You are on page 1of 2

RELAÇÕES ECONÔMICAS INTERNACIONAIS I

Material de Apoio

ATIVIDADE 01 – Economia do Comércio Internacional

OBJETIVOS:
Ampliar o conhecimento sobre o conceito de teorias e modelos explicativos do comércio internacional,
buscando entender os benefícios que empresas e países auferem ao integrar-se à economia mundial.

TEXTO:
São sete as áreas de reflexão dentro da Economia Internacional importantes para o administrador durante o
processo de tomada de decisões:

a) “os ganhos do comércio: discutem-se aqui as vantagens e desvantagens do comércio entre um país e o
resto do mundo, o que remete aos elementos referentes à competitividade de produtos e
serviços;

b) o padrão de comércio: refere-se ao entendimento dos efeitos desse comércio exterior em uma dada
economia e, portanto, pode sugerir ao profissional das atividades de negócios internacionais níveis de
renda, demanda, etc.;

c) protecionismo: dados esses efeitos na economia nacional, discute-se se há razões ou não para a
implementação de uma política protecionista. Decisões de produto, distribuição e preço são largamente
afetadas no âmbito do gerenciamento das atividades de negócios internacionais;

d) balanço de pagamentos: como consequência dos temas anteriores, uma teoria de economia
internacional aborda a questão do balanço de pagamentos. O balanço é a expressão resultante e
sintetizadora da atividade de comércio exterior praticada pelos países. Tais resultados podem estimular ou
limitar estratégias como a de penetração de produtos e o desenvolvimento de produtos ou mercados;

e) determinação da taxa de câmbio: trata-se de uma questão controvertida. Ao serem discutidos todos os
temas anteriores, a questão da taxa de câmbio e de sua determinação torna-se central na medida em que
pode afetar o fluxo de comércio entre países e, por essa via, produzir efeitos expressivos na conta corrente
do balanço de pagamentos. Em relação às atividades de negócios internacionais, as análises referentes a
oportunidades e ameaças sofrem fortes impactos das variações cambiais;

f) a coordenação das políticas internacionais: o comércio internacional se dá entre nações soberanas.


Parece aceita a ideia de que os acordos são fontes bastante eficazes na produção de vantagens entre
países. Para as atividades de negócios internacionais, novamente, a competitividade poderá ficar
estimulada ou comprometida; e

g) o mercado de capitais internacional: na medida que aumenta o fluxo de capital financeiro entre os países,
este fluxo passa a afetar os balanços de pagamentos dos vários países que comerciam entre si.

Mais ainda, o fluxo de capital afeta a forma mesma como o comércio de mercadorias entre os países é
financiado. Portanto, deve-se compreender como funcionam os mercados financeiros internacionais e suas
interligações com os mercados financeiros locais. “As atividades de negócios internacionais terão suas
decisões de preço impactadas”.

Nota-se claramente, portanto, que o comércio internacional deve ser pensado muito além do simples
raciocínio do balanço de pagamentos.

Concentrando-se nos “ganhos com o comércio” internacional, podem ser elencados sete tipos diferentes de
benefícios que empresas e países auferem por participar de trocas internacionais. São eles:

a) especialização de acordo com vantagens comparativas. Os ganhos pela especialização pelo comércio
surgem da produção e venda dos bens nos quais você tem uma vantagem comparativa e da compra de
outros bens de outras partes que os podem produzir a custos mais baixos.

1
RELAÇÕES ECONÔMICAS INTERNACIONAIS I

Material de Apoio
b) unicidade de determinados recursos. Os ganhos exclusivos pelo comércio surgem do comércio de bens
que não estão disponíveis por causa dos recursos naturais locais.

c) ganhos de escala atingíveis através de mercados expandidos. Os ganhos de escala ocorrem quando o
acesso aos mercados de exportação estimula a produção de quantidades maiores de bens a custos médios
mais baixos.

d) alastramento da tecnologia. O comércio expande a tecnologia que poderia ser acessível apenas
internamente se cada país operasse isoladamente. Os avanços tecnológicos tendem a ser infecciosos – a
descoberta de um pesquisador é aperfeiçoada ainda mais por um outro, que estimula um terceiro, ad
infinitum.

e) formação de capital acelerada. Nos países menos desenvolvidos, a renda real mais elevada pelo
comércio pode possibilitar que as pessoas se movam para além do nível de subsistência mais simples; sua
poupança acrescida permite a nova formação de capital, que pode ser uma maneira de quebrar o círculo
vicioso da pobreza no qual muitos países se encontram.

f) inovação acelerada. A concorrência vigorosa estimula os esforços empreendedores a baixar os custos,


aperfeiçoar os produtos existentes e criar produtos totalmente novos. O comércio internacional estimula os
instintos competitivos, em parte criando novos mercados que alargam as oportunidades de lucro. A
experiência com novas formas de produção e a inovação resultante levam os trabalhadores a um ambiente
de “aprendendo por fazer”, que viabiliza o crescimento e o desenvolvimento econômico rápido.

g) estabilidade política internacional aperfeiçoada. Os ganhos políticos pelo comércio surgem quando a
interdependência econômica facilita a estabilidade política internacional.

É evidente que a submissão do comércio exterior a uma agenda política governamental voltada para a
estabilidade de curto prazo inviabiliza esses ganhos. O que o comércio internacional pode oferecer em
termos de benefícios econômicos para o país são os chamados “ganhos dinâmicos”, conforme apresentado
nos itens ‘d’, ‘e’ e ‘f’.

Complementar

DE BRITTO, R. Economia do Comércio Internacional. Disponível em


http://www.praxian.com.br/publicacoes/Economia%20do%20Comercio%20Internacional.pdf. Acesso
em 10/01/09.

You might also like