Adubação Das Mudas No Plantio e Pós-Plantio para Espécies de Eucalyptus Urograndis e Paricá (Schizolobium Amazonicum Huber Ex Ducke) para o Estado Do Pará
Adubação Das Mudas No Plantio e Pós-plantio Para Espécies de Eucalyptus Urograndis e Paricá (Schizolobium Amazonicum Huber Ex Ducke) Para o Estado Do Pará
Adubação Das Mudas No Plantio e Pós-Plantio para Espécies de Eucalyptus Urograndis e Paricá (Schizolobium Amazonicum Huber Ex Ducke) para o Estado Do Pará
PARAUAPEBAS-PA, 2014 Adubao das mudas no plantio e ps-plantio para espcies de Eucalyptus urograndis A espcie Eucalyptus urograndis bastante utilizada para florestas industriais e em pequenos povoamentos em propriedades rurais, pois esta espcie possui boa adaptao a condies climticas e edficas existentes em diferentes regies e por tal fato to aplicado nas florestas de reflorestamento. E sua madeira possui variadas funes como a produo de madeira para a energia (lenha e carvo vegetal), postes e moures, para construo civil (pontaletes e madeiramento para telhados e pisos), para chapas de fibras, para celulose e papel e at mveis finos. Alm disso, como produto no madeireiro, possvel extrao de leo essenciais das folhas do Eucalipto, plantio para quebra-ventos, produo de mel, entre outras utilidades. Mas para que se tenha uma boa produo do eucalipto necessrio uma preocupao significativa com as mudas para que as mesmas sejam de boa qualidade e que possam trazer lucros satisfatrios necessrio realizar as adubaes e manutenes ideais para a sobrevivncia e continuao desta espcie. Entre os fatores que influenciam na qualidade das mudas destacam-se a composio do substrato, bem como a adubao aplicada. Segundo CARNEIRO (1995), o substrato o meio onde se desenvolve as razes, fornecem sustentao a parte area das mudas, quantidades necessrias de gua, oxignio e nutrientes. No entanto alm do substrato importante fazer relao deste com uma adubao correta e adequada para nutrir eventuais falhas que o solo possa vir a ter, afinal a combinao destes ir possibilitar uma evoluo adequada s mudas utilizadas. E esta adubao poder ser efetuada no prprio substrato (adubao de base) e complementarmente por meio de adubaes ao longo do processo de produo (adubaes de cobertura). O fertilizante a ser utilizado, assim como a frequncia das aplicaes tem sido cada vez mais estudados, mostrando que o uso de fertilizantes tem um dos principais papis no crescimento das mudas e na reduo dos gastos com a produo. Claro que estas adubaes e aplicao de substrato so realizadas aps a avaliao do solo, verificando quais nutrientes h no mesmo e quais so necessrios durante o processo de adubao, no estado do Par os solos mais abundantes so os Latossolos. E uma das caractersticas destes e outros solos onde so implantadas as mudas de Eucalyptus urograndis a deficincia de fsforo, portanto os nutrientes mais recomendados inclusive por alguns autores so: N, K e P ou um composto destes trs nutrientes, pois estes nutrientes podem complementar o substrato. Como j citado as tcnicas utilizadas para aplicao de substrato e adubao a feita por adubao de base e adubao de cobertura. A primeira feita antes ou aps o plantio, essa adubao poder ser feita na subsolagem, aplicando-se o fosfato natural ou reativo no fundo do sulco, a frmula mais utilizada em plantios de Eucaliptos o 06-30-06, com doses variando de 100 a 150 g/muda. Para os adubos formulados pode-se fazer aplicao mecanizada, em filete continuo ou manualmente em coveta lateral. Para um melhor entendimento a adubao realizada utilizando mais ou menos a seguinte dosagem 150 g de N, 700 g de P2O5, 100 g de K2O e 200 g de "fritas" (coquetel de micronutrientes na forma de xidos silicatados) por cada m3 de terra de subsolo. Com 1 m3 deste substrato possvel encher cerca de 4.800 saquinhos de 250 g de capacidade, os mais utilizados para produo de mudas de Eucaliptos. Isso para Latossolos ou demais solos utilizados na produo de mudas de Eucaliptos pelo pas. E para completar a necessidade de nutrientes recomendada a utilizao de 500 g de calcrio dolomtico por m' de terra de subsolo. Entretanto, oportuno ressaltar que o uso de calcrio no para neutralizar os excessos de A1 e Mn, to pouco para a correo da acidez do solo, uma vez que os Eucaliptos e os pinus toleram altos nveis de A1 e Mn, alm de serem pouco sensveis faixas de pH consideradas cidas (NOVAIS et alii, 1990). J o processo de adubao de cobertura efetuado entre 75 e 90 dias aps o plantio e a segunda entre seis e nove meses aps o plantio. Utilizando ento 100 g de N mais 100 g de K2O, parceladas em 3 ou 4 aplicaes, quando utilizado cerca de 4.800 saquinhos de 250 g de capacidade. Para a aplicao destes nutrientes, recomenda-se dissolver 1 kg de sulfato de amnio e/ou 300 g de cloreto de potssio em 100 L de gua. As aplicaes devero ser feitas no final da tarde, ou ao amanhecer, seguidas de leves irrigaes, apenas para diluir ou remover os resduos de adubo que ficam depositados sobre as folhas. Todos esses mecanismos so importantes para se ter xito na produo de mudas e assim tambm possuir lucros significativos durante este processo, afinal um bom planejamento e tratamento eficaz possibilitara inmeros ganhos para o produtor.
Adubao das mudas no plantio e ps-plantio para espcies de Paric (Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke) O paric (Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke) uma espcie da famlia Caesalpiniaceae de ocorrncia natural na regio Amaznica, com caractersticas similares ao guapuruvu (Schizolobium parahyba (Vell.) Blake), espcie do mesmo gnero que ocorre naturalmente na Mata Atlntica (ROSA, 2006). Tal semelhana tem feito com que alguns pesquisadores as considerem variedades de uma nica espcie, sugerindo ser o paric o Schizolobium parahyba var. amazonicum (Hubber ex Ducke) Barneby (BARNEBY, 1996; SOUZA et al., 2003; ROSA, 2006; OHASHI, et al., 2010). Entretanto, outros autores acreditam que as diferenas fenotpicas e morfolgicas entre elas so suficientes para serem consideradas espcies distintas (RIZZINI, 1971; CARVALHO, 2007). As principais caractersticas que diferenciam o paric do guapuruvu so que a primeira possui flores menores, ptalas mais oblongas, rgidas e glabras, frutos e sementes bem menores, pedicelos distintamente articulados e florescimento sem folhas (RIZZINI, 1971; SOUZA et al., 2003) . Por se tratar de uma espcie pioneira, capaz de se regenerar facilmente em reas abertas com alta intensidade de radiao solar, o que possibilita a esta espcie alta capacidade de regenerao em reas de clareiras na floresta. Tal caracterstica potencializa o uso do paric para recuperao de reas perturbadas ou degradadas na regio Amaznica (VENTURIERI, 1999). A espcie apresenta ainda capacidade de rebrota, embora essa caracterstica no venha sendo aproveitada nos plantios comerciais. Rosa (2006) verificou que com altura do corte de 20 a 30 cm a espcie produz de um a quatro rebrotros, o que permite que a espcie seja manejada com sucessivas rotaes, reduzindo os custos de implantao. A produo de mudas de paric pode ser feita de duas maneiras: colocando-se as sementes para germinar em canteiros (sementeiras) ou semeando-as diretamente na embalagem plstica (sacola). recomendada a adubao fosfatada e, se for o caso, com adio de micronutrientes, que deve ser feita por ocasio do preparo das covas, em mistura com a terra orgnica de enchimento. No Par, sua ocorrncia natural limita-se a determinadas regies de solos argilosos de fertilidade qumica alta e sujeitos a compactao (DUCKE, 1949 apud MELO, R.R. 2012 ). No entanto, so raras as informaes encontradas na literatura atual sobre a nutrio recomendvel para o crescimento de Schizolobium amazonicum. De forma geral, as diferentes espcies florestais nativas apresentam exigncias nutricionais distintas e, como inexiste uma recomendao especfica para cada espcie, a maioria das recomendaes baseada na do Eucalyptus com algumas adaptaes. Dentre os raros trabalhos de nutrio do Schizolobium amazonicum, Locatelli et al. (2007) e Marques et al. (2004a), avaliando a omisso de nutrientes em soluo nutritiva, verificaram que o nitrognio foi mais limitante ao crescimento do Schizolobium amazonicum, seguido do fsforo. Segundo os mesmos autores, o fsforo desempenhou funo importante nos plantios de paric, pois os maiores valores de altura e DAP ocorreram quando foi utilizado o nvel mais alto do nutriente (131,2 g P 2 O 5
/planta). Marques (1990) chegou a concluso semelhante, tendo obtido resultados satisfatrios com a aplicao de 50 g/planta de NPK na formulao de 15-25- 12 e de 130 g/planta da mesma formulao 60 dias aps o plantio .
REFERNCIA BIBLIOGRFICA
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