1) A história é relevante para a psicologia porque o homem é um ser histórico e o estudo do passado permite uma melhor compreensão da experiência humana.
2) Os estudos históricos permitem que os cientistas vejam seu trabalho no contexto mais amplo do desenvolvimento do conhecimento ao longo do tempo.
3) A história é útil para a formulação correta dos problemas de pesquisa em psicologia, especialmente em um momento em que a disciplina busca consolidar sua identidade científica.
1) A história é relevante para a psicologia porque o homem é um ser histórico e o estudo do passado permite uma melhor compreensão da experiência humana.
2) Os estudos históricos permitem que os cientistas vejam seu trabalho no contexto mais amplo do desenvolvimento do conhecimento ao longo do tempo.
3) A história é útil para a formulação correta dos problemas de pesquisa em psicologia, especialmente em um momento em que a disciplina busca consolidar sua identidade científica.
1) A história é relevante para a psicologia porque o homem é um ser histórico e o estudo do passado permite uma melhor compreensão da experiência humana.
2) Os estudos históricos permitem que os cientistas vejam seu trabalho no contexto mais amplo do desenvolvimento do conhecimento ao longo do tempo.
3) A história é útil para a formulação correta dos problemas de pesquisa em psicologia, especialmente em um momento em que a disciplina busca consolidar sua identidade científica.
Rib.Pn:to A relevncia dos estudos histricos no 4mbito da Psicologia responde a duas exigfu'u;ias fundamentais. Uma primeira exigncia est implrcita na prpria natureza dohomem.que um ser histrico. Ento, para ohomem. o conhecimento da Histria eo fasdnio que esta exerce permitem umaoompreensomais profundada prpria experincia humana. Confonne afirma LeGoff (1986), pedem-se i\ Histria respostas para as trs questes fundamentais da existncia humana: quem somos, donde viemos, para onde vamos. No que diz respeito ao estudo da Histria das Cincias (no nosso caso, a Histria da Psicologia), tal exigncia se traduznaoportunidade de cada cientista reconhecer o prprio trabalho como parte de um horiunte mais amplo, constitui'- do no apenas pela produo da comunidade cientfica internacional atuante ho;e, mas tambm por uma tradio de oonhe.:imentos que seoonsolidou ao longo do tempo. Almdo mais,oestudoda Histria permite reanstnUruma imagem realis- ta do desenvolvimento de uma deterrninada rea de saber, evidenciando os suces- sos e os erros ocorridos e relativizando, nesse sentido, o mito positivista que retrata a cincia como conhecimento perfeito (Feyerabend, 1975). Uma segunda razo para o estudo da Histriaest relacionada aos objeti- vos do conhecimento em geraL. e das disciplinas psicolgicas em particular, sendo assim explicitada por Pemoud: "A Histria no fornece solues, mas ela permite, es ela, pr oorretamenteos problemas." (1971, p. 158). Emoutros termos, osestu- dos histricos constituem um recurso valioso para a fonnulao correta dos pro- blemas que interessam pesquisa psicolgica no presente. Alm do mais, numa situao em que a Psicologia procura oonsolidar sua identidade e sua cientificidade, toma-secada vez mais necessria uma investigao esclarecedora de seus pressu- '" o.pto.d.Poi"oIogi Eduaoio h".<teFil.,..,/ia,Glncia t..tr .. End.p .... cOI'1'eIpondnci.' Av. A. COI\I\.nttno_ lS0.J.rdimRo-cr.io Ribei.rioF'Mo_SP postos, suas ra{res e sua colocao no mbito de contextos culturais e sociais determinados, ao longo de tempo e do espao. A difuso do interesse pela Histria da Psicologia documentada por vrioe; sinais, oomo a fundao de revistas especializadas (por exemplo, o ]ourna/ oi lhe Hislcry oi lhe BehavioTaJ Sdmces), a publicao de livros e monografias nessa rea (tais como Lueke MiUer, 1992e Mecacci,.1992), e a preocupo crescente dos historiadores e dos psia'ilogos pelo aperfeioamento da metodologia da pesquisa usada e pela reflexocrltica a respeito (Brozck e Pongratz.1980). Entre desse interesse,. evidendia-se, de um lado, a ampli- aodos estudos histricos em Psicologia no que C(rlcerncao horizonte temporal e extenso territorial; e, de outro, a indagao do processo de formao dos con- ceitos utilizados na Psicologia ao longo do tempo e em diferentes reas do saber. Neste segundo aspecto, a Histria das Cincias e, em particular, a Histria da Psicologia, ligam-se estreitamente Histria das Mentalidades e Histria das Idias, que abrangemo longo perodo de gestaoidool6gica das (penna, 1980). O domnio da Histria daPsicologia compreende a histria dos COIlceitos que se propuseram no campo do conhecimento psicol6gico, o estudo das condi- es culturais, sociais e econ6micas que presidiratn sua emergncia e a interpre- tao do desenvolvimento cientifico da disciplina. Nesse sentido, ii. Histria da Psioologia pressupe uma definio do que Psicologia e uma teoria da Histria. Em particular, preciso diferenciar entre a Histria da Psicologia cientfica e a Histria das Idias P5icolgica.s (que se refere ao perodo pre-cientfioo do saber Psicolgico) e entre Histria da Psicologia e Epistemologia da A Hist- ria da Psicologia descritiva.. pois fornece uma reconstruo do percurso real de desenvolvimento dos oonhecimentos, enquanto que a Epistemologia da Psicologia prescritiva, porque prope tendo em vista um modelo ideal do que seria a cincia psicolgica. Em particular, a Epistemologia proporciona critrios de de- marcao entre cincia e no cincia. Nesse sentido, o fazer Histria da Psioologia pressupe sempre a adoo de uma implcita ou explcita Epistelomogia da mes- ma. Alm disso, o estudo da Histria da Psicologia contribui para fornecer uma imagem no dogmtica desta disciplina,. apontando para as relaes existentes, ao longo do tempo, entre ela e a filosofia, a tcnica, o senso comum, religio, a literatura etc. Com efeito, a rgida separao imposta pelo Positivismo entre cincia e metafsica, hoje no tem mais razo de ser, pelo reconhecimento de que toda a cincia produto de um sujeito humano que nunca abstrato mas , ao menos em parte, definido pelas circunstncias histricas (culturais, sociais, econmicas, reli- de seu viver. Alm do mais, a definio atual do que a 'cincia' no corresponde, em casos, ao que se entendia por e5sa palavra no passado: por exemplo, a Astrologia ou a Alquimia, ou a Fisiognomia, hoje consideradu como pseudocindas, eram reconhecidas a pleno direito oomo 'Ciru:ias' na Idade M- dia e no Renasdmento. Busar no passado apenas a origem da nOElsa cincia atual e do que hoje aeito como conhecimento cientfico significa cair na forma de reducionismo historiogrfico denominado de 'presentisrno'. Pelo contrrio, a Historiografia atualda Cincia estuda qualquer objetoque, em wna determinada se props como conhecimento, sem estabelecer proibies de domnios ou na compreenso das interferncias recprocas entre diversas 4reas do saber. Essa mesma abrangncia seria desejvel nocasode Historiografia da Psiro- logia. Evidentemente, essa mudana , em grande parte, devida 'resoluo' ocorrida na Historiografia geral sob a influncia das novas correntes de 'Nova Histria'. Nessa tica, os 'fatos histricos' so definidos segundo uma dupla di- menso: como acontecimentos ocorridos e como narraes do historiador. Este, ao fazerotrabalho de reconstruo dos acontecimentos do passado, tem aceso a ves- tgios de tais acontecimentos, atravs dos qUali pos.'ivelelaborar wna descrio e uma compreenso que representam o cCC1hecimento histrico. Nesse processo, a interrernica da subjetividade do historiador ineliminvel. O carter inevitavel- mente parcial deste conhecimento no significa, porm.. falta de objetividade e rela.tivismo total. De fato, a busca e o estudo doe vestgios, ou {mies, atravs de uma leitura que evite deform-los segundo a nossa viso atual, representam um cami- nho seguro a ser percorrido por quem, sem pretenses e sem preconceitos, tenha um interesse real ao conhecimento do passado. UM EXEMPLO: DA HISTRiA DAS IDIAS PSICOLGICAS HISTRIA DA PS1COLOGIA, NA CULTURA BRASILEIRA Os pressupostos do desenvolvimento da cij!;ncia no Brasil do sculo XX podem ser encontrados num processo histrico que, tendo infciono sculo XVI. assumiu suas caracterfsticas especificas e definitivas no sculo XIX. A poca colonial (1500-1B22), profundamente marcada pela eJO:perincia de encontro e de ct-.cque cultural entre dois mundos - o dos colonizadores portu- os dos nativos da Terra de Santa Cruz - o periodo histrico em que, de modo irreversive1, definiu-se a identidade s6cio-<ultural do Brasil. Evidentemente, nesse perodo no po85!veI achu uma Psicologia no 51.'1\- tido aluai do tenno, mas a leitura d05 documentos da poca revela a existncia de fonnas de conhecimento psicolgico tendo diferentes objetivos e difundidas no crotextode diversas reas do saber. Areronstruo historiogrfica desse conheci- menta perll.'llce, portanto, ao domnio da Hist6ria Idias, mais do que propria- mente Histria da Psicologia. No mbito de tratados de Pedagogia ou de Medici- na, por exemplo, ou no meio de sermes religi05QS e escrilo$ morais, aparecem pginas dedicadas ao estudo de emoes, sensaes, desenvolvimento psquico, doenas mentais, distrbios de comportamento, mtodos de e de eGltrole do comportamento. Os autores destas obras, intelectuais brasileiros ou quemoraraml1O Brasil grande parte de sua existncia, namaioria das vezes autodidatn ou intelectuais formados em Universidades da Europa, estudaram tais assuntos por diversos motivos: em alguns casos, havia um interesse especulativo edoutrinrio, emou- tros casos, havia finalidades de educao religiosa ou moral ou, ainda,. a necessi- dade prtica de definir mtodos para a terapia e ocontrole de distrbios de com- portamento. Nesse contexto, os temasde natureza psicolgica assumem uma fun- o muito significativa na articulao dos discursos propostos, funo no somen- te filos66ca IlUlS tambm,. em muitos casoei, de cunho poltico e social. Os docwnen- tos encontrados podem ser estruturados confonne os objetivos abordados. Umprimeirogrupodefontesrefere-seaospr0ces.50Sde"ccrummento-de- si-mesmo" e aos mtodos apropriados para alcan-lo. Reflexeseconse\hos des- se tipo encontram-se nos escritos de toologos, filsofos, mdicos e pedagogos e, dependendo do enfoque, assumem formas, estilos e contedos muito diferencia- dos. No timbito da tradio teolgica e filosfica,. cujo representante mais ilustre o jesufta Antonio Vieira, occnhecimento de si mesmo e dos outros tem wna funo prtica do controle e de modificao do comportamento e estruturado na base de critrios morais. Tal conhecimento consiste na representao e comunicao da experincia subjetiva elaboradas pelo prprio sujeito. No sculo XVIII, a exigncia de garantir maior objetividade ao estudo do homem toma o conhecimento da sub- jetividade e do comportamento rea de competncia das disciplinas mdicas. O mdio::lmineiroFranciscodeMelloFranro, porexemplo,no livroMedidfljlThtt.1lgica, ou Suplica Humilde jdtll Il todos os St7IJwres COl1ftssores e DiuclC11'es, Sflbre o modo dt proctdD'comstllS Ftnitentes noz t1I1tndfJdos pa:;C!dos, prindpillmenltdll lrivill, CO/trll t Btbtdice afirma que as chagas todas do corao humano ... " pcxl.em ser inteiramen- te curadas pelos mdicos". (citado em Massimi,. 1985, p.l90). Um segundo domnio de conhecimentos psicolgicos representado pelo estudo das emoes humanas. O interesse por estetem.a muito evidente nos escri- tos de cunho religioso, moral e mdico. As emoes, chamadas de "paixes" ou u afetos da alma" so atribudas, em alguns casos, a foras de natureza fsica ("hu- mores1, ou ao movimento dos nervos; em outros casos, elas so consideradas afeies da alma, independentes da disposio e de constituio do corpo. Desta- ca-se, nesse mbito, a descrio da fenommologia da tristeza elaborada por Vieira em um fam050 sermo de 1654,Sobo estnulo da fiJosofia o interesse pelos fenmenos 5elSOriaiS oompare<E em VMios escilo8 do sculo XVllL por exem- pio nD5 E/emtntosde Hygitnedoj citado Franciscode MelJo Franoo (Franco, 1823) e no Probltm4 de Ciuil de Mathias Aires Ramos da Silva de Ea (Ea. 1778). A atividade sensorial ooruiderocla a origem de todo o conhecimento e, por causa disso, a educao dOiS sentidos muito valorizada pelos autores. Alm das sensaes externas, reconhecida a existncia de impresses produzidas pelos rgos intemos dooorpo humano: dessas derivam inclinaes, afetos ecarteres morais. O detenninismoorganicista implfcito nessas posies a premissa de wna nova posio epistemolgica que pe o mtodo experimental base do conheci- mento objetivo. Os conceitos psicolgicos no so derivados do "conhecimento interior" mas da observao sistemtica que pennite a inteligncia das leis natu- rais. Somente as causas naturais so reconhecidas como oondices necessrias para a explicao dos fenmerKll!l seru.oriais, recusando-se qualquer especulao e hiptese de tipo metaffsico. Outro tema da natureza psicolgica discutido nos documentos do periodo colonial o da educao e do CU\trole do oomportamento infantil.Ointeres.se poresteassuntooomparece desde o scuJoXVL nos relatos dos missionrios tesui"tas que se referem s prticas educativas dos fndios, e desen- volvido de forma sistemtica no sculo xvn, abordando-se, inclusive, a questo da educao e do desenvolvimento da personalidade feminina. Uma contribuio muito significativa a respeito e o tratado ArtedeCfMr bem osfilkos M idRdeputrlCII dojesuta Alexandrede Gusmo (Gusmo, 1685). A personalidade infantil oon- siderocla como uma tI/bula r4SII sujeita ls influncias detenninante5 do ambiente e das praticas educativas:" Conformea primeira doutrina,conformea primeira edu- caoque deres a vossos filhos, podereis oonheoer oque ham de vir a ser". (Gusmo, cilado em Massimi. 1985, p. Na viso dos iluministas brasileiros do sculo XVIII (Francisco de Mello Franco, Mathias Aires da Silva de Ea, Jos Azevedo Coutinho), o preceito moral substitudo pela lei natural ea educao transfor- mada num processo submetido s regras e aos critrios objetivos do mtodo Oent- fioo. RecUl"SO.'l e observaes que poderiam ser definidos como de natureza psicol6-- gica so empregados para oonhecer e manipular o comportamento dos indios. Nos Apontl/mtntO$ pari! Ciuil%44odos IndiO$ do Imprio do BrIlSiI1965, por exemplo, o polftico e cientista Jos Bonifcio de Andrade e Silva esboa uma teoria do homem noestadoselvagem, citado em Massimi 1985, e indica tcnicas para sua domesti- cao inspiradas nas filosficas de Lamettrie e dos demais fil6s0fO$ mecanicistas franceses dosculoXVIll.Ohomem 'primitivos' definidocomo um mero aut6mato cujas molas podem ser postas em ao pelo exemplo, educao e benefcios (Massimi, 1985). Os apontamentos de Andrade e Silva (1965) so exem- pios de um tipo de literatura muito difundida na Com efeito, ao langados trs sculos de colonizao portuguesa, missioorios e polticos elaboraram 'pro- jetas' cujoobjetivo era o de colocar e ldiodentro de um detenninado horizonte culturaL social, poltico e religioso, construdo na ba.sedos pressupostos tericos da cincia ocidental. A finalidade prtica de tais projetas era a de tomar o Brasil um "laboratrio experimental" para verificar a hiptese de formao do homem e do cidado moderno, formada pelos intelectuais na Europa. Por esse motivo, o estudo desse tipo de documentao particulannente significativo, pois nela evi denciamse diversas perspectivas an.tropo1gicas caradedsticas de tais "utopias" . Aolongo dos sculos xvm eXIX, tais projetos assumem uma dimeIlSocientlfica e sua funo toma-se mais clara e unvoca: tratase da criao do cidado brasilei ro li medida do Estado naciooal, criao iIlSpirada num tempo, por uma viso iluminista do homem e da sociedade e, num segundo momento, pelo Positivismo. Estas elabrn-aes tericas ocorrem cOIltemporaneamente ao processo de Indepen dncia do Brasil e a sua consolidao como Estado moderno. Nesse oontexto, os conhecimentos psicolgicostoma-se-o instrumentos teis para favorecer a adap- tao dos sujeitos aooorpo social em formao. A evoluo das "idias psioolgi- cas" numa cincia do comportamento propriamente dita ocorre 00 Brasil ao longo dos sculos XIX eXX. Na primeira metadedosculoXIX. a Psychcwgia cca1Sidera- da como uma disciplina especulativa, toma,se objeto de ensino e de estudo no limbitodeoutras reas de conhecimento (Filosofia, Medicina, Direito, Pedagogia e Teologia); na segunda metade do sculo, ela se afirma como cincia autnoma construda. com base nos postulados positivistas etendoaplicaes prticas como meio e interveno social cl1.ica. O dom1nio d05 "fatos psiool6gicos" enquanto objeto peculiar de pesquisa, de terapia e de preveno, define-se num primeiro momento, como rea decompet!ncia da Medicina.Comefeitoa Medicina brasilei- ra do sculo XIX prope um novo tipo de saber global acerca do homem, que com preende no somente as dimenses fsicas e morais da experincia individual mas tambm as relaes desta com seu cootexto ambiental. Nessesentido, os estudos mdicos oonstituem-se numa rea privilegiada para promover o desEllVolvimento de teorias e prticas psicolgicas fundadas no mtodo cientfico: de tal forma, o ob)etivo que ser prprio da Psicologia Olnica deflIle-Se nesse mbito. I!: de grande interesse, para documentar esle processo, a leitura das leses elaboradas pelos mdicos brasileiros nas Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia. Essasno se destacam tanto pela originalidade ~ conceituaiies (na maioria das vezes repeties das doutrinas francesas) quanto pelaescolha das problemticas a serem discutidas, que visam o oonhecimento e a "direo H do homem como totali dade fsica. psfquica.esocia1. Os tel118S abordados siomuito diver:sificados: psico- logia da personalidade feminina, doenas de origem sexual, relaes familiares, higiene de desenvolvimento e das condies sociais, a fonnao mental e sade psquica, emoes e afel:05, comportamentos sociais, inf\uncias do estado subjeti vo sobre o estado fsico do indivfduo e vice-versa, frenologia, terapia das mIIIlifes taes patolgicas da subjetividade. Dessemodo, II filantropia mdica substitui II antropologia e a tica de matriz religiosa que norteavam o mundo cultural e socia1 do Brasil Colonial. Qdoutor A. J. Rostirio !linretizaneSS!lll palavras !III oompetnci- as e os objetivos de sua profisso: "Cabe ao mdico, tarefa dele, regular as funes intele<:tuais do homem, dirigir sua conduta moral ... pois Olhe a ele a honrada e espnhosa misso de tomar ornais perfeitas possvel as raas hUII\all!lll" (Rosrio, 1839,p.2). A exignc:iade introduzir umametodologia cientifica para oconhecimento e o controle da subjetividade tendo o objetivo de fonnar o indivfduo desde os pri- meiros anos de sua existncia, afinna-se no da Pedagogia. As graves carncias do sistema educacional brasileiro do sculo XIX, impem a necessidade de organizar o ensino segundo mtodos "rtlcionai5 N (Russel, 18(9), inspirados nos modelos europeus e norteamericanos. Por isso, nos UrrUlos, assume um papel relevante a disciplina chamada de "Metdica e Pedtlgogitl" no imbito da qual so abordados vrios Psicologia. Oensinoda disciplina "Psicologia Aplicada ao Desenvolvimento Infantil" implantado pela primeira vez na Escola Americana de So Paulo, 1870. Nesses mesmos 1lIlOS, adifuso da filosofia positivista no mundointelec- tual brasileiro fomece a perspectiva. ideolgica que detenninar a. organiz.llo e o progresso da sociedade brasileira. Nessa6tica.. a Psicologia representar base ci- entfia da Pedagogia. Referncias Bibliogrfficas Androdo o Silva, I.B. (1965). A..pmUml!nIOl "" .. . d .. ("di .. B ....... do I"'Phil> d. anui/. 5 .11101: lSEPU.T""tooripn_ld. 1823. Btoz.k.. I . P'-"'I!r.tz, L.). (Orp) (1'l1:1O) of MoJ.,.,. Prychology. Toronto: Hog ... tr_ Eo. M.A.R. d. S. (1752) IIO/In!. v.uu.1. doo H.,....,..: .. 0""' ..... M(}Trl;' 110"" .. r:friI .. dR V.id. . l.iobooo:OficinaFr""ci .. oLw.AIn .... o. E .. M.A.R. d. S. (1778) do .. CitPil.l.ioboto: Gal"-..do. I'cycnlbend,P.{l957)C"""".M/:t(J@.Riod. Janeiro:F nciK<>Al .... Fnnco.. F. de M. (179-4). Mdiri1ul17wologi<:o "" SuplD Humild< F<fIl . lN .. "" SmII .... CongraIqm OiTtdam 110m o Moda do f"n>dtT """',..., PI!nill!nfQ III! r:mnut. dOI h=d"., principclmmu d. wm.. C6lm1 Btbtdic<. l.isboo: Officinas d. Antonio Rodriguu Filhudo. ffanoo,F. do M.(1823) E1<mmt .. .1. Hygim . l.iobo., Acodl!mioR ... ldu CiAnciu. G"....,...o.A.(16M).A "'""lC" .. !>.om o. filho. "" Id .1.dR Puorlric. Liobooo:o...land. .... Le Coi/.. I. (1986) A N."" Hirnl ..... Uslw: Edito .. 70. Lued.. H.E . Mi1l ..... R. (E<b) (1992) IIlw1ritru Gadliu der f"YdIol"flt. Muniquo.: . M-uni, M. (19815) Hisl6rio da U ..... Psi<ol6Jiou"'" om. '" Aulam ItnuIl ...... @Prrl<I<toCOI"" .. I. DiNe.talodeM ... tr.do.l ... MMfimi.. M. (1989) O rIU;"" d. Poicol"""'" !IU*"i,*" '" rlUino B""ilm.. do SkW. XIX. T.. de doutoro.mento.inltitutoder.icologi .. USP. M--a. L. (1992) Se","" '"1111 Pokofug-io .1.1 NO!>ftltIIIO. Bui: L_tern. Penruo. A.G, (1980) Hul.m. .ta Idlia Rio de J_Mi",: z"ho., Pemould, R, {1977) O MilO do! /<lde Mtdw. Liobooo: Europo-Ammca R<>rio, A.J. (1839) Di .... rlllio Innuncia doo Alimenl", _ &bid .. oobr<t o Mo .. l do Homem.. Rio d. Jonmo: La,""""",,I. RUSMII, Y. (1849) Lyoou Paufulano: P"'pamo. Slo P.ulo: "JYpogralia do Gov ... no