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Comentário à tabela do colega Pedro Moura

Segunda e terça foram dias dedicados à leitura das tabelas dos colegas, para aferir sobre qual delas
recairia a minha escolha. Quando li o trabalho do Pedro Moura considerei-o, tal como ele (por
coincidência) muito parecido com o trabalho que eu desenvolvo nas Bes do 1º Ciclo e Pré-escolar,
pois trata-se de um Agrupamento horizontal.

Concordo plenamente com ele quando refere que o professor bibliotecário deve ser prospectivo e ter
uma postura de investigação e aprendizagem constante, pois só desta forma estamos preparados
para a mudança que é preciso imperar actualmente nas bibliotecas e nas comunidades educativas.

Quanto à Gestão e Organização da BE parece-me que a falta de visão para a importância da


biblioteca e da figura do professor bibliotecário por parte da Direcção é muito prejudicial, pois são
um elo fundamental para que o trabalho desenvolvido nas Bes saja aceite e valorizado por todos os
docentes que trabalham no Agrupamento. Isso acontece no meu, onde a Direcção não só valoriza,
como apoia, incentiva e cria estratégias para operacionalizar esse envolvimento efectivo.
A participação dos E.E. também é fundamental, até no processo de criação e preparação das
actividades, mas isso é muito difícil de implementar com uma grande taxa de sucesso. Eu já tentei e
o máximo que consegui foi criar o "Mês dos E.E."no qual alguns dinamizaram algo para a turma
onde estava o seu educando. Actualmente tenho uma hora de atendimento aos E.E. e estou a
aguardar o contacto para que em conjunto possamos desenvolver algo. Mas a disponibilidade dos
pais nunca é muita como se compreende.

Na Gestão da Colecção, realmente a falta de verba condiciona as idas dos utilizadores à biblioteca,
pois uma colecção suficiente e actualizada é um factor decisivo para incentivar os alunos a
frequentarem e lerem mais obras na/da Biblioteca, pois eles gostam sempre das novidades. Quando
tal acontece temos que arranjar alternativas como Feira do livro, encontro com escritores,
angariação de livros usados junto dos pais e alunos ( correndo o risco de nem tudo ser de qualidade,
mas depois faz-se uma feira da ladra), pedir junto das Juntas de Freguesia ou outras entidades
locais.

Compreendo que o facto das Bibliotecas Municipais demorarem imenso tempo a efectuarem a
catalogação atrasa o serviço, mas não ter quem o faça ainda é pior, por isso o melhor é
disponibilizar os livros aos utilizadores apenas com o carimbo da cota e arranjar forma de fazer o
empréstimo manualmente. Porque o que realmente importa é satisfazermos as necessidades do
nosso público-alvo.

Na formação para as literacias penso que os alunos não devem ver a Biblioteca como um "salão de
jogos", senão fariamos como disse um dia a Drª Cristina Taquelim colocávamos máquinas com
moedas e ainda conseguiamos algum dinheiro. No entanto há uma série de jogos pedagógicos e
sites de interesse cultural que são uma mais valia para a aquisição de conhecimentos de uma forma
lúdica.

Em conclusão parece-me que a conquista em relação aos docentes deve ser feita gradualmente.
Primeiro com aqueles que efectivamente querem trabalhar connosco e depois deixar que os outros
reconheçam a importância desse recurso e se aproximem lentamente, deixando "cair" aqueles que
são mais avessos às mudanças, caminharemos lado a lado com os que prespectivam uma nova
forma de aprendizagem para os seus alunos.

Anabela Morais Ribeiro

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