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FAZENDO

NOSSO POVO MAIS FEUZ
Secretaria de Agricultura, Abastecimento,
li
EMATER-RIO
Empresa de Assistência Técnica e Extensão
Pesca e Desenvolvimento do Interior Rural do Estado do Rio de Janeiro

Diretrizes da EMATER-RIO
para a Agricultura
Familiar Fluminense
-
EMATER-RIO
Empresa de Assistência Técnica e Extensão
Rural do Estado do Rio de Janeiro

Diretrizes tia EMATER-RIO


para a Agrlculfura
Familiar Fluminen$e

Benito Igreja Júnior


Diretor Técnico

Março - 2002
5

FAZENDO NOSSO POVO MAIS FELIZ

Anthony Garotinho
Governador

Christino Áureo da Silva


Secretário de Estado de Agricultura,
Abastecimento, Pesca e Desenvolvimento do Interior

Irval Leonel Veiga


Diretor-Presidente

Benito Igreja Júnior


Diretor Técnico

Edson Vaz Borges


Diretor de Administração e Finanças
I- Introdução'
o Brasil é um País de dimensões continentais, ocupando uma
superfície de 8.547.403,5 krn', onde abriga uma população de
169.799.170 habitantes, de acordo com o Censo Demográfico de 2000
do IBGE. Sua densidade populacional atinge 18,4 habitantes/km", com
renda média familiar"percapita" de 1,6 salário mínimo/mês.
Combinando-se as realidades de contingente populacional e
renda média familiar "per capita", constata-se que o Estado do Rio de
Janeiro apresenta índices favoráveis, os quais o conduzem á uma
realidade de segundo maior mercado consumidor do País, atrás
apenas do Estado d.eSão Paulo.
Tal fato, combinado à pequena extensão territorial, cria um
imenso desafio para os agricultores fluminenses: produzir alimentos
em volume e qualidade suficientes para atender a terceira maior
população do País em um Estado onde a superfície representa apenas
0,5% detodo território nacional.
Se, por um lado, as possibilidades parecem ilimitadas, por
outro, o interesse e a influência por parte de outros Estados em disputar
esse espaço também são grandes, tornando o mercado agrícola do
Estado do Rio de Janeiro altamente concorrido, exigindo grande dose
de eficiência e competitividade dos agricultores.
Concorrer no mercado agrícola, sobreviver e ser bem sucedido
é o grande desafio da agricultura familiar fluminense. Atividades que
combinem rentabilidade em pequenas superfícies territoriais
representam aquelas mais apropriadas à agricultura do Estado. De
fato, esta situação vem ocorrendo e a ascensão da olericultura e
fruticultura, devido à decadência das culturas de grãos e de cana-de-
açúcar, foi comprovada nos últimos 15 anos, segundo o Censo
Agropecuário de 1995. .
A situação fundiária do Estado do Rio de Janeiro é baseada em
um significativo número de propriedades com área inferior a 100ha,
como se pode constatar no Quadro 1 e ilustrado no Gráfico 1. Observa-
se que 90% das propriedades rurais possuem áreas inferiores a 100ha
e, aproximadamente, 53% têm área menor que 10ha.
8

Deduz-se, assim, que a agricultura fluminense baseia-se nas


pequenas e médias propriedades agrícolas, tendo a força de trabalho
familiar extrema relevância neste contexto.
Historicamente, as políticas públicas no Estado do Rio de
Janeiro foram direcionadas a priorizar as monoculturas, beneficiando e
consolidando a manutenção do poder das oligarquias rurais e excluindo
os agricultores familiares, provenientes das áreas de reforma agrária
ou não, do processo de desenvolvimento sócio-econômico. Com a
decadência e a insustentabilidade dos sistemas de monocultivos,
ficaram expostas para a sociedade as conseq ências desse
insustentável modelo de desenvolvimento, que resultou em
degradação ambiental e flagelo social, especialmen e nas Regiões
Norte e Noroeste Fluminense, que refletem hoje indicadores sociais,
econômicos e ambientais alarmantes.
Vítimas do uso predatório dos recursos na urais renováveis,
expressivas áreas foram abandonadas. e rnarqi alizadas pela
monocultura. Iniciaram-se, então, processos de i ersificação da
produção. Atualmente, apresentam fortes tendências de crescimento e
expansão, como é o caso da olericultura, fruticult ra. aqüicultura,
floricultura e aqroindústrias familiares, estimulados pelos pequenos e
médios agricultores, que, apesar das dificuldades. vêm demonstrando
capacidade e dinamismo em desenvolver as vocações agrícolas
regionais, redescobrindo os autênticos potenciais da agropecuária
fluminense.
Diante de tal situação, o atual Governo do Estado entende que a
interiorização do desenvolvimento econômico é fundamental para o
máximo aproveitamento das potencialidades do mercado fluminense,
viabilizando o espaço rural, através do alargamento das possibilidades
e da primazia do agronegócio, de modo claro a priorizar e liberar o
potencial da agricultura familiar, alavancando os processos de redução
das desigualdades regionais e resgate da cidadania rural no Estado do
Rio de Janeiro.
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vTer como unidade básica de planejamento sustentável e ação as


comunidades rurais, segundo a organização espacial em Microbacias
Hidrográficas;

vTrabalhar em parceria com as instituições públicas locais e organiza-


ções não governamentais com notável interesse no desenvolvimento da
agricultura familiar;

vDesenvolver todo processo de planejamento, execução e acompa-


nhamento com a constante e efetiva participação dos membros e
organizações da comunidade atendida;

vlnvestir cada vez mais no aperfeiçoamento profissional dos


Extensionistas, com o firme propósito de mantê-tos constantemente
capacitados a transmitir modernas tecnologias apropriadas aos agricul-
tores familiares; \

V Criar premiações para Equipes de Extensionis as para projetos


efetivamente executados com a agricultura familiar f1uminense. O
julgamento dos trabalhos será realizado por comissão julgadora, com-
posta por membros da Câmara Setorial de Agricultura Familiar do
CEDRUS - Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável;

v Ampliar a linha de publicações voltada à agricultura familiar;

vPublicar estudos de casos, onde o trabalho da Extensão Rural


contribuiu para o sucesso de agricultores familiares:

vPromover visitas de intercâmbio de Extensionistas e produtores rurais


para conhecerem experiências bem sucedidas com comunidades de
agricultores familiares;

vRealizar anualmente seminários regionais/estadual de avaliação de


resultados da Extensão Rural no desenvolvimento da agricultura familiar
fluminense, com a participação de suas diferentes entidades
representativas;
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vProporcionar O acesso dos agricultores familiares aos programas


governamentais, nos diferentes níveis de governo;

v Ampliar os resultados de crédito rural de agricultores familiares,


direcionados à alavancagem do desenvolvimento sustentàvel de suas
comunidades;

vEstimular a diversificação de atividades, de maior rentabilidade,


vocacionadas para os mercados local e regional;

vOar continuidade ao Programa de Capacitação de Produtores Rurais


Familiares, objetivando o aumento da produção, produtividade e
qualidade em atividades vocacionais já exploradas, bem como para as
novas, buscando a diversificação e a ampliação de fontes de renda;

< lnvestir na profissionalização dos agricultores familiares, no que


tange à administração rural para aprimorar o nível de gestão das
pequenas propriedades;

v Criar e implantar um sistema dinâmico de cadastro eletrônico de


produtores rurais, que permita avaliar os resultados alcançados e o
impacto dos projetos desenvolvidos com os beneficiários. Isto será a
base para a elaboração de estudos de caracterização da agricultura
familiarfluminense.
12


II - Considera~õesFin 5
./ Compete não só à EMATER-RIO, à SEAAPI e demais empresas
vinculadas, mas também a todas as I sti ições e Entidades
representativas afins, garantir a sustentabilidade política e
econômica para o desenvolvimento efetivo da agricultura familiar
fluminense .

./ Atualmente, para alcançar maior un .e e agricultores familiares


beneficiados e atendê-Ios no nível e a' ade desejado, dois
aspectos são de fundamental importância:

Imediata realização de concurso objetivando a


reconstituição quantitativa dos q a • bem como a
renovação de sua cultura organizaciona .
Manutenção da capacidade operacio da Empresa, através
de orçamento compatível e in nte o xo de recursos
financeiros .

./Pelas características singulares do Esta o Rio de Janeiro, é


de fundamental importância que o conceito de . ultor familiar seja
rediscutido, reavaílado e readequado s di rentes segmentos
integrantes do setor, evitando-se os prez s ca
genéricos modelos de tipificação desse púb .

./ A EMATER-RIO está consciente de que es e mento não esgota o


assunto em questão. Tem como proposi o f"'n,.,trih, ir e servir de base
referencial de discussão com Instituições e E ades representativas,
cUJOinteresse é o desenvolvimento e a co s i ação da agricultura
familiar no universo da agropecuária flun unense.
13

Distribui~ãoFundiária do RJ .

Distribuição Fundiária do RJ
--------_. - -- ---- ._- .. -
EST ABELECIMENTOS NÚMERO DE REPRESENT AÇÃO
- ---_.__ ._- ~ --- ---- . - -

POR GRUPOS DE ÁREA TOTAL - ha PROPRIEDADES %


••••••• , •• '· •••• M •••••• ·_.

Menos de 10 28.439 53,0


- ------ --- --- --
De 10 a menos de 100 i 20.005 37,3
De 100 a menos de 200 2.738 5,1
___ 0. ._-- • ._. • _

.De 200 a menos de 500 1.802 3,4


------ -- -----
De 500 a menos de 2.000 623 1,2
"-- -----~._-------- - ---
De 2.000 em diante 48 0,1
._-_ ..__ ."_ .. ' -_._---_.-
Sem Declaração 25 0,0
TOTAL 53.680 100,0
I. Fonte: IBGE - Censo Aqropecuárío 1995-1996.
14

Distribui~ãoFundiária do RJ

Distribuição Fundiária do RJ - em n? de ha
Elaboração: EMATER-RIO Diretoria Técnica 2001 ~one:IBGE-Censo
Agro pecuário 9:'-96

o Menos de 10

60,0 53,0
P ...-==' De 10 a menos de 100
50,0 I-- r

t 40 O -----:- De 100 a menos de 200


c

i
p
30,0-~ :J De 200 a menos de 500

ç 20,0 -- ,
o De 500 a menos de 2.000

o 10,0--+-
% DE 2.000 em diante

REPRESENTAÇÃO
Sem Declaração
Estratos
Apoio

~{
PRIltAF
Programa Nacional de
li. MOI!DA DO PIlODUTOIII t o IIW NODUTO
Fortalecimento da
Agricultura Familiar

Sociedade Brasileira
de Fruticultura

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