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Próprio dos Santos – 15 de novembro

SANTO ALBERTO MAGNO, BISPO


E DOUTOR DA IGREJA
Nasceu em Lauingen, junto ao Danúbio na Baviera (Alemanha), cerca do
ano 1206. Fez os seus estudos em Pádua e em Paris. Entrou na Ordem dos
Pregadores e exerceu o magistério em vários lugares com grande competên-
cia. Ordenado bispo de Ratisbona, pôs todo o seu empenho em estabelecer a
paz entre povos e cidades. É autor de muitas e importantes obras, tanto de
ciências sagradas como naturais. Morreu em Colônia no ano 1280.
Segunda leitura
Do Comentário sobre o Evangelho de Lucas, de Santo Alberto
Magno, bispo
(Lc 22,19: Opera omnia, Parisiis 1890-1899,23,672-674)
(Séc. XIII)
Pastor e doutor para a edificação do Corpo de Cristo
Fazei isto em minha memória (Lc 22,19): há duas coisas a
notar aqui. Primeiro, a ordem de realizar este sacramento com
as palavras: Fazei isto. Segundo, que é um memorial do Se-
nhor, quando se encaminhava para a morte por nós.
Ele diz, portanto: Fazei isto. Nada mais útil, nada mais sua-
ve, mais salutar, amável, mais semelhante à vida eterna poderia
ele ordenar. Vamos mostrar um por um estes predicados.
Útil para a remissão dos pecados, e utilíssimo na vida para a
plenitude da graça. O Pai dos espíritos nos guia ao que é útil
para receber sua santificação. Porque a santificação está em seu
sacrifício, isto é, quando se ofereceu no mistério, tanto ao Pai
em nosso favor, quanto a nós, para nossa união. Por eles, santi-
fico-me a mim mesmo (Jo 17,19). Cristo, que se ofereceu imacu-
lado a Deus pelo Espírito Santo, purificará nossa consciência
das obras mortas para que sirvamos ao Deus vivo (cf. Hb 9,14).
Nada igualmente mais suave. Nada se pode imaginar mais
suave do que aquilo onde Deus mostra toda a sua doçura: Con-
cedeste-lhes o pão do céu preparado sem esforço, tendo em si
todo o deleite e todo o sabor. Este alimento manifestava tua
doçura para com teus filhos, acomodando-se ao gosto de cada
um, convertia-se no que cada qual desejava (Sb 16,20-21).
Próprio dos Santos – 15 de novembro

Não poderia também ordenar nada mais salutar. Este sacra-


mento é o fruto da Árvore da vida. Quem o tomar com fé since-
ra e devota, não provará para sempre a morte. É árvore da vida
para quem a alcançar; e feliz quem a possuir (Pr 3,18). Quem
me come, viverá por mim (Jo 6,57).
Não pôde ordenar nada mais digno de amor. Pois este sacra-
mento é realização do amor e da união. A maior prova de amor
é dar-se a si mesmo como alimento. Diziam os companheiros
de minha tenda: Quem nos dará de suas carnes para saciar
nossa fome? (Jó 31,31), como se dissesse: tanto os amei e eles a
mim, que eu desejava estar em seus corações e eles queriam
comer-me para se tornarem membros meus, a mim incorpora-
dos. Eles não teriam podido unir-se a mim mais íntima e natu-
ralmente.
Não poderiam, também, determinar nada mais semelhante à
vida eterna, pois a continuidade da vida eterna se origina de
Deus, que em sua doçura se infunde nos que vivem a felicida-
de.

Responsório Cf. Lc 22,29-30a; Jo 15,16a


R. Assim como meu Pai confiou-me o Reino, vo-lo confio tam-
bém. * Para comerdes e beberdes à mesa do meu Reino.
V. Não fostes vós que me escolhestes, mas sim eu vos escolhi,
e, depois, vos designei para que vades e deis frutos. * Para co-
merdes e beberdes à mesa do meu Reino.
Oração
Ó Deus, quisestes que o bispo Santo Alberto fosse grande, por-
que soube conciliar a sabedoria humana e a verdadeira fé; dai-
nos, na escola de tão grande mestre, conhecer-vos e amar-vos
mais profundamente, na medida em que progredimos nas ciên-
cias. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.

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