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http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp[19/10/2009 21:00:33 ]
“Os crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, previstos na Lei 7.492/86, devem ser
processados e julgados na Justiça Federal. Não ocorre a prescrição quando não transcorrido o
prazo correspondente, contado a partir das causas interruptivas fixadas no artigo 117 do
Código Penal. A materialidade e a autoria do delito estão assentadas em panorama fático
tomado como verdadeiro pelo acórdão recorrido e que não pode ser refutado sem reexame
profundo da prova. Incidência da Súmula 279/STF.” (RE 446.908, Rel. Min. Menezes Direito,
julgamento em 2-9-08, DJE de 21-11-08)
"Competência da Justiça Federal definida na Constituição, não cabendo a lei ordinária e, menos
ainda, a Medida Provisória sobre ela dispor." (ADI 2.473-MC, Rel. Min. Néri da Silveira,
julgamento em 13-9-01, DJ de 7-11-03)
“É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia
mista.” (SÚM. 556)
“Compete à justiça estadual, em ambas as instâncias, processar e julgar as causas em que for
parte o Banco do Brasil S.A.” (SÚM. 508)
"Compete à justiça ordinária estadual o processo e o julgamento, em ambas as instâncias, das
causas de acidente do trabalho, ainda que promovidas contra a União, suas autarquias,
empresas públicas ou sociedades de economia mista." (SÚM. 501)
"Numa primeira interpretação do inciso I do art. 109 da Carta de Outubro, o Supremo Tribunal
Federal entendeu que as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de
acidente do trabalho, ainda que movidas pelo empregado contra seu (ex-)empregador, eram
da competência da Justiça comum dos Estados-Membros. Revisando a matéria, porém, o
Plenário concluiu que a Lei Republicana de 1988 conferiu tal competência à Justiça do
Trabalho. Seja porque o art. 114, já em sua redação originária, assim deixava transparecer,
seja porque aquela primeira interpretação do mencionado inciso I do art. 109 estava, em boa
verdade, influenciada pela jurisprudência que se firmou na Corte sob a égide das Constituições
anteriores. Nada obstante, como imperativo de política judiciária – haja vista o significativo
número de ações que já tramitaram e ainda tramitam nas instâncias ordinárias, bem como o
relevante interesse social em causa –, o Plenário decidiu, por maioria, que o marco temporal da
competência da Justiça trabalhista é o advento da EC 45/04." (CC 7.204, Rel. Min. Carlos Britto,
julgamento em 29-6-05, Plenário, DJ de 9-12-05). No mesmo sentido: CC 7.545, Rel. Min. Eros
Grau, julgamento em 3-6-09, Plenário, DJE de 14-8-09; AI 663.722-AgR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julgamento em 2-9-08, 1ª Turma, DJE de 17-10-08; RE 580.154-AgR, Rel. Min.
Ellen Gracie, julgamento em 23-6-09, 2ª Turma, DJE de 7-8-09; RE 461.925-AgR, Rel. Min. Celso
de Mello, julgamento em 4-4-06, 2ª Turma, DJ de 8-9-06.
"Telefonia. Cobrança de pulsos além da franquia. Competência da Justiça Estadual. Matéria que
se insere no âmbito de cognição dos Juizados Especiais. Ilegitimidade passiva da Anatel. (...)
Por não figurar na relação jurídica de consumo, a Agência Nacional de Telecomunicações –
ANATEL carece de legitimidade para compor o pólo passivo de ação movida pelo particular,
usuário do serviço de telefonia móvel, contra a concessionária. Ausente participação da
autarquia federal, sob qualquer das hipóteses previstas no art. 109, I, da Constituição, a
competência é da Justiça Estadual. Em se tratando de demanda que se resolve pela análise de
matéria exclusivamente de direito, a dispensar instrução complexa, cabível seu processamento
no Juizado Especial. Reveste-se de natureza infraconstitucional a matéria relacionada à relação
de consumo e ao equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão." (RE 571.572, Rel.
Min. Gilmar Mendes, julgamento em 8-10-08, DJE de 13-2-09). No mesmo sentido: AI
649.751-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 18-8-09, 2ª Turma, DJE de 18-9-09; RE
567.454, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 17-6-09, Plenário, DJE de 28-8-09; AI 675.515-
AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 17-3-09, 1ª Turma, DJE de 17-4-09; AI 601.530-
AgR, Rel. p/ o ac. Min. Menezes Direito, julgamento em 3-3-09, 1ª Turma, DJE de 8-5-09; AI
711.266-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 16-12-08, 2ª Turma, DJE de 6-3-09; AI
657.627-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 28-10-08, 1ª Turma, DJE de 20-2-09.
“Imposto de renda. União. Interesse na causa. Ausência. Capacidade tributária ativa. Estados
membros. Precedentes.” (AI 577.142-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 30-9-08,
DJE de 21-11-08).
"Justiça Federal: competência para o exame dos reflexos de decisão trabalhista no período
posterior à transformação do regime jurídico celetista para o estatutário. Precedentes. É da
jurisprudência do Supremo Tribunal que a mudança do regime jurídico celetista para o
estatutário acarreta a extinção do contrato de trabalho. A eventual extensão dos efeitos de
decisão proferida pela Justiça do Trabalho – que é referente a questões do regime celetista –
para período posterior à vigência do regime estatutário, onde não mais há relação de trabalho
regida pela CLT, deve ser examinada pela Justiça Federal. A competência da Justiça do
Trabalho se restringe à análise do direito à percepção de vantagens trabalhistas no período
anterior ao advento do regime jurídico único." (AI 609.855-AgR-ED, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, julgamento em 25-6-07, DJ de 31-8-07). No mesmo sentido: AI 689.462-AgR, Rel.
Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 3-2-09, 1ª Turma, DJE de 6-3-09.
"Sobre a competência, está pacificado o entendimento de que não havendo interesse jurídico
da União Federal no feito, como no presente caso, em se tratando de empresa concessionária
de serviço público e particular, a competência é da Justiça Estadual, v.g., AI 388.982-AgR, 1º-
10-2002, 2ª T., Velloso; e RE 210.148, 5-5-1998,1ª T., Gallotti." (AI 607.035-AgR, voto do Min.
Sepúlveda Pertence, julgamento em 12-12-06, DJ de 9-2-07). No mesmo sentido: AI 727.779-
AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 16-12-08, 2ª Turma, DJE de 27-2-09; AI 650.085-AgR,
Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 19-6-07, DJ de 5-10-07 e AI 597.052-AgR, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, julgamento em 2-3-07, DJ de 23-3-07;
“Verifica-se que o julgado recorrido diverge da orientação de ambas as Turmas desta Corte de
que não se inclui na esfera das atribuições jurisdicionais dos magistrados e Tribunais estaduais
o poder de aferir a legitimidade do interesse da União Federal em determinado processo. Cite-
se, a propósito, o RE 183.188, DJ de 14-2-97; o RE 170.286, DJ de 27-3-98 e o RE 116.434, DJ
de 24-11-95. Ademais, no julgamento do RE 176.881, no qual entre as mesmas partes se
discutia a competência para julgar mandado de segurança impetrado pelo BNDES, o Plenário
desta Corte entendeu que basta a presença, num dos pólos da relação processual, de qualquer
dos entes enumerados no texto para determinar a competência da Justiça Federal. (...)
Conheço do agravo de instrumento a fim de dar provimento ao recurso extraordinário para,
reformando o acórdão recorrido, declarar a competência da Justiça Federal para examinar, se
existe, interesse do BNDES para ingressar no feito.” (AI 161.864, Rel. Min. Ilmar Galvão,
julgamento em 2-5-00, DJ de 4-8-00)
"O dispositivo contido na parte final do § 3º do art. 109 da Constituição é dirigido ao legislador
ordinário, autorizando-o a atribuir competência (rectius jurisdição) ao Juízo Estadual do foro do
domicílio da outra parte ou do lugar do ato ou fato que deu origem à demanda, desde que não
seja sede de Varas da Justiça Federal, para causas específicas dentre as previstas no inciso I do
referido artigo 109. (...) Considerando que o Juiz Federal também tem competência territorial e
funcional sobre o local de qualquer dano, impõe-se a conclusão de que o afastamento da
jurisdição federal, no caso, somente poderia dar-se por meio de referência expressa à Justiça
Estadual, como a que fez o constituinte na primeira parte do mencionado § 3º em relação às
causas de natureza previdenciária, o que no caso não ocorreu." (RE 228.955, Rel. Min. Ilmar
Galvão, julgamento em 10-2-00, DJ de 24-3-00)
“A Fundação Nacional do Índio-FUNAI constitui pessoa jurídica de direito público interno. Trata-
se de fundação de direito público que se qualifica como entidade governamental dotada de
capacidade administrativa, integrante da Administração Pública descentralizada da União,
subsumindo-se, no plano de sua organização institucional, ao conceito de típica autarquia
fundacional, como tem sido reiteradamente proclamado pela jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, inclusive para o efeito de reconhecer, nas causas em que essa instituição
intervém ou atua, a caracterização da competência jurisdicional da Justiça Federal (RTJ
126/103 – RTJ 127/426 – RTJ 134/88 – RTJ 136/92 – RTJ 139/131). Tratando-se de entidade
autárquica instituída pela União Federal, torna-se evidente que, nas causas contra ela
instauradas, incide, de maneira plena, a regra constitucional de competência da Justiça Federal
inscrita no art. 109, I, da Carta Política" (RE 183.188, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em
10-12-96, DJ de 14-2-97)
"(...) nos termos expostos, com insuperável clareza, pelo eminente Professor Carlos Frederico
Coelho Nogueira ('Comentários ao Código de Processo Penal', vol. 1/1.047, item n. 278, 2002,
Edipro: 'se o crime for de competência da Justiça Federal (art. 109 da CF), competente será
qualquer das varas criminais federais situadas na seção ou subseção judiciária à qual
pertencer a capital do Estado em que por último tiver residido o acusado. Se nunca tiver
residido no Brasil, competente será qualquer das varas criminais federais existentes em
Brasília. A distribuição (art. 75 do CPP) determinará a competência em havendo mais de uma
vara criminal federal na mesma seção ou subseção judiciária. Tratando-se de delito de
competência da Justiça Comum local, o foro será o de qualquer das varas criminais estaduais
da capital do Estado em que residiu o acusado ou qualquer das varas criminais locais da Justiça
do Distrito Federal. Havendo mais de uma, a distribuição (art. 75 do CPP) firmará a
competência.' (grifei) Cabe assinalar que esse entendimento – que tem o prestigioso apoio de
Miguel Reale Júnior ('Instituições de Direito Penal', p. 112, item n. 7.4, 2002, Forense), reflete-
se na jurisprudência que o Supremo Tribunal Federal firmou no exame dessa específica
questão (RT 474/382, Rel. Min. Djaci Falcão, Pleno)". (HC 83.113-QO, voto do Min. Celso de
Mello, julgamento em 26-6-03, DJ de 29-8-03)
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo
internacional;
“O serviço social da indústria (SESI) está sujeito à jurisdição da justiça estadual.” (SÚM. 516)
NOVO: “Vê-se que veio a ser potencializado o interesse da população local em detrimento do
fato de a poluição alcançar bem público federal. Pouco importa que se tenha chegado também
ao comprometimento de açude, córregos e riacho. Prevalece a circunstância de o dano
apontado haver ocorrido em rio que, pelo teor do inciso III do artigo 20 da Constituição Federal,
consubstancia bem da União (...). Esse preceito e a premissa fática constante do acórdão
impugnado mediante o extraordinário atraem a incidência do inciso IV do artigo 109 da Carta
da República (...).” (RE 454.740, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 28-4-09, 1ª Turma, DJE
de 7-8-09)
"Competência – Justiça Militar versus Justiça Federal stricto sensu – Crime de falso – Carteira de
habilitação naval de natureza civil. A competência para julgar processo penal a envolver a
falsificação de carteira de habilitação naval de natureza civil é da Justiça Federal, sendo titular
da ação o Ministério Público Federal." (HC 90.451, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 5-8-
08, 1ª Turma, DJE de 3-10-08). No mesmo sentido: HC 96.561, Rel. Min. Celso de Mello,
julgamento em 31-3-09, 2ª Turma, DJE de 5-6-09; HC 96.083, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento
em 10-3-09, 2ª Turma, DJE de 3-4-09.
“(...) É de competência da Justiça estadual processar e julgar agente público estadual acusado
de prática de delito de que trata o art. 89 da Lei n. 8.666/93, não sendo suficiente para atrair a
competência da Justiça Federal a existência de repasse de verbas em decorrência de convênio
da União com Estado-membro.” (HC 90.174, Rel. p/ o ac. Min. Menezes Direito, julgamento em
4-12-07, DJE de 14-3-08)
"Competência criminal. Conflito. Crime praticado por silvícolas, contra outro índio, no interior
de reserva indígena. Disputa sobre direitos indígenas como motivação do delito. Inexistência.
Feito da competência da Justiça Comum. Recurso improvido. Votos vencidos. Precedentes.
Exame. Inteligência do art. 109, incs. IV e XI, da CF. A competência penal da Justiça Federal,
objeto do alcance do disposto no art. 109, XI, da Constituição da República, só se desata
quando a acusação seja de genocídio, ou quando, na ocasião ou motivação de outro delito de
que seja índio o agente ou a vítima, tenha havido disputa sobre direitos indígenas, não
bastando seja aquele imputado a silvícola, nem que este lhe seja vítima e, tampouco, que haja
sido praticado dentro de reserva indígena." (RE 419.528, Rel. p/ o ac. Min. Cezar Peluso,
julgamento em 3-8-06, DJ de 9-3-07)
"Competência: Justiça Estadual: processo por crime contra a ordem econômica previsto no art.
1º da L. 8.176/91 (venda de combustível adulterado); inexistência de lesão à atividade de
fiscalização atribuída à Agência Nacional do Petróleo – ANP e, portanto, ausente interesse
direto e específico da União: não incidência do art. 109, IV, da CF. Regra geral os crimes contra
a ordem econômica são da competência da Justiça comum, e, no caso, como a L. 8.176/91 não
especifica a competência para o processo e julgamento do fato que o recorrido supostamente
teria praticado, não há se cogitar de incidência do art. 109, VI, da CF. De outro lado, os crimes
contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira devem ser julgados pela Justiça
Federal - ainda que ausente na legislação infraconstitucional nesse sentido –, quando se
enquadrem os fatos em alguma das hipóteses previstas no artigo 109, IV, da Constituição. É da
jurisprudência do Tribunal, firmada em casos semelhantes - relativos a crimes ambientais, que
‘o interesse da União para que ocorra a competência da Justiça Federal prevista no artigo 109,
IV, da Carta Magna, tem de ser direto e específico’, não sendo suficiente o ‘interesse genérico
da coletividade, embora aí também incluído genericamente o interesse da União’ (REE
166.943, 1ª T., 3-3-95, Moreira; 300.244, 1ª T., 20-11-01, Moreira; 404.610, 16-9-03, Pertence;
336.251, 9-6-03, Pertence; HC 81.916, 2ª T., Gilmar, RTJ 183/3). No caso, não há falar em lesão
aos serviços da entidade autárquica responsável pela fiscalização: não se pode confundir o fato
objeto da fiscalização - a adulteração do combustível - com o exercício das atividades
fiscalizatórias da Agência Nacional de Petróleo-ANP, cujo embaraço ou impedimento, estes sim,
poderiam, em tese, configurar crimes da competência da Justiça Federal, porque lesivos a
serviços prestados por entidade autárquica federal (CF, art. 109, IV)." (RE 502.915, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, julgamento em 13-2-07, DJ de 27-4-07). No mesmo sentido: RE
454.737, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 18-9-08, DJE de 21-11-08.
"Parcelamento irregular de terras da União. Competência. Justiça Federal. (...) Comprovado que
a gleba pertence ao patrimônio da União, incide a regra prevista no art. 109, IV, da
Constituição Federal, sendo competência da Justiça Federal julgar e processar a ação penal
proposta para apurar parcelamento irregular de terras. Precedentes do Pleno (HC 84.103)"
(RHC 86.081, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 25-10-05, DJ de 18-11-05)
"É da jurisprudência desta Corte que, em regra, os crimes praticados em detrimento da Caixa
Econômica Federal, por ser esta empresa pública federal, devem ser processados e julgados
pela Justiça Federal – CF, art. 109, IV (vg, HC 68.895, Celso de Mello, 1ª T., DJ 21-2-92; 71.027,
Ilmar Galvão, 1ª T., DJ 9-9-94; 70.541, Sydney Sanches, 1ª T., DJ 18-3-94), regra geral da qual o
presente caso não constitui exceção." (RE 332.597-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence,
julgamento em 20-4-04, DJ de 28-5-04)
“O SEBRAE não corresponde à noção constitucional de autarquia, que, para começar, há de ser
criada por lei específica (CF, art. 37, XIX) e não na forma de sociedade civil, com personalidade
de direito privado, como é o caso do recorrido. Por isso, o disposto no art. 20, f, da Lei n.
4.717/65 (LAP), para não se chocar com a Constituição, há de ter o seu alcance reduzido: não
transforma em autarquia as entidades de direito privado que recebam e apliquem
contribuições parafiscais, mas, simplesmente, as inclui no rol daquelas – como todas as
enumeradas no art. 1º da LAP – à proteção de cujo patrimônio se predispõe a ação popular.
Dada a patente similitude da natureza jurídica do SESI e congêneres à do SEBRAE, seja no
tocante à arrecadação e aplicação de contribuições parafiscais, seja, em conseqüência, quanto
à sujeição à fiscalização do Tribunal de Contas, aplica-se ao caso a fundamentação subjacente
à Súmula 516/STF (...).” (RE 366.168, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 3-2-04, DJ
de 14-5-04)
"O tema relativo à incompetência da Justiça Federal para julgar os crimes de estelionato e
falsidade de documentos, em detrimento de empresa pública federal, pode ser examinado de
ofício, ante a possibilidade de ocorrer nulidade. O estelionato e a falsidade de documentos
quando cometidos em detrimento de empresa pública federal são da competência da Justiça
Federal. Precedentes. O silêncio da defesa, ante a declaração de prevenção do Juiz Federal
para julgar referidos crimes, leva à preclusão da matéria." (RHC 82.059, Rel. Min. Nelson Jobim,
julgamento em 3-9-02, DJ de 25-10-02)
"O uso dos papéis falsificados, quando praticado pelo próprio autor da falsificação, configura
post factum não punível, mero exaurimento do crimen falsi, respondendo o falsário, em tal
hipótese, pelo delito de falsificação de documento público (CP, art. 297) ou, conforme o caso,
pelo crime de falsificação de documento particular (CP, art. 298). Doutrina. Precedentes (STF).
Reconhecimento, na espécie, da competência do Poder Judiciário local, eis que inocorrente,
quanto ao delito de falsificação documental, qualquer das situações a que se refere o inciso IV
do art. 109 da Constituição da República. Irrelevância de o documento falsificado haver sido
ulteriormente utilizado, pelo próprio autor da falsificação, perante repartição pública federal,
pois, tratando-se de post factum impunível, não há como afirmar-se caracterizada a
competência penal da Justiça Federal, eis que inexistente, em tal hipótese, fato delituoso a
reprimir." (HC 84.533, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 14-9-04, DJ de 30-6-06)
"Hipótese em que a execução do convênio foi submetida à fiscalização do Ministério da Ação
Social e do Tribunal de Contas da União, circunstância suficiente para demonstrar o interesse
da União no bom e regular emprego dos recursos objeto do repasse e, conseqüentemente, o
acerto da aplicação, ao caso, da norma constitucional de competência sob enfoque." (HC
81.994, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 6-8-02, DJ de 27-9-02)
"A competência penal da Justiça Federal comum, que possui extração constitucional, reveste-
se de caráter absoluto, está sujeita a regime de direito estrito e apenas deixa de incidir
naquelas hipóteses taxativamente indicadas no texto da própria Carta Política: (...) O
comportamento delituoso de quem usa documento falso, em qualquer processo judiciário
federal, faz instaurar situação de potencialidade danosa, apta a comprometer a integridade, a
segurança, a confiabilidade, a regularidade e a legitimidade de um dos serviços essenciais
mais importantes prestados pela União Federal: o serviço de administração da Justiça. A
locução constitucional 'serviços (...) da União' abrange, para efeito de definição da
competência penal da Justiça Federal comum, as atividades desenvolvidas pela magistratura
da União nas causas submetidas à sua apreciação. Nesse contexto, o bem jurídico penalmente
tutelado, cuja ofensa legitima o reconhecimento da competência da Justiça Federal, é o próprio
serviço judiciário mantido pela União." (RHC 79.331, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em
24-8-99, DJ de 29-10-99)
"Competência da Justiça Federal se cometido perante a Justiça do Trabalho – art. 109, IV, CF. O
legislador ao incluir o crime de patrocínio infiel no capítulo dos Crimes Contra a Administração
da Justiça deixou caracterizado o funcionamento regular da justiça como o bem jurídico
precipuamente custodiado, sem embargo, do bem particular também agredido. Se a suposta
ação delituosa, por ter ocorrido em uma reclamação trabalhista, atingiu a Justiça do Trabalho,
que é federal, à Justiça Federal cabe processar e julgar a referida ação penal." (RE 159.350,
Rel. Min. Paulo Brossard, julgamento em 24-8-93, DJ de 12-11-93)
“Salvo ocorrência de tráfico com o exterior, quando, então, a competência será da justiça
federal, compete à justiça dos estados o processo e o julgamento dos crimes relativos a
entorpecentes.” (SÚM. 522)
"Evidenciado o caráter internacional do tráfico de drogas e identificada a conexão dos crimes,
compete à Justiça Federal o processamento e julgamento dos feitos." (HC 89.437, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, julgamento em 5-6-07, DJ de 22-6-07)
"Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes cuja consumação se deu em território
estrangeiro (art. 109, V, CF). O crime tipificado no art. 241 do Estatuto da Criança e do
Adolescente, consubstanciado na divulgação ou publicação, pela internet, de fotografias
pornográficas ou de cenas de sexo explícito envolvendo crianças ou adolescentes, cujo acesso
se deu além das fronteiras nacionais, atrai a competência da Justiça Federal para o seu
processamento e julgamento." (HC 86.289, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 6-6-
06, DJ de 20-10-06)
"Na linha da orientação firmada no CJ 4.067, da qual proveio a Súmula 522 e o vigente art.
109, V, CF, ao caráter internacional do tráfico de entorpecentes, a ditar a competência da
Justiça Federal, não é necessário que à circunstância objetiva de estender-se o fato, na sua
prática ou em função dos resultados reais ou pretendidos, a mais de um país, se some a
cooperação de agentes situados em territórios nacionais diversos." (HC 76.288, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, julgamento em 2-12-97, DJ de 6-2-98)
“Tráfico de entorpecentes. Tráfico interno. Lei n. 6.368/76, art. 12. Competência. Súmula 522-
STF. Tráfico interno de entorpecentes: competência da Justiça Comum Estadual.” (HC 74.479,
Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 13-12-96, DJ de 28-2-97)
V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo; (EC nº 45/04)
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o
sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;
“O fato, por si só, da lesão corporal descrita na denúncia ser decorrente de acidente de
trabalho não é suficiente para transferir para a Justiça Federal o processamento e julgamento
da ação penal. Não se pode considerar o delito descrito na denúncia como sendo crime contra
a organização do trabalho, visto que esta espécie delitiva somente se configura quando há
ofensa ao sistema de órgãos e instituições destinados a preservar coletivamente o trabalho.”
(RE 588.332, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 31-3-09, 2ª Turma, DJE de 24-4-09)
"A competência da Justiça Federal para o processo e julgamento dos crimes contra o sistema
financeiro e a ordem econômico-financeira encontra-se fixada no art. 109, VI, da Constituição
Federal. O inciso VI do art. 109 da Constituição é a norma matriz da competência da Justiça
Federal, tratando-se de crimes contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira,
que afasta disposições outras para o fim de estabelecer a competência do juízo federal, como,
por exemplo, a inscrita no inc. IV do art. 109, CF." (RE 454.735, Rel. Min. Ellen Gracie,
julgamento em 18-10-05, DJ de 18-11-05)
"O prejuízo não se restringiu aos particulares, mas também atingiu o Sistema Financeiro
Nacional. Crime contra o Sistema Financeiro Nacional (Lei n. 7.492/86). Competência da Justiça
Federal. Precedentes da Corte. Ordem denegada." (HC 84.111, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgamento em 15-6-04, DJ de 20-8-04). No mesmo sentido: HC 93.733, Rel. Min. Carlos
Britto, julgamento em 17-6-08, 1ª Turma, DJE de 3-4-09.
"E, em se tratando de Deputado Estadual, que está sendo acusado de prática de crime contra o
Sistema Financeiro Nacional, da competência da Justiça Federal, sua prerrogativa de foro
submete-o ao Tribunal Regional Federal – e não ao Tribunal de Justiça do Estado, como vem
decidindo esta Corte em inúmeros precedentes (...)." (HC 80.612, Rel. Min. Sydney Sanches,
julgamento em 13-2-01, DJ de 4-5-01)
“Competência. Justiça Federal versus Justiça Comum. Droga. Transporte aéreo. Apreensão no
solo. O fato de a droga haver sido transportada por via aérea não ocasiona, por si só, a
competência da Justiça Federal. Prevalece, sob tal ângulo, o local em que apreendida.” (RE
463.500, Rel. p o /ac. Min. Marco Aurélio, julgamento em 4-12-07, DJE de 23-5-08).
"É da Justiça Federal a competência para processar e julgar crime praticado a bordo de
aeronave (art. 109, inc. IX, da Constituição da República), pouco importando se esta encontra-
se em ar ou em terra e, ainda, quem seja o sujeito passivo do delito. Precedentes. Onde a
Constituição não distingue, não compete ao intérprete distinguir." (RHC 86.998, Rel. p/ o ac.
Min. Cármen Lúcia, julgamento em 13-2-07, DJ de 27-4-07)
“Nulidade do processo. Competência da Justiça Federal. Art. 109, XI, CF. Habeas Corpus.
Decisão monocrática no STJ. Súmula 691, STF. Não conhecimento. A impetração deste habeas
corpus objetiva sanar suposta ilegalidade na postura do relator de writ anteriormente aforado
perante o STJ que, após haver indeferido o pedido de liminar, se omitiu em apreciar o pedido
de reconsideração da decisão indeferitória. Há obstáculo intransponível ao conhecimento deste
habeas corpus eis que, cientes da decisão monocrática do relator do STJ, o impetrante deixou
de interpor agravo regimental, limitando-se a pedir a reconsideração da decisão. A Súmula
691, do STF, se fundamenta na impossibilidade de o STF, no julgamento de ação de sua
competência originária, suprimir a instância imediatamente anterior, eis que não houve
decisão colegiada no âmbito do Superior Tribunal de Justiça. Ainda que não fosse por tais
motivos, seria hipótese clara de denegação da ordem, eis que não há elementos suficientes
nos autos que permitam aferir a alegada nulidade do ato de recebimento do aditamento à
denúncia. A competência da Justiça Federal em relação aos direitos indígenas não se restringe
às hipóteses de disputa de terras, eis que os direitos contemplados no art. 231, da Constituição
da República, são muito mais extensos. O fato dos acusados terem se utilizado da condição
étnica das vítimas para a prática das condutas delituosas, o que representa afronta direta à
cultura da comunidade indígena.” (HC 91.313, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 2-9-08,
DJE de 26-9-08)
“Quanto à alegação de incompetência da Justiça Federal para processar e julgar a ação penal
instaurada na origem, cabe esclarecer que os pacientes foram pronunciados pela suposta
participação em crimes cometidos em desfavor de indígenas. Menção à evolução
jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal (STF) acerca do tema da competência da Justiça
Comum Estadual ou da Justiça Federal para a apreciação e julgamento de causas envolvendo
silvícolas. Precedentes: HC n. 79.530/PA, Rel. Min. Ilmar Galvão, 1ª Turma, unânime, DJ de 25-
2-2000; HC n. 81.827/MT, Rel. Min. Maurício Corrêa, 2ª Turma, unânime, DJ de 23-8-2002; RE n.
419.528/PR, Rel. orig. Min. Marco Aurélio, Redator para o Acórdão Min. Cezar Peluso, Pleno,
maioria, DJ de 9-3-2007. Tais precedentes elaboraram alguns dos critérios por meio dos quais,
não obstante o envolvimento de indígenas, tornou-se possível reconhecer a prorrogação da
competência da Justiça Federal para a Justiça Comum Estadual em determinados casos.
Somente os processos que versarem sobre questões diretamente ligadas à cultura indígena,
aos direitos sobre suas terras, ou, ainda, a interesses constitucionalmente atribuíveis à União
Federal competiriam à Justiça Federal. Neste ponto, ordem indeferida por vislumbrar hipótese
de incidência da jurisdição da Justiça Federal em face ‘da relação com a disputa de terras
reivindicadas pela FUNAI e pela União como indígenas’." (HC 91.121, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgamento em 6-11-07, DJE de 28-3-08).
"Os crimes cometidos por silvícolas ou contra silvícolas, não configurando disputa sobre
direitos indígenas e nem, tampouco, infrações praticadas em detrimento de bens e interesse
da União ou de suas autarquias e empresas públicas, não se inserem na competência privativa
da Justiça Federal (CF, art. 109, inc. XI)." (RE 263.010, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em
13-6-00, DJ de 10-11-00).
"Não configurando os crimes praticados por índio, ou contra índio, 'disputa sobre direitos
indígenas' (art. 109, inc. XI, da CF) e nem, tampouco, 'infrações penais praticadas em
detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou
empresas públicas' (inc. IV ib.), é da competência da Justiça Estadual o seu processamento e
julgamento. É de natureza civil, e não criminal (CF arts. 7º e 8º da Lei n. 6.001/73 e art. 6º,
parágrafo único, do CC), a tutela que a Carta Federal, no caput do art. 231, cometeu à União,
ao reconhecer 'aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os
direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam', não podendo ser ela
confundida com o dever que tem o Estado de proteger a vida e a integridade física dos índios,
dever não restrito a estes, estendendo-se, ao revés, a todas as demais pessoas. Descabimento,
portanto, da assistência pela FUNAI, no caso." (HC 79.530, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento
em 16-12-99, DJ de 25-2-00)
§ 1º - As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde tiver
domicílio a outra parte.
§ 2º - As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for
domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou
onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.
NOVO: “Os litisconsortes, nas ações contra a União, podem optar pela propositura da ação no
domicílio de qualquer deles.” (RE 484.235-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 25-8-09,
2ª Turma, DJE de 18-9-09). Vide: RE 234.059, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 2-9-08,
1ª Turma, DJE de 21-11-08.
“O art. 109, § 2º, da Constituição Federal não impede a formação de litisconsórcio ativo de
autores domiciliados em Estados-Membros diversos daquele em que ajuizada a causa. Aos
litisconsortes é facultada a opção pela propositura da ação em qualquer das possibilidades
previstas no dispositivo constitucional.” (RE 234.059, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em
2-9-08, DJE de 21-11-08). Vide: RE 484.235-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 25-8-
09, 2ª Turma, DJE de 18-9-09.
"Nas ações plúrimas movidas contra a União, a circunstância de um dos autores ter domicílio
no Estado em que foram propostas não atrai a competência do respectivo Juízo, incumbindo
observar a norma do § 2º do artigo 109 da Constituição Federal, no que apenas viabiliza o
agrupamento em face do local ‘onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda,
ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.’" (RE 451.907, Rel. Min. Marco
Aurélio, julgamento em 20-9-05, DJ de 28-4-06)
“Ação judicial contra a União Federal. Competência. Autor domiciliado em cidade do interior.
Possibilidade de sua proposição também na capital do Estado. Faculdade que lhe foi conferida
pelo artigo 109, § 2º, da Constituição da República. Conseqüência: remessa dos autos ao Juízo
da 12ª Vara Federal de Porto Alegre, foro eleito pela recorrente.” (RE 233.990, Rel. Maurício
Corrêa, julgamento em 23-10-01, DJ de 1º-3-02)
“O Ministério Público nacional é uno [art. 128, I e II, da Constituição do Brasil], compondo-se do
Ministério Público da União e dos Ministérios Públicos dos Estados. No exercício das atribuições
previstas nos artigos 109, § 3º da Constituição e 78 e 79 da LC n. 75/93, o Ministério Público
estadual cumpre papel do Ministério Público Federal. A circunstância de a impetrante,
Promotora de Justiça no Estado do Paraná, exercer funções delegadas do Ministério Público
Federal e concomitantemente ser tida como inapta para habilitar-se em concurso público para
o provimento de cargos de Procurador da República é expressiva de contradição injustificável.
(...) Segurança concedida.” (MS 26.690, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 3-9-08, DJE de 19-
12-08)
"Competência. Execução fiscal. Justiça Federal. Art. 109, I e § 3º. Empresa pública federal
contra INSS. Embora o presente processo envolva duas entidades federais: uma autarquia, na
condição de autora, e uma empresa pública, na posição de ré, a recorrente é domiciliada em
cidade onde existe apenas vara estadual, o que atrai a exceção criada no § 3º do art. 109 da
CF/88. A regra do inciso I do art. 15 da Lei 5.010/66, ao mesmo tempo que buscou facilitar a
defesa do contribuinte, procurou garantir a própria eficácia da execução fiscal. É evidente que
atos como citação e penhora tornam-se mais fáceis e geram menos custos se o processo
tramitar na mesma cidade da sede do devedor do tributo. A tramitação do feito perante uma
das Varas Federais da Subseção Judiciária de São José dos Campos acarretaria desarrazoada
demora na resolução do processo e inegável prejuízo à própria prestação jurisdicional." (RE
390.664, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 23-8-05, DJ de 16-9-05)
"O dispositivo contido na parte final do § 3º do art. 109 da Constituição é dirigido ao legislador
ordinário, autorizando-o a atribuir competência (rectius jurisdição) ao Juízo Estadual do foro do
domicílio da outra parte ou do lugar do ato ou fato que deu origem à demanda, desde que não
seja sede de Varas da Justiça Federal, para causas específicas dentre as previstas no inciso I do
referido artigo 109. (...) Considerando que o Juiz Federal também tem competência territorial e
funcional sobre o local de qualquer dano, impõe-se a conclusão de que o afastamento da
jurisdição federal, no caso, somente poderia dar-se por meio de referência expressa à Justiça
Estadual, como a que fez o constituinte na primeira parte do mencionado § 3º em relação às
causas de natureza previdenciária, o que no caso não ocorreu." (RE 228.955, Rel. Min. Ilmar
Galvão, julgamento em 10-2-00, DJ de 24-3-00)