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A integração dos serviços em rede pode determinar um fluxo pactuado pelos servi-
ços. O protocolo de classificação é potente ferramenta de comunicação, co-
responsabilização e regulação da rede das condições agudas para:
Acompanhar em tempo real os fluxos,
Regular o transporte entre os serviços.
DETERMINANTES GERAIS
Obstrução de vias aéreas
Respiração inadequada
Hemorragia exangüinante
VERMELHO
Choque
Convulsionando
Criança irresponsiva
Dor intensa
Hemorragia maior incontrolável
Alteração da consciência
LARANJA
Criança febril
Hipotermia
Dor moderada
Hemorragia menor incontrolável
História de inconsciência AMARELO
Adulto febril
Dor leve recente
Febre baixa VERDE
Evento recente
AZUL
As Redes de Atenção no Estado de Minas Gerais
A partir desta síntese foram desenhadas as matrizes das Redes de Atenção, com
definição dos pontos de atenção, a competência ou responsabilidade de cada ponto
e a respectiva área de abrangência. As matrizes são orientadas por protocolo (Pro-
tocolo de Manchester).
Acolher azul
1º atendimento vermelho e laranja
Hospital Mi- Atendimento vermelho e laranja conforme
crorregional protocolos Microrregião
sem UTI Atendimento amarelo e verde
Acolher azul
1º atendimento para vermelho e laranja
Atendimento vermelho e laranja conforme
Hospital Mi- protocolos
crorregional Atendimento amarelo e verde Microrregião
com UTI Atendimento referenciado segundo proto-
colo
Acolher azul
Atendimento a vermelho, laranja e amare-
SAMU lo Microrregião
Orientar verde e azul
Atendimento a vermelho e laranja
SAMU Macrorregião
Orientar verde e azul
Atendimento a vermelho, laranja e amare-
TERCIÁRIA
Pronto Socorro
lo Macrorregião
Hosp. Macro
Acolher verde e azul
Atendimento a vermelho, laranja e amare-
Hospital Ma-
lo Macrorregião
crorregional
Acolher verde e azul
São princípios a serem contemplados na estruturação dos pontos de atenção:
Tempo de acesso,
Distribuição regional do recurso,
Economia de escala,
Qualidade.
Os Pontos de Atenção
O demanda de pacientes que deveriam estar na atenção primária e estão nas portas
de urgência é um problema mundial.
Destino dos pacientes após consultas no Pronto Socorro do Ospedale Niguarda Cà
Granda, 2006
Destino dos pacientes N° %
Retorno para médicos de família 66.371 76,8%
Internados no hospital 14.992 17,3%
Internados em outros hospitais 301 0,3%
Chegam mortos 130 0,2%
Cidadãos que voluntariamente voltam pra casa 4.641 5,4%
TOTAL 86.435 100,0%
Função Local
Lontra
Função Municipal
São João da Ponte
São Francisco Japonvar
Significativo Urucuia
Pintópolis
Patis
HSF
Luislândia
Acaraí de Minas
Brasília de Mirabela
M Outros
Minas
M
HOSPITAIS MICRORREGIONAIS
São hospitais que devem ser referência para as urgências médico-cirúrgicas de mé-
dia complexidade, podendo em alguns casos até ser referência em procedimentos
clínicos mais complexos. Características importantes:
Trabalham com escala mínima de referência de 100.000 habitantes;
Devem ter minimamente plantões na área de emergência de adultos e cri-
anças e retaguarda em cirurgia geral e ortopedia (em regiões em que a re-
ferência populacional é acima de 200.000 habitantes é importante a pre-
sença contínua do componente cirúrgico);
Se existir um Pronto Atendimento na região, este deve ser formalmente re-
ferenciado a este(s) hospital (is) como retaguarda para internação e ur-
gências e emergências cirúrgicas de média complexidade;
Recomendamos uma interface entre as equipes destas instituições e a do
Pronto Atendimento, se houver, por exemplo, direção médica única nas
duas instituições;
Devem evoluir para terem Unidades de Terapia Intensiva Geral
A resposta cirúrgica para casos de trauma maior tem lógica própria.
HOSPITAIS MACRORREGIONAIS
São hospitais de maior resolutividade e capacidade de resposta a situações comple-
xas. A organização da rede se fará por especialização da resposta aos dois princi-
pais problemas que aumentam os Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP): o
trauma maior e a urgência cardiovascular. A implantação destas redes, assim como
a concentração de recursos tecnológicos (qualificação de pessoas, estrutura física
adequada e coordenação da resposta) mostrou redução de mortalidade e é fator
fundamental na mudança do prognóstico.
O quadro abaixo mostra estudo encomendado pela SES-MG sobre os maiores even-
tos responsáveis por aumento do APVP no Estado: o trauma e as doenças cardio-
vasculares.
Sistema integrado de resposta ao trauma maior
Recursos HOSPITAIS
Neurocirurgia
Cirurgia vascular
Angiografia intervencionista
Tomografia computadorizada
Cirurgião do trauma
Ortopedista
Emergencista
Cirurgião geral
Anestesiologista
Unidade transfusional
A maioria dos hospitais que respondem ao Trauma Maior tem capacidade de res-
posta às urgências cardiovasculares. A diferenciação no fluxo a partir da coordena-
ção da regulação das urgências é desejável. Os grandes hospitais macro e micror-
regionais responderão às duas principais urgências elencadas, mas se isto não for
possível pela fragmentação da rede hospitalar e pela baixa escala, pode ser neces-
sária a separação das respostas (hospitais que historicamente se especializaram).
Há evidências que apontam para a organização e especialização da resposta nestes
casos com redução substancial da mortalidade.
IAM
CSST
Hospital NÃO
com hemodinâ-
mica
SI Hospital
M sem hemodinâ-
Tempo porta-balão < 90 mica
min
E
Tempo de atraso < 60
Tempo sinto-
min
NÃO mas
SI < 1h
M NÃ
Tempo porta-balão > 90 SI
O
min M
OU
Tempo de atraso > 60 Tempo sinto-
Angioplas- min mas
tia SI 1 - 3h
M NÃ
Trombolíti-
SI O
UTI ou co
M
UCo Tempo sinto-
SI
M mas
> 3h
Tempo transferência
>30 min
Tempo transferência
NÃ <60 min
O
SI NÃ
Tempo transferência
M O
<30 min
Tempo transferência
>60 min
SI
M SI
M
Transferência para angioplas-
Transferência para angioplas- tia
tia ou trombollítico
Para o Acidente vascular cerebral isquêmico também se devem considerar:
Prognóstico do evento:
o 15% morrem no evento,
o 10% alta dependência, requerem cuidados de enfermagem em casa,
o 40% seqüelas moderadas a graves,
o 25% seqüelas mínimas,
o 10% recuperam-se quase totalmente;
Uso de trombolítico, Ativador do Plasminogênio tissular recombinante (rtPA):
o Restrito às 3 primeiras horas após o início dos sintomas (até o IST-3 -
International Stroke Trial 3 dar mais subsídios);
o Vários critérios de exclusão;
o Minoria dos pacientes seriam candidatos a receber o tratamento;
o A administração de rtPA é comprovadamente a intervenção emergen-
cial mais benéfica no AVC – I (Stroke.2007;28:1655-1711).
Déficit neurológico focal agudo
Chamar 192
Déficit > 3h
SI NÃO
M
Déficit < 3h
Hospital nível 1 ou
2
TC encéfalo
TC encéfalo
AVC isquêmi-
Unidade AVC co
NÃ
O SI
M
Contra-indicação
trombólise
AVC He-
morrágico
NÃ
O
Ainda < 3h déficit
SI
M SI
M NÃ
O SI
M
Propõem-se dividir os níveis dos hospitais por analogia com a Rede do Trauma:
Centro Especializado de Doença Cardiovascular (NÍVEL 1):
Escala: um para cada 600 a 800 mil habitantes
Estrutura:
Equipe de hemodinamicistas disponível 24 h (IAMCSST),
Cirurgião Geral,
Sala de Emergências,
Radiologia (tomografia, angiografia),
Emergencista,
Anestesiologia,
Neurocirurgia,
Agência transfusional,
Em sobreaviso: cirurgia vascular, torácica, cardíaca.