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Índice

1. Cultivo em ambiente protegido com sistema de irrigação por Gotejo 07


1.1. Irrigação 08
1.2. Manejo das Estufas 08
2. Cultivo Hidropônico 09
2.1. Sistemas de hidroponia 10
2.2. Reservatório 10
2.3 Conjunto Moto bomba e tubulações 10
2.4. Solução nutritiva 11
2.5. Manejo da estufa hidropônica 11
3. Sementes 12
3.1. Como formar uma horta 13
3.1.1. Preparo do terreno 13
3.1.2. As hortaliças 14
3.1.3. Calagem e Adubação 15
3.1.4. Composto Orgânico 15
3.1.5. Produção e Transplante das Mudas 16
3.1.6. Plantio direto de sementes 17
3.1.7. Tratos Culturais 17
3.1.8. Controle alternativo de pragas e doenças 18
3.2 Plantas aromáticas e condimentares 19
Anexo I 23
Anexo II 25
Anexo III 29
Anexo IV 30
Kit 1 - Sementes de Hortaliças 31
Kit 2 - Sementes de Aromáticas e Condimentares 32
Kit 3 - Sementes de Hortaliças, Aromáticas e Condimentares 33
Kit 4 - Sementes de Hortaliças e Aromáticas 34
Kit 5 - Sementes de Hortaliças e Condimentares 35
Bibliografias Consultadas 37
Instituído pelo Decreto n.° 50.233, de 10 de novembro de 2005 (anexo I), o
Projeto Hortalimento possibilita à celebração de convênios com Prefeituras
Municipais e Entidades Privadas, sem fins lucrativos, para transferência de
recursos voltados à instalação de estufas e aquisição de equipamentos para o
cultivo de hortaliças e plantas aromáticas em hortas hidropônicas ou em
ambiente protegido. Hortas comunitárias de cultivo convencional também
podem ser beneficiados através do fornecimento de kits de sementes.

Através do Projeto Estadual Hortalimento, o Governo do Estado de São Paulo


proporciona mecanismos para acesso à alimentação adequada e de elevado
valor nutritivo à população de baixa renda, atuando de forma permanente e
sustentável, prevenindo enfermidades decorrentes da má alimentação, bem
como promovendo o desenvolvimento regional mediante a geração de trabalho
e renda.

Cultivo em Ambiente Protegido: transferência de recursos financeiros


destinados à instalação de estufa agrícola de 357m² e equipamentos para cultivo
em ambiente protegido com irrigação por gotejo.

Cultivo Hidropônico: transferência de recursos financeiros destinados à


instalação de estufa agrícola hidropônica de 357m² e equipamentos.

Repasse de Sementes: conjuga a transferência de sementes de hortaliças


diversas, plantas aromáticas e condimentares, visando a implementação de
cultivares em ambiente convencional de produção, segundo padrões técnicos e
fornecimento trimestral no limite máximo de 40.000 m².

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Para participar do Projeto, os Municípios e/ou entidades deverão seguir a
regulamentação da resolução SAA-11 (anexoII):

I - apresentação do plano de trabalho adequado ao Projeto Padrão;


II - atendimento do disposto no artigo 8° do Decreto n.° 40.722, de 20 de março
de 1996;
III - observância das exigências legais atinentes à espécie, em especial a Lei
estadual n.° 6.544, de 22 de novembro de 1989, e a Lei Federal n.° 8.666, de 21 de
junho de 1993;
IV - título de domínio público municipal da área em que será implantado o
projeto.

As Entidades Privadas sem fins lucrativos que apresentarem condições plenas


para execução das atividades a serem desenvolvidas, poderão celebrar
convênios com o Estado, através da Secretaria de Agricultura e Abastecimento,
mediante as seguintes condições:

I - apresentação do plano de trabalho adequado ao Projeto Padrão;


II - cópia autenticada do estatuto devidamente registrado no Registro Civil de
Pessoas Jurídicas, na forma da lei, com identificação cartorial em todas as folhas,
contendo a transcrição atualizada dos dados de registro no próprio documento
ou em certidão em apartado;
III - cédula de identidade (RG) e Cadastro de Pessoa Física (CPF), do Presidente
da entidade e de seu substituto legal;
IV - comprovante de cadastramento na Secretaria de Estado de Assistência e
Desenvolvimento social ou de inscrição no Conselho Municipal de Assistência
Social;
V - contrato formal de propriedade, arrendamento, comodato, permissão de uso,
usufruto ou parceria, com prazo de vigência compatível com a prática apoiada;
VI - CNPJ Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas.

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1. Cultivo em ambiente protegido com
sistema de irrigação por Gotejo
O plantio em ambiente protegido
é o cultivo em estufas, essa
prática tornou-se muito utilizada
entre os produtores paulistas,
devido as suas vantagens sobre o
cultivo a céu aberto.
A estufa consiste em uma
estrutura de arcos de metal,
sustentada por colunas laterais
de madeira. O projeto utiliza este
sistema por ser o mais adequado
às nossas condições.

Vantagens do cultivo protegido:


• Protege a cultura contra intempéries, ou seja: excesso de chuva, granizo,
geadas, melhor controle da temperatura e umidade relativa do ar,
proporcionando às plantas condições mais adequadas para seu
desenvolvimento e produção;
• Permite a colheita na entressafra (todo ano);
• Melhor qualidade de produtos;
• Facilita o uso de substrato;
• Permite um controle mais eficiente de pragas e doenças.

Cuidados para se obter sucesso na produção:


• Manejo correto de irrigação;
• Controle adequado de adubação;
• Monitoramento de Pragas e Doenças;
• Observar possíveis vazamentos ou entupimentos.

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1.1. Irrigação
A irrigação por gotejo, aplica-se a todas as culturas na horticultura, floricultura e
fruticultura, e é utilizada desde o transplante das mudas até a colheita. Este
sistema é versátil e permite possíveis fertirrigacões, apresentando menor
consumo de água. Deve-se utilizar filtros, impedindo o entupimento dos
gotejadores.
Um teste prático para verificação do ponto ideal de irrigação, consiste em
apertar um punhado de solo, até que escorra um pouco de água entre os dedos.
Lembramos que a quantidade ideal de irrigação varia de acordo com a cultura
implantada, as condições climáticas e o tipo de solo da região. O excesso de
irrigação pode facilitar o desenvolvimento de doenças e prejudicar a produção.

1.2. Manejo das Estufas


Os principais fatores ambientais que influenciam no crescimento das plantas
são: a temperatura e a umidade relativa do ar. A temperatura influencia na
fisiologia das plantas e o excesso de umidade favorece o desenvolvimento de
doenças.
Durante o verão ocorre o aquecimento excessivo da estufa e o controle da
temperatura, acima das máximas suportadas pelas plantas, geralmente tem
como conseqüência à queda de flores e frutos, essa situação pode ser contornada
através do uso de microaspersores, lanternis, telas de sombreamento, entre
outras alternativas. Caberá ao produtor encontrar a solução mais adequada para
sua região. Neste período as laterais deverão permanecer abertas para melhor
arejamento.
No inverno, recomenda-se abrir as cortinas laterais, janelas e lanternis durante
as horas mais quentes do dia, para que possa sair o ar quente e o excesso de
umidade, para haver uma renovação de ar no interior da estufa, mantendo essas
estruturas fechadas, principalmente durante a noite e períodos mais frios do dia.

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2. Cultivo Hidropônico
A hidroponia é uma técnica alternativa de cultivo protegido, na qual o solo é
substituído por uma solução aquosa, contendo apenas os elementos minerais
indispensáveis aos vegetais.
O produto final cultivado em hidroponia possui altíssimo nível de sanidade, pois
é cultivado em estufa limpa e protegida, livre de variações climáticas, insetos e
outros parasitas que vivem no solo. Na hidroponia os nutrientes são
balanceados diariamente, conforme a necessidade do cultivo, fazendo com que
as plantas recebam durante todo seu ciclo de crescimento, as quantidades ideais
de nutrientes.

Vantagens da hidroponia:
• Diminui o consumo de água;
• Dispensa operações como arações, coveamento e capina;
• Não há preocupação com rotação-de-cultura;
• A produção pode ser três vezes maior do que a cultivada em solo;
• O risco do ataque de pragas e doenças é bem menor por ser uma cultura de
ambiente controlado;
• Um produto de melhor aspecto;
• Estender o período de produção.

Cuidados para se obter sucesso na produção:


• Monitoramento da solução, temperatura, pH, condutividade elétrica, nível do
reservatório;
• Limpeza e higiene do equipamento e ambiente;
• Atenção à possíveis infestações, a rapidez no tratamento é fundamental;
• Observar possíveis vazamentos ou entupimentos;
• Treinamento da mão-de-obra. Implantar nos funcionários o conceito de
qualidade;
• Cuidado com a qualidade dos insumos; nutrientes, sementes, etc;
• Sendo uma técnica essencialmente dependente de energia, é vital a

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viabilização de alternativas para os momentos de falta de energia, desde uma
alimentação manual, bombas a gasolina, geradores, etc. A análise do custo
benefício dirá qual a maneira mais viável.

2.1. Sistemas de hidroponia


Existem diversos sistemas de hidroponia. O mais utilizado é o NFT (Técnica do
Fluxo Laminar de Nutrientes), que consiste no bombeamento da solução
nutritiva, por canais de cultivo, e um sistema de retorno ao tanque. A irrigação
das raízes ocorre por gravidade formando uma fina lâmina de solução. O projeto
utiliza este sistema por ser o mais difundido..

2.2. Reservatório
Os Reservatórios ou tanques de solução podem ser construídos de diversos
materiais, os tanques de plástico PVC e de fibra, são os preferidos em virtude do
menor custo e facilidade de manuseio.
Os tanques devem ser enterrados ou mantido em local sombreado, impedindo a
ação de raios solares além de ser vedado para evitar a formação de algas e
animais.

2.3 Conjunto moto bomba


e tubulações
Este conjunto tem a função de levar a solução nutritiva às raízes das plantas.
Recomenda-se a escolha de bombas cujos elementos internos sejam resistentes
à corrosão. Existem vários tipos de canais de cultivo. O mais utilizado tem sido o
de tubos de polipropileno, devido aos bons resultados práticos, tanto para
produção de mudas e plantas maiores.

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As principais vantagens do sistema são a versatilidade da sua utilização, leveza e
fácil higienização, não exigindo estrutura robustas para sustentação.

2.4. Solução nutritiva


Os nutrientes dos quais a planta necessita são fornecidos por água enriquecida
com (solução nutritiva) composta de elementos necessários para o seu
desenvolvimento, dissolvidos na forma de sais.
O ajuste químico perfeito da solução nutritiva depende da espécie cultivada, do
ambiente de crescimento, da época do ano e qualidade da água, é conveniente
manter o reservatório de solução sempre em nível constante, acrescentando
água para repor o volume evapotranspirado.
O anexo III contém uma formulação básica indicada para o cultivo de alface.

2.5. Manejo da estufa hidropônica


1) Germinação
A germinação é realizada em
placas, com quantidade variada
de células. Esta área deve ser
mantida sombreada por 2 dias e
acomodar as placas onde será
feita a irrigação com água .
Depois de 2 dias passam a tomar
sol e após o aparecimento da
segunda folhinha, fazer a
mudança para o berçário.

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2) Berçários
Berçários são perfis pequenos
com dimensões variadas. A
passagem para a próxima fase
deve ocorrer quando as folhas
começarem a se encostar.

3) Crescimento
Perfis médios ou grandes serão
utilizados na fase final de
crescimento. A permanência da
cultura nessa fase dependerá do
manejo adotado e da cultura
implantada.

3. Sementes
Os Kits de Sementes serão fornecidos mediante solicitação oficial de convênio da
prefeitura municipal e ou entidades privadas sem fins lucrativos, de acordo com
o projeto e plano de trabalho. Podendo ser atendida trimestralmente com limite
de 40.000m².
As exigências de cada projeto constam do texto da Lei no.50.233, de 10/11/2005
(anexoI), e da resolução SAA- 11, de 10/03/2006, (anexoII), e com as devidas
especificações da portaria CODEAGRO 13 de 8/06/2006 (anexoIV), que define
os kits de sementes no âmbito do Projeto Estadual Hortalimento.

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3.1. Como formar uma horta
Escolha uma área cujo solo seja razoavelmente fértil, plano, próximo do local de
consumo das hortaliças e da fonte de água.
É provável que o solo da sua área seja ácido, necessitando a incorporação de
calcário. Quanto mais ácido for o solo, menor disponibilidade de nutrientes terá
para suas plantas, porém o excesso de calcário também é prejudicial, pois torna o
solo alcalino, com conseqüências semelhantes. Verifique os custos e qualidade
dos fertilizantes disponíveis, mais próximos do local.

3.1.1. Preparo do terreno


O preparo do terreno deve ser
realizado segundo as seguintes
etapas:
• Roce o mato, com uma foice;
• Faça adubo orgânico com a
matéria seca;
• Capine o que sobrou com a
enxada, arrancando as raízes;
• Retire o excesso com o rastelo;

• Molhe bem toda a área a ser revolvida, ou espere uma boa chuva;
• Espalhe o calcário;
• Revolva o solo e desfaça os torrões, retirando todo tipo de entulho.
• Marque os canteiros com estacas de madeira e ligue-as com barbante bem
esticado;
• O canteiro deve ter no máximo 1 m de largura, por 8 m de comprimento. Se o
terreno for inclinado, o comprimento deve acompanhar o nível.
• Deixe corredores de 40 a 50 centímetros entre eles e um metro distante da cerca.
• Faça o levantamento dos canteiros retirando-se a terra dos corredores.

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3.1.2. As hortaliças
Escolha as hortaliças de acordo com as necessidades e época de plantio, ou siga o
Projeto:

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3.1.3. Calagem e Adubação
A adubação requer estudo prévio da fertilidade do solo, através da retirada de
uma amostra representativa da área que se vai cultivar. Posteriormente,
consulte um Engenheiro Agrônomo ou Técnico Agrícola da Casa de Agricultura
da sua cidade.
Misture os adubos orgânicos e químicos nos canteiros. Cuidado com o uso
excessivo de adubos, pois este por causar desequilíbrios à nutrição das plantas,
tornando-as mais susceptíveis ao ataque de pragas e doenças.

3.1.4. Composto Orgânico


Um ótimo adubo pode ser obtido da decomposição de variados restos vegetais
ou animais, sendo rico em nitrogênio, elemento necessário ao perfeito
desenvolvimento foliar das culturas.
Os montes de compostagem devem ficar em local próximo à área de cultivo e da
fonte de água.

Os cuidados para obtenção de composto orgânico de qualidade são:


• Colocação de restos vegetais e um pouco de esterco ou mesmo terra fértil, em
camadas alternadas do seguinte modo: dois palmos de restos vegetais e três
dedos de esterco ou terra;
• Fazer a compactação para retirar o excesso de ar;
• Molhar sem encharcar demais;
• Repetir esta operação tantas vezes quantas forem necessárias até que o
composto fique com mais ou menos um metro e meio de altura;
• Enfiar no monte em vários pontos, bambus ou madeiras para o ar penetrar;
• Revirar o composto com uma enxada pelo menos uma vez a cada vinte dias,
para misturar as camadas em decomposição;
• Molhar sempre que observar calor em excesso no interior do monte.

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3.1.5. Produção e
Transplante das Mudas

As mudas devem ser produzidas


em bandejas com número variado
de células e substrato, a fim de se
obter uma produção de mudas
saudáveis e uniformes. Outra
técnica da obtenção de mudas é a
utilização de sementeiras.

Muda produzida no sistema


de bandeja, tem uma boa
conformidade de raízes e facilita
muito o processo de transplante.

O transplante das mudas deve ser realizado segundo as seguintes etapas:


• Transplante as mudas nas horas mais frescas do dia ou em dias nublados;
• Molhe bem a sementeira e retire as mudas com cuidado para não danificar as
raízes;
• Abra as covas na profundidade e espaçamento corretos, de modo a abrigar bem
as raízes;
• Molhe bem os canteiros já adubados, que receberão as mudas. Coloque-as na
vertical, evitando danificar as raízes, aperte um pouco de terra ao redor.
Irrigue bem.

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3.1.6. Plantio direto de sementes
O plantio das sementes deve ser realizado segundo as etapas:
• Em sulcos no canteiro semeia-se cenoura, rabanete, catalônia, salsa, coentro,
rúcula, abóbora menina, abobrinha, moranga, quiabo, pepino, etc;
• Abra os sulcos com 01 cm de profundidade e nos espaçamentos corretos;
• Não lance sementes em excesso, cubra-as com terra;
• Irrigue bem.

3.1.7. Tratos Culturais


Os tratos devem ser realizados segundo as etapas:
• Marque as datas dos plantios e colha na época certa;
• Irrigue a horta sempre que necessário, evitando-se a falta ou o excesso de água;
• Retire o excesso de plantas, onde houver necessidade, alguns dias após a
germinação;
• Remova a camada endurecida da superfície e as plantas daninhas dos canteiros
e áreas plantadas, pelo menos uma vez por mês;
• Se for possível, coloque cobertura morta, entre as plantas, para evitar-se
plantas invasoras e o ressecamento do solo;
• Evite plantar seguidamente no mesmo local a mesma cultura, ou que
pertençam à mesma família botânica;
• Elimine imediatamente da horta, as plantas doentes;
• Programe corretamente o replantio das áreas.

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3.1.8. Controle alternativo de
pragas e doenças
O controle alternativo de pragas e doenças, podem ser realizados com algumas
receitas:

Fumo-Sabão-Querosene: Despedace 5 cm. de fumo-de-corda em ¼ de litro de


água e deixe por 72 horas. Coe e acrescente 10 litros de água, mais 3 colheres de
sabão em pó, de preferência biodegradável. Aqueça a mistura e adicione 2
colheres de querosene para cada litro de solução. Deixe esfriar e pulverize.
Combate ácaros, cochonilhas, fumagina, pulgões, etc.

Chá de Folha de Fumo com Sabão: Pique as folhas, acrescente sabão e água, ferva,
deixe esfriar e pulverize.

Cerveja: Corte ao meio um litro de álcool e enterre-o como se fosse um copo,


deixando fora, uma borda de 2 (dois) cm. Coloque um pouco de cerveja no fundo.
Faça isso no fim da tarde. No outro dia cedo recolha as lesmas.

A Calda Bordalesa controla um grande número de doenças fúngicas das plantas.


Sua formulação consiste em adicionar a 10 litros de água, 180 gramas de cal
virgem e 100 gramas de Sulfato de Cobre e uma colher de açúcar.

Cuidados com a aplicação das caldas:


• Pulverize nas horas mais frescas do dia;
• Evite pulverizar em dias de ventos fortes;
• Em plantas jovens, diminuir pela metade os ingredientes ativos;
• Usar vasilha de plástico para preparo da calda;
• Não mexa a solução com as mãos, use sempre um pedaço de madeira;
• Os tratamentos devem ser repetidos de acordo com a necessidade.

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3.2 Plantas aromáticas e condimentares
As plantas aromáticas e condimentares possuem um grande potencial para
geração de emprego e renda. Suas características de cultivo são ideais para a
agricultura familiar, por ser uma atividade realizada em pequenas áreas.
Muitas das plantas utilizadas como tempero, são importadas e poderiam ser
produzidas regionalmente.
Os problemas relacionados à falta de informações sobre o cultivo e
comercialização de plantas aromáticas e condimentares são principais
limitantes para o sucesso.
Relacionamos a seguir as variedades de aromáticas e condimentares
estabelecidos pela portaria CODEAGRO - 13 de 8/06/2006.

Nome: Manjericão
Cultivo - Solo/Clima: Prefere regiões de
clima quente, sendo a melhor época para
o plantio, a das chuvas. Não suporta o frio,
é sensível ao vento. Prefere solos férteis e
fofos, com boa drenagem, mas não
encharcados. Reproduz por estacas e por
sementes.

Nome: Erva Doce


Cultivo - Solo/Clima: Vegeta bem em
diversos climas, mas prefere os
temperados, em locais bem iluminados e
com luz solar direta. Não suporta geadas
muito fortes. É perene e se adapta melhor
aos solos férteis, leves e bem drenados.
Propaga-se por sementes diretamente no
campo, na época de chuva.

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Nome: Camomila
Cultivo - Solo/Clima: Esta é uma planta
que só produz bem em clima temperado,
desta forma os cuidados básicos em
relação ao clima são dois: não cultivá-la
em pleno verão e evitar que a colheita
ocorra em épocas muito chuvosas, pois
isto dificulta tanto a colheita como a
secagem.

Nome: Hortelã
Cultivo - Solo/Clima: O cultivo desta erva
deve ser feito em solo rico em matéria
orgânica. A hortelã suporta altas
temperaturas desde que não falte água no
solo. Resiste a baixas temperaturas,
porém sofre com geadas. Propaga-se por
estacas, divisão touceiras e sementes. É
bom deixar o espaçamento entre uma
muda e outra de pelo menos 20 cm e em
local com bastante luz direta (sol).

Nome: Alecrim
Cultivo - Solo/Clima: Tem preferência por
solos secos de natureza calcária, mas se
dá bem em qualquer tipo de terreno,
desde que bem drenados, o excesso de
água pode mata-lo. É possível cultivá-lo
em vasos, lembrando sempre de colocar o
seu alecrim em um local onde exista de 5 a
6 horas de sol/dia. Ciclo de vida: 9 anos.

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Nome: Coentro
Cultivo - Solo/Clima: O coentro se
propaga por sementes, e depois da
primeira semeadura ele vai nascendo
espontaneamente. Produz melhor em
solos ricos, bem soltos e drenados, com
boa exposição solar. Não se da bem com
solos muito úmidos e ácidos, suas
sementes demoram a amadurecer em
solos com muito hidrogênio. Tolera bem
tanto o calor como o frio, bem como
curtos períodos de secas, mas não
consegue competir com ervas daninhas,
sendo sempre importante a eliminação
destas para se obter sucesso no seu
cultivo.

Nome: Pimenta Vermelha


Cultivo - Solo/Clima: Prefere clima
quente e ainda úmido. Não tolera
temperaturas frias e geadas. O solo deve
ser solto, bem drenado, fértil, permeável,
fresco, rico em matéria orgânica.
Reproduz-se sementes.

Nome: Orégano
Cultivo - Solo/Clima: O orégano prefere
solos bem férteis, de natureza calcárea,
secos, que recebam bastante luz solar.
Propaga-se por divisão de touceiras,
estacas, ou por sementes.

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Nome: Salvia
Cultivo - Solo/Clima: O solo deve ser fértil
e bem drenado. A sálvia chega a altura de
80 cm. Deve ser cultivada em regiões que
recebam bastante sol, porém sem
excessos de calor. É sensível a ventos
fortes e floresce do verão ao outono.
Propaga-se por estacas, divisão de
touceiras ou sementes. Não tolera
excesso de água.

Nome: Arruda
Cultivo - Solo/Clima: Arruda se dá muito
bem em Solos mais pobres, levemente
alcalinos e bem drenados. Gosta de sol
pleno algumas horas e sombra o resto do
dia. Pode se fazer mudas por sementes ou
estacas.

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Anexo I
DECRETO Nº 50.233, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2005

Autoriza a Secretaria de Agricultura e Abastecimento a, representando o Estado,


celebrar convênios com Municípios Paulistas e entidades privadas sem fins
lucrativos, objetivando a implantação, no âmbito do Programa de Alimentação e
Nutrição para Populações Carentes, do Projeto Estadual HORTALIMENTO, e dá
providências correlatas

CLÁUDIO LEMBO, VICE-GOVERNADOR, EM EXERCÍCIO NO CARGO DE


GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais,
Decreta:

Artigo 1º - Fica a Secretaria de Agricultura e Abastecimento autorizada a,


representando o Estado, celebrar convênios com Municípios Paulistas e
entidades privadas sem fins lucrativos, objetivando a implantação, no âmbito do
Programa de Alimentação e Nutrição para Populações Carentes, do Projeto
Estadual HORTALIMENTO.

Artigo 2º - O Projeto de que trata o artigo anterior tem como objetivos


específicos:

I - articular ações que visem ao acesso a alimentos de qualidade a baixo custo;


II - promover e melhorar o abastecimento local de hortaliças, gerando trabalho e
renda por meio da potencializarão de canais de escoamento da produção;
III - estimular a produção de hortaliças e plantas aromáticas de qualidade e
produtividade superiores;
IV - agregar recursos financeiros à produção de hortaliças e plantas aromáticas,
incentivando o caráter associativo do trabalho;
V - difundir conhecimento e tecnologia.

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Artigo 3º - Os instrumentos -padrão das avenças deverão obedecer aos modelos
que constituem os Anexos I a IV deste decreto.

Artigo 4º - A instrução dos processos referentes a cada convênio, deverá


compreender manifestação da Consultoria Jurídica que serve à Pasta e a
observância do disposto no Decreto nº 40.722, de 20 de março de 1996.

Artigo 5º - O Secretário de Agricultura e Abastecimento estabelecerá, em ato


complementar, os padrões técnicos e, se necessário, outras normas
regulamentares destinadas à implantação do Projeto ora instituído.

Artigo 6º - As despesas resultantes do presente decreto correrão à conta de


recursos ordinários, alocados no orçamento da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento.

Artigo 7º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 10 de novembro de 2005


CLÁUDIO LEMBO

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Anexo II
RESOLUÇÃO SAA Nº 11, DE 30 DE MARÇO DE 2006

Dispõe sobre a regulamentação do Projeto Estadual HORTALIMENTO, no


âmbito da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios Codeagro da
Secretaria de Agricultura e Abastecimento, bem como dá providências
correlatas.

O Secretário de Agricultura e Abastecimento, no uso de suas atribuições legais,


considerando a ação 4783 “Ações Integradas em Alimentação e Nutrição” com
destaque a promoção da produção de Hortaliças e plantas aromáticas inserido
no programa 1308 “Alimentação e Nutrição” que objetiva “conjugar o estímulo à
produção de alimentos e seu escoamento a Projetos de Segurança Alimentar,
assegurando o acesso da população a alimentos com qualidade, diversidade e
alto valor nutritivo”, ambos inseridos no Plano Plurianual - PPA 2.004 a 2.007, a
serem desenvolvidos pela Coordenadoria de Desenvolvimento dos
Agronegócios Codeagro da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e com
fundamento no Decreto n.º 50.233, de 10 de Novembro de 2.005.

RESOLVE:

Artigo 1° - O Projeto Estadual HORTALIMENTO, estabelecido pelo Decreto nº


50.233, de 10 novembro de 2.005, será executado sob a responsabilidade da
Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios Codeagro, de acordo
com os padrões técnicos e regras de participação de Prefeituras Municipais e
Entidades Privadas sem fins lucrativos, conforme estabelecido nesta Resolução.

Artigo 2° - Para implementação do Projeto Estadual HORTALIMENTO, serão


celebrados convênios, nos termos dos modelos anexos I, II, III e IV do Decreto n.º
50.233, de 10 de Novembro de 2005, conforme disposto nos parágrafos deste
artigo.

25
§ 1° - O Projeto Estadual HORTALIMENTO visa à transferência de recursos
financeiros a Municípios do Estado e a Entidades Privadas sem fins lucrativos,
para a instalação de estufa Hidropônica e equipamentos correlatos, visando
incentivar e fomentar a produção e comércio de hortaliças e plantas aromáticas,
ou estufa e equipamentos correlatos, visando incentivar e fomentar a produção
e o comércio de hortaliças e plantas aromáticas em ambiente protegido.
§ 2° - O Projeto Estadual HORTALIMENTO visa, ainda, o fornecimento de
sementes de hortaliças diversas e de plantas aromáticas para a instalação de
hortas comunitárias de cultivo convencional em Municípios do Estado e
Entidades Privadas sem fins lucrativos.

Artigo 3° - Para participar do Projeto Estadual HORTALIMENTO, os Municípios


poderão celebrar convênios com o Estado, através da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento, mediante as seguintes condições:
I - apresentação do plano de trabalho adequado ao Projeto Padrão;
II - atendimento do disposto no artigo 8° do Decreto n.° 40.722, de 20 de março
de 1996;
III - observância das exigências legais atinentes à espécie, em especial a Lei
estadual nº 6.544, de 22 de novembro de 1989, e a Lei federal nº 8.666, de 21 de
junho de 1993;
IV - título de domínio público municipal da área em que será implantado o
projeto;

Artigo 4º - Para participar do Projeto Estadual HORTALIMENTO, as Entidades


Privadas sem fins lucrativos que apresentarem condições plenas para execução
das atividades a serem desenvolvidas, poderão celebrar convênios com o
Estado, através da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, mediante as
seguintes condições:
I - apresentação do plano de trabalho adequado ao Projeto Padrão;
II - cópia autenticada do estatuto devidamente registrado no Registro Civil das
Pessoas Jurídicas, na forma da lei, com identificação cartorial em todas as folhas,
contendo a transcrição atualizada dos dados de registro no próprio documento
ou em certidão em apartado;

26
III - cédula de Identidade (RG) e Cadastro de Pessoa Física (CPF), do presidente
da entidade e de seu substituto legal;
IV - comprovante de cadastramento na Secretaria de Estado de Assistência e
Desenvolvimento Social ou de inscrição no Conselho Municipal de Assistência
Social;
V - contrato formal de propriedade, arrendamento, comodato, permissão de uso,
usufruto ou parceria, com prazo de vigência compatível com a prática apoiada;
VI - CNPJ inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas.
Parágrafo Único As Entidades Privadas sem fins lucrativos referidas neste
artigo, serão previamente avaliadas pela área técnica da Coordenadoria de
Desenvolvimento dos Agronegócios CODEAGRO, emitindo parecer conclusivo.

Artigo 5º - Para a instalação de estufas que trata o parágrafo 1°, do artigo 3°,
desta resolução, deverão ser obedecidos os seguintes padrões técnicos, pelos
Municípios e Entidades Privadas sem fins lucrativos.
a) I - Para a produção em ambiente protegido com sistema de irrigação por
gotejo, deverá ser prevista estufa agrícola de 357 m², conforme padrão técnico
definido pela Codeagro.

Parágrafo Único - Caberá ao Município ou Entidade Privada sem fins lucrativos,


apresentar projeto de estufa a ser implantada, na forma das especificações
técnicas deste artigo a ser submetido à análise da Coordenadoria de
Desenvolvimento dos Agronegócios Codeagro.

Artigo 6° - Caberá a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral CATI e à


Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios APTA, indicar um Técnico
para integrar os trabalhos do Projeto Estadual HORTALIMENTO, coordenado
pela Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios Codeagro.
Parágrafo Único - Caberá a Coordenadoria de Desenvolvimento dos
Agronegócios Codeagro, prover fiscalização definida nos termos dos modelos
anexos I, II, III e IV do Decreto n.º 50.233, de 10 de Novembro de 2005.

27
Artigo 7° - O fornecimento de sementes de hortaliças diversas e de plantas
aromáticas poderá dar-se, trimestralmente, em caso de instalação de horta
comunitária de cultivo convencional, devendo seguir os seguintes padrões
técnicos;
I - A horta comunitária deverá ser instalada no limite máximo de 40.000 m²;
II - Caberá ao Engenheiro Agrônomo da Casa de Agricultura proceder à
aprovação após visita ao local da instalação, em conformidade com o Plano de
Trabalho adequado.

Artigo 8° - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

DUARTE NOGUEIRA
Secretário de Agricultura e Abastecimento

28
Anexo III
QUANTIDADE DE SAIS PARA O PREPARO DE 1000 L DE SOLUÇÃO
NUTRITIVA-PARA ALFACE-PROPOSTA DO IAC (FURLANI ,1998)

Sal/fertilizante g/1.000 litros


Nitrato de cálcio 750
Nitrato de potássio 500
Fosfato Monoamônio 150
Sulfato de magnésio 400
Sulfato de Cobre 0,15l
Sulfato de Zinco 0,5l
Sulfato de Manganês 1,5
Ácido Bórico ou 1,5
Bórax 2,3
Molibdato de Sódio ou Molibdato de Amônio 0,15
Tenso Fé (FeEDDHMA –6% Fe) ou 30
Dissolvine (FeEDTA – 13%Fe)ou 13,8
Ferrilene (FeEDDHA-6% Fe) ou 30
FeEDTANa2 (10mg/mL de Fe) 180 mL

29
Anexo IV
Portaria CODEAGRO 13 de 08 de junho de 2006.
Define “Kits” de sementes no âmbito do Projeto Estadual Hortalimento
O Coordenador do desenvolvimento dos Agronegócio decide:

Artigo 1º - Ficam estabelecidos os seguintes “Kits” de sementes para


atendimento do Projeto Estadual HORTALIMENTO:
I- Kit 1, sementes de hortaliças;
II- Kit 2, sementes de aromáticas e condimentares;
III- Kit 3, sementes de hortaliças, aromáticas e condimentares;
IV- Kit 4, sementes de hortaliças e aromáticas ; e
V- Kit 5, sementes de hortaliças e condimentares.

Parágrafo único - Os “Kits” mencionados neste artigo, a serem escolhidos pelos


interessados em celebrar convenio com o Estado, terão a composição
discriminada nos anexos desta portaria.

Artigo 2º - Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.


SILVIO MANGINELLI
Coordenador da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios

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Kit 1 - Sementes de Hortaliças

31
Kit 2 - Sementes de Aromáticas
e Condimentares

32
Kit 3 - Sementes de Hortaliças,
Aromáticas e Condimentares

33
Kit 4 - Sementes de Hortaliças
e Aromáticas

34
Kit 5 - Sementes de Hortaliças
e Condimentares

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Bibliografias Consultadas
• Staff Helenice
Hidroponia/Helenice Staff. 3. ed. Cuiabá: SEBRAE/MT, 2000.
100p. (Coleção Agroindústria; v. 11)

• Furlan, Marcos Roberto


Ervas e temperos: cultivo e comercialização/ Marcos Roberto Furlan. Cuiabá:
SEBRAE/MT, 1998. 128p. (Coleção Agroindústria, v.15). 2ª Edição.

• Furlan, Marcos Roberto


Cultivo de plantas medicinais/ Marcos Roberto Furlan. 2. ed. Ver.aum. Cuiabá:
SEBRAE/MT, 1999. 146p. (Coleção Agroindústria, v.13)

• Furlani, et alli
Cultivo Hidropônico de Plantas - Boletim técnico IAC/Campinas-SP; nº 180,
1999.

• Blanco, Maria Claudia, S.G.


Cultivo Comunitário de Plantas Medicinais- Instrução Prática -CATI/Campinas-
SP, n° 267, Abril de 2000.

• Oliveira, Carlos Roberto


Cultivo em Ambiente Protegido - Campinas-SP/Boletim técnico CATI, nº 232,
1997.

• Manual Prático de Implantação - Projeto Horta CODEAGRO/SAA - Ed. 2005.

• Von Hertwig, Igor Francisco


Plantas Aromáticas e Medicinais - 1986

Site consultado: www.sabordafazenda.com.br

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EQUIPE TÉCNICA DE PRODUÇÃO
DIOGENES KASSAOKA
HANDY DE OLIVEIRA
LUIS FELIPE VILLARI PURQUERIO
MÁRCIA ALVES DOMADO DE OLIVEIRA
MAXIMILIANO MIURA
SEBASTIÃO WILSON TIVELLI

EQUIPE TÉCNICA DE REVISÃO


CLEITON GENTILI
MICHEL MARTINS DA SILVA
RENATO SILVEIRA
SILVIO MANGINELLI

LAYOUT E DIAGRAMAÇÃO
JOSÉ ALEX PINHEIRO
MÁRCIO EBERT

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