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INTERFACE PARALELA

Área: Eletrônica
Nível de conhecimento necessário: básico

Tópicos abordados:

¾ O que é a interface paralela?


¾ Quantas entradas e saídas ela possui?
¾ Construindo a interface
¾ Manipulando no Pascal

Autor:

Guilherme Lopes Soledade


Técnico em Eletrônica formado pelo Liceu de Artes e Ofícios
Email: guilherme@robotic.com.br
Portfólio online: www.robotic.com.br/guilherme

Criação: Dezembro/2002
O QUE É A INTERFACE PARALELA?

Quando iniciamos o estudo da informática aprendemos que o


computador possui saídas e entradas. A Porta Paralela nada mais é do que um
dispositivo de entrada e saída paralelo. Oras, mas o que é paralelo?

Há duas formas de se transmitir dados. Uma delas é a forma serial.


Serial, como o cognato indica, é transmitir em série, ou seja, um bit após o
outro. Transmitir de forma paralela é transmitir vários bits ao mesmo tempo.

Em uma primeira impressão, a transmissão paralela pode parecer a mais


apropriada. Porém, devemos lembrar do conceito de multiplexação. Tal
conceito, que no momento não precisa ser estudado a fundo, se baseia no fato
de comutar vários bits de forma tão rápida que eles são transmitidos por um
único fio, ou seja, de forma serial. Para quem tem raciocínio rápido, fica fácil
compreender: pela forma serial a limitação de bits é dada pela velocidade com
que transmissor e receptor se chaveiam, enquanto que na paralela, a limitação
é física e dada pelo número de fios.

Aplicações da porta paralela

A porta paralela, por não possuir uma alta velocidade de transmissão,


tem, atualmente, sua aplicação limitada a impressoras e scanners.
Atualmente, em caso de transmissões rápidas, se utiliza a interface USB
(Universal Serial Bus), que atinge taxas de transmissão bem maiores.

Na Eletrônica, a porta paralela pode servir para controlar qualquer tipo


de processo. Pode, por exemplo, fazer a interface entre o PC e um sensor. O
sensor, ao ser acionado, mandaria tal informação para a porta paralela e o PC
procederia ao disparo de sirenes, conectadas as saídas da porta paralela.

Devemos lembrar que a corrente de saída da porta paralela não é alta,


sendo suficiente para, no máximo, acender LEDs. Para circuitos que
necessitem de maior potência, devemos utilizar buffers ou amplificadores de
correntes transistorizados.

Endereço de memória

A maioria dos PCs atuais possui uma porta paralela. Cada registrador
desta porta paralela possui um endereço de memória. Por padrão, temos que:

Entrada: 379H
Saída: 378H

No caso de termos duas portas paralelas, teremos dois endereços de


saída e dois endereços de entrada.
QUANTAS ENTRADAS E SAÍDAS ELA POSSUI?

Observe o esquema:

ENTRADA = Bits: D7 D6 D5 D4 D3 D2 D1 D0
SAÍDA = Bits: S7 S6 S5 S4 S3

Pois bem, tendo identificado os bits de saída/entrada, procederemos à


idealização da Interface Didática.

A Interface Didática possui 5 bits de entrada e 8 bits de saída. Os bits de


entrada são controlados por meio de chaves seletoras que estão conectadas ao
terra (nível lógico 0) e ao VCC (nível lógico 1). Já os bits de saída terão como
indicador um LED, que acenderá ao haver nível lógico 1 e ficará apagado ao
haver nível lógico 0.
CONSTRUINDO A INTERFACE

Circuito de saída

O circuito de saída é composto por 8 leds, com corrente limitada por 8


resistores, que estarão dispostos da seguinte forma:

Um resistor na faixa de 180 a 560 é o suficiente para verificar o


acendimento do LED. São necessários 8 resistores e 8 leds. O terminal mais
comprido de cada LED deverá estar conectado ao pino 18, estando o menor
conectado a um resistor e o resistor conectado à saída. Para saber quais são os
pinos de saída, verifique o esquema na página anterior.

Circuito de entrada

O circuito de entrada é composto de cinco chaves. O terminal comum da


chave (normalmente, o do meio) deve ser conectado a uma das entradas
(verificar esquema) e qualquer um dos outros dois deve ser conectado ao
terra. Quando a entrada estiver conectada ao terra teremos nível 0. Quando
estiver em aberto, teremos nível 1.
MANIPULANDO NO PASCAL

Relembrando o que foi aprendido no início desta apostila:

Endereço Função
$378 Saída
$379 Entrada

Escrevendo para a saída

Não é possível simplesmente mudar o status de um dos bits de saída. É


necessário enviar todo um byte (conjunto de 8 bits) para a saída. Suponhamos que,
por exemplo, você queira que o bit D4 assuma nível 1, permanecendo os demais em
nível 0.

Você deverá enviar o byte 00010000 (D7-D0), ou, em hexadecimal, $10. E se


quiséssemos que D2 e D5 fiquem em nível alto? Devemos enviar 00100100, ou, em
hexadecimal, $24.

¾ No Pascal:

O Pascal possui uma array chamada port que lhe dá acesso direto as portas do
computador. Assim sendo, podemos, por exemplo, usar:

Port[$378]:=$FF;

O dado (byte) a ser enviado deve ser, necessariamente, informado em


hexadecimal. Caso você queira enviar direto uma variável para a porta paralela,
lembre-se que ela deve ser do tipo byte.

¾ No Delphi:

O Delphi, infelizmente, não possui a array port. Porém, existem diversos


componentes que fazem tal interface e ainda, é possível, fazê-la por meio de
instruções em ASM, supondo que a variável b (de tipo byte) contenha o dado a
ser enviado:

asm
mov dx,$378
mov al,b
out dx,al
end;
Lendo da porta paralela

O procedimento de leitura inclui um passo a mais. O mascaramento. Pois bem,


suponhamos que queremos criar um sistema que lê a porta paralela e emite um beep
caso o bit S3 esteja acionado.

Simplesmente comparar se a entrada vale $08 não é o suficiente pelo simples


fato de que a entrada só assumirá tal valor caso APENAS S3 esteja acionado. Como
proceder, então?

Basta utilizarmos o mascaramento com a função lógica AND (A AND B será 1


caso A e B sejam 1). Observe:

Bit de exemplo 01001010


$08 00001000

Resultado: 00001000

¾ Assim sendo, temos, em Pascal:

B:=Port[$379];
If (B AND $04 = $04) then ...

E, na variável B (do tipo byte), teremos o valor lido.

¾ E em Delphi, utilizando ASM:

asm
mov dx, PortaLpt
in al,dx
mov dado,al
end;

if (dado AND $04 = $04) then …

E teremos, na variável dado (do tipo byte), o valor lido.

REPRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO AUTORIZADAS DESDE QUE MANTIDOS


OS DEVIDOS CRÉDITOS.

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