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crescendo diariamente mais em proporção às novas luzes que estão tentando
ser lançadas sobre ela.”
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já que os átomos seriam esferas maciças e duras, semelhantes a bolas de
bilhar, mas de tamanhos diferentes e massas diferentes. Dalton também fez
uma interessante explanação acerca de como os átomos estão ligados nos
compostos químicos e deu uma classificação desses compostos quantos ao
número de átomos presentes. Perceba como ele começou a abordar o assunto
nesta próxima passagem: “Em todas as investigações químicas tem-se
justamente considerado o importante objetivo de apurar os pesos relativos dos
simples que constituem um composto. Mas infelizmente a investigação
terminou aqui, embora a partir dos pesos relativos em massa, os pesos
relativos das partículas fundamentais ou átomos dos corpos poderiam ter sido
inferidos por intermédio de seu número e peso em vários outros compostos em
que aparecem, de maneira a auxiliar e guiar futuras investigações e corrigir
seus resultados. Agora, é o maior objetivo deste trabalho apresentar a
importância e a vantagem de investigar os pesos relativos das partículas
fundamentais de ambos os corpos simples e compostos, o número de
partículas elementares simples que constitui uma partícula composta e o
número de partículas menos compostas que entra na formação de uma
partícula mais composta”. A classificação foi dada nesta próxima passagem:
“Se dois corpos, A e B, que estão dispostos a se combinar, o que se segue é a
ordem em as combinações podem ocorrer, começando com o mais simples, a
saber,
1 átomo de A + 1 átomo de B = 1 átomo de C, binário.
1 átomo de A + 2 átomos de B = 1 átomo de D, ternário.
2 átomos de A + 1 átomo de B = 1 átomo de E, ternário.
1 átomo de A + 3 átomos de B = 1 átomo de F, quaternário.
3 átomos de A + 1 átomo de B = 1 átomo de G, quaternário.
&c. &c.
As seguintes regras gerais podem ser adotadas como guias em todas as
nossas investigações respeitando a síntese química:
1ª – Quando apenas uma combinação de dois corpos pode ser obtida,
deve-se presumir que ela deva ser binária a menos que alguma outra
causa apareça em contrário;
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2ª – Quando duas combinações são observadas, deve-se presumir que
elas sejam uma binária e outra ternária;
3ª – Quando três combinações são observadas, deve-se presumir que
elas sejam uma binária e outras duas ternárias;
4ª – Quando quatro combinações são observadas, devemos esperar
uma binária, duas ternárias e uma quaternária, &c;
5ª – Um composto binário deve sempre ser especificamente mais
pesado (N.T.: ter densidade maior) que uma mera mistura de seus dois
ingredientes;
6ª – Um composto ternário deve ser especificamente mais pesado (N.T.:
idem) que a mistura de um binário e um simples, os quais se
combinados irão constituí-lo, &c;
7ª – As regras e observações aplicam-se igualmente a corpos tais como
os corpos C e D, D e E, &c. são combinados”.
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17; o ácido nitroso é um composto binário de ácido nítrico e gás nitroso,
pesando 31; o ácido oxinítrico é um composto binário de ácido nítrico
com oxigênio, pesando 26;
4) O óxido carbônico (gás carbônico) é um composto binário consistindo de
um átomo de carvão (carbono) e um de oxigênio, pesando
aproximadamente 12; o ácido carbônico é um composto ternário (mas
algumas vezes binário) consistindo de um átomo de carvão (carbono) e
dois de oxigênio, pesando 19.
Outro avanço dado por Dalton foi uma tentativa de sistematização dos átomos
na forma de uma tabela de pesos atômicos construída por ele. A tabela original
aparece em cópia na figura 2.
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melhorar as lentes de instrumentos astronômicos, dedicou-se ao estudo da
refração da luz e dos prismas. Ele decompôs a luz nas várias cores do
espectro e colocou uma pequena luneta para observar melhor o espectro.
Assim, ele descobriu em 1814 que o espectro solar possui inúmeras linhas
escuras, hoje conhecidas como linhas de Fraunhofer . Não se tratava de uma
imperfeição do aparelho, mas sim uma característica da luz solar. Ele mapeou
a posição relativa das linhas e as marcou com letras que são utilizadas ainda
na atualidade. Ao observar a luz de Vênus, constatou que era idêntica ao
espectro da luz solar, algo que já era esperado (trata-se da luz solar refletida).
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partir dessas observações, conclui-se que, para determinar os componentes de
uma substância sólida, basta vaporizá-la antes numa chama.
17 37 Açúcar (1 álcool + 1
Prata 100 35
ácido carbônico)
18 Platina 100 38
19 Ouro 140 39
20 Mercúrio 167 40
Figura 3: Tabela dos pesos atômicos de substâncias simples e
compostas com as fórmulas dadas (erroneamente) por Dalton.
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A figura 4 mostra um espectro típico com as linhas claras e as linhas escuras.
Esse modelo foi favoravelmente bem recebido por seus contemporâneos por
estar de acordo com a teoria eletromagnética do elétron de Maxwell e Lorentz.
O propósito principal no desenvolvimento desse modelo era explicar o
espalhamento de partículas carregadas eletricamente ao passar através de
uma fina lâmina de matéria. Nesse modelo supunha-se que o átomo seria
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composto de N corpúsculos negativamente carregados acompanhados por
uma quantidade de eletricidade positiva uniformemente distribuída por uma
esfera, parecendo um pudim de ameixas. Confira a figura 5.
Lyman UV 1 1 1 𝑛 = 2,3,4, …
= 𝑅[𝑒𝑉] 2 − 2
𝜆 1 𝑛
Paschen IV 1 1 1 𝑛 = 4,5,6, …
= 𝑅[𝑒𝑉] 2
− 2
𝜆 3 𝑛
Brackett IV 1 1 1 𝑛 = 5,6,7, …
= 𝑅[𝑒𝑉] −
𝜆 42 𝑛2
Pfund IV 1 1 1 𝑛 = 6,7,8, …
= 𝑅[𝑒𝑉] −
𝜆 52 𝑛2
desvio sofrido por uma partícula carregada era sempre causado por um grande
número de colisões com muitos átomos. Qualquer colisão única executava
apenas um papel mínimo no desvio total, o qual era decorrência de um efeito
cumulativo. Pode-se mostrar que, com base no modelo de Thomson o desvio
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total não é o desvio médio produzido em uma simples colisão multiplicado pelo
número de colisões; ao invés, a multiplicação é por uma raiz quadrada da soma
das colisões, 𝑚𝜃, em que θ é o ângulo de deflexão e m é o número de
colisões considerado grande. Assim, se cada colisão resultava da média em
um desvio de 1°, apenas 0.100 colisões dariam surgimento a um desvio total
de apenas 10°.
A principal falha nas previsões dadas pelo modelo de Thomson é que o modelo
não previa grandes ângulos de espalhamento já que os elétrons blindariam a
nuvem positiva esférica e não haveria carga efetiva positiva alta o suficiente
para causar uma grande deflexão. O valor máximo previsto seria de 10−4
radianos.
Espalhamento de Rutherford
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que apenas uma pequena fração das partículas incidentes seria espalhada em
um ângulo médio de 90°: apenas uma em 20 000.
Geiger mostrou mais tarde que o ângulo mais provável de deflexão era de
aproximadamente 0.87°. Um cálculo simples, segundo Rutherford, mostra que
a chance de uma partícula α ser defletida de um ângulo de 90° é quase zero,
mas não nula. Desta forma, Rutherford chegou às seguintes conclusões (por
meio de cálculos teóricos):
1. A distribuição de partículas α para ângulos grandes de deflexão não
segue a lei de probabilidade que se esperaria se tais deflexões são
constituídas de um grande número de pequenos desvios. Parece
razoável supor que a deflexão de um ângulo grande é causada por uma
única violenta colisão com um átomo;
2. A chance de ocorrer uma segunda colisão com deflexão grande é
excessivamente pequena;
3. O átomo deve possuir um campo elétrico excessivamente forte para
produzir deflexões dessa envergadura.
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O trabalho de Rutherford impõe sua teoria do espalhamento de partículas α por
átomos compostos de um pequeno núcleo centralmente localizado e carregado
positivamente envolto por uma esfera de carga igual a do núcleo, mas negativa
e uniformemente distribuída, cujo efeito sobre as partículas espalhadas é
desprezível. As ordens de magnitude tratadas no trabalho de Rutherford foram
de 10−14 𝑚 para o raio nuclear e de 10−10 𝑚 para o átomo inteiro. Imaginando-
se que elétrons com cargas negativas discretas estavam presentes ao invés de
uma distribuição contínua de cargas negativas, então o átomo nuclear deveria
ser constituído principalmente de espaço vazio. A fórmula de espalhamento de
Rutherford previu que a fração das partículas α espalhadas por uma folha fina
metálica deveria ser proporcional:
𝜙
1. Ao inverso de 𝑠𝑒𝑛4 2 , em que ϕ é o ângulo que a partícula α é defletida
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uma aceleração centrípeta que os fariam curvar suas órbitas, mas a
Eletrodinâmica Clássica de Maxwell afirma que toda carga elétrica acelerada
emite radiação, perdendo energia em conseqüência e, no caso do movimento
em torno do núcleo, caindo em movimento espiralado para uma colisão de
encontro ao núcleo. Esta situação é conhecida atualmente como colapso
atômico. A direta contradição que havia entre o modelo atômico de Rutherford
e a Eletrodinâmica Clássica gerava um sentimento geral em relação à
inadequação da Eletrodinâmica Clássica aos sistemas de dimensão atômica.
Mas é inegável o sucesso do modelo de Bohr na descrição do espectro do
átomo de hidrogênio, uma prova de que a Física Clássica estaria encontrando
os seus limites de aplicabilidade e uma nova teoria estaria surgindo.
Bohr construiu sua teoria fundamentando-se sobre três postulados que foram
introduzidos a fim de manter a estabilidade atômica, a saber:
1) O elétron está em uma órbita estacionária estável em que não irradia,
orbitando com velocidade v muito menor do que a velocidade da luz e
com massa m desprezível comparada à massa do núcleo;
2) O equilíbrio dinâmico dos sistemas nos estados estacionários pode ser
discutido com a ajuda da mecânica ordinária, enquanto a passagem dos
sistemas entre estados estacionários diferentes não podem ser tratados nesta
base;
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3) Este último processo é seguido pela emissão de uma radiação homogênea
para a qual a relação entre a freqüência e a quantidade de energia emitida é
dada pela teoria de Planck, isto é,
|𝐸𝑗 − 𝐸𝑖 | = ℎ𝜈.
No modelo de Rutherford, assumiu-se que os elétrons moviam-se em órbitas
circulares de raio r e velocidade v em torno do núcleo, tais como os planetas se
movem em torno do Sol no sistema solar. Neste caso, pode-se igualar a força
de atração coulombiana com a força centrípeta para o átomo de hidrogênio,
𝑚 𝑣2
:
𝑟
𝑒2 𝑚𝑣 2
= = 𝑚𝑟𝜔2 .
4𝜋𝜖0 𝑟 2 𝑟
A energia total deve ser a soma da energia cinética com a energia potencial,
sendo que esta última é negativa, uma vez que o átomo de hidrogênio forma
um estado ligado e todo estado ligado possui energia potencial negativa.
Assim, pode-se escrever
1 2 2
𝑒2
𝐸 = 𝑚𝑟 𝜔 −
2 4𝜋𝜖0 𝑟
Da igualdade entre as forças centrípeta e elétrica, tem-se que
𝑒2
= 𝑚𝑟 2 𝜔2 ,
4𝜋𝜖0 𝑟
de forma que a energia pode ser escrita como
1 𝑒2
𝐸=− ·
2 4𝜋𝜖0 𝑟
que é a energia total de ligação do elétron com o núcleo. Percebe-se que para
𝑟 → ∞ a energia 𝐸 → 0, ou seja, a uma distância grande o suficiente o elétron
desliga-se do núcleo. Nessa situação Bohr assumiu que o elétron teria
velocidade praticamente nula em relação ao núcleo. Percebe-se que Bohr nada
diz acerca do comportamento do elétron durante o momento em que ele salta
de um nível de energia para outro a não ser mais um princípio: "...devemos
renunciar a todas as tentativas de visualizar ou de explicar classicamente o
comportamento do elétron ativo durante uma transição do átomo a partir de um
estado estacionário para outro".
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Pode-se resolver a freqüência angular em função da energia, chegando-se à
seguinte expressão
Como
𝑒2 𝑚𝑣 2
=
4𝜋𝜖0 𝑟 2 𝑟
então,
Pode-se calcular o raio para a órbita mais baixa, n=1, utilizando os seguintes
valores
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resultando em
A unidade de energia atômica típica não é o joule, mas o elétron-volt (eV), que
é a energia que um elétron ganha ao ser acelerado com a diferença de
potencial de 1V. Há a seguinte relação de conversão de joule para elétron-volt:
que seja dividida pela velocidade da luz ao quadrado pela fórmula de Einstein
𝐸 = 𝑚𝑐 2 . Assim, pode-se escrever
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Assim, a energia do nível n do átomo de hidrogênio é dada por
Com ela é possível calcular, por exemplo, qual será a freqüência da luz emitida
pelo átomo quando um elétron salta do nível 3 para o nível 2, bastando fazer
𝐸3 − 𝐸2 = ℎ𝜈. Veja a figura.
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A energia do fóton que é emitido ao passar de um nível inicial mais alto do que
o final, 𝛥𝐸, é dada por fórmula de Rydberg
de maneira que
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em que agora é possível obter com a teoria do átomo de Bohr a fórmula de
Rydberg, que era originalmente uma fórmula empírica, isto é, obtida por
intermédio de dados experimentais. Assim, basta escrever
e impõem-se que
A Produção de Raios X
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de um painel de controle de corrente alternada e de uma fonte de alta tensão.
A idéia é fornecer um feixe concentrado de elétrons que serão acelerados
antes da colisão com uma pequena parte metálica. A energia cinética será em
parte transformada em fótons na forma de raios X.
Os elétrons viajando do catodo para o anodo em tubo em que foi feito vácuo
formam uma corrente produtora de raios X que algumas vezes são chamados
de projéteis. Quando os projéteis colidem com os átomos metálicos do alvo,
eles interagem com estes átomos e transferem energia para o alvo. Essas
interações ocorrem em uma pequena profundidade de penetração do alvo.
Quando ocorrem as interações os elétrons sofrem uma grande desaceleração
e finalmente ficam muito próximos do repouso para finalmente entrarem de
volta ao circuito eletrônico.
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projéteis interagem com os elétrons das camadas mais externas dos átomos do
alvo, mas não transferem energia suficiente para estes elétrons se ionizarem.
Ao invés, os elétrons das camadas mais externas são excitados para níveis
mais elevados. Os elétrons das camadas mais externas imediatamente voltam
para seu estado normal descarregando o excesso de energia na forma de
radiação infravermelha. Esse processo é o responsável pelo aquecimento do
anodo em tubos de raios X. Em geral, 99% da energia cinética é convertida em
energia térmica, ficando menos de 1% para a produção efetiva de raios X.
Assim, apesar de sofisticado, um aparelho de raios X é extremamente
ineficiente. A produção de calor no anodo aumenta diretamente com o aumento
da corrente no tubo. A eficiência da produção de raios X é independente da
corrente do tubo e é constante em relação a ela. Ela só aumenta com o
aumento da frenagem dos elétrons projéteis. Em 60 kVp (kilovoltagem de pico
ou a tensão máxima aplicada em um tubo de raios X), apenas 0.5% da energia
cinética é convertida, mas em 120 MeV, sobe para 70%.
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Os valores medidos são na realidade 69.525 keV na camada K e 12.1 keV para
elétrons na camada L, resultando em uma diferença de 57.4 keV.
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