Este documento discute a aplicação da astreinte (multa diária) como mecanismo de coerção para garantir o cumprimento das cláusulas de regulamentação de visitas estabelecidas judicialmente. Realizou uma pesquisa de decisões judiciais, legislação e literatura sobre direito de família e processual civil. Conclui que a astreinte é pertinente para garantir os direitos da criança e a efetividade do processo, assegurando a convivência familiar e impedindo o abuso de direito por um dos genitores.
Este documento discute a aplicação da astreinte (multa diária) como mecanismo de coerção para garantir o cumprimento das cláusulas de regulamentação de visitas estabelecidas judicialmente. Realizou uma pesquisa de decisões judiciais, legislação e literatura sobre direito de família e processual civil. Conclui que a astreinte é pertinente para garantir os direitos da criança e a efetividade do processo, assegurando a convivência familiar e impedindo o abuso de direito por um dos genitores.
Este documento discute a aplicação da astreinte (multa diária) como mecanismo de coerção para garantir o cumprimento das cláusulas de regulamentação de visitas estabelecidas judicialmente. Realizou uma pesquisa de decisões judiciais, legislação e literatura sobre direito de família e processual civil. Conclui que a astreinte é pertinente para garantir os direitos da criança e a efetividade do processo, assegurando a convivência familiar e impedindo o abuso de direito por um dos genitores.
Iglesias Fernanda de Ae!ed" Ra#el" $ G%il&er'e Na(i) de Faria $ *$+ De,ar-a'en-" de Direi-". Uni!ersidade Federal de Vi/"sa0UFV1 INTRODUO: Com o fim da sociedade conjugal determinada em deciso judicial, havendo filhos menores, o instituto da guarda ser regulamentado. O CC/02 dispe que oservar!se! o que os c"njuges acordarem sore a guarda dos filhos ou, no havendo acordo, o jui# decidir a quem deve ser atriu$da a referida guarda. %ma ve# institu$da a guarda em favor de um dos genitores, surge o direito do detentor da guarda mediata de visitar os filhos e t&!los em sua companhia. ' Constitui(o da )ep*lica assegura a unidade do agrupamento familiar, mas a legisla(o pertinente + prote(o da pessoa dos filhos no que se refere + disciplina do direito de visitas decorrente da guarda mediata apresenta!se de forma gen,rica disposta no artigo -./0 do CC/02. 1uando no se disciplina as clusulas de visita, os prolemas surgem de forma avassaladora, posto que, em regra, os pais no conseguem lidar com o fim da rela(o. 2or outro lado, se disciplinadas, descama!se para o descumprimento do estipulado. 3esta *ltima situa(o, ferem!se os direitos do menor e os direitos do genitor, al,m do que frustra!se a efetividade processual. 'ssociado + tutela de princ$pios e direitos constitucionais aplicados + crian(a e ao adolescente, pretende!se aordar a id,ia do processo como instrumento de efetividade. 2ara tanto, uscar!se! demonstrar a possiilidade da fi4a(o de astreinte 5multa diria6 como mecanismo de coer(o para o caso de descumprimento das clusulas de regulamenta(o de visita, estaelecidas na deciso judicial. METODOLOGIA: 2rimeiramente, coletaram!se decises judiciais que permitiram a visuali#a(o da realidade vivenciada no 7udicirio, identificando, assim, o prolema relativo ao descumprimento da regulamenta(o do direito de visitas estipulada em processos judiciais, seja pelo guardio ou pelo visitante. 'ssim, para a consecu(o de uma ase de estudos s8lida e apta a fundamentar toda a argumenta(o necessria para demonstrar a possiilidade da aplica(o da tutela iniit8ria na regulamenta(o do direito de visitas, como forma de enfrentar o prolema identificado, reali#ou!se uma e4tensa pesquisa iliogrfica em oras sore o direito de fam$lia, em como oras sore direito processual civil, especificamente sore tutela iniit8ria. Concomitantemente, reali#ou!se uma pesquisa legislativa, onde adquiriu!se conhecimento das leis aplicveis ao tema, especialmente dos dispositivos constitucionais que disciplinam a prote(o da fam$lia, da crian(a e do adolescente. 2or fim, pesquisou!se revemente o assunto no 9ireito Comparado, analisando a astreinte nos 9ireitos 'mericano, 'rgentino e :ranc&s. %ma ve# otidas as informa(es necessrias e reali#ado o processo intelectivo de depura(o, passou!se ao traalho de demonstra(o da relev;ncia do prolema e a pertin&ncia, ou no, da hip8tese, cuja concluso se materiali#ou numa disserta(o.
RESULTADOS: 3a sociedade contempor;nea tem sido constante a dissolu(o das sociedades afetivas. Com isso, ocorre a regulamenta(o da guarda dos filhos menores, estaelecendo regras para o e4erc$cio das visitas pelo detentor da guarda mediata. 9iante da anlise dos direitos no tocante +s visitas, concluiu!se que o direito por parte daquele que visita , indiscut$vel. 3o entanto, h tam,m um direito por parte daquele que , visitado, levando em considera(o a condi(o de ser pessoa em desenvolvimento e merecer tutela especial. 9iante da e4ist&ncia de dois direitos, constatou!se que, por ser a crian(a pessoa em forma(o e, principalmente, por ser responsailidade dos pais cuidar da mesma e promover sua educa(o, surge para estes *ltimos o dever de visitar seus filhos menores. <, em s$ntese, uma preponder;ncia de um direito sore o outro. ' rela(o que se instaura ap8s a ruptura conjugal, em regra, apresenta!se tumultuada, com os e4!c"njuges utili#ando os filhos para atingir um ao outro. O descumprimento do pactuado para as visitas , uma das formas de vingan(a. Com isso, d!se a viola(o de todo o comp&ndio de princ$pios e normas de prote(o + crian(a e ao adolescente, afetando o desenvolvimento psicol8gico dos menores. 3esse diapaso, cae ao =stado a garantia de manuten(o da co! parentalidade, concluindo!se pela possiilidade de se aplicar tutela iniit8ria, com a utili#a(o de multa diria 5astreinte6, para for(ar o genitor a cumprir o estipulado para as visitas. CONCLUS2ES: 3o manuseio da ci&ncia jur$dica familiar, , necessrio ampliar a margem e e4pectativa de durailidade das senten(as e dos acordos que firmam e regulamentam a disposi(o acerca da visita aos filhos, dando prec$pua aten(o + conviv&ncia pac$fica entre os memros do n*cleo de afetividade. 3o sero todas as decises que regulamentam as visitas que necessitaro da fi4a(o de astreinte. O instituto no serve + anali#a(o e + usca de patrim"nio. 2or,m, no h 8ices jur$dicos para a sua aplica(o. 9e fato, haver casos em que a aplica(o da astreinte no surtir efeitos. =sses casos, por,m, configuram e4ce(es. 9iante disto, conclui!se que a astreinte , pertinente e adequada para garantir que o menor prevale(a como centro do direito de fam$lia, assegurando!lhe a efetiva(o do 2rinc$pio do >elhor ?nteresse da Crian(a, da 2rote(o ?ntegral e da Conviv&ncia :amiliar e Comunitria e tam,m para garantir que no ocorra o auso de direito por parte de um genitor em rela(o ao outro, o que levaria + viola(o dos direitos da personalidade, como o direito + privacidade e + intimidade. 'l,m disso, no se pode esquecer a vertente do processo, que seria a garantia da efetividade processual. 2or fim, deve!se ressaltar a atua(o daqueles que lidam com a fascinante seara familiar, onde sentimentos distintos podem coe4istir de forma muito intensa, determinando caminhos, hist8rias e vidas, para que atuem com sensiilidade e sensate# ao manejar esse instituto jur$dico.
2alavras!chave@ :am$liaA BisitaA 'streinte. 'nais da ./C )eunio 'nual da DE2C ! :lorian8polis, DC ! 7ulho/200F