O documento explica o mecanismo da lipólise e o papel da fosfatidilcolina nesse processo. A fosfatidilcolina atua como um emulsionante, quebrando grandes blocos de gordura em partículas menores, mas não tem a capacidade de quebrar a gordura em formas mais simples para mobilizá-la. Portanto, a fosfatidilcolina não é um agente lipolítico e não promove emagrecimento, apenas causa deformação das células de gordura.
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Verdades e Mentiras Sobre o Lipostabil - Fostatidilcolina
O documento explica o mecanismo da lipólise e o papel da fosfatidilcolina nesse processo. A fosfatidilcolina atua como um emulsionante, quebrando grandes blocos de gordura em partículas menores, mas não tem a capacidade de quebrar a gordura em formas mais simples para mobilizá-la. Portanto, a fosfatidilcolina não é um agente lipolítico e não promove emagrecimento, apenas causa deformação das células de gordura.
O documento explica o mecanismo da lipólise e o papel da fosfatidilcolina nesse processo. A fosfatidilcolina atua como um emulsionante, quebrando grandes blocos de gordura em partículas menores, mas não tem a capacidade de quebrar a gordura em formas mais simples para mobilizá-la. Portanto, a fosfatidilcolina não é um agente lipolítico e não promove emagrecimento, apenas causa deformação das células de gordura.
Para ser absorvido, o alimento deve ser transformado em formas mais simples. As protenas se reduzem a aminocidos. Os acares ou carboidratos se reduzem a glicose e frutose, que so produtos altamente energticos e de rpida absoro. As gorduras ou lipdeos circulam como triglicerdeos, e se reduzem a cido graxo e glicerol quando necessitam passar da clula ao sangue e vice-versa. O mais interessante que o excesso de carboidrato se transforma em gordura, e a est o nosso problema. A gordura ou lipdeo circula em nosso sangue na forma de triglicerdeo. Quando ele quer entrar na clula (engordar), assume formas mais simples - o cido graxo e o glicerol. Ao entrar na clula, se combina novamente e, armazenado na forma de triglicerdeo. Para ocorrer a sada de gordura da clula (emagrecimento), tambm necessrio esta quebra em formas mais simples. E, j no sangue a combinao volta a acontecer. O que regula entrada e sada de gordura na clula a glicose. A ausncia dela torna impossvel o armazenamento de triglicerdeo no tecido adiposo. Mantemos uma quantidade de glicose circulante para fornecer a energia necessria ao funcionamento bsico do nosso corpo. O excesso que se transforma em gordura. Se a quantidade de glicose estiver reduzida, de forma que seja utilizada unicamente para funes vitais, qualquer necessidade extra (atividade fsica) necessitar de energia imediata. Esta energia ser retirada dos depsitos de gordura (emagrecimento). Portanto, a falta da glicose induz a sada de gordura da clula e o seu excesso, ao contrrio, induz a entrada. Como podemos ver, o que regula a entrada e sada de gordura (triglicerdeo) na clula a glicose. Quem controla a glicose so dois hormnios: nsulina (que inibe a liplise); Glucagon (que estimula a liplise). A FOSFATDLCOLNA NO TEM AO SOBRE A NSULNA, NEM SOBRE O GLUCAGON E MUTO MENOS SOBRE A GLCOSE. PORTANTO, A FOSFATDLCOLNA NO UM AGENTE LPOLTCO E NO EMAGRECE. Gordura no desaparece, no evapora, no se mobiliza por mgica. A gordura deve ser gasta por aumento da solicitao energtica. Ou seja, emagrecimento. AO DA FOSFATDLCOLNA NO ADPCTO (clula de gordura) As gotculas de gordura quando so armazenadas no adipcito, coalescem, formando um grande glbulo de gordura na forma de triglicerdeo (TG), que pode ocupar a maior parte do volume da clula. A Fosfatidilcolina uma substncia emulsionante, que possui ao detergente e que diminui a tenso superficial formando partculas menores de gordura na forma de Triglicerdeos (TG). A tenso superficial notada quando enchemos um copo de gua at o seu limite. Percebemos que existe na sua superfcie uma tenso que permite gua se manter na superfcie do copo sem se derramar. Quando acrescentamos mais gua, a tenso superficial no consegue reter o lquido e a gua extravasa do copo. MPORTANTE LEMBRAR QUE A GORDURA NA FORMA DE TRGLCERDEO S SA DA CLULA SE FOR QUEBRADA EM FORMAS MAS SMPLES (cido graxo e Glicerol). A FOSFATDLCOLNA NO TEM A CAPACDADE DE REALZAR ESTA QUEBRA. ELA APENAS QUEBRA UM GRANDE BLOCO DE GORDURA EM PEQUENOS BLOQUNHOS. A emulso solubiliza um liquido insolvel em um outro liquido, formando uma suspenso, que no garante a mobilizao. A gordura emulsionada dever ser hidrolisada (quebrada) pelo processo de Liplise (Quebra de gordura), caso contrrio, voltar a se fundir num nico bloco de gordura na forma de triglicerdeo. Cada vez que a gordura EMULSONADA, formam-se vrios blocos que aumentam em duas vezes a sua rea superficial. sto explica os efeitos aps aplicao: Flush cutneo, dor e edema. bvio que se voc duplica o volume ocupado pela mesma quantidade de gordura, o nosso organismo responder com uma reao inflamatria local. Por isso a importncia de se utilizar pequenas doses. NESTE CASO, A GORDURA NA FORMA DE TRGLCERDEO, NO SE MOBLZA DE DENTRO DO ADPCTO (CLULA DE GORDURA), APENAS CAUSA SUA DEFORMAO, O QUE EXPLCA A REDUO DE MEDDAS NOS LOCAS APLCADOS. METABOLZAO DA FOSFATDLCOLNA O grupo fosfatidil e a colina tem afinidade com a membrana celular, por ser um componente estrutural da sua formao, o que permite a sua passagem pela membrana celular at a circulao linftica. A fosfatidilcolina absorvida da dieta hidrolisada pela mucosa intestinal em glicero-fosforil-colina e, : Levada at o fgado para liberar colina. Levada para os tecidos perifricos atravs dos vasos linfticos intestinais. A fosfatidilcolina aplicada por via intradrmica, se encontra num ambiente repleto de adipcitos (clula de gordura) e da subtncia fundamental e a linfa. A afinidade da substncia com a membrana celular permite a entrada na clula e a emulsificao do bloco de gordura na forma de triglicerdeos em pequenos blocos, modificando o formato adquirido. O excedente de fosfatidilcolina levado at o fgado para liberar colina. A colina livre no totalmente absorvida, sobretudo aps a administrao de grandes doses. O excedente sai pelas fezes que so contitudas de: de gua; de substancia slidas (30% bactrias mortas e 10 a 20% de gordura; 10 a 20% de substancias inorgnicas; 2 a 3% de protenas; 30% de resduos alimentares no digeridos). A colina necessria para a utilizao de gordura pelo fgado; sua ausncia causa uma sobrecarga gordurosa no fgado. ESTRUTURA DA FOSFATDLCOLNA A FOSFATDLCOLNA (Lipostabil, Essenciale, Mesostabil) a mesma substncia conhecida como LECTNA DE SOJA. A Lecitina (Fosfatidilcolina) um fosfolipdeo que tem como princpio ativo a COLNA. A COLNA est disponvel na LECTNA na forma de FOSFATDL (FOSFATDL COLNA) para se tornar estvel. FOSFATDLCOLNA = LECTNA DE SOJA = COLNA A Fosfatidilcolina contm cido fosfrico, colina e nitrognio. A colina foi descoberta em 1862 e sintetizada em 1866. A lecitina o veiculo preferido para a colina. A Fosfatidilcolina um componente estrutural essencial na formao de muitas membranas biolgicas e das lipoprotenas plasmticas. A carga polar da Fosfatidilcolina diminui a tenso interfacial entre a membranas e os lquidos circundantes, principalmente no transporte atravs delas. Exerce efeitos controladores na permeabilidade da membrana celular, o que permite a entrada e sada de substncias das clulas. COMPOSO DA MEMBRANA CELULAR 1- LPDEOS (40%) Lipdeos Polares: Fosfoglicerdeos, (Fosfatidilcolina, Fosfatidiletanolamina, Fosfatidilserina) Esfingolipdeos (Esfingomielina, Cerebrosideos, Gangliosdeos) Lipdeos Apolares: Triglicerdeos Colesterol 2- PROTENAS (52%) 3- HDRATOS DE CARBONO (8%) FONTES DE FOSFATDLCOLNA A Fosfatidilcolina encontrada em todos os tecidos vegetais e animais. encontrada como lecitina na gema do ovo, em gorduras vegetais e animais, feijo de soja, amendoim, espinafre e grmem de trigo. EFETOS COLATERAS O organismo produz a quantidade necessria. Nenhum efeito txico foi observado com a administrao de grandes doses de colina. AES DA FOSFATDLCOLNA Funciona como um emulsionante da gordura, provocando a reabsoro pelo organismo. Atua no transporte e utilizao de cidos graxos e colesterol (em lipoprotenas) atravs da enzima lecitina-colesterol aciltransferase (LCAT). Funciona como surfactante pulmonar (O que faz o pulmo se manter distendido); Est presente no leite materno; Est presente na Bile para emulsionar as gorduras; UTLZAO COMERCAL A matria prima vem condicionada a -18 graus C e no pode ser autoclavada. Deve ser filtrada a 22 micras em sala climatizada a baixa temperatura. estvel em Ph alcalino e precipita em meio muito cido. A fosfatidilcolina comercial extrada da soja e purificada da seguinte forma: USO ORAL: 40% de Fosfatidilcolina 25 a 650 mg + substancias da prpria soja usadas para sua extrao. Tambm resduos de metais pesados e contaminantes biolgicos. USO NJETVEL: 100% de fosfatidilcolina 250 mg pura e estril. Alm do uso injetvel na profilaxia da embolia gordurosa, tambm usada para Nutrio parenteral (parte gordurosa). Ou seja, usada de forma injetvel e intra-venosa (que a via mais invasiva que existe) para fornecer a alimentao a pacientes que se encontram debilitados ou portadores de deficincias que impeam a alimentao oral. As emulses lipdicas da nutrio parenteral so feitas a base de fosfatdeos da semente de soja (fosfatidilcolina) emulsificadas pela lecitina da gema de ovo (fosfatidilcolina) e isotonizadas pelo glicerol. So fabricantes das emulses lipdicas contendo fosfatidilcolina a TRAVENOL ind e com LTDA (NTRALPD), a HPLEX (LPOVENOS), a DARROW S/A (ENDOLPD) e a B. BRAWN S/A (LPOFUNDN e MCT/LCT). USO COMERCAL: Devido as suas propriedades emulsionantes, a lecitina adicionada aos produtos alimentcios, como a margarina, bolacha e confeitos. Na terapia clssica ela tem sido usada em: Distrbios mentais: Este fosfolipdio tambm fornecedor da colina, que por sua vez essencial na formao da acetilcolina, um importante neurotransmissor envolvido na memria. Doenas cardiovasculares: Supe-se que o uso deste fosfolipdio aumente a solubilidade do colesterol, trazendo benefcios como alterar a composio de depsitos de gordura e inibir a agregao plaquetria, o que diminuiria os riscos de doenas cardiovasculares. Doenas hepticas: A exposio das membranas celulares ao lcool, por exemplo, pode causar danos s clulas hepticas, prejudicando o metabolismo de gorduras. CONTESTAES S PUBLCAES FETAS NA MPRENSA 1. H risco de sobrecarregar os rins! Os elementos anormais da urina so a albumina, accares, corpos cetnicos, cido diactico e acido beta-hidroxibutirico, bilirrubina, excesso de urobilinognio e urobilina. Os cidos graxos emulsionados aparecem em condies de obstruo linftica como no caso da filariose. 2. Estmulo qumico para liberar gordura! De acordo com a fisiopatologia e farmacologia esta hiptese infundada e especulativa. 3. Rompimento da membrana para que o contedo seja esvaziado! Com certeza, o ato de picar uma agulha na derme faz romper alguns adipcitos, mas de acordo com a fisiopatologia e farmacologia esta hiptese infundada e especulativa. 4. Retirada da gordura do adipcito para outras partes do corpo! O metabolismo da gordura bem conhecido e no h retirada da gordura e muito menos dissiminao dela. 5. Efeitos colaterais do uso da fosfatidilcolina intradrmico! Est relacionado com a dose. Em pequenas doses no causa transtornos. VGLNCA SANTRA A Vigilncia fez o seu papel uma vez que a fosfatidilcolina injetvel: Estava sendo aplicada por leigos; Estava sendo comercializada nas clnicas como "Sesses de lipostabil ... R$ xxxx". Estava sendo utilizada indiscriminadamente como substncia milagrosa e substituta da lipoaspirao. O paciente passou a definir o tratamento, invertendo a relao mdico x paciente e trazendo conseqncias graves futuras. Estava sendo difundindo em propagandas como se fosse um cosmtico tpico. Estava sendo usada em grandes volumes trazendo efeitos colaterais. A Agncia nacional de vigilncia sanitria concedeu registro para a Lecitina de soja natural e outros derivados da colina conforme a tabela abaixo. sto significa que o princpio ativo da fosfatifdilcolina (Lecitina / Colina) j utilizado comercialmente em outras formas. Cabe o mercado se adequar as normas de segurana e tratar com mais seriedade as questes de pesquisa e utilizao de medicamentos injetveis. BBLOGRAFA TRATADO DE FSOLOGA GUYTON 6a edio, pg: 706, 713, 740. Bioqumica 4a edio Lubert Stryer, Pg 574 Goodman e Gilman -As bases farmacologicas da terapeutica, 8a edio, Pg 1026. Krause, alimentos nutrio e dietoterapia 9a edio; L. Kathleen Mahan e Sylvia Escott-Stump, Pg 12, 55, 112, 49, 57. Suporte nutricional parenteral e enteral, Miguel Carlos Riella, 2a edio, pg: 85. Dicionrio Mdico Andrei, L. Manuila, Manuila, M. Nicoulin, 7a edio. Pg 161, 250. Dra. Paula Cabral