O documento descreve os métodos científicos indutivo e hipotético-dedutivo, e apresenta Francis Bacon e Galileu como pioneiros destes métodos. O método indutivo parte da observação para formular hipóteses e generalizações, enquanto o método hipotético-dedutivo começa com uma hipótese e testa suas previsões. Bacon promoveu a observação empírica e Galileu testou hipóteses através de experimentos.
O documento descreve os métodos científicos indutivo e hipotético-dedutivo, e apresenta Francis Bacon e Galileu como pioneiros destes métodos. O método indutivo parte da observação para formular hipóteses e generalizações, enquanto o método hipotético-dedutivo começa com uma hipótese e testa suas previsões. Bacon promoveu a observação empírica e Galileu testou hipóteses através de experimentos.
O documento descreve os métodos científicos indutivo e hipotético-dedutivo, e apresenta Francis Bacon e Galileu como pioneiros destes métodos. O método indutivo parte da observação para formular hipóteses e generalizações, enquanto o método hipotético-dedutivo começa com uma hipótese e testa suas previsões. Bacon promoveu a observação empírica e Galileu testou hipóteses através de experimentos.
1.Introduo: a importncia do mtodo na investigao cientfica
O mtodo cientfico: D credibilidade aos resultados da investigao. o critrio que permite distinguir os conhecimentos verdadeiramente cientficos dos que o no so. responsvel pela eficcia da investigao. Mtodo cientfico conjunto de procedimentos e tcnicas que se utilizam nas diversas cincias para investigar, descobrir e alcanar os seus objetivos. Nas cincias formais, o mtodo consiste no relacionamento e demonstrao de enunciados tericos. Nas cincias da Natureza, os enunciados tm de submeter-se a um confronto com os factos. O mtodo inclui sempre procedimentos para a validao das hipteses formuladas, em funo dos objetivos que estabelece. Como o grande objetivo do conhecimento cientfico resolver problemas, o essencial num mtodo cientfico : a inveno de hipteses explicativas a comprovao da sua validade, utilizando os recursos tericos e empricos disponveis H dois grandes modelos metodolgicos: o indutivo e o hipottico-dedutivo. 2.Os construtores do mtodo: Bacon e Galileu breve apresentao da vida e da obra destes sbios Francis Bacon Francis Bacon (1561-1626) foi um filsofo, poltico e ensasta ingls. Bacon foi importante na formulao de teorias que fundamentaram a cincia moderna e considerado o pai do mtodo experimental. Francis Bacon nasceu em Londres, Inglaterra, no dia 22 de janeiro de 1561. Filho de Sir Nicholas Bacon, Guardio do Selo Real, e de sua segunda esposa Ann. Em 1576 formou-se em Direito, pela Universidade de Cambridge. Como diplomata, esteve na Frana como acompanhante do embaixador ingls, e s em 1579, com o falecimento do pai, regressou para Londres a fim de retomar a carreira jurdica e poltica. Em 1584, Bacon toma assento na Cmara dos Comuns, como representante de um pequeno distrito. Nessa poca escreve a "Carta de Conselhos" rainha Elizabeth, que advoga vrias medidas de tolerncia religiosa e de supremacia estatal em relao Igreja. Usou a influncia do tesoureiro real, seu tio materno, at tornar-se seu conselheiro particular. Mas no conseguiu, sob seu reinado, ser nomeado Procurador- Geral, como ambicionava. Sob o reinado de Jaime I, foi nomeado cavalheiro, nomeado no posto de conselheiro, destacado como representante real dos debates parlamentares e agraciado, em 1607, com o cargo de solicitador real. Nesse perodo casou-se com Alice Barnham, filha de um conselheiro municipal londrino. Em 1605, dedicou ao rei, seu trabalho "O Avano do Conhecimento". Escreveu sobre questes do estado e de relaes entre a coroa e o parlamento. Foi nomeado Procurador-Geral. Francis Bacon escreveu tratados filosficos, obras literrias e jurdicas. Em 1620 publicou "Novum Organum", em que expe sua filosofia da cincia, onde salienta a primazia dos fatos em relao teorizao e rejeita a especulao filosfica como cientificamente vlida. Em 1624 publica "Nova Atlntida", onde descreve uma utopia, onde as possibilidades de experimentao cientfica seriam ilimitadas. Em 1622 publicou "Histria de Henrique VII" e em 1625, a terceira edio de seus "Ensaios", aumentados para 58, onde revela um pensamento elevado e um estilo to rico que foi citado ao lado de William Shakespeare como o consolidador da lngua inglesa. Bacon influenciou a psicologia ao argumentar que todas as ideias so o produto da sensao e da reflexo. Contestou a afirmao medieval de que a verdade poderia ser elucidada atravs de pouca observao e muito raciocnio. Seu mtodo era a observao dos fatos atravs do raciocnio indutivo. A obra de Bacon influiu tambm na fundao, 1622, de uma "sociedade secreta" que se reunia para a experimentao cientfica. Francis Bacon morreu de complicaes respiratrias, em Londres, Inglaterra, no dia 9 de abril de 1626. Galileu Galileu Galilei (1564-1642) matemtico, fsico, astrnomo e filsofo italiano. Fundamentou cientificamente a Teoria Heliocntrica de Coprnico. Inventou a luneta telescpica, idealizou o primeiro relgio e enunciou as leis que regem o movimento pendular. Desmitificou lendas, estabeleceu princpios e causou uma renovao na histria da Cincia. Galileu Galilei nasceu em Pisa, Itlia, no dia 15 de fevereiro. Era filho de Vicenzo Galilei e de Giulia Amnannati. Em 1574 a famlia vai morar em Florena, e Galileu ingressa no Mosteiro de Camaldolese. Iniciou o curso de Medicina na Universidade de Pisa, mas depois de quatro anos abandonou a medicina pela matemtica e valeu-se dela para entrar no mundo da fsica e da astronomia. Em 1585, vai a Florena dar aulas de Matemtica. Em 1589, torna-se professor de Matemtica na Universidade de Pisa. Trs anos depois, assume a ctedra na Universidade de Pdua, onde fica at 1609. o primeiro astrnomo a construir uma luneta para observar os corpos celestes. Volta Universidade de Pisa em 1610. Depois de vrios estudos demonstra publicamente que "dois corpos de pesos diferentes, caindo a um s tempo de alturas iguais, tocaro o solo no mesmo instante". Galileu Galilei registra a presena de mares, crateras e montanhas na Lua. Publica "Histria das Manchas e Acidentes do Sol" em 1613. Descobre os quatro satlites de Jpiter prova de que alguns astros so capazes de orbitar em torno de outros. Observa que Vnus tem as mesmas fases da Lua e conclui que o planeta, como a Terra, tambm orbita ao redor do Sol. Em 1614 foi acusado de heresia e em 1616 foi proibido de ensinar e defender sua teoria. Quando Galileu resolvia estudar um assunto, queria verdades completas e vivia em conflito com o poder religioso, que controlava a cincia da poca. A igreja julgava e condenava como heresia qualquer ideia contraria ao que ela afirmava. Em 1632, defendeu o sistema heliocntrico na obra "Dilogo" sobre os Dois Mximos Sistemas do Mundo: o Ptolemaico e o Coprnico. Em 1633, foi condenado, pela inquisio, a priso domiciliar permanente em sua casa de campo em Arcetri, no sul de Florena, Itlia. Foi obrigado a renegar suas descobertas. Morreu cego em sua casa em Arcetri, no dia 8 de janeiro de 1642. Em 1922 a igreja reconheceu o erro cometido. 2.1. Bacon e a metodologia indutivista na investigao cientfica: descrio das fases do mtodo cientfico, segundo esta perspetiva. O mtodo indutivo comeou a ser usado por Francis Bacon (sculo XVII), foi defendido por Stuart Mill (sculo XIX) e pelos filsofos do Crculo de Viena (sculo XX) e tem grande aplicao nas cincias experimentais. A induo infere do particular para o geral (generalizao) ou do particular para o particular (previso). O mtodo indutivo parte de dados de observao, analisa-os para estabelecer relaes entre eles e submete as hipteses a verificao experimental; se confirmadas, transformam-se em leis aplicveis a todos os fenmenos do mesmo tipo. O mtodo indutivo, tambm chamado mtodo experimental, est associado s cincias naturais (cincias exatas, ou experimentais) que, durante o sculo XIX e o princpio do sculo XX, eram consideradas o padro de cientificidade e modelos para todas as cincias. Etapas de investigao: Observao - deve ser: imparcial e neutra, metdica e sistematicamente preparada, utilizar instrumentos para dar mais preciso aos sentidos e medir e quantificar os dados observados;
Formulao de uma hiptese - Uma explicao / soluo provisria para o problema;
Experimentao - Verifica se a hiptese ou no confirmada pelos factos, recorrendo utilizao de instrumentos;
Generalizao - Valida, para todos os casos, a lei encontrada nos dados observados (validade universal).
2.2. Galileu e a metodologia hipottico-dedutiva: descrio das fases do mtodo cientfico, segundo esta perspetiva. Foi defendido por Galileu, Descartes, Claude Bernard e outros criadores da cincia moderna. Sustenta que a investigao parte de um facto-problema e que as hipteses no so sugeridas pelos dados da observao, mas so, sim, criaes do esprito humano.
Formulao de uma hiptese A hiptese deve: ser compatvel com os dados que se querem explicar ser coerente com outras hipteses anteriormente admitidas ser suscetvel de verificao servir para prever e explicar os acontecimentos com ela relacionados Deduo de consequncias preditivas da hiptese - Deduzir da explicao proposta, que geral, consequncias menos gerais. Exemplo Hiptese: dois corpos com massas diferentes lanados da mesma altura chegam ao solo ao mesmo tempo. Deduo de consequncias: uma bola de chumbo e uma folha de papel lanadas em simultneo de uma janela tero de chegar ao solo ao mesmo tempo. Submisso das consequncias da hiptese a provas experimentais Confronto das consequncias preditivas com a experimentao para confirmar ou refutar a hiptese. Exemplo Consequncia derivada da hiptese a demonstrar: uma bola de chumbo e uma folha de papel lanadas em simultneo de uma janela tero de chegar ao solo ao mesmo tempo. A observao nega a consequncia. Formulao de uma nova hiptese: o ar oferece maior resistncia folha de papel do que bola de chumbo; no vcuo, a bola de chumbo e a folha de papel chegam ao solo ao mesmo tempo. Experimentao: fazer cair estes objetos no vcuo e registar os resultados.
Concluso: Se a experimentao confirma a hiptese, esta passa a lei explicativa dos fenmenos. Se a experimentao refuta a hiptese, segue-se a formulao de uma nova hiptese. Atravs de procedimentos metodolgicos, enunciam-se as leis e as teorias cientficas. Uma lei cientfica um enunciado universal, postulado a partir do processo de experimentao, que sintetiza numa frmula um padro constante de funcionamento da Natureza. As teorias cientficas so modelos tericos descritivos e interpretativos que combinam e interligam conjuntos de leis e hipteses explicativas coerentes, permitindo deduzir novas leis ou formular hipteses com vista explicao de novos factos. 3.Concluso: comparao e distino em termos gerais, destas duas formas de investigao. O mtodo cientfico pode ser definido como a maneira ou o conjunto de regras bsicas empregadas em uma investigao cientfica com o intuito de obter resultados o mais confiveis quanto for possvel. O mtodo indutivo no chega a teorias universais seguras pois parte do particular para o universal, no entanto poupa tempo e funcional. Este mtodo depende muito da observao e precisamente a que comea, devendo ser imparcial, rigorosa e neutra. Na realidade, a observao nunca imparcial, pois o cientista tem que saber o que quer ver / observar, sendo portanto, seletiva. Seguidamente dever-se- formular hipteses, que sero verificadas ou refutadas aps a experimentao (por se basear na experimentao este mtodo sempre uma generalizao). Superada esta, a hiptese poder ser considerada uma lei, podendo se a partir dela chegar a novas concluses. Poder prever-se o futuro e se os dados futuros no concordarem com as previses, a lei ter de ser alterada. A grande desvantagem do mtodo indutivo que nem sempre se chega a premissas verdadeiras gerais partindo de premissas particulares, o que faz com que este mtodo cientfico seja algo dbio. Por dar muita importncia observao torna-se emprico, entrando assim num crculo vicioso (falta-lhe um princpio). O mtodo hipottico-dedutivo o mtodo mais utilizado em pesquisas laboratoriais e tem por base a formulao de uma hiptese que dever ser experimentada e comprovada. Este mtodo comea por formular um facto- problema, uma hiptese e investiga essa hiptese tentando-a falsificar ou comprovar, inferindo da mesma consequncia preditiva. Posteriormente, dever-se- realizar a experimentao e posterior confirmao ou refutao da consequncia preditiva. Se a experimentao confirmar consequncia preditiva, a hiptese apoiada ou corroborada, formulando-se uma lei. Se a experimentao refutar a consequncia preditiva, a hiptese rejeitada e formulada outra hiptese. As leis so interligadas umas com as outras, chegando-se a teorias cientficas que explicam um todo, ao contrrio das leis que so mais pequenas e menos gerais, explicando os aspetos para chegar a um todo.