Livro Coração Místico da Igreja | A Sagrada Liturgia
A Liturgia deve ser uma fonte da espiritualidade, uma ação do mistério de Jesus Cristo na vida de todo batizado.
Deve proporcionar um momento orante que aproxima do Coração de Deus e favoreça uma reflexão sobre a vida e a graça divina sempre atualizada em nossa história.
Nesta obra você poderá aprofundar-se no Coração Místico da Igreja, lembrando-se de que é preciso celebrar a Liturgia com dignidade sem perder a espiritualidade.
Sobre o autor:
Sacerdote Ordenado em 2005, é padre diocesano na Diocese Sagrado Coração de Jesus (Sinop, MT). Exerce o ministério no Seminário Propedêutico São José. Reitor e coordenador diocesano do setor vocacional. Desenvolve ainda trabalhos voltados ao setor vocacional e oferece cursos de liturgia desde quando seminarista. Também é autor dos livros A arte de servir e Uma sempre jovem vocação.
Livro Coração Místico da Igreja | A Sagrada Liturgia
A Liturgia deve ser uma fonte da espiritualidade, uma ação do mistério de Jesus Cristo na vida de todo batizado.
Deve proporcionar um momento orante que aproxima do Coração de Deus e favoreça uma reflexão sobre a vida e a graça divina sempre atualizada em nossa história.
Nesta obra você poderá aprofundar-se no Coração Místico da Igreja, lembrando-se de que é preciso celebrar a Liturgia com dignidade sem perder a espiritualidade.
Sobre o autor:
Sacerdote Ordenado em 2005, é padre diocesano na Diocese Sagrado Coração de Jesus (Sinop, MT). Exerce o ministério no Seminário Propedêutico São José. Reitor e coordenador diocesano do setor vocacional. Desenvolve ainda trabalhos voltados ao setor vocacional e oferece cursos de liturgia desde quando seminarista. Também é autor dos livros A arte de servir e Uma sempre jovem vocação.
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A Liturgia deve ser uma fonte da espiritualidade, uma ação do mistério de Jesus Cristo na vida de todo batizado.
Deve proporcionar um momento orante que aproxima do Coração de Deus e favoreça uma reflexão sobre a vida e a graça divina sempre atualizada em nossa história.
Nesta obra você poderá aprofundar-se no Coração Místico da Igreja, lembrando-se de que é preciso celebrar a Liturgia com dignidade sem perder a espiritualidade.
Sobre o autor:
Sacerdote Ordenado em 2005, é padre diocesano na Diocese Sagrado Coração de Jesus (Sinop, MT). Exerce o ministério no Seminário Propedêutico São José. Reitor e coordenador diocesano do setor vocacional. Desenvolve ainda trabalhos voltados ao setor vocacional e oferece cursos de liturgia desde quando seminarista. Também é autor dos livros A arte de servir e Uma sempre jovem vocação.
CORao MSTICO DA IGREJA A Sagrada Liturgia Copyright desta edio Palavra & Prece Editora Ltda., 2014. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser utilizada ou reproduzida sem a expressa autorizao da editora. Graa atualizada segundo o Acordo Ortogrco da Lngua Portuguesa. Coordenao editorial Jlio Csar Porfrio Reviso e diagramao Equipe Palavra & Prece Capa Srgio Fernandes Comunicao Imagem: Shutterstock Impresso Markpress ISBN 978-85-7763-293-0 1 a edio | 2014 Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) (Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Perotto, Ramiro Jos O corao mstico da Igreja : a Sagrada Liturgia / Ramiro Jos Perotto. So Paulo : Palavra & Prece, 2014. ISBN 978-85-7763-293-0 1. Espiritualidade - Igreja Catlica 2. Igreja Catlica - Litrgia 3. Misticismo - Igreja Catlica I. Ttulo. 14-01477 CDD-248.22 ndices para catlogo sistemtico 1. Mstica e espiritualidade : Cristianismo 248.22 PALAVRA & PRECE EDITORA LTDA. Parque Domingos Luiz, 505 | Jardim So Paulo | CEP 02043-081 So Paulo | SP | Brasil Telefone: +55 (11) 2978.7253 e-mail: editora@palavraeprece.com.br | site: www.palavraeprece.com.br Ser cristo no se resume em cumprir mandamentos, mas deixar que Cristo tome posse de nossa vida e a transforme. (Papa Francisco) Sumrio Prefcio .................................................................................................... 9 Um pouco de Histria ... ..................................................................... 13 Conclio Vaticano II (1962-1965) Uma proposta de recomear ............................................................. 15 Captulo 1 Liturgia, defne-se ... ....................................................... 21 Liturgia no aspecto civil ..................................................................... 24 Liturgia no aspecto religioso ............................................................. 25 Captulo 2 Compreenso .................................................................. 27 Liturgia celebrao e toda celebrao Liturgia .......................... 30 Captulo 3 Ao Litrgica ................................................................ 31 Captulo 4 Conhecendo melhor o ato de celebrar ........................ 37 Uma quantidade de pessoas se renem em Deus Ritos iniciais ........................................................................................ 40 Ouve-se a Palavra de Deus Liturgia da Palavra ........................... 43 Alimenta-se de Deus Liturgia Eucarstica .................................... 46 Retorna-se para casa enviado por Deus Rito Final ..................... 52 Alguns pontos importantes ............................................................... 53 Captulo 5 O Domingo Dies Dominicus ..................................... 55 O Domingo e a Eucaristia .................................................................. 58 O Domingo e a Semana ..................................................................... 59 Preceito Dominical ............................................................................. 60 8 Pe. Ramiro Jos Perotto Captulo 6 O Ano Litrgico ............................................................. 61 Tempo do Natal ................................................................................... 63 Smbolos do Natal ............................................................................... 63 Advento ................................................................................................ 65 Smbolos do Advento ......................................................................... 66 Perodo Comum A cor litrgica verde ...................................... 68 Tempo Pascal ....................................................................................... 69 Smbolos da Pscoa ............................................................................ 70 Quaresma ............................................................................................. 73 O smbolos da Quaresma .................................................................. 74 Captulo 7 Livros Litrgicos ............................................................ 77 Liturgia das horas ............................................................................... 79 Captulo 8 Smbolos, Gestos e Postura ........................................... 81 Smbolos ............................................................................................... 81 Gestos ................................................................................................... 84 Postura ................................................................................................. 86 Captulo 9 Objetos, lugares e Materiais Litrgicos ....................... 89 Captulo 10 Paramentos Litrgicos ................................................ 95 Captulo 11 Canto Litrgico ............................................................ 99 Captulo 12 Espao Litrgico Celebrativo ................................... 105 Captulo 13 Equipe de Liturgia ..................................................... 109 Captulo 14 O padre e o ator ......................................................... 113 Bibliografia pesquisada e sugerida ............................................ 119 Prefcio Deus amou tanto o mundo que deu o Seu Filho unigni- to, para que nao morra todo o que nEle crer, mas tenha a vida eterna. (jo 3,16) Essa verdade que celebramos como fonte de vida est presente em todos os momentos que manifestamos nossa f celebrada da Liturgia. A f mistrio e graa; para os que se apoiam nela, Deus fonte de amor e vida. A Liturgia o servio da vida e do amor de Deus em nossa caminhada e os que a celebram apoiam- -se na f e na graa como mistrios a serem celebrados. Sempre foi desejo das pessoas manifestarem o amor que sen- tem e quererem tornar importantes os momentos marcantes da vida. A Liturgia servio que considera essa realidade humana, mas acima de tudo a manifestao em honra a Deus que serviu a ns primeiro. E desde os primeiros momentos em que o ho- mem se percebeu amado por Deus, ele expressou gratido e lou- vor celebrando a prpria vida. Muitas foram as vezes que Deus serviu o povo que correspondeu com oraes e gestos Liturgia para manifestar amor, gratido e louvor. Para os que tm um corao generoso e agradecem a Deus pelas bnos recebidas, colocam-se a exercitar a Liturgia como parte integrante de suas vidas. Ela faz sentido e ganha um espao 10 Pe. Ramiro Jos Perotto no cotidiano da vida. Porm, interessante e necessrio compre- ender que por ela no apenas manifestamos o louvor a Deus pela vida, mas continuamos o servio que Deus nos confiou: viver a Sua graa e distribu-la entre todos. A Liturgia tem essa funo de ser, de colocar-nos em Deus e Deus em todos. A vivncia dessa verdade de f celebrada no meio do povo crente exige de cada um de ns uma serena e profunda compre- enso do mistrio de Deus que amor e misericrdia em ns, humanos pecadores. Torna-se necessrio meditarmos e encon- trarmos a verdade de Deus para melhor celebrarmos e mani- festarmos a Liturgia como fonte de vida. A Liturgia precisa ser conhecida, amada e celebrada como fonte de vida que brota do Corao de Deus. Ele foi o primeiro a fazer Liturgia nos criando por amor e exercendo um servio permanente em nossa vida, derramando as Suas graas para bem vivermos e alcanarmos a salvao. E foi no Seu Filho Jesus Cristo que a plenitude do Seu amor ganhou fora total e a Liturgia ganhou novo sentido, le- vando-nos a conhecer profundamente o mistrio da Sua graa. A Igreja passou a manifestar a verdade encontrada em Deus como fonte de vida celebrada no meio do povo. Com o passar dos anos, o Esprito Santo foi aos poucos iluminando novos caminhos para recebermos vida em Deus. A Liturgia foi adaptando o modo de celebrar a mesma verdade de f conforme a realidade do povo inserido em cultura, tempos diferentes; porm, a mesma vida de Deus em nossa vida. Para celebrarmos o amor de Deus presente no Seu Filho Jesus Cristo com dignidade, necessrio conhecermos a Sua inten- o com nossa vida. preciso saber o que rezamos. Precisamos dar sentido Liturgia que celebramos. Caso contrrio, pode 11 Corao mstico da Igreja acontecer de apenas cumprirmos um ritual e no saborearmos a vida que esta oferece. O corao da Igreja o amor de Jesus Cristo, presente na Eu- caristia que celebramos. Nele encontramos amor e misericrdia. Que toda Liturgia celebrada seja amada e respeitada medida que o Corao de Jesus Cristo nos ama. Um pouco de Histria... A Liturgia deve ser uma fonte da espiritualidade, uma ao do mistrio de Jesus Cristo na vida de todo batizado. A Liturgia deve proporcionar um momento orante que aproxima do Cora- o de Deus e favorea uma reflexo sobre a vida e a graa divina sempre atualizada em nossa histria. Desde o tempo dos Apstolos e por que no dizer no anti- go Israel o povo celebra o amor de Deus de forma dialogante com expresses, ritos, smbolos e palavras. Cada tempo e comu- nidade procurando a melhor forma possvel que expresse a vida divina na vida humana de quem celebra, procurando no perder a essncia do ato celebrar litrgico. Com o passar dos tempos, a Igreja foi revisando esses atos e meditando uma ao atualizada. Mas realidade tambm que nem sempre a Liturgia celebrada e meditada favoreceu um verdadeiro encontro com Deus, sendo apenas um executar de ritos e uma ao meramente religiosa. Foi uma das preocupaes de Jesus Cristo, que ensinou aos Seus a comportarem-se coerentemente, que preciso concen- trar-se no amor de Deus e a Ele agir com fidelidade. Os Aps- tolos compreenderam o essencial e celebraram a Liturgia com fidelidade, empenho e zelo pelas coisas de Deus. importante lembrarmos de que naquele tempo ainda no existiam os tem- plos e eles rezavam nas casas (cf. At 2,42-47). 14 Pe. Ramiro Jos Perotto Nos primeiros sculos, a celebrao da Liturgia era bastante simples, sem muitos elementos e ritos, procurando valorizar ao mximo o Mistrio Pascal presente na Eucaristia. Aos poucos foram surgindo os elementos que acompanharam a celebrao: livros litrgicos, rubricas com normas, paramentos, utenslios sagrados, cantos, oraes especficas... e assim a celebrao foi sendo enriquecida com sinais visveis para expressar a espiritua- lidade celebrativa. A Igreja sempre procurou celebrar a Liturgia com dignidade dando-lhe pleno significado, porm alguns exageros e a falta de zelo foram acontecendo. Por volta do sculo X, o padre passou a rezar de frente para o sacrrio de costas para o povo. A Eucaristia precisava ser mais valorizada e era o centro da Liturgia. Aps a reforma proposta por Martinho Lutero (1517), o Papa Paulo III convocou o Conclio de Trento, (15451643). Aps uma profunda reflexo, a Igreja determinou alguns decretos referen- tes aos sacramentos, Sagrada Eucaristia, ao rito da Santa Missa, ao culto dos santos, ao cnone bblico, Liturgia de modo geral e a outros assuntos disciplinares. A Liturgia passou a ser olhada com mais cautela e ateno com a criao de seminrios para a formao do clero. Surgi- ram mais rubricas nos rituais e alguns elementos e smbolos que acrescentados na Liturgia, fizeram com que ela passasse a ter mais respeito e admirao. No incio do sculo XVI surgiu o movimento barroco, que despertou com fora no final do mesmo sculo e meados do s- culo seguinte. Um estilo artstico caracterizado pelo esplendor exuberante. Foi uma espcie de continuao do renascimento 15 Corao mstico da Igreja que adotou a arte clssica como forma espiritual e estilo exube- rante com traos de dramaticidade. Foi uma forte influncia na caracterstica litrgica que procurou realar o sagrado nas ima- gens, nas vestes clericais e nos smbolos usados para a Liturgia. Diferente do barroco, vemos a Liturgia com estilo romano: o altar, a cruz e a vela. A simplicidade do mistrio a ser celebrado o que deve ser realado; espiritualidade que estava no Corao de Jesus e dos Apstolos. Porm, o barroco celebrou com digni- dade e respeito o mesmo mistrio, utilizando-se da arte para real ar a presena da divindade. A Igreja sempre procurou celebrar com dignidade dando ple- no sentido ao mistrio, cada tempo, comunidade e povo com sua realidade e espiritualidade. E durante essa caminhada celebrati- va, iniciada pelos Apstolos, muitas coisas se perderam, outras foram acrescentadas, outras esquecidas, fazendo assim da Litur- gia da Igreja uma ao que precisa ser refletida e reavaliada para celebrar a sua verdadeira essncia. Conclio Vaticano II (1962-1965) Umz vvovos1z ur vrcomrzv A principal dificuldade encontrada na Liturgia era o distan- ciamento entre o clero e o leigo. O presbitrio e a assembleia. O latim (idioma nico para a Santa Missa), os exageros rubricais, o pouco dilogo durante a celebrao, o padre permanecendo de costas para a assembleia, eram fatores que contribuam para que a Missa fosse reconhecida como propriedade do padre, no como Mistrio Pascal de Jesus Cristo. Era preciso voltar essn- cia do mistrio. 16 Pe. Ramiro Jos Perotto Em 1909, Dom Lambert Beauduin, que sonhava com uma consciente participao de todos os cristos na Liturgia, iniciou uma nova reflexo com a tentativa de aproximar a essncia da Liturgia e a vida do povo. Inaugurou o movimento litrgico com profundas reflexes acerca do valor da Liturgia e sua finalidade na Igreja. Dizia Beauduin que era necessrio reeducar o leigo que perdera o sentido da celebrao Litrgica e do sagrado. E para isso era preciso um grande esforo da Igreja. O movimento que teve trs etapas, culminando-se no Conclio Vaticano II, tam- bm contou com a contribuio de Dom Odo Casel que ajudou a Liturgia conquistar um lugar importante e decisivo na teologia e inseriu-a como mistrio cultual. Ambos, com a contribuio de outros tantos, foram protagonistas para um incio marcante na vida da teologia litrgica da Igreja. Durante todas as reflexes, houve quem resistisse e se colo- casse contra algumas mudanas que aproximariam a Liturgia da Igreja realidade do povo. Houve muita resistncia para que as reformas acontecessem. Em 1947, Pio XII escreveu a encclica Mediator Dei, conside- rada a Carta Magna do movimento litrgico. O Papa acolheu a proposta inovadora da renovao Litrgica e removeu algumas ideias exageradas que se opunham obra restauradora. Era pre- ciso afastar falsas opinies, erros, exageros, conservadorismo e tudo aquilo que desvia do mistrio. Em 1948, o Papa nomeou uma comisso para a reforma li- trgica e um novo caminho estava traado. Foram simplificados as rubricas e os textos das Liturgias, reformadas a Viglia Pascal e toda a Semana Santa, publicados alguns comentrios sobre a msica sacra, introduzida a Missa vespertina... 17 Corao mstico da Igreja E os frutos de todo esse trabalho estariam por vir... Em 1961 foi convocado um novo Conclio na Igreja. Joo XXIII foi criticado por muitos ao convocar o Conclio Vaticano II. Corajosamente, o Papa disse que a Igreja precisa- va abrir as janelas para deixar o Esprito Santo entrar. E assim iniciaram-se as reflexes que contriburam para a renovao de todo mistrio celebrado. Era preciso uma nova orientao para a Igreja retomar o caminho para celebrar a f com mais vivacidade e participao de todo o povo de Deus. Bento XVI afirmou que o Conclio Vaticano II uma bssola para a Igreja. O primeiro documento do Conclio foi aprovado em 1963, a Constituio Conciliar Sacrosanctum Concilium, sobre a Sagrada Liturgia. A partir de ento iniciava uma nova realidade na vida litr- gica, e era preciso adaptar-se s novas normas e fazer dela um culto onde tivesse uma compreenso e participao de todo batizado. Todas as reflexes conciliares concluram que a vida e o mis- trio de Jesus Cristo deve dar vida nossa vida. A partir desse ponto de partida conclui-se que toda a Liturgia da Igreja deve celebrar o mistrio da f: (1jo 1,1-4). A Liturgia deve preocupar- -se com o querigma: anncio da morte e ressurreio de Jesus. O Conclio no trouxe nenhuma novidade acerca da teologia litrgica, porm, a grande contribuio foi a sua ao que deve ser de toda comunidade dos batizados, no apenas um fazer do clero e um acompanhar da assembleia. Exige-se esforo. importante olharmos para o Vaticano II como fruto de um longo esforo por parte daqueles que acreditaram e fizeram acontecer uma nova realidade. O Conclio deu luz verde re- forma litrgica graas preparao e maturao do movimento 18 Pe. Ramiro Jos Perotto litrgico, fenmeno to vasto que contribuiu para uma nova rea- lidade conservando o mesmo mistrio de f. A partir do Vaticano II, a Liturgia passou a ter um novo signi- ficado para o leigo que antes assistia e agora pode voltar a parti- cipar da Ao Litrgica fazendo parte do corpo celebrativo. Par- ticipar da Eucaristia passou a ter outro significado tornando-se mais motivadora a presena na Santa Missa. Vrias mudanas contriburam para isso: A Missa deixou de ser rezada em latim adotando a lngua verncula (idioma de cada regio), o padre voltou a celebrar de frente para a assembleia, no mais de costas, as rubricas foram simplificas, os ritos foram adotados na realidade de cada comunidade, os leigos foram includos no corpo cele- brativo, o presidente da celebrao passou a aproximar-se da assembleia, a homilia tornou-se uma reflexo na vida do povo, surgiram as pastorais sociais e espirituais para a evangelizao... A Liturgia ganhou novo sentido e a espiritualidade celebra- da no Mistrio Pascal e passou a ser fonte inspiradora de vida compreendida pelo povo. Aps 50 anos do Conclio Vaticano II precisamos refletir duas realidades: 1. Com o Conclio Vaticano II ganhamos muito em compre- enso e participao. 2. Aps o Conclio Vaticano II perdemos bastante em respeito e valorizao. 19 Corao mstico da Igreja Precisamos retomar a verdadeira espiritualidade oferecida pelo Conclio. Celebrar a Liturgia com dignidade sem perder a espiritualidade. Com o Conclio ganhamos em presena e parti- cipao, mas precisamos lembrar de que Liturgia no uma festa qualquer, no precisa de enfeites e alegorias e no um faz de conta onde decido fazer o que quero e do jeito que gosto. Este livro no termina aqui... Para ler as demais pginas, adquira-o em: www.lojapalavraeprece.com.br