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PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES

DREN – TURMA 1

COMENTÁRIO À TABELA DA COLEGA ANABELA BORGES

 Competências do professor bibliotecário: Concordo com a colega, quando


afirma que é necessário mudar mentalidades em relação ao papel do
professor bibliotecário. Não podemos ser reféns da colecção e da política de
gestão da BE. Temos que nos focar no essencial que é garantir que o esforço
diário é colocado no auxílio à construção do conhecimento num quadro
baseado na pesquisa, investigação e consulta.
Aprecio a atitude positiva de procurar “transformar as fraquezas em pontos
fortes”, envolvendo os alunos em tarefas do momento.
Concordo quando diz que muitos professores consideram irrelevante o
trabalho do professor bibliotecário e não colaboram connosco, mas há
formas de contornar a situação (não digo que é fácil). Tendo em conta que
os colegas estão demasiadamente preocupados com os seus currículos e têm
dificuldade em responder às nossas solicitações, podemos tentar ir ao
encontro do que eles estão a fazer e procurar complementar as suas
actividades. Dessa forma, eles entendem-nos como uma ajuda e não como
alguém que lhes vai “dar mais trabalho”.

 Organização e Gestão da BE: Fico com a ideia de que a BE está muito bem
organizada e que há um grande esforço em fazer uma boa gestão do tempo.
Tem muita sorte por ter uma equipa com experiência e duas professoras
bibliotecárias.

Fernanda Rocha // 03-11-2009 Página 1


Quanto à falta de parcerias, julgo que é essencial que estas sejam criadas
pois permitem fazer um trabalho mais abrangente e variado.
Concordo que o processo de classificação é lento, mas é essencial que seja
bem feito (depressa e bem, há pouco quem!), e em parceria com a
Biblioteca Municipal, tendo em conta que um dos objectivos é a criação de
catálogos comuns.

 Gestão da Colecção: Parece-me que está a haver um excelente trabalho.


Considero relevante que tenha considerado importante implementar planos
de auto avaliação da acção desenvolvida, pois este modelo de auto-
avaliação exige uma grande componente de auto-regulação da acção de
forma a permitir traçar acções futuras. Disto depende o sucesso da BE.

 A BE como espaço de conhecimento e aprendizagem. Trabalho colaborativo


e articulado com departamentos e docentes: Tendo em conta que há alguma
dificuldade em obter a colaboração dos departamentos, concordo que a
acção a implementar passe por uma sensibilização à comunidade escolar
sobre as potencialidades da BE e da sua equipa. Neste momento o professor
bibliotecário, com assento no Conselho Pedagógico, tem a possibilidade de
transmitir esta informação, mostrando que a colaboração facilita e não
dificulta o trabalho dos professores.

 Formação para a leitura e para as literacias: É, realmente, fundamental levar


os alunos a “ler por prazer” e parece-me que estão no bom caminho, com a
criação do Clube dos Amigos da Biblioteca e a Hora do Conto e com as
actividades Café com Livros e a leitura do início de “ O Livro Que Só Queria
Ser Lido”.

 A BE e os novos ambientes digitais: As novas tecnologias são um grande


atractivo para os mais jovens, no entanto, como refere, nem sempre são
capazes de as utilizar da melhor forma. De acordo com Ross Todd eles

Fernanda Rocha // 03-11-2009 Página 2


precisam de orientação para seleccionar informação pertinente, conduzir
pesquisas simples, têm falta de capacidade crítica, não filtram a informação,
não questionam a veracidade do material na rede e tendem a plagiar. É
necessário que o professor bibliotecário invista em formação nesta área, de
forma a poder intervir na resolução de dilemas relacionados com a literacia
da informação.

 Gestão de Evidências / Avaliação: As estratégias que apresenta parecem-me


correctas, pois evidenciam uma grande vontade de “ verificar que o
investimento de recursos afecta positivamente os alunos”. Esta linha de
orientação está de acordo com uma avaliação baseada nas evidências,
fundamental à sobrevivência da BE, já que sem evidências a prática corre o
risco de ficar desactualizada e distrair-nos do essencial (a aprendizagem dos
alunos).

 Quadro síntese: Penso que, apesar dos obstáculos a vencer, que apresenta, a
sua BE se encontra no bom caminho, pois tem a noção de que o essencial é
contribuir para o sucesso educativo dos alunos e para o desenvolvimento da
literacia escolar e apresenta acções prioritárias que permitirão quebrar
barreiras, que até agora têm dificultado o papel da BE e do Professor
Bibliotecário.

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