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2004-2005
Freud e a
Psicanálise
1856-1939
Porquê usar a Psicanálise e os Modelos
Psicodinâmicos?
• Vantagens
– continuidade histórica
– utilidade clínica
– alguma validação empírica
• Desvantagens
– muitos aspectos não-demonstráveis, não
refutáveis
– altamente inferencial, diminuta fidelidade inter-
juizes
– muitos dos seus elementos entraram em
descrédito
– difícil integrar com modelos neurobiológicos
Postulados básicos da
Psicanálise
• A vida psíquica é determinada.
• O inconsciente desempenha um papel
dominante na determinação do
comportamento humano.
• Os conceitos explicativos mais
importantes são motivacionais.
• A história do organismo é extremamente
importante na determinação do
comportamento actual.
Algumas das características
principais do pensamento de
Freud
• Determinismo
– Crença na continuidade do
reino animal
– Papel das influências
inconscientes
– Ênfase no desenvolvimento
– Ênfase na motivação
– Psicologia aplicada
Determinismo
Conscient
e
Pré-
consciente
Inconscient
e
Ênfase no
Desenvolvimento
• Definição:
– Padrões ou elementos relativamente
constantes, duradouros e permanentes
de percepcionar, pensar, sentir e
comportar-se que atribuem ou parecem
atribuir aos sujeitos identidades
separadas.
• Personalidade é um “constructo sumário”
que inclui pensamentos, interesses,
atitudes, capacidades e outros
fenómenos semelhantes.
Estrutura da Mente
Conscie
nte
Pré-consciente
Inconsciente
Teorias Topográficas:
1ª Tópica do Aparelho Psíquico
Id
Ego
Superego
2ª Tópica do Aparelho Psíquico
[cont.]
Id
• A instância psíquica mais arcaica constituinte deste
aparelho designa-se Id.
Id
– O seu conteúdo abrange tudo o que o ser traz consigo
ao nascer, tudo o que é constitucionalmente
determinado, isto é e antes de mais, as pulsões
emanadas da organização somática e que encontram
no Id um primeiro modo de expressão psíquica (sob
formas que nos são desconhecidas).
– Todo o material que se encontra no Id está sob a forma
inconsciente.
inconsciente
2ª Tópica do Aparelho Psíquico
[cont.]
Id
No Id encontram-se quer as pulsões de auto-
conservação, quer as pulsões de destruição.
Id ! Ego
Sob influência do mundo exterior que nos rodeia,
uma fracção do Id sofre uma evolução particular.
A partir da camada cortical original, fornecida com
orgãos aptos a percepcionar os estímulos e a
proteger-se contra eles, estabelece-se uma
organização especial que vai servir de intermediário
entre o Id e o exterior: o Ego.
Ego
2ª Tópica do Aparelho Psíquico
[cont.]
Ego
• No seguimento das relações já estabelecidas entre a
percepção sensorial e as acções musculares, o Ego
passa a dispor do controlo dos movimentos
voluntários.
• O Ego assegura a auto-conservação e, no que diz
respeito ao exterior, assegura a sua tarefa
aprendendo a conhecer os estímulos, acumulando (na
memória) as experiências que eles lhe fornecem.
• O Ego evita os estímulos demasiado fortes (pela
fuga), acomodando-se aos estímulos moderados (pela
adaptação) e, por fim, chegando a modificar de forma
apropriada, e para seu próprio proveito, o mundo
exterior (através da actividade).
2ª Tópica do Aparelho Psíquico
[cont.]
Ego
• No interior, dirige uma acção contra o Id,
adquirindo o controlo das exigências
pulsionais, decidindo se elas podem ser
– satisfeitas no imediato; se podem
– ser adiadas; ou
– se é necessário sufocá-las
completamente.
• Na sua actividade, o Ego guia-se pela tomada em
consideração das tensões provocadas pelos
estímulos de dentro e de fora.
2ª Tópica do Aparelho Psíquico
[cont.]
• Um acréscimo de tensão provoca geralmente o
desprazer e a sua diminuição gera o prazer.
prazer
• O prazer e o desprazer não dependem do grau absoluto
das tensões, mas mais do ritmo das variações destas
últimas.
• O Ego tende para o prazer e evitar o desprazer.
–A todo o aumento esperado do desprazer
corresponde um sinal de angústia e o que dispara
este sinal denomina-se perigo.
perigo
• De tempos a tempos, o Ego, quebrando os
laços que o unem ao mundo exterior, retira-
se para o sono, onde modifica notavelmente
a sua organização.
2ª Tópica do Aparelho Psíquico
[cont.]
Ego ! Superego
• Durante o longo período de infância que o indivíduo
atravessa e durante o qual depende dos seus pais, o
indivíduo em curso de evolução vê formar-se no seu
Ego, como que por uma espécie de precipitação,
uma instância particular, através da qual se
prolonga a influência parental: o Superego.
Superego
• Na medida em que se destaca do Ego, ou se opõe a
ele, o Superego constitui um terceiro poder que o
Ego é obrigado a ter em conta.
2ª Tópica do Aparelho Psíquico
[cont.]
• É considerado como correcto todo o
comportamento do ego que satisfaz em
simultâneo as exigências de:
– Id
– Superego
– Ego
• Sempre, e seja qual for o controlo social, as
particularidades das relações entre o Ego e o
Superego tornam-se melhor comprensíveis se
as relacionarmos com a relação da criança
2ª Tópica do Aparelho Psíquico
[cont.]
Superego
• Não é só a personalidade dos pais que age
sobre a criança, mas, transmitida através
deles, a influência das tradições familiares,
raciais e nacionais, assim como as exigências
do meio social imediato, que eles
representam.
• Ao longo da sua evolução, o Superego do
sujeito modela-se também pelos sucessores
ou substitutos dos pais (certos educadores
ou personalidades que representam no seio
da sociedade ideais respeitados, p.e.)
2ª Tópica do Aparelho Psíquico
[cont.]
Id e Superego
Apesar da sua diferença funcional, o Id e o
Superego têm um ponto em comum: ambos
representam o papel do passado.
– O Id o papel da hereditariedade.
– O Superego, o papel que pediu emprestado a
outros.
– O Ego é sobretudo determinado pelo que o
indivíduo viveu, isto é, o acidental, o actual.
Modelos estrutural e
topográfico da Mente
Consciente
Pré-consciente
Inconsciente
O Mundo
(repleto de objectos)
Percepção e
consciência
Id
(repleto de
desejos e
instintos)
Necessidades físicas
Teoria da sexualidade e o
desenvolvimento da
personalidade
Freud introduz diversos conceitos:
• Zonas erógenas: a boca, o ânus, os órgãos sexuais, etc. Servem
para “descarregar” a tensão e obter prazer;
• Fases: a satisfação dos instintos sexuais passa por fases que
são patamares de desenvolvimento psicológico;
• Fixação: uma pessoa pode ficar fixada em determinada fase e
não conseguir passar às fases seguintes;
• Regressão: determinadas circunstâncias podem fazer o
indivíduo regredir a fases anteriores em termos de obtenção de
prazer.
Fases do desenvolvimento
psicosexual
Freud considerava que a sexualidade das crianças seguia um determinado
trajecto passando por fases, todas elas marcadas por perversão
(actividade sexual não orientada para a procriação)
1.- Fase oral
2.- Fase anal
3.- Fase fálica
4.- Fase de latência
5.- Fase genital
Fase oral
Freud considerava esta fase da teoria do desenvolvimento psicossexual, como sendo a mais
importante.
O triângulo familiar do amor e do ciúme e do medo que se encontra na origem da moralidade
interiorizada e a partir do qual se desenvolve a identificação da criança com o progenitor do
sexo oposto, é designado pelo complexo de Édipo/Electra (por vezes os grandes cientistas
psicólogos recorrem aos antigos mitos para explicar muitos distúrbios humanos a nível
psicológico e até mental) Sigmund Freud viu nesta lenda o modelo dum conflito fundamental
do homem: a representação do desejo sexual inconsciente e universal de cada filho pela mãe e
da consequente rivalidade em relação ao pai. Segundo a teoria freudiana esta lenda caracteriza
uma fase do desenvolvimento psicológico infantil, mas que pode conduzir a perturbações que,
caso não sejam tratadas, se traduzem mais tarde na idade adulta em perturbações neuróticas. O
que Édipo na lenda não podia saber representa na realidade psicológica o que é recalcado no
inconsciente.
Conta a lenda grega que ao filho do rei Laio do reinado de Tebas, Édipo, um oráculo
vaticinou, que um dia ele mataria o pai, o rei de Tebas, e casaria com sua mãe. Em
consequência o rei mandou matar o filho, mas em segredo um criado abandonou-o vivo numa
encosta de pés atados. Um pastor recolheu-o e deu-lhe um nome que significa "pés inchados".
Mais tarde um rei e sua esposa, do reinado de Corinto, adaptaram a criança e educaram-na
como se fosse seu filho numa cidade distante.
Mais tarde, Édipo, já adulto, e sobre dúvidas crescentes sobre a sua origem levou-o a
consultar um oráculo que lhe afirmou: "Tu matarás o teu pai e casarás com tua mãe". Édipo
afastou-se então dos seus pais adoptivos para escapar a estas fatalidades. Na sua fuga travou
uma violenta discussão na estrada com um desconhecido e matou-o, sem suspeitar que era o
seu pai.
Por esse tempo um monstro, a Esfinge, devastava os arredores de Tebas devorando os
viajantes que não adivinhavam os seus enigmas. Creon, sucessor de Laio, prometera a mão
de Jocasta e o trono a quem livrasse o País do monstro.
Defrontou uma esfinge, monstro com cabeça de mulher e corpo de leão, que matava todas
as pessoas que não conseguiam decifrar os seus enigmas, à qual lhe perguntou: "Qual o animal
que anda com quatro patas de manhã, com duas ao meio dia e com três ao anoitecer?". E Édipo
respondeu "O homem que caminha com as mãos e os pés no chão quando criança, mantém-se
de pé sobre as duas pernas na sequência da Vida e precisa apoiar-se numa bengala quando
envelhece".
Édipo decifrou o enigma e o monstro lançou-se ao mar. Creonte, irmão da rainha Jocasta já
viúva, que era a mãe de Édipo, tinha prometido a mão desta a quem libertasse Tebas do terror
da Esfinge. Édipo entretanto viajou para Tebas, e deste modo desposou a rainha Jocasta sem
saber que era a sua mãe. Posteriormente descobriu com horror que o estranho que matara era
seu pai e que tinha desposado sua mãe. Jocasta enforcou-se. Édipo furou os seus próprios
olhos, partindo para o exílio com sua filha Antígona.
O Rei Édipo de uma produção de 1955, realizada por Tyrone
Guthrie com Douglas Campbell, no papel do titulo
Segundo Freud, na infância todos os homens e mulheres reencenam-se num drama familiar
análogo. Dado que acabou por considerar que a sucessão dos passos ser um pouco divergente
nos dois sexos.
O complexo de castração e a teoria do monismo fálico constituem o eixo central das
teorizações de Freud sobre o complexo de Édipo. Ele postula, logo no inicio da sua obra a
universalidade do pénis. Num texto de 1980 intitulado “Teorias Sexuais Infantis” o qual se
baseia na experiência clinica a saber o caso pequeno Hans, Freud constata que a criança ao
observar a mãe nua ao invés de ver ali os órgãos sexuais da mulher, interpreta a vagina como
falta a mãe é vista como castrada. Portanto, os sexos diferenciam-se segundo a percepção da
presença ou da ausência do pénis. Vejamos uma passagem do texto: “(...) em vez de constatar
a falta do membro, ele diz constantemente à guisa de consolo e conciliação: é que o pénis
ainda é pequeno, mas quando ela for maior ele crescerá”
Começamos por abordar a teoria de como surge a sexualidade genital nos rapazes (Freud,
1905).
Primeiro Acto
Amor e Ódio
Por volta dos três ou quatro anos de idade, com o início do estado fálico, o rapaz
experimenta um crescente interesse pelo seu pénis (Freud, ainda utiliza o termo pénis,
embora nesta época o conceito já seja utilizado no sentido simbólico, no entanto é só em
1923 no texto “A Organização Genital Infantil” que o termo falo será utilizado. Ele já não
fala mais na universalidade do pénis, mas do primado falo), que se torna fonte de orgulho e
prazer. Masturba-se e isso traz-lhe satisfação mas não é suficiente. A pulsão erótica busca
um objecto externo. A escolha inevitável é a mãe (ou um seu substituto). Afinal ele já se
lhe encontra vinculado através das variadas gratificações que ela lhe proporcionou ao
longo do estádio oral. Nada mais lógico do que orientar as pulsões fálicas para esta fonte
de todos os prazeres. Em alguns casos, esta tendência é intensificada pela própria mãe que
demonstra um interesse especial pelo seu «homenzinho». (Um padrão análogo observa-se
nos pais, que com frequência, são especialmente afeiçoados as filhas)
O rapazinho quer estar junto da mãe, quer tocá-la , acariciá-la. Além disso, talvez tenha
algumas fantasias vagamente eróticas com ela, quando toca no pénis. Ele descobriu o seu
primeiro parceiro sexual. Mas, há um obstáculo o seu próprio pai. O rapazinho quer ter a sua
mãe só para si, como consoladora e companheira erótica, mas esta utopia sexual está fora de
questão. O pai é um rival e é maior. O rapazinho deseja que o pai se vá embora e não volte,
que morra. Isto não significa que o desejo da morte do pai por parte da criança, tenha algo a
ver com o mesmo desejo enquanto desejo criminoso do adulto, pois o rapazinho tem uma
concepção tão infantil da morte como da sexualidade do adulto. Como observa Freud, tudo
isto pode não ser<muito em comparação com os actos trágicos de Édipo, mas é o suficiente.
O drama familiar representa-se na arena do quarto da criança mas o padrão fundamental é
o mesmo: um amor pela mãe e um ciúme do pai.
Segundo Acto
Medo e Renuncia
Nesta altura entra o novo elemento no drama da família. O rapazinho começa a recear o pai
de quem tem ciúmes. Que está na origem deste medo? Freud indica varias causa. Em primeiro
lugar, os pais entretanto descobriram e condenaram a prática masturbatória do filho. Podem
tê-lo feito com grande severidade; no tempo de Freud, havia muitas vezes ameaças de
consequências terríveis. Daí que as sensações agradáveis do pénis e os pensamentos
associados ficassem ligados à ansiedade. Acresce que há ódio ciumento do rapaz para com o
pai o qual acaba por reverter sobre si próprio. O rapazinho está convencido de que o pai sabe
da sua hostilidade de filho e que, com certeza, reagirá com ódio.
Com lógica infantil o rapazinho pensa que o castigo pode ser à medida do horror do seu
crime. O mesmo órgão com que pecou será o objecto de sofrimento. O resultado é a ansiedade
de castração agravada por todas as ameaças eventualmente proferidas pelos pais, quando o
viram a masturbar-se. Segue-se que o rapaz tenta enterrar os sentimentos hostis mas estes
recusam-se a ficar sepultados retornam e a única defesa que resta é a projecção, ou seja “eu
odeio o pai porque o pai odeia-me a mim ”. Isto só pode reforçar o medo do rapaz que aumenta
o seu ódio que é novamente enterrado e que retorna e leva a maior projecção ainda. Este
processo cresce em espiral até o pai acabar por ser visto como o papão esmagador que ameaça
castrar o filho.
Terceiro Acto
Como o circulo vicioso continua, a ansiedade do menino acaba por se tornar insuportável.
Nesta altura abandona a luta, renuncia à mãe como objecto erótico e renuncia mais ou menos
aos prazeres genitais, pelo menos por algum tempo. Em lugar disso identifica-se com o pai.
Concluí que, tornando-se semelhante a ele, acabará por possuir uma companheira erótica do
tipo da que o pai possuí naquele momento. Se não a mãe pelo menos então alguém com ela
parecido.
Segundo Freud, a renuncia ao problema édipiano é realizada através do recalcamento de
todas as pulsões, sentimento e lembranças do drama familiar. Um resido permanente é o
superego, a voz interiorizada do pai que admoesta por dentro o filho.
Freud considerava que a extinção da inquietação do conflito édipiano se seguia por um
período de relativa acalmia sexual que se estende entre os cinco e os doze anos, que é o
período de latência durante o qual a sexualidade fálica se mantém adormecida.
Complexo de Electra
Mas existe uma dificuldade teórica, como começa a rapariga a desejar o pai em primeiro
lugar? Uma vez que o processo vinculativo se iniciou com a mãe. Segundo Freud, este vinculo
inicial era basicamente sexual. Mas, se assim é como se justifica a mudança de objecto sexual
na rapariga. Para dar resposta a esta questão Freud elaborou um esquema que, em geral, é
encarado como um dos aspectos mais fracos da sua teoria. A mudança de vinculo iniciara-se
quando a rapariga descobre que de facto não tem um pénis. Segundo Freud ela encara esta
falta como uma catástrofe e desenvolve a inveja do pénis.
O rapazinho podia temer a vir a ser castrado; ela crê que já o é e sente-se desvalorizada. Uma
consequência consiste em ela retirar o seu amor da mãe que considera igualmente indigna. A
rapariga quer um pénis, mas como o conseguir? Volta-se para o pai que tem de facto o órgão
almejado e que ela crê poder ajudá-la a obter um pénis substituto, ou seja um filho. Nesta
altura, orienta a afecção para o pai. Daqui por diante, o resto do processo desenvolve-se mais
ou menos analogamente ao seu correlativo no rapaz: amor do pai, ciúme da mãe, medo
crescente da mãe, recalcamento final de todo o complexo e identificação com a mãe (Freud,
1925, 1933).
Período de Latência
Freud começou com a premissa básica de que o vinculo inicial à mãe é sexual.
Estabelecido este ponto, teve que encontrar uma explicação para a mudança posterior da
escolha sexual da rapariga, mas esta primeira premissa é bastante suspeita pois os vínculos
filial e sexual com certeza não provém da mesma fonte biológica. Por consequência, não há
necessidade de postular qualquer diferença intrínseca no padrão do desenvolvimento
psicossexual dos homens e das mulheres. Em geral, os homens escolhem mulheres e as
mulheres escolhem homens quase sempre em virtude de tendências que são plausivelmente
reforçadas por factores culturais. Nestas circunstancias, o desenvolvimento é simétrico.
Permanece em aberto se Freud tem razão no que se refere ao triângulo familiar básico.
Mas se a tiver, o drama desenrola-se do mesmo modo e independentemente de o papel
principal ser desempenhado por um rapaz ou por uma rapariga.
O drama familiar tem muitas vezes um elenco maior do que três por conseguinte os
amores e ciúmes e os medos podem ser mais complexos. Pode existir um sentimento
erótico entre o irmão e a irmã, também pode haver rivalidade paterna.
Segundo Freud, os padrões do amor, medo e ódio infantis, desenvolvidos na primeira
constelação familiar, permanecem como o fundamento de tudo o que segue. Do seu
ponto de vista as bases da personalidade adulta são estabelecidas durante estes primeiros
cinco ou seis anos. A menos que sobrevenham acontecimentos drásticos, todas as
pessoas estão destinadas a reactivar o seu próprio drama da infância uma e outra vez para
o resto da vida, o diálogo pode ser mais evoluído mas a trama subjacente é sempre a
mesma.
Período de latência