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SUBJETIVIDADES JUVENIS
Josimey Costa da Silva1
Hlida Lopes da Silva2
Mestranda de Cincias Sociais da UFRN
helida.lopes7@gmail.com
(84)9637-7800.
(85)8608-3448.
Os jovens no Brasil esto frequentemente no centro de debates sobre violncia,
ora como agentes, ora como vtimas ou ainda como seus consumidores simblicos. O
aumento da audincia de programas televisuais que abordam a violncia urbana e a
facilidade com que imagens de fatos violentos circulam nas mdias sociais tm
permitido perceber a constncia com que os jovens so alvo majoritrio em diversos
casos de violncia registrados nas estatsticas criminais ou nas divulgaes miditicas.
Mesmo os que no esto diretamente envolvidos ficam cotidianamente em proximidade
com a violncia, com consequncias que vo da banalizao e naturalizao
preferncia esttica, principalmente entre jovens da periferia. Tal situao aponta os
jovens como importante objeto de anlise sociolgico-antropolgica para a
compreenso da sociedade contempornea da comunicao e do entretenimento de
massas. As subjetividades e identidades coletivas, em sua constituio, passam pelo
consumo de bens simblicos e, a considerar os temas e imagens difundidos
midiaticamente, pela percepo da violncia urbana.
Diante disso, preciso levar em considerao que Juventude e Violncia so,
sobretudo, representaes sociais; so categorias dispersas no imaginrio social. H uma
elaborao coletiva sobre cada uma desses fenmenos, que modula comportamentos e
arranjos de sociabilidade. Os jovens, em sua singularidade, deparam-se com diferentes
formas de conformao e de conflitos, ora praticando, ora enfrentando a violncia. Os
conflitos existem e devem ser reconhecidos em sua diversidade, j que so inerentes
vida social. Nesse sentido, e dada centralidade da categoria juventude nas sociedades
da comunicao de massas e das redes sociais, preciso perceber os contornos dessa
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