1) O documento discute as entrevistas semi-estruturadas na pesquisa qualitativa, notando que as perguntas não são formuladas a priori, mas sim desenvolvidas a partir do conhecimento prévio do pesquisador e das informações coletadas.
2) Recomenda-se gravar as entrevistas para análise posterior, mas é importante obter permissão do informante. O pesquisador deve estabelecer um clima de confiança para obter respostas profundas.
3) Há diferentes tipos de perguntas que podem ser usadas, como
1) O documento discute as entrevistas semi-estruturadas na pesquisa qualitativa, notando que as perguntas não são formuladas a priori, mas sim desenvolvidas a partir do conhecimento prévio do pesquisador e das informações coletadas.
2) Recomenda-se gravar as entrevistas para análise posterior, mas é importante obter permissão do informante. O pesquisador deve estabelecer um clima de confiança para obter respostas profundas.
3) Há diferentes tipos de perguntas que podem ser usadas, como
1) O documento discute as entrevistas semi-estruturadas na pesquisa qualitativa, notando que as perguntas não são formuladas a priori, mas sim desenvolvidas a partir do conhecimento prévio do pesquisador e das informações coletadas.
2) Recomenda-se gravar as entrevistas para análise posterior, mas é importante obter permissão do informante. O pesquisador deve estabelecer um clima de confiança para obter respostas profundas.
3) Há diferentes tipos de perguntas que podem ser usadas, como
Augusto N. S. Trivios So Paulo Editora AT!AS S.A. " #$%& p. 145 Podemos entender por entrevista semi-estruturada, em geral, aquela que parte de certos questionamentos bsicos, apoiados em teorias e hipteses, que interessam pesquisa, e que, em seguida, oferecem amplo campo de interrogativas, fruto de novas hipteses que vo surgindo medida que se recebem as respostas do informante. esta maneira, o informante, seguindo espontaneamente e de suas e!peri"ncias dentro do foco principal colocado pelo investigador, come#a a participar na elabora#o do conte$do da pesquisa. %&'P() *+,*-)./ p. 140 1 $til esclarecer, para evitar qualquer erro, que essas perguntas fundamentais que constituem, em parte, a entrevista semi2estruturada, no enfoque qualitativo, no nasceram a priori. +las so resultados no s da teoria que alimenta a a#o do investigador, mas tamb3m de toda a informa#o que ele 4 recolheu sobre o fen5meno social que interessa, no sendo menos importantes seus contatos, inclusive, reali6ados na escolha das pessoas que sero entrevistadas. Est diciendo que las preguntas no fueron formuladas sin una reflexin, sino a partir de un bagaje de conocimientos com el que se va a armando el pesquisador, priorizando algunos puntos, dejando de lado outros. Asi el pesquisador vai constituindo seu olhar sobre o que quer perguntar, sobre o que deseja conhecer, e aprofundar do assunto. +m geral, a dura#o da entrevista 3 fle!7vel e depende das circunst8ncias que rodeiam principalmente o informante e o teor do assunto em estudo. Por3m, nossa e!peri"ncia nos indica que uma entrevista que se prolongue muito al3m de trinta minutos se torna repetitiva e se empobrece consideravelmente. 9o devemos esquecer que, se a entrevista tiver sido gravada, deve ser imediatamente transcrita e analisada detidamente pelo pesquisador ou equipe de investigadores, antes de reali6ar outra entrevista com o mesmo su4eito ou outras pessoas. %*:(;(<'=, 1>?@, p. 14@/ ' informante tem uma id3ia geral do que est interessado o pesquisador. ) este lhe cabe ser e!pl7cito em torno de dois assuntos. +m primeiro lugar, em rela#o aos ob4etivos da entrevista, porque, naturalmente, o encontro se reali6a de forma amigvel e familiar, o entrevistado deve saber, em geral, o que 3 que se dese4a dele e qual pode ser sua contribui#o para o esclarecimento da situa#o que interesse. (sto significa que o investigador se4a o mais e!pl7cito poss7vel em rela#o id3ia do pro4eto que o anima e que, nesse momento, 4 circule como motivo geral de preocupa#o entre a vi6inhan#a, depois de se ter reunido e intercambiado id3ias sobre o tpico. %*:(;(<'=, 1>?@, p. 14?/ A' entrevistadorB pode decidir por gravar as entrevistas. 9este caso, elas devem ser em seguida transcritas e estudadas. Cualquer dos dois caminhos que tem o pesquisador deve ter a aprova#o do informante. 9s recomendamos a grava#o da entrevista, ainda que se4a cansativa sua transcri#o. =omos partidrios disto fundamentalmente por duas ra6Des surgidas de nossa prtica como investigadores. ) grava#o permite contar com todo o material fornecido pelo informante, o que no ocorre seguindo outro meio. Por outro lado, e isto tem dado para ns muitos bons resultados, o mesmo informante pode a4udar a completar, aperfei#oar e destacar etc. as id3ias por ele e!postas, caso o fi6ermos escutar suas prprias palavras gravadas. =uas observa#Des ao conte$do de sua entrevista e as 4 feitas pelo pesquisador podem constituir o material inicial para a segunda entrevista e assim sucessivamente. %*:(;(<'=, p. 14?/ 1 conveniente que o informante e o investigador estabele#am horrio e local poss7veis de entrevistas e fi!em, mais ou menos, a dura#o das mesmas. (sto no s permite ao investigador o plane4amento de seu tempo, mas tamb3m significa um respeito pelas atividades do informante e, nesta fase, um encaminhamento normal da pesquisa. )diantamo2nos a di6er que nenhum investigador cr" na rigide6 absoluta da e!atido da reali6a#o dos encontros. =e no estamos conscientes disto, sofreremos muitas frustra#Des. %*:(;(<'=, p. 14>/ )ntes de iniciar a entrevista mesma, o investigador deve estar plenamente convencido da necessidade de desenvolver, no desenrolar dela, todos os elementos humanos que permitam um clima de simpatia, de confian#a, de lealdade, de harmonia entre ele e o entrevistado. (sto 3 essencial para atingir a m!ima profundidade no esp7rito do informante sobre o fen5meno que se estuda. AEB so importantes as condi#Des de personalidade do informante e a disposi#o do cientista para trat2 lo como ser humano, como pessoa. ) mod3stia, e no a arrog8ncia, contribui de maneira singela para que se estabele#a o ambiente que permite a mais ampla e!presso de naturalidade, de espontaneidade. %*:(;(<'=, p. 14>/ ' come#o da entrevista estar marcado por incerte6as originadas tanto no esp7rito do informante como do pesquisador. +ste se perguntar se alcan#ar os propsitos levantados em seu estudo com as respostas do entrevistado. +ste no tem ainda clare6a sobre o tpico, nem confian#a sobre as inten#Des da pessoa com a qual conversa. %*:(;(<'=, 1>?@, p. 14>/ Pelo menos e!istem duas maneiras de o cientista proceder para permitir a abertura e a compreenso dese4adas. ) primeira consiste em confirmar, em apoiar as assevera#Des do entrevistado, em mostrar2se de acordo com seu modo de apreciar as cousas. + a segunda, mais t3cnica e precisa, reside em oferecer possibilidade ao informante de iniciar a entrevista, dando respostas a aspectos de sua vida que ele conhece de forma ampla e completa. Para isto, a descri#o das atividades profissionais, da ocupa#o que desenvolve no meio, pode ser um ve7culo apropriado para que ele se e!presse cada ve6 com mais propriedade. %*:(;(<'=, p. 15F/ ' entrevistador nunca deve permitir que o informante fique calado ou que a entrevista chegue a um ponto morto. Cuando se tem alcan#ado esse n7vel de simpatia rec7proca, de confian#a m$tua, entre informante e pesquisador, podemos di6er que os dados fornecidos pelo entrevistado so vitais para a pesquisa, porque o informante marca sua presen#a tamb3m com verdadeiro interesse, isto 3, est participando ativamente no desenrolar da investiga#o. %*:(;(<'=, p. 15F/ +!istem tamb3m perguntas categoriais que tentam classificar fen5menos sociais, id3ias, pessoas, coisas, etc. G=e voc" observa a resposta de seus vi6inhos frente a possibilidade de organi6a#o de uma cooperativa, em quantos grupos poderia classific2losHI )chamos que estes tipos de perguntas podem ser os mais importantes. Por3m, o valor de assinalar estar poss7veis classes de questDes no reside em sistemati6ar os questionamentos que se fa#am ao informante, mas em abrir perspectivas para a anlise e interpreta#o de suas id3ias. 9este sentido, estas categorias de perguntas so, sobretudo, elementos heur7sticos para o investigador e no amarras para entravar seu trabalho. %*:(;(<'=, p. 151/ Cueremos ressaltar, reiteradamente, que a entrevista semi2estruturada na pesquisa qualitativa re$ne condi#Des que a individuali6am em rela#o entrevista no2diretiva e entrevista padroni6ada ou estruturada. )inda podemos di6er que a entrevista no2diretiva pode ter escasso emprego no tipo de estudo qualitativo. &omo todos sabemos, a pesquisa no2diretiva, de origem rogeriana, 3 centrada no su4eito fundamentalmente para compreend"2lo atrav3s J de maneira especial J de um processo de empatia, isto 3, do esfor#o que reali6a o entrevistador para colocar2se na situa#o e!perimentada, vivida pelo su4eito. ) entrevista padroni6ada ou estruturada, que se fundamenta, em parte, no princ7pio da neutralidade da ci"ncia social %princ7pio que consideramos falso/ e que se levanta visando quantifica#o da informa#o, pode ter algum uso na pesquisa qualitativa. ' primeiro tipo de entrevista, a no2 diretiva, privilegia o su4eitoK por isso, talve6, seu "!ito no campo da PsicologiaK o segundo, o padroni6ado, e!alta o ob4eto, o que fa6 dele um dos instrumentos preferidos na coleta de dados do modelo positivista. Pensamos, entretanto, que a entrevista semi2estruturada mant3m a presen#a consciente e atuante do pesquisador e, ao mesmo tempo, permite a relev8ncia na situa#o do ator. +ste tra#o da entrevista semi2estruturada, segundo nosso modo de pensar, favorece no s a descri#o dos fen5menos sociais, mas tamb3m sua e!plica#o e a compreenso de sua totalidade, tanto dentro de sua situa#o espec7fica como de situa#Des de dimensDes maiores. e toda maneira, diante destas $ltimas situa#Des, 3 necessrio lembrar que os instrumentos de coleta de dados no so outra cousa que a Gteoria em a#oI, que apia a viso do pesquisador. %*:(;(<'=, p. 15L/