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Aos nossos pais e familiares por sempre nos incentivar e se esforçarem para viabilizar a nossa
formação acadêmica
Ao Prof. Dr. Eng. Carlos Patrício Samanez, por nos orientar o tempo que foi preciso para a
realização deste trabalho, dando suporte do mais alto gabarito.
Aos professores colaboradores, Kátia Rocha e Paulo Henrique que através de seus
conhecimentos foram de grande valia para o trabalho.
Aos professores que tornaram possível a realização deste trabalho ao longo dos anos de
aprendizado conjunto.
À Deus por nos arranjar forças, motivação e esperança para superar todos os obstáculos.
1
Resumo
Este trabalho tem como objetivo a precificação de debêntures conversíveis, que são
títulos de renda fixa com opção de conversão em ações, pela utilização dos métodos de
Árvore Binomial e simulação de Monte Carlo.
Os problemas de valoração são resolvidos sobre a ótica de opções reais em contexto
de negociação em mercado perfeito, livre de risco, sem possibilidade de arbitragem ou
qualquer outra informação e instrumento que possibilitem ganhos não inerentes a operação.
Assim sendo, embora todas as situações analisadas neste trabalho apresentem incertezas
relacionadas ao mercado e aos riscos de cada empresa quanto à insolvência ou capacidade
competitiva, estes fatores não são considerados no ambiente livre de risco.
Na primeira análise foi utilizado o modelo de árvore binomial sobre opções reais, na
qual se definiu como variável estocástica o preço da ação e, como variáveis determinísticas,
os juros remuneratório e de mercado e a volatilidade do preço da ação. Também foi utilizado
no método o conceito da probabilidade de Martingale.
Na segunda avaliação foi utilizado o método de simulação de Monte Carlo, gerando
caminhos aleatórios possíveis para o preço da ação. Assim como na primeira análise, os
demais parâmetros se mantiveram fixos. Outro conceito muito importante utilizado nesta
parte foi o movimento geométrico Browniano, também conhecido como processo de Wierner.
Todas as análises se deram em condições especiais e com características únicas que
não refletem em igualdade todas as condições do mercado de renda fixa nem seus pares ou
similares.
Os resultados encontrados neste trabalho, bem como suas simulações realizadas com
recursos computacionais nos métodos de simulação de Monte Carlo ou Árvore Binomial,
sofreram aproximações. Estes resultados foram comparados, evidenciando as similaridades e
diferenças dos métodos utilizados.
2
Índice
1 - Introdução do trabalho...........................................................................................................5
2 - Posicionamento do mercado de Títulos conversíveis no Brasil............................................6
2.1 - Histórico.........................................................................................................................6
2.2 - Características ................................................................................................................8
2.2.1 - Amortização e Resgate Antecipado.......................................................................11
2.2.2 - Repactuação...........................................................................................................11
2.3 - A importância em emitir debêntures.............................................................................11
2.4 - Tipos de Distribuição/Colocação..................................................................................12
2.4.1 - Emissões Primárias................................................................................................12
2.4.2 - Programa de Distribuição......................................................................................12
2.4.3 - Distribuições Secundárias......................................................................................13
2.4.4 - Emissões e Séries...................................................................................................13
3 - Conversível sob avaliação...................................................................................................14
4 - Técnicas de simulação.........................................................................................................16
4.1 - Árvore Binomial...........................................................................................................16
4.2 - Simulação de Monte Carlo...........................................................................................17
4.2.1 - Introdução..............................................................................................................17
4.2.2 - Procedimento.........................................................................................................17
4.2.3 - A Simulação de Quase-Monte Carlo (SQMC)......................................................19
4.2.4 - Técnicas de Redução de Variância .......................................................................21
4.2.4.1 - Latin Hipercub (Hipercubo Latino)................................................................21
4.2.5 - Gerador de Números aleatórios (RNG).................................................................22
4.2.5.1 - Os números pseudo-aleatórios........................................................................23
4.2.5.2 - Os números quase-aleatórios..........................................................................25
4.2.5.3 - Convertendo a distribuição Uniforme (0,1) em outras distribuições..............26
4.2.6 - Simulação de Monte Carlo para o Movimento Geométrico Browniano...............28
5 – Árvore Binomial aplicada a Debênture Conversível..........................................................30
6 - Simulação de Monte Carlo aplicada a Debênture Conversível...........................................33
7 - Análise de Sensibilidade......................................................................................................35
8 – Conclusões..........................................................................................................................40
..................................................................................................................................................40
9 - Bibliografia..........................................................................................................................41
Apêndice A...............................................................................................................................43
Apêndice B................................................................................................................................45
Apêndice C................................................................................................................................50
Apêndice D...............................................................................................................................52
Anexo A....................................................................................................................................53
Anexo B....................................................................................................................................59
3
Índice de Tabelas
Tabela 1: Geração de Números Aleatórios...............................................................................23
Tabela 2: Geração de números Quase-aleatórios......................................................................26
Tabela 3: Árvore Binomial.......................................................................................................31
Tabela 4: Sensibilidade da Árvore Binomial - Preço da Ação.................................................35
Tabela 5: Sensibilidade da Árvore Binomial – Volatilidade....................................................35
Tabela 6: Sensibilidade da Simulação de Monte Carlo - Preço da Ação..................................37
Tabela 7: Sensibilidade da Simulação de Monte Carlo – Volatilidade.....................................37
Tabela 8: Sensibilidade dos Limites - Preço da Ação...............................................................38
Tabela 9: Sensibilidade dos Limites - Volatilidade..................................................................38
Tabela 10: Cálculo da TJLP......................................................................................................44
Tabela 11: Cálculo da Volatilidade...........................................................................................49
Índice de Ilustrações
Índice de Gráficos
4
1 - Introdução do trabalho
5
2 - Posicionamento do mercado de Títulos conversíveis no Brasil
2.1 - Histórico
As debêntures constituem uma das formas mais antigas de captação de recursos por
meio de títulos. Elas são valores mobiliários de emissão de companhias abertas, nominativas,
negociáveis, de médio ou longo prazo, e os debenturistas tornam-se credores da companhia
emissora. O mercado de títulos de debêntures no Brasil remonta à época do Império,
inicialmente regulamentado de acordo a Lei nº 3.150 e decreto nº 8.821, ambos de 1882.
Nos anos que seguiram, elas sofreram diversas modificações em suas leis, porém a
atratividade por títulos foi caindo em função da falta de mecanismos que protegessem as
aplicações dos efeitos da inflação no longo prazo.
Durante as mudanças que reorganizaram o sistema financeiro nacional no ano de
1965, foi introduzida uma importante inovação às debêntures, destacando-se a possibilidade
de conversão em ações e a correção monetária. E com a edição da Lei de Sociedade por
Ações, as debêntures assumiram a forma que prevalece e que foi reforçada pela criação da
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), disciplinando o mercado de capitais.
Durante os anos 80, as diversas alterações na política econômica, acarretaram
mudanças operacionais, tributárias e dos indexadores, o que afastou o interesse do investidor
por esse mercado.
Em 1988, as debêntures tiveram a sua aquisição encorajada por instituições financeiras
e, em seguida, o Plano Verão permitiu o uso de uma ampla gama de indexadores, estimulando
os investidores. Mas as incertezas no campo político e na política econômica recessiva
ocorrida em 1990-1991 esfriaram o mercado de capitais doméstico, que em seguida passou a
sofrer a concorrência das captações externas.
Com o Plano Real, o mercado de debêntures apresentou as condições necessárias para
recuperação através da estabilidade monetária, do progressivo alongamento dos prazos dos
títulos da dívida, das reestruturações patrimoniais e financeiras das companhias, da retomada
do crescimento econômico e do processo de privatização. Neste cenário, as debêntures se
tornaram um importante instrumento para captação de recursos para empresas de
6
arrendamento mercantil (leasing), administração e participação, serviços de utilidade pública,
comércio e insumos intermediários.
Porém, a partir de 1995, com a resolução do CMN 1.723/95, foi regulamentada a
oferta pública de notas promissórias emitidas por sociedades por ações. A partir daí, as notas
promissórias consagraram-se como um título de renda fixa de emissão mais simples e de mais
curto prazo.
Recentemente, duas instruções da CVM incrementaram o mercado de debêntures. A
primeira consolidou diversas normas acerca das ofertas públicas de valores mobiliários e
procurou refletir uma série de práticas atuais do mercado, como o bookbulding (mecanismo
de consulta prévia ao mercado para definição da remuneração das debêntures ou do
ágio/deságio no preço de subscrição, tendo em vista a quantidade de debêntures, para
diferentes níveis de taxa, que cada investidor tem disposição de adquirir) Também introduziu
outras práticas correntes em outros países como o programa de distribuição, green shoe e a
possibilidade de aumentar a oferta em 20% sem alteração do Prospecto. Além disso, passou a
exigir nas ofertas públicas, um prospecto mais completo que visa melhor refletir as práticas
adotadas nos mercados interno e externo.
A segunda instrução introduziu as debêntures padronizadas e as condições para o
procedimento simplificado de registro de emissões de debêntures. Elas são títulos que
possuem escrituras comuns, negociadas em ambiente especial com Formadores de Mercado
que propiciem Liquidez mínima para esses títulos.
As Debêntures padronizadas foram introduzidas com o objetivo de desenvolver um
mercado mais dinâmico para títulos de dívida de emissão de companhias abertas e fornecer ao
investidor um título de pouca complexidade e, conseqüentemente, mais atraente. Para os
emissores, o procedimento simplificado de registro possibilita uma substancial economia de
tempo no momento do processo de emissão das debêntures.
Ainda como benefício aos emissores, existe a possibilidade de uma emissão poder ser
oferecida ao longo de 24 meses, abrindo novas opções e estratégias para os emissores, que
podem aproveitar de maneira eficiente as oportunidades favoráveis que se apresentam no
mercado doméstico.
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2.2 - Características
Quanto às Formas:
- Nominativas: quando forem representadas por certificados emitidos em nome do
titular e registrados em livro próprio mantido pela emissora. A transferência de titularidade é
efetuada por endosso em preto, substituindo-se posteriormente o certificado. Atualmente,
todas as debêntures são nominativas, ou seja, estão em nome de seus titulares, visto que as
debêntures ao portador foram oficialmente extintas pela Lei n.º 9.457/97.
- Escriturais: quando não possuírem certificados representativos, sendo mantidas em
nome do titular em conta de depósito em instituição financeira depositária designada pela
emissora. Essa é a forma mais utilizada.
1
Na maioria das vezes, a companhia emissora das ações objeto da permuta é empresa integrante do mesmo conglomerado da
companhia emissora das debêntures.
2
Além de possuírem as garantias citadas no quadro, as debêntures podem ter garantias adicionais, constantes da escritura de
emissão. A garantia fidejussória geralmente é representada por uma fiança conferida por pessoas físicas ou jurídicas
(compreendendo geralmente acionistas ou sociedades do mesmo grupo da emissora). A escritura de emissão também pode
prever covenants, que são compromissos contratuais que complementam a garantia das debêntures. Podem incluir cláusulas
que limitam a ação da companhia emissora relativamente a endividamentos, seguros, controle acionário da empresa etc. O
fiel cumprimento dos covenants é fiscalizado pelo agente fiduciário.
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(3)
- Garantia Real : quando são garantidas por bens (móveis ou imóveis) dados em
(4) (5) (6)
hipoteca , penhor ou anticrese pela companhia emissora, por empresas de seu
conglomerado ou por terceiros.
- Garantia Flutuante (7): quando possuem um privilégio geral sobre o ativo da empresa,
o que não impede, entretanto, a negociação dos bens que compõem esse ativo. As debêntures
com garantia flutuante possuem preferência de pagamento sobre debêntures de emissões
anteriores e sobre outros créditos especiais ou com garantias reais, firmados anteriormente à
emissão.
(8)
- Quirografárias (sem preferência) : debêntures que não possuem as vantagens dos
dois tipos anteriores. Assim, os debenturistas, em caso de falência, equiparam-se aos demais
credores quirografários (não privilegiados) da empresa.
(9)
- Subordinadas : quando não possuem garantia, o que significa que, em caso de
liquidação da companhia emissora, os debenturistas têm preferência apenas sobre os
acionistas.
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- Índice de Preço + Taxa de Juros Fixa (14)
- Taxa Cambial + Taxa de Juros Fixa
- Coeficiente de Correção de Títulos da Dívida Pública + Taxa de Juros Fixa
- Participação nos Lucros (15)
contratualmente. O prazo mínimo de vencimento é de 180 dias e as taxas deverão ser reajustadas em períodos fixos.
14
O índice de preços deve ter série regularmente calculada e ser de conhecimento público. A periodicidade de aplicação da
cláusula de atualização não pode ser inferior a um ano, e o pagamento do valor correspondente à correção somente pode
ocorrer por ocasião do vencimento ou da repactuação das debêntures. Além disso, o pagamento de juros e a amortização
realizados em períodos inferiores a um ano devem ter como base de cálculo o valor nominal das debêntures, sem considerar a
atualização monetária de período inferior a um ano.
15
As debêntures podem remunerar os investidores por meio de participação nos lucros, agregando características de renda
variável ao papel. Quando a debênture possuir exclusivamente essa forma de remuneração, não haverá prazo mínimo para o
vencimento ou periodicidade de repactuação.
10
2.2.1 - Amortização e Resgate Antecipado
Uma companhia pode reservar-se o direito, desde que previsto na escritura de emissão,
de realizar amortizações ou resgates antecipados de debêntures de uma série de circulação. As
amortizações compreendem a redução do valor nominal de todas as debêntures em circulação,
ao passo que o resgate abrange a retirada de unidades delas, de forma parcial ou total. Onde
ambos podem ser programados (previstas as épocas e os critérios adotados) ou extraordinários
(prevista a possibilidade de sua ocorrência, porém sem ser de maneira objetiva).
2.2.2 - Repactuação
As debêntures são utilizadas para a captação de recursos junto aos investidores para o
financiamento de projetos, reestruturação de passivos, aumento de capital de giro ou
estruturação de operações de securitização de recebíveis.
Na reestruturação de passivos, elas são utilizadas para consolidar as dívidas, bem
como reduzir o custo médio e a complexidade de administrar a dívida. Também é possível
obter prazos mais longos, uma melhor adequação do perfil da dívida e a diminuição
significativa das garantias dadas pela companhia.
As debêntures podem ser emitidas lastreadas na securitização de recebíveis. Neste
processo, o risco de crédito dos recebíveis é separado do risco de crédito da companhia
11
originária, o que viabiliza uma emissão que em muitos casos não poderia ser realizada por
esta companhia. A securitização de recebíveis é um procedimento que envolve a venda de
recebíveis (direitos creditórios oriundos de venda a prazo de bens, serviços ou operações
imobiliárias) de uma empresa originária para uma segunda.
É importante ressaltar a capacidade de ajustamento das condições de uma debênture
de acordo às necessidades do emissor, o que torna para a empresa um grande instrumento de
captação de recursos, inclusive para capital de giro.
A emissão de debêntures é considerada o estágio preliminar a uma plena abertura de
capital realizada por meio da emissão de ações, especialmente no caso de debêntures
conversíveis. Estas, como o nome diz, possuem uma cláusula de conversibilidade que
estabelece condições, preço e período para que as mesmas sejam convertidas em ações.
12
das debêntures previstas no Programa. A cada nova oferta pública de debêntures relativas a
um mesmo Programa, é necessário atualizar a escritura e o prospecto junto à CVM.
Uma empresa pode efetuar várias emissões de debêntures, de acordo com suas
necessidades. Cada emissão pode ainda ser dividida em séries, de forma a adequar o montante
de recursos às necessidades da empresa ou à demanda do mercado. As debêntures de uma
mesma série deverão ter igual valor nominal e conferir a seus titulares os mesmos direitos. As
séries de uma emissão podem ter ou não a mesma data de vencimento.
13
3 - Conversível sob avaliação
TC = [ (1 + TJLP ) / 1,06 ]
n / 360
− 1 , onde:
TC = termo de capitalização;
n = número de dias decorrente entre a data da emissão e o vencimento
do título.
14
Os pagamentos de juros terão vencimento semestral observando como início 6 meses
após a data de emissão. Sendo assim, o primeiro vencimento dar-se-á em 27 de Janeiro de
2001 e seus semestres subseqüentes.
A taxa de conversibilidade da debênture foi estabelecida em contrato igual a
22.188.450 ações preferenciais para cada debênture convertida.
Para efeitos práticos neste trabalho a taxa de juros utilizada foi fruto de cálculo da
média da TJLP apresentada nos meses correntes de prazo do contrato, sendo a remuneração
do título igual a 13,951% ao ano (TJLP + 4%), vide apêndice A.
15
4 - Técnicas de simulação
d = e −σ ∆t
e rT − d
p= , onde:
u −d
σ = volatilidade de S;
r = taxa de juros livre de risco.
T = período de duração da variável estocástica
A figura abaixo mostra os possíveis valores de S ao longo de três intervalos de tempo:
16
estado inicial. O modelo em questão é dito recombinante, ou seja, alguns nós voltam a
assumir valores de nós já encontrados anteriormente. Quando o número de períodos torna-
se muito grande, no limite, a distribuição dos resultados nas ramificações finais se
aproxima de uma distribuição logarítmica normal.
4.2.1 - Introdução
4.2.2 - Procedimento
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A simulação dessa técnica também é usada para avaliar o valor esperado de uma
variável, onde esta é função de várias variáveis estocásticas, que não podem ser tratadas de
forma analítica. No contexto de precificação de opções americanas, a simulação de Monte
Carlo e a Programação Dinâmica são usadas de forma combinada, por exemplo.
Algumas vantagens podem ser destacadas, como:
- Não existe necessidade de aproximação nas distribuições das variáveis do
modelo;
- As correlações e outras interdependências podem ser modeladas;
- O processo de geração dos valores aleatórios é realizado somente pelo
computador;
- O nível de precisão da simulação pode ser melhorado através do aumento do
número de iterações;
- A validade da teoria da simulação de Monte Carlo é amplamente reconhecida, o
que possibilita que os seus resultados sejam facilmente aceitos;
- As alterações no modelo matemático em questão podem ser feitas rapidamente e
os novos resultados podem ser comparados com os anteriores.
Com isso, o método de simulação de Monte Carlo será usado no desenvolvimento
deste trabalho, de modo a viabilizar a precificação do título conversível proposto.
18
4.2.3 - A Simulação de Quase-Monte Carlo (SQMC)
19
É importante destacar que a SQMC possui melhor desempenho quando comparada à
de MC. Este fato é devido ao método de geração de números aleatórios utilizado. Por fim, foi
feita uma comparação empírica dos gráficos resultantes da plotagem dos números pseudo-
aleatórios e os de baixa discrepância. Com isso, é percebido que o gráfico de dispersão dos
números pseudo-aleatórios possui uma distribuição com aglomerações e áreas não
preenchidas pelos valores, o que praticamente não ocorre com a seqüência quase-aleatória.
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Números P seudo-aleatórios
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
NúmerosQuase-aleatórios
20
4.2.4 - Técnicas de Redução de Variância
i − 1 + Rand i ( i − Rand i )
xhi = F −1 = F −1
n n
onde:
21
É imprescindível relatar que o Método de LH oferece um excelente desempenho em
relação às demais técnicas de redução de variância.
22
contínuo de números. Como os computadores trabalham com números discretos, eles geram
números aleatórios com estas características, mas veremos que estes podem facilmente ser
convertidos em números contínuos. Sendo assim, os métodos computacionais de simulação
podem trabalhar tanto com números discretos como contínuos.
Veremos a geração de dois tipos de números aleatórios, os pseudo-aleatórios e os
quase-aleatórios:
xn+1 = (axn+c)(modulo m)
O método sempre calcula o próximo número aleatório Xn+1 a partir do ultimo obtido,
dado um número aleatório x0 , chamado de semente. Na formula, a, c e m são positivos
inteiros (a<m, c<m). A notação matemática “módulo” significa que Xn+1 é o resto da divisão
de (axn+c) por m. Logo, os possíveis valores de xn+1 são 0, 1,..., m-1. Portanto, mé a
quantidade desejada de diferentes números aleatórios gerados.
Vamos ilustrar com um exemplo:
24
4.2.5.2 - Os números quase-aleatórios
Com duas equações é possível executar estes passos. Na primeira equação, obtemos o
número invertido aj, na base b, (para a base 2, uma seqüência de 0 e 1; para a base 3 uma
seqüência de 0, 1 e 2, etc.), na segunda equação obtemos a seqüência de van der Corput na
base b correspondente ao numero decimal n:
m
n = ∑a j ( n )b j
j =0
m
Van der Corput base b( n ) = Φ b ( n ) = ∑ a j ( n ) b − j −1
j =0
25
N° de
interações Número expandido número refletido van der Corput
2 1 0 -1
0 000 0=0x2 +0x2 +0x2 0x2 0 0
2 1 0 -1
1 001 1=0x2 +0x2 +1x2 1x2 1/2 0,5
2 010 2 = 0 x 22 + 1 x 21 + 0 x 20 1 x 2-2 1/4 0,25
2 1 0 -1 -2
3 011 3=0x2 +1x2 +1x2 1x2 +1x2 3/4 0,75
2 1 0 -3
4 100 4=1x2 +0x2 +0x2 1x2 1/8 0,125
5 101 5 = 1 x 22 + 0 x 21 + 1 x 20 1 x 2-1 + 1 x 2-3 5/8 0,625
6 110 6 = 1 x 22 + 1 x 21 + 0 x 20 1 x 2-2 + 1 x 2-3 3/8 0,375
... ... ... ... ... ...
Tabela 2: Geração de números Quase-aleatórios
26
Ilustração 3: Função de Distribuição da Normal Padrão
27
4.2.6 - Simulação de Monte Carlo para o Movimento Geométrico
Browniano
X (t ) = E[ X (t )] + erro (t ) , onde:
dS = α dt + σ dz , onde:
S
dS = retorno da variável estocástica;
S
α dt = parcela de valor esperado;
σ dz = parcela de desvio;
28
dz = ε t dt , conhecido como incremento de Wiener;
εt ~ N (0,1) .
2
{( r −σ ) ∆t +σN ( 0 ,1) ∆t }
St = S 0 e 2 , onde:
Esta equação foi utilizada na simulação em questão a fim de gerar possíveis valores do
preço da ação (St) a cada intervalo de tempo (∆t), a partir de um preço inicial (S0), com o
objetivo de reproduzir vários cenários. Para os cálculos, é necessário determinar: a taxa livre
de risco (r), fator de remuneração garantido do projeto analisado, de maneira a não gerar uma
oportunidade de arbitragem; e a volatilidade intrínseca da ação (σ), que é uma medida de
variação do preço da mesma.
29
5 – Árvore Binomial aplicada a Debênture Conversível
30
Tabela 3: Árvore Binomial
730.000,00 782.739,18 839.288,52 Valor de Face
0 1 2
0 18,65 41,18 90,91 Preço da ação
413.814,59 913.720,37 2.017.151,99 converter
730.000,00 782.739,18 839.288,52 não converter
730.000,00 913.720,37 979.732,51 Maximo
(
B = p n (1 − p )
T −n
)Tn
31
Onde:
B = probabilidade de combinação
p = probabilidade neutra ao risco
T = período corrente
n = número de vezes em que o preço da ação subiu
T
A utilização da combinação
n
equivale aos coeficientes do triângulo de Pascal.
Estes coeficientes representam uma contagem da distribuição de resultados de testes
binomiais.
Com isso, pela árvore binomial, foi possível calcular treze resultados que quantificam
o valor esperado do título, onde cada um destes apresenta sua probabilidade de ocorrência.
Conseguinte, foi possível elaborar o seguinte histograma, onde a média é R$ 758.093,88 e,
para um intervalo de confiança de 90%, tem-se o limite inferior igual a R$ 730.000,00 e
superior igual a R$ 1.004.145,18.
Média = 758.093,88
1,6
1,4
1,2
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0,6 1 1,4 1,8
Valores em Milhões
32
6 - Simulação de Monte Carlo aplicada a Debênture Conversível
80
Caminhos do preço da ação Curva de Gatilho
onde houve conversão
70
60
Caminhos do preço da ação
onde não houve conversão
50
40
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
33
Assim, cada “caminho aleatório” pode nunca ser convertido, ou ser convertido em
algum ponto dos 12 períodos. Quando não é dada a conversão, o retorno financeiro, trazido a
valor presente pela Taxa Livre de Risco, do caminho em questão, será o próprio valor inicial
(R$730.000,00). Caso contrário, o retorno é obtido de acordo a seguinte relação:
(− r t )
R = St × T .Conv. × e 2
Com isso, o @Risk gera um histograma com os retornos financeiros de cada caminho.
Deste, foi obtido um intervalo de valores no qual, com 90% de certeza, será encontrado o
valor real da debênture, onde a média é R$ 778.781,64, com os limites inferior e superior,
iguais a R$ 730.000,00 e R$ 1.008.781,64, respectivamente.
Média = 778.781,64
1,6
1,4
1,2
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0,6 1 1,4 1,8
Valores em Milhões
34
7 - Análise de Sensibilidade
Esta técnica visa determinar qual dos fatores de entrada (Inputs) influencia mais na
incerteza da variável de interesse (output). Através das devidas variações controladas dos
fatores de entrada e da análise dos resultados das simulações, é possível chegar a conclusões
bem aderentes e confortáveis.
Para o modelo de árvore binomial, variou-se, de 1 em 1 ponto percentual, o preço da
ação e sua volatilidade. Começando com 95% dos seus respectivos valores iniciais e
chegando até 105% dos mesmos, temos os resultados obtidos que constam nas duas tabelas
abaixo:
Dos valores esperados encontrados pelo método da árvore binomial, de acordo com a
análise de sensibilidade, foram calculadas as taxas de variação do valor esperado do titulo (R$
759.304,66), plotadas no gráfico abaixo:
35
Sensibilidade da Árvore Binomial
1%
1%
1%
0%
0%
0%
95% 96% 97% 98% 99% 100% 101% 102% 103% 104% 105%
0%
0%
-1%
-1%
-1%
36
Com isso, foram calculados os valores médios esperados e as respectivas taxas de
variação, de acordo as tabelas abaixo:
% do valor do preço Resultado da média da SMC Variação do valor esperado
95% R$ 776.661,20 -0,550%
96% R$ 777.563,10 -0,434%
97% R$ 778.206,50 -0,352%
98% R$ 779.104,10 -0,237%
99% R$ 779.907,90 -0,134%
100% R$ 780.955,90 0,000%
101% R$ 781.347,30 0,050%
102% R$ 782.179,10 0,157%
103% R$ 782.768,30 0,232%
104% R$ 783.630,40 0,342%
105% R$ 784.545,30 0,460%
Tabela 6: Sensibilidade da Simulação de Monte Carlo - Preço da Ação
Dos valores obtidos das tabelas acima, foi feito o gráfico referente às taxas de variação
do valor esperado médio do titulo (R$ 780.955,90 e R$ 778.589,00):
0,6%
0,4%
0,2%
0,0%
95% 96% 97% 98% 99% 100% 101% 102% 103% 104% 105%
-0,2%
-0,4%
-0,6%
-0,8%
37
Observando o gráfico, tem-se que a média do valor esperado da SMC é igualmente
sensível às variações do preço da ação e da volatilidade. Contudo, devemos analisar também o
modo como as variações dos inputs repercutem nos intervalos dos resultados obtidos, ou seja,
a diferença entre os limites superior (L.S.) e inferior (L.I.), todos com 90% de confiança.
Cabe ressaltar que, quão menor for esse intervalo, mais precisa será a resposta da simulação.
Obtivemos as seguintes tabelas e o respectivo gráfico da análise de sensibilidade:
38
Análise de sensibilidade da amplitude da SMC
8%
6%
4%
2%
0%
105% 104% 103% 102% 101% 100% 99% 98% 97% 96% 95%
-2%
-4%
-6%
-8%
-10%
39
8 – Conclusões
40
9 - Bibliografia
Bayda, T. K. N.; Casto, A.L.; Convergência dos Modelos de Árvores Binomiais para
Avaliação de Opções. Pesquisa. Operacional, v.21, nº1, Rio de Janeiro, junho 2001.
Brealey, R. A.; Myers, S.C. Princípios de Finanças Empresariais. Terceira Edição. Mc. Graw
Hill, 1992.
Copeland, T.E.; Weston, J.F.; Shastri, K. Financial Theory and Corporate Policy. Fourth
Edition. Pearson Addison-Wesley Publishing Company, 2004
Copeland, T.; Antikarov, V. Opções Reais. Um novo paradigma para reinventar a avaliação
de investimentos. Editora Campus, 2000.
Costa, L. C; Opções. Operando a volatilidade. Editora Bolsa de Mercadorias & Futuros, 1998.
Hull, J. C.; Options, Futures & Others Derivatives, Fifth Edition, Upper Saddle River, NJ:
Prentice-Hall, 2002.
41
Site de Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de
Opções Reais: http://www.puc-rio.br/marco.ind/ele2005.html Última consulta realizada em
15 de novembro de 2006.
42
Apêndice A
43
Datas TJLP TJLP + 4% TJLP a.m. Acumulador Datas TJLP TJLP + 4% TJLP a.m. Acumulador
jul/00 10,25 14,25% 1,116% 1,116% mar/04 10,00 14,00% 1,098% 64,694%
ago/00 10,25 14,25% 1,116% 2,245% abr/04 9,75 13,75% 1,079% 66,472%
set/00 10,25 14,25% 1,116% 3,387% mai/04 9,75 13,75% 1,079% 68,269%
out/00 9,75 13,75% 1,079% 4,502% jun/04 9,75 13,75% 1,079% 70,085%
nov/00 9,75 13,75% 1,079% 5,630% jul/04 9,75 13,75% 1,079% 71,921%
dez/00 9,75 13,75% 1,079% 6,771% ago/04 9,75 13,75% 1,079% 73,776%
jan/01 9,25 13,25% 1,042% 7,884% set/04 9,75 13,75% 1,079% 75,652%
fev/01 9,25 13,25% 1,042% 9,008% out/04 9,75 13,75% 1,079% 77,548%
mar/01 9,25 13,25% 1,042% 10,144% nov/04 9,75 13,75% 1,079% 79,465%
abr/01 9,25 13,25% 1,042% 11,292% dez/04 9,75 13,75% 1,079% 81,402%
mai/01 9,25 13,25% 1,042% 12,452% jan/05 9,75 13,75% 1,079% 83,360%
jun/01 9,25 13,25% 1,042% 13,624% fev/05 9,75 13,75% 1,079% 85,339%
jul/01 9,50 13,50% 1,061% 14,830% mar/05 9,75 13,75% 1,079% 87,339%
ago/01 9,50 13,50% 1,061% 16,048% abr/05 9,75 13,75% 1,079% 89,362%
set/01 9,50 13,50% 1,061% 17,279% mai/05 9,75 13,75% 1,079% 91,406%
out/01 10,00 14,00% 1,098% 18,567% jun/05 9,75 13,75% 1,079% 93,472%
nov/01 10,00 14,00% 1,098% 19,868% jul/05 9,75 13,75% 1,079% 95,560%
dez/01 10,00 14,00% 1,098% 21,184% ago/05 9,75 13,75% 1,079% 97,671%
jan/02 10,00 14,00% 1,098% 22,515% set/05 9,75 13,75% 1,079% 99,804%
fev/02 10,00 14,00% 1,098% 23,860% out/05 9,75 13,75% 1,079% 101,961%
mar/02 10,00 14,00% 1,098% 25,220% nov/05 9,75 13,75% 1,079% 104,141%
abr/02 9,50 13,50% 1,061% 26,548% dez/05 9,75 13,75% 1,079% 106,344%
mai/02 9,50 13,50% 1,061% 27,891% jan/06 9,00 13,00% 1,024% 108,457%
jun/02 9,50 13,50% 1,061% 29,247% fev/06 9,00 13,00% 1,024% 110,591%
jul/02 10,00 14,00% 1,098% 30,666% mar/06 9,00 13,00% 1,024% 112,747%
ago/02 10,00 14,00% 1,098% 32,101% abr/06 8,15 12,15% 0,960% 114,789%
set/02 10,00 14,00% 1,098% 33,551% mai/06 8,15 12,15% 0,960% 116,851%
out/02 10,00 14,00% 1,098% 35,017% jun/06 8,15 12,15% 0,960% 118,934%
nov/02 10,00 14,00% 1,098% 36,500% Média mensal 1,0943%
dez/02 10,00 14,00% 1,098% 37,998% Média anual 13,951%
jan/03 11,00 15,00% 1,171% 39,615%
fev/03 11,00 15,00% 1,171% 41,251%
mar/03 11,00 15,00% 1,171% 42,905%
abr/03 12,00 16,00% 1,245% 44,684%
mai/03 12,00 16,00% 1,245% 46,484%
jun/03 12,00 16,00% 1,245% 48,307%
jul/03 12,00 16,00% 1,245% 50,153%
ago/03 12,00 16,00% 1,245% 52,022%
set/03 12,00 16,00% 1,245% 53,914%
out/03 11,00 15,00% 1,171% 55,717%
nov/03 11,00 15,00% 1,171% 57,541%
dez/03 11,00 15,00% 1,171% 59,387%
jan/04 10,00 14,00% 1,098% 61,136%
fev/04 10,00 14,00% 1,098% 62,906%
Tabela 10: Cálculo da TJLP
44
Apêndice B
L.S . = µ + 3σ
L.I . = µ −3σ
Os retornos que estavam fora desses limites foram excluídos e substituídos pela média
dos mesmos, com o intuito de eliminar retornos que apresentem discrepância elevada em
relação aos demais. Este critério gerou os valores da coluna “Retorno considerado” e, a
volatilidade obtida daí, foi à utilizada no trabalho.
45
Preço no Retorno Retorno Preço no Retorno Retorno
Data Data
fechamento observado considerado fechamento observado considerado
20/07/99 14,01 -- -- 29/09/99 15,64 -0,41% -0,41%
21/07/99 14,15 1,01% 1,01% 30/09/99 14,93 -4,65% -4,65%
22/07/99 14,08 -0,50% -0,50% 01/10/99 14,65 -1,92% -1,92%
23/07/99 14,01 -0,51% -0,51% 04/10/99 14,58 -0,49% -0,49%
26/07/99 13,79 -1,53% -1,53% 05/10/99 14,61 0,24% 0,24%
27/07/99 13,64 -1,09% -1,09% 06/10/99 15,00 2,64% 2,64%
28/07/99 13,87 1,60% 1,60% 07/10/99 15,35 2,30% 2,30%
29/07/99 13,79 -0,51% -0,51% 08/10/99 15,29 -0,42% -0,42%
30/07/99 13,72 -0,52% -0,52% 11/10/99 15,71 2,75% 2,75%
02/08/99 13,72 0,00% 0,00% 13/10/99 15,43 -1,83% -1,83%
03/08/99 13,87 1,03% 1,03% 14/10/99 16,00 3,62% 3,62%
04/08/99 13,72 -1,03% -1,03% 15/10/99 15,36 -4,08% -4,08%
05/08/99 13,65 -0,52% -0,52% 18/10/99 15,54 1,15% 1,15%
06/08/99 13,51 -1,05% -1,05% 19/10/99 15,50 -0,23% -0,23%
09/08/99 13,37 -1,06% -1,06% 20/10/99 15,79 1,82% 1,82%
10/08/99 12,80 -4,35% -4,35% 21/10/99 16,35 3,54% 3,54%
11/08/99 12,81 0,06% 0,06% 22/10/99 16,75 2,36% 2,36%
12/08/99 12,73 -0,61% -0,61% 25/10/99 16,43 -1,93% -1,93%
13/08/99 13,01 2,21% 2,21% 26/10/99 16,72 1,76% 1,76%
16/08/99 13,30 2,16% 2,16% 27/10/99 16,57 -0,90% -0,90%
17/08/99 13,55 1,85% 1,85% 28/10/99 16,71 0,85% 0,85%
18/08/99 13,37 -1,32% -1,32% 29/10/99 16,57 -0,81% -0,81%
19/08/99 14,26 6,44% 6,44% 01/11/99 16,50 -0,47% -0,47%
20/08/99 14,43 1,24% 1,24% 03/11/99 17,78 7,47% 7,47%
23/08/99 14,22 -1,49% -1,49% 04/11/99 18,84 5,83% 5,83%
24/08/99 14,08 -1,01% -1,01% 05/11/99 18,98 0,75% 0,75%
25/08/99 14,44 2,54% 2,54% 08/11/99 19,48 2,59% 2,59%
26/08/99 14,22 -1,54% -1,54% 09/11/99 19,48 0,00% 0,00%
27/08/99 14,08 -1,01% -1,01% 10/11/99 20,26 3,94% 3,94%
30/08/99 14,22 1,01% 1,01% 11/11/99 20,69 2,08% 2,08%
31/08/99 14,58 2,47% 2,47% 12/11/99 20,41 -1,38% -1,38%
01/09/99 15,29 4,81% 4,81% 16/11/99 19,91 -2,47% -2,47%
02/09/99 15,15 -0,98% -0,98% 17/11/99 18,84 -5,51% -5,51%
03/09/99 15,29 0,93% 0,93% 18/11/99 18,98 0,75% 0,75%
06/09/99 15,15 -0,89% -0,89% 19/11/99 19,20 1,12% 1,12%
08/09/99 15,00 -0,99% -0,99% 22/11/99 19,20 0,00% 0,00%
09/09/99 15,15 0,94% 0,94% 23/11/99 19,41 1,10% 1,10%
10/09/99 15,07 -0,47% -0,47% 24/11/99 19,27 -0,74% -0,74%
13/09/99 14,93 -0,95% -0,95% 25/11/99 19,20 -0,37% -0,37%
14/09/99 14,79 -0,96% -0,96% 26/11/99 19,62 2,20% 2,20%
15/09/99 14,88 0,58% 0,58% 29/11/99 19,70 0,36% 0,36%
16/09/99 14,97 0,62% 0,62% 30/11/99 18,98 -3,68% -3,68%
17/09/99 14,92 -0,29% -0,29% 01/12/99 18,77 -1,13% -1,13%
20/09/99 15,50 3,79% 3,79% 02/12/99 19,20 2,25% 2,25%
21/09/99 15,29 -1,39% -1,39% 03/12/99 19,70 2,56% 2,56%
22/09/99 15,36 0,46% 0,46% 06/12/99 19,70 0,00% 0,00%
23/09/99 15,86 3,19% 3,19% 07/12/99 19,26 -2,23% -2,23%
24/09/99 15,86 0,00% 0,00% 08/12/99 19,06 -1,08% -1,08%
27/09/99 15,71 -0,90% -0,90% 09/12/99 19,20 0,74% 0,74%
28/09/99 15,71 -0,05% -0,05% 10/12/99 20,16 4,88% 4,88%
46
Preço no Retorno Retorno Preço no Retorno Retorno
Data Data
fechamento observado considerado fechamento observado considerado
13/12/99 20,48 1,57% 1,57% 24/02/00 19,40 -2,21% -2,21%
14/12/99 20,02 -2,28% -2,28% 25/02/00 18,68 -3,79% -3,79%
15/12/99 20,02 0,00% 0,00% 28/02/00 18,53 -0,78% -0,78%
16/12/99 19,90 -0,61% -0,61% 29/02/00 18,46 -0,39% -0,39%
17/12/99 19,91 0,07% 0,07% 01/03/00 18,68 1,20% 1,20%
20/12/99 20,55 3,16% 3,16% 02/03/00 19,54 4,49% 4,49%
21/12/99 21,69 5,39% 5,39% 03/03/00 19,69 0,74% 0,74%
22/12/99 21,90 0,98% 0,98% 08/03/00 19,82 0,69% 0,69%
23/12/99 21,90 0,00% 0,00% 09/03/00 19,25 -2,92% -2,92%
27/12/99 21,76 -0,65% -0,65% 10/03/00 18,75 -2,66% -2,66%
28/12/99 22,04 1,30% 1,30% 13/03/00 18,17 -3,16% -3,16%
29/12/99 22,40 1,60% 1,60% 14/03/00 17,33 -4,71% -4,71%
30/12/99 23,46 4,62% 4,62% 15/03/00 17,53 1,16% 1,16%
03/01/00 23,44 -0,09% -0,09% 16/03/00 18,64 6,14% 6,14%
04/01/00 22,64 -3,44% -3,44% 17/03/00 18,82 0,96% 0,96%
05/01/00 22,35 -1,28% -1,28% 20/03/00 18,89 0,38% 0,38%
06/01/00 21,64 -3,25% -3,25% 21/03/00 19,97 5,53% 5,53%
07/01/00 21,78 0,63% 0,63% 22/03/00 19,68 -1,46% -1,46%
10/01/00 22,43 2,94% 2,94% 23/03/00 19,69 0,04% 0,04%
11/01/00 22,36 -0,29% -0,29% 24/03/00 20,34 3,24% 3,24%
12/01/00 22,21 -0,68% -0,68% 27/03/00 21,20 4,17% 4,17%
13/01/00 22,72 2,28% 2,28% 28/03/00 21,20 0,00% 0,00%
14/01/00 24,23 6,42% 6,42% 29/03/00 21,13 -0,34% -0,34%
17/01/00 25,60 5,50% 5,50% 30/03/00 20,44 -3,30% -3,30%
18/01/00 25,25 -1,39% -1,39% 31/03/00 20,47 0,11% 0,11%
19/01/00 24,16 -4,41% -4,41% 03/04/00 19,36 -5,54% -5,54%
20/01/00 24,16 0,00% 0,00% 04/04/00 18,75 -3,22% -3,22%
21/01/00 24,19 0,12% 0,12% 05/04/00 18,39 -1,94% -1,94%
24/01/00 23,08 -4,70% -4,70% 06/04/00 18,68 1,56% 1,56%
26/01/00 22,84 -1,04% -1,04% 07/04/00 19,00 1,72% 1,72%
27/01/00 22,57 -1,18% -1,18% 10/04/00 17,95 -5,70% -5,70%
28/01/00 20,98 -7,29% -7,29% 11/04/00 17,80 -0,81% -0,81%
31/01/00 20,91 -0,34% -0,34% 12/04/00 17,16 -3,71% -3,71%
01/02/00 19,98 -4,59% -4,59% 13/04/00 16,02 -6,83% -6,83%
02/02/00 20,34 1,82% 1,82% 14/04/00 14,64 -9,04% 0,14%
03/02/00 20,16 -0,93% -0,93% 17/04/00 14,57 -0,49% -0,49%
04/02/00 19,98 -0,90% -0,90% 18/04/00 16,21 10,69% 0,14%
07/02/00 21,09 5,44% 5,44% 19/04/00 15,14 -6,81% -6,81%
08/02/00 22,28 5,46% 5,46% 20/04/00 15,54 2,59% 2,59%
09/02/00 21,60 -3,09% -3,09% 24/04/00 15,16 -2,49% -2,49%
10/02/00 21,06 -2,54% -2,54% 25/04/00 15,72 3,64% 3,64%
11/02/00 19,69 -6,73% -6,73% 26/04/00 15,94 1,41% 1,41%
14/02/00 19,04 -3,35% -3,35% 27/04/00 16,23 1,75% 1,75%
15/02/00 19,11 0,38% 0,38% 28/04/00 17,02 4,77% 4,77%
16/02/00 19,54 2,24% 2,24% 02/05/00 16,73 -1,71% -1,71%
17/02/00 19,75 1,06% 1,06% 03/05/00 15,82 -5,58% -5,58%
18/02/00 19,63 -0,62% -0,62% 04/05/00 15,47 -2,26% -2,26%
21/02/00 19,48 -0,77% -0,77% 05/05/00 15,11 -2,36% -2,36%
22/02/00 19,17 -1,57% -1,57% 08/05/00 14,82 -1,93% -1,93%
23/02/00 19,83 3,37% 3,37% 09/05/00 14,04 -5,40% -5,40%
47
Preço no Retorno Retorno
Data Observado Considerado
fechamento observado considerado
10/05/00 13,88 -1,14% -1,14% Média 0,14% 0,13%
11/05/00 13,92 0,26% 0,26% Variância 0,09% 0,08%
12/05/00 13,77 -1,04% -1,04% D.P. ad 3,01% 2,88%
15/05/00 14,39 4,35% 4,35% D.P. aa 47,85% 45,73%
16/05/00 14,70 2,13% 2,13% Limite Sup 9,18%
17/05/00 14,10 -4,16% -4,16% Limite Inf -8,91%
18/05/00 13,88 -1,55% -1,55%
19/05/00 13,70 -1,31% -1,31%
22/05/00 13,81 0,79% 0,79%
23/05/00 13,34 -3,45% -3,45%
24/05/00 14,31 7,04% 7,04%
25/05/00 14,57 1,75% 1,75%
26/05/00 15,22 4,36% 4,36%
29/05/00 15,50 1,88% 1,88%
30/05/00 16,36 5,39% 5,39%
31/05/00 15,85 -3,18% -3,18%
01/06/00 16,77 5,66% 5,66%
02/06/00 18,32 8,80% 8,80%
05/06/00 17,84 -2,63% -2,63%
06/06/00 17,49 -2,00% -2,00%
07/06/00 17,96 2,65% 2,65%
08/06/00 17,61 -1,95% -1,95%
09/06/00 17,23 -2,15% -2,15%
12/06/00 16,66 -3,40% -3,40%
13/06/00 16,95 1,72% 1,72%
14/06/00 17,09 0,85% 0,85%
15/06/00 16,91 -1,06% -1,06%
16/06/00 16,33 -3,52% -3,52%
19/06/00 17,17 5,02% 5,02%
20/06/00 17,31 0,84% 0,84%
21/06/00 18,18 4,88% 4,88%
23/06/00 18,24 0,36% 0,36%
26/06/00 18,02 -1,23% -1,23%
27/06/00 18,10 0,48% 0,48%
28/06/00 18,90 4,29% 4,29%
29/06/00 18,60 -1,58% -1,58%
30/06/00 18,83 1,19% 1,19%
03/07/00 19,11 1,52% 1,52%
04/07/00 18,90 -1,14% -1,14%
05/07/00 18,47 -2,32% -2,32%
06/07/00 18,18 -1,57% -1,57%
07/07/00 18,97 4,27% 4,27%
10/07/00 18,47 -2,66% -2,66%
11/07/00 17,78 -3,82% -3,82%
12/07/00 18,27 2,72% 2,72%
13/07/00 17,88 -2,15% -2,15%
14/07/00 18,90 5,53% 5,53%
17/07/00 20,27 7,00% 7,00%
18/07/00 20,55 1,38% 1,38%
19/07/00 19,69 -4,27% -4,27%
48
Tabela 11: Cálculo da Volatilidade
49
Apêndice C
Cox, Ross e Rubinstein (1979) deduziram uma relação que permite converter os
movimentos ascendentes (u) e descendentes (d) em um modelo binomial e o desvio-padrão
anual instantâneo da taxa de retorno do ativo subjacente sujeito ao risco. Conseguinte, os
dados usados para tal procedimento foram: volatilidade (σ = 45,73%), período da opção em
anos (T = 6 anos), número de passos por ano (n = 2) e taxa livre de risco (r = 13,951% aa).
Com isso, as constantes ascendente e descendente e a probabilidade de Martingale são
explicitadas abaixo:
σ Tn 0 , 4573× 6
u=e ⇒u=e 2
⇒ u = 2,207
−σ T − 0 , 4573× 6
d=e n
⇒d=e 2
⇒ d = 0,452
e rT − d e 0,13951 ×6 − 0,452
p= = = 0,3879
u −d 2,207 − 0,452
50
Substituindo a taxa de hedge na equação, m, e re-arrumando os termos, pode-se
resolver o valor da opção de compra:
(1 + r ) − d u − (1 + r )
cu u − d + c d u − d
c=
(1 + r )
p=
(1 + r ) − d
u −d
e rT − d
p=
u −d
51
Apêndice D
52
Anexo A
Dada uma variável aleatória z e esta segue um processo de Wiener, podemos associar
algumas propriedades como:
Ou fazendo ∆t → 0, temos:
dz = ε dt , onde ε ~ N (0,1)
Assim, ∆z também segue uma distribuição N ~ (0, ∆t ) ;
dx = αdt + bdz ,
53
(
N ~ 0, dt ). Portanto, os valores de dx para diferentes intervalos de tempo devem ser
independentes.
Inúmeros instrumentos financeiros são representados por um processo onde os
parâmetros α e b não são necessariamente constantes. Neste caso, o processo estocástico passa
a ser denominado processo de Itô.
dx = α( x, t ) dt + b( x, t ) dz (equação 1)
Assim, considerando a variável S como sendo o preço do ativo base, temos que o seu
processo estocástico pode ser definido como um passeio aleatório lognormal. Neste caso, a
equação acima assume os valores α(S,t) = μS e b(S,t) = σS. Por conseqüência, temos que:
54
Lema de Itô
∂V ∂V
dV = dx + dt
∂x ∂t (equação 4)
∂V ∂V 1 ∂ 2V
dV = dt + dx + dx 2
∂t ∂x 2 ∂x 2 (equação 5)
Verificando porque ( dz ) 2 = dt :
A prova de que ( dz ) 2 = dt pode ser dividida em duas partes. A primeira relaciona que
[ ] [ ]
o E ( dz ) 2 = dt e a segunda, que a Var ( dz ) 2 = 0 . Este fato implica que ( dz ) 2 = dt .
É sabido que o incremento de Wiener (dz) é dado pela relação: dz = ε dt . Com isso,
[
E ( dz )
2
] = E[ε dt ] = dtE [ε ]. No entanto, a variância de ε
2 2
é dada, por definição, igual a 1
(devido à normal padronizada). Portanto:
[ ] [ ] [ ]
Var( ε ) = 1 ⇒ E ε 2 − ( E [ ε ] ) = E ε 2 − 0 ⇒ E ε 2 = 1 .
2
55
Portanto, substituindo a equação 1 na equação 5 e, sabendo que dx2 = dt, temos a
equação resultante abaixo:
∂V 1 ∂ 2V ∂V
dV = + dt + dx
∂t 2 ∂x 2 ∂x
(equação 6)
Portanto, aplicando o Lema de Itô à função V(S,t) e, sabendo que esta depende do
preço do ativo base S e, principalmente, que este segue um processo estocástico de Itô -
dS = α( S , t ) dt + b( S , t ) dz - temos que:
∂V 1 ∂ 2V ∂v
dV = α ( S , t ) + b( S , t ) 2 2
dt + dS
∂t 2 ∂S ∂S
(equação 7)
Uma das aplicações mais comuns do Lema de Itô é o processo estocástico que é dado
por V(S) = ln(S). Conseguinte, temos que:
∂V 1
=
∂S S (equação 8)
∂ 2V 1
=− 2
∂S 2
S (equação 9)
∂ V 1 2 ∂ 2V
d V= d s+ σ S 2 d t
∂S 2 ∂S
(equação 10)
56
∂V
( rSdt + σSdt ) + 1 σ 2 S 2 ∂ V2 dt
2
dV =
∂S 2 ∂S (equação 11)
1
dV = rdt + σdz − σ 2 dt
2 (equação 12)
1
dV = r − σ 2 dt + σdz
2 (equação 12.1)
Dado que, V(S) = ln (S) e, diferenciando ambos os lados da equação anterior, tem-se
que dV = d(ln S). Portanto, da equação 12.1, temos:
1
d ( ln S ) = r − σ 2 dt + σdz ,
2 (equação 13)
1
ln S t − ln S o = r − σ 2 dt + σdz
2
S
= r − σ 2 dt + σdz
1
ln t
So 2
57
1 2
S r − σ dt +σdz
=e 2
So
1 2
S r − σ ∆t + N ( 0 ,1)σ ∆t
=e 2
So
Portanto, a equação estocástica que fornece o preço do ativo base em cada instante de
1 2
r − σ ∆t + N ( 0 ,1)σ ∆t
St = Soe 2
58
Anexo B
dS = rSdt + σSdz
Onde:
S = preço da ação;
r = taxa de juros livre de risco;
σ = desvio padrão do preço da ação;
dz = incremento de um processo de Wiener, com média 0 e desvio padrão dt.
Os parâmetros r e σ são considerados constantes ao longo do tempo.
Da suposição sobre o comportamento do preço da ação, o processo que o título
derivativo segue pode ser deduzido usando a idéia principal do modelo de Black e Scholes
que é a formação de uma carteira dinâmica livre de risco, resultando em uma equação
diferencial parcial (EDP), dada a seguir:
1 2 2 ∂ 2C ∂C ∂C
σ S + rS + − rC = 0
2 ∂S 2
∂S ∂t
Onde:
C = valor da opção.
Resolvendo a equação (2), encontra-se a fórmula que calcula o preço de uma opção de
compra do tipo Européia:
C = SN ( d1 ) − Xe − rT N ( d 2 )
59
Onde:
S
ln + rT
1
d1 =
X
+ σ T
σ T 2
d 2 = d1 − σ T
Onde:
N(.) = função de distribuição normal cumulativa;
X = preço de exercício da opção e
T = tempo de maturação da opção.
60