
Tratados Internacionais
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DIREITO INTERNACIONAL
DIREITO INTERNACIONAL
Tratados Internacionais
1. INTRODUÇÃO
É certo que, como tudo em Direito, isso também depende de interpretação. O que é
norma fundamental? Segundo o que se pode deduzir da Carta Magna, algumas matérias
como as garantias individuais, os direitos à vida, à liberdade, à igualdade, os chamados
direitos humanos são fundamentais.
Apesar do escrito nos dois parágrafos anteriores, existem juristas que entendem
sempre ser necessário o Decreto Executivo.
Claro está que isto tem causado problemas para o Brasil, como participante da
sociedade internacional, porque o nosso país pode estar obrigado internacionalmente e não
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DIREITO INTERNACIONAL
Essa convenção foi ratificada pelo Congresso Nacional por meio do Decreto
Legislativo n. 68 de 16.09.1992. O instrumento de ratificação foi depositado em
04.01.1995 e sua entrada em vigor se deu somente um ano após, em 1996; em 10.04.96 foi
promulgada pelo Decreto Presidencial n. 1.855, todavia, em abril de 1997, o Supremo
Tribunal Federal suspendeu os efeitos da Convenção por não a entender auto-aplicável. A
Convenção trata, dentre outras coisas, da garantia de emprego, e o artigo 7.º, inciso I, da
Constituição Federal estabelece que tal garantia somente poderá ocorrer por lei
complementar. Como o Tratado (Convenção) tem, pela nossa Constituição, natureza de lei
ordinária federal, concluiu o Supremo Tribunal Federal que o tratado precisava ser
transformado em lei complementar. Não era auto-aplicável.
É um ato jurídico complexo que envolve pelo menos duas vontades. Os Estados,
sujeitos primários da ordem internacional, são, em geral, os que concluem tratados.
Eventualmente, os tratados poderão ser concluídos pela Santa Sé (Cúpula da Igreja
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DIREITO INTERNACIONAL
Existem em vigor, no mundo, mais de dez mil tratados – número mínimo estimado
– que movimentam as relações internacionais.
Não há no Direito Internacional um ponto que seja mais importante que o outro,
todavia, o estudo dos tratados deve ser feito com cuidado especial, porque essa matéria
apresenta, sem dúvida, o pano de fundo, o tecido básico dos problemas e das soluções
jurídicas internacionais.
O que, sem dúvida, motivou essa transformação foi a proliferação dos tratados.
3. ELEMENTOS
Acordos não escritos, embora admitidos no passado, tiveram vida curta, não são
mais admitidos. É uma questão de prova. A vida internacional gera contendas e pontos de
relevância ímpar para os Estados e para a sobrevivência da humanidade.
Os tratados devem produzir certezas e não podem ser fontes de novas e infindáveis
disputas, ainda que a possibilidade de assim acontecer esteja longe das nossas práticas. Os
Estados resolvem problemas por meio de tratados e, por vezes, criam outros.
Os fatos sociais e econômicos são, todavia, melhores controlados, nos dias atuais,
com esse maravilhoso instrumento internacional denominado tratado.
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DIREITO INTERNACIONAL
4. EFEITOS
Sob esse último ponto – produção de efeitos –, a discussão está no fato de saber se uma
simples declaração internacional feita por diversos países pode ser considerada um tratado.
Existem opiniões a favor e contra. Entendemos que não. O tratado obriga, e a obrigação
pode ser cobrada normalmente pelas vias conhecidas da solução judiciária – acionar a Corte
Internacional de Justiça e/ou Tribunais Regionais –, ou pela arbitragem, que inclui, também, a
Corte Permanente de Arbitragem, ou, ainda, por outros meios internacionalmente aceitos.
5. TERMINOLOGIA
• Carta, estatuto (“charter, statute”) – tais nomes são utilizados para representar o
tratado constitutivo das entidades internacionais, por exemplo, a Carta da ONU
(Organização das Nações Unidas), a Carta da OEA (Organização dos Estados
Americanos), a Carta da OIT (Organização Internacional do Trabalho), etc.
6. CLASSIFICAÇÃO
O critério para a classificação dos tratados é mais utilitário do que de regime claro e
diferenciador. São os conhecidos:
a) Quanto à forma
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DIREITO INTERNACIONAL
• em relação ao procedimento:
b) Quanto à matéria
• tratados que criam empresas (como aquele que criou a Binacional de Itaipu,
envolvendo Brasil e Paraguai).
Vamos às fases:
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DIREITO INTERNACIONAL
............................................................
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DIREITO INTERNACIONAL
• Capacidade das partes: significa que o tratado somente pode ser concluído por
Estados soberanos, organismos internacionais que tenham essa capacidade
(Estatuto do Organismo) e Associações de Estados.
• Objeto lícito: o tratado não pode ter por objetivo coisa materialmente impossível
e/ou contrária aos princípios e regras internacionais e ao que se considere
moralmente aceitável.
Cada tratado dispõe sobre sua própria duração. O silêncio sobre sua duração
caracteriza a possibilidade de mudar o tratado por nova convenção ou que o tratado é por
tempo indeterminado.
A partir de sua vigência o cumprimento dos tratados é natural, de acordo com suas
cláusulas, e apenas têm efeito entre as partes (pacta sun servanda), embora se reconheçam
que possam eles, em conseqüência da execução, prejudicar ou favorecer terceiros.
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DIREITO INTERNACIONAL
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MÓDULO IX
DIREITO PENAL
Comunicabilidade de Elementares
e Circunstâncias
Da Aplicação da Pena
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DIREITO PENAL
DIREITO PENAL
Da Aplicação da Pena
1.1. Elementares
“Elementar” vem de “elemento”, que significa componente essencial, fundamental.
Elementar é todo componente essencial da figura típica, sem o qual essa desaparece
(atipicidade absoluta) ou se transforma em outra (atipicidade relativa). Por serem
fundamentais, as elementares são encontradas no caput dos artigos, onde se encontra a
descrição do tipo penal. Algumas elementares, todavia, estão nos parágrafos, quando há
previsão de figuras equiparadas neles.
1.2. Circunstâncias
Circunstância é todo dado acessório, não fundamental para a existência do crime,
que fica agregado à figura típica e tem como única função influenciar na pena. A
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DIREITO PENAL
circunstância não altera o crime, somente influi na maior ou menor gravidade do delito.
Assim, ausente a circunstância, subsiste o crime. Exemplo: furto agravado pelo repouso
noturno.
2. DA APLICAÇÃO DA PENA
“Art. 68. A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em
seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de
diminuição e de aumento.”
Elementar é todo componente essencial da figura típica, sem o qual ela desaparece
(atipicidade absoluta) ou se transforma (atipicidade relativa).
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DIREITO PENAL
Em primeiro lugar, é preciso identificar os limites da pena. Para isso deve-se saber
se o crime é simples ou qualificado. Depois de se estabelecer os limites da pena, passa-se
às fases da aplicação da pena:
Lembre-se: nessa fase a pena não pode ficar abaixo do mínimo ou acima do máximo
(artigo 59, inciso II, do Código Penal).
III – substituir a pena privativa de liberdade por outra, quando a lei previr essa
possibilidade;
O juiz levará em consideração todas essas circunstâncias para, em uma primeira fase
de fixação de pena, situá-la dentro dos limites mínimo e máximo cominados. Assim, se
favoráveis, a pena deve situar-se próxima do mínimo ou nele mesmo. Sendo desfavoráveis,
o juiz deve elevar a reprimenda acima do piso mínimo legal.
2.2.1. Agravantes
Previstas nos artigos 61 e 62 do Código Penal.
A condenação anterior pela prática de crime militar próprio e crime político também
não geram reincidência.
2.2.2. Atenuantes
Previstas no artigo 65 do Código Penal (exemplo: ser o condenando menor de 21
anos na data do fato, confissão espontânea, coação moral resistível etc.). Cumpre
esclarecer que o artigo 65, inciso I, do Código Penal, não foi alterado pelo artigo 5.º do
novo Código Civil, pois a atenuante da menoridade atua como coeficiente de menor
culpabilidade, reduzindo o juízo de censura em razão da falta de pleno amadurecimento da
pessoa, sendo a diminuição da pena medida de política criminal.
Além do artigo 65, o artigo 66 dispõe que o juiz poderá levar em conta qualquer
outra atenuante que não foi prevista em lei (circunstância atenuante inominada).
2.2.3. Conseqüências
Conforme vimos, na primeira fase o juiz parte do mínimo legal. Analisando as
circunstâncias judiciais (artigo 59), o magistrado manterá no mínimo se favoráveis ou
aumentará a pena se desfavoráveis. Superada a primeira fase, o juiz recorre aos artigos 61,
62, 65 e 66 e verifica se estão presentes agravantes e/ou atenuantes, elevando ou
diminuindo a sanção.
Nem na primeira nem na segunda fase, o juiz poderá diminuir ou aumentar a pena
fora de seus limites legais.
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DIREITO PENAL
São causas que aumentam ou diminuem as penas em proporções fixas (1/2, 1/3, 1/6,
2/3 etc.).
Essas causas podem elevar a pena além do máximo e diminuí-la aquém do mínimo,
ao contrário das circunstâncias anteriores. Por isso, somente nesta fase a pena poderá sair
dos limites legais.
para alterar os limites da pena. As demais qualificadoras passam a ter a função de influir na
dosagem da pena dentro dos novos limites. Aqui, surge a seguinte questão: como as demais
qualificadoras influem na pena? Resposta: há duas posições:
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DIREITO PENAL
Exemplo: furto privilegiado tentado. Cálculo: pena base de 1 ano; diminui-se 2/3
pelo privilégio; pena diminuída para 4 meses; a diminuição de 1/3 a 2/3 incidirá sobre a
pena de 4 meses.
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MÓDULO V
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Benefício em Espécie
Benefícios Devidos aos Segurados
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Benefício em Espécie
1. AUXÍLIO-DOENÇA
Encontra-se disciplinado nos artigos 59 a 64 da Lei n. 8.213/91.
1.1. Requisitos
1.1.2. Carência
São necessárias 12 contribuições mensais. Exceto se a incapacidade for resultante de
acidente de qualquer natureza, de doenças relacionadas ao trabalho ou das moléstias
elencadas no artigo 151 da Lei n. 8.213/91; nesses casos não há carência.
Se o segurado empregado requerer após o 30.º dia, o termo inicial é a contar da data
do requerimento, a não ser que o segurado comprove que estava internado ou em
tratamento ambulatorial.
Caso o segurado solicite após o 30.º dia, o termo inicial será a contar da data do
requerimento.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
60 dias
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de afastamento volta
a trabalhar
Até o 60.º dia, caso volte a ficar doente pelo mesmo motivo, considera-se que o
auxílio-doença foi prorrogado, mas devem ser descontados os dias em que trabalhou e
recebeu salário.
2. SALÁRIO-FAMÍLIA
Segurado de baixa renda, para a Previdência Social, é o segurado que recebe até R$
468,47 por mês.
3. VALOR DO BENEFÍCIO
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Os aposentados com direito à prestação são os aposentados por invalidez, por idade,
e todos aqueles com mais de 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher.
Caso pai e mãe trabalhem e o salário de cada um não seja superior a R$ 468, 47 por
mês, ambos terão direito ao salário-família.
O segurado deve, ainda, comprovar que seu filho recebeu as doses de vacina
consideradas obrigatórias.
A legislação pune o segurado que não comunica à Previdência que não tem mais
direito ao salário-família: isso é considerado crime.
Quem paga o salário-família é a empresa e depois ela compensa esse valor com a
contribuição sobre a folha de salários, devida ao Instituto Nacional de Seguridade Social.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
É meio voluntário, pois é ato da parte, o juiz não pode recorrer. É, ao mesmo tempo,
um direito e um ônus, pois quem não recorre, em princípio, sujeita-se à preclusão.
• Ação anulatória de ato processual (art. 486 do CPC): é anulatória de atos das
partes praticados em Juízo, nas formas da lei civil. Os fundamentos dessa ação
estão previstos pelo direito material. Ex.: se a parte realizar uma transação em
erro, pode ela ser anulada por meio dessa ação anulatória;
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Após a reforma, o CPC estabeleceu que é possível dar efeito suspensivo ao agravo
de instrumento e à apelação nos casos do art. 520 do CPC (casos de apelação só no efeito
devolutivo). Esse efeito suspensivo pode ser deferido nas hipóteses do art. 558 e sempre
que houver fundado receio de dano irreparável.
Hoje não é cabível o mandado de segurança para dar efeito suspensivo ao recurso,
pois esse efeito suspensivo pode ser obtido dentro do próprio processo, sendo que há
carência do mandado de segurança por falta de interesse de agir.
• Correição parcial: é uma medida para corrigir atos que impliquem inversão
tumultuária dos atos e termos do processo. No sistema das Justiças Estaduais, a
correição parcial está prejudicada, pois toda decisão é passível de agravo e, além
disso, é matéria processual de competência legislativa da União. A correição
parcial deve ser recebida como agravo. Já na Justiça Federal, a correição parcial
é regulada por lei federal, pelo que é, eventualmente, cabível. Também vigora a
regra de que toda decisão é agravável.
Os recursos, como a própria ação, estão sujeitos a um duplo Juízo, ou seja, um Juízo
de admissibilidade e um Juízo de mérito.
1.3.1. Cabimento
O recurso deve ser o cabível. É o Princípio da Taxatividade ou Tipicidade dos
Recursos, pelo qual o recurso cabível é o previsto em lei. O recurso pode até ser
inominado, não afastando a sua legalidade.
As sentenças são apeláveis, sendo que sentença é o ato pelo qual o juiz põe fim ao
processo, com ou sem julgamento do mérito. É ato que põe fim ao procedimento em 1.º
grau e, como tal, é apelável.
As decisões interlocutórias (ato pelo qual o juiz decide uma questão incidente sem
pôr fim ao processo) são agraváveis. Ex.: indeferimento liminar da reconvenção, embora
seja uma ação, é considerada pelo STJ como uma questão, sendo agravável.
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__________________________________________________________________________ MÓDULO IX
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Essa regra possuiu, por muito tempo, aparentes exceções, assim consideradas pela
doutrina. Todavia, com a edição das Leis n. 10.352/01 e 10.358/01, que operaram reformas
ao Código de Processo Civil, os exemplos que tratavam destas exceções ficaram
desprovidos de base legal, senão vejamos:
Como exemplo, cite-se a apelação que, por dois votos a um foi conhecida; e por
unanimidade é provida. A parte vencida, de acordo com a sistemática anterior, deveria
interpor simultaneamente embargos infringentes contra a parte não unânime e recurso
especial ou extraordinário contra a parte unânime do decisum. O recurso especial e o
recurso extraordinário teriam apenas seu processamento sobrestado até o julgamento dos
embargos, cumprindo observar que estes recursos são interpostos simultaneamente pois
cada um desses recursos se volta para fundamentações diversas a respeito da validade do
acórdão (seus objetivos são diferentes). De acordo com a nova sistemática imposta pela
reforma de dezembro de 2001, devidamente complementada pela Lei n. 10.444/02, temos o
seguinte:
“Art. 498
Explicação necessária:
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__________________________________________________________________________ MÓDULO IX
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Neste caso será julgado, em um primeiro momento, o recurso especial pelo Superior Tribunal de
Justiça. Posteriormente, se não restar prejudicado o julgamento do recurso extraordinário (em
decorrência da decisão do recurso especial), caberá ao Supremo Tribunal Federal a decisão do recurso de
sua competência, a teor do que dispõe o parágrafo 1.º, do artigo 543, do diploma processual civil.
• Ausência de má-fé por parte do recorrente. Aquele que atua com dolo
processual, objetivando um fim ilícito, para tumultuar o processo, não terá em
seu favor o reconhecimento do princípio da fungibilidade recursal.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
1.3.2. Tempestividade
Consiste na observância do prazo para interpor o ato. Prazo é o lapso temporal
previsto pela lei para a prática de determinado ato.
• os prazos somente se suspendem nas férias, exceto naquelas causas que têm
curso nas férias (correm nas férias aquelas taxativamente previstas em lei).
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
O preparo é dispensado para o MP, a Fazenda Pública e para outras pessoas que
gozem de isenção legal. Ex.: pessoas que gozam do benefício da justiça gratuita.
A deserção poderá ser relevada pelo Juízo, se a parte provar justo impedimento
(impedimento imprevisível e inevitável). Pedidos de reconsideração não suspendem e nem
interrompem prazos para o recurso, salvo se a lei expressamente falar. Segundo a
jurisprudência, se o juiz já tiver decretado a deserção, o pedido de reconsideração não
suspende nem interrompe o prazo para o recurso, o qual deverá ser manifestado juntamente
com o pedido de reconsideração, sob pena de preclusão.
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__________________________________________________________________________ MÓDULO IX
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
A sucumbência pode ser recíproca, isto é, autor e réu podem ser vencidos e vencedores
ao mesmo tempo. Havendo sucumbência recíproca, cada parte deve opor seu recurso
autonomamente. É possível, no entanto, que a parte que não recorreu venha a aderir ao recurso
da outra parte. Há uma analogia entre o recurso adesivo e a reconvenção. Há uma restrição da
doutrina quanto à nomenclatura do recurso adesivo, podendo esse ser chamado de recurso
subordinado.
A parte que perdeu e não recorreu não está propriamente aderindo ao recurso do
outro, pois segue a sorte do recurso principal.
1.4.2. Legitimidade
Legitimadas para recorrer são as partes, que não são apenas o autor e réu, mas todo
aquele que se encontra em contraditório com o juiz.
Pode também recorrer o terceiro prejudicado, que é todo aquele que não é parte, que
não integra uma dada relação jurídica perante o juiz. Ele não é totalmente indiferente ao
desfecho do processo. Esse terceiro é titular de uma relação jurídica conexa à outra relação
jurídica que é o objeto do processo.
• litisconsorte necessário (por força de lei ou relação jurídica material) que não
integrou a relação jurídica;
• aqueles terceiros que poderiam, em tese, intervir sob alguma das modalidades de
intervenção de terceiros; mas a interposição do recurso não produz os mesmos
efeitos da intervenção, que tem o seu momento próprio.
Em princípio, não está vinculado, ele é fiscal do direito objetivo, porém o tema é
bastante controvertido.
a) Extensão
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__________________________________________________________________________ MÓDULO IX
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
b) Profundidade
As questões de fato não propostas em 1.º grau não podem ser propostas
originariamente em grau recursal, salvo por motivo de força maior.
“Art. 515..................
Com efeito, preenchidos os requisitos do novo § 3.º: causa que verse sobre questão
exclusiva de direito; processo em condições de imediato julgamento e recurso voluntário
contra sentença terminativa (art. 267), o tribunal não se limitará a anular a decisão e
remeter os autos à 1.ª instância, mas poderá julgar a lide, determinando o acertamento, ou
seja, a aplicação do direito ao caso concreto exposto ao Judiciário pelas partes.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Cumpre observar que, de acordo com a lição da doutrina, deve-se entender como
feito em condições de imediato julgamento, aquele em que o contraditório encontra-se
concluído, excluindo-se de plano hipóteses como o julgamento de mérito em apelação
interposta contra indeferimento liminar de inicial, por exemplo.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
2. APELAÇÃO
Deve ser interposta perante o Juízo a quo (órgão que proferiu a sentença). É ele
quem realiza o primeiro controle de admissibilidade do recurso, que pode ser positivo ou
negativo. Sendo positivo o juízo de admissibilidade realizado no órgão a quo, a apelação é
recebida. Se negativo, denega-se a apelação.
Recebendo a apelação, o juiz deve declarar os efeitos em que ele a recebe, não
havendo discricionariedade em relação a esses efeitos.
Mesmo que o juízo seja positivo, o apelado, em contra-razões, pode alegar a falta de
alguns dos pressupostos de admissibilidade, podendo o juiz voltar atrás, convolando o
juízo positivo em negativo.
O juízo negativo ocorre quando o juiz não admite o processamento da apelação. Dá-
se por meio de uma decisão interlocutória. Caberá agravo de instrumento, pois se fosse
retido não haveria como fazer subir a apelação para conhecer do agravo retido.
O juízo positivo do órgão a quo é irrecorrível, pois o órgão ad quem não está
vinculado à admissibilidade de 1.º grau, que será objeto de preliminar no Tribunal.
O juiz deve prover os efeitos. A parte da decisão que regula os efeitos é recorrível
por meio de agravo de instrumento.
• de processo cautelar;
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Em relação a essa última hipótese, cumpre salientar que a lei nova inclui no rol do
art. 520 do diploma processual o inciso VII, determinando assim que processos em que
seja concedida antecipação de tutela liminarmente, devidamente confirmada pela sentença,
devam ser, a priori, desde a sentença de 1.º grau, provisoriamente cumpridos.
Nos casos do art. 520, pode o apelante requerer o efeito suspensivo na forma do
artigo558, par. ún., do diploma processual civil, analogamente ao que ocorre no caso do
agravo de instrumento.
Parte expressiva da doutrina entende que a regra do artigo558, par. ún., aplica-se
também aos demais casos de apelação sem efeito suspensivo (hipóteses fora do art. 520).
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
3. AGRAVO
• retido;
• instrumento.
A título de exemplo, em que se aplica a regra geral, pode-se citar as decisões que
concedem ou indeferem providências liminares: cabe o agravo de instrumento. Se entrar
com o agravo retido, só se evitará a preclusão.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
“Art. 523................................................................................
Em relação ao parágrafo segundo, o legislador torna o prazo para que o juiz ouça o
agravado, comum ao já admitido pela doutrina, para posterior análise do efeito regressivo
previsto aos recursos de agravo.
Prevê o parágrafo quarto, como regra, a admissão na forma retida nos autos do
agravo tirado das decisões em audiência de instrução ou posteriores à sentença de 1.º grau,
em quaisquer dos ritos. Todavia, prevê exceções, admitindo-o na forma de instrumento,
com possibilidade de concessão e efeito suspensivo inclusive, nas causas:
processo de execução, que segue a sentença, e é preciso verificar o interesse de agir para o
recurso.
3.2.1. Procedimento
As maiores modificações operadas pela reforma de dezembro de 2001, em relação
aos agravos de instrumento, com certeza se referem ao seu processamento. Para maiores
esclarecimentos, faz-se necessária a reprodução do novo texto do artigo 527 do Código de
Processo Civil, in verbis:
Com efeito, pode o relator, a seu juízo, converter o agravo de instrumento em retido,
a ser examinado quando da interposição de futura e eventual apelação, caso não haja
urgência ou perigo de lesões qualificadas para a parte e, como conseqüência, remeter o
recurso a apensamento no feito de primeira instância, cabível de tal decisão, agravo
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Cabe ao relator, atribuir efeito suspensivo ao agravo, nos termos do artigo 558, ou
ainda conceder tutela antecipada total ou parcial da pretensão do agravo, ocasião em que
deverá comunicar ao juiz da causa sua decisão, para que se possibilite cumprimento.
Nos casos em que seja necessária a intimação do Ministério Público, esta se dará
com prazo de 10 (dez) dias para que o Parquet se pronuncie, todavia, havendo regular
intimação, não ocasionará nulidade do feito a ausência de parecer do Ministério Público.
Interposto o agravo, o agravante tem o prazo de 3 dias para fazer juntar aos autos
principais a cópia do agravo que interpôs e a relação dos documentos que instruíram esse
agravo. Se não fizer isso, entende-se que, mediante requerimento e prova do agravado, o
recurso não deve ser conhecido (de acordo com as disposições da Lei n. 10.352/01).
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
“Art. 526.......................................................................
A lei nova incluiu um parágrafo único, que possibilita ao agravado requerer e provar
a falta da tomada da providência prevista no caput, com a finalidade de causar a
inadmissibilidade do agravo. Tal medida objetiva proteger não só o contraditório e a
regularidade do andamento processual, mas também possibilitar ao juiz substrato para que
forneça corretas informações ao tribunal, quando da solicitação.
Assim, disciplina o novo texto do artigo 555 o julgamento dos recursos, por ao
menos três juízes do órgão responsável, seja este órgão câmara, turma, grupos de câmaras e
etc, geralmente composto por cinco membros.
não esteja habilitado a proferir seu voto, como forma de garantir segurança no julgamento
pela autoridade judicial de segunda instância. Abaixo, encontra-se transcrito o texto do
artigo 555 do diploma processual civil, para melhor entendimento:
“Art. 555
§. 2.º A qualquer juiz integrante do órgão julgador é facultado pedir vista por
uma sessão, se não estiver habilitado a proferir imediatamente o seu voto (NR).
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MÓDULO IX
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Jurisdição e Competência
O foro por prerrogativa de função não é privilégio pessoal, mas sim garantia
inerente a cargo ou função. A razão do legislador, ao atribuir o julgamento a um órgão
colegiado, é evitar que um juiz monocrático pudesse ceder a eventuais pressões,
comprometendo sua imparcialidade. Assim, trata-se de uma garantia à sociedade, pois o
que se busca é a imparcialidade do julgador.
• Por quem tem prerrogativa de função (exemplo: prefeito) e uma pessoa sem
prerrogativa, ambos serão julgados pelo Tribunal de Justiça, pela continência.
• Por duas pessoas que têm prerrogativa de função, por exemplo, prefeito
(Tribunal de Justiça) e senador (Supremo Tribunal Federal). São competências
fixadas pela Constituição Federal/88, não podendo ser reunidas para o
julgamento em conjunto, pois a continência prevista no Código de Processo
Penal é infraconstitucional; ocorrerá, portanto, a disjunção.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Há duas posições.
Para uma primeira corrente, o deputado estadual deverá ser julgado pelo júri popular,
ante a falta de previsão expressa de foro especial na Lei Maior, a qual manda aplicar-lhe
apenas suas regras “sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda
de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas” (artigo 27, § 1.º). É
certo que nada impede venham as constituições estaduais a adotar o foro especial, mas, não o
tendo feito a Carta Federal, esta competência não poderia prevalecer sobre a constitucional do
Júri (artigo 5.º, inciso XXXVIII, alínea d).
O entendimento que nos parece mais correto, no entanto, é o de que, tendo a Carta
Magna estabelecido foro especial para os membros do Poder Legislativo da União, os Estados,
ao repetir em suas constituições idêntica garantia para seus parlamentares, estão refletindo em
seus textos o dispositivo da Lei Maior. Não há qualquer tipo de inovação porque o foro por
prerrogativa de função para deputados estaduais está em perfeita sincronia com a Constituição
Federal. Esse paralelismo significa que o privilégio estadual consta também da Carta Federal
e, por esta razão, sobrepõe-se à competência do Júri.
Importante:
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__________________________________________________________________________ MÓDULO IX
DIREITO PROCESSUAL PENAL
• Ministros de Estado;
• Parlamentares federais;
• Agentes diplomáticos;
• Procurador-Geral da República.
• Governador;
O Tribunal Regional Federal tem competência para julgar todas as infrações penais,
salvo nos crimes eleitorais, cometidas por:
• Juízes do Trabalho;
• Juízes militares;
• Juízes de Direito;
• Prefeitos municipais.
Atenção:
Prefeito Municipal:
Juiz federal:
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__________________________________________________________________________ MÓDULO IX
DIREITO PROCESSUAL PENAL
• Vice-Governador;
• Deputado estadual;
• Secretário de Estado;
• Procurador-Geral de Justiça;
• Procurador-Geral do Estado;
• Prefeitos municipais;
• Delegado-Geral de Polícia.
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__________________________________________________________________________ MÓDULO IX
DIREITO PROCESSUAL PENAL
• Na calúnia:
− se o fato imputado a alguém for crime de ação penal privada, e ele não for
condenado;
Deve ser oposta quando da defesa prévia; mas para alguns esse prazo não é fatal,
pois é questão de mérito, e o prazo fatal caracterizaria o cerceamento de defesa. Há
posicionamentos contrários.
Oposta a exceção, o querelante tem dois dias para contestá-la. Poderá arrolar no
máximo oito testemunhas. Se na queixa já tiver arrolado quatro testemunhas, poderá
arrolar mais quatro na contestação da exceção, até completar o número legal. Isso porque,
embora o crime seja punido com detenção, o rito é ordinário.
Conforme o artigo 85, do Código de Processo Penal, a exceção será julgada pelo
Tribunal competente. Se o Tribunal julga procedente a exceção, o mérito será julgado
improcedente. Se julga improcedente a exceção, o mérito será julgado procedente ou
improcedente. Observação: o Tribunal só faz o julgamento da exceção, as testemunhas são
ouvidas em 1.ª instância. Depois de julgar a exceção, o Tribunal devolve o processo para
ser julgado, em 1.ª instância, o mérito.
2.1. Prevenção
Concorrendo dois juízes ou mais, igualmente competentes, fixa-se a competência
pela prevenção. Ocorre a prevenção quando um dos juízes anteceder aos outros na prática
6
__________________________________________________________________________ MÓDULO IX
DIREITO PROCESSUAL PENAL
de algum ato do processo ou medida referente a esse, ainda que anterior ao oferecimento
da denúncia ou queixa.
Geram prevenção:
• Concessão de fiança;
2.2. Distribuição
Se for constatado que não houve prevenção, a fixação do juízo competente se dará
por distribuição, que é o sorteio para a fixação do juiz para a causa.
a) Conexão
• Intersubjetiva
• Objetiva
• Instrumental ou probatória
b) Continência
• Subjetiva: quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração,
configurando-se concurso de agentes. Atenção! Na conexão intersubjetiva são
duas ou mais infrações, na continência subjetiva há apenas uma infração.
• Objetiva
– aberratio ictus – erro na execução com resultado duplo (artigo 73, parte final,
do Código Penal);
• prepondera o local da infração mais grave, isto é, à qual for cominada pena mais
grave (a pena de reclusão é mais grave que a de detenção que é mais grave que a
prisão simples). Se a pena máxima for igual, compara-se a pena mínima;
• sendo iguais as penas (máxima e mínima), prevalece o local onde foi praticado o
maior número de crimes;
Não serão reunidos os processos para julgamento em conjunto nos casos do artigo
79 do Código de Processo Penal:
§ 2.º Co-réu revel que não possa ser julgado à revelia (infração inafiançável, não
comparece no Tribunal do Júri, citação por edital) e na cisão do julgamento durante a
sessão plenária do Júri (artigo 461 do Código de Processo Penal).
9
__________________________________________________________________________ MÓDULO IX
DIREITO PROCESSUAL PENAL
• se, por outro motivo relevante, o juiz julgar conveniente a separação (o juiz tem
discricionariedade para determinar isso).
10
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MÓDULO IX
DIREITO TRIBUTÁRIO
Capacidade Tributária Ativa
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DIREITO TRIBUTÁRIO
DIREITO TRIBUTÁRIO
Ocorrido o fato gerador em concreto, nasce a obrigação tributária que, como toda e
qualquer relação jurídica, tem um sujeito ativo (credor) e um sujeito passivo (devedor).
Sujeito ativo é a pessoa que tem o direito subjetivo de cobrar o tributo, é a pessoa que
tem capacidade tributária ativa (credor do tributo). A capacidade tributária ativa está situada no
plano da atividade tributária em sentido secundário (concreto) e é, lógica e cronologicamente,
posterior ao nascimento do tributo.
A pessoa política que cria o tributo, em regra, é a responsável pela sua arrecadação.
Visto, entretanto, que a capacidade tributária é delegável por lei (princípio da legalidade),
nada impede que a pessoa política, tendo criado um tributo, delegue o direito de arrecadá-
lo para pessoa diversa.
Pode-se comparar o sujeito ativo auxiliar com o terceiro contratado por empresas
privadas para efetuar a cobrança de suas dívidas. A mesma lei que delega a capacidade
tributária ao sujeito ativo auxiliar poderá fixar uma porcentagem sobre a arrecadação para
permanecer com este.
1
__________________________________________________________________________ MÓDULO IX
DIREITO TRIBUTÁRIO
1.2. Parafiscalidade
É o fenômeno mais comum. Parafiscalidade é a delegação de capacidade tributária
ativa que a pessoa política, por meio de lei, faz a terceira pessoa, a qual, por vontade dessa
mesma lei, passa a dispor do produto arrecadado.
• fundações públicas;
• entes paraestatais;
Nada impede que uma pessoa política crie o tributo e delegue o direito de
arrecadar a outra ou outras pessoas políticas, desde que o favorecimento de um ente
não aconteça em detrimento dos demais.
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__________________________________________________________________________ MÓDULO IX
DIREITO TRIBUTÁRIO
De acordo com suas hipóteses de incidência, uma parte da doutrina ensina que
elas podem se revestir da natureza de imposto, taxa ou contribuição de melhoria.
Extrafiscalidade é o emprego dos meios tributários para fins não fiscais, mas
ordinatórios, que disciplinam comportamentos de virtuais contribuintes.
Exemplos de extrafiscalidade:
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MÓDULO V
DIREITOS HUMANOS
Convenção sobre a Eliminação de Todas as
Formas de Discriminação Racial (1968)
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DIREITOS HUMANOS
DIREITOS HUMANOS
1. INTRODUÇÃO
Não há dúvida que o pano de fundo desse documento é o direito à igualdade, valor
supremo cristalizado como direito fundamental.
Assim, causa espécie o fato de que a igualdade entre as pessoas tenha de ser objeto
de Declarações e Convenções, quando a igualdade é inerente à pessoa humana. Isso
demonstra que há um caminho ainda árduo a ser percorrido até vivermos a igualdade em
toda a sua amplitude.
1
__________________________________________________________________________ MÓDULO V
DIREITOS HUMANOS
2. O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Naquele período, salienta Piovesan, os direitos humanos surgiram como uma reação
aos excessos do regime absolutista, portanto, visavam limitar e controlar o poder do
Estado, e esses limites e controles, impondo ao Estado se pautar na legalidade e respeitar
os direitos fundamentais, significavam Liberdade.
Assim, acrescenta, a liberdade era um valor supremo, que até prevalecia sobre os
outros, e era “... nesse cenário que se introduzia a concepção formal de igualdade, como
um dos elementos a demarcar o Estado de Direito Liberal”. Emenda, ainda, que não havia
previsão de qualquer “... direito de natureza social e nem mesmo se pensava no valor da
igualdade sob a perspectiva material e substantiva”.
Ainda a respeito, e citando Norberto Bobbio, diz que essa generalização, essa
abstração era possível no tocante aos direitos civis, mas não no tocante aos direitos sociais
e políticos8.
Bobbio ainda destaca que, em relação aos direitos de liberdade, os homens são todos
iguais, todavia o mesmo não ocorre com os direitos sociais e políticos, nos quais existem
diferenças de indivíduo para indivíduo, de grupos de indivíduos para grupos de indivíduos.
Essa concepção, a da pessoa humana vista na sua singularidade, na sua especificidade,
abrindo uma nova perspectiva, uma nova visão a ser adotada, é que tem o condão de
conduzir ao estabelecimento da igualdade substancial, real, não meramente formal.
Apenas à guisa de compreensão, destaca que não é possível afirmar que todas as
pessoas sejam iguais em relação aos três direitos sociais fundamentais (trabalho, instrução
e saúde)10.
8
PIOVESAN, Flávia. Temas de Direitos Humanos. Max Limonad Editor, 1988. p.127-129
9
BOBBIO, Norberto. A Era dos Efeitos. Campus, 1992. p.70-71
10
BOBBIO, Norberto. Op. Cit. p.71
2
__________________________________________________________________________ MÓDULO V
DIREITOS HUMANOS
Norberto Bobbio também acentua em sua obra que o fenômeno da multiplicação dos
direitos contribuiu sobremaneira para a compreensão do homem na sua singularidade, bem
como dos direitos inerentes a tal concepção. Destaca que a multiplicação dos direitos
aumentou a quantidade de bens merecedores de tutela, fez com que muitos direitos
tivessem a titularidade estendida para sujeitos diferentes do indivíduo (a família, as
minorias étnicas e religiosas), e essa gama de direitos, contemplando a pessoa humana na
sua especificidade, na sua concreticidade, resultou na passagem “do homem genérico – do
homem enquanto homem – para o homem específico, ou tomado na diversidade de seus
status sociais, com base em diferentes critérios de diferenciação (o sexo, a idade, as
condições físicas), cada um dos quais revela diferenças específicas, que não permitem
igual tratamento e igual proteção. A mulher é diferente do homem; a criança, do adulto; o
adulto, do velho; o sadio, do doente; o doente temporário, do doente crônico; o doente
mental, dos outros doentes; os fisicamente normais, dos deficientes etc.”11
O que se verifica, portanto, é que, além do sistema geral de proteção, deu-se início à
organização de um sistema especial de proteção, “que adota como sujeito de direito o
indivíduo historicamente situado, isto é, o sujeito de direito ‘concreto’, na peculiaridade e
particularidade de suas relações sociais”13.
Nesse tema, porém, cabe deixar estabelecido que para a implementação do direito à
igualdade não basta a proibição da discriminação, o combate à discriminação. É preciso
mais, ou seja, é preciso uma política positiva, um atuar positivo, a adoção de uma
“discriminação positiva (a chamada ação afirmativa), mediante a adoção de medidas
especiais de proteção ou incentivo a grupos ou indivíduos, com vistas a promover sua
ascensão na sociedade, até um nível de equiparação com os demais”14.
11
Idem, ibidem. p.69
12
PIOVESAN, Flávia. Op. Cit. p.130
13
PIOVESAN, Flávia. Op. Cit. p.131
14
Idem,ibidem. p.135
3
__________________________________________________________________________ MÓDULO V
DIREITOS HUMANOS
No que toca ao tema da discriminação racial, é sensível que apenas a adoção de tal
política positiva pode reduzir a desigualdade que atinge as minorias étnicas e raciais, uma
vez que apenas a proibição da não-discriminação é insuficiente para tanto.
J. A. Lindgren Alves destaca que, ao final dos anos 40 e na década de 50, “o grande
incentivo à adoção de dispositivos antidiscriminatórios foi a lembrança do holocausto
judeu sob os regimes nazi-fascistas”; já nos anos 60, aduz, “seu principal motor foi o
grande movimento de emancipação das antigas colônias européias”.
No seu preâmbulo, a Convenção invoca que “todas as pessoas são iguais perante a
lei e têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação e contra qualquer
incitamento à discriminação”; afirma “a necessidade de eliminar a discriminação racial no
mundo, em todas as suas formas e manifestações, e de assegurar a compreensão e o
respeito à dignidade da pessoa humana”; também deixa estabelecido que “a doutrina da
superioridade baseada em diferenças raciais é cientificamente falsa, moralmente
condenável, socialmente injusta e perigosa, e que não existe justificação para a
discriminação racial, em teoria ou na prática, em lugar algum”. Com esses contornos,
reafirma que “a discriminação entre as pessoas por motivo de raça, cor ou origem étnica é
um obstáculo às relações amistosas e pacíficas entre as nações e é capaz de perturbar a paz
e a segurança entre os povos e a harmonia de pessoas vivendo lado a lado, até dentro de um
mesmo Estado”.
em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto ou resultado
anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício em um mesmo plano (em
igualdade de condição) de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos
político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública”.
Por outro lado, para tornar efetivo o direito à igualdade (igualdade real, substancial,
material), a Convenção, no artigo 4.º, previu a discriminação positiva (a chamada ação
afirmativa), ao estabelecer que “não serão consideradas discriminação racial as medidas
especiais tomadas com o único objetivo de assegurar o progresso adequado de certos
grupos raciais ou étnicos ou de indivíduos que necessitem da proteção que possa ser
necessária para proporcionar a tais grupos ou indivíduos igual gozo ou exercício de direitos
humanos e liberdades fundamentais, contanto que tais medidas não conduzam, em
conseqüência, à manutenção de direitos separados para diferentes grupos raciais e não
prossigam após terem sido alcançados os seus objetivos”.
- garantir o direito à igualdade perante a lei para todos, sem distinção de raça, cor ou
origem nacional ou étnica;
- assegurar proteção e recursos legais contra atos de discriminação racial que violem
direitos humanos;
16
LINDGREN ALVES, J. A. Op. cit. p.55-56
5
__________________________________________________________________________ MÓDULO V
DIREITOS HUMANOS
Com efeito, no artigo 3.º, inciso I, o legislador constituinte fez constar, como um dos
objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, a construção de uma sociedade
livre, justa e solidária, enfatizando, no inciso III, a necessidade de erradicar a pobreza e a
marginalização e redução das desigualdades sociais e regionais. No inciso IV, em seguida,
constou como objetivo “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”, dando contornos absolutos ao
tema, ou seja, deixando destacadas as duas metas a serem atingidas: a promoção da
igualdade e o combate à discriminação.
17
PIOVESAN, Flávia. Op. cit. p.131-132
6
__________________________________________________________________________ MÓDULO V
DIREITOS HUMANOS
18
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Direitos Humanos Fundamentais. 4.ª ed. São Paulo: Saraiva,
2000. p.111
7
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MÓDULO IX
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__________________________________________________________________________ MÓDULO IX
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
1. ART. 1.º
Os crimes definidos no artigo 1.º são materiais (conduta e resultado), salvo, como
veremos, o parágrafo único. Exige-se, portanto, para a consumação, na hipótese dos
incisos, o resultado supressão ou redução de tributo ou seu acessório.
Admitem, como regra, a forma tentada.Vários dos crimes inseridos no artigo 1.º são
crimes plurissubsistentes. A tentativa, entretanto, é impossível nos crimes omissivos
próprios. No inciso I, por exemplo, constatamos o núcleo “omitir” que não admite
tentativa. No mesmo inciso, todavia, encontramos a conduta “prestar”, comportamento
positivo (crime comissivo) que ensejará a forma tentada.
O artigo 1.º cuida de crime de forma vinculada, porquanto só pode ser cometido
numa das formas previstas em seus cinco incisos e no parágrafo único.
Art. 1.º Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou
contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:
1
__________________________________________________________________________ MÓDULO IX
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Recorda-se, mais uma vez, que o crime só se consumará com a efetiva redução ou
supressão do tributo. É crime que se assemelha à falsidade ideológica ou material previstas
no Código Penal. Evidentemente, a figura da lei especial, que ora estudamos, prevalece.
A conduta pode recair sobre documentos da pessoa jurídica, tais como talonários de
notas fiscais, livros fiscais, dados informatizados etc.
III – falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer
outro documento relativo à operação tributável.
O parágrafo único do artigo 1.º constitui exceção. Enquanto nos incisos anteriores
temos crimes materiais (de conduta e resultado), no parágrafo único inseriu-se delito de
mera conduta. Sua consumação, pois, independe da efetiva redução ou supressão do
tributo, mas só se dará com o desatendimento da exigência da autoridade, após o decurso
do prazo dado ao contribuinte. Cuida-se de infração que se assemelha ao crime de
desobediência previsto no artigo 330 do Código Penal.
O parágrafo visa assegurar aos agentes fiscais o livre acesso aos livros e documentos
fiscais, ao estoque de mercadorias, enfim, ao que for necessário para poderem efetuar a
fiscalização. Os documentos particulares dos contribuintes e as operações protegidas pelo
sigilo bancário estão fora do alcance do parágrafo único.
Trata-se de crime punido com as mesmas penas reservadas aos incisos que lhes
antecedem, ou seja, reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa.
2. ART. 2.º
Todos os delitos previstos no artigo 2.º são formais. Embora prevista pelo legislador,
não se exige a efetiva redução ou supressão de tributo ou seu acessório para a consumação.
Aparentemente, esse inciso I do artigo 2.º é idêntico ao mesmo inciso do artigo 1.º.
Entretanto, as sanções nitidamente distintas, muito mais graves no artigo 1.º, reclamam
uma forma de interpretação que se possa diferenciá-los. Há duas interpretações do inciso:
4
__________________________________________________________________________ MÓDULO IX
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Os núcleos são três: fazer declaração, omitir informação ou empregar outra fraude
com a finalidade de pagar menos ou nenhum tributo.
O crime previsto no inciso II exige a comprovação cabal do dolo. Será a partir desse
exame que afastaremos as hipóteses de mera inexecução das obrigações tributárias, as
quais deverão ser perseguidas pelo fisco através dos executivos fiscais.
5
__________________________________________________________________________ MÓDULO IX
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Os incisos III e IV visam assegurar a aplicação correta dos incentivos fiscais, além de
procurar evitar o comércio na captação de incentivos. Excepcionalmente, poderemos ter como
sujeito ativo funcionários de instituições financeiras privadas que atuem na captação dos
incentivos fiscais.
Esse inciso pune o caixa dois eletrônico. As condutas visadas são a utilização ou
divulgação do referido programa de processamento de dados. A elaboração do programa,
simplesmente, não constitui comportamento típico.
3. ART. 3.º
Os crimes definidos nos três incisos do artigo 3.° são funcionais, isto é, praticados
por funcionários públicos. Logo, considerando o sujeito ativo da infração, tratam-se de
crimes próprios.
Não incide a causa especial de aumento de pena prevista no artigo 12, inciso II, sob
pena de bis in idem, pois a condição de funcionário público é elementar do tipo. Por tal
razão, o artigo 12, caput, não faz referência ao artigo 3.º ora estudado.
6
__________________________________________________________________________ MÓDULO IX
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Como já anunciado, o sujeito ativo deve ser funcionário público. Trata-se de delito
semelhante ao artigo 314 do Código Penal, que não é aplicado nas hipóteses indicadas no
inciso I do artigo 3.° por força do princípio da especialidade.
O legislador, para criar a figura penal ora enfocada, inspirou-se nos crimes definidos
nos artigos 316 (concussão) e 317 (corrupção passiva) do Código Penal. Enfatizamos, mais
uma vez, que o inciso II é especial em relação aos dois crimes previstos no Código Penal.
senda a forma tentada impossível. A forma escrita, quase não observável na prática por
razões óbvias, admitiria a tentativa (conduta plurissubsistente). Quanto à solicitação, desde
que de forma escrita, a forma tentada é admissível. No que concerne ao recebimento, a
tentativa é inviável.
O inciso II é punido com a mesma pena prevista para o inciso antecedente: reclusão
de 3 (três) a 8 (oito) anos e multa.
A pena prevista para o inciso III é de reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Admite-se a suspensão condicional do processo, presentes os demais requisitos.
8
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MÓDULO V
MEDICINA LEGAL
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MEDICINA LEGAL
MEDICINA LEGAL
1. ASFIXIAS
Asfixias são todas as formas de carência ou ausência de oxigênio, vital para o ser
humano, todas as anormalidades no processo respiratório.
Toda e qualquer situação que interfira nas vias respiratórias, na caixa toráxica, nos
pulmões, caracteriza asfixia.
• Soterramento
• Afogamento
1
__________________________________________________________________________ MÓDULO V
MEDICINA LEGAL
• Estrangulamento
• Esganadura
• Afundamento de tórax
• Traumatismo crânio-cefálico
a se formar nas costas, se ele estiver em decúbito dorsal, ou no tórax, se ele estiver em
decúbito ventral. Nas regiões de apoio, o sangue não chega, portanto, não se formam as
manchas nessas regiões. Essas manchas começam a se formar 1 ou 2 horas depois da
morte. Nos casos de asfixia, as manchas hipostásicas são mais marcadas (pronunciadas) e
mais precoces, porque o sangue está sem oxigênio, com gás carbônico. O sangue venoso
(com gás carbônico) é mais escuro, por isso que as manchas hipostásicas são mais visíveis
nos asfixiados. São, também, mais precoces, porque, em decorrência do aumento da
pressão, há um acúmulo muito maior de sangue nas extremidades.
1.2.2. Cianose
Face, rosto, parte alta do pescoço nos asfixiados são cianóticos. Em todos os casos
de asfixia, percebe-se, na face, o sinal de cianose (roxidão).
1.2.3. Equimose
Manchas na pele e em algumas vísceras; em conseqüência do aumento da pressão,
os vasos se rompem formando as manchas equimóticas. No pulmão, recebem o nome de
Manchas de Tardieu. Alguns casos são também visíveis no coração (em crianças de pouca
idade).
1.3.1. Confinamento
A modalidade mais comum de confinamento é o das pessoas que, num ambiente
3
__________________________________________________________________________ MÓDULO V
MEDICINA LEGAL
compartimentado, têm o sangue enriquecido por monóxido de carbono. Ex.: num comboio
de trem a carvão, fechado sem oxigênio, o indivíduo morre asfixiado.
A cor da hemoglobina é mais avermelhada. O sangue não tem a coloração forte das
outras asfixias, porque não foi asfixiado com gás carbônico, mas com monóxido de
carbono.
Confinamentos podem ocorrer com grupos de pessoas num compartimento onde não
há renovação do ar. As pessoas se asfixiam com o próprio gás carbônico: é a asfixia
clássica.
1.3.2. Soterramento
Soterramento é a asfixia no meio terroso.
É uma asfixia clássica. Ocorre a sufocação direta, indireta, mais a imersão em meio
não respirável (sólido).
1.3.3. Afogamento
Afogamento é a asfixia no meio líquido: pode ser água, tanque de coca-cola, álcool,
gasolina etc.
Num primeiro momento, o afogado tem a fase de surpresa: fica agitado e segura ao
máximo a respiração. Quando não agüenta mais, respira profundamente inundando os
pulmões de água. Entra em concussão e morte aparente. Após isso, o coração bate por mais
ou menos 9 minutos.
4
__________________________________________________________________________ MÓDULO V
MEDICINA LEGAL
• Maceração da pele palmar e plantar: a pele das mãos e dos pés ficam maceradas
(enrugadas). A pele chega a descolar e permanece tão perfeita, destacada com
tanta precisão (como uma luva), que é até possível colher as impressões digitais.
• Cogumelo de espuma: espuma branca ou rosada que sai da boca e dos orifícios
nasais. A presença de cogumelo de espuma no cadáver, por si só, não confirma o
diagnóstico da morte por afogamento. Nos casos de pneumonia, também pode
ocorrer o cogumelo de espuma.
• Lesões por animais aquáticos: são comuns nos afogamentos. Os animais têm
predileção pelos lábios, pálpebras e nariz. O cadáver atacado pela fauna aquática
tem um aspecto mais ou menos uniforme. Esses sinais são bem característicos.
• Inundação das vias aéreas com líquido: as pessoas se afogam em vários tipos de
líquido. A presença desses líquidos não deve ser, apenas, uma constatação
pericial. Por meio do líquido pode-se analisar o meio aquático em que o
indivíduo se afogou. Ex.: o indivíduo pode ter sido morto em uma banheira e ter
o seu corpo jogado no mar. A presença do líquido serve, também, para esclarecer,
exatamente, o lugar onde ocorreu o afogamento. Mesmo se tratando de
afogamento em água doce com posterior remoção do cadáver para um rio,
também de água doce, há diferenciação entre os líquidos.
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__________________________________________________________________________ MÓDULO V
MEDICINA LEGAL
Pela análise do sangue, pode-se, também, dizer em qual tipo de líquido ocorreu o
afogamento.
Nos cadáveres cuja pele não está íntegra, não há compartimentação de gases e é
mais difícil de se encontrar o cadáver.
1.4.1. Enforcamento
Enforcamento é a constrição do pescoço por um instrumento chamado laço e a força
que constrange é a do próprio indivíduo.
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__________________________________________________________________________ MÓDULO V
MEDICINA LEGAL
a) Suspensão completa
b) Suspensão incompleta
Quando o corpo não fica inteiramente pendurado. Ex.: amarrar o laço numa janela.
Nas asfixias por enforcamento, o mecanismo é misto, pois, além da constrição das
vias respiratórias, constringe-se, também, a circulação sanguínea e o sistema nervoso que
comanda a respiração e os batimentos cardíacos.
• Fase de prostração ou morte aparente: o coração bate e essa fase pode durar até
10 minutos.
1.4.2. Estrangulamento
No estrangulamento, que também é uma constrição por um laço, a força constritiva
é externa. O que constringe é o laço, acionado por uma força externa, geralmente
homicida.
1.4.3. Esganadura
Esganadura é a constrição do pescoço por um membro do corpo humano: mãos, pés,
cotovelos, joelhos.
Outra hipótese remota, mas que também pode ocasionar paralisia flácida, é o
traumatismo de medula (raquimedular).
1.7.2. Eletroplessão
A carga elétrica leva à parada cerebral ocasionada por hemorragia das meninges, das
paredes ventriculares, do bulbo e da medula espinhal.
Outras substâncias que podem produzir esse mesmo efeito são alguns
tranqüilizantes.
9
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MÓDULO V
PORTUGUÊS
Concordância Nominal
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PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
Concordância Nominal
1. Concordância Nominal
1
__________________________________________________________________________ MÓDULO V
PORTUGUÊS
• meio
Observação – Como advérbio, em caso de dúvida troque por “muito”; não havendo
flexão, o “meio” é invariável.
Ela ainda está __?__ ressentida. = Ela ainda está meio (muito) ressentida.
• junto
− como adjetivo
• mesmo / próprio
• alerta
c) Não variam
2
__________________________________________________________________________ MÓDULO V
PORTUGUÊS
c) Concordância Especial
d) É muito comum o adjetivo ser usado no lugar do advérbio. Nesse caso, ficará
invariável.
3
__________________________________________________________________________ MÓDULO V
PORTUGUÊS
4
__________________________________________________________________________ MÓDULO V
PORTUGUÊS
EXERCÍCIOS
( ) Anexos ( ) Anexo
( ) lesa ( ) leso
( ) meia ( ) meio
( ) bastante ( ) bastantes
( )alerta ( )alertas
( )bastante ( )bastantes
( ) possível ( ) possíveis
( ) cinza ( ) cinzas
( ) obrigado ( ) obrigada
( ) As obrigatórias ( ) Os obrigatórios
( ) junto ( ) juntas
c) Embora meio cansada pela longa noite de vigília, a mulher encontrava forças bastantes
para conduzir o carro .
l) Os responsáveis pela festa ficaram alertas, porque, no final, havia menos pessoas
conhecidas.
GABARITO
b) leso-país;
d) alerta; bastantes;
e) possível;
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__________________________________________________________________________ MÓDULO V
PORTUGUÊS
f) cinza;
g) obrigada;
i) necessária;
j) junto.
a) pseudO-perita;
b) anexA;
c) correta;
d) silenciosA ou silenciosOS;
e) proibidA;
f) clínicas médicO-cirúrgicas;
g) correta;
h) correto;
i) AnexA;
j) correto;
l) anexOS;
m) alertA.
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MÓDULO V
__________________________________________________________________
Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
__________________________________________________________________________ MÓDULO V
TUTELA DOS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS
(Lei n. 8.069/90)
impõe horário para as diversões, não afetando seu conteúdo, por isso não se trata de
censura, assim, não contraria o artigo 5.º, inciso IX, da Constituição Federal.
• se a arma for de uso proibido (crime do artigo 10, § 2.º, da Lei n. 9.437/97);
2
__________________________________________________________________________ MÓDULO V
TUTELA DOS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS
criança estiver acompanhada de parente até o 3.º grau ou pessoa autorizada expressamente
pelos pais.
O menor que pratica ato infracional está em situação de risco por estar privado de
assistência moral. A situação de risco pode decorrer de ação ou omissão do Poder Público,
ação ou omissão dos pais ou dos responsáveis ou, ainda, por conduta própria.
3
__________________________________________________________________________ MÓDULO V
TUTELA DOS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS
O ato infracional é aquele ato que seria considerado crime ou contravenção penal se
praticado por maior de 18 anos. Ou seja, corresponde à prática de conduta que constitui
crime ou contravenção penal, mas que é cometida por criança ou adolescente.
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__________________________________________________________________________ MÓDULO V
TUTELA DOS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS
2.1. Remissão
Remissão significa a ação de remir, conceder perdão, indulgência ao adolescente.
Em síntese, tendo o adolescente praticado ato infracional que não seja grave ou não
tenha sido praticado com violência ou grave ameaça, deverá ser imediatamente liberado
pela autoridade policial. O adolescente é liberado e entregue aos seus pais ou responsáveis,
mediante compromisso de comparecimento em audiência a ser realizada no Ministério
Público (a autoridade policial encaminhará a notícia da ocorrência para a apreciação do
Ministério Público).
a) pelo arquivamento;
• personalidade do agente;
A remissão, quer concedida pelo Ministério Público quer pelo juiz, não implica
confissão de culpa. Existe uma divergência na doutrina em considerar a remissão como um
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__________________________________________________________________________ MÓDULO V
TUTELA DOS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS
Em síntese, ante a prática de um ato infracional que não tenha gravidade ou não
tenha causado comoção ou repercussão social, desde que o adolescente não revele possuir
periculosidade, poderá ser a ele concedida remissão (perdão), seja pelo Promotor de Justiça
(antes de iniciar o processo), seja pelo juiz (depois de iniciado o processo). Concedida pelo
promotor, haverá a exclusão do processo. Concedido pelo juiz, haverá a extinção do
processo. Em sendo o caso, o juiz poderá conceder a remissão cumulada a uma medida
adequada (obrigação de reparar o dano causado à vítima, por exemplo). Em qualquer caso,
no entanto, deverão ser tomados em conta: a) contexto social, b) maior ou menor
participação do adolescente, dentre outros fatores.
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MÓDULO IX
EXERCÍCIOS
CURSO ANUAL
OPÇÃO 3
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Praça Almeida Júnior, 72 – Liberdade – São Paulo – SP – CEP 01510-010
Tel.: (11) 3346.4600 – Fax: (11) 3277.8834 – www.damasio.com.br
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO ADMINISTRATIVO
1
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
d) pressupõe que o mesmo seja nulo e pode ser realizada pelo Poder Judiciário no
exercício da função jurisdicional.
5. A Administração Pública:
a) pode anular seus próprios atos quando há motivo de conveniência ou oportunidade e
revogá-los quando eivados de vícios que os tornem ilegais;
b) pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornem ilegais e
revogá-los quando há motivo de conveniência ou oportunidade;
c) não pode, diante de razões de mérito, conveniência ou oportunidade, revogar o ato que
editou;
d) pode anular os seus próprios atos segundo critérios de conveniência e oportunidade,
desfazendo todos os seus efeitos.
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__________________________________________________________________________MÓDULO IX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO CIVIL
1
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
2
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO COMERCIAL
1
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
2
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO CONSTITUCIONAL
5. Analise as assertivas.
1ª – A fiscalização da constitucionalidade no Brasil, em face de órgãos dotados de
competência para realizá-la, pode ser: a) difusa, e nesse caso concreta, ou b) concentrada,
caso em que será abstrata, caracterizando-se tal sistema como misto.
2ª – Entende-se por fiscalização difusa da constitucionalidade aquela operada por uma
pluralidade de órgãos, verificando-se ela, sempre, pela via de exceção ou de defesa, já que
todos os órgãos do Judiciário (Juízes ou Tribunais) são, no Brasil, competentes para
exercê-la.
3ª – Entende-se por fiscalização concentrada da constitucionalidade aquela exercida por
um ou por poucos órgãos, possuindo competência para operá-la, no Brasil, o STF,
relativamente a atos normativos estaduais e federais em face da CF, ou os Tribunais de
Justiça, relativamente a atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição
Estadual.
4ª – Tanto a fiscalização difusa da constitucionalidade quanto a concentrada são
consideradas modalidades abstratas, pois em ambos os casos versam elas sobre atos
normativos em tese.
5ª – A constitucionalidade de uma lei municipal em face da CF pode ser questionada,
quando inexistir parâmetro para tanto na Constituição Estadual, junto ao STF pela via da
ação direta, desde que promovida por uma das pessoas ou entidades a tanto legitimadas.
a) 1ª certa; 2ª certa; 3ª certa; 4ª errada; 5ª certa;
b) 1ª certa; 2ª errada; 3ª certa; 4ª certa; 5ª certa;
c) 1ª errada; 2ª certa; 3ª certa; 4ª certa; 5ªerrada;
d) 1ª certa; 2ª certa; 3ª certa; 4ª errada; 5ªerrada;
e) 1ª errada; 2ª errada; 3ª certa; 4ª certa; 5ªcerta.
2
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
2
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
2
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO ELEITORAL
1
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
2
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO INTERNACIONAL
1
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
b) uma convenção entre países, celebrada por escrito, homologada por um órgão
internacional, com eficácia de norma jurídica quando ratificada pelo Estado-Membro
que o adotar, constante de um único instrumento;
c) um pacto internacional celebrado por escrito entre dois Estados e regido pelo Direito
Internacional, constante de um único documento , qualquer que seja a sua
denominação, segundo os preceitos estabelecidos pela Organização das Nações Unidas
– ONU, inserindo-se automaticamente no ordenamento jurídico interno de cada país
que o aprovar;
d) uma convenção entre países, celebrada por escrito, regida pelo Direito Internacional,
constante de diversos instrumentos conexos, e com a aprovação das respectivas
embaixadas.
2
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO PENAL
2. Dentre os enunciados abaixo, aponte o que reúne as medidas que melhor atendem
ao princípio da individualização da pena:
a) Incomunicabilidade das circunstâncias subjetivas e ultratividae da lei penal temporária.
b) Fixação da pena de multa proporcionalmente ao prejuízo da vítima e graça.
c) Perda dos instrumentos do crime e fixação da multa em atenção à situação econômica
do réu.
d) Possibilidade de imposição de penas à pessoa jurídica por crimes ambientais e anistia
geral.
e) Progressão de regime prisional segundo o mérito do sentenciado e dosagem da pena-
base em atenção aos antecedentes e à personalidade do agente.
1
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
d) A pena não poderá ser atenuada em razão de circunstância anterior ou posterior ao crime,
ainda que relevante, se não prevista expressamente em lei.
2
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
1
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
2
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
2. A doutrina tem definido a coisa julgada material como “preclusão máxima”. Sobre
preclusão, a doutrina identifica três espécies. Quais são?
a) Prescritiva, preclusiva e lógica.
b) Temporal, decadencial e consumativa.
c) Consumativa , lógica e preclusiva.
d) Temporal, lógica e consumativa.
3. De um despacho de mero expediente, mas que causou gravame a uma das partes
(assinale a alternativa correta):
a) cabe embargos declaratórios com efeito infringente;
b) não cabe recurso;
c) cabe mandado de segurança;
d) cabe correição parcial;
e) cabe agravo.
c) não cabe ao juiz examiná-los, por se tratar de atribuição exclusiva do tribunal ad quem;
d) deve cingir-se à deserção, no ensejo da remessa dos autos ao órgão ad quem.
2
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
2.ª coluna
( ) Não é critério para fixação do foro, mas para a determinação da Vara.
( ) Hipóteses de concurso formal, aberratio ictus e aberratio delicti ou resultado diverso do
pretendido, desde que nas duas hipóteses ocorra concurso formal de delitos.
( ) Há regras para a determinação do foro prevalecente (previstas no art. 78 CPP): no
concurso entre a competência do Júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalece a
competência do Júri; entre jurisdições da mesma categoria, prevalece a do lugar à qual for
cominada a pena mais grave; depois, a do lugar em que houver ocorrido o maior número de
infrações, se as penas forem de igual gravidade. Cuida-se também do concurso de
jurisdições de categorias diversas e do concurso entre a jurisdição comum e especial. Resta
ainda uma regra.
( ) Havendo co-autoria (concurso de pessoas) num crime praticado por um Prefeito
Municipal e um particular (falsidade ideológica, por ex.), se no Tribunal de Justiça for
absolvido o Prefeito, aquele órgão colegiado continuará competente para julgar o
particular.
2
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
3
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO TRIBUTÁRIO
1
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
5. Os impostos extraordinários:
a) são de competência da União e só podem ser instituídos em caso de guerra externa ou
sua iminência;
b) são de competência da União e não podem ter fato gerador próprio de tributo de
competência das demais pessoas políticas de direito público interno;
c) podem ser exigidos nos casos de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência;
d) devem ser instituídos por meio de LC.
2
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITOS HUMANOS
1
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
2
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
2. Para a consumação dos crimes definidos nos cinco incisos do art. 1.°:
a) basta o mero comportamento típico, independentemente de qualquer resultado;
b) é suficiente o comportamento do agente, exigindo-se uma especial finalidade de agir,
isto é, a supressão ou redução de tributo ou de seu acessório;
c) exige-se a efetiva redução ou supressão de tributo ou de seu acessório;
d) n.d.a.
2
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
MEDICINA LEGAL
1. A asfixia mecânica provocada por constrição do pescoço por um laço, que não é
acionado pelo próprio peso da vítima, é denominada:
a) sufocação direta;
b) esganadura;
c) enforcamento;
d) estrangulamento.
2. Na esganadura:
a) ocorre procidência da língua e espuma;
b) pode ocorrer cianose e espuma;
c) ocorre cianose, procidência da língua e espuma;
d) pode ocorrer cianose, procidência da língua e espuma.
1
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
d) intermação.
2
__________________________________________________________________________MÓDULO IX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1
__________________________________________________________________________MÓDULO IX