1) A música desempenha um papel essencial nos processos de configuração e consolidação da identidade.
2) Nos anos 90, vários teóricos exploraram a relação entre identidade e música através de três paradigmas: homologia estrutural, interpelação e narrativa.
3) Recentemente, outros teóricos propuseram uma sobreposição de significados, onde a música participa da percepção e construção da identidade enquanto canaliza nossas emoções.
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Anotações de Sara Revilla Gútiez - Música e Identidad. Adaptación de Un Modelo Teórico
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Anotações de Sara Revilla Gútiez - Música e Identidad. Adaptación de Un Modelo Teórico
1) A música desempenha um papel essencial nos processos de configuração e consolidação da identidade.
2) Nos anos 90, vários teóricos exploraram a relação entre identidade e música através de três paradigmas: homologia estrutural, interpelação e narrativa.
3) Recentemente, outros teóricos propuseram uma sobreposição de significados, onde a música participa da percepção e construção da identidade enquanto canaliza nossas emoções.
1) A música desempenha um papel essencial nos processos de configuração e consolidação da identidade.
2) Nos anos 90, vários teóricos exploraram a relação entre identidade e música através de três paradigmas: homologia estrutural, interpelação e narrativa.
3) Recentemente, outros teóricos propuseram uma sobreposição de significados, onde a música participa da percepção e construção da identidade enquanto canaliza nossas emoções.
Adaptacin de un modelo terico Sara Revilla Gtiez Cuadern
os de Etnomusicologa N1, 2011, 5-28 A msica desemnha um papel essencial nos processos de configurao e consolidao da identi dade. paradigmas de interpretao da relao mediante escuta e as prticas vinculadas ao f enmeno musical. Depois ajustar suas perspectivas e oferecer uma proposta adaptvel e aplicvel realidade que nos rodeia. Anos 90: Richard Middleton (1990), Simon Frith (1990), John Shepherd (1994), Martin Stokes (1994) o Pablo Vila (1996): relao entre identidade (conceito scio-antropolgico e fenmeno musical. "De que maneira intervm a msica em nossa vida co tidiana?", "Quando e como decidimos escutar msica", "Por que diferentes 'atores s ociais' se identificam com um certo tipo de msica e no com outros?" 3 Paradigmas da interpretao: a) Homologia estrutural: John Blacking (1973), Dick Hebdige (1979) y Richard Mid dleton (1990) - semelhana ou equivalncia entre estruturas sociais e estruturas mus icais. Pelinsky (2000, p. 164): "as infraestruturas sociais exerceram uma determi nao sobre as superestruturas artsticas", correspondncia anloga entre o material music al e a estrutura da sociedade que o produz, ou que oe elementos da estrutura mus ical so gerados como reflexo da distribuio dos estratos de normas sociais. Essa noa implicaria que cada classe ou grupo social deveria ver-se relacionado ou identificado com um estilo determinado de msica, que seria o reflexo desse grupo dentro da sociedade. (Cf. problema do objeto - sociedade ou grupo ou indivduo / p roblema do gnio na etnomusicologia). Cada grupo social ou subcultura teria sua prpria expresso musical. Reducionismo estruturalista e impossibilidade de explicar porque diversos atores sociais se identificam com certos tipos de msica e no com outros? "Daod que parti a de uma concepo relativamente autnoma e universal do significado da msica, junto a uma certa passividade do ouvinte ou consumidor ante a informao sonora percebida, a homologia estrutural se mostrou realmenge incapaz de propor uma explicao vivel ant e fenmenos como a variedade do gosto musical dentro de uma mesma comunidade music al ou inclusive o variado leque de perferncias que pode proferir um mesmo indivduo . Problema do Sentido da msica (ou significado?): permite articular msica, sujeito e sociedade? Cultura oferece os materiais musicais a serem dotados de sentido por cada um em sua experincia ou os significados j Vm postos (rotulados?)? Problema do significado em deslocado para a identidade. Seeger: musica agenciamento da identidade (pessoa) mas tambm das categorias da ex perincia, em um sentido kantiano, tempo e espao. (tambm constituintes da subjetivid ade. c) Narrativa Simon Frith (1990) y Pablo Vila (1996): desenvolvimento a partir da teoria interpelativa. Conceito apropriado da linguistica, depois das cincias cog nitivas. David Novitz: "variedade de discurso que seleciona o que se menciona e o que se exclui, eventos reais ou imaginrios (...) ordenados em uma sequencia lgic a" Ricoeur (1984): "possibilidade de compreender o mundo de tal maneira que as aes humanas adquiram sentido" Shepherd: no h negociao do sentido ou significado das prticas musicais por ser uma re lao esttica e essencialista entre msica e sociedade" (1994, p. 134) b) Interpelao: Alhusser (1984) "mecanismo imaginriode reconhecimento mtio em que a i deologia constitue aos indivduos em sujeitos humanos de experincia" Middleton (1989): "mecanismos que pe ao pblico de uma execuo musical na posio particul ar de destinatrio de uma mensagem, isso , de interpelado" Preocupao com a dinmica: interpelao como processo bidirecional no qual a musica e o o uvinte contribuam e reconduziam os universos de significao. Relao deixa de ser de hom ologia para ser de articulao ou interpelao, sugerindo autonomia das partes. Vnculo simbitico entre experincia musical e indivduo. "a msica pode posicionar, simbo lizar e oferecer a experincia imediata de identidade coletiva (Simon Frith) Pelinsky: interpelao depende de um primeiro estmulo que exerce sobre o indivduo: "oy e t" (2000, p. 166). A interpelao/articulao continua sem oferecer a possibilidade de negociao do significado: reconhece certa "capacidade de agncia" que permite a const ruo da identidade com base no estmulo sonoro mas coloca a idia de que a msica pode ev ocar um significado entendeido o decoificado da mesma maneira, no importa o conte xto ou o receptor. Papel da ideologia o de fixar e limitar as possibilidades de reconhecimento pelo sujeito, implicado em sua circularidade. c) Narrativa Simon Frith (1990) y Pablo Vila (1996): desenvolvimento a partir da teoria inter pelativa da msica, adoo do conceito da linguistica e das cincias cognitivas. Novitz (1989) "variedadade de discurso que seleciona o que se menciona ou o que se exclui; eventos reais ou imaginrios (...) ordenados em uma sequencia lgica" Ricoeur: possibilidade de compreender o mundo de tal maneira que as aes humanas ad quiram sentido" Modelo dinmico de construo identitria com o indivduo como ponto essencial (o que seri a o mesmo com a interao como ponto essencial?) (Interao como Identidade e Diferena relacionais) Narrativa como elemento da construo de si mesmo, gerando uma dimenso temporal de pa ssado, presente e futuro e dos processos de seletividade e sedimentao que conforma m a capacidade de agncia do indivduo Narrativa possibilita autonomia total do indivduo para designar e interpretar na msica o significado que se ajuste s suas necessidades. Shepherd y Wicke (1997): valores e significados da mjisca no esto intrnsecos ao som mas nos indivduols que os conferem (...) O som no origina, determina ou acarreta s ignificados por si mesmo; podemos dizer que ajuda a consolid-los. "a narratividade d a possibilidade de considerar a identidade de duas maneiras: c omo representao fantstica ou o que quisermos ser em vez do que somos e como sentime nto real, que se materializa corporalmente ao fazer msica e escut-la." Simon Frith (1996), Estudos da narrativa: David Hesmondhalgh (2002), Tia DeNora (2000), Daniel Hargr eaves (2002), Francisco Cruces (2004) o Sheila Whiteley (2004) Problemas da narrativa: la temporalidad, las teoras de la diferencia, la deslocal izacinpropia de un mundo globalizado y el papel de la msica en la cultura de masas . Gtiez: superposio de significados: maneiras de construir a identidade (como a msica participa da percepa e construo do real, enquanto canaliza nossas emoes) Ray Crozier (1998): as identidades podem ser consideradas uma rede de associaes vi nculadas entre si mediante emoes relacionadas, ativadas pela msica Este artculo pretende establecer un primer vnculo terico entre las diversas corrientes y propuestas emitidas en los ltimos aos en torno a la relacin entre la identidad y la msica. Pretende ser, tambin, un marco de referencia terica con fines tanto epistemolgicos como empricos, es decir, cuyas propuestas y modelos presentados puedan ser fcilmente aplicables y contrastables sobre el terreno del trabajo etnogrfico y que nicamente la realizacin de ste sirva para corroborar o refutar las mencionadas tesis tericas.